Porto Alegre, guarta-feira, 28 de outubro de 2015 ECONOMIA os RALOSDOS GI, . COM CONDOMINIO Identificar fontes de desperdícios e buscar alternativas para cortar custos contribuem para a redução da taxa paga pelos moradores SHARON ABDAU.A MANUTENÇÃO E CONSERTOS Gazeta do Povo s taxas de condomínio costumam ser fontes de ques. tionamentos e conflitos _ entre os moradores e ganham ainda mais peso nos tempos de crise, nos quais as famílias têm feito malabarismos para manter os gastos dentro do orçamento. Para tentar baratear esse custo, é fundamental que síndicos é condôminos identifiquem os principais vazamentos áe dinheiro e busquem altemativas para reduzí-los. Entram nesta lista desde ações já previstas no orçamento - como a realização de revisões elétricas e hidráulicas periódicas nos apartamentos -, até a reorganização da escala dos funcionários e a conscientização sobre o consumo de água e energia. _Veja onde estão os principais ralos, de acordo com especialistas. A o velho ditado diz: prevenir é melhor do que remediar. No condomínio, mesmo gerando algum custo, as manutenções periódicas - de hidráulica, elétrica, sistema de segurança e monitoramento - saem bem mais em conta do que a realização de obras emergenciais ou a substituição completa de equipamentos, além de já estarem previstas no orçamento do condomínio. - Nas manutenções periódicas, o síndico tem tempo de pesquisar, cotar e negociar com diferentes empresas. Isso não acontece nas obras emergenciais, que precisam ser resolvidas no momento em que ocorrem - explica Borcath. \1M 7g V ENERGIA PESSOAL De acordo com Hercules Pires Figueiró, gerente comercial da F&F Administradora, os gastos com funcionários podem corresponder a cerca de 80% das despesas dos condomínios, sendo a portaria o setor que mais pesa na conta. Para economizar, a dica é organizar a escala de todos os funcionários de forma a se evitar o pagamento de horas extras. Reduzir os dias de trabalho de zeladores e pessoal da limpeza (quando possível) e os horários da portaria são outras alternativas. - Os condomínios ainda podem adotar por período integral ou parcial o sistema de portaria virtual, no qual o profissional controla a portaria remotamente, de uma central. Isso reduz cerca de 50% do custo da portaria - conta Claiton Borcath, sócio-gerente da BR Condos. ÁGUA Os gastos com a conta de água podem corresponder de 7,5% a 22% do valor da taxa. Para promover o consumo consciente, a sugestão é instalar redutores de vazão nas tomeiras e chuveiros dos apartamentos, substituir as torneiras das áreas comuns por modelos com chave e distribuir informativos educacionais. Os reajustes na tarifa de energia elevaram a conta e fizeram da eficiência energética uma preocupação crescente nos condomínios. A principal orientação ainda é investir na instalação de sensores de presença e na substituição das lâmpadas por modelos LED nas garagens, corredores e outros espaços de uso comum. Outras sugestões são instalar fotocélulas que permitem programar o acender e apagar das luzes e ajustar a programação dos elevadores, como sugere Figueiró. - Esse ajuste se refere ao andar em que ele ficara 'em espera' de acordo com sua demanda de utilização - conta. DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS Outro item que pode pesar na conta do condomínio são os gastos com benfeitorias (reformas, ampliações e construções) e aquisição de novos equipa- _ mentos. Nesse caso, a melhor forma de se economizar é avaliar, em assembleia, se o investimento é indispensável ou se pode ser adiado para um momento em que as contas do condomínio ou a disponibilidade financeira dos moradores estejam melhores. - Por isso é importante que os condôminos participem das reuniões. Dessa forma, a despesa sempre vai se enquadrar dentro do máximo que a maior parte dos moradores pode pagar - avalia Figueiró.