UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE ESTUDO DE CASO IPIRANGA: CENTRAL DE ATENDIMENTO X CENTRAL DE SERVIÇOS Mônica Cristina Silva Alves de Carvalho Orientadora Prof. Aleksandra Sliwowoska Bartsut.M.Sc. Rio de Janeiro 2005 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE ESTUDO DE CASO IPIRANGA: CENTRAL DE ATENDIMENTO X CENTRAL DE SERVIÇOS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Marketing. Por: . Mônica Cristina S. A. de Carvalho 2 AGRADECIMENTOS ....aos meus pais, marido, irmãos , minhas avós Joaquina e Zuila e meus avôs Omar e João. 3 DEDICATÓRIA .....dedido ao meu marido que me ajudou na realização desse trabalho. 4 RESUMO Esse trabalho têm como objetivo fazer uma análise da Central de Serviços, um departamento da Cia Brasileira de Petróleo Ipiranga. A partir dessa análise, é mostrado a importância de se implantar um processo de endomarketing para que o departamento mantenha seus funcionários satisfeitos pois a partir desses funcionários é que a empresa conquista e mantêm seus clientes. 5 METODOLOGIA Para que o processo seja implantado, foi feito uma avaliação do setor da empresa, o setor de RH forneceu alguns informações sobre os critérios para a contratação dos funcionários, além ter sido feito uma pesquisa sobre o histórico da empresa. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - Central de Serviços – Cia Brasileira de Petróleo Ipiranga. 10 CAPÍTULO II - A valorização dos funcionários 17 CAPÍTULO III – Buscando alternativas do endomarketing para a Central 23 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35 ÍNDICE 36 FOLHA DE AVALIAÇÃO 37 7 INTRODUÇÃO “Sob orientação de marketing, todos os departamentos precisam pensar no cliente e trabalhar em conjunto para satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes”. (Kotler) Existem coisas na vida que não conseguimos enxergar com clareza. Muitas empresas podem ter seus problemas resolvidos a partir de pequenos gestos, conquistando seu maior cliente, seu funcionário. Será que antes de fazer um consumidor feliz, não seja mais fácil mostrar a felicidade para o seu funcionário, e assim tê-lo como um colaborador do seu trabalho? O surgimento do Endomarketing veio através de uma necessidade profissional de Saul Bekin em 1975. Foi percebido que além do marketing que era feito para conquistar os clientes consumidores, algo precisava ser feito com os funcionários. O marketing pode ser definido como “um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.” Ainda, em administração de marketing, Kotler (1994), faz breves referências a diferenciação entre o marketing interno e marketing externo. Segundo ele, o marketing interno deve preceder o externo. Na verdade, não faz sentido prometer serviço excelente antes de preparar os funcionários da empresa para fornecê-lo. Define marketing interno como a “tarefa de contratações acertadas, treinamento e motivação de funcionários hábeis que desejam atender bem os clientes.” 8 Os clientes internos são a base para a evolução de uma empresa. O principal papel dos recursos humanos é garantir que a empresa possua um conjunto de talentos humanos plenamente identificados com a missão e visão da organização, e conseqüentemente disposto a ajuda-la a atingir seus objetivos. Para fazer com que o mercado externo responda positivamente aos estímulos que lhe são dirigidos, a empresa terá que garantir que seu mercado interno, seja capaz de cumprir as promessas feitas aos consumidores. O esforço interno para que isso aconteça depende de vários fatores, tais como: tarefas estimulantes, ambiente de trabalho motivador e auto-motivação do funcionário. O grande desafio é fazer com que os colaboradores respondam favoravelmente às demandas da organização em relação ao absoluto compromisso com a satisfação do cliente. “Nosso funcionário está feliz?” Através dessa resposta precisamos refletir no clima organizacional e na qualidade dos produtos e serviços da empresa. Quais as ferramentas que temos para atingir a felicidade do funcionário no seu ambiente de trabalho e por conseqüência atingir a prosperidade da empresa? Através desse trabalho, será feito um estudo de caso da Central de Serviços da Cia Brasileira de Petróleo Ipiranga, mostrando que atitudes simples podem ser o caminho para aumentar o nível de satisfação do público interno. Afinal, funcionários insatisfeitos com as condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer uma contra-propaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de descontentamento que os dominam. E, caso estejam satisfeitos com a empresa, poderão divulga-la para o cliente externo. 