FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES
MÉDICOS, UM OLHAR SOBRE SUAS
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Rodrigo Oliveira
Médico de Família e Comunidade do Recife – PE
Coordenador da RMMFC da UPE
Melhor compreensão do ser docente em medicina
dentro das novas diretrizes curriculares
Revisão sistemática – Portal CAPES e Scielo
2001 – 2012
“Educação médica”, “docente/docência”, “docente de
medicina”, “formação
pedagógica”, “formação
docente”
180 resumos
12 artigos
Autor (Ano)
Título
COSTA, N. M. S. C. (2009)
Career satisfaction among medical school professors: a case study in
Brazil
CANUTO, A. ; BATISTA, S.H. (2009)
Concepções do processo ensino aprendizagem: um estudo com
professores de medicina
LEPRIM, G. ; ABDALLA, Ively Guimarães ; AGUILAR-DA-SILVA, R.
Desenvolvimento docente e a formação de Médicos
H. ; LAMPERT, J. B. ; STELLA, Regina ; COSTA, NMSC (2009)
COSTA, N. M. S. C. (2007)
Docência no ensino médico: por que é tãodifícil mudar?
ALMEIDA, H. G. G. ; FERREIRA FILHO, O. F (2008)
Educação permanente de docentes: análisecrítica de experiências
não sistematizadas
Machado, JLM ; Machado VMP ; Vieira JE (2011)
Formação e seleção de docentes para currículos inovadores na
graduação em saúde
COSTA, N. M. S. C. (2010)
Formação pedagógica de professores de medicina
SALLES, M. J. S. ; Nunes E F P A ; Anastasiou L G ; SAKAI, Marcia
Os desafios da educação permanente: a experiência do curso de
Hiromi ; SILVA, Vera Lúcia Menezes da (2008)
Medicina da Universidade Estadual de Londrina
CARABETTA -JÚNIOR, V. (2010)
Rever, pensar e (re)significar: a importância da reflexão sobre a
prática na profissão docente
PONTES, Ana Lúcia de Moura ; REGO, S. ; SILVA JUNIOR, A. G.
Saber e prática docente na transformação do ensino médico
(2006)
ALMEIDA, M. T. C. ; BATISTA, N. A. (2011)
Ser docente em métodos ativos de ensino aprendizagem na
formação do médico
GARCIA, M. A. A. ; Ana Laura Batista da Silva (2011)
Um perfil do docente de medicina e sua participação na
reestruturação curricular
Atenção à Saúde
Tomada de decisões
Comunicação
Liderança
Administração e gerenciamento
Educação Permanente
Atenção à saúde
Análise voltada para a prática de ensino, em seus
fundamentos e direcionamento para o Sistema Único
de Saúde e os reais problemas de saúde de toda
sociedade – ato técnico por si só não é resolutivo
“Formar é muito mais do que puramente treinar ...
ensinar não é transferir conhecimento, mas sim criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua
construção”
Paulo Freire
Atenção à saúde
Resistência docente às novas metodologias de ensino
aprendizagem
Valorização maior da produção científica
Docência como atividade secundária
Conhecer as práticas do professor médico
Atenção à saúde
Iniciativas de reais mudanças partem de pequenos
grupos, de pessoas isoladas e raramente de instituições
A prática educativa é uma prática política, não pode ser
neutra, ela exige apreensão da realidade.
Ensino crítico que procure soluções
necessidades sanitárias da população
para
as
Tomada de decisões
Integração dos conteúdos x integração dos docentes
Diversidade das condutas
Ato de decidir não pode ser uma conduta viciada
Papel do docente neste ato – a busca pelo aprendizado,
a produção do conhecimento e sua reflexão crítica
Tomada de decisões
Exercício da percepção crítica
“É pensando criticamente a prática de hoje ou de
ontem que se pode melhorar a próxima prática”
Paulo Freire
Curiosidade epistemológica
Tomada de decisões
Ter o
conhecimento
Aplicá-lo no
trabalho
Produzir seu
conhecimento
Ir além de sua
descrição
Comunicação
Diálogo como aspecto central do ensino
“o diálogo é o encontro das pessoas e não se esgota na
relação eu – tu, já que o dizer palavras é pronunciar o
mundo e transformá-lo ... por isso é uma exigência
existencial ... não podendo reduzir-se a um ato de
depositar idéias de um sujeito no outro”.
