7.
Ficoflora
Lezilda C. Torgan,
Sandra M. Alves da
Silva, Vera R. Werner,
Zulanira M. Rosa,
Luciana de S. Cardoso,
Silvana C. Rodrigues,
Cristiane B. dos Santos,
Carla B. Palma,
Jaqueline R. Fortuna,
Mariéllen D. Martins,
Aline B. Bicca &
Andrea S. Weber
112
Introdução
As algas, um grupo extremamente diversificado de
organismos, constituem a ficoflora dos ecossistemas
aquáticos continentais. Compreendem seres microscópicos
unicelulares, predominantemente autótrofos, que são a
base energética das cadeias alimentares nos ambientes
aquáticos. A riqueza e diversidade da ficoflora revelam a
diversidade de microhabitats, que são considerados na
análise do estado de conservação dos ecossistemas.
O conhecimento da ficoflora, nos ambientes aquáticos da
Planície Costeira do Rio Grande do Sul, encontra-se mais
concentrado em lagoas do litoral norte do Estado. De uma
forma geral, a comunidade fitoplanctônica foi mais bem
estudada do que a perifítica. Entre os trabalhos que
abordaram a composição e aspectos ecológicos da
comunidade fitoplanctônica, podemos citar o de Callegaro
et al. (1981) para a laguna de Tramandaí e lagoa do
Armazém, o de Kremer (1985) para a lagoa das Pombas, os
de Vélez (1990) e Garcia & Vélez (1995) para a lagoa
Emboaba, o de Konrath (1995) para a lagoa Caconde, o de
Salomoni (1997) para as lagoas Marcelino e Pinguela, o de
Padilha (2001) para as lagoas Marcelino-Passo e os de
Cardoso (2001), Becker (2002) e Cardoso & Motta
Marques (2003, 2004) para a lagoa Itapeva. Já a
comunidade perifítica foi estudada por Tedesco (1995) na
lagoa Caconde e por Fermino (1997) na lagoas Marcelino e
Pinguela.
Estudos florísticos sobre grupos específicos também foram
efetuados para esta região. As diatomáceas e
cianobactérias foram estudadas nas lagunas de Tramandaí
e do Armazém e esta última, em lagoas e lagunas ao longo
da costa estendendo-se desde Torres, ao norte, até Santa
Vitória do Palmar, ao sul (Rosa, 1982; Rosa & Callegaro,
1988; Werner, 1988; Rosa & Werner, 1993; Rosa et al.,
1994; Werner & Sant’Anna, 1998, 2000 e Werner, 2002a).
Além destes trabalhos, podemos citar o de Patrick (1944)
sobre diatomáceas da lagoa dos Quadros e o de Rosa &
Miranda-Kiesslich (1988), sobre o gênero Pediastrum
Meyen (Chlorophyceae) no sistema lagunar da região
litoral sul-riograndense.
Nos litorais médio e sul do Rio Grande do Sul, os estudos
de fitoplâncton abrangeram somente a Laguna dos Patos
e lagoas da Estação Ecológica do Taim. Na Laguna dos
Patos, as primeiras investigações sobre a composição
taxonômica, densidade e distribuição horizontal e vertical
do fitoplâncton foram realizadas por Torgan & Garcia
(1989, 1990) e Torgan et al. (1995). Estudos relativos à
biomassa e categorias de tamanho nesse sistema foram
efetuados por Odebrecht et al. (1988). Posteriormente,
Torgan (1997) abordou a estrutura e dinâmica desta
comunidade e sua interação com variáveis ambientais.
Aspectos referentes à variação espacial da estrutura de
tamanho desta comunidade, bem como a variação sazonal
de diatomáceas em um ciclo anual, foram também
abordados, respectivamente, por Torgan et al. (2000) e
Torgan et al. (2002).
Para a região da Estação Ecológica do Taim foram
efetuados estudos sobre a composição taxonômica de
diatomáceas, por Callegaro & Salomoni (1988), Lobo et al.
(1992), Flôres et al. (1999a, b) e Ludwig et al. (2004); de
euglenofíceas pigmentadas, por Alves-da-Silva (1988), de
clorofíceas por Rosa & Miranda-Kiesslich (1989) e de
cianofíceas por Werner & Rosa (1992).
As lagoas e áreas úmidas adjacentes à região norte da
Laguna dos Patos careciam de informações sobre a
composição e distribuição das espécies da ficoflora;
portanto, o presente diagnóstico das microalgas do plâncton
e perifíton nesta região vem suprir esta lacuna no
conhecimento da biodiversidade, contribuir para a avaliação
do estado de conservação desses ecossistemas e
identificar áreas prioritárias para conservação.
113
Material e métodos
O estudo baseou-se na análise da composição da comunidade
de microalgas presentes em dois distintos microhabitats (plâncton
e perifíton) presentes em lagoas conectivas, canais e áreas úmidas
da região da Lagoa do Casamento, situada nos Municípios de
Capivari do Sul e Palmares do Sul, bem como em lagoas isoladas,
açude e áreas úmidas (banhados) na região dos Butiazais de Tapes,
situada nos Municípios de Barra do Ribeiro e Tapes. As
amostragens foram realizadas nos meses de maio e junho (período
de águas altas) e em outubro, novembro e dezembro de 2003
(período de águas baixas). Foram selecionadas 21 estações de
amostragem distribuídas em seis subáreas: A, B, D e G associadas
à região da Lagoa do Casamento e duas subáreas A’ e B’,
associadas à região dos Butiazais de Tapes (tab. I).
As coletas de fitoplâncton foram realizadas com frascos e
rede (malha de 25µm), na subsuperfície da água, na zona pelágica
e litorânea dos ambientes aquáticos. Foram também obtidas
amostras com o uso de moto-bomba (Sthil P835), onde um
volume de 200 a 300l foram concentrados em rede de malha de
25µm. As coletas de perifíton foram efetuadas na zona litorânea,
através de espremido manual das raízes e folhas das macrófitas
aquáticas. As amostras de frascos foram fixadas com formaldeído
na proporção de 2:100ml e as amostras de rede e espremido com
solução de Transeau na proporção de 1:1. Parte das amostras foi
mantida in vivo também para análise. Efetuou-se oxidação do
material com água oxigenada 20 vol e montagem de lâminas
permanentes com Naphrax para análise de diatomáceas. Para
registro das espécies foram efetuadas fotomicrografias e captura
de imagem digital. As amostras encontram-se tombadas no
Herbário Prof. Dr. Alarich Schultz (HAS) do MCN/FZB, sob os
números HAS 104092–104456.
Adotou-se o sistema de classificação de Hoek et al. (1995)
para o enquadramento dos táxons em níveis de divisões e classes,
com exceção das diatomáceas, que foram classificadas segundo o
sistema de Round et al. (1990). Para a classificação, em níveis de
ordens e famílias, seguiu-se os seguintes sistemas: Komárek &
Anagnostidis (1986, 1989, 1995 e 1999) e Anagnostidis &
Komárek (1988, 1990) para as cianobactérias; Popovsky &
Pfiester (1990) para os dinoflagelados; Leedale (1967) para as
euglenofíceas; Ruzicka (1977) para as desmídias e Komárek &
Fott (1983) para as clorococales. A identificação dos espécimes
baseou-se na literatura especializada para a taxonomia de cada
grupo. Para a divisão Chlorophyta foram estudados apenas
representantes das classes Chlorophyceae (ordem Chlorococcales)
e Zygnematophyceae.
