Nº 43 • Série III • Ano 11 • 1º Trimestre • Jan/Fev/Mar 2005 Empresas públicas de transporte debatem qualidade do serviço O cliente no centro do sistema 1 Mais 300 novos sistemas de videovigilância Venda electrónica estende-se a estações dos CTT e postos “Pay-Shop” Redesenho da rede da CARRIS Transportes mais próximos Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Editorial "Lisboa Carris" acompanha reestruturação da empresa 2 O “Lisboa Carris” inicia com esta edição uma nova etapa da sua já longa vida como órgão de comunicação interno da empresa. Durante os últimos 17 anos o “Lisboa Carris” foi dirigido pelo Dr. Fernando Bonito da Conceição com a sabedoria, entusiasmo e dedicação que aqueles que mais de perto vêm colaborando nesta publicação podem testemunhar. No momento em que, por honroso convite do Conselho de Administração, assumo a direcção do “Lisboa Carris” é, pois, devida uma sincera mensagem de agradecimento ao Dr. Bonito da Conceição pelo seu trabalho durante o longo tempo em que dirigiu este órgão de comunicação. Pretendemos um “Lisboa Carris” vivo, actual e dinâmico, que constitua um veículo de comunicação entre a empresa e os seus colaboradores – estejam no activo ou já reformados – não esquecendo as famílias que connosco partilham a vida e a actividade da CARRIS. Na prossecução deste objectivo, o “Lisboa Carris” tem vindo a renovar-se. Primeiro através da alteração do seu formato para as dimensões actuais, mais próximas de uma revista. Depois, com a melhoria da organização e dos conteúdos, que desejamos mais interessantes e atractivos para os leitores, com custos de produção simultaneamente mais vantajosos. A renovação do “Lisboa Carris” ocorre no momento em que está em curso o programa de reestruturação da empresa, visando torná-la mais moderna, dinâmica, flexível e, simultaneamente, mais eficaz e eficiente. O artigo do presidente do Conselho de Administração, Dr. Silva Rodrigues, publicado neste número, ilustra claramente o caminho já percorrido e o muito que ainda falta concretizar para atingir aquele objectivo. José Maia Transportes com nova tutela O XVII Governo Constitucional, que tomou posse no passado dia 12 de Março, é liderado pelo Eng. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Em consequência da entrada em funções do novo Governo, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações é o Eng.º Mário Lino Soares Correia, tendo sido nomeada secretária de Estado dos Transportes a Eng.ª Ana Paula Mendes Vitorino. Aos novos titulares o “Lisboa Carris” deseja o maior sucesso no desempenho das importantes funções que assumiram. Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris CARRIS 2004 - 2005 Um balanço e uma perspectiva A CARRIS vive actualmente, um novo tempo, reconfigurando-se como empresa para melhor responder aos múltiplos e complexos desafios com que hoje estamos confrontados. J. Manuel Silva Rodrigues Presidente do Conselho de Administração E m 2004 continuou, conforme previsto, o programa de reestruturação da CARRIS, tendo prosseguido a adopção das medidas que visam aumentar a eficácia e a eficiência da empresa. As contas do ano transacto vão evidenciar que o resultado operacional foi de –50,8 milhões de euros, o que, em relação a 2003, representa uma melhoria superior a 10 milhões de euros, estando prevista, no orçamento de 2005, a continuação da redução do deficit operacional da empresa. Recordo que o programa de reestruturação que adoptámos no início de 2003 prevê que a CARRIS apresente, no final de 2007, um resultado operacional real de, aproximadamente, - 20 milhões de euros. Fica, desta forma, bem evidente que, se é certo que estamos a percorrer o caminho correcto, é, igualmente certo que muito falta ainda andar. As medidas adoptadas em 2004, à semelhança, aliás, do ocorrido em 2003, tocaram, praticamente, em todas as áreas da organização e funcionamento da empresa. Complementaridade intermodal No âmbito da oferta prosseguiu a respectiva optimização incremental, designadamente, ajustando-a melhor à rede do metropolitano, assim se reforçando a necessária complementaridade intermodal, criando-se melhores condições para a criação de um sistema de transportes “CARRIS/METRO” que ofereça à cidade cada vez melhores condições de mobilidade, em estreita articulação com os demais operadores que actuam na Área Metropolitana de Lisboa. No domínio da oferta merece, ainda, destaque o estudo, desenvolvido desde o último trimestre de 2004 e concluído durante o 1º trimestre deste ano, visando o redesenho da rede da CARRIS. Seguramente, a sua implementação, que se iniciará este ano, com a entrada em funcionamento de um conjunto experimental de carreiras, constituirá um grande desafio para a nossa empresa. A conclusão da instalação do SAE-IP em toda a frota da CARRIS, permitindo uma gestão mais eficaz dos veículos da empresa, reflectiu-se numa melhoria da qualidade do serviço prestado, ao mesmo tempo que viabilizou o arranque do “SIP” – Sistema de Informação nas Paragens com utilização de telemóveis, cuja fase experimental terminou no final de Fevereiro deste ano. Foi, também, em 2004 que a CARRIS adoptou a bilhética sem contacto, quer através do “Lisboa Viva”, quer através do bilhete “Sete Colinas”, estando, actualmente, o sistema disponível na CCFL/ML/TT. 3 Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Idade da frota baixou em 2004 Ficha Técnica PROPRIEDADE DIRECTOR José Maia SUB-DIRECTOR Luís Vale CONSELHO REDACTORIAL Alberto Lage, António Araújo, José La-Grange, Maria Graça Romão, Norberto Silva, Teresa Santos 4 • EDITOR Edifício Lisboa Oriente, Av. Infante D. Henrique, Nº 333H, 4º Piso - Escritório 49 1800-282 Lisboa Telef. 21 850 81 10 - Fax 21 853 04 26 Email: [email protected] • Powered by Boston Media • Impressão: RPO Produção Gráfica, Lda. • Periodicidade: trimestral Tiragem: 10.000 exemplares • Distribuição gratuita aos colaboradores e reformados da Companhia Carris de Ferro de Lisboa Assinatura anual: 8 euros • ISSN: 870-676X Depósito Legal nº 12.183/86 Isento de Registo no ICS ao abrigo do artigo 9º da Lei de Imprensa nº 2/99, de 13 de Janeiro • Companhia Carris de Ferro de Lisboa Rua 1º de Maio, 101-103 • 1300 Lisboa Membro fundador da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresas • www.carris.pt Por outro lado, no âmbito do processo de renovação da frota (aquisição de 408 novos autocarros), foram recepcionados os 40 minis adquiridos e 59 dos 368 novos standard, o que perfaz um total de 99 autocarros, tendo-se concretizado o abate de 118 autocarros de idade elevada e reduzindo-se, desta forma, a idade média da nossa frota de 16,5 anos, no final de 2003, para 14,1 anos, no final de 2004. Esta renovação da frota de autocarros que, em 2005, se intensificará com a recepção de 238 novos veículos, reduzindo-se então a idade média para cerca de 7 anos, para além de se reflectir na redução dos nossos custos de manutenção, mais acentuada pela externalização da manutenção dos 248 MAN