ALTERAÇÕES PSÍQUICAS INFLUENCIADAS PELO ESTADO GRAVÍDICO/PUERPERAL Andréia Siqueira Tenório1 Elke dos Santos Brito2 Thaís Ferreira da Silva3 Patrícia Malta Pinto4 RESUMO Pesquisa de caráter bibliográfico, descritiva e qualitativa que tem como objetivo analisar as alterações psíquicas influenciadas pelo período gravídico/puerperal e descrever os fenômenos tristeza materna, depressão pós-parto e psicose puerperal; facilitar o entendimento sobre os diagnósticos diferenciais e a identificação dos quadros e fatores associados às alterações psíquicas relacionadas a este período, cuja assistência sistematizada de enfermagem deve oferecer à mulher um cuidado de forma integral na preservação e promoção de sua integridade psíquica durante a gestação e puerpério. A pesquisa realizou uma revisão em 60 artigos científicos do acervo da biblioteca da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, no período de 1985 a 2010 e, da biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online – SciELO e no site do Ministério da Saúde. Os dados evidenciaram que as alterações psíquicas podem ser desencadeadas por diversos fatores associados inclusive o próprio período gravídico/ puerperal devido às mudanças e estressores comuns dessa fase. Assim, revelou que a ocorrência dessas alterações pode estar associada a uma estrutura pré-existente na mulher de ordem neurótica ou psicótica que frente a fatores precipitantes desenvolverá tais fenômenos. Portanto, a atuação do enfermeiro no pré- natal e puerpério deve promover completa atenção à mulher inclusive nos aspectos psicossociais. Palavras-chave: Depressão pós-parto. Psicose puerperal. Enfermagem. Puerpério. 1 INTRODUÇÃO críticos da vida da mulher, por caracterizar-se como um período de Conforme Araújo et al. (2009), a gravidez constitui um dos momentos 1 transição no desenvolvimento da personalidade marcado por mudanças Acadêmica do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce [email protected]; 2 Acadêmica do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce [email protected]; 3 Acadêmica do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce [email protected] 4 Professora orientadora do curso de enfermagem pela Universidade do Vale do Rio Doce [email protected] complexas do metabolismo, da identidade, mudanças envolvidas nos atenção para manter ou recuperar o bem estar e prevenir dificuldades futuras. aspectos de papel social, necessidade de novas adaptações, interpessoal e reajustamento intrapsíquico. Tais Falcone et al. (2005) ainda apontam que as taxas de prevalência das síndromes psiquiátricas puerperais alterações compõem os momentos de corroboram a importância de se conhecer crises e responsáveis por importantes de geralmente observadas trimestre de mudanças comportamento gestação no primeiro tais transtornos na assistência à Saúde da Mulher, já que cerca de 20 a 40% das mulheres relatam alguma perturbação resultantes das tentativas de adaptação às emocional no período pós-parto e 85% perturbações transitórias deste período. das et al. que precocemente são Araújo e diagnosticar (2009) ainda mulheres apresentam algum distúrbio de humor nesse período. afirmam que, as mudanças que se Os transtornos psiquiátricos iniciam no puerpério têm a finalidade de foram classificados de maneiras diversas restabelecer o organismo da mulher à na situação pré-gravídica e ocorrem não Internacional das Doenças (CID-10), somente nos aspectos endócrino e no eles não são considerados distúrbios sistema o mentais específicos do puerpério, mas grande sim associados a ele, ou seja, o parto adaptação psicológica frente à nova atua como um fator desencadeante realidade, o que evidencia que a mulher devido à fragilidade psicológica na qual nesse momento deve ser vista como um a mulher se expõe (SILVA; BOTTI, ser 2005). genital, organismo, mas além integral, em de não todo uma excluindo seu componente psíquico. literatura. Na Décima Revisão Alt e Benetti (2008) relatam que De acordo com Falcone et al. dentre as eventuais alterações psíquicas (2005); Silva e Botti (2005), o período no gravídico/puerperal torna-se uma fase de melancolia da maternidade (baby blues maior