Simultaneamente às coletas de microalgas, foram efetuadas
medidas in loco de algumas condições físicas e químicas da água,
tais como temperatura, transparência, pH, condutividade, oxigênio
dissolvido e sólidos totais dissolvidos. A análise de similaridade
entre as áreas e subáreas foi baseada no coeficiente de
Czechanovski (Margalef, 1974).
Para a análise da distribuição dos táxons no Estado utilizouse das informações contidas no checklist de Bacillariophyta
(Torgan et al., 1999), no catálogo de Euglenophyta (Alves-daSilva & Hahn, 2001), no de Chlorophyta (Torgan et al., 2001) e
no das demais divisões (Torgan et al., 2003), com exceção de
Cyanophyta. Foram considerados de distribuição restrita os táxons
que ocorreram em somente uma região fisiográfica do Estado e,
de ampla distribuição, aqueles que se fizeram presentes em mais
de uma região. Na bioindicação, utilizou-se referências de trofia
(oligotróficos, mesotróficos e eutróficos) e de saprobidade
(oligossapróbicos, mesossapróbicos e polissapróbicos), segundo a
classificação de Lowe (1974).
Resultados
Condições físicas e químicas da água
Os ecossistemas aquáticos das áreas de estudo apresentaram,
em geral, baixa transparência. Valores < 0,35m foram registrados
nos ambientes mais rasos (banhados) com 0,15 a 0,60m de
profundidade e nas lagoas da região da Lagoa do Casamento, onde
a profundidade variou entre 2,00 a 2,95m. O canal do
Pontos
Região
P1
LC
P2
P3
LC
LC
P4
P5
Subáreas
Sangradouro da lagoa dos Gateados e a lagoa das Capivaras foram
os únicos ambientes que apresentaram maior transparência, com
valores de 55 e 180cm, respectivamente.
A temperatura da água variou entre 14,0 e 24,4ºC, nos
meses de maio e junho, estação de outono, e entre 24,4 e 29,8ºC,
nos meses de outubro, novembro e dezembro, estação de
primavera. As maiores temperaturas ocorreram no banhado entre a
Lagoa do Casamento e lagoa do Capivari, local onde a
profundidade foi menor, cerca de 0,30m.
As lagoas por serem rasas e turbulentas, devido à ação
constante dos ventos atuantes nesta região, apresentaram valores
relativamente altos de oxigênio dissolvido (>6,0 mg/l). Somente o
banhado com Sphagnum, no período de águas altas e o banhado da
Fazenda Rincão do Anastácio, no período de águas baixas,
demonstraram baixa concentração deste elemento, ou seja, 2,8 a
2,9 mg/l, respectivamente. A porcentagem de O2 foi maior nas
lagoas (>60%) e menor (<40%) nos banhados.
As águas se apresentaram, em geral, levemente ácidas, com
pH entre 6,2 e 6,9. Valores de pH mais baixo (4,3 a 5,4) foram
observados somente em lagoas e banhados entre dunas, na região
dos Butiazais de Tapes, no período de águas baixas.
Ambientes
Zonas
A
banhado entre l. Capivari e l. Casamento
L
A
A
banhado entre l. Capivari e l. Casamento
lagoa do Capivari
L
P
LC
LC
A
G
lagoa do Casamento
banhado Fazenda Rincão Anastácio
P
L
P6
P7
LC
LC
G
D
banhado Fazenda Rincão Anastácio
lagoa dos Gateados Norte
L
L
P8
P9A
LC
LC
D
D
lagoa dos Gateados Norte
lagoa dos Gateados Norte
L
P
P9B
P10
LC
LC
D
D
lagoa dos Gateados Norte
canal do Sangradouro
P
L
P11
P12A
LC
LC
B
B
lagoa dos Gateados Sul
lagoa dos Gateados Sul
L
P
P12B
P13
LC
BT
B
B’
lagoa dos Gateados Sul
lagoa C
P
L
P14
P15
BT
BT
B’
B’
lagoa C
açude Fazenda São Miguel
P
L
P16
P17
BT
BT
A’
A’
lagoa das Capivaras
lagoa das Capivaras
L
P
P18
P19
BT
BT
A’
A’
banhado com Sphagnum
lagoinha entre dunas
L
L
P20
P21
BT
BT
A’
B’
banhado entre dunas
lagoa R
L
L/P
114
A condutividade da água foi o fator que evidenciou a
diferença entre os ambientes das duas grandes áreas. As lagoas e
banhados da região da Lagoa do Casamento apresentaram maior
condutividade (média de 170 mS.cm-1) em relação às lagoas e
banhados da região dos Butiazais de Tapes (média de 25 mS.cm-1),
tanto no período de águas altas como baixas. A alta condutividade
dos ambientes da região da Lagoa do Casamento se deve à maior
concentração de matéria orgânica e íons dissolvidos provenientes
da bacia do lago Guaíba. A média de sólidos totais dissolvidos,
medidos no período de águas altas, foi >53 mg/l na área da Lagoa
do Casamento e <20 mg/l na região dos Butiazais de Tapes,
conferindo com os dados de condutividade nestas duas áreas.
Composição e riqueza da ficoflora
As lagoas e áreas úmidas, adjacentes à região norte da
Laguna dos Patos (regiões da Lagoa do Casamento e dos Butiazais
de Tapes) apresentam uma ficoflora rica e diversificada,
constituída por 730 táxons genéricos e específicos, distribuídos em
cinco divisões taxonômicas. As divisões Chlorophyta,
Bacillariophyta e Euglenophyta foram as mais representativas
compreendendo 90% dos táxons identificados, seguidas de
Cyanophyta (8%) e Dinophyta (2%) (fig. 1a). A lista dos táxons
identificados encontra-se no Apêndice I.
A divisão Bacillariophyta (diatomáceas) esteve representada
por 52 gêneros, 123 espécies, 35 variedades e duas formas
taxonômicas. Os gêneros de diatomáceas que se destacaram pela
maior riqueza específica foram Nitzschia, Eunotia e Pinnularia, que
abrangeram 43% do total de táxons (fig. 1b). Zygnematophyceae, a
classe melhor representada de Chlorophyta, esteve composta por 26
gêneros, 198 espécies e 17 variedades. Os gêneros com maior
riqueza de espécies foram Cosmarium, Staurastrum e Closterium,
perfazendo um total de 61% dos táxons identificados (fig. 1c).
A divisão Euglenophyta esteve representada por 13 gêneros,
67 espécies, 32 variedades e três formas taxonômicas. A ordem
Euglenales foi a que apresentou maior número de gêneros,
compreendendo os despigmentados Astasia e Hyalophacus e os
pigmentados Euglena, Lepocinclis, Phacus, Strombomonas e
Trachelomonas. Dentre esses, Trachelomonas destacou-se por
apresentar maior riqueza, seguindo-se o gênero Phacus e Euglena
compreendendo um total de 80% dos táxons identificados. Os
demais gêneros apresentaram baixa representatividade (fig. 1d).
Tabela I.
