Desenvolvimento Econômico
Comunitário e
Turismo para a Inclusão Social
Prefeitura de
Santo André
www.santoandre.sp.gov.br
Agence canadienne de
developpement international
Canadian International
Development Agency
Agence canadienne de
developpement international
Canadian International
Development Agency
Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional
Prefeitura de
Santo André
www.santoandre.sp.gov.br
Prefeitura Municipal de Santo André
Coordenação Geral
Peter Boothroyd
Coordenador Canadense
Universidade da British Columbia
João Avamileno
Coordenador Brasileiro
Prefeitura Municipal de Santo André
Coordenação Técnica
Erika de Castro
Centro para Assentamento Humanos
Universidade da British Columbia
Jeroen Klink
Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional
Prefeitura Municipal de Santo André
João Ricardo Guimarães Caetano
Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense
Prefeitura Municipal de Santo André
Centro de Documentação e Informação Polis Instituto de Estudos,
Formação e Assessoria em Políticas Sociais
P934
Prefeitura Municipal de Santo André; Agência Canadense
para o Desenvolvimento Internacional
Desenvolvimento econômico comunitário e turismo para
a inclusão social. -- São Paulo: Annablume, 2004. (Projeto
GEPAM, 5)
128 p.
ISBN
85-7419-442-5
1. Desenvolvimento Econômico Local. 2. Geração de Emprego
e Renda. 3. Inclusão Social. 4. Participação Cidadã. I. Título.
II. Série.
CDU 330.35.1
CDD 338.9
Escrito por
Parte 1 - Desenvolvimento Econômico Comunitário
Elena Maria Rezende
Parte 2 - Turismo para Inclusão Social
Sara Juarez Sales
Patrícia Lorenz Vicente
João Ricardo Guimarães Caetano
Marco Moretto Neto
Silvia Regina Costa
Contribuições
Parte 1 - Desenvolvimento Econômico Comunitário
Sarah Bryce
Parte 2 - Turismo para Inclusão Social
John Wojciechowski
Silmara Colchão
Sandra Jules Gomes da Silva
Apoio
Parte 1 - Desenvolvimento Econômico Comunitário
Maria José Santos Stein, Sandra Rodrigues Carvalho,
Vilson Rodrigues da Costa
Realização
CIDA – Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional
PMSA – Prefeitura Municipal de Santo André
Coordenação
Sara Juarez Sales
Produção
Andrea Piccini, Sara Juarez Sales
Projeto Gráfico
Capa e Ilustrações: Vanessa Bello
Editoração: Raimundo Lopes Pereira
Fotografia
Beto Garavello, David Rego Jr, Sandra R. Gaspar, Maria Luiza Pegon Saez,
Marco Moretto Neto, Ruth Cristina Ferreira Ramos, Gloria Sperandio, Sarah
Bryce, Elena Maria Resende, Sandra Rodrigues Carvalho
Editora e Impressão
Annablume e Linear B Gráfica e Editora
EQUIPE
TÉCNICA DO
Prefeitura de Santo André:
Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional:Jeroen Klink, Luís Paulo
Bresciani, Andrea Piccini, Renata Castro Boulos, Eduardo Ranier, Glauce Cruz,
Elaine Cristina de Souza, Gabriela Tedeschi Cano, Wendell Cristiano Lépore,
Antônio Carlos Schifino, Noé Humberto Cazetta, Jorge Luiz Gouvêa, Jorge Coral,
Roberto Vasquez de Araújo, Vilson Rodrigues da Costa, Vanessa Gayego Bello
Figueiredo. Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense:
João Ricardo Guimarães Caetano, Sara Juarez Sales , Sandra Rodrigues Gaspar,
Newton José Barros Gonçalves, Patrícia Lorenz Vicente, Sérgio Bombachini,
Valdemar Campião Júnior, Tomás Padovani, Marco Moretto Neto, Mercedes
Garcia Duarte, Ricardo Di Giorgio, Marilza A. S. Ghirelli, Elisson Pereira da Costa,
Silvia R. Costa, Carlos da Costa, Wilson Stanziani, Ruth Ferreira, Daniela José Pin,
Maria Luiza Pegon Saez, Ingo Grantsan, Leandro Wada Simone, Elaine cristina da
Silva, Alessandra Maria Cino, Cláudio Belvis, Cristina Tamasiunas, Fernanda
Longhini Ferreira, Sérgio Akira Yamaguchi, Débora Maria Stejanelli, Michele
Aparecida dos Santos, Adriana Capotosto. Secretaria de Inclusão Social e
Habitação: Rosana Denaldi, Ricardo Ernesto Vasquez Beltrão, Adriana
Carvalho, Armindo Pinto, Aylton Silva Affonso, Célia Domingos dos
Santos, Cristina Maria Athaíde, Elena Maria Rezende, Elizabete Henna,
Geraldo Feitosa de Vasconcelos, Helena Regina Bento, Henrique Werner
Johnen, Igor Carvalho, Irton Teixeira Cardoso, Janete Alves Gomes
Rosalino, João Bosco, Josafá Lopes de Lima, Luciana Lessa Simões
Pescarini, Luzia Arlete Góis Bento, Maraísa de Fátima Almeida, Márcia
Gesina Geraldo Oliveira, Mariana Bento, Marilda de Oliveira Lemos,
Marisa da Silva Rodrigues, Nair Silva, Sandra Rodrigues Carvalho, Selma
Scarambone, Silmara Conchão, Silvana Lavechia, Solange Gonçalves
Dias, Solange Salerno Spertini, Sônia Maria Justino, Sueli Gonçalves,
Zilda pacheco de Oliveira. Serviço Municipal de Saneamento
Ambiental de Santo André: Sebastião Ney Vaz Jr., Luciana Yuri Higoshioka
Toma, Fábio Ricardo Figueirinha, Cristina de Marco Santiago, Gabriela Priolli de
Oliveira, Eriane Justo Luiz, Helga Vicentini Rangel, Valter José da Silva, Sonia
Alvarez, Sônia Maria Bottan de Oliveira Santos, Sonia Cordeiro, Antônio Pereira
Neto, Carlos Henrique Andrade Oliveira, Ceila Castilho Silva Vieira, Lauricio Kazuo
Yamamura, Inácio Bassanello, Cláudia Ferreira dos Santos, Genivaldo Alves de
Souza, Degimário Carneiro Ramos, Flavio Souto Casarini Junior, José Vieira de
Souza, Laercio Guedes, José Rodrigues da Silva, Samir José Geleilette. Secretaria
de Desenvolvimento Urbano: Claudia Virgínia Cabral de Souza, José
Benedito Gianelli Filho, Reinaldo Alfredo Caetano Bascchera, Luiz Fernando de
Oliveira, Mirella Suraci Santos, Cibele Broiato, Mônica de Queiroz Nobeschi.
Sônia Ferreira Ântico, Maria Isabel Garcia, Tabajara Ferreira Kaiser, Maria Beatriz
Pereira Amoroso Anastácio, Valéria Lima Della Guardiã, Regina Shizue Kubota,
Érica Tortorelli, Belmiro dos Santos Rodrigues Neto, Washington Luiz de Araújo,
Maria Isabel Garcia. Secretaria de Orçamento e Planejamento
Participativo: Maurício Mindriz, Nilsa de Oliveira, Robson Moreno, Sérgio
R. Rodrigues, Silvana Pereira Gimenes, Ronaldo Tadeu Ávila de Paula, Amélia
Massae Honji Okabayashi, Helena Bento. Secretaria de Saúde: Maria José
Stein. Secretaria de Educação e Formação Profissional: Solange
Ferrarezi, Ronnie Aparecido Corazza, Ana Maria Gouvea Colombo. Secretaria
de Serviços Municipais: Vera Lúcia Assunção Paiva Ribeiro.
Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires:
Maria Inês Soares Freire, Marcos Bandini.
Câmara Municipal de Santo André:
Ivete Garcia.
University of British Columbia: Paul Zanderberger, Hans Schreier, Tanya
Stergiou, Fiona Walker, John Wojciechowski, Layla Saad, Sally Ross, Alison
Macnaughton, Jonathan Croteau, Jennifer Infanti, Barbara Carou, Sarah Bryce,
Stanley Loo.