9 CAPÍTULO I CENTRAL DE SERVIÇOS – CIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA As Empresas Petróleo Ipiranga têm mais de 60 anos de atividades. Foi fundada em 1937, é um dos maiores grupos privados nacionais com atuação nas área de refino, distribuição de combustíveis, gás natural e produtos químicos, indústria petroquímica, produção de asfaltos e óleos lubrificantes. É a única empresa revendedora de combustíveis 100% nacional, e após a compra da Atlantic em 1993 vêm se tornando cada vez mais forte no mercado e hoje está atrás somente da BR em market share. 1.1 - Mercado do Petróleo – 2005 No primeiro trimestre de 2005, a economia brasileira continuou apresentando resultados positivos, demonstrando que os fundamentos econômicos ainda se apresentam bastante sólidos. Entre os principais destaques estão o saldo da balança comercial brasileira, cujo desempenho parece não ter sido afetado até o momento pela taxa de câmbio, que permaneceu em baixo patamar neste primeiro trimestre. A economia também se manteve aquecida, ainda que o nível de crescimento tenha sido inferior ao primeiro trimestre do ano passado e os últimos dados já apontem acomodação da produção industrial. Dividido entre o front externo e interno, o mercado financeiro oscilou entre momentos de stress e otimismo e a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, 10 até meados de abril, refletia perdas para o investidor, predominando no final as incertezas em relação ao cenário externo. Embora o exercício de 2005 tenha iniciado com preços de petróleo adequados aos preços dos produtos derivados, a partir de fevereiro esses preços aumentaram significativamente. Os valores médios do petróleo referência WTI (West Texas Intermediate) variaram desde US$ 43,2 por barril em dezembro de 2004 até US$ 54,3 por barril em março de 2005, em decorrência do desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado internacional. Os volumes totais de combustíveis (gasolina/álcool hidratado/diesel) comercializados no Brasil durante os primeiros três meses de 2005, conforme informações divulgadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) em 11 de maio de 2005, foram inferiores em 0,8%, quando comparados com igual período do ano anterior. Neste 1º trimestre de 2005 destaca-se o aumento no volume comercializado de gasolina (7,9%), álcool hidratado (15,6%) e óleo diesel (2,8%) pelas Empresas Petróleo Ipiranga que atuam no setor de Distribuição de Combustíveis, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Considerando a evolução do mercado divulgado pela ANP, verifica-se que a Ipiranga apresentou um crescimento de participação de mercado no Brasil de 1,1 ponto percentual quando comparado o período atual com igual período do ano anterior, conforme quadro abaixo: Participação de mercado (gasolina, álcool hidratado e diesel) – em % Empresas CPBI DPPI Total Ipiranga Jan-Mar / 2005 Jan-Mar / 2005 Diferença em pontos % 16,9 15,7 1,2 2,8 2,9 (0,1) 19,8 18,7 1,1 11 Concorrente A Concorrente B Concorrente C Concorrente D Outros 29,3 11,0 9,1 7,2 23,7 27,2 10,6 8,7 8,4 26,5 2,1 0,4 0,4 (1,1) (2,8) Fonte: ANP – Agência Nacional de Petróleo, 2005 1.2 - As Centrais de Atendimento: No começo eram cinco centrais regionais que atendiam os revendedores mais sem nenhum tipo de ferramenta própria ou de treinamento. O revendedor fazia o pedido e o atendimento era feito da melhor maneira possível, não existiam setores pré-definidos, horário de atendimento ou informações centralizadas como horário de carregamento dos combustíveis, controle do conta corrente do cliente ou informações sobre novos produtos ou serviços da Cia. A partir de 1999 foi feita uma unificação das cinco Centrais (Rio de Janeiro, Salvador, Ribeirão Preto, São Paulo e Curitiba). O departamento passou a se chamar Central de Serviços e está localizado na sede da empresa no Rio de Janeiro. O objetivo primordial era profissionalizar o atendimento buscando criar um local único de atendimento às demandas de consumidores e revendedores, proporcionando assim uma melhor otimização do tempo, e como conseqüência a diversificação dos serviços internos prestados e a redução de custos. 