UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS COMUNICAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS BÁRBARA CRISTINA NUNES MAIA CARLOS ALBERTO NERES DA SILVA FLÁVIA DOMINGUES DE SOUZA LEONARDO MARTINS COSTA MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS: “ÁGUA PELA VIDA, NÃO PELA MORTE!” Belo Horizonte 2014 SUMÁRIO SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2 2. BREVE HISTÓRICO DO MOVIMENTO ............................................................ 2 3. PERFIL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS ................................................ 3 4. MOBILIZAÇÃO CONJUNTA DOS ATINGIDOS ............................................... 5 5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 8 6. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 8 1. INTRODUÇÃO O acesso e a apropriação da água é um problema que acompanha as comunidades rurais e urbanas na história do Brasil e, tem caráter múltiplo, pois é histórico, geográfico, político, econômico e ambiental. A solução desse problema secular dependeu da intervenção estatal (SILVA; SAMPAIO, 2010, p.1447). Este é, portanto, ator relevante na reconfiguração do espaço geográfico e na construção e reconstrução de territórios, que vêm se dando a partir das políticas hídricas estabelecidas no país. Segundo Fracalanza (2005), a apropriação da água envolve sujeitos com interesses distintos: os que necessitam de água e território para viver e aqueles que têm interesse na valorização da água. O Estado, pode implementar políticas que privilegiem alguns dos usos dos recursos hídricos em detrimento de outro, pois “o controle e/ou a posse da água são, sobretudo de natureza política, pois interessam ao conjunto de uma coletividade” (RAFFESTIN, 1993, p. 231). 2. BREVE HISTÓRICO DO MOVIMENTO O “Movimento dos Atingidos por Barragens” (MAB) teve início no final da década de 1970, na região do Alto Uruguai, em Santa Catarina, quando veio a público a instalação de hidrelétricas na Bacia do Rio Uruguai, por parte da Eletrosul. Contextualizando melhor tal movimento, é necessário ressaltar que tratava-se de um período de ditadura militar, onde enfrentou-se uma grave crise energética a nível mundial, com a primeira grande crise do petróleo (mais especificamente em 1973). Este fato levou os países a buscarem fontes alternativas de energia. No Brasil, sobretudo devido ao grande número de rios com volume de água considerável, além de quedas suficientes para gerar energia elétrica, as hidrelétricas surgiram como melhor opção de custo-benefício a nível econômico, porém não foi analisado, aqui, o impacto social. Como consequência, a construção de grandes usinas em várias regiões do país ocorreu sem que houvesse uma proposta efetiva de indenização adequada das famílias que viviam na beira dos rios, contribuindo para um processo intenso de marginalização de grande parte da população brasileira. É justamente neste contexto que iniciou-se um processo de união dos cidadãos atingidos pela construção de barragens. Em abril de 1989 foi realizado o Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Atingidos por Barragens, com a participação de representantes de várias regiões do país. Neste encontro se realizou um levantamento global das lutas e experiências dos atingidos em todo o país, foi então decidido constituir uma organização mais forte a nível nacional para fazer frente aos planos de construção de grandes barramentos. Dois anos depois, em março de 1991, foi realizado o I Congresso com a participação dos atingidos de todo o Brasil, no qual se decidiu que o MAB deveria ser um movimento nacional, popular e autônomo, que se organiza e articula com ações contra as barragens a partir da realidade das populações locais. Convencionou-se também o dia 14 de Março como o Dia Nacional de Luta Contra as Barragens, sendo celebrado desde então em todo o país. Houve, a nível desta população, o reconhecimento de que a instalação de hidrelétricas resulta em uma problemática extremamente complexa, não só limitada pela sua perspectiva técnico-econômica. Em termos socioambientais é indispensável salientar, por um lado, que esta instalação provoca uma verdadeira reordenação territorial, exigindo a remoção forçada das populações que ocupavam tais espaços. Estas e outras implicações ambientais e socioculturais, além de mal dimensionadas, foram tratadas pelo Estado brasileiro com negligência e irresponsabilidade, na maioria dos casos estudados, entre outros, por Germani (1982), Magalhães (1996), MartinsCosta (1989) e Sigaud (1992). 