Standard, consubstancia uma significativa e bem visível melhoria da qualidade do transporte que a CARRIS presta, considerando o facto de os novos autocarros serem de piso rebaixado, dispondo de ar condicionado e estando equipados com sistemas de videovigilância e alguns (20) também com cabina de protecção do motorista. No domínio do aprovisionamento foram renegociados vários contratos com os respectivos fornecedores, visando a obtenção de melhores condições de preço, como foi o caso, entre outros, do gasóleo, dos pneus, da electricidade e das peças e sobresselentes necessários para a manutenção dos veículos. A rede de vendas da empresa foi, também, objecto de medidas que visam, ao mesmo tempo, a melhoria do serviço prestado ao cliente e a redução dos respectivos custos. Neste contexto, mereceu destaque as negociações que foram desenvolvidas com os CTT e a rede “Pay-Shop” que permitem a venda em cerca de 70 estações dos CTT e 200 lojas da rede “Pay-Shop” dos títulos de transportes “Lisboa Viva” e “Sete Colinas”. Neste domínio, está previsto a partir do final do 1º semestre deste ano, o carregamento do Lisboa Viva nos terminais ATM’s. A rede de vendas da empresa foi, também, objecto de medidas que visam, ao mesmo tempo, a melhoria do serviço prestado ao cliente e a redução dos respectivos custos. Estou seguro que, com o nosso trabalho, saberemos encontrar, em tempo útil, as respostas adequadas e que seremos capazes de tornar a CARRIS uma empresa mais moderna, dinâmica, flexível... Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Por outro lado, a empresa continuou disponível e interessada no processo de rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo, procurando-se, assim, de forma gradual, concretizar o necessário redimensionamento do efectivo nas áreas técnica, administrativa e de manutenção. Assim, em 2004, concretizaram-se 304 rescisões por mútuo acordo, dispondo a empresa, no final do ano, de 2859 trabalhadores, encontrando-se efectivamente na empresa 2801 trabalhadores, o que representa cerca de mais 100 do que o objectivo estabelecido para o final de 2005 (2700 trabalhadores). É de referir que deverá prosseguir a política de rescisões por mútuo acordo. Ao mesmo tempo, pretende-se renovar o quadro de efectivos da empresa, condição indispensável ao seu progresso e modernização, o que se concretizará no ano em curso com a realização de um estágio, durante 1 ano, de 15 jovens licenciados, tendo em vista o recrutamento dos melhores candidatos no final do referido estágio. Realizar-se-ão também, em 2005, 200 novas admissões de pessoal tripulante – motoristas e guarda freios. Melhores condições de trabalho Por outro lado, em 2004 iniciou-se o processo de mudança das instalações dos serviços centrais de Santo Amaro para Miraflores o qual estará concluído em Março/ /Abril deste ano, o que se traduz na melhoria dos espaços físicos das diferentes áreas da empresa, reflectindo-se em melhores condições de trabalho, ao mesmo tempo que se reduzem os custos de funcionamento. Merece, também, destaque a concretização, por parte da CARRIS, de projectos de índole cultural, designadamente a consolidação e alargamento do nosso espólio museológico, com a criação do núcleo da Tipografia, recentemente inaugurado. Realizaram-se duas exposições de grande interesse, que contaram com muitos visitantes, “Born in Europe”, em 2004, e “Os Amarelos da Carris”, no início de 2005. Neste domínio é, também, de recordar o apoio permanentemente prestado à Banda de Música da Carris no âmbito das comemorações dos 75 anos de existência, que ocorreu em 2004. As medidas acabadas de referir e os resultados positivos delas decorrentes enquadram-se no programa de reestruturação que o Conselho de Administração se propôs concretizar no triénio 2003-2005. Fica, assim, demonstrado que o caminho de déficits crescentes e de acomodação a um definhamento progressivo foi invertido, vivendo, actualmente, a CARRIS um novo tempo, reconfigurando-se como empresa para melhor responder aos múltiplos e complexos desafios com que hoje estamos confrontados. Mas não nos iludamos: as tarefas que temos ainda pela frente são difíceis, exigem-nos trabalho. Para além de termos de prosseguir as medidas para aumentar a eficácia e ganhar eficiência, importa não esquecer que é preciso concretizar a reestruturação do sistema tarifário, a expansão da rede de corredores BUS, a restrição das condições de circulação e estacionamento do transporte individual. Neste domínio particular algum progresso foi conseguido em 2004, com a criação de alguns novos corredores, a instalação de separadores físicos no corredor da Rua da Junqueira e o início da intervenção dos “Vigilantes”. É, porém, pouco face ao que há para fazer nestes domínios, esperando-se que a nova Autoridade Metropolitana de Transportes dê sinais concretos em 2005, evidenciando competência e meios, isto é, capacidade para concretizar o que dela se espera: a adopção das medidas de coordenação dos diferentes intervenientes, visando a criação de um sistema integrado de transportes que assegure novas condições de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa, assentes em mais e melhores transportes colectivos, consequentemente, um espaço com menos automóveis, com menos congestionamento e poluição, com maior qualidade de vida. São estes os desafios do nosso tempo. Estou seguro que, com o nosso trabalho, saberemos encontrar, em tempo útil, as respostas adequadas e que seremos capazes de tornar a CARRIS uma empresa mais moderna, dinâmica, flexível, capaz de contribuir no futuro, tal como já fez no passado, para o desenvolvimento de Lisboa, sabendo tornar-se uma empresa indispensável à construção de uma cidade mais competitiva, uma cidade onde todos gostemos, cada vez mais, de viver e trabalhar. 5 COLUNA DO PROVEDOR Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa 6 Apresento as maiores felicidades ao actual director do “Lisboa Carris”, no desempenho das suas novas funções. Ao convidar-me para escrever algumas linhas sobre a minha actividade como Provedor do Cliente, seleccionei alguns casos que pela sua quantidade ou qualidade merecem destaque. • Em 2004 adquiriram maior expressão as reclamações referentes à irregularidade de serviço (38 % da totalidade de reclamações). As acções concertadas com a Câmara Municipal de Lisboa e a Polícia de Segurança Pública são de extrema importância para se encontrarem soluções de circulação e estacionamento na cidade de Lisboa que se traduzam numa maior rapidez e regularidade das carreiras. • Dos contactos efectuados com os clientes temos verificado que a instalação de câmaras de videovigilância nos veículos desincentiva a actuação dos carteiristas. Há todo o interesse no desenvolvimento de intervenções deste tipo em articulação com outros organismos, uma vez que a segurança quer do pessoal tripulante quer dos clientes tem constituído uma das prioridades da CARRIS. Vale a pena analisar as medidas e os casos apresentados