Nº 43 • Série III • Ano 11 • 1º Trimestre • Jan/Fev/Mar 2005
Empresas públicas de transporte
debatem qualidade do serviço
O cliente
no centro
do sistema
1
Mais 300 novos sistemas
de videovigilância
Venda electrónica
estende-se a estações
dos CTT e postos
“Pay-Shop”
Redesenho da rede da CARRIS
Transportes mais próximos
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Editorial
"Lisboa Carris"
acompanha
reestruturação
da empresa
2
O “Lisboa Carris” inicia com esta edição uma nova
etapa da sua já longa vida como órgão de comunicação
interno da empresa. Durante os últimos 17 anos o
“Lisboa Carris” foi dirigido pelo Dr. Fernando Bonito da
Conceição com a sabedoria, entusiasmo e dedicação
que aqueles que mais de perto vêm colaborando nesta
publicação podem testemunhar.
No momento em que, por honroso convite do Conselho
de Administração, assumo a direcção do “Lisboa
Carris” é, pois, devida uma sincera mensagem de
agradecimento ao Dr. Bonito da Conceição pelo seu
trabalho durante o longo tempo em que dirigiu este
órgão de comunicação.
Pretendemos um “Lisboa Carris” vivo, actual e
dinâmico, que constitua um veículo de comunicação
entre a empresa e os seus colaboradores – estejam
no activo ou já reformados – não esquecendo
as famílias que connosco partilham a vida
e a actividade da CARRIS.
Na prossecução deste objectivo, o “Lisboa Carris” tem
vindo a renovar-se. Primeiro através da alteração do seu
formato para as dimensões actuais, mais próximas de
uma revista. Depois, com a melhoria da organização
e dos conteúdos, que desejamos mais interessantes
e atractivos para os leitores, com custos de produção
simultaneamente mais vantajosos.
A renovação do “Lisboa Carris” ocorre no momento
em que está em curso o programa de reestruturação
da empresa, visando torná-la mais moderna, dinâmica,
flexível e, simultaneamente, mais eficaz e eficiente.
O artigo do presidente do Conselho de Administração,
Dr. Silva Rodrigues, publicado neste número, ilustra
claramente o caminho já percorrido e o muito que ainda
falta concretizar para atingir aquele objectivo.
José Maia
Transportes
com nova
tutela
O XVII Governo
Constitucional,
que tomou posse
no passado dia
12 de Março,
é liderado pelo
Eng. José Sócrates
Carvalho Pinto de Sousa.
Em consequência da entrada
em funções do novo Governo,
o ministro das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações
é o Eng.º Mário Lino Soares
Correia, tendo sido nomeada
secretária de Estado
dos Transportes a Eng.ª Ana
Paula Mendes Vitorino.
Aos novos titulares
o “Lisboa Carris”
deseja o maior
sucesso no
desempenho das
importantes funções
que assumiram.
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
CARRIS 2004 - 2005
Um balanço
e uma perspectiva
A CARRIS vive
actualmente,
um novo tempo,
reconfigurando-se
como empresa para
melhor responder aos
múltiplos e complexos
desafios com que hoje
estamos confrontados.
J. Manuel Silva Rodrigues
Presidente do Conselho de Administração
E
m 2004 continuou, conforme previsto,
o programa de reestruturação da CARRIS,
tendo prosseguido a adopção das medidas
que visam aumentar a eficácia e a eficiência da empresa.
As contas do ano transacto vão evidenciar que o
resultado operacional foi de –50,8 milhões de euros,
o que, em relação a 2003, representa uma melhoria
superior a 10 milhões de euros, estando prevista, no
orçamento de 2005, a continuação da redução do deficit
operacional da empresa.
Recordo que o programa de reestruturação que
adoptámos no início de 2003 prevê que a CARRIS
apresente, no final de 2007, um resultado operacional
real de, aproximadamente, - 20 milhões de euros.
Fica, desta forma, bem evidente que, se é certo que
estamos a percorrer o caminho correcto, é, igualmente
certo que muito falta ainda andar.
As medidas adoptadas em 2004, à semelhança, aliás, do
ocorrido em 2003, tocaram, praticamente, em todas as
áreas da organização e funcionamento da empresa.
Complementaridade intermodal
No âmbito da oferta prosseguiu a respectiva optimização
incremental, designadamente, ajustando-a melhor
à rede do metropolitano, assim se reforçando a
necessária complementaridade intermodal, criando-se
melhores condições para a criação de um sistema de
transportes “CARRIS/METRO” que ofereça à cidade
cada vez melhores condições de mobilidade, em
estreita articulação com os demais operadores que
actuam na Área Metropolitana de Lisboa.
No domínio da oferta merece, ainda, destaque o
estudo, desenvolvido desde o último trimestre de 2004
e concluído durante o 1º trimestre deste ano, visando
o redesenho da rede da CARRIS. Seguramente, a sua
implementação, que se iniciará este ano, com a entrada
em funcionamento de um conjunto experimental de
carreiras, constituirá um grande desafio para a nossa
empresa.
A conclusão da instalação do SAE-IP em toda a frota
da CARRIS, permitindo uma gestão mais eficaz dos
veículos da empresa, reflectiu-se numa melhoria
da qualidade do serviço prestado, ao mesmo
tempo que viabilizou o arranque do “SIP” – Sistema
de Informação nas Paragens com utilização de
telemóveis, cuja fase experimental terminou no final de
Fevereiro deste ano.
Foi, também, em 2004 que a CARRIS adoptou a
bilhética sem contacto, quer através do “Lisboa Viva”,
quer através do bilhete “Sete Colinas”, estando,
actualmente, o sistema disponível na CCFL/ML/TT.
3
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Idade da frota baixou em 2004
Ficha Técnica
PROPRIEDADE
DIRECTOR
José Maia
SUB-DIRECTOR
Luís Vale
CONSELHO REDACTORIAL
Alberto Lage, António Araújo,
José La-Grange, Maria Graça Romão,
Norberto Silva, Teresa Santos
4
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EDITOR
Edifício Lisboa Oriente, Av. Infante D. Henrique,
Nº 333H, 4º Piso - Escritório 49
1800-282 Lisboa
Telef. 21 850 81 10 - Fax 21 853 04 26
Email: [email protected]
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Impressão: RPO Produção Gráfica, Lda.
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Periodicidade: trimestral
Tiragem: 10.000 exemplares
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Distribuição gratuita aos colaboradores
e reformados da Companhia Carris
de Ferro de Lisboa
Assinatura anual: 8 euros
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ISSN: 870-676X
Depósito Legal nº 12.183/86
Isento de Registo no ICS ao abrigo do artigo 9º
da Lei de Imprensa nº 2/99, de 13 de Janeiro
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Companhia Carris de Ferro de Lisboa
Rua 1º de Maio, 101-103 • 1300 Lisboa
Membro fundador da Associação
Portuguesa de Comunicação de Empresas
•
www.carris.pt
Por outro lado, no âmbito do processo de renovação
da frota (aquisição de 408 novos autocarros), foram
recepcionados os 40 minis adquiridos e 59 dos 368
novos standard, o que perfaz um total de 99 autocarros,
tendo-se concretizado o abate de 118 autocarros de
idade elevada e reduzindo-se, desta forma, a idade média
da nossa frota de 16,5 anos, no final de 2003, para 14,1
anos, no final de 2004.
