DepressãoPuerperal Dr Luis Antonio GilbertiPanucci Alta prevalência de doenças psiquiátricas em idade reprodutiva 50 % das gestações não são planejadas 35 % das gestantes utilizam psicofármacos Objetivos / Desafios: Diagnosticar Escolha do medicamento Mínima dose possível Menor número possível de medicações Atualmente de todas as teoriasdadepressãopropostas, as maisaceitassão das anormalidadesqueenvolvemosneurotransmissoresmono aminérgicos, especialmentenorepinefrina, flucoxantina, dopamina, serotonina (receptor 5HT2) PROLACTINA ? Transtornos puerperais Blues puerperal (disforia) Depressão puerperal Psicose puerperal Blues Puerperal 85% das puérperas Inicio primeiro dia e dura até 2 semanas Sintomas: Euforia Insônia / labilidade afetiva Choro fácil Ansiedade Irritabilidade Baixa concentração Blues Puerperal Tratamento Orientação: distúrbio bioquímico Apoio psicológico Pode levar a depressão puerperal Depressão Puerperal De 10% a 20% das puérperas Início a partir de 4 semanas Persiste nos 6 primeiros meses Sintomas maior parte do dia, todos os dias, 2 semanas Depressão Puerperal Sintomas Humor depressivo Choro fácil Perda de interesse / falta de prazer Sentimentos de culpa, incompetência, desesperança Cansaço Alterações do sono e apetite Pensamentos negativos Idéia suicida Depressão Puerperal Etiologia ? Associações Dificuldades econômicas Baixo nível de escolaridade História prévia de doença psiquiátrica Depressão pré-natal Baixa auto-estima Gravidez não planejada Tentativa de aborto sem sucesso Ausência de parceiro TPM Impacto na díade Mãe / RN Vinculo prejudicado Ausência de expressão facial / dificuldade de comunicação e toque Repercussão nos filhos: Baixa auto-estima Insegurança Atraso desenvolvimento cognitivo e emocional Disforia Antes do tratamento: diagnóstico diferencial Hipotiroidismo Distúrbio do sono Tratamento Psicoterapia Farmacológico Tratamento Farmacológico Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) Gravidez Puerpério dose Sertralina Sim Sim (escolha) 50-200 Paroxetina Evitar (cardiopatia congênita) Sim 20-60 Fluvoxamina ? Sim 50-200 Citalopram Poucos estudos Cólicas RN 20-40 Fluoxetina Sim (escolha) Sim 20-60 Tratamento farmacológico Antidepressivo tricíclicos Gravidez Nortriptilina Amitriptilina Desipramina Sim Puerpério Dose (Mg/dia) Sim 50-150 Sim Sim 100-300 Tratamento Farmacológico outros Gravidez Puerpério Venlafaxina Sim Sim Dose Bupropiona 300-450 Nefazodona 300-600 Mirtazapina 15-45 Lítio Teratogênico (anomalia de Ebstein) Somente se absolutamente necessário Haloperidol Sim Sedação fetal Benzodiazepínicos Meia vida: Longa Diazepam Clordiazepóxido Média Clonazepam (Rivotril) Lorazepam (Lorax) Curta Alprazolam (Frontal) Midazolam (Dormonid) Medidas de suporte Descansar (tentar repor o sono) Não tentar fazer tudo Não ficar muito tempo sozinha Ficar a sós com o parceiro sempre que possível Conversar com outras mães Sair de casa Grupos de suporte Psicose Puerperal 0,1 % das puérperas Início: nas primeiras 2 ou 3 semanas (80%) Psicose Puerperal O Pós-Parto: acontecimento único (neoformação), sem precedentes O diagnóstico é de extrema importância Psicose Puerperal Sintomas: Iniciais: incapacidade de se mover ou ficar de pé Fadiga Inquietação Instabilidade emocional Desconfianças Confusões Preocupações obsessivas com o bebe Sentimento de que não ama o bebe Desejo de ferir o RN ou a si mesma Psicose Puerperal Desenvolvimento agudo e rápido Nega o nascimento e a filiação Alucinações “escuta vozes” Assassinato: infanticídio 4% Psicose Puerperal Tratamento = Internação Psiquiátrica Manter vinculo Mãe – Bebê durante internação Equipe acolhedora Associação antidepressivos + carbamazepina Eletroconvulsoterapia Recorrência em gestações posteriores de 1/3