Em Dia
Teresina, Sábado, 31 de Outubro de 2015
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Elias Fontenele/ODIA
Condomínios
Negociar é a melhor
saída para quitar
dívidas em atraso
Em 2015, o número de inadimplentes cresceu mais de 30% nos
condomínios brasileiros em comparação ao ano passado
Natanael Souza
Especial para Em Dia
Virgiane Passos
Editora
Em tempos instabilidade
econômica, o orçamento de
muitas famílias sofre alterações. Por conta disso,
as contas se acumulam
e muitos acabam endividados. Na hora de escolher
qual conta pagar, algumas
famílias acabam deixando
de lado a taxa de condomínio.
Em 2015, o número de
inadimplentes
cresceu
mais de 30% nos condomínios brasileiros, em
relação ao ano passado.
As empresas que administram condomínios já perceberam que a inadimplência
vem crescendo, nos últimos
meses, e são obrigadas a
buscar alternativas para
contornar a situação.
O
contador
Ricardo
Rodrigues é síndico de
um condomínio na zona
Sudeste de Teresina. De
acordo com ele, os últimos
meses do ano são os mais
críticos para equilibrar as
despesas e receitas do condomínio. “Nessa época do
ano, precisamos pagar o
13º salário dos funcionários
e outras despesas adicio-
Direito
Os moradores,
mesmo
inadimplentes,
não podem ser
impedidos de
utilizar as áreas
comuns do prédio
nais que surgem. O período
coincide, justamente, com
o de maior taxa de inadimplência”, comenta.
Ricardo airma que a
alternativa buscada para
que os condôminos quitem
os débitos é a negociação.
“Mandamos
avisos
de
cobrança e entramos em
contato para que os moradores possam parcelar as
dívidas. Entendemos o
momento que passamos
economicamente, mas as
pessoas precisam ter a
consciência de que se deixarem de pagar, podem
prejudicar os demais moradores”, avalia.
O advogado Rodrigo
Karpat, especialista em
direito imobiliário, orienta
que os síndicos devem ter
pulso irme na hora de
cobrar as dívidas referentes
à taxa de condomínio. “O
síndico precisa coibir essa
prática, e procurar os moradores endividados para
que haja uma negociação”,
airma.
Para os moradores endividados, a recomendação do
advogado Rodrigo Karpat é
procurar uma alternativa
no começo da dívida. “A
primeira coisa a se fazer é
procurar o síndico e tentar
negociar. O valor não
pode ser diminuído, mas,
através de um acordo, ele
pode conseguir o parcelamento. Muitos devedores
tomam essa atitude quando
a dívida já está em um
patamar muito elevado”,
explica.
Por lei, os moradores,
mesmo inadimplentes com
a taxa de condomínio, não
podem ser impedidos de
utilizar as áreas comuns
do prédio. “O condômino
não pode ser proibido de
utilizar as áreas comuns,
como piscina, elevadores, e
academia. A administração
do prédio também não pode
cortar serviços básicos,
como a entrega de correspondências”, completa o
advogado.
As empresas que administram condomínios já perceberam que a inadimplência vem crescendo
Comparação
Tuberculose rivaliza com Aids em número
de mortes, alerta relatório da OMS
Pela primeira vez, as
infecções de tuberculose
rivalizam com as de HIV/
Aids como a principal causa
de mortes por doenças infecciosas, segundo relatório
divulgado na última quartafeira (28) pela OMS.
A organização apontou
que 1,1 milhão de pessoas
morreram de tuberculose
em 2014, enquanto que no
mesmo período, o HIV/Aids
matou 1,2 milhão em todo
mundo, incluindo 400.000
pessoas que foram infectadas com as duas doenças.
O diretor do programa
de tuberculose da OMS,
Mario Raviglione, airmou
que o relatório relete os
grandes ganhos em acesso
ao tratamento contra o HIV
na década passada, o que
ajudou muitas pessoas infectadas a sobreviver. O documento, no entanto, também
relete disparidades no
inanciamento relacionado
às duas doenças globais.
“A boa notícia é que a intervenção contra a tuberculose
salvou cerca de 43 milhões
de vidas desde 2000”, mas
uma vez que a maioria dos
casos pode ser tratado com
êxito, o índice de mortes
continua “inaceitavelmente
alto”, disse Raviglione em
entrevista por telefone.
O relatório traz informações de 205 países e territó-
rios sobre todos os aspectos
da tuberculose, incluindo
formas resistentes a medicamentos, pesquisa e inanciamento.
Entre
os
estimados
480.000 casos de tuberculose
resistente a medicamentos
em 2014 –uma superbactéria da doença que resiste
às duas mais potentes
drogas contra a tuberculose– somente um em quatro
foi diagnosticado. (FolhaPress)
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