Paulo Freire
Comunicação
Pensar crítico
Pensar verdadeiro
Diálogo
verdadeiro
Comunicação
Trabalhando práticas de linguagem e escrita
Trabalho em grupo, permitir-se trabalhar e aprender
com o outro
Troca de idéias e criação das articulações
Muros dos departamentos - Trabalho de forma isolada,
independente e individual
Liderança
Docente como agente transformador, responsável e
mediador no processo de formação do profissional
Ser visto como docente e não apenas por sua
especialidade médica
O ser Sujeito – romper e inovar; domínio teórico;
domínio pedagógico; exercício da dimensão política do
ensino
Liderança
Ser Sujeito é ser integrado.
A integração resulta da capacidade de ajustar-se à realidade
acrescida da de transformá-la e que se junta a de optar, cuja
nota fundamental é a criticidade. Na medida em que o
homem perde a capacidade de optar e vai sendo submetido
a prescrições alheias que o minimizam e as suas decisões já
não são suas, porque resultadas de comandos estranhos, já
não se integra. Acomoda-se. Ajusta-se. O homem integrado
é o homem Sujeito”.
Paulo Freire
Liderança
Liderança ≠ autoritarismo e ≠ poder individual
No processo de adaptação às novas Diretrizes
Curriculares não desvalorizar as atuações pregressas de
um docente
Assumir a posição de liderança de forma responsável,
como também reconhecer a liderança de outro sujeito
da equipe
Administração e gerenciamento
Complexidades e desafios do docente
Gerenciamento do seu trabalho, da sua equipe e da
escola médica
Organização dos conteúdos administrados, da didática
aplicada, da produção do conhecimento, da elaboração
do processo de avaliação, dos paciente atendidos
Administração e gerenciamento
“Ninguém começa a ser educador numa certa terçafeira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce
educador ou marcado para ser educador. A gente se faz
educador, a gente se forma, como educador,
permanentemente, na prática e na reflexão sobre a
prática”
Paulo Freire
Administração e gerenciamento
O sentir-se parte da instituição
O interesse da instituição em sua formação pedagógica
As reuniões e os encontros pedagógicos
O investimento na formação pedagógica de forma
planejada
Educação Permanente
Formação continuada como prioridade
Resistência em aderir às mudanças
Progressão de carreira com pesquisas e publicações
científicas
Educação Permanente
“O professor que não leva a sério sua formação, que
não estude, que não se esforce para estar à altura de sua
tarefa não tem força moral para coordenar as atividades
de sua classe. Isto não significa, porém, que a opção e a
prática democrática do professor ou da professora
sejam determinadas por sua competência científica. Há
professores e professoras cientificamente preparados
mas autoritários a toda prova. O que quero dizer é que
a incompetência profissional desqualifica a autoridade
do professor”.
Paulo Freire
Educação Permanente
Investir na capacitação de docentes, desde a formação
político pedagógica, a atualização científica e a
capacidade gerencial é de fundamental importância
para sustentar as mudanças implementadas pelas
escolas
Condições de formação como mestrado e doutorado
não bastam, é exigido que o professor desenvolva sua
formação pedagógica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mudar é uma ação difícil de administrar
Transformar pessoas e pensamentos
Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de
graduação em medicina (1x docente e 1x professor)
Dificuldade de construir movimentos de mudança
docente quando se tem apenas idealizado as
transformações para estes profissionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Universidade não é um espaço de teorias sobre
determinado conteúdo, a escola de medicina não é
uma instituição formadora de técnicos em saúde,
precisamos compreender este lugar em seu contexto
histórico, social, cultural, político e que deve voltar
seus aprendizados para e com a sociedade, neste caso
com ênfase no Sistema Único de Saúde.
REFERÊNCIAS
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação
Superior. Resolução CNE/CES 4/2001. Diário Oficial da União,
Brasília, 9 de novembro de 2001. Seção 1, p. 38.
PAGLIOSA, Fernando Luiz; DA ROS, M. A.. O Relatório Flexner: Para o
Bem e Para o Mal. Revista Brasileira de Educação Médica 32 (4) : 492–499;
2008.
IWAMA de MATTOS, M. C. F. I. (org.). Por quê mudar? Marcos Históricos
para Inovação Curricular na Área de Saúde. Série Vivências em Educação 1
Área da Saúde. 1ª ed. – Recife: EDUPE, 2007.
