Boletim informativo do Centro Espírita “Vasco Rigonatti”
Rua Eng. Domício de L. Pacheco e Silva, 319
04455-310 São Paulo / SP
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EM
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAP. IV
SORRISO
Meimei
nde estiveres, seja onde for, não olvides estender o
sorriso, por oferta sublime da própria alma.
Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração
inarticulada, que inibe a extensão das trevas.
Com ele, apagarás o fogo da cólera, cerrando a porta ao
incêndio da crueldade.
Por ele, estenderás a plantação da esperança, soerguendo
almas caídas na sombra, para que retornem à luz.
Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.
No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.
No mundo, é chamamento de simpatia.
Sorri para a dificuldade e a dificuldade transformarse-á em socorro
de tua vida.
Sorri para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem
se desfaça em
chuva de lágrimas
nos teus olhos, o
pranto será conforto do Céu, a fecundar-te os campos do coração.
Não te roga o
desesperado a solução do enigma
de sofrimento que
lhe persegue o
destino. Implora-te
um sorriso de amor, que renove
as forças, para
que prossiga em
seu atormentado
caminho.
E, em verdade, se os famintos e os nus te pedem pão e agasalho, esperam de ti, acima de tudo, o sorriso de ternura e
compreensão que lhes acalme chagas ocultas.
Não te perturbem as criaturas que se arrojam aos precipícios da violência e do crime. Oferece-lhes o sorriso generoso
da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão,
renovadas, para o roteiro do bem.
Sorri, trabalhando e aprendendo, auxiliando e amando
sempre.
Lembra-te de que o sorriso é o orvalho da caridade e que
em cada manhã, o dia renascente no Céu é um sorriso de
Deus.
O
1
NINGUEM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE
NÃO NASCER DE NOVO
1. Jesus, tendo vindo às cercanias de Cezaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: "Que dizem os homens, com
relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?" - Eles lhe responderam: "Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas." - Perguntou-lhes Jesus: "E vós, quem dizeis que eu
sou?" - Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: "Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo." - Replicou-lhe Jesus: "Bemaventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a
carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que
está nos céus." (S. Mateus,
cap. XVI, vv. 13 a 17; S.
Marcos, cap. VIII, vv. 27
a 30.)
2. Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira
falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito
se achava em suspenso - porque uns diziam
que João Batista ressuscitara dentre os
mortos; outros que
aparecera Elias; e outros que uns dos
antigos profetas
ressuscitara. Disse então Herodes: "Mandei
cortar a cabeça a
João Batista;
quem é então esse de quem ouço
dizer tão grandes
coisas?" E ardia
por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a
16; S. Lucas, cap.
IX, vv. 7 a 9.)
3. (Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogam desta forma: "Por que dizem os escribas ser preciso que
antes volte Elias?" - Jesus lhes respondeu: "É verdade que
Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: - mas, eu vos
declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do
Homem." - Então, seus discípulos compreenderam que fora
de João Batista que ele falara. (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a
13; - S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)
Ressurreição e reencarnação
4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob
o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era
a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso.
As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos
outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da
sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que
vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que
maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo
( continua na página 2 )
spiritus est."
É fora de dúvida que a palavra "Santo" foi interpolada, como diz
Kardec. - A Editora da FEB, 1947.
KARDEC ENSINA
( continuação da página 1 )
ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama
reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à
vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser
materialmente impossível, sobretudo quando os elementos
desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida
corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para
ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem
aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias,
pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos.
João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
5. Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodememos, senador dos judeus - que veio à noite ter com Jesus e lhe
disse: "Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos
instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele."
Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."
Disse-lhe Nicodemos: "Como pode nascer um homem já velho?
Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda
vez?"
Retorquiu-lhe Jesus: "Em verdade, em verdade, digo-te: Se um
homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no
reino de Deus. - O que é nascido da carne e o que é nascido do
Espírito é Espírito. - Não te admires de que eu te haja dito ser
preciso que nasças de novo. - O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai;
o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito."