1.3 - As atribuições da nova Central: O principal ponto a ser modificado seria o sistema de controle de monitoramento da Central. A Procomp Indústria Eletrônica foi a responsável pela instalação e suporte da solução Vantive. Através dessa ferramenta, houve 12 um ganho de produtividade em torno de 10%, diminuindo assim o tempo e atribuindo melhor qualidade ao atendimento oferecido pela empresa. Com o novo sistema, passou a haver um local para armazenar a coleta dos dados e o histórico das ligações, agilizando assim o repasse das informações internas. Através da nova solução, houve uma mudança dentro do setor, agregando assim mais serviços como a realização do seguro dos postos e a criação dos serviços através da internet. Como todas as atribuições da divisão partem do princípio de se estabelecer um atendimento eficaz e eficiente aos revendedores e consumidores finais através de diversas formas de contato. A Central de Serviços Ipiranga passou a ser dividida em três assessorias: Assessoria de Telemarketing Assessoria de Atendimento ao Consumidor Assessoria de Atendimento ao Revendedor A divisão foi necessária para que cada assessor da área pudesse focar na sua atividade, visando o melhor aproveitamento de seus funcionários. Anteriormente com um único gerente e somente dois assessores liderando toda a equipe, não havia a possibilidade de se estabelecer um direcionamento para as equipes. Qualquer um dos atendentes deveria fazer o atendimento receptivo em qualquer hora do dia, não havia um horário pré-estabelecido, o horário de almoço não era definido, o atendimento era a única prioridade da Central. Com a separação das áreas, os supervisores poderiam definir um ou alguns responsáveis por uma área. Para os novos funcionários fica mais fácil saber a quem se deve recorrer quando houver uma dúvida, e para os demais a divisão 13 seria uma maneira de estabelecer padrões e metas poderiam ser cobradas. Passou a existir um padrão no departamento. Através da definição das áreas, foi possível atender 100 mil ligações por mês 5400 postos revendedores, 1500 clientes consumidores (atacadistas, oficinas, empresas transportadores, indústrias, órgãos públicos, entre outros). Com o crescimento da Ipiranga no mercado brasileiro, a Central passou a atuar com 45 posições para assessorar seus clientes, dos 4 serviços prestados antes de 1998, a Empresa passou a ter o seguinte quadro na Central: CENTRAL DE SERVIÇOS ASSESSORIA DE TELEMARKETING ASSESSORIA DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR ASSESSORIA DE ATENDIMENTO AO REVENDEDOR - Assessores de vendas trainee - Canal Direto Ipiranga (SAC) - Cliente em Foco - Apoio à clientes de Rodovia - Seguro - Manutenção de Equipamentos - Cobrança - Logística - Central Digital Fonte: Tabulação própria, 2005 1.3.1 – Assessoria de Telemarketing: Essa assessoria sempre existiu dentro da Central e têm a finalidade de se relacionar com os clientes de baixa galonagem de longa distância e de difícil acesso. 14 1.3.2 – Assessoria de Atendimento ao Consumidor: Foi percebido que tanto o consumidor final, quanto o revendedor deveriam ter um canal específico para ser atendido. A assessoria de atendimento ao consumidor serve como apoio para obter informações, tirar dúvidas, ou receber reclamações do seu público. 1.3.3 – Assessoria de Atendimento ao Revendedor: Alguns serviços dessa área sofreram modificações ou foram simplesmente excluídos. Já houve o atendimento de registro de fax, que migrou para o atendimento dos revendedores através da Rede Ipiranga, o canal do revendedor através da internet com a Ipiranga. Já a Cobrança surgiu como uma necessidade natural de acompanhar mais de perto o volume de pagamentos em aberto, e assim estabelecer um limite de crédito de seus clientes mais próximo da realidade. A última área dessa assessoria, Logística, têm como finalidade alocar os pedidos dos clientes para facilitar e agilizar a entrega dos combustíveis. 1.4 - Os profissionais da Central de Serviços: Com tantas inovações acontecendo, a área de recrutamento e seleção também percebeu que o perfil dos profissionais do departamento, também deveria mudar. Até 1998, não era exigido nenhum tipo de habilidade específica para ser funcionário da Central. O foco da empresa era voltado especificamente para vendas, não se imaginava que funcionários pudessem sair da área rapidamente para atender a demanda interna de colaboradores. 15 Abaixo temos um comparativo do departamento antes e depois de 1998. Até 1998 não havia exigência específica de formação superior não era necessário ser usuário de informática o perfil era voltado para a área comercial não havia interesse em formar um banco de profissionais, “celeiro” Após 1999 busca de profissionais de áreas específicas nível avançado de conhecimento de informática perfil voltado para áreas específicas da empresa formação de banco de profissionais habilidades comerciais, analíticas ou com um bom potencial para desenvolvimento Essa mudança do RH em ver a importância da Central para a empresa, valorizou os funcionários e seus coordenadores. O principal na mudança dessa estrutura foi mostrar o potencial da equipe e que aquela era a porta de entrada para aqueles que desejam fazer uma carreira na Petróleo Ipiranga. Como as áreas sempre buscam os melhores profissionais, os funcionários do setor sempre estão buscando se aprimorar para que uma chance de promoção não seja desperdiçada. 