na revista 05/2004 da UITP dedicada à segurança nos transportes públicos. • Alguns clientes têm informado sentir-se pouco motivados para a validação do cartão, uma vez que a maioria dos passageiros não cumpre este procedimento ao entrar nos veículos. Faz-se um apelo a todos os tripulantes para a importância da sua melhor colaboração. • Como exemplo de comportamento que dignifica a imagem da CARRIS, destaco a atitude do tripulante do Elevador da Bica, numa viagem que efectuei cerca das 20h00, em que era visível uma relação amigável com os residentes e cordial com os turistas. • Começaram a surgir referências positivas aos novos autocarros e ao serviço de informações SMS. A. Quaresma Projecto “Competir no futuro” A CARRIS iniciou, no passado dia 7 de Março, nas suas instalações o estágio com 15 recém-licenciados. Estes integram um grupo mais alargado, composto por 100 recém-licenciados das áreas de Engenharia, Economia, Gestão, Matemática, Direito e Marketing, que foram encaminhados para a CP – Comboios de Portugal, Metropolitano de Lisboa, Metro do Porto, Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e Transtejo. Os estagiários são provenientes de várias universidades do país, no âmbito do Programa de Recrutamento de estagiários para os operadores públicos de transportes públicos promovido pelo MOPTC, uma acção que está prevista concretizar até 2007. Estes licenciados vão realizar um estágio, com a duração de um ano, passando por diversas áreas da empresa, com o apoio da estrutura orgânica e dos profissionais qualificados de que a empresa dispõe, capazes de lhes facultar e orientar a respectiva formação. Com a realização destes estágios, a CARRIS pretende renovar o seu quadro técnico de efectivos, uma condição indispensável ao seu progresso e modernização. Está também em curso, durante o ano de 2005, o recrutamento de 200 novas admissões de pessoal tripulante, motoristas e guarda-freios, esperando-se no futuro, poder concretizar-se também a admissão de novos profissionais para a área das oficinas. Não há futuro para a CARRIS sem a renovação atempada dos seus recursos humanos. Rua dos Cavaleiros Pequena obra, grande resultado Por iniciativa da Junta de Freguesia do Socorro foram, finalmente, efectuadas as necessárias obras de ordenamento que vieram resolver o problema das frequentes interrupções da circulação devido a viaturas mal estacionadas na Rua dos Cavaleiros, no bairro da Mouraria. Em 2004, até ao mês de Novembro, verificaram-se 152 interrupções na circulação da carreira 12, correspondentes a 97 horas de paralisação. Desde Dezembro que não se verifica qualquer interrupção nesta rua, embora se mantenham as dificuldades de circulação inerentes às características viárias do local, comprovando que, por vezes, pequenas intervenções conduzem a grandes resultados. Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Previsto no Programa de Segurança da CARRIS Mais 300 sistemas de videovigilância em autocarros e eléctricos Segurança Com a instalação dos novos sistemas, a CARRIS ficará a dispor dum total de 430 veículos equipados com videovigilância, o que corresponde a cerca de metade da frota de serviço público. Estes sistemas fazem parte das medidas de segurança adoptadas pela CARRIS, com vista à protecção dos clientes, do pessoal tripulante e do material circulante, face a actos de delinquência e vandalismo verificados na rede de exploração da empresa. O equipamento constitui o mais avançado que existe actualmente, o que coloca a CARRIS na vanguarda de incorporação de novas tecnologias em veículos de transporte público. Estão, actualmente, em fase de instalação 300 novos sistemas de videovigilância para autocarros e eléctricos, o que corresponde a um investimento na ordem de 1 milhão de euros. Um apoio às forças de segurança Os equipamentos têm também permitido aumentar a eficácia da actuação da PSP, já que fornecem imagens que, quando solicitadas pelas autoridades competentes, constituem um importante meio de investigação criminal de actos praticados a bordo dos veículos. Presentemente, decorre a experiência, em 10 autocarros, de transmissão de imagens, em tempo real, em situações de emergência, para a Central de Comando de Tráfego da CARRIS e para o Centro de Comando e Controlo do Comando Metropolitano da PSP Protecção da cabina do motorista Encontrarão brevemente em funcionamento alguns autocarros que dispõem de protecção da cabina do motorista. Para além da abertura existente, de modo a permitir a aquisição do título de transporte e possibilitar a movimentação do dinheiro, existe também uma “janela” com accionamento eléctrico através de um botão incorporado na porta. O motorista tem assim a possibilidade de fechar a “janela” e ficar em segurança. Em situações de emergência, o motorista poderá criar um corredor de segurança, que permite a sua saída em caso de necessidade. A cabina é bastante espaçosa e confortável, dispõe de ar condicionado próprio e a comunicação com os clientes é fácil. de Lisboa, com a finalidade de se poder vir a conseguir, no futuro, uma actuação ainda mais rápida e eficaz da PSP. É ainda de referir que o Sistema de Ajuda à Exploração, instalado em todos os veículos da frota, permite, para além da comunicação de voz e de dados, via rádio, também saber, à CARRIS e à PSP, em cada momento, a localização exacta dos veículos, através do recurso a tecnologias GPS. Pela sua importância, no reforço da segurança do pessoal tripulante, merece também destaque a instalação em curso, em 20 novos autocarros, de cabinas destinadas à protecção dos motoristas. 7 Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Uma nova rede para a CARRIS É necessário criar as condições de circulação à superfície que permitam à empresa oferecer um serviço de qualidade que fomente a atractividade do sistema de transportes de forma a captar e fixar novos clientes. 8 A mobilidade na área de operação da CARRIS tem vindo a sofrer nos últimos anos uma evolução caracterizada essencialmente pela diminuição acentuada da população residente e do emprego na cidade de Lisboa, simultaneamente com a expansão da habitação e de pólos de emprego para áreas periféricas da cidade e da Área Metropolitana pior servidas pelo transporte colectivo, o que, aliado ao aumento do poder de compra dos cidadãos, vem fomentando uma crescente utilização do transporte individual. Em consequência, é possível constatar uma excessiva pressão sobre a rede viária e o espaço público, evidenciada diariamente nos congestionamentos da circulação e no estacionamento desordenado. Efectivamente, a quebra da procura do transporte colectivo na cidade de Lisboa, considerados os dois operadores - CARRIS e Metropolitano - cifrou-se em 32% entre os anos de 1987 e 2003. A perda de procura da CARRIS no mesmo período foi ainda superior por transferência para o Metropolitano, devido às várias extensões da sua rede. Por outro lado, apesar de diversas alterações que têm vindo a ser realizadas, a rede