Relação dos pontos e ambientes amostrados no estudo de microalgas nas
subáreas da Lagoa do Casamento (LC) e Butiazais de Tapes (BT), nas zonas
(L = litoral e P = pelágica), nos meses de maio, junho, outubro, novembro e
dezembro de 2003.
a
b
c
d
e
f
g
h
Entre as Cyanophyta (cianobactérias) documentadas, foram
identificados 61 táxons pertencentes a 30 gêneros, 50 espécies e
uma forma taxonômica; os demais táxons foram determinados
apenas em nível de gênero. Chroococcales foi a ordem mais bem
representada por incluir 30 táxons (49,2% do total identificado),
seguida da Oscillatoriales com 17 (27,8%), da Nostocales com 11
(18%) e da Stigonematales com três (5%). Microcystis e
Phormidium foram os gêneros melhor representados, com cinco
táxons cada um, ou seja, o equivalente a 7% do total dos táxons
identificados. Seguiram-se Anabaena, Aphanothece, Chroococcus,
Merismopedia e Microcystis com quatro cada um (7%). Na figura
1e são apresentadas as porcentagens de táxons identificados no
conjunto dos ambientes analisados.
Chlorophyta – Chlorophyceae, pertencente à ordem
Chlorococcales, esteve representado por 21 gêneros, 43 espécies
e quatro variedades. Os gêneros que apresentaram maior número
de espécies foram Desmodesmus, Pediastrum e Coelastrum,
compreendendo 35% dos táxons identificados (fig. 1f). Dinophyta
esteve representado por seis gêneros e sete espécies identificadas,
sendo Peridinium o gênero mais rico em espécies,
correspondendo 46% dos táxons identificados (fig. 1g). De uma
maneira geral, essas duas classes apresentaram menor número de
táxons frente aos demais na área de estudo.
Relação e similaridade das áreas com base na ficoflora
Considerando o conjunto de todos os táxons registrados nos
inventários realizados, as regiões dos Butiazais de Tapes e da
Lagoa do Casamento demonstraram baixa similaridade, ou seja,
um valor percentual de apenas 35%.
A região da Lagoa do Casamento apresentou maior riqueza
de microalgas, onde se fizeram presentes 622 táxons, em relação
aos 270 encontrados na região dos Butiazais de Tapes (fig. 1h).
Em geral, todas as divisões apresentaram maior riqueza
na região da Lagoa do Casamento, com exceção de Dinophyta,
cuja diferença entre as duas áreas foi de apenas um táxon (fig.
2a). A lista de táxons presentes nas referidas áreas encontra-se
no Apêndice I.
Figura 1.
(a) Contribuição relativa dos táxons identificados nos ambientes aquáticos das
regiões da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes; (b) porcentagem
dos gêneros de Bacillariophyta; (c) porcentagem dos gêneros de Chlorophyta-Zygnematophyceae; (d) porcentagem dos gêneros de Euglenophyta;
(e) porcentagem dos gêneros de Cyanophyta (cianobactérias);
(f) porcentagem dos gêneros de Chlorophyta-Chlorophyceae; (g) porcentagem
dos gêneros de Dinophyta; (h) número de táxons registrados nas regiões de
estudo, Lagoa do Casamento e Butiazais de Tapes.
115
Figura 2.
(a) Riqueza de espécies das classes de microalgas nas regiões dos
Butiazais de Tapes e da Lagoa do Casamento (Planície Costeira do Rio
Grande do Sul). Riqueza de espécies nas classes de microalgas nos locais
amostrados. (b) Butiazais de Tapes; (c) Lagoa do Casamento.
c
b
a
Cyanophyceae
Bacillariophyceae
Na região da Lagoa do Casamento, os ambientes de áreas
úmidas (P1, P2, P5 e P6) foram os macrohabitats preferenciais.
Somente no banhado entre as lagoas Capivari e Casamento foi
registrado um total de 118 táxons de Euglenophyta, 75 de
Bacillariophyta e 70 de Zygnematophyceae e, no banhado da
Fazenda Rincão do Anastácio, um total de 280 táxons de
diferentes classes (figs. 2b, 2c).
As lagoas com conexão direta com a Laguna dos Patos
foram ricas em diatomáceas e cianobactérias. Na Lagoa do
Casamento destacaram-se pela abundância Aulacoseira distans, A.
granulata, Staurosira longirostris e Planktolyngbya limnetica. A
riqueza de dinofíceas e euglenofíceas, para as quais foram
analisadas amostras relativas ao período de águas altas e baixas,
estiveram relacionadas com o período de amostragem. A riqueza
foi maior nos meses de maio e junho (período de águas altas),
ocasião em que as lagoas receberam maior contribuição das águas
Dinophyceae
Euglenophyceae
Zygnematophyceae
da bacia do lago Guaíba. Neste período, as lagoas conectivas à
Lagoa do Casamento (lagoas Capivari e lagoa dos Gateados) se
mostraram mais similares do que no período de outubro,
novembro a dezembro de 2003 (período de águas baixas). Já as
lagoas isoladas da região dos Butiazais de Tapes (lagoa C, lagoa R
e lagoinha entre dunas) mantiveram similaridade alta entre elas,
independente do hidroperíodo.
Na região da Lagoa do Casamento, o canal do
Sangradouro, um estreito sistema de ligação entre a lagoa dos
Gateados e a Lagoa do Casamento, repleto de macrófitas
aquáticas fixas e flutuantes, e protegido da ação dos ventos, foi
outro ambiente propício ao desenvolvimento de dinofíceas. Em
relação ainda a esse grupo, Durinskia baltica foi a única espécie
que se fez presente em todas as subáreas amostradas, podendo ser
considerada residente e própria dos ecossistemas associados às
duas áreas. Peridinium gatunense e P. umbonatum, ocorreram
116
Chlorophyceae
também em ambas as áreas no período de águas altas e
mantiveram-se presentes, no período de águas baixas, somente
na região dos Butiazais de Tapes, mais especificamente, nas
lagoas R e C. Informações mais detalhadas sobre a variação
espaço-temporal da densidade destas duas espécies são
apresentadas por Cardoso & Torgan (2005).
Na região dos Butiazais de Tapes a maior diversidade (101
táxons) ocorreu no banhado coberto em parte, por Sphagnum,
onde predominaram espécies de Pinnularia, Eunotia e
Stenopterobia (Bacillariophyta) e se fizeram presente maior
riqueza de gêneros de Zygnematophyceae. As demais lagoas e
banhados situados entre dunas desta área, apresentaram uma flora
diversificada com representantes dos diferentes grupos algais (fig.
2). Nas figuras 3 a 6 estão ilustradas representantes que se fizeram
presentes nos diferentes macrohabitats das regiões da Lagoa do
Casamento e dos Butiazais de Tapes.
a
d
b
e
g
h
k
i
l
c
f
j
Figura 3.
Microalgas representativas de lagoas conectivas na região da Lagoa
do Casamento. (a) Chroococcus limneticus; (b) Diadesmis
confervacea; (c) Gyrosigma obscurum; (d) Melosira varians; (e)
Aulacoseira ambigua; (f) Aulacoseira herzogii; (g) Closterium kuetzingii;
(h) Phacus curvicauda var. curvicauda; (i) Euglena acus var. acus; (j)
Peridinium gatunense; (k) Phacus suecicus var. suecicus; (l)
Pleurotaenium ovatum; (m) Durinskia baltica. Escala = 10Pm.
117
m
Discussão
a
b
c
d
e
f
g
h
Figura 4.
Microalgas representativas de áreas úmidas na região da Lagoa do
Casamento. (a) Aphanocapsa koordersi; (b) Eunotia flexuosa;
(c) Lepocinclis ovum var. dimidio-minor; (d) Octacanthium mucronulatum;
(e) Durinskia baltica; (f) Lepocinclis salina var. salina; (g) Euglena oxyuris
var. oxyuris; (h) Euglena spirogyra var. fusca. Escala = 10Pm.