Participaram deste projeto: Willian Gripp, Ana Luisa Howard Castilho, Luiz
Carlos Mazzini, Matilde Ribeiro, Luiz Henrique Rodrigues Zanetta, Daniela
Ramalho,Martins do Valle, Alberto Kleiman, Margarida Maria Martimiano Ramos,
Ana Benevides, Ester Obrecht Bensadon, Enrique Mieza Balbuena, Alexandre
Pollastrini, Nelson Santos Dias, Armindo Bool, Taís Grespam Souza.
Índice
Apresentação
9
PARTE 1
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
1. Porque Desenvolvimento Econômico Comunitário no GEPAM?
13
2. A Experiência da Aplicação da Metodologia do D.E.C. no
Núcleo Pintassilgo – PP2 do GEPAM
17
3. Lições Aprendidas
29
4. Anexos
31
Conceitos que orientaram nosso trabalho
Caracterização da localidade
Metodologia e funcionamento da Equipe de Trabalho
Entrevistas Individuais – Trajetórias de vida
Lições Aprendidas para o PP2assilgo
Anexo 1 – Perfil sócio-econômico da população moradora do Núcleo Pintassilgo
Anexo 2 – Pesquisa dos empreendimentos autônomos no Núcleo Pintassilgo
Anexo 3 – Dados sócio-econômicos da cidade de Santo André
Anexo 4 – Avaliação dos pesquisadores voluntários da comunidade
Anexo 5 – Relação de representantes da comunidade do Núcleo Pintassilgo
31
35
39
41
43
PARTE 2
TURISMO PARA A INCLUSÃO SOCIAL:
VILA DE PARANAPIACABA
1. Introdução
45
2. Condicionantes da Administração Munipal
47
3. Subprefeitura dentro do Plano Estratégico da Prefeitura
Municipal de Santo André
53
4. Transformação da Vila de Paranapiacaba em um Pólo Turístico
55
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA VILA DE PARANAPIACABA
4.1.1 Caracterização Natural
4.1.2 Caracterização do Patrimônio Histórico e Ferroviário
4.1.3 Caracterização Sócio-Econômica
4.2 DESAFIOS ENFRENTADOS
4.3 EIXOS ESTRATÉGICOS ESPECÍFICOS DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO
4.3.1 Turismo, Meio Ambiente e Patrimônio Histórico
4.3.2 Turismo, Desenvolvimento Econômico e Inclusão Social
4.3.3 Participação Social
5. Gestão do Patrimônio Histórico e Natural da Subprefeitura
5.1 CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
5.2 CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
5.2.1 Plano de Gestão do Patrimônio
5.2.2 Plano de Turismo
5.2.3 Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico
5.3 PARTICIPAÇÃO CIDADÃ
55
59
61
65
66
71
84
6. Lições Aprendidas
87
Bibliografia
91
7. Anexo
93
6.1 CONTEXTO GERAL
6.2 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL: TURISMO
Gestão Integrada de Qualidade do Destino Turístico
87
89
93
Apresentação
Jeroen Klink
Secretário de Desenvolvimento e Ação Regional
Prefeitura Municipal de Santo André
Aprender fazendo – O Gepam e a criação de estratégias de
desenvolvimento nas áreas de manaciais de Santo André
Temos acompanhado o projeto GEPAM desde o momento da sua concepção,
em outubro 1996, logo após as eleições municipais que resultaram na segunda
gestão do saudoso prefeito Celso Daniel. Nesse momento foram feitas as primeiras
articulações entre as equipes de transição do novo governo eleito de Santo André e
da Universidade de British Columbia, através de seu Centro para Assentamentos
Humanos. No decorrer de 1997, as equipes canadenses e brasileiras trabalharam
arduamente na formulação do marco lógico deste projeto, que contaria com recursos
do chamado Fundo de Transferência de Tecnologia da Cooperação Técnica
Canadense da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA).
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Passados quase seis anos, podemos afirmar que o GEPAM (Gerenciamento
Participativo em Áreas de Mananciais) representa um exemplo quase paradigmático
de uma nova geração de projetos de cooperação internacional, caracterizados por
um perfil mais descentralizado e enfatizando o envolvimento de um conjunto de
atores locais – ONGs, movimentos sociais, governos locais, universidades,
representantes da comunidade, entre outros – na sua elaboração, implementação
e avaliação. A metodologia dessa nova geração de cooperação internacional privilegia os processos de fortalecimento institucional e a capacitação dos atores locais,
além de incentivar ativamente a aprendizagem coletiva associada à formulação e
implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento local.
O GEPAM conquistou tudo isso. Quem lê a primeira versão do projeto, que
foi aprovada pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA)
em outubro 1998, percebe que a proposta passou por várias mudanças no decorrer
do tempo. Um exemplo do surgimento de novos temas em função de um processo
de aprendizagem coletiva dos atores locais durante a implementação do projeto
foi o desenvolvimento geral das áreas de mananciais e o desenvolvimento econômico
comunitário. Até a década de noventa, as áreas de mananciais nem apareciam no
mapa dos planejadores das Prefeituras metropolitanas, inclusive Santo André. De
certa forma, o manancial era considerado uma área que concentrava um conjunto
de problemas, como o uso e ocupação de solo desordenado, o crescimento
exponencial das favelas e uma legislação estadual ambiental rígida que gerava
grandes dificuldades na indução de atividades econômicas sustentáveis. Desde os
primeiros momentos de sua implementação, o GEPAM tem proporcionado uma
mudança radical no olhar para as áreas de mananciais como possíveis janelas de
oportunidade, em termos de democratização da gestão urbana, geração de trabalho
e renda e emancipação de comunidades. Nós acreditamos que o GEPAM, pela
sua abordagem aberta e inovadora em termos de modelo de cooperação
internacional, tenha desencadeado este processo de concepção e experiência prática
do tema de desenvolvimento local em áreas de mananciais no Brasil, com grande
possibilidade de replicabilidade tanto no Brasil como em países em desenvolvimento.
Os capítulos sobre a Vila de Paranapiacaba e o Manual de Desenvolvimento
Econômico Comunitário refletem bem esta mudança na postura do gestor público
e do conjunto de atores locais em relação ao tema do desenvolvimento econômico
local em áreas de mananciais. O relato sobre Paranapiacaba analisa os limites e
potenciais de uma estratégia ousada do governo local voltado para a revitalização
econômica e social da Vila que vem também recebendo apoio do GEPAM. O
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO C OMUNITÁRIO
E
TURISMO
Manual de DEC, por sua vez, desmistifica o discurso oficial acerca da impossibilidade
de assumir estratégias de desenvolvimento econômico comunitário nos mananciais,
a partir de um relato rico das experiências na comunidade Pintassilgo.
Além dos resultados e produtos concretos que estas experiências nos
proporcionaram, enfatizamos que a parceria entre os atores locais conseguiu
catalisar processos duradouros de aprendizagem voltados para a formulação,
implementação e avaliação de políticas públicas. A análise das experiências em
DEC através do GEPAM nos mostra que o novo modelo de cooperação
descentralizada adotada pela CIDA e os seus parceiros canadenses é capaz de
fortalecer a capacidade endógena dos atores locais de planejamento e
implementação de programas voltados para uma cidade mais produtiva e mais
justa. Boa leitura!
PARTE 1
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
1.
Porquê desenvolvimento Econômico
Comunitário no Gepam
Como os objetivos do GEPAM – Gerenciamento Participativo em Área de
Mananciais em Santo André é realizar intervenções governamentais de cunho sócioambientais, desenvolvendo tecnologias sociais e urbanísticas replicáveis, de modo
participativo com as Comunidades inseridas em 3 projetos Pilotos : PP1 – Parque
Miami, PP2 – Núcleo Pintassilgo e PP3 – Paranapiacaba.
Para o Gepam é fundamental considerar a “tecnologia” local para a gestão
das políticas públicas implantadas. Embora já houvesse acontecido várias atividades
de reflexão e troca de experiência sobre desenvolvimento econômico no Gepam.
Foi em maio de 2003 com a realização do Seminário Regional(abrangeu cidades
vizinhas a cidade de Santo André) de D.E.C. - Desenvolvimento Econômico
Comunitário, promovido pela CIDA, UBS e Prefeitura de Santo André, que o tema
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
D.E.C., pode dialogar de modo mais produtivo com as diferentes experiências
entre canadenses e brasileiros. Está troca de experiência foi inovadora por cruzar
informações, realizar comparações de realidades, aprofundar conceitos. Exemplo
disso foi constatar que para o Brasil falar em Economia Solidária é o mesmo que
para o Canadá falar de DEC.