Esta renovação da frota de autocarros que, em 2005,
se intensificará com a recepção de 238 novos veículos,
reduzindo-se então a idade média para cerca de 7 anos,
para além de se reflectir na redução dos nossos custos
de manutenção, mais acentuada pela externalização
da manutenção dos 248 MAN Standard, consubstancia
uma significativa e bem visível melhoria da qualidade do
transporte que a CARRIS presta, considerando o facto de
os novos autocarros serem de piso rebaixado, dispondo
de ar condicionado e estando equipados com sistemas
de videovigilância e alguns (20) também com cabina
de protecção do motorista.
No domínio do aprovisionamento foram renegociados
vários contratos com os respectivos fornecedores,
visando a obtenção de melhores condições de preço,
como foi o caso, entre outros, do gasóleo, dos pneus,
da electricidade e das peças e sobresselentes
necessários para a manutenção dos veículos.
A rede de vendas da empresa foi, também, objecto de
medidas que visam, ao mesmo tempo, a melhoria do
serviço prestado ao cliente e a redução dos respectivos
custos. Neste contexto, mereceu destaque
as negociações que foram desenvolvidas com os CTT
e a rede “Pay-Shop” que permitem a venda em cerca
de 70 estações dos CTT e 200 lojas da rede “Pay-Shop”
dos títulos de transportes “Lisboa Viva” e “Sete Colinas”.
Neste domínio, está previsto a partir do final do
1º semestre deste ano, o carregamento do Lisboa Viva
nos terminais ATM’s.
A rede de vendas da
empresa foi, também,
objecto de medidas que
visam, ao mesmo tempo,
a melhoria do serviço
prestado ao cliente e a
redução dos respectivos
custos.
Estou seguro
que, com o
nosso trabalho,
saberemos
encontrar, em
tempo útil,
as respostas
adequadas e
que seremos
capazes de
tornar a CARRIS
uma empresa
mais moderna,
dinâmica,
flexível...
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Por outro lado, a empresa continuou disponível e
interessada no processo de rescisão de contratos
de trabalho por mútuo acordo, procurando-se,
assim, de forma gradual, concretizar o necessário
redimensionamento do efectivo nas áreas técnica,
administrativa e de manutenção.
Assim, em 2004, concretizaram-se 304 rescisões por
mútuo acordo, dispondo a empresa, no final do ano, de
2859 trabalhadores, encontrando-se efectivamente na
empresa 2801 trabalhadores, o que representa cerca de
mais 100 do que o objectivo estabelecido para o final de
2005 (2700 trabalhadores).
É de referir que deverá prosseguir a política de rescisões
por mútuo acordo. Ao mesmo tempo, pretende-se
renovar o quadro de efectivos da empresa, condição
indispensável ao seu progresso e modernização, o que
se concretizará no ano em curso com a realização de um
estágio, durante 1 ano, de 15 jovens licenciados, tendo
em vista o recrutamento dos melhores candidatos no final
do referido estágio.
Realizar-se-ão também, em 2005, 200 novas admissões
de pessoal tripulante – motoristas e guarda freios.
Melhores condições de trabalho
Por outro lado, em 2004 iniciou-se o processo de
mudança das instalações dos serviços centrais de Santo
Amaro para Miraflores o qual estará concluído em Março/
/Abril deste ano, o que se traduz na melhoria dos espaços
físicos das diferentes áreas da empresa, reflectindo-se em
melhores condições de trabalho, ao mesmo tempo que
se reduzem os custos de funcionamento.
Merece, também, destaque a concretização, por
parte da CARRIS, de projectos de índole cultural,
designadamente a consolidação e alargamento do
nosso espólio museológico, com a criação do núcleo
da Tipografia, recentemente inaugurado. Realizaram-se
duas exposições de grande interesse, que contaram
com muitos visitantes, “Born in Europe”, em 2004, e “Os
Amarelos da Carris”, no início de 2005.
Neste domínio é, também, de recordar o apoio
permanentemente prestado à Banda de Música da Carris
no âmbito das comemorações dos 75 anos de existência,
que ocorreu em 2004.
As medidas acabadas de referir e os resultados positivos
delas decorrentes enquadram-se no programa de
reestruturação que o Conselho de Administração se
propôs concretizar no triénio 2003-2005.
Fica, assim, demonstrado que o caminho de déficits
crescentes e de acomodação a um definhamento
progressivo foi invertido, vivendo, actualmente, a CARRIS
um novo tempo, reconfigurando-se como empresa para
melhor responder aos múltiplos e complexos desafios
com que hoje estamos confrontados.
Mas não nos iludamos: as tarefas que temos ainda pela
frente são difíceis, exigem-nos trabalho.
Para além de termos de prosseguir as medidas para
aumentar a eficácia e ganhar eficiência, importa não
esquecer que é preciso concretizar a reestruturação do
sistema tarifário, a expansão da rede de corredores BUS,
a restrição das condições de circulação e estacionamento
do transporte individual.
Neste domínio particular algum progresso foi conseguido
em 2004, com a criação de alguns novos corredores, a
instalação de separadores físicos no corredor da Rua da
Junqueira e o início da intervenção dos “Vigilantes”.
É, porém, pouco face ao que há para fazer nestes
domínios, esperando-se que a nova Autoridade
Metropolitana de Transportes dê sinais concretos em 2005,
evidenciando competência e meios, isto é, capacidade
para concretizar o que dela se espera: a adopção das
medidas de coordenação dos diferentes intervenientes,
visando a criação de um sistema integrado de transportes
que assegure novas condições de mobilidade na Área
Metropolitana de Lisboa, assentes em mais e melhores
transportes colectivos, consequentemente, um espaço
com menos automóveis, com menos congestionamento e
poluição, com maior qualidade de vida.
São estes os desafios do nosso tempo.
Estou seguro que, com o nosso trabalho, saberemos
encontrar, em tempo útil, as respostas adequadas e que
seremos capazes de tornar a CARRIS uma empresa mais
moderna, dinâmica, flexível, capaz de contribuir no futuro,
tal como já fez no passado, para o desenvolvimento de
Lisboa, sabendo tornar-se uma empresa indispensável à
construção de uma cidade mais competitiva, uma cidade
onde todos gostemos, cada vez mais, de viver e trabalhar.
5
COLUNA DO PROVEDOR
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
6
Apresento as maiores felicidades ao
actual director do “Lisboa Carris”, no
desempenho das suas novas funções.
Ao convidar-me para escrever algumas
linhas sobre a minha actividade como
Provedor do Cliente, seleccionei alguns
casos que pela sua quantidade ou
qualidade merecem destaque.
• Em 2004 adquiriram maior expressão
as reclamações referentes à
irregularidade de serviço (38 %
da totalidade de reclamações).
As acções concertadas com a
Câmara Municipal de Lisboa e a
Polícia de Segurança Pública são
de extrema importância para se
encontrarem soluções de circulação
e estacionamento na cidade de
Lisboa que se traduzam numa maior
rapidez e regularidade das carreiras.
• Dos contactos efectuados com
os clientes temos verificado
que a instalação de câmaras
de videovigilância nos veículos
desincentiva a actuação dos
carteiristas.
Há todo o interesse no
desenvolvimento de intervenções
deste tipo em articulação com
outros organismos, uma vez que a
segurança quer do pessoal tripulante
quer dos clientes tem constituído
uma das prioridades da CARRIS.