16 CAPÍTULO II A VALORIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS Atualmente a Cia Brasileira de Petróleo Ipiranga possui cerca de 500 funcionários espalhados pelas cinco regiões do Brasil. Sua política de benéficos é bastante vasta, incluindo: - plano de saúde - reembolso de medicamentos - auxílio funeral - auxílio alimentação - auxílio oftalmológico - reembolso de até 50% para graduação - estímulo escolar para os filhos dos funcionários de até 21 anos - auxílio creche - empréstimo financeiro com baixa taxa de juros - festas para integração dos funcionários - cursos e palestras anualmente - academia de ginástica - biblioteca - intranet - previdência privada - colônia de férias para os filhos dos funcionários - participação nos lucros - sistema de remuneração variável Todos esses benefícios e o clima familiar da empresa representam um excelente ambiente para se trabalhar, no entanto isso não é o suficiente para fazer um funcionário feliz. Afinal, o que é felicidade? Eduardo Giannetti escreveu um texto muito interessante sobre o tema. 17 “Na ética kantiana, ao contrário do que ocorre na tradição mais empírica e mundana do utilitarismo, a felicidade não é o bem supremo ou o fim último ao qual se subordinam todas as normas e todos os princípios da moralidade. Mas nem por isso, vale notar, ela desaparece de cena. A expectativa é a de que haja uma convergência entre a autonomia – o valor central da vida ética – e o bemestar. O exercício da liberdade sob a égide da razão e da lei moral conduziria à felicidade, isto é, à única felicidade digna deste nome, e isso mesmo que não fosse possível especificar, em cada particular, os atributos concretos da felicidade dos diferentes indivíduos. Aos olhos de Kant, portanto, a felicidade não se reduziria ao cálculo hedonista ou à otimização do saldo de afetos positivos (prazer) sobre os afetos negativos (desprazer). ... Entre as crenças que povoavam a imaginação e a visão do futuro iluminista, uma em particular revelou-se problemática: a noção de que os avanços da ciência, da técnica e da razão teriam o dom não só de melhorar as condições objetivas de vida, mas atenderiam aos anseios de felicidade, bem-estar subjetivo e realização existencial dos homens. Sob este aspecto seria difícil sustentar que o presente esteja à altura do amanhã prometido de ontem.” Eduardo Giannetti, 2002 2.1 – Expectativas dos funcionários É preciso entender, servir e reter o cliente, a prioridade está em atender às demandas do consumidor. Saul Bekin A Central de Serviços da empresa aparenta ser uma outra empresa dentro da Ipiranga, pois a visão do seu Coordenador Samuel Lopes da Silva, é a de que 18 aquela área serve como um “celeiro” de novos colaboradores para as demais áreas. Essa visão realmente é de grande valor para o setor e para a empresa, pois os novos funcionários da área estão sempre acreditando que aquela posição é passageira, mas que é uma grande escola. Como a área precisa e têm contato com todos os departamentos da Cia, já é um grande passo para o funcionário se vender perante diversos gerentes, assessores e analistas de vários departamentos. A taxa de turn-over da Central de Serviços é um pouco alta, pois um grande número de pessoas sai da empresa pois consegue cargos melhores nas concorrentes e o número de exportação de funcionários para as outras área vêm crescendo a cada ano. Um pequeno detalhe chama a atenção, como os funcionários possuem um elevado grau de conhecimento e a área serve de banco de profissionais para os demais departamentos, qualo o tempo médio de permanência no setor, ou em uma determinada função? Alguns funcionários permanecem por ali por 6 meses e outros por até 8 anos. O funcionário deve se perguntar, “quanto tempo devo ficar por aqui?. Afinal, não pretendo permanecer nesse setor para sempre, tenho metas e ambições na minha carreira profissional. Até que ponto a ambição atrapalha? Os funcionários entendem que a maturidade e experiência adquiridas durante os anos de Central valem para outros setores? 19 2.2 – Motivação ou Auto-motivação? Talvez a palavra para todo esse processo seja “Motivação”. Porque essa palavra é tão fascinante e tão necessária nas organizações empresariais em tempo de globalização e competitividade mundial ? É através da motivação que nos empurramos para frente, que progredimos e que buscamos mais. Sem um motivo, sem uma meta definida, sem um sonho, as empresas ficam absolutamente estagnadas. Como as empresas são feitas de colaboradores, precisamos deles para progredir a empresa. Sem as pessoas não adianta ter os melhores sistemas de informática, a melhor estrutura física, até mesmo o melhor produto. Sem pessoas motivadas perde-se o maior recurso, perde-se a maior ferramenta competitiva, a ação consistente e direcionada na busca de resultados práticos e reais! Quanto a empresa ganharia se após um workshop, uma palestra, um treinamento ou uma simples opinião do seu funcionário, pudesse produzir mais em dois dias do que no mês anterior? Isso tudo é possível se conseguirmos motivá-lo e fazê-lo se auto-motivar. Quantos funcionários têm suas metas escritas em um papel ?Quantos são motivados para isso? Em 1953, na universidade de Yale, nos EUA foi feita uma pesquisa sobre quantos alunos tinham metas escritas. Apenas 3% ! 