Respondeu-lhe Nicodemos: "Como pode isso fazer-se?" - Jesus
lhe observou: "Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o
que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos
visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. - Mas, se não
me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?" (S. JOÃO, cap. III, vv. 1
a 12.)
6. A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas
podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens
dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (nº 1,
nº 2, nº 3). Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera
deixado de a combater, como combateu tantas outras. Longe
disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por
princípio e como condição necessária, quando diz: "Ninguém
pode ver o reino de Deus se não nascer de novo." E insiste,
acrescentando: Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo.
7. Estas palavras: Se um homem não renasce do água e do
Espírito foram interpretadas no sentido da regeneração pela
água do batismo. O texto primitivo, porém, rezava simplesmente: não renasce da água e do Espírito, ao passo que nalgumas traduções as palavras - do Espírito - foram substituídas
pelas seguintes: do Santo Espírito, o que já não corresponde
ao mesmo pensamento. Esse ponto capital ressalta dos primeiros comentários a que os Evangelhos deram lugar, como
se comprovará um dia, sem equívoco possível. (1)
(1) A tradução de Osterwald está conforme o texto primitivo. Diz:
"Não renasce da água e do Espírito"; a de Sacy diz: do Santo Espírito; a de Lamennais: do Espírito Santo.
À nota de Allan Kardec, podemos hoje acrescentar que as modernas traduções já restituíram o texto primitivo, pois que só imprimem "Espírito" e não Espírito Santo. Examinamos a tradução
brasileira, a inglesa, a em esperanto, a de Ferreira de Almeida, e
todas elas está somente "Espírito".
Além dessas modernas, encontramos a confirmação numa latina
de Theodoro de Beza, de 1642, que diz:
"...genitus ex aqua et Spiritu..." "...et quod genitum est ex Spiritu,
2
8. Para se apanhar o verdadeiro sentido dessas palavras,
cumpre também se atente na significação do termo água que
ali não fora empregado na acepção que lhe é própria.
Muito imperfeitos eram os conhecimentos dos antigos sobre
as ciências físicas. Eles acreditavam que a Terra saíra das águas e, por isso, consideravam a água como elemento gerador absoluto. Assim é que na Gênese se lê: "O Espírito de
Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre as águas; Que o firmamento seja feito no meio das águas; - Que as águas que estão debaixo do céu se reúnam em um só lugar e
que apareça o elemento árido; -Que as águas produzam animais vivos que nadem na água e pássaros que voem sobre a
terra e sob o firmamento."
Segundo essa crença, a água se tornara o símbolo da natureza material, como o Espírito era o da natureza inteligente. Estas palavras: "Se o homem não renasce da água e do Espírito,
ou em água e em Espírito", significam pois: "Se o homem não
renasce com seu corpo e sua alma." E nesse sentido que a
principio as compreenderam.
Tal interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras:
O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Jesus estabelece aí uma distinção positiva entre
o Espírito e o corpo. O que é nascido da carne é carne indica
claramente que só o corpo procede do corpo e que o Espírito
independe deste.
9. O Espírito sopra onde quer; ouves-lhe a voz, mas não sabes nem donde ele vem, nem para onde vai: pode-se entender que se trata do Espírito de Deus, que dá vida a quem ele
quer, ou da alma do homem. Nesta última acepção - "não sabes donde ele vem, nem para onde vai - significa que ninguém sabe o que foi, nem o que será o Espírito. Se o Espírito,
ou alma, fosse criado ao mesmo tempo que o corpo, saber-se
-ia donde ele veio, pois que se lhe conheceria o começo. Como quer que seja, essa passagem consagra o princípio da
preexistência da alma e, por conseguinte, o da pluralidade das
existências.
10. Ora, desde o tempo de João Batista até o presente, o reino
dos céus é tomado pela violência e são os violentos que o arrebatam; - pois que assim o profetizaram todos os profetas até João, e também a lei. - Se quiserdes compreender o que vos digo,
ele mesmo é o EIias que há de vir. - Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 12 a 15.)