transtornos ou tristeza materna), a depressão e a psíquicos na mulher cuja intensidade das psicose puerperal que variam entre si em alterações diversos aspectos clínicos. fatores incidência psíquicas como de dependerão conjugais, de familiares, puerpério, Sidon que, podemos e citar Canizares apesar da a (2002) sociais, culturais e de personalidade que afirmam grande apontam para a necessidade especial de incidência das síndromes depressivas puerperais e das graves consequências biblioteca da Universidade Vale do Rio ocasionadas por elas, ainda não existe Doce – UNIVALE e dos sistemas ênfase dos serviços de saúde para a informatizados prevenção, Electronic Library Online - SciELO e no identificação precoce e tratamento dessas patologias. de busca Scientific site do Ministério da Saúde. Como Diante da relevância do assunto, descritores utilizou-se: puerpério, deparou-se com a escassez de dados gestação, parto, depressão pós-parto, epidemiológicos às tristeza período neurose alterações relacionados psíquicas gravídico/puerperal, do contudo, ao vislumbrar parentes e pessoas próximas materna, e psicose psicose, puerperal, psicopatologia, assistência de enfermagem e intervenção de enfermagem. que nesse período desenvolveram tais alterações psíquicas, o estudo firmou-se 3 GESTAÇÃO, no intuito de pesquisar as alterações PUERPÉRIO PARTO E psíquicas influenciadas pelo período gravídico/puerperal descrever Lomba e Lomba (2006); Ziegel; especificamente os fenômenos tristeza Cranley (1985) caracterizam a gestação materna, depressão pós-parto e psicose em puerperal os sensivelmente a vida não só da mulher, diagnósticos e a assistência adequada mas do casal. Tendo sido uma gravidez nesse período. planejada e desejada, ela será recebida e, e assim, entender um período que mudará com muita alegria, sendo indesejada, 2 METODOLOGIA será vista como mal-estar, medo, angústia e preocupação e, em muitos Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de cunho da gestação é de 38 a 40 semanas e esta em livros, contagem se dá a partir da última artigos, monografias e periódicos, para menstruação. Nesse período, ocorrem levantamento e análise do que já se mudanças físicas como aumento da produziu sobre o assunto escolhido como sensibilidade e tamanho das mamas, tema de investigação, disponíveis no distensão do abdome em função do Brasil, no período de 1985 a 2010. A crescimento fetal, escurecimento das identificação das fontes bibliográficas regiões vulvar, aréolas, axilas e virilhas, foi realizada através de acervos da aparecimento de estrias, em alguns casos descritivo, qualitativa casos, o arrependimento. O tempo total com buscas cloasma gravídico, ganho de peso, após a dequitação e evolui até a volta do edema em membros inferiores, cansaço, organismo materno as condições pré- físico e câimbras musculares. Podem gravídicas. Porém, quanto ao término, também ocorrer mudanças fisiológicas não como de opiniões, pois a extensão desse período imunológicas, pode variar de 4 a 6 semanas, ou até um aumento hormônios, alteração da alterações na produção frequência urinária, constipação, alteração da frequência se observa uniformidade de ano e englobando o período de lactação (ABRÃO et al., 2002). respiratória (em função da compressão Conforme Ziegel e Cranley do feto sobre o diafragma), enjoos, entre (1985); Abrão, Barros e Marin (2002) o outras . puerpério classifica-se em três etapas Conforme Lomba e Lomba sendo elas: puerpério imediato, que vai (2006), cada mulher irá enfrentar as do momento posterior ao parto até o 10º transformações de seu corpo de forma dia pós-parto, o puerpério mediato ou diferente: umas irão se orgulhar e outras tardio, que vai do 11º dia pós-parto ao tendem a sentirem-se feias com tantas 42º dia pós-parto e o puerpério remoto, modificações. A preocupação com o que inicia-se a partir do 43º dia pós-parto parto e o bebê é cada vez maior e, em diante. O puerpério poderá ser quanto mais se aproxima o período do normal quando transcorre com uma parto, mais comuns são os sentimentos evolução satisfatória ou será patológico, de medo e ansiedade. quando Sabe-se que o parto é um retirado do útero materno e mulher apresentar