Os principais objetivos deste Seminário foi oferecer uma oportunidade de
reflexão para compreendermos quais os desafios econômicos, sociais e ambientais
para o DEC, bem como conhecer experiências inovadoras e bem sucedidas, e,
traçar um planejamento de metas e ações comuns. Para os participantes vindos de
diferentes bairros e cidades, foi importante constatar que as várias cidades vizinhas
tem o mesmo problema - localização em Áreas Protegidas – Áreas de Proteção
Ambiental - e podem se unir para encontrar as melhores soluções, como desencadear
um Desenvolvimento Econômico – Comunitário e Ambientalmente correto.
Para o Projeto Piloto 2 – denominado Núcleo Pintassilgo, participaram desta
atividades 6 mulheres, recém eleitas como Conselheiras Representantes de sua
Comunidade. A oportunidade de participar de um evento regional (envolvendo
várias cidades próximas) foi avaliado por elas como uma experiência que demonstrou
seriedade no compromisso dos governos locais com esta missão sócio-ambiental.
As principais conclusões foram: “É possível, realizar Desenvolvimento
Econômico Comunitário em Áreas de Proteção Ambiental, desde que, sejam
respeitadas as variáveis proteção ambiental, inclusão social e economia local. Abrese uma possibilidade de elaborar novas alternativas de lidar com o Desenvolvimento
Econômico não como “problema” mas como “solução” para uma boa proteção
ambiental e desenvolvimento social. Que promover desenvolvimento econômico,
requer observar os diferentes atores econômicos e sociais, e olhar com mais atenção
para os empreendimentos sociais e locais da Comunidades, como artesanatos de
projetos sociais, cooperativas de produção e de serviços, etc. Assim o território
antes “proibido” das áreas de mananciais, podem se, se com o rigor controle
ambiental e social, podem atrair investimentos, com vantagens competitivas para
desenvolver atividades econômicas combinando tecnologia limpa, produtos sociais
locais, crédito solidário, gestão participativa.
– Conceitos que orientaram nosso trabalho
A cidade de Santo André, desde 1997 vem investindo na formulação e
implementação de políticas públicas de Geração de Trabalho e Renda, pois considera
ser esta também uma tarefa importante do poder público municipal. Por razões da
"
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
conjuntura econômica recessiva no Brasil, nos últimos 20 anos, a sociedade brasileira
tem convivido com situações de precarização do emprego e do trabalho, por
decorrência dos salários e das renda familiar. O impacto na qualidade de vida do
cidadão e cidadã é visível, nas ruas, nos bairros de periferia e principalmente nas
ocupações irregulares em áreas de proteção ambiental. Diante disso um governo
municipal que é comprometido em realizar políticas públicas de inclusão social e
econômica é fundamental investir em programas de empreendedorismo e
cooperativismo, como estratégia de governo para a melhoria da qualidade de vida.
Então, desenvolvimento só se faz com inclusão social, está é uma premissa.
Os vários programas desenvolvidos visam capacitar Comunidades da periferia e
de regiões mais pobres a desenvolver suas capacidades, através de Cursos de
Alfabetização, Cursos Profissionalizantes, Curso para Cooperativas, Curso para
Empreendedores locais. Estas capacitações são potencializadas com outros
programas de apoio como: Banco do Povo – Banco de crédito solidário e como
Assessoria e consultoria para pequenos negócios.
A região do ABC que compreende sete cidades próximas, demarcadas por
áreas de proteção ambiental, que já foi até a década 90 o maior pólo industrial
brasileiro. Estas cidades sofrem com as alterações de sua vocação econômica,
umas mais, outras menos. A queda dos impostos é brutal devido a forte retração
dos setor produtivo para um igual crescimento no setor de serviços. Diante da
grave crise do desemprego estrutural e conjuntural. A partir deste cenário inicia-se
neste período várias iniciativas do que hoje classifica-se como Economia Solidária.
São elas, as cooperativas de produção e serviços, são projetos sociais que se
articulam na produção e comercialização de seus produtos, etc. todos com a mesma
premissa identificar e empreender oportunidades de geração de trabalho e/ou renda.
Para o GEPAM, realizar atividades de geração de trabalho e renda, em suas
áreas de projeto piloto, foi essencial, a partir da compreensão de que “onde há
forte exclusão social haverá sempre maior degradação ambiental”. Portanto priorizar
o desenvolvimento econômico e social nestes territórios é fundamental para oferecer
sustentabilidade dos programas e das políticas públicas ali desenvolvidas. Os
conceitos de “Economia Solidária” e “D.E.C.” partem do princípio da cooperação
e da solidariedade, na articulação de uma rede social-econômica, por priorizar os
destinatários destas ações que são excluídos socialmente e por valorizar os pequenos
negócios, como estratégia de movimentar a economia local, setorial e regional de
um segmento que tende a crescer como alternativa de geração de renda, fundando
um novo conceito de trabalho.
#
2.
A Experiência de D.E.C. no
Núcleo Pintassilgo
Este trabalho foi totalmente concebido e realizado pelo Grupo de Trabalho
Organização Comunitária, trata-se de um grupo que se constituiu de modo interdisciplinar com a finalidade de promover as ações sócio-educativas, como educação
ambiental, educação à saúde e prevenção sanitária, educação para os direitos
humanos, orientação para o desenvolvimento econômico comunitário, educação
para a cultura, com Oficinas do Teatro do Oprimido. Este grupo se reuniu
regularmente para planejar todas as ações desenvolvidas nesta Comunidade
chamada: Núcleo Pintassilgo.
Compõe esta Equipe diferentes Secretarias e Departamentos da Prefeitura,
está é uma prática inovadora adotada nos últimos governos municipais em Santo
André, nas gestões do Prefeito Celso Daniel. Esta integração técnica busca
desenvolver uma nova cultura, essa mais arrojada para a costumeira postura de
uma Equipe Técnica que não dialoga com os cidadãos. Esta nova postura dos
técnicos é que viabiliza projetos como o do GEPAM entre outros internacionalmente
premiados, como por exemplo do Programa Integrado de Inclusão Social, financiado
pela Comunidade Européia. No caso do PP2 – Núcleo Pintassilgo trata-se da mesma
concepção e prática para a Equipe técnica, qual seja realizar trabalhos integrados
e matriciais, para potencializar e garantir maior eficácia na comunicação e nas
ações do governo municipal, em uma mesma localidade.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
&
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Plano de Ação – D.E.C.
Ações sócio-educativas e organizativas
.=IA Sensibilizar a Comunidade para o trabalho
• Se reunir com o Conselho de Representantes de Quadra;
• Elaborar um Plano de Ação de D.E.C com a participação de toda Comunidade
• Apresentar o Plano de Ação de D.E.C. para cada Quadra (parte menor dentro
da própria comunidade) para ampliar a mobilização e o debate social sobre o
tema;
Objetivo:
ð Desmistificar o sentido e significado das palavras: Economia,
Desenvolvimento e Comunitário para demonstrar que estes assuntos se referem
à vida da comunidade e eles tem um conhecimento acumulado que precisa ser
resgatado para se desenvolver na direção que eles próprios com autonomia
decidirem;
ð Ampliar o debate para além da instância do Conselho de Representantes(grupo
com 18 participantes);
ð Proporcionar um esclarecimentos e coletar sugestões a serem implementadas
no Plano de Ação de D.E.C.
'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Metodologia aplicada
ð Para garantir a sustentabilidade social de um tema novo a ser desenvolvido por
técnicos junto com uma Comunidade, se faz primordial pactuar, desde o início
apresentar uma proposta e colocá-la em debate.
ð Para só então, partir para um trabalho de reflexão conceitual, tratando dos
objetivos, das expectativas, da população a ser mobilizada com este trabalho.
ð Em grupo realizar de debate e/ou uma reflexão de modo a partir do conhecimento
já existente da própria Comunidade. Destacando a história de desenvolvimento
na humanidade, no país, da cidade e da localidade do bairro deles;
ð A troca de experiência é fundamental para demonstrar o processo dos grupos
de geração de trabalho e renda, para demonstrar que é possível colocar o
sonho em prática, para ampliar o repertório dos tipos de empreendimento
ambientalmente sustentáveis.