Vale a pena analisar as medidas e
os casos apresentados na revista
05/2004 da UITP dedicada à
segurança nos transportes públicos.
• Alguns clientes têm informado
sentir-se pouco motivados para a
validação do cartão, uma vez que a
maioria dos passageiros não cumpre
este procedimento ao entrar nos
veículos. Faz-se um apelo a todos os
tripulantes para a importância da sua
melhor colaboração.
• Como exemplo de comportamento
que dignifica a imagem da CARRIS,
destaco a atitude do tripulante do
Elevador da Bica, numa viagem que
efectuei cerca das 20h00, em que era
visível uma relação amigável com os
residentes e cordial com os turistas.
• Começaram a surgir referências
positivas aos novos autocarros e ao
serviço de informações SMS.
A. Quaresma
Projecto “Competir no futuro”
A CARRIS iniciou, no passado dia
7 de Março, nas suas instalações o
estágio com 15 recém-licenciados. Estes integram um
grupo mais alargado, composto por
100 recém-licenciados das áreas
de Engenharia, Economia, Gestão,
Matemática, Direito e Marketing,
que foram encaminhados para
a CP – Comboios de Portugal,
Metropolitano de Lisboa, Metro do
Porto, Sociedade de Transportes
Colectivos do Porto e Transtejo. Os estagiários são provenientes de várias
universidades do país, no âmbito do Programa de Recrutamento de
estagiários para os operadores públicos de transportes públicos promovido
pelo MOPTC, uma acção que está prevista concretizar até 2007.
Estes licenciados vão realizar um estágio, com a duração de um ano,
passando por diversas áreas da empresa, com o apoio da estrutura
orgânica e dos profissionais qualificados de que a empresa dispõe,
capazes de lhes facultar e orientar a respectiva formação. Com a
realização destes estágios, a CARRIS pretende renovar o seu quadro
técnico de efectivos, uma condição indispensável ao seu progresso
e modernização. Está também em curso, durante o ano de 2005, o
recrutamento de 200 novas admissões de pessoal tripulante, motoristas e
guarda-freios, esperando-se no futuro, poder concretizar-se também
a admissão de novos profissionais para a área das oficinas.
Não há futuro para a CARRIS sem a renovação atempada dos seus
recursos humanos.
Rua dos
Cavaleiros
Pequena
obra, grande
resultado
Por iniciativa da
Junta de Freguesia
do Socorro foram,
finalmente, efectuadas
as necessárias obras de
ordenamento que vieram
resolver o problema das frequentes interrupções da circulação devido a
viaturas mal estacionadas na Rua dos Cavaleiros, no bairro da Mouraria.
Em 2004, até ao mês de Novembro, verificaram-se 152 interrupções na
circulação da carreira 12, correspondentes a 97 horas de paralisação.
Desde Dezembro que não se verifica qualquer interrupção nesta rua,
embora se mantenham as dificuldades de circulação inerentes às
características viárias do local, comprovando que, por vezes, pequenas
intervenções conduzem a grandes resultados.
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Previsto no Programa de Segurança da CARRIS
Mais 300 sistemas de videovigilância
em autocarros e eléctricos
Segurança
Com a instalação dos novos
sistemas, a CARRIS ficará a
dispor dum total de 430 veículos
equipados com videovigilância, o que
corresponde a cerca de metade da
frota de serviço público.
Estes sistemas fazem parte das
medidas de segurança adoptadas
pela CARRIS, com vista à protecção
dos clientes, do pessoal tripulante
e do material circulante, face a
actos de delinquência e vandalismo
verificados na rede de exploração
da empresa. O equipamento
constitui o mais avançado que existe
actualmente, o que coloca a CARRIS
na vanguarda de incorporação de
novas tecnologias em veículos de
transporte público.
Estão, actualmente,
em fase de instalação
300 novos sistemas de
videovigilância para
autocarros e eléctricos,
o que corresponde a um
investimento na ordem
de 1 milhão de euros.
Um apoio às forças
de segurança
Os equipamentos têm também
permitido aumentar a eficácia da
actuação da PSP, já que fornecem
imagens que, quando solicitadas
pelas autoridades competentes,
constituem um importante meio
de investigação criminal de actos
praticados a bordo dos veículos.
Presentemente, decorre a
experiência, em 10 autocarros, de
transmissão de imagens, em tempo
real, em situações de emergência,
para a Central de Comando de
Tráfego da CARRIS e para o
Centro de Comando e Controlo do
Comando Metropolitano da PSP
Protecção da cabina do motorista
Encontrarão brevemente em
funcionamento alguns autocarros
que dispõem de protecção da cabina
do motorista.
Para além da abertura existente,
de modo a permitir a aquisição do
título de transporte e possibilitar
a movimentação do dinheiro,
existe também uma “janela” com
accionamento eléctrico através de
um botão incorporado na porta. O
motorista tem assim a possibilidade de
fechar a “janela” e ficar em segurança.
Em situações de emergência, o
motorista poderá criar um corredor
de segurança, que permite a sua saída
em caso de necessidade. A cabina
é bastante espaçosa e confortável,
dispõe de ar condicionado próprio e
a comunicação com os clientes é fácil.
de Lisboa, com a finalidade de se
poder vir a conseguir, no futuro, uma
actuação ainda mais rápida e eficaz
da PSP.
É ainda de referir que o Sistema de
Ajuda à Exploração, instalado em
todos os veículos da frota, permite,
para além da comunicação de voz e
de dados, via rádio, também saber, à
CARRIS e à PSP, em cada momento,
a localização exacta dos veículos,
através do recurso a tecnologias
GPS.
Pela sua importância, no reforço da
segurança do pessoal tripulante,
merece também destaque a
instalação em curso, em 20 novos
autocarros, de cabinas destinadas à
protecção dos motoristas.
7
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Uma nova rede para a CARRIS
É necessário criar
as condições de
circulação à superfície
que permitam à empresa
oferecer um serviço
de qualidade que
fomente a atractividade
do sistema de transportes
de forma a captar e fixar
novos clientes.
8
A
mobilidade na área
de operação da CARRIS tem
vindo a sofrer nos últimos anos
uma evolução caracterizada
essencialmente pela diminuição
acentuada da população residente
e do emprego na cidade de Lisboa,
simultaneamente com a expansão
da habitação e de pólos de emprego
para áreas periféricas da cidade e da
Área Metropolitana pior servidas pelo
transporte colectivo, o que, aliado
ao aumento do poder de compra
dos cidadãos, vem fomentando uma
crescente utilização do transporte
individual.
Em consequência, é possível
constatar uma excessiva pressão
sobre a rede viária e o espaço
público, evidenciada diariamente nos
congestionamentos da circulação e
no estacionamento desordenado.
Efectivamente, a quebra da procura
do transporte colectivo na cidade
de Lisboa, considerados os dois
operadores - CARRIS e Metropolitano
- cifrou-se em 32% entre os anos de
1987 e 2003. A perda de procura
da CARRIS no mesmo período foi
ainda superior por transferência para
o Metropolitano, devido às várias
extensões da sua rede.
Por outro lado, apesar de diversas
alterações que têm vindo a ser
realizadas, a rede da CARRIS
mantém as suas características
essencialmente radiais, de
penetração sobre o centro da cidade,
com significativas sobreposições
com a rede do Metropolitano.
Neste contexto era necessário
repensar a rede da CARRIS na
perspectiva do Plano de Mobilidade
de Lisboa cuja elaboração tem vindo
a decorrer por iniciativa da Câmara
Municipal de Lisboa.