complicações clínicas . procedimento pelo qual o bebê é expulso ou a Silva e Botti (2005) ressaltam que, em primíparas sentimentos de geralmente pode ocorrer de forma ansiedade, natural conhecida como parto normal, ou outros, somatizam-se e produzem o de quadro de instabilidade ainda maior do forma cirúrgica, denominada cesariana (LOMBA; LOMBA, 2006; que ZIEGEL; CRANLEY, 1985). desenvolvimento Já o puerpério é o medo, natural ao esperança, puerpério desse entre e o processo também transitório está interligado diretamente conhecido como pós-parto, sobreparto, às reações apresentadas diante dos fatos, dieta ou resguardo. Seu conceito é ou seja, a compreensão e a passagem não descrito por diversos autores que são só da mulher, mas da família como um unânimes ao dizer que seu início se dá todo pelo puerpério, será o limiar entre a separação corporal definitiva. Este é o saúde e a doença. significado mais angustiante do parto, que se não for bem elaborado, pode 4 ASPECTOS PSÍQUICOS NECESSIDADES E trazer uma depressão muito intensa à PSICOSSOCIAIS puérpera devido a dualidade entre a PERÍODO situação da perda da gravidez e do DO GRAVÍDICO/PUERPERAL adquirido - o bebê. Silva et al. (2003); Alt e Benneti, após Silva et al. (2003) afirmam que (2008) reforçam que em termos de o entendimento parto, ocorrem reações psicodinâmico, o conscientes e inconscientes na puérpera, nascimento da criança representa o dentro de seu ambiente familiar e social rompimento da relação simbiótica entre imediato, ativando profundas ansiedades. o bebê e a mãe e esse processo de A secção do cordão umbilical separa separação, pode desencadear na mãe para sempre o corpo da criança do corpo vivências materno, reativadas por conflitos e lutos mal deixando uma cicatriz, denominada umbigo, que marca essa depressivas e psicóticas elaborados na infância. separação. Assim, no inconsciente, o A maternidade pode ser parto é vivido como uma grande perda compreendida como um resgate da para a mãe, muito mais valorizada do identidade materna que quando dá a luz que o nascimento de um filho. Ao longo a uma criança do sexo feminino revive dos meses de gestação, a criança é sua história em relação à própria mãe de sentida pela mãe como algo apenas seu, forma fazendo parte de si e, com o parto, torna- sentimentos ambivalentes, resultantes da se um ser diferenciado dela, com vida dificuldade da elaboração da própria própria e que deve ser compartilhado identidade feminina (ALT; BENNETI, com as demais pessoas a sua volta. 2008). mais intensa ocorrendo Sendo assim, a mulher emerge da situação de parto num estado de total confusão, como se lhe tivessem Alt e Benneti (2008) afirmam que as dificuldades que até então se arrancado algo muito valioso ou como se encontravam reprimidas e intrapsíquica ela tivesse perdido partes importantes de tornam-se si mesma. Tanto quanto na morte, no interpessoal, pois o filho passa a nascimento representar uma efígie viva de objetos também ocorre uma manifestas e de caráter internos antes recalcados, por isso as neuroquímicas, hormonais ou, ainda, pulsões e fantasias podem ser atuadas. aqueles associados a agravos menstruais, Frente a tais eventos, a mulher que de desenvolve um quadro de depressão ou biológica, resultados esses, obtidos por psicose meio de modelos multifatoriais de puerperal, pode mencionar personalidade, de desejos de suicídio ou de infanticídio. causalidade. Soifer apud Alt e Benneti (2008) brasileiros apontam esclarece que o desejo de matar o depressão e próprio filho ou até mesmo o próprio ato depressão como fatores de risco para o de matar (infanticídio) é resultado de suicídio em mulheres em idade fértil. uma parte do ego (ego=eu no mundo) Sendo predisposição assim, o história estudos quadro de familiar de Soifer apud Alt e Benneti (2008) materno, que se encontra arruinado por ressalta um objeto interno muito ameaçador (o manifestação psicopatológica possível, bebê). A morte da criança frente a este já que a mãe aparentemente mostra evento significará para a mãe em crise, a alegria e satisfação com o filho, mas eliminação da dor, do terror e do objeto deixa-o aos cuidados de outras pessoas que a