11. Se o princípio da reencarnação, conforme se acha expresso em S. João, podia, a rigor, ser interpretado em sentido puramente místico, o mesmo já não acontece com esta passagem de S. Mateus, que não permite equívoco: ELE MESMO é
o Elias que há de vir. Não há aí figura, nem alegoria: é uma
afirmação positiva. -"Desde o tempo de João Batista até o presente o reino dos céus é tomado pela violência." Que significam essas palavras, uma vez que João Batista ainda vivia naquele momento? Jesus as explica, dizendo: "Se quiserdes
compreender o que digo, ele mesmo é o Elias que há de vir."
Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus alude à época em que
João vivia com o nome de Elias. "Até ao presente o reino dos
céus é tomado pela violência": outra alusão à violência da lei
moisaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para que os
demais ganhassem a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus,
ao passo que, segundo a nova lei, o céu se ganha pela caridade e pela brandura.
E acrescentou: Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. Essas
palavras, que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem
todos estavam em condições de compreender certas verdades.
VÉÄâÇt [xÜvâÄtÇÉ c|Üxá
TÜà|zÉ wÉ `£á
KARDEC E O JUDAÍSMO
O PAÍS DO CARNAVAL
s ligações do Espiritismo com o Judaísmo são de ordem
histórica, profética, escriturística e fenomênica (e que vale
dizer: mediúnica). Historicamente o Judaísmo é o ponto de partida da concepção espírita da vida e do mundo. Kardec o considera como a I Revelação, personificada em Moisés e desenvolvida pelos profetas. Essa revelação, codificada na Bíblia (Velho
Testamento), anuncia outra que virá com o Messias: o Cristianismo ou a II Revelação. Esta, personificada em Jesus, como o
Cristo ou Messias de Israel, e codificada nos Evangelhos, anuncia outra que virá com o Espírito de Verdade: O Espiritismo ou
III Revelação.
Kardec explica esse processo histórico na introdução do
mais popular dos seus livros, que é "O Evangelho Segundo o
Espiritismo". Mas trata do assunto nas demais obras da Codificação, ou seja, nos cinco livros fundamentais da doutrina espírita, também chamados, por analogia bíblica, de Pentateuco kardequiano. O Judaísmo é considerado coma um momento de
síntese da evolução espiritual da Terra.
Um momento decisivo, que assinala a transição do nosso planeta, de seu estágio de misticismo-supersticioso (psiquismo indiferenciado) para o
estágio superior de
misticismo-racional,
com o aparecimento
de monoteísmo.
O povo judeu foi o
primeiro povo monoteísta da História. Antes, houve antecipações monoteístas em
várias religiões, mas
sempre restritas aos
meios dirigentes. A
própria transição dos
judeus para o monoteísmo é assinalada na
Bíblia como uma fase
de lutas dolorosas, como se vê no episódio
das taboas da lei, no
Sinai. Mas, consolidado o monoteísmo judeu como concepção popular, houve um
povo e um ambiente capazes de permitir a encarnação do Cristo na Terra, para dar ao planeta um novo impulso evolutivo. O
Cristianismo é o desenvolvimento de uma nova concepção de
vida, também dolorosamente conquistada, mas que prepara o
advento da concepção espírita.
Em "O Céu e o Inferno", terceiro volume da codificação espírita, Kardec assinala que o Judaísmo, ao contrário das religiões cristãs, não se levantou contra o Espiritismo. E considera
esse fato como uma decorrência natural de conteúdo espírita da
revelação mosaica e de todo o seu desenvolvimento profético.
Estudando a acusação católica de que o Espiritismo é
condenado pelo capítulo 18 de Deuteronômio", mostra que essa
condenação não abrange o Espiritismo e representava apenas
uma medida contrária às práticas mágicas e supersticiosas da
época, que os israelitas haviam aprendido no Egito. Mostra ainda que todas as condenações de Deuteronômio correspondem
às do Espiritismo em nossos dias, no tocante à prática da mediunidade. Como se pode, pois, acusar o Espiritismo pelo que ele
mesmo condena?