3. PERFIL DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS Para compreender a noção de atingido com o qual o movimento lida atualmente, precisamos resgatar sua evolução histórica. Nos últimos trinta anos o conceito de atingido passou por pelo menos quatro concepções distintas como veremos. A primeira concepção, territorial patrimonialista, “vê a população como um obstáculo a ser removido, de modo a viabilizar o empreendimento” (VAINER, 2005, p.4). Segundo Vainer (2005), nesta concepção o que há é o direito de desapropriação por interesse público exercido pelo empreendedor, cujo departamento de patrimônio imobiliário negociará com os proprietários o valor justo de suas propriedades (p.3). Os atingidos seriam assim, apenas os proprietários de terra, cujo problema seria resolvido com a indenização. A segunda concepção, a concepção hídrica, reconhece as pessoas atingidas e inundadas. Mesmo incluindo os não proprietários, esta perspectiva tende a circunscrever espacialmente os efeitos do empreendimento estritamente a área inundada, ou seja, “[...] atingido passa a ser entendido como inundado e por decorrência, como deslocado compulsório–ou, como é corrente na linguagem do Banco Mundial, reassentado involuntário.” (VAINER, 2005, p.4). Essas duas primeiras concepções tem como núcleo o direito do empreendedor e não das populações afetadas. Já a terceira concepção de atingido, também identificado por Vainer (2005) ao analisar documentos da International Financial Corporation, do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mostra que [...] os órgãos de financiamento têm elaborado normas orientadoras a seus clientes, que dão um entendimento mais abrangente ao conceito de atingido, apesar de pequenas diferenças entre os mesmos, inserindo neste, tanto os que são impactados físico ou economicamente. O deslocamento físico ocorre nos casos em que as pessoas são forçadas a migrar, tendo ou não documentação sobre a área em questão. Já o deslocamento econômico se dá quando as pessoas perdem o acesso às áreas produtivas das quais tiravam seu sustento ou parte dele, sem necessariamente terem que passar pela migração compulsória. (FOSCHIERA, 2010, p. 123). Para as agências multilaterais a noção de atingidos “remete ao conjunto de processos econômicos e sociais deflagrados pelo empreendimento e que possam vir a ter efeitos perversos sobre os efeitos e modos de vida da população”. (VAINER, 2005, p.11). Uma quarta concepção do conceito de atingido é dada pela Comissão Mundial de Barragens que também optou por um alargamento na noção de deslocado e consequentemente, atingidos. Segundo relatório da World Comission on Dams (2000), [...] deslocamento é definido aqui englobando tanto o ‘deslocamento’ físico quanto o ‘deslocamento dos modos de vida [...] isso provoca não apenas rupturas na economia local como efetivamente desloca as populações– em um sentido mais amplo– do acesso a recursos naturais e ambientais essenciais ao seu modo de vida. Essa forma de deslocamento priva as pessoas de seus meio de produção e as desloca de seus modos de vida. (WORLD COMISSION ON DAMS, 2000, p.102). É hoje reconhecido igualmente que os deslocamentos compulsórios não afetam apenas as populações deslocadas, mas podem ter impactos negativos sobre os meios e modos de vida das comunidades que acolherão os reassentados. (CDDPH, 2010, p.17). Assim, para o MAB, todo mundo que tenha sua vida afetada de alguma forma pela construção da barragem é um atingido. Ainda hoje a ampliação do conceito do atingido é objeto da luta política e