Com este objectivo, a CARRIS
encomendou à TIS.PT – Transportes,
Inovação e Sistemas, S.A. um
estudo para o estabelecimento de
uma nova rede, mais adaptada às
novas necessidades de mobilidade
em Lisboa e com uma lógica de
complementaridade com as redes
pesadas de transporte, sobretudo
com a rede do Metropolitano. Porém,
não basta desenhar uma nova rede
para a CARRIS. É necessário criar as
condições de circulação à superfície
que permitam à empresa oferecer
um serviço de qualidade que
fomente a atractividade do sistema
de transportes de forma a captar
e fixar nova procura.
Embora tenham sido realizadas
algumas acções, de carácter pontual,
tendentes a melhorar a circulação do
transporte colectivo à superfície, com
resultados já evidenciados, muito há,
ainda, a fazer.
É necessário assegurar,
nomeadamente por parte da Câmara
Municipal, um conjunto de medidas
que discriminem positivamente o
transporte colectivo relativamente
ao transporte individual, tais como
novos corredores BUS, prioridade
semafórica nos cruzamentos,
maior disciplina e fiscalização do
estacionamento e das operações
de cargas e descargas, de modo
a criar condições para o aumento
da velocidade comercial e da
regularidade do serviço.
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Transportes mais próximos
das pessoas
As linhas gerais da nova rede da CARRIS
foram apresentadas pela TIS no passado
dia 20 de Janeiro, assentando em:
• Complementaridade com as redes
pesadas, nomeadamente com a rede
do Metropolitano;
• Segmentação entre quem privilegia
a rapidez e frequência ou prefere
as ligações directas;
• Serviços de carácter local direccionados
para a transferência modal.
A rede da CARRIS deverá conter um menor
número de carreiras que actualmente,
com elevadas frequências, estratificada
em vários níveis:
• Rede Estruturante – complementando
as redes pesadas, nomeadamente do
Metropolitano;
• Rede Intermédia – suprindo a menor
oferta dos níveis superiores em certas
zonas da cidade;
• Rede de Serviço Local – servindo
os principais equipamentos de cada bairro
e ligando às redes de nível superior.
De acordo com o estudo apresentado, 77%
da população de Lisboa, ou 81% das pessoas
com mais de 65 anos, terá uma paragem da
Rede Estruturante ou da Rede Intermédia a
menos de 6 minutos a pé da sua residência.
Não se trata, porém, de uma rede que possa
ser implementada de imediato. Pelo contrário,
deverá ser um trabalho faseado e muito
cuidadoso, continuamente monitorizado
e acompanhado de uma permanente
informação dirigida aos clientes e ao interior
da empresa.
O processo deverá iniciar-se ainda durante o
1º semestre de 2005, devendo prolongar-se
pelo ano de 2006.
Parceria com CTT
CARRIS estende venda electrónica
de títulos de transporte a estações
CTT e PayShop.
Desde Março que os clientes da CARRIS podem adquirir
os seus títulos
de transporte,
exclusivamente
por carregamentos
electrónicos dos
cartões Lisboa Viva
e Sete Colinas, em
estações dos CTT e
em postos “Pay-Shop”.
Desta forma, a CARRIS pretende
terminar com as longas filas de espera junto dos quiosques
da CARRIS a cada princípio do mês.
Através do recurso às novas tecnologias, a companhia
alarga, assim, a rede de acesso à venda de títulos de
transporte, com horários mais flexíveis de funcionamento,
em qualquer dia da semana, incluindo a abertura
ao fim-de-semana de muitos pontos “Pay-Shop”.
O projecto piloto desta iniciativa inédita teve início a 18
de Fevereiro, na estação dos CTT dos Restauradores e
num posto de venda “Pay-Shop”, sendo progressivamente
alargado a cerca de 270 pontos de venda.
Com esta parceria, os CTT marcam a sua entrada na
tecnologia dos “smart cards”, ao utilizar pela primeira
vez nesta actividade uma arquitectura que centraliza
os equipamentos de venda electrónica, com base em
transacções on-line nas estações de correios e nos agentes
“Pay-Shop”, com um validador local adaptado ao terminal
que já utilizam.
Até ao final do primeiro semestre de 2005, a CARRIS
pretende alargar a rede de pontos de venda dos títulos de
transporte ao Multibanco, estando a aguardar a autorização
da SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços).
Parceiros de longa data
O historial de parceria entre a CARRIS e os CTT remonta
ao século XIX, mais propriamente ao ano de 1889. Nesses
tempos, a CARRIS emprestava os seus cocheiros aos
CTT e, por sua vez, os Correios cediam os seus veículos,
quando necessário. Mais tarde, já com a rede de autocarros
a funcionar, algumas carreiras transportavam pela cidade
de Lisboa caixas de correio penduradas no exterior dos
veículos. Assim, os lisboetas além de se deslocarem mais
rapidamente, podiam colocar o seu correio nas caixas.
9
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Novo Código da
Estrada em vigor
É
10
O Decreto-Lei nº 44/2005 introduz importantes
alterações no Código da Estrada.
vasto o conjunto de
alterações agora
introduzidas. Interessa,
contudo, chamar a atenção para
algumas delas pela sua importância.
Ao nível da velocidade, apesar de
se manterem os actuais limites, são
alterados os escalões sancionatórios
e criado um novo escalão para a sua
violação, agravando as penalizações
por excesso de velocidade.
Assim, por exemplo, passa a ser
considerada contra-ordenação grave
o excesso de velocidade sobre os
limites impostos, praticado dentro das
localidades – em geral 50 km/h, salvo
sinalização em contrário – se superior a:
• 20 km/h, no caso de veículo ligeiro
ou motociclo, ou
• 10 km/h no caso dos restantes
veículos, incluindo autocarros.
É também considerada contra-ordenação grave a utilização, durante
a condução, de auscultadores sonoros
e de aparelhos radiotelefónicos
(telemóveis).
São mais penalizados outros
comportamentos de risco como seja
a condução sobre o efeito do álcool.
Uma taxa de álcool no sangue superior
a 0,5 g/l e inferior a 0,8 g/l
é também contra-ordenação grave.
Casos muito graves
Contudo, é na classificação das
contra-ordenações muito graves que
se encontram várias situações que
merecem atenção, tais como:
• O excesso de velocidade sobre os
limites impostos superior a
40 km/h para os veículos ligeiros
ou superior a 20 km/h para outros
veículos, em que se incluem os
autocarros;
• O desrespeito pela obrigação de
paragem ao semáforo vermelho ou
ao sinal de agente regulador;
• O desrespeito pelo sinal de STOP;
• A transposição da linha longitudinal
contínua.
De salientar que as contra-ordenações graves e muito
graves são sancionáveis com
a coima respectiva e com uma
sanção acessória: a coima tem um
determinado valor, em geral agravado
relativamente ao anterior, consistindo
a sanção acessória na inibição de
conduzir por determinado período.
Mais fiscalização
É ainda especialmente relevante
para os condutores da CARRIS o
estabelecido no art.º 139º, nº 3,
onde é referida a “… circunstância
agravante, aos especiais deveres
de cuidado que recaem sobre o
condutor, designadamente quando
este conduza veículos de socorro ou
de serviço urgente, …, pesados de
passageiros…”.