da CARRIS mantém as suas características essencialmente radiais, de penetração sobre o centro da cidade, com significativas sobreposições com a rede do Metropolitano. Neste contexto era necessário repensar a rede da CARRIS na perspectiva do Plano de Mobilidade de Lisboa cuja elaboração tem vindo a decorrer por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa. Com este objectivo, a CARRIS encomendou à TIS.PT – Transportes, Inovação e Sistemas, S.A. um estudo para o estabelecimento de uma nova rede, mais adaptada às novas necessidades de mobilidade em Lisboa e com uma lógica de complementaridade com as redes pesadas de transporte, sobretudo com a rede do Metropolitano. Porém, não basta desenhar uma nova rede para a CARRIS. É necessário criar as condições de circulação à superfície que permitam à empresa oferecer um serviço de qualidade que fomente a atractividade do sistema de transportes de forma a captar e fixar nova procura. Embora tenham sido realizadas algumas acções, de carácter pontual, tendentes a melhorar a circulação do transporte colectivo à superfície, com resultados já evidenciados, muito há, ainda, a fazer. É necessário assegurar, nomeadamente por parte da Câmara Municipal, um conjunto de medidas que discriminem positivamente o transporte colectivo relativamente ao transporte individual, tais como novos corredores BUS, prioridade semafórica nos cruzamentos, maior disciplina e fiscalização do estacionamento e das operações de cargas e descargas, de modo a criar condições para o aumento da velocidade comercial e da regularidade do serviço. Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Transportes mais próximos das pessoas As linhas gerais da nova rede da CARRIS foram apresentadas pela TIS no passado dia 20 de Janeiro, assentando em: • Complementaridade com as redes pesadas, nomeadamente com a rede do Metropolitano; • Segmentação entre quem privilegia a rapidez e frequência ou prefere as ligações directas; • Serviços de carácter local direccionados para a transferência modal. A rede da CARRIS deverá conter um menor número de carreiras que actualmente, com elevadas frequências, estratificada em vários níveis: • Rede Estruturante – complementando as redes pesadas, nomeadamente do Metropolitano; • Rede Intermédia – suprindo a menor oferta dos níveis superiores em certas zonas da cidade; • Rede de Serviço Local – servindo os principais equipamentos de cada bairro e ligando às redes de nível superior. De acordo com o estudo apresentado, 77% da população de Lisboa, ou 81% das pessoas com mais de 65 anos, terá uma paragem da Rede Estruturante ou da Rede Intermédia a menos de 6 minutos a pé da sua residência. Não se trata, porém, de uma rede que possa ser implementada de imediato. Pelo contrário, deverá ser um trabalho faseado e muito cuidadoso, continuamente monitorizado e acompanhado de uma permanente informação dirigida aos clientes e ao interior da empresa. O processo deverá iniciar-se ainda durante o 1º semestre de 2005, devendo prolongar-se pelo ano de 2006. Parceria com CTT CARRIS estende venda electrónica de títulos de transporte a estações CTT e PayShop. Desde Março que os clientes da CARRIS podem adquirir os seus títulos de transporte, exclusivamente por carregamentos electrónicos dos cartões Lisboa Viva e Sete Colinas, em estações dos CTT e em postos “Pay-Shop”. Desta forma, a CARRIS pretende terminar com as longas filas de espera junto dos quiosques da CARRIS a cada princípio do mês. Através do recurso às novas tecnologias, a companhia alarga, assim, a rede de acesso à venda de títulos de transporte, com horários mais flexíveis de funcionamento, em qualquer dia da semana, incluindo a abertura ao fim-de-semana de muitos pontos “Pay-Shop”. O projecto piloto desta iniciativa inédita teve início a 18 de Fevereiro, na estação dos CTT dos Restauradores e num posto de venda “Pay-Shop”, sendo progressivamente alargado a cerca de 270 pontos de venda. Com esta parceria, os CTT marcam a sua entrada na tecnologia dos “smart cards”, ao utilizar pela primeira vez nesta actividade uma arquitectura que centraliza os equipamentos de venda electrónica, com base em transacções on-line nas estações de correios e nos agentes “Pay-Shop”, com um validador local adaptado ao terminal que já utilizam. Até ao final do primeiro semestre de 2005, a CARRIS pretende alargar a rede de pontos de venda dos títulos de transporte ao Multibanco, estando a aguardar a autorização da SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços). Parceiros de longa data O historial de parceria entre a CARRIS e os CTT remonta ao século XIX, mais propriamente ao ano de 1889. Nesses tempos, a CARRIS emprestava os seus cocheiros aos CTT e, por sua vez, os Correios cediam os seus veículos, quando necessário. Mais tarde, já com a rede de autocarros a funcionar, algumas carreiras transportavam pela cidade de Lisboa caixas de correio penduradas no exterior dos veículos. Assim, os lisboetas além de se deslocarem mais rapidamente, podiam colocar o seu correio nas caixas. 9 Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Novo Código da Estrada em vigor É 10 O Decreto-Lei nº 44/2005 introduz importantes alterações no Código da Estrada. vasto o conjunto de alterações agora introduzidas. Interessa, contudo, chamar a atenção para algumas delas pela sua importância. Ao nível da velocidade, apesar de se manterem os actuais limites, são alterados os escalões sancionatórios e criado um novo escalão para a sua violação, agravando as penalizações por excesso de velocidade. Assim, por exemplo, passa a ser considerada contra-ordenação grave o excesso de velocidade sobre os limites impostos, praticado dentro das localidades – em geral 50 km/h, salvo sinalização em contrário – se superior a: • 20 km/h, no caso de veículo ligeiro ou motociclo, ou • 10 km/h no caso dos restantes veículos, incluindo autocarros. É também considerada contra-ordenação grave a utilização, durante a condução, de auscultadores sonoros e de aparelhos radiotelefónicos (telemóveis). São mais penalizados outros comportamentos de risco como seja a condução sobre o efeito do álcool. Uma taxa de álcool no sangue superior a 0,5 g/l e inferior a 0,8 g/l é também contra-ordenação grave. Casos muito graves Contudo, é na classificação das contra-ordenações muito graves que se encontram várias situações que merecem atenção, tais como: • O excesso de velocidade sobre os limites impostos superior a 40 km/h para os veículos ligeiros ou superior a 20 km/h para outros veículos, em que se incluem os autocarros; • O desrespeito pela obrigação de paragem ao semáforo vermelho ou ao sinal de agente regulador; • O desrespeito pelo sinal de STOP; • A transposição da linha longitudinal contínua. De salientar que as contra-ordenações graves e muito graves são sancionáveis com a coima respectiva e com uma sanção acessória: a coima tem um determinado valor, em geral agravado relativamente ao anterior, consistindo a sanção acessória na inibição de conduzir por determinado período. Mais fiscalização É ainda especialmente relevante para os condutores da CARRIS o estabelecido no art.