A ligação profética do Espiritismo com o Judaísmo vem das
anunciações da Bíblia e dos Evangelhos sobre as revelações
futuras. As ligações escriturísticas vêm da seqüência natural
dos textos religiosos: da Bíblia aos Evangelhos e destes ao Livro dos Espíritos. A ligação fenomênica é de natureza mediúnica. A tenda de Moisés no deserto era uma câmara mediúnica
em que se davam até mesmo fenômenos de materialização,
como se pode ver diretamente nos relatos bíblicos.
esta época do ano é comum serem entregues ao Rei Momo
as chaves das cidades simbolizando o início do período carnavalesco e o domínio desta festa em toda a cidade. Não se tem
muita informação de como teve início o simbolismo do suposto monarca que é representado pelo folião mais animado, inexplicavelmente o mais gordo, mas podemos facilmente constatar que seu
reinado é a celebração da alegria, do gozo e prazer.
Nada de mais em procurar a alegria e o prazer, aliás atividades
naturais e necessárias ao ser humano, desde que seja de uma forma saudável. No entanto neste período, fica a impressão que só
se pode alcançá-los no uso exagerado do álcool, na alienação proporcionada pelas drogas e nos abusos do sexo.
Este festejos estão tão entranhados na cultura de nosso país
que praticamente todas as atividades mais importantes iniciam-se
após este período. Nesta época intensificam-se as campanhas
contra a AIDS, dando destaque ao uso da camisinhas (milhões serão distribuídas gratuitamente neste período), como se fosse o
nosso único problema na área da saúde e que o uso da camisinha
fosse a única solução.
O desfile das escolas de samba com muitas mulheres nuas e
sensuais, fartamente divulgada na TV, é um forte atrativo para turistas estrangeiros. Por conta disso, a imagem de nosso país pelo
mundo afora é de um grande bordel, onde as mulheres estão disponíveis pelas ruas e esquinas. Prostituição profissional, infantil e
todo tipo de desequilíbrio, que não são aceitos pela sociedade do
primeiro mundo, são toleradas no "País do Carnaval" e atraem os
que não podem dar vazão aos seus instintos primitivos em sua terra.
Cada dia mais o início destes festejos é antecipado com os bailes pré-carnavalescos, ao mesmo tempo são prolongados, sem
contar os mensais "carnavais fora de época" pelo país afora. Em
todos eles, as imagens são as mesmas: desequilíbrio, promiscuidade, excessos no consumo de álcool e de drogas, estas consumidas abertamente com a complacência das autoridades. Nas imagens transmitidas pela TV, entre a alegria e danças sensuais, destaca-se a imagem de adolescentes consumindo drogas caseiras
até desmaiar à vista de um policiamento que assiste tudo passivamente, sem contar as imagens dos roubos a turistas em meio à
multidão de foliões.
Isto tudo nos faz lembrar os bacanais e as orgias primitivas que
originaram estes festejos modernos. Este comportamento baseado
apenas nos instintos é compreensível na humanidade daquela época, mas é, no mínimo, contraditório no ser humano moderno que
já se encontra bastante desenvolvido intelectualmente e que, por
conta deste desenvolvimento, deveria ter como conseqüência a
melhoria moral.
É necessário que o ser cibernético que já viaja pelo espaço, que
domina avançadas tecnologias e que caminha a passos largos para o pleno conhecimento de si mesmo, busque espiritualizar-se
para valorizar o que realmente vale para a sua existência como ser
eterno que é: os bens morais e espirituais. Somente quando a humanidade compreender que a vivência na matéria é a grande oportunidade que tem para construir seu processo evolutivo espiritual,
procurará se libertar das paixões e vícios terrenos, fazendo juz ao
um mundo melhor onde o bem prevalecerá.
Felizmente temos visto que ultimamente outras formas de aproveitar este período tem surgido. São inúmeros os eventos religiosos que reúnem jovens para conversarem, cantarem, dançarem e
também tratar dos assuntos relacionados ao Espírito.
Enfim, nem tudo é folia no "país do carnaval"!