ALMEIDA-FILHO, N.. Reconhecer Flexner: inquérito sobre produção de
mitos na educação médica no Brasil contemporâneo. Cad. Saúde Pública, Rio
de Janeiro, 26(12):2234-2249, dez, 2010.
Declaração de Alma Ata. Cconferência Internacional sobre Cuidados
Primários de Saúde. Alma-Ata, URSS, 6-12 de setembro de 1978.
REFERÊNCIAS
SOUZA, R. G. S. Estratégia de Mobilização para as Transformações
Curriculares. In: MARINS, J. J. N, REGO, Sergio (orgs.). Educação Médica:
gestão, cuidado, avaliação. São paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: Associação
Brasileira de Educação Médica, 2011.
ROSADO PINTO, Patrícia. Formação pedagógica no ensino superior. O caso
dos docentes médicos. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 07. 2008.
COSTA, N. M. S. C.. Formação pedagógica de professores de medicina.
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Endereço eletrônico da Associação Brasildeira de Educação Médica – ABEM.
http://www.abem-educmed.org.br/ Acessado em 21 de outubro de 2012.
COSTA, N. M. S. C. . The career satisfaction of medical school professors: a
case study in Brazil. Revista Brasileira de Educação Médica (Impresso), v. 33,
p. 339-348, 2009.
REFERÊNCIAS
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Brasileira de Educação Médica (Impresso), v. 33, p. 624-631, 2009.
LEPRIM, G. ; ABDALLA, Ively Guimarães ; AGUILAR-DA-SILVA, R. H. ; LAMPERT,
J. B. ; STELLA, Regina ; COSTA, NMSC . Desenvolvimento Docente e a Formação de
Médicos. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 33, p. 70-82, 2009.
COSTA, N. M. S. C. . Docência no ensino médico: porque é tão difícil mudar?. Revista
Brasileira de Educação Médica, v. 31, p. 21-31, 2007.
ALMEIDA, H. G. G. ; FERREIRA FILHO, O. F. . Educação permanente de docentes:
análise crítica de experiências não sistematizadas. Revista Brasileira de Educação Médica,
v. 32, p. 240-247, 2008.
Machado, JLM ; Machado VMP ; Vieira JE . Formação e Seleção de Docentes para
Currículos Inovadores na Graduação em Saúde. Revista Brasileira de Educação Médica
(Impresso), v. 35, p. 326-333, 2011.
REFERÊNCIAS
COSTA, N. M. S. C. . Formação pedagógica de docentes de medicina. Revista LatinoAmericana de Enfermagem (USP. Ribeirão Preto. Impresso), v. 18, p. 102-108, 2010.
SALLES, M. J. S. ; Nunes E F P A ; Anastasiou L G ; SAKAI, Marcia Hiromi ; SILVA,
Vera Lúcia Menezes da . Os desafios da educação permanente: a experiência do curso de
medicina da Universidade Estadual de Londrina. Revista Brasileira de Educação Médica,
v. 32, p. 45-51, 2008.
CARABETTA JÚNIOR, V. . Rever, pensar e (re)significar: a importância da reflexão
sobre a prática na profissão docente. Revista Brasileira de Educação Médica (Impresso),
v. 34, p. 580-586, 2010.
PONTES, Ana Lúcia de Moura ; REGO, S. ; SILVA JUNIOR, A. G. . Saber e prática
docente na transformação do ensino médico.. Revista Brasileira de Educação Médica, v.
30 (2), p. 66-75, 2006.
ALMEIDA, M. T. C. ; BATISTA, N. A. . Ser docente em métodos ativos de ensinoaprendizagem na formação do médico. Revista Brasileira de Educação Médica
(Impresso), v. 35, p. 468-476, 2011.
REFERÊNCIAS
GARCIA, M. A. A. ; Ana Laura Batista da Silva . Um perfil do docente de
medicina e sua participação na reestruturação curricular. Revista Brasileira de
Educação Médica (Impresso), v. 35, p. 58-68, 2011
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa 33ª edicção – São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 7ª edição. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1977.
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. São Paulo – Editora Olho
d’Água, 1995.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 11ª edição. Rio de Janeiro, Paz e
Terra, 1982.
FREIRE, Paulo. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1991
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