º 139º, nº 3, onde é referida a “… circunstância agravante, aos especiais deveres de cuidado que recaem sobre o condutor, designadamente quando este conduza veículos de socorro ou de serviço urgente, …, pesados de passageiros…”. O novo Código introduz também um conjunto de alterações tendentes a aumentar a eficácia da fiscalização, evitando o prolongamento excessivo dos processos, de forma a reduzir significativamente o tempo que decorre entre a prática da infracção e a aplicação da sanção. A segurança dos peões – utentes da via pública especialmente vulneráveis – foi também considerada, estabelecendo a obrigação de redução da velocidade na aproximação às passagens de peões assinaladas, bem como a paragem dos veículos para deixar passar os peões que já tenham iniciado a travessia, mesmo que a sinalização para o veículo lhe permita avançar. As crianças – até aos 12 anos e com menos de 1,50 m de altura – transportadas nos automóveis também são alvo de atenção relativamente à sua segurança, através do estabelecimento de novas condições de utilização de sistemas de retenção. Transportes públicos Relativamente ao transporte público, e à CARRIS em particular, o Código da Estrada contempla, ainda, duas alterações propostas pela empresa que devem ser realçadas: • Passa a ser proibido parar ou estacionar a menos de 5 metros para a frente e 25 metros para trás dos sinais de paragem no caso dos autocarros, ou a menos de 6 metros para trás, no caso dos eléctricos. • A utilização dos corredores BUS para mudança de direcção e acesso a estacionamento ou garagens fica limitada à extensão estritamente necessária para execução da manobra. A importância e quantidade de alterações introduzidas no Código da Estrada, que agora entra em vigor, aconselha a que todos os condutores, particularmente motoristas e guarda-freios da CARRIS, procurem informar-se das novas disposições. Encontram-se disponíveis nas estações para consulta exemplares do texto do novo Código da Estrada. Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Viagem pelo Cliente Primeiro Encontro das Transportadoras Públicas Promovido pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, realizou-se em Coimbra, no dia 14 de Dezembro de 2004, o encontro “Viagem pelo Cliente”. T ratou-se do primeiro encontro de gestores e quadros superiores das transportadoras públicas, na qual participou Silva Rodrigues, pela CARRIS, em conjunto com outras personalidades de empresas como CP, Metro de Lisboa, Metro do Porto, Refer, STCP e Transtejo, para debater a qualidades do serviços prestados ao cliente pelas empresas transportadoras e as melhores formas de optimização dos mesmos. O aumento da qualidade do serviço das transportadoras passa por perceber os factores profissionais e comportamentais que o cliente valoriza, este foi o ponto de partida do encontro “Viagem pelo Cliente”, durante o qual foram também delineadas ideias sobre acções a desenvolver de forma a que os cidadãos passem a preferir o transporte colectivo ao individual. O encontro contou com a presença do secretário de Estado dos Transportes e com a participação de consultores da multinacional McKinsey, que apresentaram um estudo sobre o sector dos transportes públicos nacionais. As preferências do cliente De acordo com as conclusões do primeiro encontro de quadros, os factores profissionais que o cliente valoriza, segundo a perspectiva dos participantes, organizados em 33 mesas de trabalho, são: regularidade/pontualidade/ fiabilidade; segurança; informação; intermodalidade; rapidez; conforto e frequência. Quanto aos factores comportamentais valorizados pelo cliente, destacam-se os seguintes: simpatia/atendimento; apresentação/imagem/postura; inovação/disponibilidade/proactividade e competência/eficácia. Na análise ao grau de presença dos factores profissionais e comportamentais nos serviços da Carris, numa escala de 1 (ausência) a 4 (presença plena), num total de 56 respostas para cada item da lista, o factor mais cotado foi a competência/eficácia (45 respostas no grau de presença 3), seguido por apresentação/imagem/postura (43 respostas no grau de presença 3); conforto (41 respostas no grau de presença 3). Por sua vez, o factor regularidade/pontualidade/fiabilidade recebeu 41 respostas no grau de presença 2 e o factor rapidez obteve 38 respostas para o mesmo grau de presença. A segurança foi o factor que atingiu o grau 4, com 33 respostas. No panorama geral das empresas transportadoras nacionais, os factores com presença quase plena nos serviços prestados ao cliente foram, sobretudo, factores comportamentais: competência/ eficácia; apresentação/imagem/ postura; simpatia/atendimento. No grau 4 (presença plena), a segurança, um factor profissional, obteve a maioria das respostas positivas. 11 Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa SIP O tempo de espera através do telemóvel A pedido de cada cliente, a CARRIS oferece, por SMS, informação fiável e de última hora sobre a passagem dos autocarros e eléctricos em cada paragem. O 12 SIP é um serviço de mensagens SMS de informação ao passageiro instalado pela CARRIS e que permite, numa primeira fase, a consulta dos tempos de espera (em minutos), relativamente a todas as carreiras que passam numa determinada paragem ou dos próximos veículos de uma única carreira, numa determinada paragem. Mensalmente, têm sido recebidas cerca de 50.000 mensagens através deste sistema, o que corresponde a um número entre 1.500 e 2.000 chamadas por cada dia útil. No futuro, poderão ser desenvolvidos outros serviços como, por exemplo, o pedido de anulação de cartão (em caso de extravio), a consulta do saldo do cartão “Lisboa Viva” ou “Sete Colinas” e até a própria aquisição de bilhetes. Durante um primeiro período o serviço funcionou de forma gratuita, até porque o próprio sistema estava a ser objecto de testes e de correcções das falhas que iam sendo detectadas. Desde 1 de Março, o serviço passou a ser pago, a um preço de 30 cêntimos por cada utilização. Como funciona o serviço • Digitar C, espaço em branco e o código da paragem e enviar a mensagem para o número 3599. Em resposta, terá a informação dos próximos veículos a chegar à paragem. • Digitar C, espaço em branco, código da paragem, espaço em branco, e o número de uma carreira e envie a mensagem para o número 3599. Em resposta, terá a informação dos próximos veículos dessa carreira a chegar à paragem. O código SIP está já instalado em todas as cerca de 2100 paragens existentes no serviço da CARRIS. Encerramento de cursos de formação de motoristas e guarda-freios A CARRIS levou a cabo mais três cursos de formação, dois para Motoristas de Pesados de Passageiros e outro para Guarda-Freios, os quais foram admitidos no quadro de efectivos da empresa nas datas mencionadas abaixo. O processo de selecção dos candidatos foi extremamente