A
Do livro “O Homem Novo” de J. Herculano Pires
3
N
Delmo Martins Ramos
VÉÄâÇt XÄ|áxâ e|zÉÇtàà|
VÉÄâÇt wÉ _x|àÉÜ
Nosso irmão Luís Eduardo nos envia este lindo poema de
Cora Coralina intitulado:
38 Vós tendes ouvido o que se disse: Olho por olho e
dente por dente.
Refere-se à lei de Moisés. No tempo em que Moisés
legislou, -teve de o fazer para povos rudes, primitivos e
quase ferozes, os quais não tinham compreensão alguma
da espiritualidade. Foi -obrigado a recomendar-lhes que
retribuíssem a violência pela violência, para que fossem
contidos pelo medo de receberem o mesmo que fizessem
aos outros.
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
39 Eu porém vos digo, que não resistais ao que vos
fizer mal; mas se alguém te ferir na tua face direita,
ofereça-lhe a outra
40 E ao que demandar-te em juízo e tirar-te a tua túnica,
larga-lhe também a capa.
41 E se qualquer te obrigar a ir carregado mil passos,
vai com ele mais outros dois mil.
Jesus aqui nos ensina que a lei divina proíbe rigorosamente a vingança. Estando já os povos mais adiantados em
compreensão espiritual, Jesus lhes demonstra com seus
ensinamentos que o castigo deve sempre vir do Alto, o qual
sabe melhor como obrigar ao que errou a corrigir o erro
cometido contra o
próximo.
Ao Senhor
pertence punir os
seus filhos rebeldes;
pois, não afirmou
Jesus que serão
saciados os que
clamam por justiça?
Então por que
cada um querer
procurar fazer
justiça por suas
próprias mãos?
A vingança tem
enchido prisões,
arruinado lares e
perdido existências
preciosas. Nos
tribunais se
arrastam longos
pro-cessos e
demandas, litígios e querelas que, consumindo as posses
de seus autores, os empobrecem e originam ódios seculares. Eis porque Jesus, que veio combater todas as causas das infelicidades materiais e espirituais da humanidade,
recomenda-nos que procuremos harmonizar as situações
sem recorrermos a vingança, mesmo que tenhamos de
arcar com prejuízos materiais ou morais.
Aconselhando-nos a que andemos dois mil passos com
quem nos obrigar a andar mil, Jesus nos aconselha a obediência para com nossos superiores. Nos lugares subalternos
nos quais a vida nos colocar, aprendamos a obedecer sem
murmurar. A obediência é uma grande virtude. Se não soubermos obedecer aos homens, como poderemos obedecer
a Deus e cumprir-lhe as ordens, vivendo conforme sua vonTade?
Lembremo-nos que a Justiça Incorruptível de Deus, em
tempo oportuno. ferirá quem nos feriu, restituir-nos-á o que
nos tiraram e considerará nossa obediência.
Do Livro “O Evangelho dos Humildes” de Eliseu
Rigonatti
“gÉwÉá wxäxÅÉá áxÜ t Åâwtdžt Öâx
wxáx}tÅÉá äxÜ ÇÉ ÅâÇwÉAÊ
( Mahatma Gandhi )
4
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.
Se você não tem nenhum senso de
caridade em seu coração, então você sofre
do pior tipo de doença cardíaca.”
Tà|ä|wtwxá wÉ VxÇàÜÉ
Nosso Centro desenvolve as seguintes atividades:
- Sessão Pública: 5ª feira às 20:00 h.
- Sessão de desobsessão e desenvolvimento: 3ª feira às
20:00 h.
- Pedidos de orientações: 2ª feira das 19:00 às 19:45 h. As
orientações serão entregues aos interessados na 5ª feira ao
final da Sessão Pública.
Na sessão de desobsessão e de desenvolvimento mediúnico só é
permitida a presença dos médiuns.
AS AULAS DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS
DE 4 A 13 ANOS ACONTECEM AOS SÁBADOS DAS 14:00 ÀS
16:30 H.
TRAGAM SEUS FILHOS!
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(Reforma \315ntima 144)