aterroriza. num estado permanente de tensão, Frente à complicação dos que a mania é outra irritabilidade e hiperatividade. transtornos psíquicos influenciados pelo Sabe-se que todo ciclo gravídico/ puerpério a mulher acometida por grave puerperal é considerado período de risco alteração psíquica, pode cometer ato para o psiquismo devido à intensidade da infracional, como o citado no artigo 123 experiência vivida pela mulher e o do código penal brasileiro que diz: suporte emocional e familiar advindo de “Matar estado parentes e amigos nesse período de puerperal antes ou depois acarreta pena transição na vida da mulher, constitui um de 2 a 6 anos de detenção” (ANGHER, fator protetor para o desenvolvimento de 2009). sofrimento sob influência do Tuono et al. (2007) explicam que psíquico no período puerperal (SILVA; PICCININI, 2009). as diversas fases do ciclo reprodutivo Araújo et al. (2009) afirmam que passaram a ser vistas como fatores a atitude do pai da criança tem influência “geradores de estresse” ou de maior direta na maneira como a mulher irá vulnerabilidade para o surgimento de vivenciar a variedade de transformações alguns transtornos mentais tendo como ocorridas em sua vida durante e após a fatores gestação, evidenciando assim, que a atuantes as alterações ausência de apoio por parte do genitor da pensamento em interromper a gravidez, criança falta de apoio do genitor da criança torna-se predisponente a mais um ocorrência fator de sofrimento psíquico no puerpério. alterações tireoideanas, a própria gestação, o parto e o puerpério, história Pode-se dizer que neste período psiquiátrica, história prévia de é de suma importância permitir que a depressão, ansiedade, depressão pré- mãe expresse livremente seus temores e natal, eventos estressantes da vida ansiedades para que esta possa enfrentar (desemprego, falta de apoio familiar), as diversas situações comuns desse história período de forma mais adaptativa realista alterações e psicológicos, confiante. Cabe ao profissional de violência doméstica, emocionais, fatores relação conjugal enfermeiro treinado possibilitar essa problemática, fatores obstétricos como assistência e toda a orientação necessária primiparidade, hiperêmese gravídica e à mulher neste período, pois se trata de complicações um trabalho preventivo extremamente presença de componente genético ou eficaz se tiver início paralelamente ao familiar (MORAES et al., pré-natal (SILVA et al., 2003). COSTA; PACHECO; FIGUEIREDO, variadas no parto, 2006; 2007; MOTA; MANFRO; LUCION, 5 FATORES DESENCADEANTES 2005; RUCHII et al., 2007; SILVA; DAS BOTTI, 2005; ZINGA, 2005). ALTERAÇÕES PSÍQUICAS PUERPERAIS 6 PROCESSO DE ADOECIMENTO Dentre os fatores desencadeantes dos quadros de alterações psíquicas no PSÍQUICO QUE ENVOLVE O PUERPÉRIO puerpério temos a gestação, o parto e o período puerperal que associados a diversos fatores, funcionam como elementos desencadeantes de diversas Os transtornos psíquicos puerperais de acordo com Kaplan e Sadock (1999, p. 99): alterações mentais maternas (RUCHII et al., 2007). Como fatores predisponentes e agravantes, em alguns casos estão a baixa renda, a gravidez não planejada, sentimento de rejeição à maternidade, São doenças mentais com início no primeiro ano após o parto e que se manifestam por desequilíbrios de humor psicóticos e não psicóticos. A etiologia das síndromes psíquicas pós-parto envolve fatores orgânicos ou hormonais, psicossociais e predisposição feminina, desse modo, a associação destes elementos possibilita o desenvolvimento do processo patológico. olfativa, táctil, ou um conjunto destas) É importante fazer essa distinção de um objeto real e, delírio como um entre neurose e psicose visto que falso juízo da realidade e com uma diversos forma autores afirmam que os que habitam espaço externo na ausência psicopatológica própria, são sintomas psíquicos presentes na fase de caracterizados por fazer parte de crenças gestação e puerpério são indicativos de não argumentáveis, incorrigíveis e não uma estrutura ou patologia pré-existente. compartilhadas por indivíduos de uma Essa afirmação é confirmada por Dantas mesma cultura e com alta significação (2002, p.99) quando