social. Tão complexo quanto a compreensão de atingido é a noção sobre os problemas decorrentes das barragens. Nos mais diferentes países do mundo, a exemplo do Brasil, têm sido frequentes as polêmicas e os conflitos em torno dos impactos provocados pelo planejamento, implantação e operação de barragens, sejam elas voltadas para a geração de energia hidrelétrica, para a irrigação, abastecimento de água, controle de cheias ou para múltiplos objetivos. (CDDPH, 2010, p.9). Para o MAB, grandes impactos decorrem da construção de grandes barragens. De acordo com a ICOLD (Comissão Internacional sobre Grandes Barragens), [...] uma Grande barragem tem altura igual ou superior a 15 metros (contados do alicerce). Se a barragem tiver entre 5 e 15 m de altura e seu reservatório tiver capacidade superior a 3 milhões de m 3, também é classificada como grande. Tomando por base esta definição, existem hoje mais de 45.000 grandes barragens em todo o mundo. (CMB, 2000, p.10) Para a Secretaria de Recursos Hídricos as barragens podem ter quatro dimensões: são consideradas de pequeno porte àquelas com capacidade de 0,5 a 7.500.000m³, médio porte de 7.500.000 m³ a 75.000.000 m³, de grande porte de 75.000.000m³ a 750.000.000 m³ e, acima dessa cota, são as megabarragens. A instalação de uma barragem promove perturbações importantes no meio ambiente no qual ela se insere. [...] “A esses desgastes juntam-se os traumas gerados pelos deslocamentos de populações” (CAMDESSUS et al, 2005, p.43). Sobre isso a Comissão Especial sobre os Atingidos por barragens coloca que [...] a literatura e os agentes sociais envolvidos com a problemática têm reconhecido que uma das principais mudanças sociais introduzidas pela barragem está no deslocamento compulsório e nos processos sociais, econômicos, políticos e culturais associados. Por outro lado, a reparação reposição, indenização ou compensação –dos efeitos negativos destas mudanças constitui, até hoje, o principal desafio. (CDDPH, 2010, p.21). Segundo Corrêa (2009), além da desestruturação e do aumento da exclusão dessas populações, esse modelo energético e de desenvolvimento vem provocando sérios impactos ambientais, sacrificando, reduzindo e colocando em risco toda uma rica diversidade biológica entre fauna e flora e, por conseguinte, a sustentabilidade dos ecossistemas. 4. MOBILIZAÇAÕ CONJUNTA DOS ATINGIDOS A construção de grandes barragens em diversos pontos do país, como nas construções de Tucuruí no estado de Pará, Itaipu na fronteira com o Paraguai, e ainda Sobradinho e Itaparica no nordeste e Itá e Machadinho na região sul, gerou o início de grandes revoltas, lutas e manifestações por indenizações. Organizou-se as primeiras Comissões de Atingidos, CRAB (Comissão Regional dos Atingidos por Barragens) na região Sul, as CAHTU (Comissão dos Atingidos pela Hidrelétrica de Tucuruí), CRABI (Comissão Regional dos Atingidos do Rio Iguaçu). O objetivo de tais instituições, de modo geral, consistia basicamente em reivindicar uma indenização coerente e equivalente às perdas sofridas por aqueles que “cederam” suas terras à construções de usinas, não por meio de ressarcimento financeiro, como também com um ressarcimento que visasse garantir o direito à terra, ou seja, a troca da terra pela terra. Esse processo de organização em nível regional obteve importantes conquistas para os atingidos, como foi o caso dos atingidos pela UHE Itá, quando em 1987, as famílias conquistaram um acordo sobre a construção de reassentamentos coletivos. Esse acordo mencionou sobre regras de quem eram os atingidos e também sobre os padrões de casa, terra, assistência técnica para as famílias reassentadas, tornando-se uma referência até hoje para a luta por reassentamentos nas várias regiões onde os atingidos estão organizados. No entanto, o aumento contínuo do consumo de energia estimulou a construção de diversas barragens pelo pais. Atualmente, as usinas hidrelétricas correspondem a maior parte da matriz energética brasileira e os conflitos sociais e ambientais devidos à construção de tais usinas se tornam