FECTRANS Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações AOS TRABALHADORES DA CARRIS Comunicado nº 4 É MAIS AQUILO QUE NOS UNE Na passada sexta-feira trabalhadores e reformados da Carris e do Metropolitano de Lisboa, concentraram-se em frente ao Ministério da Economia e decidiram exigir: A suspensão da aplicação do artigo 75 da Lei do Orçamento de Estado para 2014. O pagamento de acordo com os respectivos AE´s, dos complementos de reforma e sobrevivência, tendo em linha de conta a decisão do T.C., que afirma de forma clara que a Contratação Colectiva é um contrato feito com os Trabalhadores e como tal tem de ser respeitado. Que o regulamento de carreiras seja cumprido no imediato, para todos os trabalhadores que ainda não viram resolvida essa situação, com o respectivo pagamento, uma vez que normas transitórias impostas por alguns O.E., não podem ser consideradas definitivas, num estado de direito. Que sejam revertidos os roubos nos salários em cumprimento integral das nossas convenções colectivas de Trabalho, conforme decisões já proferidas pelo T.C., (que não se pronunciou de forma direta, quanto aos salários, mas pronunciou-se de forma clara quanto à obrigação de cumprimento das convenções colectivas). E decidiram ainda que, caso as reuniões marcadas para dia 21 na Carris e 18 no Metropolitano, não evoluam no sentido do respeito pelos trabalhadores e reformados destas empresas, iniciar um novo ciclo de lutas convergentes, em defesa dos direitos de todos. O QUE NOS UNE – Os trabalhadores da CARRIS estão, hoje, confrontados com um conjunto de medidas que atingem TODOS sem excepção, tais como: Redução dos salários; Roubo do direito ao transporte; Bloqueio das progressões profissionais, por suspensão das normas dos AEs; Não pagamento das diuturnidades que os trabalhadores adquiriram, desde 2010; Suspensão dos AE’s no que se refere ao pagamento do trabalho extraordinário e do “agente único” nesta forma de trabalho; Anúncio da redução de postos de trabalho acompanhada da redução das indemnizações; Concessões/privatizações que irão ter implicações no número de postos de trabalho, nos direitos e na contratação colectiva em cada uma das empresas. É MAIS DO AQUILO QUE NOS DIVIDE – e que é apenas o facto de os trabalhadores terem optado por diferentes sindicalizações, ou por estarem dessindicalizados, mas isso não faz com que não sejam atingidos pelas medidas do governo e que, nalguns casos, até nem sejam os mais penalizados. É POSSÍVEL A UNIDADE NA ACÇÃO - Apesar das divisões, cremos que no momento o mais importante é olharmos para aquilo que nos une e, assim, sistematicamente apelamos para que juntemos forças. Para a FECTRANS/STRUP defendemos, tal como foi aprovado na sexta-feira, a convergência da luta dos trabalhadores da CARRIS, com as lutas de outros trabalhadores do sector dos transportes e, em particular, os do Metropolitano. Isso para nós não é problema. No entanto a convergência pode fazer-se de várias formas, em que não se anulem, mas dêem força á luta em todas as empresa e, isso é a diferença de opiniões, que se tem verificado. A PALAVRA AOS TRABALHADORES – É com naturalidade que vemos a diferença de opinião e a FECTRANS/STRUP também têm direito a ter a sua opinião, que é aquela que entendemos servir melhor os interesses e reivindicações dos trabalhadores e reformados da CARRIS. Como não tem sido possível o entendimento com as outras organizações, o que temos proposto é que se dê a palavra e a decisão aos trabalhadores da empresa e que, para isso, se realize um plenário geral dos trabalhadores da CARRIS, convocado por todas as Organizações. Nós sentimo-nos bem na discussão com os trabalhadores e por isso reafirmamos a nossa proposta de plenário geral, logo a seguir á próxima reunião com o CA., permitindo assim que sejam os trabalhadores a decidir sobre as formas de continuação da luta. O PIOR É NADA FAZER – Entendemos que, pior do que a diferença de opinião, é o refúgio nela para nada se fazer, quando os trabalhadores são roubados nos seus direitos fundamentais, como é o direito a um salário digno. Sabemos que os trabalhadores querem que a suas organizações dinamizem a acção em defesa das suas reivindicações e interesses e não querem assistir a uma “guerra” de “comunicado para aqui, comunicado para acolá”, que não iremos alimentar. Nós não deixaremos de assumir a nossa responsabilidade de lutar em defesa dos trabalhadores da CARRIS e tudo faremos para que a mesma seja num amplo quadro de unidade na acção. DIA 27 FEVEREIRO A LUTA CONTINUA, TAMBÉM NAS RUAS – Com Concentrações que partirão às 18 h dos Ministérios do Trabalho (Pça. Londres- local de concentração do sector de Transportes e Comunicações), da Saúde e da Educação e confluirão para S.Bento. Será dia para trazer às ruas a profunda revolta, pelos roubos que recaem sobre todos nós, trabalhadores e reformados, em defesa da Contratação Colectiva e numa afirmação que não permitiremos que para além dos nossos salários, também nos roubem a nossa dignidade. TODOS JUNTOS TEMOS MAIS FORÇA DÁ FORÇA À TUA LUTA SINDICALIZA-TE NO STRUP A UNIDADE CONSTROI-SE NA LUTA ! 13/02/2014 www.fectrans.net CARRIS-FECTRANS