explica pessoal (RAMOS, 2009). Já na neurose não há que uma reação “psicopatológica” é resultado de um distúrbio de comportamento estruturado em uma personalidade predisposta a reações mais ou menos fixas do tipo neurótico ou psicótico. Assim, quando determinada estimulação está presente, a pessoa repetidamente responde de forma inadequada ou exageradamente. rompimento com a realidade. Conforme Oliveira (2008) afirma que a psiquiátricos. Ziegel e Cranley (1985) as complicações psicóticas da gravidez e puerpério são relativamente raras. Elas ocorrem mais frequentemente história em prévia Em mulheres de com distúrbios contrapartida, a psicose é uma disposição patológica de neurose é um evento relativamente alto grau cujo ego se afasta da realidade. frequente pós-parto e alguns estudos Os efeitos desse afastamento podem ser indicam que um total de 25% das percebidos a partir do surgimento de mulheres tiveram “sintomas nervosos” alucinações e delírios. O referido autor durante o ano seguinte ao parto. Sem elucida que a diferença fundamental que dúvida muitos desses sintomas são se opera entre a neurose e psicose é que considerados na psicose o sujeito rompe com a comportamentoscpróprios das mulheres realidade e este afastamento se opera e seus familiares e não perturbam através de manifestações de delírio e apreciavelmente seus padrões de vida. simplesmente como Silva e Botti (2005) relatam que alucinações. Ao entender alucinações como as síndromes psiquiátricas pós-parto manifestações psicopatológicas da esfera constituem uma área pouco conhecida e da consequentemente sensopercepção, definidas como pouco pesquisada, de devido ao não reconhecimento dos qualquer modalidade (visual, auditiva, transtornos cuja razão encontra-se ligada percepções nítidas e objetivas à dificuldade de distinção entre eles. sentimentos de falta de capacidade e Assim, os transtornos frequentes no confiança para cuidar do bebê. período gravídico/puerperal são: Arrais (2005), como também cita dificuldades de Maternity Blues, Depressão Pós-parto e sintomas Psicose Puerperal. concentração, alterações de memória e raciocínio, ansiedade, fadiga e 6.1 MATERNITY BLUES (TRISTEZA preocupações excessivas com a lactação MATERNA, e a saúde do bebê, contudo isso não BABY BLUES OU MELANCOLIA PÓS-PARTO) chega a impedir a realização de tarefas pela mãe por durar de alguns dias a De acordo com Ruchii et al. (2007), a tristeza materna é poucas semanas. um Correia (2006) esclarece que a transtorno que tem início nas duas tristeza materna por ser um quadro de primeiras semanas após o parto com intensidade leve, não requer o uso de incidência de 50 a 80% dos casos, sendo medicação, pois cede espontaneamente. um transtorno autolimitado podendo ser Portanto, o “tratamento” do pós-parto considerado fator de risco para o blues compreende basicamente em apoio surgimento de depressão pós-parto no familiar e compreensão, sobretudo do primeiro ano pós-parto. cônjuge. Silva e Piccinini (2009) definem o quadro também conhecido como baby 6.2 DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP) blues ou melancolia do pós-parto como uma espécie de depressão leve, de Ruchii et al. (2007) definem a caráter transitório geralmente vivido depressão pós-parto como um transtorno após o nascimento do bebê. do humor que carrega várias Algumas mulheres, conforme Alt controvérsias entre os autores quanto ao e Benetti (2008); Arrais (2005) podem seu período de início, mas inicia-se, apresentar esse quadro em torno do normalmente, terceiro dia após o parto, sendo esse semanas após o parto e pode ser de caracterizado por sinais e sintomas de intensidade leve, transitória, neurótica, labilidade. È bastante conhecido pelas até de desordem psicótica. A depressão mães em maior ocorre por período mínimo de A quinze dias, com a presença do humor tristeza e o choro são acompanhados por depressivo ou anedonia (diminuição ou e fragilidade consiste e basicamente hiperemotividade. nas primeiras quatro perda do interesse anteriormente nas atividades exclusivos dessa fase podendo agradáveis) associada, manifestar em qualquer fase da vida. se pelo menos, por quatro dos sintomas: Silva