20 Em 1973, aqueles 3% valiam mais econômica e financeiramente do que os outros 97% somados! Preciso mostrar aos funcionários que é preciso sonhar, quebrar paradigmas, mostrar que todos são capazes. Acabou o tempo de patrão e empregado. Hoje devemos ter empreendedores dentro das empresas. Pessoas que fazem mais do que somente a sua parte, mais do que acham que são pagas para fazer, que encaram seu departamento como seu próprio negócio, que vestem a camisa. O Brasil é o país número 1 do planeta em empreendedorismo. Porque somos criativos, capazes e sonhadores. Precisamos de veículos que nos façam chegar mais próximos de nossos objetivos. 2.3 – Avaliação dos pontos a serem melhorados Para que possamos avaliar os pontos que precisamos atacar, precisamos levantar alguns pontos: - Como está a moral dos funcionários do departamento? - Quais são as necessidades não satisfeitas no grupo? - Em que medida a cultura da organização entre em conflito com os objetivos estratégicos? Partindo dessa questão, o homem percebe que está sendo visto como um elemento principal da modernização empresarial. O endomarketing é portanto, um processo que visa unir o empregado ao objetivos da empresa, adequá-la ao atendimento do mercado, tornando-a mais 21 competitiva a partir da integração de seus funcionários à estrutura organizacional. 22 CAPÍTULO III BUSCANDO ALTERNATIVAS DO ENDOMARKETING PARA A CENTRAL “Não é suficiente ter um departamento de Marketing enquanto o resto da empresa segue à sua maneira” Philip Kotler, 1991 A área de call center é um lugar no qual é possível trabalhar com tecnologia, pessoas e processos, no entanto o capital humano deve ter prioridade. É muito difícil cobrar esforços e resultados de uma equipe sem nada fazer por ela. Conforme Bekin (2004) é importante estabelecer um processo permanente de motivação do funcionário conferindo-lhe dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa. Um programa de endomarketing bem feito é capaz de tornar o funcionário um ser comprometido com a postura da empresa e com a modernidade, cada um em sua área de atuação e por meio do seu trabalho. Essa ferramenta visa unir os esforços do público interno das organizações e fortalecer seu comprometimento com o negócio principal da empresa em razão de obter melhores resultados. O primeiro ponto que precisa verificar é por que os clientes internos não estão felizes? Conforme o Prof. Kiko Dantas (2005) menciona, “É importante fazer uma pesquisa de Endomarketing para descobrir e entender quais valores irão substanciar o cliente interno e motivá-lo a estabelecer um sistema de troca capaz de garantir vantagens para a organização e satisfação para si”. Existem vários tipos de ações e instrumentos para se motivar os funcionários, mas o importante é buscar fazer o que o seu grupo de colaboradores faça parte 23 daquela ação que foi tomada, para que o grupo esteja realmente junto. Nem sempre aquelas “festinhas” de aniversários é o que o funcionário deseja para se integrar com os demais colaboradores. A empresa SIM Incentive, realizou uma pesquisa entre março e abril de 2004 com cerca de cinco mil pessoas que atuam na área de call center, o resultado foi surpreendente: 49% valorizam o reconhecimento de seus superiores 19% buscam realização com a atividade 13% bonificação extras 12% ambiente de trabalho 5% salário Fonte: Sim Incentive – 2004 O resultado dessa pesquisa aponta que o aumento de salário que se imaginou ser o principal quesito para uma melhor qualidade de trabalho do funcionáiro, não é essencial. Saber que a sua opinião tem relevância, que seu gerente acredita e espera uma sugestão ou indicação sua, é o que mais teve destaque. A remuneração financeira de imediato pode fazer com o que o funcionário se sinta realizado com um curto espaço de tempo, mas em seguida volta-se a estaca zero. Uma das maiores dificuldades é fazer com que esse estado de contentação permaneça durante longos períodos e que não seja afetado por nenhum obstáculo interno ou externo. Para que unir o grupo, existem dois tipos de ferramentas: Meios de comunicação formais: 24 Cartas de diretores, gerentes, circulares, jornais internos, boletins, cartilhas e manuais. Meios