Dados:
Foram realizadas 12 atividades, entre reuniões do conselho de Representantes
e Reuniões por Quadra – 400 moradores e moradoras desta Comunidade, homens,
mulheres e jovens e idosos.
.=IA
Troca de experiência em Empreendimentos Ambientalmente Sustentáveis
Objetivo:
ð Conhecer e demonstrar a viabilidade sócio-ambiental de empreendimentos
sustentáveis em áreas protegidas, ambientalmente sensíveis.
Através de visitas monitoradas e Oficinas - amplamente divulgadas;
• Escola Manacá - em Rio Grande Serra - Grupo de trabalho que faz bijuterias
com sementes caídas das plantas e árvores, trabalha com jovens e mulheres
desempregados;
• Cultivo de Shitake - em Rio Grande da Serra - Grupo que produz este cogumelo,
através do uso sustentável de madeira de Eucalipto(espécie não-nativa) e
comercializa em restaurantes;
• Parque Escola - Horto Medicinal e Adubo Orgânico - Escola da Prefeitura de
Santo André que realiza cursos de Plantas Medicinais e Agricultura Orgânica,
aberta a todos e todas cidadãs da cidade;
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
• Tecnologia social - Courveiro MG, um consultor relatou suas experiências na
constituição de cooperativas de sabão, a integração da comunidade com a
Escola, na geração de trabalho e qualidade de vida.
Visita ao Parque Escola – Plantas Medicinais
Horto Plantas Aromáticas
Oficina de Artesanato com sementes – Escola Manacá
Dados:
Foram realizadas 4 atividades, 150 moradores e moradoras desta
Comunidade, homens, mulheres e jovens e idosos.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Metodologia aplicada
ð Visitas monitoradas, pre-agendadas.
Buscou-se garantir que em cada atividades fosse apresentado:
– como eles se afirmaram como grupo
de produção/comercialização;
– o que é necessário para criar um
empreendimento semelhante;
– a tecnologia empregada;
– o apoio de financiamento;
– as lições aprendidas: de como fazer ?
Cultivo de Shitake - maio 2004
Moradores da Pintassilgo em visita a experiência
da cidade de Rio Grande da Serra – região do
ABC
.=IA !
Conhecer melhor a realidade sócio-econômica da Comunidade
Objetivo:
ð Conhecer as atividades econômicas desta localidade;
ð Apresentar à Comunidade dados que foram coletados pela
Prefeitura de Santo André, por ocasião do Cadastramento
sócio-econômico, para efeitos de controle patrimonial e
ambiental da área.
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Realizou-se:
ð Pesquisa sobre os Empreendimentos Autônomos da Comunidade
• Realizada por uma equipe de 30 pessoas voluntárias da Comunidade. Estas
pessoas foram capacitadas pela equipe Técnica da Prefeitura para fazer pequenas
entrevistas. Elas tinham uma pequena pasta, com um questionário e uma
identificação: “pesquisadora voluntária”;
• Posteriormente os resultados desta tabulação de informações foram apresentadas
ao Conselho de Representantes da Comunidade – instância de co-gestão da
localidade.
ð Um evento especial para apresentar os resultados das Pesquisas:
– dos Empreendimentos Autônomos – realizada pela Comunidade;
– sócio-econômica – realizada pela Prefeitura de Santo André, em 2002, intitulada
Cadastramento de domicílios, sob a responsabilidade do DEHAB – Departamento
de Habitação;
Treinamento
Pesquisadores voluntários
Devolvendo à
comunidade
o Resultado Pesquisa
!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Metodologia aplicada
ð Novamente a premissa de partir do conhecimento local para potencializar uma
reflexão crítica da comunidade foi levado a cabo;
ð Realizar a Pesquisa se tornou uma aprendizado para os próprios moradores e
moradoras. Fazê-los elaborar sobre :
– O que é uma Pesquisa ?
– Para que serve ?
– O que queriam saber sobre os empreendimentos autônomos ?
– O que deveriam perguntar para subsidiar o Plano de D.E.C. ?
– Como perguntar sem criar constrangimentos , pois trata-se de atividade nãoformais?
– Como se apresentar – na condição de pesquisadores voluntárias – portanto
vivenciam a mesma realidade e guardar o sigilo das informações confidenciais?
ð Um Encontro de uma tarde, preparou estas pessoas para aplicação da Pesquisa,
esclarecendo dúvidas, prevendo os materiais e dividindo as equipes de
pesquisadores pela área abrangida, toda as 8 quadras da Comunidade.
Dados:
Universo de Pesquisa 105 pessoas. Foram realizadas 5 atividades, entre
preparação e eventos comunitários. * as mulheres foram a maioria ao assumir a
pesquisa voluntária .
.=IA "
“Talentos Empreendedor da Comunidade precisa ser divulgado
para ser valorizado”
Objetivo:
ð Conhecer as atividades econômicas, autônomas e artesanais desta localidade;
Realização da Feira de Talentos da Comunidade
• Por iniciativa da própria Comunidade, a partir da constatação de que o talento
empreendedor precisa ser mais efetivamente divulgado para ser valorizado dentro
da própria comunidade;
"
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
• O processo de preparação foi acompanhado de perto por técnicas sociais da
Prefeitura que trataram este evento como atividade formadora para os valores
comunitários;
• Neste processo de preparação acontecerão os principais encontros de diferentes
atores sociais e econômicos. A maioria buscava entender como se integrarem
em algo que eles percebiam que tinha valor para apoiar suas ações de geração
de trabalho e renda;
• O evento em si compreendeu em algo bem simples: foram montadas pequenas
barracas de madeira que comercializavam seus produtos: artesanato, comidas
doces e salgadas, bebidas. Bem como, contou com arte-educação em reciclagem
para as crianças, música popular para os jovens.
• O destaque inovador para esta Comunidade foi conseguir pela primeira vez
incluir a juventude, através das atividades culturais e recreativas. Simultaneamente
ao funcionamento das barraquinhas havia um roteiro de apresentações culturais,
em sua maioria constituída por grupos de jovens, que ansiavam em mostrar à
toda Comunidade sua música e sua dança. Foi um lindo dia de Festa!
• O evento, despertou o interesse dos moradores e moradoras em se preocuparem
mais com o lazer e a cultura. Muitos habitantes não tem outro lazer, a não ser a
televisão dentro de casa. Neste dia muitos deram seu depoimento que saíram
pela primeira vez, com suas “roupas de festa” para ver um show e uma atividade
recreativa como aquela.
• A avaliação geral da atividade pela própria Comunidade, foi unânime, todos e
todas perceberam a força da união que estava adormecida e que acordou. A
maioria se divertiu e trabalhou ao mesmo tempo. A divulgação dos talentos
gerou resultados, através de encomendas e pedidos de prestação de serviços.
Muitos moradores e moradoras que não participaram, no dia quiseram se
informar e se despertaram para participar das atividades do Plano de D.E.C. da
Comunidade.
Metodologia aplicada
ð O fazer – aprendendo é o método de aprendizado mais eficiente com as
Comunidades;
ð Uma Comunidade só se mobiliza para realizações concretas. A organização
deste Evento, consumiu inúmeras reuniões de preparação, onde se definia
comunitariamente cada detalhe, onde novas pessoas se incorporavam ao
processo e suas opiniões eram acolhidas se fossem pertinentes com o objetivo
da atividade
#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
TRAGA A FAMÍLIA E VENHA PARTICIPAR !!
1ª FEIRA DE TALENTOS
do Núcleo Pintassilgo
DIA: 09/11/03 DAS 10:00 ÀS 16:00 HS.
LOCAL: TOLDO DO SEMENTINHA AO LADO DO CAMPO
R: Pintassilgo - próximo a Capela São Paulo - Quadra E
ATIVIDADES:
BARRACAS COM: BOLOS, DOCES, SALGADOS, FRANGO ASSADO,
CROCHÊ, PINTURA, MARCENARIA, BIJOUTERIAS, ROUPAS
EM GERAL, GRUPOS MUSICAIS, DANÇA, ETC...