et al. (2006) descrevem que alteração significativa de peso ou do a depressão pós-parto é considerada um apetite, insônia ou sono excessivo, problema de saúde pública por afetar fadiga, agitação ou lentidão psicomotora, tanto a sentimentos de desvalia ou culpa, perda desenvolvimento do filho. de concentração e idéias de morte ou saúde da mãe quanto o Estudos atuais revelam que a suicídio. Quando à perda de prazer e depressão interesse estão presentes, são exigidos negligenciada devido a presença de apenas três desses sintomas adicionais poucos estudos científicos que enfocam para o diagnóstico. a identificação das alterações psíquicas A DPP, segundo Silva e Botti (2005); Falcone et al. (2005), é um pré-natal pode ser durante a gestação (FALCONE et al., 2005). transtorno mental de alta prevalência que Silva et al. (2006); Faisal-Cury e acomete em média 10 a 20% das Menezes (2006) descrevem que fatores mulheres podendo este número variar como baixo nível de escolaridade, baixo conforme critérios de avaliação em poder muitos países, e que provoca alterações psicossociais como preferência pelo sexo emocionais, da criança, apoio do pai, desejo de cognitivas, comportamentais e físicas. socioeconômico, fatores interromper a gravidez e ansiedade, Alt e Benneti (2008) relatam que a DPP ocorre após a tristeza materna e podem ser fatores desencadeantes da DPP. inicia-se de maneira insidiosa e por volta Iaconelli (2005) afirma que da 2ª semana após o parto podendo fatores predisponentes à depressão pós- perdurar por semanas ou até anos. parto ocorrem em mulheres com Rocha (1999) caracteriza esta sintomas depressivos durante ou após a síndrome puerperal como uma depressão gestação, mulheres que sofrem de tensão diferente pré-menstrual, do quadro de depressão que passaram por fisiológico, sendo mais comum em problemas de infertilidade, primigestas puérperas jovens ou de personalidade vítimas de carência social, que passaram imatura. Sintomas neuróticos tais como por algum tipo de dificuldade na irritabilidade e ansiedade estão presentes gestação, mulheres que sofreram perdas na depressão puerperal, não sendo de pessoas importantes, (parentes ou até mesmo aborto) primigestas, mulheres alterações normais ou fisiológicas e as que vivem em desarmonia conjugal, que alterações patológicas no puerpério, são mães solteiras e que se casaram em pode ser difícil de avaliar, mas apesar da função da gravidez, mulheres submetidas dificuldade a alterações a determinação da gravidade cesariana e que tiveram filhos apresentando algum tipo de anomalia. na distinção de tais da depressão são imprescindíveis para a Vale ressaltar que antecedentes elaboração de diretrizes de tratamento. familiares de depressão, antecedentes pessoais ou até mesmo um episódio de depressão puerperal 6.3 PSICOSE PUERPERAL (exemplo: uma multípara) são fatores de análise para o Silva e Botti (2005), afirmam risco da depressão pós-parto; outros que a psicose puerperal trata-se de uma aspectos pré- alteração de humor de ordem psicótica, mórbida, qualidade da saúde materna, de início abrupto nas duas ou três complicações gravídicas, antecedentes primeiras semanas após o parto que obstétricos, são episódios que devem ser acomete cerca de 0,1 a 0,2% das investigados no controle e prevenção do puérperas, podendo apresentar sintomas transtorno depressivo puerperal (SILVA; como agitação motora, insônia, angústia, BOTTI, 2005). confusão mental evoluindo para formas como personalidade Também podem ocorrer segundo, Silva et al. (2006); RUCHII et al. (2007), maníacas, melancólicas ou até mesmo catatônicas. a diminuição da libido, pensamentos Conforme Iaconelli (2005), a obsessivos, envolvendo violência contra psicose a criança, existindo assim, possibilidade característicos a perda do senso de de negligência nos cuidados infantis, realidade, inclusive diminuição da amamentação algumas vezes, as fantasias são ocultas incitando sentimentos negativos, culpa e pela paciente que pode se encontrar em desinteresse pela criança e resultado um quadro de delírio paranóide. A insatisfatório da interação mãe-filho angústia vivida nesse momento é da podendo ordem do insuportável podendo