de comunicação informais: Quadro de avisos, boca-a-boca, programas sociais e culturais, concursos e premiações, programas de treinamento e intranet. Com essas duas ferramentas devemos informar o nosso público interno de atividades que estão sendo feitas na empresa para integrar e aplicar o endomarketing na mesma. São ferramentas importantes para integrar os novos funcionários, pois poderão se adaptar mais rapidamente e de forma eficiente a empresa e os outros funcionários estarão sempre em linha com o pensamento da empresa. Além disso, esses meios de comunicação devem mostrar o valor dado pela empresa à cooperação e ao trabalho em equipe, assim como de informa-lo sobre sua história, seus produtos e serviços. O endomarketing deve ser passado ao funcionário desde o primeiro instante que ele fizer parte da empresa. 3.1 – A importância do endomarketing Para se manter no mercado as empresas precisam implementar o endomarketing, pois assim com o apoio interno terão mais chances de crescer, conquistar ou se manter no mercado. Vivemos em um momento no qual o homem deve ser visto como elemento principal de todo e qualquer processo de mudança e de modernização empresarial, pois as mudanças, quando implementadas, esbarram em formas 25 de trabalho tradicionais e conservadoras, capazes de desencadear um estresse organizacional que dificulta e impede o desenvolvimento pleno de qualquer atividade. O endomarketing é portanto, um processo que visa adequar a empresa ao atendimento do mercado, tornando-a mais competitiva a partir da integração de seus funcionários à estrutura organizacional. Como sua característica preponderante está o objetivo de estabelecer, conforme Bekin (2004), um processo permanente de motivação do funcionário conferindo-lhe dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa. Este processo motivacional dever ser algo integrado ao cotidiano da empresa. Como instrumento do processo de motivação o autor enumera: 1. chamamento a parcerias, à cooperação e à lealdade; 2 . valorização do indivíduo dentro de seu grupo; 3. integração baseada nos valores e objetivos da empresa; 4. reforço contínuo de uma atitude baseada em valores compartilhados; 5. recompensas e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos; 6. criação de um ambiente de interação dentro da empresa; 7. envolvimento dos funcionários no planejamento e na tomada de decisões; 8. estímulo à iniciativa e à atitude criativa; 9. delegação de poderes de acordo com a natureza da função exercida; 10. remuneração adequada. Através do endomarketing precisamos desenvolver nos funcionários uma consciência de que todas as suas ações devem voltar-se à satisfação das necessidades dos clientes. 26 “O departamento de marketing mantém-se com sua atividade especializada e seus especialistas, mas a mentalidade do marketing, seus valores e noções orientam a empresa em todos os níveis de atividades.” (Bekim, 2004) Tudo o que é feito no sentido de uma maior aproximação empresa/funcionário, do programa mais sofisticado à ação mais simples, está inserido no contexto de endomarketing. O mérito da empresa deve estar em descobrir com os próprios funcionários sobre aquilo que os motiva. Para que a motivação aconteça, é preciso que haja informação. Sem informação coerente, clara, verdadeira, lógica, centrada e bem trabalhada, não existem funcionários motivados, por maiores que sejam os benefícios e incentivos. A informação é o produto da comunicação interna e a maior estratégia de aproximação funcionário/empresa. 3.2 – Criando um processo de endomarketing O endomarketing objetiva facilitar e realizar trocas construindo relacionamentos com o público interno, compartilhando os objetivos da empresa ou organização, harmonizando e fortalecendo estas relações. Sua função é integrar a noção de “cliente” nos processos internos da estrutura organizacional propiciando melhoria da qualidade de produtos e serviços com produtividade pessoal e de processos. Para se criar um processo de endomarketing, Bekin (2005) parte de três premissas básicas: a) Estamos num mercado orientado para o cliente. Clientes só podem ser conquistados e retidos com um serviço excelente; 27 b) Funcionários têm expectativas e constituem o primeiro mercado para a organização. Assim, funcionários devem ser tratados como clientes e valorizados com pessoas; c) Excelência de serviços para os clientes e gerenciamento de recursos humanos significam envolver e comprometer os funcionários com os objetivos e decisões da empresa; O que Bekin afirma a partir dessas premissas é que este processo de envolvimento, comprometimento e valorização do funcionário deve proceder o marketing externo. Ou seja, é preciso conquistar primeiro mercado dos clientes