APOIO:
GEPAM - Gerenciamento Participativo em Área de Mananciais
PREFEITURA DE
SANTO ANDRÉ
$
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
.=IA #
“Aprendendo a Empreender para gerar negócios sustentáveis ”
Objetivo:
ð Preparar os atuais empreendedores autônomos já existentes, para aperfeiçoar
seu método de gerencial, contábil, de publicidade e viabilidade econômica e
ambiental;
ð Preparar quem ainda não tem um negócio a encontrar sua vocação
empreendedora e viabilizar seu negócio;
Realização:
a) Curso de Empreendedor Popular
Promoção da Prefeitura de Santo André, pelo Departamento de Geração de
Trabalho e Renda, através do Programa Empreendedor Popular.
• O curso foi amplamente divulgado e realizado em 3 meses na própria localidade;
• A participação feminina foi de 90%. As iniciativas estudadas para gerar renda,
foram desde “padaria – com pão de ervas” há cooperativas de costura e
brinquedos populares;
• Destaque para uma outra ação conjunta do governo municipal que garante a
cada participante do Curso a possibilidade de solicitar um financiamento no
Banco do Povo – Organização Não Governamental – que realiza empréstimos
a juros menores para pequenos empreendedores.
b) Projeto Modelo de Empreendimento Social da Comunidade
• A iniciativa de trazer uma sugestão aqui é do governo municipal, proposta esta
articulada com as diretrizes do Programa do Governo Federal – denominado
“Fome Zero”. Programa de Segurança Alimentar que se propõe a erradicar a
desnutrição e a miséria, com programas de sócio-educativos aliados a programas
de geração de trabalho e renda. Em fase de estudo de viabilidade. Aguardando
financiamento externo.
• Projeto de Agricultura Urbana - propõe-se a produzir hortaliças, com manejo
ambientalmente sustentável, tendo como base a agricultura orgânica, a educação
ambiental, a compostagem de adubos orgânicos gerados pela própria
comunidade.
%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
• Ter um Empreendimento desta magnitude e variedade é uma proposta ousada
tanto para o governo municipal tanto para a Comunidade, mas os impactos
sociais e econômicos oriundos desta implementação garantirão em grande
medida a sustentabilidade de todo o Plano de D.E.C..
Metodologia aplicada
ð O fazer – aperfeiçoando o conhecimento existente das Comunidades, com
tecnologias sociais que podem alavancar os empreendimentos e criar
sustentabilidade social e ambiental, está foi a grande preocupação desta fase.
ð Os cursos ofereceram palestras temáticas e objetivou ao final que cada
participante cria-se seu próprio negócio virtualmente. Este “negócio” foi avaliado
pelo professor que devolveu aos participantes fazendo suas considerações de
aperfeiçoamento e/ou de incentivo a buscar colocá-lo em prática pela ótima
oportunidade de realiza-lo.
ð Partir da visão de um empreendimento individual para um comunitário, foi o
desafio proposto nesta fase. Como conceber um Empreendimento Modelo, que
seja capaz de conciliar várias dimensões: social, econômica e ambiental.
Alunas Curso
Alunos do Curso
Formatura – entrega Diploma
&
3.
Lições Aprendidas
ð O Tema D.E.C. foi extremamente bem recebido pela Comunidade. Para o caso
do Núcleo Pintassilgo, onde as obras urbanísticas estavam inviabilizadas por
outras contingências externas à Comunidade. Ter tido a oportunidade de discutir
um tema tão impactante para suas vidas, trouxe uma dimensão de utopia a ser
conquistada, agregando o valor da união e da organização já tão esquecido
para esta Comunidade tão excluída socialmente;
ð Discutir a questão da Economia com esta Comunidade, foi muito interessante
pelo fato de podermos fazer uma associação, super pertinente, entre macro e
micro economia, entre a economia mundial e a economia local, entre modelos
de desenvolvimento que queremos, os impactos da economia mundial na vida
local e, finalmente que economia se quer potencializar na vida da Comunidade.
A resposta foi querem construir uma Economia Solidária. O que significa afirmar
que ações de controle aos concentradores de poder econômico local devem ser
elaboradas e ações de estímulo a empreendimentos sociais da Comunidade
merecem maior apoio institucional;
ð A Equipe Técnica, funcionários da Prefeitura, precisam ter grande disponibilidade
para acompanhar cada passo do Plano de Ação junto com a Comunidade.
Tempo para se reunir inúmeras vezes para Planejar o trabalho a ser realizado. É
marcante as diferenças quando se prepara bem uma reunião e quando não se
prepara, está ação é altamente impactante para o desenvolvimento do trabalho.
Neste sentido, foi fundamental, antes Ter formulado uma proposta de Plano de
Ação, antes entre os técnicos, para mediar nossos recursos para apoiar as ações,
por exemplo nossa capacidade de assessoramento e financiamento de pequenos
empreendimentos;
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
ð Para o processo social de uma Comunidade que tem marcas profundas da
exclusão sócio-econômica, propor modos de desenvolvimento comunitário
solidários, significa afirmar que estaremos enfrentando sérios conflitos de valores
humanos, valores econômicos e valores políticos. Mas ao mesmo tempo que o
conflito é percebido, pela própria Comunidade, a solução para a superação
aparece em suas aparentemente ingênuas propostas, como foi a “Feira de
Talentos”. Esta atividade pode demonstrar o quanto de potencial de mobilização,
de organização, de conscientização, de informação e interação cultural pode
haver em uma única atividade. Pela primeira vez a juventude se sentiu envolvida
e respondeu positivamente, participando das atividades culturais, com dança e
música, talentos da comunidade.
ð A comunidade ao descobrir que tinha “ talentos empreendedor” simultaneamente
descobriu no processo que tinha “ talento da união”. Este relato emocionado
foi vários vezes repetido por ocasião das reuniões de avaliação do processo de
organização da Feira de Talentos. Na verdade, o que se construiu ali foi bem
mais que um evento econômico, foram as bases de um aprendizado para novos
eventos comunitários. E, este deu muito certo!! O que elevou a auto-estima e
mostrou a viabilidade e eficiência da organização comunitária entre eles e elas.
!
Anexo 1 – PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DA POPULAÇÃO
MORADORA DO NÚCLEO PINTASSILGO
Pintassilgo - informações da ocupação
T E M P O D E R E S ID Ê N C IA N O
D O M IC ÍL IO
3 5 ,0 %
3 0 ,0 %
2 5 ,0 %
2 0 ,0 %
3 3 ,2 %
3 2 ,5 %
1 5 ,0 %
2 0 ,8 %
1 0 ,0 %
6 ,3 %
5 ,0 %
4 ,7 %
2 ,6 %
0 ,0 %
A té 5 a no s
de 5 a 10
a no s
de 10 a 15
a no s
de 15 a 20
a no s
de 20 a 25
a no s
2 5 e m a is
a no s
A ocupação da área teve um grande crescimento nos últimos 10 anos.
P intassilgo - responsáveis
C o r o u R aça d os R esp o nsáveis
0,2%
Branc a
0,2%
Parda (morena)
7,6%
Pr eta (negra)
47,4%
Indígena
A mar ela
(japonês /c hinês )
44,7%
A maioria dos responsáveis declarou-se parda ou morena (47%),
seguidos de perto pelos que se declararam brancos (45%).
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
P intassilgo - P opulação
S e xo P o p u lação
5 1,0 %
5 1,0 %
5 0,0 %
4 9,1 %
M a s c u lin o
4 9,0 %
Fe m in in o
4 8,0 %
Entre a população de todo o núcleo temos o contrário, o número de
mulheres é maior que o de homens.
P intassilgo - primeiro responsável
S e xo
100,0%
65,6%
34,4%
Ma s cu lin o
50,0%
Fe m in in o
0,0%
A grande maioria dos primeiros responsáveis pelos domicílios são homens.
!
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Pintassilgo - primeiro responsável
Local de N ascim ento
O u t r o P a ís
0 ,5 %
6 7 ,8 %
O u t r o Es t a d o
1 2 ,7 %
O u t r o M u n ic íp io d o Es t a d o S P
O u t r o M u n ic íp io d o A BC
4 ,7 %
1 4 ,2 %
San to A n d r é
A grande maioria dos responsáveis nasceram em outros Estados, mas há
também um percentual de pessoas que nasceram em Santo André.