surgir causar desenvolvimento do impacto recém no nascido imediatamente ou a longo prazo. Ruchii et al. (2007); Correia (2006) afirmam que, o limite entre as rituais tem como alucinações obsessivos e sintomas delírios e, pensamento desconexo. Segundo Correia (2006) é comum nesse quadro, a mãe rejeitar seu filho por sentir-se aterrorizada e ameaçada por ele, como se a criança minimizar os efeitos negativos da doença quando houver. fosse um inimigo. A mulher em surto psicótico conforme Iaconelli (2005) pode apresentar até negação da existência da criança, uma vez que esta passa a ser elemento vazio psiquismo da preenchido mãe, separado pelo da realidade. Históricos psiquiátricos e com surtos anteriores são fortes fatores de risco nestes casos. Neste item, O enfermeiro não deve resolver os problemas do sujeito, mas trabalhar com ele buscando soluções mais adequadas para sua condição usando toda sua habilidade e conhecimento científico SCATENA; VILELA, 2004, p. 99). Scatena e Vilela (2004) ainda reforçam que a função do enfermeiro deve focar na promoção da saúde mental, na prevenção da enfermidade e na ajuda ao doente a enfrentar as observou-se a precariedade de trabalhos com enfoque na psicose puerperal, visto que diversos autores apenas citam o evento, já que apesar da gravidade é considerado caso raro entre as puérperas pela baixa prevalência. pressões repercutidas pela enfermidade mental, com o intuito de assistir o paciente, a família e a comunidade encontrando o verdadeiro sentido da enfermidade. Ações como visitas domiciliares, terapia interpessoal, terapia cognitivocomportamental, têm sido não só veiculadas como pertinentes ao 7 ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM NAS DE ALTERA- ÇÕES PSÍQUICAS NO PERÍODO GRAVÍDICO/PUERPERAL enfermeiro, contudo, devido aos resultados positivos observados quanto à diminuição dos sintomas e muitas vezes na prevenção da instalação de alteração psíquica (KOGIMA; REIS, 2009). De acordo com Minas Gerais, (2003), a assistência à gestante ou puérpera implica antes de tudo, no cuidado de forma humanizada que utilizará como instrumento a assistência pré-natal, proporcionando a mulher mais segurança, esclarecimento de dúvidas, fortalecimento do vínculo afetivo com o filho e equipe de saúde, além de A assistência a mulher nesse período consiste basicamente em apoio por parte não só dos familiares, mas também dos profissionais de saúde que devem unir forças para transformar esse momento em uma fase em que a paciente se sentirá mais firme e confiante para expressar seus sentimentos, sentindo-se acolhida e ajudada. Só assim, poderá divergência quanto ao início e fim da proporcionar uma melhor superação das sintomatologia, mas diversos autores dificuldades ocorridas por tais alterações concordam que o que se distingue psíquicas já que seus maiores aliados são tristeza materna e depressão pós-parto, é o do a gravidade do quadro de depressão e sofrimento psíquico da mulher, quer pela sua manifestação incapacitante, afetando família ou equipe de saúde (SILVA et a funcionalidade da mãe e pondo em al., 2003). perigo o seu bem-estar e o do bebê. descaso e a subestimação Pode-se 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS dizer que sintomas que perduram por até duas semanas e não afetam a funcionalidade da mãe, O período gravídico/puerperal é caracterizam a tristeza materna; já os uma fase em que a vida da mulher passa sintomas que perduram por mais de duas por diversas transformações tanto a nível semanas e afetam a funcionalidade da fisiológico como psicológico. Sabendo mãe pondo em risco a sua vida e o bem disso, observou-se através deste estudo, estar da criança, chamamos de depressão que a mulher nesse período torna-se pós-parto. Quanto vulnerável a ocorrência de alterações psicóticos, são psíquicas que podem ser precipitadas por presença de delírios e alucinações com diversos fatores associados ao próprio início nas quatro primeiras semanas pós- período gravídico/puerperal ou frente a parto consistindo em um dos quadros uma estrutura neurótica ou psicótica pré- mais graves de alterações psíquicas existente. devido ao risco de vida materno e Uma estrutura