118
O inventário da diversidade da ficoflora dos ecossistemas
aquáticos associados às regiões dos Butiazais de Tapes e da Lagoa
do Casamento revelou um número expressivo de primeiros
registros para o Rio Grande do Sul. Entre as Dinophyta, apenas
três espécies (Peridinium gatunens, P. umbonatum e Durinskia
baltica) já haviam sido registradas para o Estado. Peridinium
gatunense foi mencionado para açudes da região do curso inferior
do rio Jacuí (Rosa et al., 1987), P. umbonatum para a lagoa
Emboaba, situada no litoral norte do Estado (Garcia & Vélez,
1995) e Durinskia baltica, como Peridiniopsis oculata (Stein)
Bourrelly para o lago Guaíba e lagos artificiais de Porto Alegre
(Franceschini, 1992). Os demais táxons encontrados são, portanto,
registros pioneiros para o Estado. O conhecimento deste grupo é
também bastante limitado no Brasil (Rocha, 2000).
As euglenofíceas estiveram bem representadas, sendo
registrados pela primeira vez vários estágios palmelóides dos
gêneros Euglena e Trachelomonas e de gêneros ou espécies de
despigmentadas como Gyropaigne sp., Heteronema sp.,
Menoidinium gracile, Scytomonas sp. 1, Scytomonas sp. 2 e cf.
Sphenomonas sp. São considerados novos registros Trachelomas
hemisphaerica e T. raciborskii var. nova f. nova, distinguindo-se
ainda, a presença de possíveis novas espécies para a ciência.
Tratando-se das cianobactérias, além dos 17 táxons
mencionados pela primeira vez para a ficoflórula do Rio Grande
do Sul, três outros constituem novos registros para sistemas
aquáticos da Planície Costeira do Estado, quais sejam:
Chroococcus minimus, Merismopedia cf. elegans e Planktothrix
mougeotii. Com relação às clorofíceas, a maioria das espécies de
Chlorococcales já foi registrada para outros ambientes aquáticos
no Estado, segundo catálogo de Torgan et al. (2001). No entanto,
seis táxons constituem-se primeiros registros, a maioria destes
encontrado somente na região da Lagoa do Casamento, quais
sejam: Keratococcus cf. suecicus (Lagoa do Casamento);
Lobocystis planctonica e Raphidocelis sigmoidea (lagoa do
Capivari) e Actinastrum hantzschii var. subtile (canal do
Sangradouro). Os demais foram encontrados nas duas regiões,
Dictiosphaerim sphagnale (Lagoa do Casamento e lagoa C) e
Quadrigula closterioides (lagoa C e banhado da Fazenda do
Rincão do Anastácio).
Com relação às classes melhor representadas em número de
táxons na área de estudo, foram registrados 69 táxons de
Bacillariophyta, 21 de Zygnematophyceae e 15 táxons de
Euglenophyta, como primeira citação para o Rio Grande do Sul,
demonstrando a importância das referidas áreas como abrigo de
organismos na Planície Costeira do Estado.
A presença de um número elevado de espécies de algas nas
áreas úmidas pode ser atribuída, primeiramente, à existência de
uma extensa zona litorânea com vegetação marginal, fato que
propicia o desenvolvimento de representantes de hábito perifítico;
entre esses, destacam-se os pertencentes aos gêneros Closterium,
a
b
c
d
e
f
g
h
i
j
k
l
m
n
o
p
Figura 5.
Microalgas representativas de lagoas isoladas na região dos Butiazais de
Tapes. (a) Merismopedia glauca; (b) Thompsodinium intermedium;
(c) Peridinium sp.; (d) Cyanodiction tubiformis; (e, f) Woloszynskia neglecta;
(g) Trachelomonas armata var. steinii; (h) Peridinium umbonatum;
(i) Woloszynskia neglecta; (j) Desmidium cylindricum; (k) Strombomonas
scabra var. ovata f. minor; (l) Staurodesmus triangularis; (m) Lepocinclis
fusiformis var. fusiformis; (n) Strombomonas verrucosa var. verrucosa;
(o) Spirogyra sp.; (p) Cosmocladium sp. Escala = 10Pm, exceto j, o, 20Pm.
119
Figura 6.
Microalgas representativas de áreas úmidas da região dos Butiazais
de Tapes. (a) Pinnularia viridis; (b) Actinotaenium cucurbita;
(c) Thompsodinium intermedium; (d) Trachelomonas curta var. curta;
(e) Trachelomonas volvocinopsis var. volvocinopsis;
(f) Thompsodinium intermedium; (g) Euastrum germanicum.
Escala = 10Pm.
a
b
c
d
e
f
g
120
Cosmarim, Euastrum (Zygnematophyceae) e Eunotia
(Bacillariophyta). Deve-se também à maior disponibilidade de
matéria orgânica e nutrientes, provenientes da decomposição desta
vegetação, o que pode ser evidenciado pela ocorrência em maior
proporção, nesta zona, de espécies de euglenofíceas e de
diatomáceas mesotróficas a eutróficas e mesossapróbicas,
indicadoras de águas ricas em nutrientes e matéria orgânica
(Apêndice I). Nas áreas úmidas ocorre também maior intercâmbio
entre água e sedimento, fato que propicia a ocorrência na água de
organismos provindos do bentos. Destacaram-se nestas áreas
espécies do gênero Pinnularia (Bacillariophyta), observadas em
maior número no banhado de Sphagnum, e de euglenofíceas
despigmentadas, em especial dos gêneros Gyropaigne e
Scytomonas, encontradas no banhado entre as lagoas do Capivari e
do Casamento.
A diversidade da ficoflora nas lagoas e áreas úmidas
associadas à região da Lagoa do Casamento deve-se, em grande
parte, à intercomunicação dessas com a bacia hidrográfica do lago
Guaíba, que possui uma microflora também diversificada (Torgan
& Aguiar, 1978; Torgan et al., 1979; Torgan, 1984; Rosa et al.,
1987; Rosa et al., 1988; Franceschini, 1992; Alves-da-Silva,
1997; Fortes et al., 2003; Rodrigues, 2004).
Na região dos Butiazais de Tapes, a maior especificidade e
diversidade de macrohabitats (açudes, banhados e lagoas isoladas)
com características distintas determinaram também uma alta
diversidade de microalgas, com a presença de um número
significativo de organismos inicialmente desconhecidos, que
poderão se constituir em novos registros para a ciência.
O hidroperíodo pôde ser considerado um fator
preponderante na distribuição das espécies, principalmente, nos
ambientes aquáticos da região da Lagoa do Casamento, que se
encontram interconectadas na planície de inundação. No
período de águas altas, o aumento do nível de água nas lagoas
isoladas da região dos Butiazais de Tapes tornou-as mais
similares às lagoas abertas da área da Lagoa do Casamento,
levando a se obter maior similaridade da ficoflora entre as duas
áreas em questão.
Ressalta-se a ocorrência de Cylindrospermopsis raciborskii,
Geitlerinema amphibium, Microcystis aeruginosa, Planktolyngbya
limnetica e Planktothrix mougeotii nas lagoas e banhados da
região da Lagoa do Casamento, e de Pseudanabaena catenata na
lagoinha entre dunas na região dos Butiazais de Tapes, espécies
referidas na literatura como potencialmente tóxicas (Chorus &
Bartram, 1999; Sant’anna & Azevedo, 2000).