cada vez mais comum em várias partes do Brasil. Tomando um exemplo em Minas Gerais, recentemente o MAB organizou uma manifestação em frente ao prédio da Secretaria do Meio Ambiente na Rua Espírito Santo, no centro de Belo Horizonte. Dentre outras pautas, o movimento reivindicava uma política de assistência às pessoas atingidas por usinas hidrelétricas e mineração. A maior parte dos manifestantes eram moradores de áreas atingidas pelas barragens da Fumaça e de Emboque e Granada, localizadas na região central e na Zona da Mata de Minas Gerais, respectivamente. Segundo dados ligados ao Observatório Social-Ambiental de Barragens, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a construção da barragem da Fumaça inundou áreas produtivas, afetou diretamente a agricultura da região e representa risco a diversas famílias em períodos de chuvas. O relatório sobre a usina aponta que “O processo de implantação da Usina Hidrelétrica de Fumaça tem se caracterizado, desde o início, pelo não comprimento de condicionantes dos órgãos ambientais, por agressão aos direitos elementares da população ribeirinha, com erros crassos e pressão psicológica, tudo num clima de conflito e insegurança. Devido a um erro topográfico, algumas propriedades do povoado de Maynart, localizado no remanso da barragem, só recentemente foram reconhecidas como atingidas. [...] Há pessoas, inclusive doentes e idosos, que relatam terem sido pressionadas a aceitar a proposta de indenização da empresa.” (fase.org.br) Verifica-se então que direitos básicos da população local foram violados durante a construção da usina, executada pela Novellis Corporation, e que o poder público se mantêm inerte diante de tal situação. Nota-se então que a necessidade econômica de consumo de energia sobrepõe a tradição e os costumes sociais dos moradores atingidos e que a mobilização da população junto ao MAB é importante para a garantia aos direitos sociais e indenizações à estas pessoas. Apesar da importância da causa, a manifestação em Belo Horizonte não obteve destaque na mídia. Entretanto, a atuação do MAB também enfrenta barreiras ligadas às diferenças socioeconômicas entre as diferentes regiões do país. Em 1997 foi fundada a Escola Municipal Rural Mário Bettega, localizada no núcleo de reassentamento de Santa Inês, no Paraná. A escola foi construída para atender as famílias atingidas pela barragem da Usina Hidrelétrica do Itá, instalada no rio Uruguai, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No local, as crianças aprendem a exercer várias atividades relacionada ao cultivo da terra e ao artesanato e buscar manter os laços dos alunos com as suas origens. Esse exemplo ilustra a importância do MAB para a reinvindicação não só de indenizações para os atingidos, mas também a criação de infraestrutura básica para que essas pessoas possam manter seu estilo de vida. Só que essa realidade não se verifica na região norte do país. Em Rondônia, diversas famílias estão sofrendo com a maior enchente já observada do rio Madeira, que teria sido agravado por represamento ilegal de água nas usinas de Jirau e Santo Antônio. Em Altamira, no Pará, as obras da barragem de Belo Monte também agravaram a enchente do rio Xingu durante o mês de março e vários moradores estavam vivendo em condições precárias, devido ao alagamento. Esse contraste evidencia uma questão de desigualdade ainda presente no país: enquanto os atingidos pela barragem de Itá reivindicam seus direitos e o respeito à sua identidade, os moradores de Altamira lutam por condições mínimas de saúde e salubridade. Em relação à Belo Monte, existe atualmente uma disparidade entre a prestação de contas da empresa Norte Energia, responsável pela obra, e o relato dos moradores de Altamira atingidos pela barragem. Em seu site oficial, a empresa afirma que A Usina Belo Monte levará desenvolvimento à região de Altamira (PA) e aos municípios vizinhos, além de propiciar a melhoria das condições de vida de cerca de 5.000 famílias que residem em palafitas. [...] A UHE Belo Monte não terá impacto direto sobre terras indígenas, nem haverá remoção de qualquer de seus habitantes. (http://norteenergiasa.com.br/site/portugues/usina-belo-monte/) No entanto, em um vídeo divulgado pelo MAB no site do Youtube, que mostra a situação precária das famílias de Altamira atingidas pela cheia do rio Xingu, uma moradora relata que a região atingida carece de água potável e energia elétrica. Essa situação contradiz a principal função social da usina de Belo Monte, que é justamente fornecer energia elétrica aos moradores da região. 