Avaliação comparativa da duração do intervalo parto-cio entre duas técnicas diferentes (massagem uterina e implante de progesterona) em vacas leiteiras Fernanda Faria Rickli Iniciação Científica (Voluntária) 2012-2013 Orientador: Marcos Vinícius Ferrari; Colaborador: Felipe da Silva Dezidério Introdução/Objetivos: Entre os problemas que atingem a bovinocultura leiteira e afetam diretamente os resultados reprodutivos, o período de dias abertos é um dos principais. Tal período envolve desde o parto imediato até o primeiro cio fértil e nova concepção. De modo geral, quanto mais curto for este período, mais produtivo será o animal e a exploração leiteira como um todo. Desse modo, o objetivo do projeto é verificar qual método é mais eficaz para a redução do intervalo último parto-cio em vacas leiteiras. Método: Para esta pesquisa, 16 vacas recém-paridas em parto normal foram escolhidas aleatoriamente e divididas em 2 grupos de 8 animais cada. O grupo GI recebeu somente massagens uterinas através do reto desde o dia do parto até o 10° dia subsequente. A sua vez, o grupo GII recebeu massagens uterinas até o 10° dia e também um implante vaginal de progesterona (P4), o qual foi inserido no 11° dia e retirado no 20°. A avaliação da manifestação do cio foi realizada por observação de monta por outras fêmeas. Referências: GONZALEZ STAGNARO et al. Factors affecting fertility according to the postpartum period in crossbred dual-purpose suckling cows in the tropics. Trop Anim. Health Prod. 2005 Oct;37(7):559-72. Resultados/Discussão No GI, a média foi de 53,4 dias e no GII foi 51,3 dias. Não houve diferenças estatísticas entre os grupos, o que sugere que o implante de progesterona não acelera o retorno ao cio após o parto normal. Estes resultados encontram-se dentro do esperado para vacas leiteiras (González Stagnaro, 2005), e a prevalência do estado de anestro deve-se a bloqueios hormonais. Ainda, conforme a literatura, o que poderia explicar tais resultados seria a alta produção de leite, visto que os animais avaliados encontravam-se no regime de duas ordenhas diárias. De todo modo, todos os animais apresentaram involução uterina antes de 40 dias. Por isso, suspeitase também da ocorrência de “cio silencioso”, ou seja, um estro sem manifestações, frequente em vacas leiteiras que ovulam cedo no pósparto. Fonte: modificado de jairoserrano.com Conclusões: Do experimento, concluiu-se que tanto o implante de progesterona quanto a massagem uterina, nos protocolos utilizados, não foram suficientes para acelerar a manifestação do estro no pós-parto em vacas leiteiras. Ainda, concluiu-se que há necessidades de maiores estudos sobre o tema.