rigoroso, tendo em linha de conta as crescentes exigências das respectivas actividades, nomeadamente a introdução em circulação de viaturas tecnologicamente mais avançadas e a necessidade de uma atitude comercial mais adequada. A estes novos tripulantes, o “Lisboa Carris” deseja o maior sucesso no desempenho das funções fundamentais que passaram a desenvolver ao serviço da empresa. Motoristas de Pesados de Passageiros Motoristas de Pesados de Passageiros Guarda-Freios em Eléctricos Alexandre Pala Teixeira, Alexandre Rodrigues Moreira, Bruno Alexandre Morgado Monteiro, Bruno Miguel da Conceição Silva, Carlos Miguel Duarte Ribeiro, Hugo Inácio Aguiar Carona, Hugo Jorge Gonçalves Sousa, João Pedro Datia dos Santos Bento, João Pedro Duarte Portugal, Jorge António Sias Presado, Marco Paulo Linhares Máximo, Nuno Filipe Fernandes Pires, Pedro Miguel de Araújo Carvalho dos Santos Francisco, Rui Miguel dos Santos Coelho, Rui Pedro Vieira Lopes Alexandre Garcia, Andriy Chikalo, António Luis Ribeiro Jesus, Carlos Manuel Baltazar Malveiro, Carlos Alberto Monteiro Jesus, Hélder António Calha Brito Velez, Leandro Santos Ferraz, Paulo Jorge Fernandes Resende, Marcelo Brandão Silva, Marco Paulo Cardoso Mota, Paulo Alexandre Veiga Soeiro, Paulo Jorge Leal Rodrigues Costa, Paulo Sérgio Nunes Coelho, Pedro Daniel Gonçalves Santos Ana Paula Domingues Ramos Antão, António José Tomé Canilho, Carla Luísa de Carvalho Silva Azevedo, Carlos Apóstolo Vitorino, Paulo Alexandre Miranda Pereira, Paulo Alexandre Nobre Ribeiro, Paulo Jorge Martins da Cruz, Paulo Jorge Pereira da Costa, Pedro Miguel Marques Brandão Barata, Rómulo Carlos Teixeira, Tiago Alexandre Neves Reis, Tiago Lourenço Penão Rosa (Admitidos em 18.02.2005) (Admitidos em 17.03.2005) (Admitidos em 24.03.2005) Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Eliminação das senhas de passe permitem maior flexibilidade 408 novos autocarros renovam frota CARRIS concretiza objectivo de reduzir a idade média da sua frota de autocarros de 16,5 anos para menos de 6 anos. Com a assinatura dos contratos de compra e venda referentes aos últimos 200 autocarros adjudicados, 2004 – Entregues 40 autocarros a receber em 2005 e 2006, firmada no minis e 59 autocarros standard passado dia 5 de Janeiro, na sede da 2005 – 238 autocarros standard companhia, a CARRIS concretiza (inclui 20 a gás natural) o seu objectivo de redução da idade 2006 – 71 autocarros standard média da sua frota de autocarros de 16,5 anos para 6 anos, previsto no programa de renovação de autocarros que envolve um conjunto de 408 viaturas, no âmbito do processo da reestruturação da companhia. Na sessão pública da assinatura dos contratos - na qual estiveram presentes o então secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, Jorge Borrego, e António Monteiro, vereador da Câmara de Lisboa -, Silva Rodrigues, presidente da CARRIS, considerou o projecto de renovação da frota de autocarros fundamental para a melhoria do serviço prestado aos seus clientes, bem como na componente de redução de custos e impacto ambiental. Com a aquisição das novas viaturas, a CARRIS poderá eliminar cerca de 500 autocarros antigos, reduzindo a idade média de 16,5 para 6 anos. O valor total deste investimento cifrou-se em 59,2 milhões de euros, dos quais 50 por cento é incorporação da indústria nacional, como informou o presidente da CARRIS. A carroçaria dos autocarros adjudicados será fornecida pelas empresas Marcopolo, Salvador Caetano e Irmãos Mota. Para além de permitir uma melhoria da qualidade do transporte, a renovação da frota da CARRIS assegura uma mais-valia ambiental ao proporcionar uma redução significativa das emissões de gases poluentes, na medida em que os modelos adquiridos cumprem a directiva comunitária sobre emissões de escape, contribuindo para a qualidade do ar e do ambiente da cidade de Lisboa. Os novos autocarros estão dotados de uma série de inovações que fazem a diferença ao nível da segurança e do conforto dos passageiros, nomeadamente sistema de videovigilância, piso rebaixado e ar condicionado, bem como na operacionalidade e na redução dos respectivos custos de manutenção. Nova frota da CARRIS O novo sistema de bilhética electrónica permitiu o lançamento, a partir de 1 de Fevereiro de 2005, de passes electrónicos válidos por 30 dias, que vêm substituir, sem qualquer alteração de preço, os passes exclusivos da CARRIS e do Metro e combinados entre as duas empresas. Agora, é possível adquirir o passe em qualquer dia do mês evitando as filas e permitindo maior flexibilidade na utilização. Por exemplo, é possível não adquirir o passe no período de férias. Para facilitar a aquisição dos novos passes electrónicos, a CARRIS dotou toda a sua rede de vendas – postos de venda, concessionários e agentes – de equipamento electrónico de venda e carregamento. Assim, é possível adquirir e carregar Cartões Lisboa Viva e Sete Colinas numa vasta rede de vendas, constituída por 140 pontos, em fase de alargamento com a parceria com os CTT. Os novos passes • CARRIS Urbano mensal (antigo CARRIS Lisboa mensal) • CARRIS Rede (antigo Passe CARRIS mensal) • CARRIS/Metro Urbano 30 dias – modalidades normal, criança, 3ª idade e Ref./Pens. (antigo Passe L mensal e respectivas modalidades) • CARRIS/Metro Rede 30 dias – modalidade normal, criança, 3ª idade e Ref./Pens. (antigo passe CARRIS/Metro Rede mensal) 13 Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Uma tipografia no Museu da CARRIS Para que se saiba... Mais um autocarro para o Museu 14 Prosseguindo a tarefa de recuperação dos veículos que integram as colecções do Museu, foram concluídos os trabalhos de restauro do autocarro nº 109. Este veículo, com chassis da marca AEC, entrou ao serviço em 1948. Ostentava então o nº de frota 46 e possuía uma carroçaria da marca Weymann’s, nas cores verde e “branca”, características da frota de autocarros. Em 1970, na sequência de um acidente, perdeu a carroçaria original, que foi substituída por outra, da UTIC, a qual, embora apresente algumas semelhanças com aquela, possui diferentes características, nomeadamente clarabóias no tejadilho. Foi nesta altura que recebeu o número de frota que, actualmente, ostenta, o 109. Tendo concluído o seu período de serviço pintado com as cores laranja e “branca”, que, desde meados da década de setenta do século passado e por um período de vinte anos, identificaram a frota de autocarros, recuperou, com estes trabalhos de restauro, as suas cores originais. A Oficina de Tipografia, quase tão antiga como a própria empresa, foi criada em 1878, tendo como duplo objectivo a impressão de bilhetes, que, assim, deveria ser mais económica, e, também, um mais eficaz combate à fraude e aos títulos de transporte falsos. Os cunhos e matrizes originais foram oriundos da Casa da Moeda e, desde logo, esta oficina dispôs de um prelo e guilhotina manuais e de uma máquina de picotar. Extinta em Dezembro de 2003, foi decidido que a sua memória, conforme apontamento sobre este mesmo assunto já publicado no nº 41 do “Lisboa Carris”, fosse preservada através da exposição de algumas das suas máquinas, equipamentos e trabalhos ali efectuados. Dando forma a esta decisão, o Museu da CARRIS conta, desde o dia 20 do passado mês de Janeiro, com mais um pólo temático de exposição, no qual o visitante pode acompanhar as diversas fases dos trabalhos desempenhados na Oficina de Tipografia: composição, impressão, corte, encadernação e acabamentos. Simultaneamente, foi também inaugurado um espaço alusivo ao industrial Alfredo da Silva, director da empresa entre 1895 e 1919, que desempenhou um papel relevante nos finais do século XIX no processo de electrificação da rede de transportes da CARRIS. Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Exposição no Museu da Carris “Os Amarelos da CARRIS na Imprensa Os “amarelos” da CARRIS: eléctricos, elevadores e ascensores tornaram-se elementos indissociáveis da paisagem e do quotidiano lisboeta, utilizados diariamente por milhares de pessoas, entre os quais turistas que utilizam este meio de transporte para conhecer os recantos da capital. 15 Jornais e revistas expostos A função turística dos eléctricos alfacinhas fez-se notar pelos artigos e reportagens de vários países europeus, publicados entre 2000 e 2004, que destacaram os eléctricos, elevadores e ascensores como verdadeiros “símbolos” da cidade de Lisboa. Esses artigos e peças jornalísticas europeias foram transformados em 30 painéis onde figuram carreiras “clássicas” como a do eléctrico “28” que liga o Martim Moniz aos Prazeres, em Campo de Ourique, dando acesso ao Castelo de S. Jorge e a algumas das mais belas panorâmicas da cidade, e reunidos numa exposição intitulada «Os Amarelos da CARRIS na Imprensa Europeia», que esteve patente no Museu da Carris até finais de Fevereiro. Nos artigos jornalísticos expostos foram também retratados outros ícones históricos que já se tornaram ex-libris de Lisboa, como o elevador de Sta. Justa e os ascensores da Glória, Bica e Lavra. Esta exposição assentou no conceito de uma integração natural da CARRIS na paisagem da capital, bem como constituiu um reconhecimento da beleza quotidiana que os “alfacinhas” desfrutam, há mais de 100 anos e um contributo da imprensa internacional para a projecção turística de Lisboa. Além da exposição foi também lançado um livro de prestígio com o mesmo nome, com venda ao público no Museu da Carris por 26 euros e a preço especial para os colaboradores da CARRIS. Ronda Ibérica, Geo, Voyages, World Traveler, Kampioen, Les Echos, Pergamo, Bell Europe, Schweizer Touristik, CityMagazine, Touring, Reizen, Woman, Grands Reportages, Meridiani, Quality Travel, Essential, L’art de Voyager, Marie Claire, Turismo Castilla y León, Tuttoturismo, Talkies, Viajeros, Gran Hotel, Tú eres Única, Aviacion e Turismo, Touring, Sensaciones, L’Humanité Hebdo, La Repubblica delle Donne, Femme. Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Notícias Transportadoras apresentam plano de redução do défice operacional até 2007 As empresas públicas de transporte urbano das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto apresentaram, em Janeiro, uma proposta de um plano integrado para o equilíbrio operacional e financeiro do sector, à tutela sectorial e financeira, face à situação de agravamento do défice operacional do sector com valores na ordem dos 175 milhões de euros em 2004 e à insuficiência de financiamento. As empresas transportadoras delinearam um plano assente em medidas de ganhos de eficiência, que passam por fixar objectivos para cada operador; assegurar “accountability” através da contratualização do serviço público e ajustar o modelo organizativo do sector de forma a obter-se um impacto positivo na ordem dos 95 a 115 milhões de euros. O programa de reequilíbrio pretende também fomentar o aumento da procura, através do ajuste da oferta, da renovação da imagem dos transportes públicos e da dissuasão da utilização do transporte individual nos centros urbanos. Por sua vez, o financiamento do transporte público, segundo o plano, visaria criar capacidade para financiar os custos do sistema, resolver a “conta histórica” das empresas e alinhar o modelo tarifário com características do sistema-objectivo (zonamento, integração intermodal, estrutura de descontos). Carristur no apoio a Macau 16 O Governo da Região Autónoma Especial de Macau solicitou um estudo de viabilidade técnica, económica e financeira com vista à introdução de uma rede de Metro Ligeiro em Macau. No grupo de especialistas incluem-se técnicos da CARRISTUR, que irão prestar o seu apoio na área de estudo de mercado, gestão de tráfego e exploração ferroviária. O estudo deverá estar concluído em Junho e está a ser elaborado pela empresa especializada MTRC (de Hong Kong), que conta com os serviços de assessoria técnica do consórcio Consulasia/Logistel. O estudo teve o seu início em 2003, com uma vertente predominantemente turística, tendo sido reformulado durante o ano passado. O projecto foi alargado e passou a ter como objectivo não só servir os fluxos turísticos, mas sobretudo as populações locais nas suas deslocações regulares. Nesta nova abordagem, o GDI (Gab. do Governo da RAE de Macau) dotou-se de uma equipa de especialistas externos em várias especialidades de engenharia e transportes que o ajudasse no acompanhamento do estudo e aconselhamento sobre os resultados e opções que entretanto fossem surgindo. Os serviços de assessoria implicaram a presença contínua no território de Macau dos consultores contratados, para além de períodos de assistência por back-office, em Portugal. Exercício do GOE nas instalações de Cabo Ruivo O cenário do exercício decorria na sequência de um assalto a um autocarro feito por um grupo de indivíduos, que sequestraram o motorista e os passageiros e os mantinham como reféns. Após uma fase de intensas “negociações” com os sequestradores, a operação culminou com um assalto espectacular ao autocarro, pelas forças do Grupo de Operações Especiais da PSP, que dominaram e aprisionaram os sequestradores e libertaram os reféns. O exercício realizou-se durante toda a manhã do dia 27 de Janeiro, na antiga estação de Cabo Ruivo e insere-se no âmbito da colaboração mútua e excelentes relações existentes entre a PSP e a CARRIS, que, para esta finalidade, cedeu um autocarro que ia ser abatido. 