pré-existente aos quadros caracterizados pela infantil muito, mais eminente. (neurótica/psicótica) frente às frustrações A pesquisa revelou poucas e a certos fatores precipitantes, podem discussões e esclarecimentos entre as ser desencadeantes de um processo diversas áreas e respectivos profissionais mórbido, podendo ser alterações de de ordem por Consequentemente, observou-se que há tristeza materna e depressão pós-parto ou pobreza de trabalhos científicos com de ordem psicóticas conhecida como enfoque nesse tema e, atualmente, se vê psicoses puerperais. fragilidade nas políticas públicas de neurótica caracterizada De acordo com a literatura pesquisada, observou-se certa saúde sobre o assunto. saúde ao enfatizar a importância da preservação da integridade psíquica da mulher nesse período, sendo este, um frente ao portador de alteração psíquica, elemento extremamente impactante para pode optar por enxergá-lo ou não em a saúde da mulher. suas As grande pesquisadoras dificuldade enfrentaram psíquicas e emocionais. Diante desses fatos, a reunir enfermagem tem papel primordial na bibliografias que tratassem claramente implementação de medidas nessa área deste assunto, acredita-se que a limitação que de crescimento, pesquisa sobre em manifestações estas alterações é um enorme campo cujo profissional decorre da dificuldade na identificação e enfermeiro diagnóstico dos casos. Mesmo diante conhecimento e entendimento do assunto desse quadro, percebeu-se que tem a capacidade de identificar precocemente aumentado o interesse de pesquisa por os casos e possíveis fatores associados e, diversos autores nas últimas décadas atuar preventivamente por meio da enfocando, principalmente, os quadros assistência de depressão puerperal devido a sua trabalhando prevalência e agravos entre as mulheres. psicossociais A literatura ainda aponta familiares tem em por pré-natal, meio orientando as da além do e necessidades mulher de com seus promover pesquisas sobre a inserção do enfermeiro encaminhamento para acompanhamento psiquiátrico na equipe de Estratégia de psicoterapêutico que poderá resultar em Saúde da Família o que mostra a uma redução significativa de alterações possibilidade da psíquicas em mulheres nesse período, assistência primária com enfoque na além de evitar possíveis consequências saúde psíquica da mulher. como O de reorganização enfermeiro sendo um profissional que ocupa uma posição singular na rede básica de assistência, efeitos negativos na vida da mulher, do filho e demais familiares, seja na rede pública ou privada. ABSTRACT PSYCHIATRIC DISORDERS PREGNANCYSTATUS/PUERPERAL INFLUENCED BY Search bibliographic, descriptive and qualitative study aimed to analyze the psychological changes influenced by the pregnancy-puerperal period and describe the phenomena baby blues, postpartum depression and puerperal psychosis. In addition, facilitated the understanding of differential diagnosis and identification of frameworks and associated factors, whose systematic care should assist the woman so integral in preserving their mental and prevention of complications during pregnancy to postpartum. The research conducted a review of 60 scientific articles library resources of the University Vale do Rio Doce - UNIVALE in the period 1985-2010 and the electronic library Scientific Electronic Library Online - SciELO and the website of the Ministry of Health data showed that psychiatric disorders may be triggered by several factors associated with pregnancy including the postpartum period itself due to changes and common stressors that stage. Thus, reveal that the occurrence of these changes may be associated with a pre-existing structure in the female neurotic or psychotic in order to develop front of precipitating factors such phenomena. Therefore, the role of nurses in the prenatal and postpartum must promote full attention to women including psychosocial aspects. Key-words: Postpartum Depression. Puerperal Psychosis. Nursing. Puerperium. REFERÊNCIAS ABRÃO, A. C. F. V.; BARROS, S. M. O.;MARIN, F. H. DELASCIO, G. Puerpério. São Paulo: Rocca, 2002. ANGHER, J. A. Vade Mecum. 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