Fenômenos de florações de C. raciborskii, M. aeruginosa e
P. mougeoti, inclusive com linhagens tóxicas, foram registradas
nos últimos anos nas águas da bacia hidrográfica do lago Guaíba e
da Laguna dos Patos (Odebrecht et al., 1987; Torgan, 1989;
Yunes et al., 1998a, b; Werner, 2000, 2002b), devido a processos
de eutrofização de suas águas. No entanto, não foram verificadas
florações algais nos ecossistemas aquáticos associados às áreas do
presente estudo.
Os resultados do inventário florístico de microalgas
realizados nos ecossistemas aquáticos associados às regiões dos
Butiazais de Tapes e da Lagoa do Casamento vêm demonstrar que
a ficoflora é rica em espécies. O total de 730 táxons registrados
amplia, consideravelmente, o conhecimento da biodiversidade de
algas da Planície Costeira do Estado. Foi identificado também um
número significativo de táxons pertencentes às divisões
Bacillariophyta, Euglenophyta e Cyanophyta que, possivelmente,
constituem citações novas para a ciência.
A grande importância ecológica dos ecossistemas da região
norte da Laguna dos Patos fundamenta-se, principalmente, na
diversidade de macrohabitats (lagoas isoladas, banhados, canais,
açudes e lagoas interligadas à Laguna dos Patos) que funcionam
como áreas de desenvolvimento de microalgas e,
conseqüentemente, da micro e macrofauna aquática.
As áreas apresentaram baixa similaridade em relação à
ficoflora. A região da Lagoa do Casamento caracterizou-se por
possuir alta riqueza específica, enquanto que a região dos
Butiazais de Tapes, por abrigar um elevado número de espécies de
distribuição restrita, de primeiros registros para o Estado e outras,
até o momento, desconhecidas.
Com base nos resultados obtidos, em síntese, pode-se
afirmar que as regiões da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de
Tapes encontram-se em bom estado de conservação e apresentam
importantes ecossistemas que merecem ser preservados.
Recomenda-se a preservação dos ambientes aquáticos
associados às regiões da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de
Tapes, pela diversidade e singularidade da ficoflora.
As lagoas abertas conectadas à Lagoa do Casamento
encontram-se mais suscetíveis à eutrofização, à floração de algas
nocivas e poluição orgânica oriundas da bacia hidrográfica do lago
Guaíba. Essas lagoas estão sujeitas, também, à ação de drenagem,
retiradas de água, uso de agrotóxicos e fertilizantes para o cultivo
do arroz. Recomenda-se, portanto, o controle do impacto
antrópico da orizicultura nesta área, pois o excesso de nutrientes
inorgânicos usados nesta monocultura pode causar eutrofização
das águas, floração de algas e, como conseqüências, o decréscimo
da biodiversidade da ficoflora aquática.
Considera-se fundamental a preservação da planície arenosa,
onde se localiza a região dos Butiazais de Tapes, para a
manutenção das lagoas e banhados entre dunas de areia, que
caracteriza um típico ecossistema de restinga. Este ecossistema
constitui-se um registro histórico do período de transgressão
marinha ocorrida durante o Holoceno.
Recomenda-se evitar a implementação de loteamentos e
construção de estradas, extração de areia na região dos Butiazais de
Tapes, em função da fragilidade dos ambientes aquáticos existentes
nesta área, pois são lagoas fechadas alimentadas predominantemente
pela água das chuvas. É importante lembrar ainda que a Laguna dos
Patos, sistema diretamente relacionado à Lagoa do Casamento, foi
considerada uma das áreas prioritárias para conservação da
biodiversidade do plâncton, segundo MMA/SBF (2002).
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Táxons
BT
LC
Bio
Obs
x
x
x
pt
dt
A
A
A. cf. solitaria
Anabaena sp.
x
x
os, pt
R
Aphanizomenon issatschenkoi
Aphanocapsa delicatissima
x
et
A
A
Anabaena crassa
A. aff. inaequalis
A. hosaltica
A. koordersi
x
x
Aphanothece minutissima
A. cf. minutissima
A. smithii
A. stagnina
x
x
x
et
A
A
x
x
ot, mt
A
R
x
x
mt, et
et
A
R
Calothrix sp.
Chroococcus dispersus
x
x
ot, mt
R
A
C. limneticus
C. minimus
x
x
et
ot, mt
A
A
C. turgidus
Coelosphaerium sp.
x
x
ot
A
RS
Cyanodictyon imperfectum
C. cf. imperfectum
x
x
mt, et
R
R
C. tubiforme
Cyanothece aeruginosa
x
x
et
ot
RS
RS
Cylindrospermopsis raciborskii
Cylindrospermum stagnale
x
x
et, pt
A
RS
Eucapsis sp. 1
Eucapsis sp. 2
x
Geitlerinema amphibium
G. splendidum
x
x
Gloeotrichia longicauda
Gomphosphaeria aponina
x
x
x
x
Merismopedia cf. angularis
M cf. elegans
x
x
M. glauca
M. tenuissima
x
x
M. aff. smithii
M. wesenbergii
x
Microcystis sp.
Nostoc cf. piscinalis
x
Nostoc sp.
Oscillatoria limosa
O. princeps
Phormidium autumnale
P. aff. chalybea
RS
RS
ms, pt
ms
A
A
ot, mt
RS
A
et
RS
A
x
Hapalosiphon arboreus
Leptolyngbya perelegans
Microcystis aeruginosa
M. protocystis
x
x
RS
R
x
x
x
ot
et
A
A
x
x
et, pt
mt, et
A
A
x
mt, et
et
A
A
RS
RS
x
x
x
x
x
et, pt
RS
A
et
A
RS
ms
RS
x
x
Nova
Continua
123
Apêndice I.
Lista de espécies da ficoflora
registradas nas regiões da Lagoa do
Casamento e dos Butiazais de Tapes
(Planície Costeira do Rio Grande do
Sul). Morfoespécies pertencentes ao
mesmo gênero são indicadas por
numeração seqüencial e, quando
ocorrem na mesma região, listadas em
uma única célula da tabela. Bio =
biondicação (saprobidade, os =
oligossapróbia, ms = mesossapróbia,
ps = polissapróbia; nutrientes, ot =
oligotrófica, mt = mesotrófica, et =
eutrófica, dt = distrófica; toxicidade,
ptox = potencialmente tóxica);
distribuição no Rio Grande do Sul (A =
ampla; R = restrita; RS = primeiro
registro para o Estado); nova =
possivelmente nova para a ciência.
Divisão
Táxons
BT
P. granulatum
Phormidium natans
Phormidium sp.
