Doação de Órgãos
Nome: Erica M. M. Coutinho
Jéssica N. S. Pereira
Wanessa S. Andrade
Doação de Órgãos
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Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade, mas por que doar
órgãos?
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A resposta a esta pergunta é simples: o número de pessoas que
necessitam desta oportunidade de vida ainda é grande. Assim, a
carência de doadores de órgãos é ainda um obstáculo para a
efetivação de transplantes no Brasil
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A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o
número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com
a conscientização efetiva da população, o número de doações pode
aumentar de forma significativa
Legislação no Brasil
A história legislativa sobre os transplantes no Brasil é relativamente
curta:
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Em 1963 tivemos a primeira Lei: no 4.280, que dispunha sobre a
“extirpação de órgãos ou tecidos de pessoa falecida para fins de
transplante”. Era muito simples e incompleta.
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Em 1968, a Lei no 5.479, que aprimorou o texto anterior, mas ainda
deixou lacunas.
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Em 1992 a Lei no 8.489, regulamentada pelo Decreto 879/93, que
pretendeu flexibilizar as doações, mas pouco inovou.
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Em 1997, surgiu a Lei no 9.434, mais detalhada e várias vezes
modificada, em vigor até hoje
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Em 2001, a Lei no 10.211, substituiu a doação presumida pelo
consentimento informado do desejo de doar
Morte Encefálica
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Morte Encefálica é a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral
que desempenha funções vitais como controle da respiração.
Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte
cerebral não pode respirar sem aparelhos
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Todo processo pode ser acompanhado por um médico de confiança
da família do doador, é fundamental que os órgãos sejam
aproveitados para a doação enquanto ainda há circulação
sanguínea irrigando-os. Mas se o coração parar, só poderão ser
doadas as córneas
O que podemos doar?
 Córneas
Retiradas do doador até 6 horas dpc e mantidas fora do corpo por até 7 dias
O que podemos doar?
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Coração
Retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 6 horas
O que podemos doar?
 Pulmão
Retirados do corpo apc e mantidos fora do corpo por no máximo 6 horas
O que podemos doar?
 Rins
Retirados do doador até 30 minutos dpc e mantidos fora do corpo por até 48 horas
O que podemos doar?
 Fígado
Retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas
O que podemos doar?
 Pâncreas
Retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas
O que podemos doar?
 Ossos
Retirados do doador até 6 horas dpc e mantidos fora do corpo por até 5 anos
O que podemos doar?
 Medula Óssea
Se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue
O que podemos doar?
 Pele
O que podemos doar?
 Valvas Cardíacas
Como se tornar um doador?
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O passo principal é conversar com a família e deixar claro o desejo
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NÃO é necessário deixar nada por escrito; mas a família deve se
comprometer por escrito após a morte do indivíduo
Para se tornar um doador é
necessário:
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Ter identificação e registro hospitalar

Ter a causa do coma estabelecida e conhecida

Não apresentar hipotermia (temperatura inferior a 35ºC),
hipotensão arterial ou estar sob o efeito de drogas depressoras do
SNC;
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Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do
tronco cerebral.
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Submeter-se a exame complementar que demonstre morte
encefálica
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Estar comprovada a morte encefálica
Doação em Vida
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O médico poderá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças
anteriores
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A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos
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Há testes especiais para selecionar o doador que apresenta
maiores chances de sucesso
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Os doadores vivos são aqueles que doam órgãos duplos ou tecidos
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Esse tipo de doação só pode ser realizada se não apresentar
nenhum problema para a pessoa que doa
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A gestante poderá ser doadora de medula óssea se não houver
risco à saúde
O que podemos doar em vida?
 Rim
O que podemos doar em vida?
 Pâncreas
O que podemos doar em vida?
 Medula óssea
O que podemos doar em vida?
 Fígado
(apenas parte dele, em torno de 70%)
O que podemos doar em vida?
 Pulmão
(apenas parte dele, em situações
excepcionais)
Quem recebe os órgãos?
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Quando é reconhecido um doador efetivo, a central de transplantes
é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos
com informações de quem está na fila esperando o órgão
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Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos
exames de compatibilidade entre o doador e o receptor
Quem não pode doar?
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Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o
funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência
renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular

Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante,
como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C,
além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a
doação de sangue e hemoderivados

Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos
órgãos e sistemas

Pessoas com tumores malignos com exceção daqueles restritos ao
SNC, carcinoma basocelular e câncer de útero e doenças
degenerativas crônicas
Curiosidades
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Aparentemente, depois da doação, o corpo tem o mesmo
aspecto físico. A Lei é clara quanto a isso: os hospitais
autorizados a retirar os órgãos tem que recuperar a mesma
aparência que o doador tinha antes da retirada
Órgãos Doentes?!
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Uma medida polêmica, decidida pelo Ministério da Saúde, pode
beneficiar pessoas que estão na fila à espera de um transplante.
São os órgãos “limítrofes”, aqueles que não estão em condições
ideais para transplante, mas que no caso de extrema necessidade
podem ter certa eficácia. Esses órgãos são aqueles que viriam de
doadores com doenças infecciosas, como a hepatite B, C, doença
de Chagas, etc
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A receptora recebe o órgão, que tanto necessita, mas também
pode receber a doença que o doador possuía. A questão é avaliar
se o risco compensa
Oração do doador
“Ao Deus do meu coração e do meu entendimento, que me proporcionou
um corpo saudável e um coração generoso. Fazei que, nenhuma vontade
de parente ou amigo, suplante o meu desejo e determinação de ser um
doador de órgãos e de tecidos. Rogo, a todos que tiveram oportunidade e
influenciaram em minha vida. Que após a minha morte, reservo-me o
direito de, agradecendo ao Criador, devolver este corpo que serviu de
vestimenta ao meu Ser, para que continue a servir ao meu Deus e a
humanidade. Que assim seja! Doar não dói, doe.”
Aldorindo Braz Mayer
Lista de Espera
Fonte: Ministério da Saúde, 2009
Transplantes realizados
1º Semestre 2009
Fonte: Ministério da Saúde, 2009
Campanhas de Doação de
Órgãos
Fonte: ABTO, 2006
Campanhas de Doação de
Órgãos
Vídeo sobre a Campanha da Doação de Órgãos
Conclusão
“Um dia, um doutor determinará que meu cérebro deixou de
funcionar e que basicamente minha vida cessou. Quando isso
acontecer, não tentem introduzir vida artificial por meio de uma
máquina. Ao invés disso, dêem minha visão ao homem que nunca
viu o sol nascer, o rosto de um bebê ou o amor nos olhos de uma
mulher. Dêem meu coração a uma pessoa cujo coração só causou
intermináveis dores. Dêem meus rins a uma pessoa que depende
de uma máquina para existir, semana a semana. Peguem meu
sangue, meus ossos, cada músculo e nervos de meu corpo e
encontrem um meio de fazer uma criança aleijada andar. Peguem
minhas células, se necessário, e usem de alguma maneira que um
dia um garoto mudo seja capaz de gritar quando seu time marcar
um gol, e uma menina surda possa ouvir a chuva batendo na sua
janela. Queimem o que sobrou de mim e espalhem as cinzas para
o vento ajudar as folhas nascerem. Se realmente quiserem
enterrar alguma coisa, que sejam minhas falhas, minhas fraquezas
e todos os preconceitos contra meus semelhantes. Dêem meus
pecados ao diabo e minha alma a Deus. Se quiserem lembrar de
mim, façam-no com um ato bondoso ou dirijam uma palavra
delicada a alguém que precise de vocês. Se vocês fizerem tudo o
que estou pedindo, viverei para sempre”

Referências Bibliográficas
Acessos:
1. www.gabriel.org.br/doacaodeorgaos.
html
2. http://portal.saude.gov.br/portal/sau
de/area.cfm?id_area=1004
3. http://www.inclusaosocial.com/ler.ph
p?codigo=1187
Obrigada!
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