5. CONCLUSÃO Diante do Movimento dos Atingidos por Barragens, no Brasil, estão mais uma vez a presença do Capitalismo Liberal e da discriminação de grupos sociais. Ao avaliar o embate entre grandes empresas, interesses econômicos e políticos, os dramas das famílias e pessoas de diversos grupos sociais e raças, fica claro que a luta por democracia, cidadania está longe de terminar. O jogo de interesses do capital e de um governo, que em princípio trouxe esperança, parece prevalecer através de um governo de coalisão (2002-2014). Diante das circunstâncias, falar em Estado do Bem Estar Social parece exceder as expectativas, tendo em vista o relato de atingidos por barragens oriundos de diversas partes do país e a negligência que a maioria deles sofreu por parte do Estado. Além disso, há uma situação conflitante entre preservação ambiental e progresso tecnológico, tendo em vista que em muitas usinas, a formação de reservatórios destrói plantações de diversas culturas e matas regionais com espécies nativas. Diante de uma questão em que prevalece os grandes interesses econômicos, o Movimento dos Atingidos por Barragens se insere como um movimento importante de coesão entre os atingidos, de forma que possibilite a luta desses cidadãos pelos seus direitos sociais, pela sua cultura e identidade. 6. REFERÊNCIAS Escola Mário Bettega (luta pela educação nos reassentamentos). Produção Giuliano Conti, Guilherme Weimann, Bruno Ferrari, Vinicius Denadai. MAB Comunicação, 2014. Internet (3 min.), son., color. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=VoOYFQxk1vo > Acesso em: 10 de mai. 2014. Movimento dos Atingidos por Barragens. Sítio oficial disponível em < http://www.mabnacional.org.br/ > Acesso em: 05 de mai. 2014. Movimento dos Atingidos por Barragens deixa prédio e faz passeata em BH. Uai, 14 de mar. 2014. Disponível em <http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/03/14/interna_gerais,507975/moviment o-dos-atingidos-por-barragens-deixa-predio-e-faz-passeata-em-bh.shtml > Acesso em: 05 de mai. 2014 “Não Existe Molhado Igual ao Pranto” (Campanha 2014). Produção MAB Comunicação. MAB Comunicação, 2014. Internet (4 min.), son., color. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=C2id_ClnpEU > Acesso em: 10 de mai. 2014 Norte Energia – Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Sítio oficial disponível em < http://norteenergiasa.com.br/site/portugues/usina-belo-monte/ > Acesso em: 11 de mai. 2014. REIS, Maria José. O Movimento dos Atingidos por Barragens: atores, estratégias de luta e conquistas. Anais do II Seminário Nacional Movimentos Sociais Participação e Democracia, 2007, Florianópolis-SC. Anais... Florianópolis, SC: Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais (NPMS), 2007, p. 473-501. Disponível em < http://www.sociologia.ufsc.br/npms/maria_jose_reis.pdf > Acesso em: 05 de mai. 2014. SILVA, Danielle Rodrigues da; ALENCAR, Francisco Amaro de. A Atuação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Frente ao Processo de Modernização do Estado do Ceará. Reencuentro de Saberes Territoriales Latinoamericanos, 2013, Peru. Peru: Encuentro de Geógrafos de América Latina (EGAL), 2013, p. 1-15. Disponível em < http://www.egal2013.pe/wp-content/uploads/2013/07/Tra_Danielle-Rodrigues-daSilvaFrancisco-Amaro-Gomes-de-Alencar.pdf > Acesso em: 05 de mai. 2014. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Observatório Socioambiental de Barragens. Internet. Disponível em < http://www.observabarragem.ippur.ufrj.br/ > Acesso em: 05 de mai. 2014