Bio
x
x
Planktolyngbya contorta
P. limnetica
Planktothrix mougeotii
Planktothrix cf. mougeotii
x
x
ms
x
x
ot, et
et, pt
x
x
Obs
x
ot, et
ot, mt, et
Cyclotella sp. 2
Diadesmis confervacea
x
x
A
RS
Trichodesmium lacustre
Número total de táxons
x
21
mt, et, pt
A
50
Achnanthes cf. grischuna
A. locus vulcani
x
x
x
x
Actinella guianensis
Actinocyclus normanii f. subsalsa
D. contenta
Diploneis subovalis
x
x
E. silesiacum
E. cf. spiculum var. spiculum
A
R
Eunotia asterionelloides
E. camelus
x
x
R
R
x
R
A
E. didyma var. didyma
E. didyma var. pseudogibosa
x
x
A
A
x
x
A
A
E. indica var. indica
E. lineonata
A. granulata var. granulata
x
os, ms,
ot, et
A
E. cf. monodon
E. pyramidata var. pyramidata f.
pyramidata
E. pseudoindica
x
R
x
x
x
B. calcicola
B. subrostrata
x
B. vitrea
Caloneis westii
x
A
A
x
x
RS
RS
ot, et
os, ms,
A
A
ot, mt
C. bacillum
x
x
x
E. cf. silesiacum
E. sudetica
x
x
E. vumbae
E. yanomami
x
E. zygodon var. zygodon
Eunotia sp. 1, 3, 5, 9, 10, 11, 12, 15
x
x
Eunotia sp. 4, 7, 13
Eunotia sp. 8, 17, 18, 22
x
RS
et
R
A
Fallacia auriculata
F. pygmaea
Cocconeis fluviatilis var. fluviatilis
C. placentula var. euglypta
x
x
os, mt, et
A
A
Fragilaria crotonensis var. oregona
F. fragilarioides
x
x
C. placentula var. lineata
x
os, ms,
ot, et
A
F. javanica
F. cf. neoproducta
x
ms, et
os, et
R
R
Craticula cuspidata var. cuspidata
Cyclostephanos dubius
x
x
x
F. vaucheriae
Fragillaria sp.
Continua
124
x
x
A
A
A
A
x
x
os, ot, et
A
A
x
ot
A
A
A
x
A
x
x
x
x
ot, et
ot, mt
x
E. praerupta var. bidens
E. praerupta var. tridentata
x
C.budensis
Capartogramma crucicula
RS
A
RS
os, dt
ms, et
Aulacoseira sp. 1
Brachysira brebissonii
os, ms,
RS
x
x
x
x
x
x
R
x
x
A. ambigua f. spiralis
A. distans
A .nyassensis
Aulacoseira sp.
x
x
os, ms,
ot, et
x
E. flexuosa
E. incisa
x
x
x
A
R
E. frequentis
Encyonopsis sp.
A
R
A.granulata var. angustissima
A .herzogii
x
x
A
R
R
Encyonopsis cf. difficiliformis
os, et
x
x
ms
Nova
ot et
x
x
Aulacoseira agassizii
A. ambigua
x
Encyonema cf. mesianum
RS
RS
os, ms
A
C. stelligera
A
A
et, pt
mt
x
x
Obs
os, ms,
x
x
Achnanthes sp.
Achnanthidium minutissimum
Bio
x
x
A
A
Stigonema sp. 1
Stigonema sp. 2
LC
Cyclostephanos sp. 2
Cyclotella meneghiniana
mt, et, pt
x
x
BT
A
A
RS
x
Táxons
x
et, pt
mt
Snowella lacustris
Spirulina laxissima f. major
Divisão
Cyclostephanos sp.
A
x
Nova
A
et
Pseudanabaena catenata
Radiocystis fernandoi
Bacillariophyta
LC
R
RS
R
n
x
x
x
x
n
n
ms, et
RS
R
x
R
R
x
A
R
x
ms, ot, et
A
x
Continua
Divisão
Táxons
Frustulia cf. marginata
F. pangaea
F. cf. rhomboides
BT
LC
x
x
Bio
Nova
os, ot, dt
x
x
x
A
A
F. undosa
Geissleria aikenensis
x
x
x
RS
Táxons
N. pseudofonticola
x
x
os, ot, et
os, ms,
A
A
Nitzschia sp.
Nitzschia sp. 1 a 5, 11, 16 a 18, 22,
G. cf. pseudoaugur
x
ot, et
et
G. turris var. turris
Gyrosigma obscurum var. obscurum
x
x
Gyrosigma sp. 2
Hantzschia amphioxys
x
x
os, ms,
x
Kobayasiella bicuneus
Kobayasiella sp.
x
Lemnicola hungarica
Luticola cf. saxophyla
x
x
x
Luticola sp. 1, 2
Melosira varians
Navicula cryptocephala
N. cf. heimancioides
x
x
x
x
N. cf. leptostriata
N. cf. menisculus var. menisculus
x
x
x
N. rostellata
N. schroeteri
x
x
Naviculadicta sp.
x
Neidium sp. 1, 3
Neidium sp. 2
x
x
os, ps,
A
x
x
RS
x
x
R
R
x
x
x
x
x
A
P. acrosphaeria
P. biceps
x
x
ot, et
os, ms
R
P. brevicostata var. sumatrana
P. certa
x
x
RS
RS
os, ms
RS
A
P. complexa var. minor
P. divergens var. subcapitata
x
x
RS
A
os, ms
A
x
x
R
RS
os, ms, et
A
os, ps, et
P. divergens var. undulata
P. franciscana
os, ms
ms, ps,
x
x
x
R
ot
os, ot
A
R
P. cf. gibba
x
os, ms,
ot, et
A
A
RS
P. hemiptera
P. kraeuselii
x
x
ot
A
RS
RS
R
P. latevittata
P. latevittata var. domingensis
x
x
ot
RS
A
P. cf. montgomeryana
P. cf. neomajor
x
x
P. nobilefasciata
P. cf. oominensis
x
x
P. pinedana var. attenuata
P. polyonca var. similis
x
x
x
RS
RS
x
x
x
RS
RS
x
x
RS
RS
RS
RS
n
n
RS
RS
ms, ps
A
N. brevissima
N. cf. filiformis
x
x
ms
et
A
A
P. rhombarea var. variarea
P. rostratissima
x
N. gracilis
N. hantzschiana
x
x
ot, et
os, mt, et
A
A
P. saprophila
P. cf. saprophila
x
x
N. cf. Ignorata
N. intermedia
xx
ot, et
A
R
P. tabellaria var.
P. subcapitata var. elongata
x
os, ms,
ot, et
A
P. tabellaria
P. viridis
x
x
Pinnularia sp. 9, 10, 14
x
x
R
RS
RS
A
x
P. pseudogibba
P. rhombarea var. rhombarea
x
x
27 e 35)
Nupela sp. 2
Pinnularia abaujensis var. linearis
x
x
n (spp.
27 e 35)
A
R
x
x
N. lorenziana
N. nana
RS (spp.
x
Nitzschia agnewii
N. amphibia
x
R
RS
Nupela sp. 1
et
Nova
RS
A
A
ot, et
N. cf. linearis
ms
ms, et
25 a 29, 35
x
x
x
x
x
N. subacicularis
N. tubicola
Hippodonta capitata
Obs
x
A
A
x
x
Bio
N. scapelliformis
N. sigma
ms, mt, et
G. gracile var. gracile
G. parvulum
LC
N. cf. pumila
N. cf. reversa
x
x
Gomphonema affine
G. augur var. augur
BT
ot, et
RS
A
F. rhomboides var. rhomboides
F. rhomboides var. elliptica
Divisão
N. palea
RS
x
x
Obs
RS
RS
x
x
RS
R
os, ms,
RS
A
mt, et
A
A
Continua
RS
n
Continua
125
Divisão
Táxons
BT
LC
Placoneis sp. e sp 2
Planothidium apiculatum
x
x
Planothidium sp. 1 a 4
Pleurosira laevis var. laevis
x
x
Rhopalodia brebissonii
R. gibba var. gibba
x
x
Bio
Obs
Nova
Divisão
X
RS
n
X
RS
RS
ms, et
RS
A
X
X
X
X
X
X
A
A
os, ms,
R
A
P. gatunense
P. umbonatum
cf. Peridinium
Thompsodinium intermedium
X
X
X
RS
RS
Woloszynskia neglecta
Número total de táxons
X
9
X
8
RS
X
X
R
R
R
R
Sellaphora laevissima
S. seminulum
x
x
ps, ms,
RS
A
S. pupula
x
ot et
os, ps,
R
x
ot, et
ms, ot, et
x
S. longirostris
Staurosira sp.
x
x
Staurosirella cf. pinnata
S. cf. leptostauron
x
x
Staurosirella sp.