internos para em seguida, lançar-se ao mercado externo. Para que se possa atacar o cliente interno, é preciso fazer uma avaliação das necessidades, pontos fortes e pontos fracos da organização Essa avaliação deve ter um objetivo, para que assim possamos fazer um diagnósticos do que precisa ser atacado. O quadro a seguir apresenta todo o caminho para que esse diagnóstico seja feito. Definido o objetivo, parte-se para uma auto-análise e uma verificação de recursos existente. Esses recursos devem ser definidos pela empresa, a partir da necessidade e recursos tanto financeiros como tecnológicos da organização. A partir do diagnóstico, a empresa passa a saber quais são suas potencializações e seus limites. Conhecendo essas informações, ela pode criar metas para conquistar novos clientes e saber como deve proceder para manter os antigos. 28 29 3.3 – Implantanto o endomarketing Podemos utilizar alguns métodos para a implantação do endomarketing. É preciso apenas utilizar a metodologia certa à realidade da empresa. Brum (1998) relaciona os instrumentos operacionais que podem ser utilizados: · Confecção de vídeos que podem ser institucionais ou de apresentação de produtos (tem como objetivo colocar em contato direto a equipe interna com a realidade em que o seu produto é utilizado); · Manuais técnicos e educativos, os quais apresentam os produtos, os serviços, os lançamentos e as tendências (em relação à tecnologia e à moda); · Revista com história em quadrinhos; · Jornal interno com a utilização de vários encartes, como por exemplo: área de recursos humanos, projetos, produção e associação dos funcionários. Pode ser utilizada, também, a versão do jornal de parede; · Cartazes motivacionais, informativos e de forma de quebra-cabeça, sempre com o objetivo de passar novas informações a equipe interna; · Canais diretos (reunião com o diretor, presidência ou ouvidor interno); · Palestras internas, programas para apresentar as novidades da empresa, as tendências e a evolução que a mesma obteve; · Grife interna que pode ser utilizada em roupas, bonés e acessórios; · Memória, ou seja, o resgate histórico da empresa, com objetivo de passar a evolução da mesma para as pessoas que a desconhecem; · Rádio interno para a divulgação de notícias; · Vídeo jornal para a divulgação de lançamentos, pronunciamentos de diretores e gerentes; · Intranet; · Convenções internas: uso da equipe interna para a divulgação de atividades; 30 · Manuais de integração: muito utilizados para a divulgação de alguns aspectos da cultura organizacional. Conforme destacado, vários são os instrumentos que podem ser utilizados. Eles apresentam uma variação em relação ao custo (implantação e manutenção), nível de envolvimento da coordenação (tempo dedicado para o desenvolvimento e manutenção do instrumento), abrangência (número de funcionários envolvidos) e durabilidade (necessidade de atualização). Assim, uma empresa que possua pouca disponibilidade de tempo para a coordenação do processo de marketing interno deve evitar a escolha de instrumentos que exijam alto grau de envolvimento, pois certamente terá problemas na aplicação do projeto de endomarketing. Atualmente um canal de grande acesso ao funcionários e com uma tendência irreversível é a intranet. A intranet é uma fantástica ferramenta de comunicação com o público interno, que apresenta dinamismo, efeitos visuais e sonoros além de estar disponível a qualquer momento para os colaboradores. Outra importância desse canal é unir o diagnóstico da empresa e comunicar aos colaboradores as medidas que foram adotadas para que se possa equalizar essas duas diferentes visões. Com o diagnóstico feito, Bekin (2004) nos aponta que podem surgir três níveis de abrangência para um programa de endomarketing: 1 – Nova Mentalidade: Essa necessidade surge quando se descobre que a empresa precisa de uma consciência estratégica voltada para o atendimento ao cliente como prioridade para a conquista do mercado. É preciso introduzir a noção do funcionário 31 também como cliente, de seu envolvimento, da integração dos setores, do trabalho em equipe. Esse conjunto de fatores é chamado por Gronroos de uma cultura de serviço. 2 – Manter a Mentalidade: O segundo nível ocorre quando, apesar de já criada na empresa a mentalidade de uma cultura de serviço, torna-se necessário um novo processo para manter essa cultura. 