3100 candidatos respondem a recrutamento de motoristas A campanha de recrutamento de 200 motoristas e guarda-freios da CARRIS teve resposta imediata por 3100 candidatos. Cerca de 60 por cento dos candidatos acederam ao site da CARRIS, na Internet, realizando a sua candidatura via correio electrónico. O elevado número de candidaturas resultou do lançamento da campanha de recrutamento nos meios de comunicação, no final de Novembro, com vista à renovação e qualificação dos recursos humanos da companhia. Carris •Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris Notícias Encontro Europeu TAIZÉ Lisboa e Praga unidas pelos eléctricos Lisboa e Praga são duas capitais europeias onde não se encontram grandes ligações históricas e culturais, a não ser através dos eléctricos existentes nestas duas cidades. Neste âmbito, a CARRIS apoiou o fotógrafo René Kubásek, na organização de um projecto fotográfico, o qual retrata cenas do quotidiano das duas cidades, relacionadas com a vivência nos próprios eléctricos, de Praga e de Lisboa, veículos que fazem parte indissociável da paisagem das duas cidades. As referidas fotos estiveram expostas no interior dos eléctricos de Lisboa e Praga, no período de 14 a 28 de Fevereiro, tendo a CARRIS facilitado a exposição de imagens alusivas aos transportes de Praga no interior de 40 eléctricos que circularam sobretudo nas carreiras com procura turística da empresa. ARECA reúne em Assembleia Geral Com vista à eleição dos Corpos Sociais para o período de 2005/2006, a “Comissão Instaladora da Associação dos Reformados da CARRIS”, convoca todos os associados a estarem presentes na Assembleia Geral que terá lugar no dia 10 de Maio, pelas 14:30, na nova sede da ARECA, Largo de Santo Antoninho, nº 1, Lisboa (edifício da Bica). Os associados poderão apresentar as listas concorrentes à eleição, nos termos dos regulamentos e estatutos, até à hora marcada para o início da Assembleia Geral. Também em Maio, no dia 22, irá ter lugar mais um almoço de convívio dos reformados da Companhia CARRIS de Ferro de Lisboa, no Pavilhão Gimnodesportivo de Tondela pelas 13:00 horas. As marcações para o almoço terão de ser feitas com antecedência até o dia 12 de Maio (Tel. 21 346 60 01). A CARRIS apoiou o Encontro Europeu de Jovens Taizé, que decorreu em Lisboa entre 28 de Dezembro e 1 de Janeiro e que reuniu mais de 20.000 jovens vindos de toda a Europa. Para todas as deslocações estes milhares de jovens utilizaram exclusivamente o sistema de transportes da Área Metropolitana de Lisboa. Tratou-se de uma operação de grande envergadura que começou a ser preparada com mais de um ano de antecedência pelo conjunto dos operadores de transporte da Área Metropolitana de Lisboa, em que naturalmente se incluiu a CARRIS, sob coordenação da Comissão Instaladora da Autoridade Metropolitana de Transportes. Para o efeito foi emitido um cartão de transporte para cada participante para acesso a todos os modos e operadores de transporte durante o período de realização do encontro. Todas as funções na melhoria do seriço ao cliente O plano de formação “Melhoria da Relação Social e Comercial da CARRIS com os Clientes”, que está a decorrer desde Julho de 2004, envolve todas as áreas de serviço ao cliente. Após a fase da formação para directores, gestores de carreira e inspectores, iniciou-se em Novembro a formação para motoristas e guarda-freios, a qual já registou 762 participantes em 76 acções de formação até meados de Fevereiro, prosseguindo estas acções até cobrirem todos os tripulantes. De realçar que a maioria dos formandos considera que é possível promover melhorias na sequência de todo o processo de mudança (mais de 60%) e que, em termos globais, a acção mereceu uma avaliação média de 3,7 numa escala de 1 a 4. A "colaboradora" mais veloz da CARRIS Justa é o nome de uma original “colaboradora” da CARRIS, que pode ser visitada no Jardim Zoológico de Lisboa, onde recebe os visitantes com habitual boa disposição e simpatia. Trata-se de um canguru fêmea, propriedade do Zoo da cidade, que, orgulhosamente, ostenta o patrocínio da Companhia CARRIS de Ferro de Lisboa. 17 Tempos livres Plumas em Dinossáurios Adeus à CARRIS 18 Tantos anos já lá vão Que a minha vida desfiz Deixei minha profissão Para ingressar na CARRIS Comecei como agulheiro Limpar linhas também fiz No meu serviço primeiro Ao serviço da CARRIS Recordo um amigo de então Que nessa altura me diz Cumpre a tua obrigação Se queres singrar na CARRIS Não esqueci o conselho Já não era um petiz Depois, um pouco mais velho Fui um Fiscal da CARRIS Sempre criei amizades Tantos amigos eu fiz De todos levei saudades Quando saí da CARRIS Por todos fui estimado Por isso estou feliz Hoje Inspector reformado Da família da CARRIS Alfredo Araújo Inspector-Chefe reformado Recentemente, uma série de espectaculares descobertas na China confirmou algo que os cientistas suspeitavam há mais de um século: que as aves actuais são de facto os descendentes dos dinossáurios. Afinal nem todos os dinossáurios se extinguiram. Este é o mote da exposição, promovida pela Fundação Oriente, patente no Museu de História Natural, na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa, até 30 de Abril, todos os dias, das 10:00 às 18:00. O célebre “Archaeopteryx”, que viveu há uns 150 milhões de anos e cujo esqueleto fossilizado foi descoberto em finais do século XIX, é a ave mais antiga aceite como tal. Mas é também um dinossáurio. A sua descoberta lançou o debate sobre a origem das aves modernas: seriam elas descendentes dos dinossáurios predadores? A partir de 1995, uma série de fascinantes fósseis foram descobertos na província chinesa de Liaoning. Estes dinossáurios, apelidados hoje de dino-aves, também tinham penas! A sua cauda, em particular, não era senão um tufo de penas. E o que se pensa hoje é que planavam, de árvore em árvore. Não voavam como “Archaeopteryx”, pois ainda eram incapazes de bater as asas e levantar voo, mas já estavam a começar a conquistar os ares. A exposição - organizada pelo Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, pelo Natural History Museum-British Museum e pelo Museu Geológico da China -, apresenta dezoito fósseis raros e autênticos, verdadeiros tesouros da vida no nosso planeta, que dão testemunho do tempo em que “as galinhas tinham dentes” e explicam o elo que faltava na cadeia evolutiva animal. Preservados com um detalhe quase fotográfico, os fósseis confirmam que nem todos os dinossáurios se extinguiram da face da terra, tendo alguns deles evoluído para um revestimento de penas e ganho a habilidade para voar. A exposição recria um mundo perdido onde os dinossáurios levantavam voo. Até 30 de Abril, todos os dias 10:00-18:00, no Museu de História Natural, Rua da Escola Politécnica, 58 (autocarro 58). Bilhetes a 4,50 euros. Um Lugar no Tempo no Mosteiro dos Jerónimos Na antiga livraria do Mosteiro dos Jerónimos está patente uma exposição documental que conta a história do mosteiro ao longo de cinco séculos. Esta mostra permanente pretende elucidar os visitantes sobre a história deste grande monumento, inserindo-o na história de Portugal e do mundo. A exposição inclui uma reconstituição virtual da Sala dos Reis (demolida em 1868), um conjunto de retratos dos reis portugueses e uma genealogia de D. Manuel I. Visitas de Terça a Domingo, 10:00-17:00, no Mosteiro dos Jerónimos, Praça do Império (eléctrico 15, autocarros 14, 27, 28, 29, 43, 49 e 51). 19 O jornalista da revista italiana Meridiani visitou Portugal para comparar os locais históricos com a actualidade. Destaque para o eléctrico lisboeta. 20