O novo Código introduz também um
conjunto de alterações tendentes a
aumentar a eficácia da fiscalização,
evitando o prolongamento excessivo
dos processos, de forma a reduzir
significativamente o tempo que
decorre entre a prática da infracção e a
aplicação da sanção.
A segurança dos peões – utentes
da via pública especialmente
vulneráveis – foi também considerada,
estabelecendo a obrigação
de redução da velocidade na
aproximação às passagens de peões
assinaladas, bem como a paragem
dos veículos para deixar passar
os peões que já tenham iniciado a
travessia, mesmo que a sinalização
para o veículo lhe permita avançar.
As crianças – até aos 12 anos e com
menos de 1,50 m de altura –
transportadas nos automóveis também
são alvo de atenção relativamente
à sua segurança, através do
estabelecimento de novas condições
de utilização de sistemas de retenção.
Transportes públicos
Relativamente ao transporte público,
e à CARRIS em particular, o Código
da Estrada contempla, ainda, duas
alterações propostas pela empresa
que devem ser realçadas:
• Passa a ser proibido parar ou
estacionar a menos de 5 metros
para a frente e 25 metros para trás
dos sinais de paragem no caso dos
autocarros, ou a menos de 6 metros
para trás, no caso dos eléctricos.
• A utilização dos corredores BUS
para mudança de direcção e acesso
a estacionamento ou garagens fica
limitada à extensão estritamente
necessária para execução da
manobra.
A importância e quantidade de
alterações introduzidas no Código da
Estrada, que agora entra em vigor,
aconselha a que todos os condutores,
particularmente motoristas e guarda-freios da CARRIS, procurem
informar-se das novas disposições.
Encontram-se disponíveis
nas estações para consulta
exemplares do texto do novo
Código da Estrada.
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Viagem pelo Cliente
Primeiro Encontro das
Transportadoras Públicas
Promovido pelo Ministério
das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações,
realizou-se em Coimbra,
no dia 14 de Dezembro
de 2004, o encontro
“Viagem pelo Cliente”.
T
ratou-se do primeiro
encontro de gestores e
quadros superiores das
transportadoras públicas, na qual
participou Silva Rodrigues, pela
CARRIS, em conjunto com outras
personalidades de empresas como
CP, Metro de Lisboa, Metro do
Porto, Refer, STCP e Transtejo, para
debater a qualidades do serviços
prestados ao cliente pelas empresas
transportadoras e as melhores
formas de optimização dos mesmos.
O aumento da qualidade do serviço
das transportadoras passa por
perceber os factores profissionais
e comportamentais que o cliente
valoriza, este foi o ponto de partida
do encontro “Viagem pelo Cliente”,
durante o qual foram também
delineadas ideias sobre acções
a desenvolver de forma a que
os cidadãos passem a preferir o
transporte colectivo ao individual.
O encontro contou com a presença
do secretário de Estado dos
Transportes e com a participação
de consultores da multinacional
McKinsey, que apresentaram
um estudo sobre o sector dos
transportes públicos nacionais.
As preferências do cliente
De acordo com as conclusões do
primeiro encontro de quadros, os
factores profissionais que o cliente
valoriza, segundo a perspectiva
dos participantes, organizados
em 33 mesas de trabalho, são:
regularidade/pontualidade/
fiabilidade; segurança; informação;
intermodalidade; rapidez; conforto
e frequência.
Quanto aos factores
comportamentais valorizados pelo
cliente, destacam-se os seguintes:
simpatia/atendimento;
apresentação/imagem/postura;
inovação/disponibilidade/proactividade
e competência/eficácia.
Na análise ao grau de presença
dos factores profissionais e
comportamentais nos serviços da
Carris, numa escala de 1 (ausência)
a 4 (presença plena), num total
de 56 respostas para cada item
da lista, o factor mais cotado foi a
competência/eficácia (45 respostas
no grau de presença 3), seguido por
apresentação/imagem/postura (43
respostas no grau de presença 3);
conforto (41 respostas no grau de
presença 3). Por sua vez, o factor
regularidade/pontualidade/fiabilidade
recebeu 41 respostas no grau de
presença 2 e o factor rapidez obteve
38 respostas para o mesmo grau
de presença. A segurança foi o
factor que atingiu o grau 4, com 33
respostas.
No panorama geral das empresas
transportadoras nacionais, os
factores com presença quase
plena nos serviços prestados ao
cliente foram, sobretudo, factores
comportamentais: competência/
eficácia; apresentação/imagem/
postura; simpatia/atendimento.
No grau 4 (presença plena), a
segurança, um factor profissional,
obteve a maioria das respostas
positivas.
11
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
SIP
O tempo de espera
através do telemóvel
A pedido de cada cliente, a CARRIS oferece, por SMS,
informação fiável e de última hora sobre a passagem
dos autocarros e eléctricos em cada paragem.
O
12
SIP é um serviço de mensagens SMS de informação
ao passageiro instalado pela CARRIS e que permite,
numa primeira fase, a consulta dos tempos de espera
(em minutos), relativamente a todas as carreiras que passam numa
determinada paragem ou dos próximos veículos de uma única carreira,
numa determinada paragem.
Mensalmente, têm sido recebidas cerca de 50.000 mensagens através
deste sistema, o que corresponde a um número entre 1.500 e 2.000
chamadas por cada dia útil.
No futuro, poderão ser desenvolvidos outros serviços como, por
exemplo, o pedido de anulação de cartão (em caso de extravio), a
consulta do saldo do cartão “Lisboa Viva” ou “Sete Colinas” e até a
própria aquisição de bilhetes.
Durante um primeiro período o serviço funcionou de forma gratuita, até
porque o próprio sistema estava a ser objecto de testes e de correcções
das falhas que iam sendo detectadas. Desde 1 de Março, o serviço
passou a ser pago, a um preço de 30 cêntimos por cada utilização.
Como funciona o serviço
• Digitar C, espaço em branco e o código
da paragem e enviar a mensagem para
o número 3599. Em resposta, terá a
informação dos próximos veículos a
chegar à paragem.
• Digitar C, espaço em branco, código da
paragem, espaço em branco,
e o número de uma carreira e envie
a mensagem para o número 3599.
Em resposta, terá a informação dos
próximos veículos dessa carreira
a chegar à paragem.
O código SIP está já instalado em todas
as cerca de 2100 paragens existentes
no serviço da CARRIS.
Encerramento de cursos de formação de motoristas e guarda-freios
A CARRIS levou a cabo mais três cursos de formação, dois para Motoristas de Pesados de
Passageiros e outro para Guarda-Freios, os quais foram admitidos no quadro de efectivos
da empresa nas datas mencionadas abaixo. O processo de selecção dos candidatos foi
extremamente rigoroso, tendo em linha de conta as crescentes exigências das respectivas
actividades, nomeadamente a introdução em circulação de viaturas tecnologicamente
mais avançadas e a necessidade de uma atitude comercial mais adequada. A estes
novos tripulantes, o “Lisboa Carris” deseja o maior sucesso no desempenho das funções
fundamentais que passaram a desenvolver ao serviço da empresa.