3 – Expandir essa mentalidade, introduzindo novos bens e serviços para os funcionários, ao lado de atividades e campanhas de marketing: Para esse nível a mentalidade de serviço já foi criada e é mantida, no entanto precisa ser expandida. Essa expansão é o futuro do endomarketing, onde o público interno e sua família atuam em nome da empresa, unindo a empresa à sociedade. Independente de qual o nível que a empresa se coloca no momento, sempre serão utilizadas duas linhas de ação, ação de atitude e ação de comunicação. Através da ação de atitude o funcionário se conscientiza e percebe a importância estratégica do serviço voltado para o cliente. A linha de comunicação deve estabelecer um amplo sistema de informações capaz de dar subsídios para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência. É importante destacar que essas linhas devem sempre estar lado a lado para que não se percam. 3.4 – Avaliando o processo de endomarketing A avaliação do processo é feita a partir de reuniões e avaliações que devem ser feitas entre departamentos ou entre funcionários de um mesmo departamento. 32 Nesses encontros, deve-se também esclarecer e resolver problemas que possam surgir na prática do endomarketing. Pesquisas também são importantes para essa avaliação. Como a qualidade dos serviços internos afeta a qualidade dos serviços externos, pesquisas precisam ser feitas para que o programa não se perca e que possa ser sempre feito uma reformulação do que o público vêm buscando. 33 CONCLUSÃO O maior desafio para os Administradores não é gerir capital, e sim pessoas. O gerenciamento adequado da inteligência das organizações traz excelentes resultados, pois, o capital depende da força humana, e portanto, todas as empresas devem voltar-se para seus recursos humanos, porque é neles que reside o diferencial, são estes que fazem qualquer organização. Especialmente nas pequenas empresas, a falta de gestores voltados para seus recursos humanos, tem dificultado o crescimento e o sucesso destas, dando espaço para as grandes organizações dominarem o mercado e absorverem os bons profissionais. O presente trabalho voltou-se para este desafio, a busca de gerir o que há de mais importante dentro das organizações, a sua inteligência, o seu conhecimento, isto é, as suas pessoas. Estas quando bem geridas tornam-se o diferencial que alavanca bons resultados e prosperidade para ambas as partes, empregador e empregado. Para trabalhar a força humana de modo que todos dêem o máximo de si, é necessário ter pessoas motivadas e satisfeitas com aquilo que fazem, assim desenvolverão com melhor qualidade suas atividades e perseguirão objetivos com maior eficácia, portanto, torna-se indispensável a qualquer empresa, independentemente do seu porte, empreender esforços para possibilitar que as pessoas sintam-se motivadas. O endomarketing só tende a se expandir, hoje está sendo trabalhando primeiramente dentro da empresa, para em seguida atingir a sociedade e a perspectiva é que esse processo aconteça também entre empresas através do B2B (business-to-business). 34 BIBLIOGRAFIA BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Prentice Hall, 2004. BEKIN, Saul Faingaus. Conversando sobre Endomarketing. São Paulo: Makron Books, 1995. BRUM, Analisa de Medeiros. Um Olhar sobre Marketing Interno. Porto Alegre: L&MP, 2000. DESATNICK, Robert L. Gerenciar bem é manter o cliente. São Paulo: Pioneira, 1995. KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. São Paulo: Ibmec, 7º edição. Revista CONSUMIDOR MODERNO, São Paulo, edição 83, julho de 2004 Sites Consultados: www.ipiranga.com.br http://www.sul-sc.com.br/afolha/monografia/monografia99.htm http://snbu.bvs.br/snbu2000/docs/pt/doc/t074.doc http://www.josedemello.pt/gjm_tdf_01.asp?lang=pt&artigo=254 http://www.procomp.com.br/pressRel.asp?id=8 http://www.institutomvc.com.br 35 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I CENTRAL DE SERVIÇOS: CIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA 9 1.1 - Mercado do Petróleo – 2005 9 1.2 – As Centrais de Atendimento 12 1.3 - As atribuições da nova Central 12 1.3.1 - Assessoria de Telemarketing 14 1.3.2 - Assessoria de Atendimento ao Consumidor 15 1.3.3 - Assessoria de Atendimento ao Revendedor 15 1.4 - Os profissionais da Central de Serviços 15 CAPÍTULO II A VALORIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS 17 2.1 – Expectativas dos funcionários 18 2.2 – Motivação ou Auto-motivação? 20 2.3 – Avaliação dos pontos a serem melhorados 21 CAPÍTULO III - BUSCANDO ALTERNATIVAS DO ENDOMARKETING PARA A CENTRAL 23 3.1 – A importância do endomarketing 25 3.2 – Criando um processo de endomarketing 27 36 3.3 – Implantanto o endomarketing 30 3.4 – Avaliando o processo de endomarketing 32 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA 35 ÍNDICE 36 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO Universidade Candido Mendes ESTUDO DE CASO IPIRANGA: CENTRAL DE ATENDIMENTO X CENTRAL DE SERVIÇOS Mônica Cristina Silva Alves de Carvalho 22 de julho de 2005 Avaliado por: Conceito: Avaliado por: Conceito: Avaliado por: Conceito: Conceito Final: 38