P intassilgo - primeiro responsável
R E G IÃ O D E NA S C IM E NT O
Su d e s te
Su l
No r te
8,0%
0,6%
11,1%
C e n tr o Oe s te
0,9%
No r d e s t e
79,4%
Dos que nasceram em outros estados a grande maioria é da região nordeste.
!!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
P intassilgo - população
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
6 3,6%
30,0%
9 ,0%
20,0%
4 ,3%
6 ,4%
1 6,7%
10,0%
0,0%
s em renda
menos 1 s m
de 1 a 3 s m
de 3,1 a 5 s m
maior que 5,1s m
Mais da metade das famílias têm renda de 1 a 3 salários mínimos
P intassilgo - população
S itu a çã o O cu p a cio n a l
Nº
%
E m pregado c om Regis tro
618
33,6%
S ó faz bic os
352
19,1%
Des em pregado
253
13,7%
E m pregado S em Regis tro
235
12,8%
A utônom o s em regis tro
219
11,9%
A pos entando e P ens ionis ta
156
8,5%
8
0,4%
A utônom o c om regis tro
T o ta l
1.841
100,0%
32,8% da população economicamente ativa está em situação frágil de
desemprego ou “bico”.
P in ta s s ilg o - p o p u la çã o
40%
35%
30%
25%
20%
35%
15%
24%
10%
14%
13%
5%
6%
5%
0%
1%
10 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 a 69
m a is d e 7 0
9 anos
anos
anos
anos
anos
anos
anos
anos
20%
!"
2%
m enos de
d a p o p u l a ç ã o te m m e n o s d e 1 9 a n o s . A
m o r a d o r e s ( 5 9 % ), p o s s u e m d e 2 0 a 3 9 a n o s .
m a io r
c o n c e n tra ç ã o
de
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Anexo 2 – PESQUISA DOS EMPREENDIMENTOS AUTÔNOMOS
NO NÚCLEO PINTASSILGO
A atividade é exercida em que local?
NUM
EST A BEL EC IM ENT O,
EM T ERRENO
DIFERENTE DO
LOC A L ONDE M ORA
13%
NUM
EST A BEL EC IM ENT O,
NO M ESM O
NÃ O HÁ
TERRENO ONDE
EST A BEL EC IM ENT O
M ORA
20%
67%
A maior parte das atividades são exercidas em estabelecimentos montados
dentro do mesmo terreno onde se encontra a moradia:
V ocê já exercia esta ativ idade
antes de morar na Pintassilgo?
S IM
N ÃO
49%
51%
A proporção de pessoas que não praticavam a
atividade antes de morar no núcleo é ligeiramente
maior que aquelas que praticavam.
Como v ocê aprendeu esta atividade e como
se prepara para exercêexercê- la ?
4 5 ,0 %
4 1 ,0 %
3 8 ,5 %
AP R E N D I C O M
F AMIL IAR E S
4 0 ,0 %
3 5 ,0 %
T E N H O MU IT O T E MP O
D E E XP E R IÊ N C IA
3 0 ,0 %
F IZ C U R S O S
2 5 ,0 %
2 0 ,0 %
1 5 ,0 %
1 0 ,0 %
1 0 ,7 %
L E IO R E VIS T AS E
J O R N AIS
8,2%
1,6%
AP R E N D I S O Z IN H A
5 ,0 %
0 ,0 %
A maior parte diz que aprendeu com familiares ou
que tem muito tempo de experiência.
!#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Num geral quanto ao seu fatur amento:
MA IS OU MENOS SA TISFEITO POIS
A PENA S DÁ PRO GA STO
60,0%
51,9%
V OCÊ ESTÁ INSA TISFEITO POIS
NÃ O TEM DA DO NEM PA RA SUA
SOBREV IV ÊNCIA
50,0%
40,0%
25,0%
30,0%
V OCÊ ESTÁ SA TISFEITO POIS É O
SUFICIENTE PA RA A SUA
SOBREV IV ÊNCIA
15,4%
20,0%
7,7%
10,0%
V OCÊ ESTÁ SA TISFEITO POIS
A LÉM DE SUA S DESPESA S V OCÊ
TEM PODIDO INV ESTIR NO SEU
NEGÓCIO
0,0%
A maioria se sente mais ou menos satisfeita pois o que ganha dá apenas “pro gasto”.
Os seus clientes são:
MORA DORES DO BA IRRO PRÓXIMO
MORA DORES DE OUTRA S CIDA DES
MORA DORES DE V Á RIOS BA IRROS DA CIDA DE
MORA DORES DO NÚCLEO
MORA DORES DO NÚCLEO E DO BA IRRO PRÓXIMO
V IZINHOS E A MIGOS, MORA DORES DA MESMA RUA
2 ,6%
5 ,2%
1 3,0%
1 5,6%
1 8,8%
4 4,8%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
Em sua maioria são vizinhos e amigos, moradores da mesma rua
AJUDAR NA RENDA FAMILIAR SUSTENTO DA FAMÍLIA
!$
•
AMPLIAR SUA ATIVIDADE E CRESCER E PRODUZIR
•
APRENDER E ENSINAR (GANHANDO OU NÃO)
•
APRENDER PARA FAZER PARA O MEU PRÓPRIO USO
•
AMPLIAR O TRABALHO
•
AUMENTAR E TRABALHAR NO PRÓPRIO NEGÓCIO
•
CONSTRUÇÃO DE CASA PRÓPRIA
•
CONSTRUIR UM LUGAR AGRADÁVEL PARA OS CASAIS E JOVENS
COMEREM UMA PIZZA E CHUPAR SORVETE
•
CRESCER
•
VENCER NA VIDA
•
TERAPIA
•
PARA MIM ERA APENAS UM APRENDIZADO
•
PROGREDIR E GERAR EMPREGOS
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Que dificuldades afetam sua atividade ?
POUCO MOV IMENTO DE CLIENTES
4%
3%
4%
INSTA BILIDA DE QUA NTO A O FUTURO DO NÚCLEO
32%
5%
NÃ O EXISTÊNCIA DE FINA NCIA MENTOS PA RA INV ESTIR NO
NEGÓCIO
ISOLA MENTO DO NÚCLEO
10%
EU NÃ O TER UM ESTA BELECIMENTO
INSEGURA NÇA POR CA USA DA V IOLÊNCIA
12%
LOCA LIZA ÇÃ O DO MEU ESTA BELECIMENTO
16%
14%
OUTRA S
TA MA NHO DO MEU ESTA BELECIMENTO
A maior parte declarou que o pouco movimento de clientes é uma
dificuldade.
Qual sua per spectiv a para o a no que v em?
AR RUM A R UM
EM P R EG O CO M
C A R T E IR A A S S IN A D A E M A N T E R
3 8 ,2 %
A A T IV ID A D E
2 8 ,5 %
C O N T IN U A R C O M
A A T IV ID A D E E A M P L IA R
1 3 ,8 %
C O N T IN U A R C O M O E S T Á
C O N T IN U A R C O M
A A T I V I D A D E S M A S I N S T A L A R -S E N U M
8 ,1 %
E S T A B E L E C IM E N T O
AR RUM A R UM
EM P R EG O NO M ERCAD O FO RM A L E FECHAR A
4 ,1 %
A T IV ID A D E
3 ,3 %
C O N T IN U A R C O M
E S T A A T IV ID A D E E A B R IR O U T R A
2 ,4 %
O UTRAS
1 ,6 %
P A R A R E IN IC IA R O U T R A A T IV ID A D E A U T Ô N O M A
TO TA L
1 0 0 ,0 %
A maior parte espera arrumar um emprego com carteira assinada.
Se você fosse abrir um outro negócio diferente
do que existe hoje, o que seria?