Motoristas de Pesados
de Passageiros
Motoristas de Pesados
de Passageiros
Guarda-Freios
em Eléctricos
Alexandre Pala Teixeira, Alexandre Rodrigues
Moreira, Bruno Alexandre Morgado Monteiro,
Bruno Miguel da Conceição Silva, Carlos Miguel
Duarte Ribeiro, Hugo Inácio Aguiar Carona,
Hugo Jorge Gonçalves Sousa, João Pedro Datia
dos Santos Bento, João Pedro Duarte Portugal,
Jorge António Sias Presado, Marco Paulo
Linhares Máximo, Nuno Filipe Fernandes Pires,
Pedro Miguel de Araújo Carvalho dos Santos
Francisco, Rui Miguel dos Santos Coelho, Rui
Pedro Vieira Lopes
Alexandre Garcia, Andriy Chikalo,
António Luis Ribeiro Jesus, Carlos
Manuel Baltazar Malveiro, Carlos Alberto
Monteiro Jesus, Hélder António Calha
Brito Velez, Leandro Santos Ferraz,
Paulo Jorge Fernandes Resende,
Marcelo Brandão Silva, Marco Paulo
Cardoso Mota, Paulo Alexandre Veiga
Soeiro, Paulo Jorge Leal Rodrigues
Costa, Paulo Sérgio Nunes Coelho,
Pedro Daniel Gonçalves Santos
Ana Paula Domingues Ramos Antão,
António José Tomé Canilho, Carla
Luísa de Carvalho Silva Azevedo,
Carlos Apóstolo Vitorino, Paulo
Alexandre Miranda Pereira, Paulo
Alexandre Nobre Ribeiro, Paulo Jorge
Martins da Cruz, Paulo Jorge Pereira
da Costa, Pedro Miguel Marques
Brandão Barata, Rómulo Carlos
Teixeira, Tiago Alexandre Neves Reis,
Tiago Lourenço Penão Rosa
(Admitidos em 18.02.2005)
(Admitidos em 17.03.2005)
(Admitidos em 24.03.2005)
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Eliminação das
senhas de passe
permitem maior
flexibilidade
408 novos autocarros
renovam frota
CARRIS concretiza objectivo de
reduzir a idade média da sua
frota de autocarros de 16,5 anos
para menos de 6 anos.
Com a assinatura dos contratos
de compra e venda referentes aos
últimos 200 autocarros adjudicados,
2004 – Entregues 40 autocarros
a receber em 2005 e 2006, firmada no
minis e 59 autocarros standard
passado dia 5 de Janeiro, na sede da
2005 – 238 autocarros standard
companhia, a CARRIS concretiza
(inclui 20 a gás natural)
o seu objectivo de redução da idade
2006 – 71 autocarros standard
média da sua frota de autocarros de
16,5 anos para 6 anos, previsto no
programa de renovação de autocarros que envolve um conjunto de 408
viaturas, no âmbito do processo da reestruturação da companhia.
Na sessão pública da assinatura dos contratos - na qual estiveram
presentes o então secretário de Estado dos Transportes e Comunicações,
Jorge Borrego, e António Monteiro, vereador da Câmara de Lisboa -, Silva
Rodrigues, presidente da CARRIS, considerou o projecto de renovação da
frota de autocarros fundamental para a melhoria do serviço prestado aos
seus clientes, bem como na componente de redução de custos e impacto
ambiental. Com a aquisição das novas viaturas, a CARRIS poderá eliminar
cerca de 500 autocarros antigos, reduzindo a idade média de 16,5 para 6
anos.
O valor total deste investimento cifrou-se em 59,2 milhões de euros, dos
quais 50 por cento é incorporação da indústria nacional, como informou
o presidente da CARRIS. A carroçaria dos autocarros adjudicados será
fornecida pelas empresas Marcopolo, Salvador Caetano e Irmãos Mota.
Para além de permitir uma melhoria da qualidade do transporte, a
renovação da frota da CARRIS assegura uma mais-valia ambiental ao
proporcionar uma redução significativa das emissões de gases poluentes,
na medida em que os modelos adquiridos cumprem a directiva comunitária
sobre emissões de escape, contribuindo para a qualidade do ar e do
ambiente da cidade de Lisboa.
Os novos autocarros estão dotados de uma série de inovações que
fazem a diferença ao nível da segurança e do conforto dos passageiros,
nomeadamente sistema de videovigilância, piso rebaixado e ar
condicionado, bem como na operacionalidade e na redução
dos respectivos custos de manutenção.
Nova frota da CARRIS
O novo sistema de bilhética
electrónica permitiu o
lançamento, a partir de 1 de
Fevereiro de 2005, de passes
electrónicos válidos por 30
dias, que vêm substituir, sem
qualquer alteração de preço, os
passes exclusivos da CARRIS e
do Metro e combinados entre as
duas empresas.
Agora, é possível adquirir o
passe em qualquer dia do mês
evitando as filas e permitindo
maior flexibilidade na utilização.
Por exemplo, é possível não
adquirir o passe no período de
férias.
Para facilitar a aquisição dos
novos passes electrónicos, a
CARRIS dotou toda a sua rede
de vendas – postos de venda,
concessionários e agentes – de
equipamento electrónico de
venda e carregamento. Assim,
é possível adquirir e carregar
Cartões Lisboa Viva
e Sete Colinas numa vasta
rede de vendas, constituída
por 140 pontos, em fase de
alargamento com a parceria
com os CTT.
Os novos passes
• CARRIS Urbano mensal
(antigo CARRIS Lisboa mensal)
• CARRIS Rede
(antigo Passe CARRIS mensal)
• CARRIS/Metro Urbano 30
dias – modalidades normal,
criança, 3ª idade e Ref./Pens.
(antigo Passe L mensal e
respectivas modalidades)
• CARRIS/Metro Rede 30 dias
– modalidade normal, criança,
3ª idade e Ref./Pens.
(antigo passe CARRIS/Metro
Rede mensal)
13
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Uma tipografia
no Museu da CARRIS
Para que se saiba...
Mais um autocarro
para o Museu
14
Prosseguindo a tarefa de recuperação dos
veículos que integram as colecções do
Museu, foram concluídos os trabalhos de
restauro do autocarro nº 109.
Este veículo, com chassis da marca AEC,
entrou ao serviço em 1948. Ostentava
então o nº de frota 46 e possuía uma
carroçaria da marca Weymann’s, nas cores
verde e “branca”, características da frota
de autocarros.
Em 1970, na sequência de um acidente,
perdeu a carroçaria original, que foi
substituída por outra, da UTIC, a qual,
embora apresente algumas semelhanças
com aquela, possui diferentes
características, nomeadamente clarabóias
no tejadilho. Foi nesta altura que recebeu o
número de frota que, actualmente, ostenta,
o 109.
Tendo concluído o seu período de serviço
pintado com as cores laranja e “branca”,
que, desde meados da década de setenta
do século passado e por um período
de vinte anos, identificaram a frota de
autocarros, recuperou, com estes trabalhos
de restauro, as suas cores originais.
A Oficina de Tipografia, quase tão antiga como a
própria empresa, foi criada em 1878, tendo como
duplo objectivo a impressão de bilhetes, que, assim,
deveria ser mais económica, e, também, um mais
eficaz combate à fraude e aos títulos de transporte
falsos. Os cunhos e matrizes originais foram oriundos
da Casa da Moeda e, desde logo, esta oficina dispôs
de um prelo e guilhotina manuais e de uma máquina
de picotar.
Extinta em Dezembro de 2003, foi decidido que a sua
memória, conforme apontamento sobre este mesmo
assunto já publicado no nº 41 do “Lisboa Carris”, fosse
preservada através da exposição de algumas das suas
máquinas, equipamentos e trabalhos ali efectuados.