Stenopterobia delicatissima
x
x
x
S. planctonica
S. schweickerdtii
x
x
Stenopterobia sp. 3 e 4
Stephanodiscus lucens
x
os, ms, et
os, et
os, ot
X
X
X
X
Euglena acus var. acus
E. acus var. longíssima
X
X
ms
X
A
A
E. ehrenbergii var. ehrenbergii
E. limnophila var. limnophila
X
X
X
ms
R
A
A
RS
E. mutabilis var. mutabilis
E. oxyuris var. oxyuris f. oxyuris
X
X
X
os
os, ms
A
A
E. sanguinea
E. spirogyra var. spirogyra
X
X
X
X
ms
ms
R
A
E. spirogyra var. fusca
E. splendens
X
X
X
X
ms
A
A
E. tripteris var. tripteris
Euglena sp. 1, 5 a 7, 9
X
X
X
ms
A
Euglena sp. 2, 3, 8, 10, 11
Euglena sp. 4
X
X
X
cf. Gyropaigne sp. 1
Heteronema sp. 1
X
X
X
RS
RS
Hyalophacus ocellatus
L. fusiformis var. fusiformis
X
X
X
R
A
L. ovum var. ovum
L. ovum var. dimidio-minor
X
X
X
A
A
L. salina var. salina
Lepocinclis sp. 1 a 5
X
X
X
A
X
RS
A
A
R
R
R
RS
R
x
os, ps,
mt, et
A
S. guatemalensis
S. minuta
x
x
os
A
RS
S. minuta var. peduliformis
S. rumrichorum
x
Urosolenia eriensis var. morsa
Número total de táxons
n
RS
RS
x
x
x
x
Thalassiosira sp. e sp. 1
Tryblionella victoriae
Ulnaria ulna
n
n
RS
R
x
x
os, ms, et
X
cf. Gymnodinium
X
n
Lepocinclis sp. nov.
Phacus acuminatus var. acuminatus
X
RS
P. agilis var. okohojiense
P. anomalus
X
X
R
A
x
183
R
P. caudatus var. caudatus
P. contortus var. contortus
X
X
R
A
X
X
A
RS
X
X
A
A
X
X
A
A
RS
os, ps,
ot, et
P. curvicauda var. curvicauda
P. gigas var. gigas
P. hamatus var. hamatus
P. horridus var. horridus
R
Continua
126
X
X
ms
Nova
A
X
X
x
Durinskia baltica
Gymnodinium sp.
RS
RS
ms, ps
P. acuminatus var. cf. acuticauda
P. aenigmaticus
x
x
91
Anisonema prosgeobium
Astasia sp.
Entosiphon sulcatum
Entosiphon sp. 1
Surirella cf. angusta
Synedra sp. 4 e 6
Thalassiosira weissflogii
Dinophyta
os, ms,
mt, et
x
Surirella sp.
Synedra sp.
Euglenophyta
RS
RS
x
x
Obs
Peridinium willei
P. cf. lomnickii
RS
Staurosira construens
Bio
Katodinium sp.
x
x
LC
n
R. operculata
Stauroneis sp. 1
Stauroneis sp. 2
BT
RS
R
mt, et
Stauroneis cf. phoenicenteron
Táxons
n
R
R
Continua
Divisão
Táxons
LC
Bio
P. longicauda var. longicauda
X
ms
P. longicauda var. major
P. longicauda var. tortus
X
X
R
A
X
X
A
A
X
X
A
R
P. mariae var. mariae
P. megapyrenoides
P. onyx var. onyx
P. onyx var. simetrica
BT
X
X
P. orbicularis var. orbicularis
P. cf. pleuronectes
X
X
P. cf. polytrophos
P. cf. pseudonordestii
X
P. cf. pyrum var. pyrum
P. raciborski var. raciborskii
X
P. raciborskii var. longus
P. cf. rudicula
X
ms
ms
Obs
X
X
A
A
X
X
R
R
P. suecicus var. suecicus
P. undulatus var. undulatus
X
X
A
A
P. cf. unguis
Phacus sp. nov.
X
X
R
RS
Phacus sp. 1 a 4, 6, 12, 13, 15, 16
Phacus sp. 5, 9
X
X
X
Phacus sp. 7, 8, 10, 11, 14
Scytomonas sp.1
X
X
X
RS
Scytomonas sp. 2
cf. Sphenomonas sp.
X
X
RS
RS
Strombomonas borysteniensis
S. ensifera var. ensifera
X
X
A
A
S. fluviatilis var. fluviatilis
S. girardiana var. girardiana
X
X
S. scabra var. scabra
S. scabra var. ovata f. minor
X
X
Strombomonas sp. 1, 3, 4
Strombomonas sp. 2
X
X
X
X
X
X
Trachelomonas abrupta var. minor
T. acanthophora var. acanthophora
X
X
T. acanthophora var. minor
T. armata var. armata
X
X
T. armata var. armata f. inevoluta
T. armata var. longispina
T. hemisphaerica var. hemisphaerica
T. hispida var. hispida
A
A
Chlorophyta
A
R
X
X
X
X
A
A
T. armata var. steinii
T. cervicula var. cervicula
X
X
X
A
A
T. cf. curta var. curta
T. curta var. minima
X
X
X
X
A
A
T. dangeardiana var. glabra
T. dastuguei var. dastuguei
X
X
X
A
A
Obs
X
A
R
RS
A
X
T. hispida var. coronata
T. hispida var. crenulatocollis
X
X
X
A
A
T. hispida var. duplex
T. intermedia var. intermedia
X
X
X
X
A
A
T. intermedia var. minor
T. cf. kelloggii
X
X
X
R
A
X
X
A
A
X
X
A
A
T. cf. planctonica var. flexicollis
T. pulcherrima
A
A
Bio
X
X
X
T. cf. oblonga var. oblonga
T. oblonga var. attenuata
n
LC
X
X
T. megalacantha var. megalacantha
T. megalacantha var. crenulatocollis
A
A
ms
BT
T. cf. lacustris
T. lemmermanii var. acuminta
A
A
ms
Táxons
T. decora var. decora
T. cf. granulata var. granulata
A
A
A
A
S. triquetra var. torta
S. verrucosa var. verrucosa
Divisão
A
X
X
ms
Nova
X
X
X
X
ms
ms
A
A
X
X
A
A
T. pulcherrima var. latior
T. raciborskii var. nova f. nova
X
X
R
RS
T. robusta var. robusta
T. rugulosa var. paralella
X
X
A
A
X
T. sculpta
T. similis var. spinosa
X
X
X
A
A
T. stokesi var. stokesi
T. superba var. superba
X
X
X
R
R
T. varians var. varians
T. volvocina var. volvocina
X
X
X
R
A
T. volvocina var. derephora
T. volvocina var. punctata
T. volvocinopsis var. volvocinopsis
T. woycickii var. woycickii
ms
Nova
X
X
X
A
A
X
X
X
X
A
R
T. zingueri var. zingueri
Trachelomonas sp.1 a 6, 8, 9, 11-14
X
X
X
R
Trachelomonas sp. 7, 10
Trachelomonas sp. nov.