•Ateliê de quadros
•Confecção
•Crochê
•Elétrica e refrigeração
•Fabricar Sabão
•Floricultura
Cafeteria com exposição
de quadros
Cooperativa de costura
Depósito de bebidas
Escola
Firma de limpeza geral
Floricultura
•Locadora
Loja ou expor em feira
•Barraca de cachorro
quente e churrasco
Máquina de sorvete de
massa
•Marmitex
Mecânica de automóvel
!%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Dê sugestões a respeito de atividades geradoras de renda que
você acha que poderiam ser desenvolvidas no núcleo:
•Padarias
27
•Farmácias
20
•Açougues
12
•Oficina de Costura
10
•Reciclagem
8
•Oficina de Crochê
6
•Artesanatos em geral
6
•Cooperativa de costura
5
•Mercados
6
Dê sug estões a respeito d e ativid ad es gerad oras de renda
que v ocê a cha q ue p oder ia m ser d esenv olvidas no núcleo:
!&
•Pastelaria
•Supermercado
•Sacalão
•Borracheria
•Academia
•Casa de frios
•Bazar
•Computação
•Cooperativa artesanato
•Cooperativa de babás
•Cooperativa confecção
•Bordados variados
•Corte costura
•Avícola
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Anexo 3 – DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA CIDADE DE SANTO ANDRÉ
1) Atendimento das Favelas de Santo André – Programas Habitacionais do Município
1999/2001
TIPO
QUANTIDADE
–
Favelas Urbanizadas (1)
Favelas em processo de Urubanização
Favelas atendidas por outros Programas
Habitacionais (2)
Favelas Regularizadas (3)
Favelas em Processo de Regularização (4)
–
Nº DOMICÍLIOS
–
1999
2000
2001
1999
20
–
27
36 (6)
27
36 (6)
4.161
–
4.536
4.536
13.427 13.427
57
2
40
25
12 (5)
65
25
12 (5)
65
12.004
775
11.126
4.385
4.385
1.503
1.503
17.775 17.775
2000
2001
Fonte: Gerência de Desenvolvimento Comunitário / DEHAB / SISH / PMS OBS
2) Evolução da População Residente - BRASIL, ESTADO SÃO PAULO,GRANDE SP
REGIÃO DO GRANDE ABC E SANTO ANDRÉ, NOS ANOS 1970/1980/1991/
1996/2000
REGIÕES
Brasil
Estado de São Paulo
Região Metropolitana de SP
Região do Grande ABC
Santo André
1970
1980
1991
1996
2000
93.139.037 119.002.706 146.868.808 157.079.573 169.799.170
17.771.948 25.040.698 31.548.008 34.120.886 37.032.403
8.139.730 12.588.725 15.417.637 16.583.234 17.878.703
2.048.674
2.224.096
2.354.722
988.677
1.652.781
616.991
625.564
649.331
418.826
553.072
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OBS
¹
²
³
4
5
6
Os universos apresentados se sobrepõem; um mesmo núcleo aparece em mais de uma linha, pois os programas
são complementares.
Assentamentos que foram dotados de infra-estruturas básicas, tiveram o parcelamento do solo urbanisticamente
regularizado e sua regularização jurídica encaminhada.
Assentamentos que receberam obras de melhoria e saneamento, de prevenção e/ou eliminação de áreas de risco
e ações sócio-educativas ambientais, através do programa de Urbanização Gradual definido pela Política Habitacional
do Município e do Programa “Favela Limpa”.
Assentamentos que tiveram sua regularização jurídica concluída.
Assentamentos que possuem processos de regularização fundiária em andamento, ou por instituição de AEIS (Áreas
Especiais de Interesse Social) ou por intermédio da negociação com os proprietários das áreas ocupadas (no caso
de áreas particulares).
11 favelas tiveram regularização fundiária administrativa concluída e 1 área teve regularização integral.
Incluindo 6 áreas que estão sendo urbanizadas pela CDHU
!'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
3) Principais Áreas Verdes de Santo André - 2001
PARQUES MUNICIPAIS
ÁREA TOTAL
(m2)
ÁREA CONSTRUIDA
(m2)
PARQUE DUQUE DE CAXIAS
PARQUE REGIONAL DA CRIANÇA Palhaço Estrimilique
PARQUE REGIONAL DO PEDROSO
PARQUE ANTÔNIO PEZZOLO (Chácara Pignatari)
PARQUE NORIO ARIMURA
PARQUE ANTÔNIO FLÁQUER
PARQUE CENTRAL
PARQUE DA JUVENTUDE
PARQUE CIDADE DOS MENINOS
ESCOLA
67.531
66.398
8.396.857
34.632
16.755
36.307
346.647
40.729
12.619
48.941
2.674
1.043
3.520
1.405
132
409
1.504
512
23
2.739
TOTAL
9.067.416
13.208
Fonte: DPAV / SSM / PMSA
OBS.: Os itens de área foram obtidos através de levantamento aerofotogramétrico ou projeto de implantação do
parque. No caso do Parque Escola encontra-se inserida no item área construída o edifício ocupado pela sede do
Depto. de Parques e Áreas Verdes. No caso do Parque Central, a área total considerada é a partir da portaria na
Rua José Bonifácio.
4) Evolução do Emprego Formal em Santo André – 2001
Fonte: RAIS/CAGED- SDET / PSA
"
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Anexo 4 – AVALIAÇÃO DOS PESQUISADORES
VOLUNTÁRIOS DA COMUNIDADE
Como foi
recebido
pelas
pessoas
que
você
entrevistou ?
Como você
se sentiu
participando
deste
trabalho ?
- De modo geral “muito bem recebida” - ”são todos super humildes, adorei!” “são pessoas bem ocupadas” - “pessoas conhecidas” - “as pessoas foram atenciosas
e educadas”
- “uma pena alguns não quiseram nos receber” - “ nós temos uma Comunidade
cheia de esperança”
- “conheci mais pessoas e outras coisas que eu não sabia que eles faziam”
- “sem problemas, tenho bom relacionamentos com as pessoas e as entrevistas
foram muito fácil”
- “algumas pessoas não entenderam, mas responderam”
- “todos que entrevistei foram atenciosos e se mostraram mais interessados do que
eu imaginava, ficaram felizes em saber que ainda podem, pelo menos ter esperanças,
pois todas elas disseram estar sem alternativas para melhorar de vida”
“para os pesquisados também foi um privilégio, terem sido escolhidos e como já
nos conhecemos a entrevista foi bem aceita.” - “todos deram muita atenção” - “
uma grande educação”
- “muito importante, porque no futuro, algumas dessas pessoas poderão estar
trabalhando, até eu mesmo” - “adorei, pois ajudou para conhecer melhor as pessoas”
- “bem, mas difícil, pois não tenho tempo disponível, tenho vários compromissos”
- “muito diferente, porque é bom saber que a nossa opinião, nossas vidas é
importante para alguma coisa”
- “gostei de entrevistar essas pessoas, ver suas necessidades de ajudar na renda
familiar para sobreviver, neste mundo cheio de injustiças sociais, principalmente
pela falta de emprego”
- “ achei muito legal, me senti privilegiada. Afinal estamos ajudando o nosso Núcleo”
- “ fiquei observando muitas coisas que eu não sabia, não só do meu trabalho de
fazer sabão, mas outros diferentes do meu”, “me senti muito importante e satisfeita
com este trabalho, espero que me convidem em outras vezes”
- “eu acho que se é para melhorar onde moro, vale participar, pois assim também
conhecemos mais os nossos vizinhos, suas dificuldades e o que podem fazer para
melhorar, também podemos aprender uns com os outros”
- “ muito bom, aprendi como as pessoas precisam de ajuda, a aprender as coisas
mais de colaboração”
- “ também como um grande privilégio de estar participando e representando a
minha quadra” me senti muito bem, pois fico muito dentro de casa e quando saí
para fazer este trabalho vi e senti que as pessoas tem muitas dificuldades, mas tem
boa vontade para trabalhar”
“ me senti bem, fazendo o que gosto, levando às pessoas um pouco de esperança,
já que a auto-estima dos meus entrevistados está bem baixa devido ao desemprego,
só quem convive e conversa com essas pessoas pode avaliar tal sentimento”
"
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Se você
quiser fazer
comentários
a respeito
desta
Pesquisa,
escreva :
"
- “acho muito importante, porque as pessoas puderam dar suas opiniões, espero
que haja outras oportunidades”
- “achei boa a pesquisa, pois é através das entrevistas que se tem idéia do que se
pode fazer. Perceber que tem várias pessoas que sabem fazer crochê”
- “Espero que esta pesquisa não fique apenas no papel, que seja feito um Projeto
certo e real, pois já tentaram fazer isso outras vezes, mas não passou só de idéias
que ficaram no papel.”