Dando forma a esta decisão, o Museu da CARRIS
conta, desde o dia 20 do passado mês de Janeiro,
com mais um pólo temático de exposição, no qual
o visitante pode acompanhar as diversas fases dos
trabalhos desempenhados na Oficina de Tipografia:
composição, impressão, corte, encadernação e
acabamentos.
Simultaneamente, foi também inaugurado um espaço
alusivo ao industrial Alfredo da Silva, director da
empresa entre 1895 e 1919, que desempenhou um
papel relevante nos finais do século XIX no processo
de electrificação da rede de transportes da CARRIS.
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Exposição no Museu da Carris
“Os Amarelos da
CARRIS na Imprensa
Os “amarelos” da CARRIS: eléctricos,
elevadores e ascensores tornaram-se elementos indissociáveis da
paisagem e do quotidiano lisboeta,
utilizados diariamente por milhares
de pessoas, entre os quais turistas
que utilizam este meio de transporte
para conhecer os recantos da capital.
15
Jornais e revistas
expostos
A função turística dos eléctricos alfacinhas fez-se notar pelos artigos e
reportagens de vários países europeus, publicados entre 2000 e 2004,
que destacaram os eléctricos, elevadores e ascensores como verdadeiros
“símbolos” da cidade de Lisboa.
Esses artigos e peças jornalísticas europeias foram transformados em 30
painéis onde figuram carreiras “clássicas” como a do eléctrico “28” que liga o
Martim Moniz aos Prazeres, em Campo de Ourique, dando acesso ao Castelo
de S. Jorge e a algumas das mais belas panorâmicas da cidade, e reunidos
numa exposição intitulada «Os Amarelos da CARRIS na Imprensa Europeia»,
que esteve patente no Museu da Carris até finais de Fevereiro.
Nos artigos jornalísticos expostos foram também retratados outros ícones
históricos que já se tornaram ex-libris de Lisboa, como o elevador de
Sta. Justa e os ascensores da Glória, Bica e Lavra.
Esta exposição assentou no conceito de uma integração natural da CARRIS
na paisagem da capital, bem como constituiu um reconhecimento da
beleza quotidiana que os “alfacinhas” desfrutam, há mais de 100 anos e um
contributo da imprensa internacional para a projecção turística de Lisboa.
Além da exposição foi também lançado um livro de prestígio com o mesmo
nome, com venda ao público no Museu da Carris por 26 euros e a preço
especial para os colaboradores da CARRIS.
Ronda Ibérica, Geo,
Voyages, World Traveler,
Kampioen, Les Echos,
Pergamo, Bell Europe,
Schweizer Touristik,
CityMagazine, Touring,
Reizen, Woman, Grands
Reportages, Meridiani,
Quality Travel, Essential,
L’art de Voyager, Marie
Claire, Turismo Castilla
y León, Tuttoturismo,
Talkies, Viajeros, Gran
Hotel, Tú eres Única,
Aviacion e Turismo,
Touring, Sensaciones,
L’Humanité Hebdo, La
Repubblica delle Donne,
Femme.
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Notícias
Transportadoras apresentam plano de redução do défice operacional até 2007
As empresas públicas de transporte urbano das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto
apresentaram, em Janeiro, uma proposta de um plano integrado para o equilíbrio operacional e
financeiro do sector, à tutela sectorial e financeira, face à situação de agravamento do défice operacional
do sector com valores na ordem dos 175 milhões de euros em 2004 e à insuficiência de financiamento.
As empresas transportadoras delinearam um plano assente em medidas de ganhos de eficiência, que
passam por fixar objectivos para cada operador; assegurar “accountability” através da contratualização
do serviço público e ajustar o modelo organizativo do sector de forma a obter-se um impacto positivo
na ordem dos 95 a 115 milhões de euros. O programa de reequilíbrio pretende também fomentar o
aumento da procura, através do ajuste da oferta, da renovação da imagem dos transportes públicos e
da dissuasão da utilização do transporte individual nos centros urbanos.
Por sua vez, o financiamento do transporte público, segundo o plano, visaria criar capacidade para
financiar os custos do sistema, resolver a “conta histórica” das empresas e alinhar o modelo tarifário
com características do sistema-objectivo (zonamento, integração intermodal, estrutura de descontos).
Carristur no apoio a Macau
16
O Governo da Região Autónoma Especial de
Macau solicitou um estudo de viabilidade técnica,
económica e financeira com vista à introdução
de uma rede de Metro Ligeiro em Macau. No
grupo de especialistas incluem-se técnicos da
CARRISTUR, que irão prestar o seu apoio na
área de estudo de mercado, gestão de tráfego e
exploração ferroviária.
O estudo deverá estar concluído em Junho e
está a ser elaborado pela empresa especializada
MTRC (de Hong Kong), que conta com os
serviços de assessoria técnica do consórcio
Consulasia/Logistel.
O estudo teve o seu início em 2003, com uma
vertente predominantemente turística, tendo sido
reformulado durante o ano passado. O projecto
foi alargado e passou a ter como objectivo não
só servir os fluxos turísticos, mas sobretudo
as populações locais nas suas deslocações
regulares. Nesta nova abordagem, o GDI (Gab.
do Governo da RAE de Macau) dotou-se de
uma equipa de especialistas externos em várias
especialidades de engenharia e transportes que
o ajudasse no acompanhamento do estudo e
aconselhamento sobre os resultados e opções
que entretanto fossem surgindo.
Os serviços de assessoria implicaram a presença
contínua no território de Macau dos consultores
contratados, para além de períodos de assistência
por back-office, em Portugal.
Exercício do GOE
nas instalações de Cabo Ruivo
O cenário do exercício decorria na sequência de
um assalto a um autocarro feito por um grupo
de indivíduos, que sequestraram o motorista e
os passageiros e os mantinham como reféns.
Após uma fase de intensas “negociações”
com os sequestradores, a operação culminou
com um assalto espectacular ao autocarro,
pelas forças do Grupo de Operações Especiais
da PSP, que dominaram e aprisionaram os
sequestradores e libertaram os reféns.
O exercício realizou-se durante toda a manhã do
dia 27 de Janeiro, na antiga estação de Cabo
Ruivo e insere-se no âmbito da colaboração
mútua e excelentes relações existentes entre
a PSP e a CARRIS, que, para esta finalidade,
cedeu um autocarro que ia ser abatido.
3100 candidatos respondem
a recrutamento de motoristas
A campanha de recrutamento de 200 motoristas e
guarda-freios da CARRIS teve resposta imediata por
3100 candidatos. Cerca de 60 por cento dos candidatos
acederam ao site da CARRIS, na Internet, realizando
a sua candidatura via correio electrónico. O elevado
número de candidaturas resultou do lançamento da
campanha de recrutamento nos meios de comunicação,
no final de Novembro, com vista à renovação e
qualificação dos recursos humanos da companhia.
Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Notícias
Encontro Europeu TAIZÉ
Lisboa e Praga unidas pelos eléctricos
Lisboa e Praga são duas capitais europeias
onde não se encontram grandes ligações
históricas e culturais, a não ser através dos
eléctricos existentes nestas duas cidades.
Neste âmbito, a CARRIS apoiou o fotógrafo
René Kubásek, na organização de um
projecto fotográfico, o qual retrata cenas do
quotidiano das duas cidades, relacionadas
com a vivência nos próprios eléctricos, de Praga e de Lisboa, veículos
que fazem parte indissociável da paisagem das duas cidades.