X
Número total de táxons
Actinastrum hantzschii var. subtile
64
Ankistrodesmus bernardii
X
RS
150
X
RS
X
X
R
A. bibraianus
A. fusiformis
X
X
X
X
A. gracilis
Botryococcus braunii
X
X
X
X
X
X
X
A
A
X
R
n
Chlorophyceae
Coelastrum astroideum
C. pulchrum
C. pulchrum var. cruciatum
Continua
ms
os, ms
A
A
A
A
Continua
127
Divisão
Táxons
BT
C.sphaericum
X
Coelastrum sp.
Crucigeniella crucifera
X
Desmodesmus abundans
D. brasiliensis
X
X
D. communis
D. denticulatus var. linearis
X
X
ms
X
X
ms
Nephroclamys subsolitaria
Nephrocytium agardhianum
X
R
R
Closterium sp. 3, 5, 9, 10 a 11, 27
Cosmarium angulosum
A
R
A
A
RS
ms
A
A
RS
X
X
A
RS
X
A
R
X
X
X
N. lunatum
Nephrocytium sp.
X
X
X
X
M. tortile
Monoraphidium sp.
X
X
ms
X
RS
A
A
os
R
R
X
X
R
P. duplex
P. duplex var. cohaerens
X
X
X
P.simplex
P. tetras
X
X
X
X
Quadrigula closterioides
Raphidocelis sigmoidea
X
X
X
Scenedesmus acuminatus
S. obtusus
X
Scenedesmus sp.
Sorastrum americanum
X
X
X
ms
ms
ms
X
X
X
X
Número toal de táxons por área
Actinotaenium cucurbita
30
X
43
Bambusina brebisonii
X
X
A
A
A
A
A
A
RS
RS
ms
A
R
X
X
A
R
C. bioculatum
C. comissurale var. crassum
X
X
R
A
C. constrictum
C. denticulatum var. denticulatum
X
X
RS
C. elegantissimum
C. formosulum
X
X
R
RS
C. impressulum
C. laeve
X
X
X
RS
R
X
X
A
R
X
R
RS
C. polygonum var. depressum
C. psedoconnatum
X
X
RS
A
C. pseudoexiguum
C. pseudopyramidatum
X
X
R
A
X
X
A
A
C. quadratulum
C. quadrum
X
X
R
R
C. rectangulare
C. rectum
X
R
RS
C. regnellii
C. regnellii var. minimum
X
X
R
R
C. regnesii
C. subcostatum
X
X
A
RS
C. subcostatum var. minus
C. subcrenatum
X
X
RS
RS
C. subtumidum var. circulare
C. trilobulatum
X
X
RS
R
Cosmarium sp. 1, 17
Cosmarium sp. 2, 4 a 8, 10, 13, 14, 16,
X
X
X
X
X
Nova
X
X
19, 21, 22, 24, 30, 31, 34,
R
ms
R
C granatum
C. baileyi
C. pyramidatum
C. pyramidatum var. pyramidatum
X
X
X
Tetraedron minimum
Tetrallantos lagerheimii
Obs
X
X
C. pachydermum
C. phaseolus var. elevatum
A
R
RS
R
X
C. nitidilum
C. ornatum
X
Pediastrum angulosum
P. boryanum
Bio
X
X
X
LC
Closterium sp. 2, 4, 6 a 8, 14, 15, 19 a
26, 28 a31
X
X
Lobocystis planctonica
Monoraphidium contortum
BT
A
Dictyosphaerium ehrenbergianum
D. pulchellum
X
Táxons
X
X
K. lunaris
K. pseudoaperta
Divisão
X
X
X
X
Kirchneriella contorta
K. contorta var. gracillima
Nova
Closterium kuetzingii
C. setaceum
D. perforatus
Desmodesmus spp.
X
Obs
A
X
Dimorphococcus lunatus
Keratococcus cf. suecicus
Bio
X
D. intermedius
D. maximus
D. sphagnale
Dictyosphaerium sp.
Chlorophyta-
LC
35, 38, 1, 44, 45
A
A
Cosmarium sp. 46
Cosmocladium sp. 1
X
R
Cosmocladium sp. 2
Cylindrocystis brebisonii
X
X
R
Cylindrocystis sp. 1
Zygnematophyceae
Continua
128
X
RS
X
RS
R
X
R
Continua
Divisão
Táxons
BT
Cylindrocystis sp. 2
Desmidium cylindricum
X
X
Desmidium sp. 1
Desmidium sp. 2
X
X
LC
Bio
Obs
A
A
Euastrum ansatum
E. binale
X
X
A
A
E. denticulatum
E. elegans
X
X
E. evolutum
E. evolutum var. integrius
X
X
R
RS
X
X
R
Euastrum sp. 10 a 12, 2, 6
Euastrum sp. 3, 7
X
os
X
X
R
R
M. laticeps var. laticeps
M. pinnatifida
M. radians
X
A
RS
R
M. radiosa
M. truncata var. truncata
X
R
X
X
X
os
X
X
os
X
X
Octacanthium mucronulatum
Pleurotaenium nodosum
X
X
R
RS
X
R
Pseudostaurastram lobulatum
Sphaerozosma laeve
X
X
X
Spirogyra sp. 2 e 3
Spirotaenia condensata
X
Spondylosium sp. 1 e 2
Staurastrum alternans
S. dilatatum
S. leptocladum
X
X
R
A
X
X
X
X
Xanthidium antilopeum
Zygnema sp.
X
Número total de táxons
Número total geral de táxons
A
X
X
X
R
X
R
RS
X
RS
X
X
R
A
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Staurodesmus sp. 1
Teilingia granulata
X
Sphaerozosma sp.
Spirogyra sp. 1
Spondylosium pulchellum
S. pulchrum
S. setigerum
S. teliferum
A
A
Mougeotia sp. 3 a 5
Netrium sp. 1 e 2
Pleurotaenium sp. 2
Pleurotaenium sp. 4
A
R
A
S. validus
Staurodesmus sp., sp. 3 a 9
os
X
Obs
X
X
S. dickiei
S. triangularis
os
Mesotaenium sp. 2
Micrasterias laticceps var. acuminata
P. ovatum var. tumidum
Pleurotaenium sp. 1, 3
X
Bio
X
Staurastrum sp. 12, 33, 34
Staurodesmus convergens
R
X
X
LC
S. cuspidatum var. cuspidatum
S. dejectus var. apiculatus
Hyaloteca sp. 2
Mesotaenium sp. 1
Mougeotia sp.
Mougeotia sp. 1 e 2
BT
S. quadrispinatum var. spicatum
S. rotula
20 a 32, 35
Staurastrum sp. 7, 19
A
X
X
X
Táxons
Staurastrum sp.
Staurastrum sp. 1 a 6, 8 a 11, 13 a 18,
X
Gonatozygon sp. 1 a 7
Hyaloteca sp. 1
Divisão
S. quadrangulare
R
A
X
E. germanicum
Euastrum sp.
Nova
X
Continua
129
X
RS
X
X
RS
R
X
X
A
A
X
X
RS
X
X
X
55
270
188
622
A
os
A
R
Nova
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