As referidas fotos estiveram expostas no interior dos eléctricos de
Lisboa e Praga, no período de 14 a 28 de Fevereiro, tendo a CARRIS
facilitado a exposição de imagens alusivas aos transportes de Praga
no interior de 40 eléctricos que circularam sobretudo nas carreiras
com procura turística da empresa.
ARECA reúne em Assembleia Geral
Com vista à eleição dos Corpos Sociais
para o período de 2005/2006, a “Comissão
Instaladora da Associação dos Reformados
da CARRIS”, convoca todos os associados
a estarem presentes na Assembleia Geral
que terá lugar no dia 10 de Maio, pelas
14:30, na nova sede da ARECA, Largo de
Santo Antoninho, nº 1, Lisboa (edifício da
Bica). Os associados poderão apresentar
as listas concorrentes à eleição, nos
termos dos regulamentos e estatutos, até à
hora marcada para o início da Assembleia
Geral.
Também em Maio, no dia 22, irá ter
lugar mais um almoço de convívio dos
reformados da Companhia CARRIS
de Ferro de Lisboa, no Pavilhão
Gimnodesportivo de Tondela pelas 13:00
horas. As marcações para o almoço terão
de ser feitas com antecedência até o dia 12
de Maio (Tel. 21 346 60 01).
A CARRIS apoiou o Encontro
Europeu de Jovens Taizé, que
decorreu em Lisboa entre 28 de
Dezembro e 1 de Janeiro e que
reuniu mais de 20.000 jovens vindos
de toda a Europa.
Para todas as deslocações estes
milhares de jovens utilizaram
exclusivamente o sistema de
transportes da Área Metropolitana de
Lisboa. Tratou-se de uma operação
de grande envergadura que começou
a ser preparada com mais de um
ano de antecedência pelo conjunto
dos operadores de transporte da
Área Metropolitana de Lisboa,
em que naturalmente se incluiu
a CARRIS, sob coordenação da
Comissão Instaladora da Autoridade
Metropolitana de Transportes. Para
o efeito foi emitido um cartão de
transporte para cada participante
para acesso a todos os modos e
operadores de transporte durante o
período de realização do encontro.
Todas as funções na melhoria do seriço ao cliente
O plano de formação “Melhoria da Relação Social e Comercial
da CARRIS com os Clientes”, que está a decorrer desde
Julho de 2004, envolve todas as áreas de serviço ao cliente.
Após a fase da formação para directores, gestores de carreira
e inspectores, iniciou-se em Novembro a formação para
motoristas e guarda-freios, a qual já registou 762 participantes
em 76 acções de formação até meados de Fevereiro,
prosseguindo estas acções até cobrirem todos os tripulantes.
De realçar que a maioria dos formandos considera que é
possível promover melhorias na sequência de todo o processo
de mudança (mais de 60%) e que, em termos globais, a acção
mereceu uma avaliação média de 3,7 numa escala de 1 a 4.
A "colaboradora" mais veloz da CARRIS
Justa é o nome de uma original “colaboradora” da CARRIS, que pode ser visitada no
Jardim Zoológico de Lisboa, onde recebe os visitantes com habitual boa disposição
e simpatia. Trata-se de um canguru fêmea, propriedade do Zoo da cidade, que,
orgulhosamente, ostenta o patrocínio da Companhia CARRIS de Ferro de Lisboa.
17
Tempos livres
Plumas em Dinossáurios
Adeus à CARRIS
18
Tantos anos já lá vão
Que a minha vida desfiz
Deixei minha profissão
Para ingressar na CARRIS
Comecei como agulheiro
Limpar linhas também fiz
No meu serviço primeiro
Ao serviço da CARRIS
Recordo um amigo de então
Que nessa altura me diz
Cumpre a tua obrigação
Se queres singrar na CARRIS
Não esqueci o conselho
Já não era um petiz
Depois, um pouco mais velho
Fui um Fiscal da CARRIS
Sempre criei amizades
Tantos amigos eu fiz
De todos levei saudades
Quando saí da CARRIS
Por todos fui estimado
Por isso estou feliz
Hoje Inspector reformado
Da família da CARRIS
Alfredo Araújo
Inspector-Chefe reformado
Recentemente, uma série de espectaculares descobertas na China confirmou
algo que os cientistas suspeitavam há mais de um século: que as aves
actuais são de facto os descendentes dos dinossáurios. Afinal nem todos os
dinossáurios se extinguiram. Este é o mote da exposição, promovida pela
Fundação Oriente, patente no Museu de História Natural, na Rua da Escola
Politécnica, em Lisboa, até 30 de Abril, todos os dias, das 10:00 às 18:00.
O célebre “Archaeopteryx”, que viveu há uns 150 milhões de anos e cujo
esqueleto fossilizado foi descoberto em finais do século XIX, é a ave mais
antiga aceite como tal. Mas é também um dinossáurio. A sua descoberta
lançou o debate sobre a origem das aves modernas: seriam elas descendentes
dos dinossáurios predadores?
A partir de 1995, uma série de fascinantes fósseis foram descobertos na
província chinesa de Liaoning. Estes dinossáurios, apelidados hoje de dino-aves, também tinham penas! A sua cauda, em particular, não era senão um
tufo de penas. E o que se pensa hoje é que planavam, de árvore em árvore.
Não voavam como “Archaeopteryx”, pois ainda eram incapazes de bater as
asas e levantar voo, mas já estavam a começar a conquistar os ares.
A exposição - organizada pelo Museu Nacional de História Natural da
Universidade de Lisboa, pelo Natural History Museum-British Museum e pelo
Museu Geológico da China -, apresenta dezoito fósseis raros e autênticos,
verdadeiros tesouros da vida no nosso planeta, que dão testemunho do
tempo em que “as galinhas tinham dentes” e explicam o elo que faltava na
cadeia evolutiva animal. Preservados com um detalhe quase fotográfico, os
fósseis confirmam que nem todos os dinossáurios se extinguiram da face
da terra, tendo alguns deles evoluído para um revestimento de penas e
ganho a habilidade para voar. A exposição recria um mundo perdido onde os
dinossáurios levantavam voo.
Até 30 de Abril, todos os dias 10:00-18:00, no Museu de História Natural,
Rua da Escola Politécnica, 58 (autocarro 58). Bilhetes a 4,50 euros.
Um Lugar no Tempo no
Mosteiro dos Jerónimos
Na antiga livraria do Mosteiro dos
Jerónimos está patente uma exposição
documental que conta a história do
mosteiro ao longo de cinco séculos.
Esta mostra permanente pretende
elucidar os visitantes sobre a história deste grande monumento, inserindo-o
na história de Portugal e do mundo. A exposição inclui uma reconstituição
virtual da Sala dos Reis (demolida em 1868), um conjunto de retratos dos reis
portugueses e uma genealogia de D. Manuel I.
Visitas de Terça a Domingo, 10:00-17:00, no Mosteiro dos Jerónimos,
Praça do Império (eléctrico 15, autocarros 14, 27, 28, 29, 43, 49 e 51).
19
O jornalista da revista italiana Meridiani
visitou Portugal para comparar os locais
históricos com a actualidade. Destaque para
o eléctrico lisboeta.
20
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Revista Lisboa Carris N.º 43, Série III, Ano 11, 1º Trimestre