- “ Gostaria de sugerir que a primeira oficina seja feito de Artesanato tem muita
gente que faz”
- “Fui muito questionada, afinal eles nunca ouviram sobre esse Projeto, mas depois
de todas as dúvidas explicativas, eles ficaram satisfeitos”
- “Nós precisamos de muita força e dedicação da Prefeitura, porque nós não temos
outros apoios de ajuda de custo”
- “Gostaria que houvesse outras oportunidades não só para representantes de
quadras, mas também da comunidade. Precisamos de orientações sobre esses tipos
de trabalho”
- “Agradeço a oportunidade, deixando vocês cientes que fiquei muito feliz com este
trabalho”
- “Gostei de fazer estas pesquisas junto com as minhas amigas. Se tiver outra
oportunidade novamente pode contar comigo. Obrigada”
- “As pessoas que foram entrevistadas tiveram muitas dúvidas se esse Projeto vai
dar certo, como sendo assim uma ilusão ou mentira, embora que isso seja uma
idéia ótima que surge esperança para nós e os entrevistados, eles aceitaram a idéia,
embora se tenha dúvidas ou incertezas, mas com muito esforço e dedicação,
chegamos a uma postura”
- “Faltaram fichas para preencher, tanto na Quadra A quanto na Quadra B”
“Gostei muito em participar desta pesquisa. Todas as pessoas que entrevistei foram
atenciosas e ficaram também muito curiosas a respeito esta pesquisa. Sempre que
puder gostaria de estar ajudando.” “ Espero sinceramente que a cooperativa venha
em breve, pois as pessoas estão muito confiantes. Gostaria que fosse feita uma
exposição e venda dos produtos feitos aqui.
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Anexo 5 – RELAÇÃO DE REPRESENTANTES DA COMUNIDADE
GEPAM – PP2 – NÚCLEO PINTASSILGO
QUADRA
NOME DOS/AS REPRESENTANTES
QUADRA
NOME DOS/AS REPRESENTANTES
A
Clair Miranda
Andréia de Jesus Souza Cardoso
Aparecida dos Santos Costa
Ana Lúcia Pinheiro Vieira
James F da Silva
Marcio Leandro dos Santos
E
Ana Paula de Carvalho
Célia Maria dos Santos
Wendel Roberto G. de Silva
Rita Maria da Encarnação
Antonio Pereira
Lucia B. dos Santos
B
Priscila Pereira Leal
Rosimeire Correia de Andrade
Severino Lourenço Pereira
Benedita Alexandre
F
Rosmara Aparecida Gonzaga
Doralice Aparecida D. Gonzaga
Sandra Lia e Domingos Paula
C
Gislaine F. dos Santos
Daniele dos S. Silva
José Ferreira
Zenilton Oliveira Silva
Rodrigo F. dos Santos
G
Nelonio Miguel Filho (Medalhão)
Angela Maria Leite
Neide Ribeiro de Oliveira
Maria Aparecida Lima
Sonia Aparecida S. Nascimento
H
D
Daniela França de Souza
Maria Helena de Sousa
Rosa Zanini
Maria das Graças
Jurandir Costa Nunes ( Paraíba)
Maristela Matos Almeida
Cátia Regina dos Santos
OBS.: Relação de Representantes do Núcleo Pintassilgo por quadras, ampliada com empreendedores
autônomos. Novembro de 2003.
"!
PARTE 2
TURISMO PARA A INCLUSÃO SOCIAL:
VILA DE PARANAPIACABA
1.
Introdução
A vila ferroviária de Paranapiacaba foi implantada em 1867 com o objetivo
de abrigar os trabalhadores da empresa inglesa São Paulo Railway Co. (SPR),
concessionária do trecho ferroviário que fazia a ligação entre as cidades de Santos
e Jundiaí. Essa estrada de ferro foi construída para servir como via de escoamento
da produção cafeeira paulista rumo ao mercado externo, aproveitando a vantajosa
situação geográfica usada anteriormente por nativos e colonizadores.
Com o fim da concessão da São Paulo Railway Co., em 1946, a estrada de
ferro e todo o seu acervo é encampado pela União e passa a se denominar Estrada
de Ferro Santos –Jundiaí. Em 1957, a Rede Ferroviária Federal – RFFSA passa a
assumir os equipamentos e o controle da malha ferroviária.
Nessa época, o Brasil enfrenta grandes transformações e na área do transporte
as rodovias se destacam como prioridade nacional. Gradativamente, o transporte
ferroviário foi perdendo a importância no cenário nacional, acarretando num
processo de degradação do patrimônio da RFFSA. Na Vila de Paranapiacaba,
além do processo de degradação física, devido à insuficiência da manutenção da
estrutura existente, houve também a degradação social, uma vez que a maioria de
seus habitantes vivia em função da ferrovia, e com as demissões compulsórias
tiveram que abandonar suas casas e partir. Tais mudanças induziram a um novo
perfil de moradores, agora os não ferroviários.
A presença dos patrimônios arquitetônico e cultural de Paranapiacaba, única
vila ferroviária em estilo britânico conservada no Brasil, e do patrimônio ambiental,
devido aos remanescentes da Mata Atlântica, fizeram com que a Vila e seu entorno
fossem tombados pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) através da resolução 37
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
de 30 de setembro de 1987. Ainda, no período entre 1999 e 2000, a Vila de
Paranapiacaba foi inscrita na lista dos 100 monumentos mais ameaçados do mundo
pelo World Monuments Fund (WMF). Em 2002 a Vila foi tombada pelo
CONDEPHAAPASA (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,
Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André) e pelo IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), tornando-se patrimônio histórico municipal
e nacional respectivamente.
A partir de 1999 o município de Santo André acentua sua preocupação com
um patrimônio esquecido pelas demais esferas de Governo e resolve fazer gestões
para adquirir a parte da Vila de Paranapiacaba em propriedade da RFFSA. Foi um
processo lento que se efetivou em fevereiro de 2002, quando este importante
patrimônio passou a ser propriedade dos cidadãos andreenses.
"$
2.
Condicionantes da Administração
Municipal
Paranapiacaba faz parte do território da cidade de Santo André, uma das
sete que integram a região industrial paulista mais conhecida como o ABC (Diadema,
Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra Santo André, São Bernardo e São
Caetano) que atravessa um período de mudança de seu perfil econômico (Figuras
1 e 2).
Figura 1 – Regiões Administrativas do Estado de São Paulo - 1998.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Figura 2 – Região Metropolitana de São Paulo, Região do Grande ABC e o município de Santo
André (letra A no mapa)
A cidade, assim como a região, conhecida pelo seu importante parque
industrial automobilístico, metalúrgico, químico e petroquímico, busca novos
investimentos, principalmente do setor de serviços de alta qualidade, para compensar
a saída de alguns empreendimentos industriais da região.
Em contraposição, cerca de 53%, que equivale a 97 km2, do território
andreense está inserido na Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings, que abastece
atualmente 1,5 milhão de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo. Em face
de tal peculiaridade e à necessidade de conservação dos fragmentos florestais,
cursos d’água e nascentes existentes nesta bacia, fundamentais para a produção
hídrica, esta parte do território foi denominada Área de Proteção dos Mananciais
da Região Metropolitana de São Paulo pelas Leis Estaduais nº 898/75 e 1.172/
76. (Figura 2)
As legislações estaduais supra mencionadas estabeleceram parâmetros rígidos
de uso e ocupação do solo, além de pouco atribuir ao ente municipal competências
para a gestão efetiva do seu território. Tais legislações fracassaram com o decorrer
do tempo e foram alteradas, porém não revogadas, por uma nova lei estadual (Lei
9.866/97) que está em processo de complementação para ser aplicada na Bacia
da Billings.
"&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
A área de proteção aos mananciais do município de Santo André é
denominada Expansão Urbana pelo Plano Diretor Municipal, Lei 7.333/95. Esta
Zona é fragmentada pelo braço do rio Grande, um dos formadores da represa
Billings. A Região localizada a partir da margem esquerda do braço do rio Grande
é denominada de Parque Andreense e Paranapiacaba. (Figura 3).
Figura 3 – Município de Santo André
Foi identificada na Gestão Municipal 1997-2000, que a população do Parque
Andreense e de Paranapiacaba mantinha relações para seu atendimento básico,
como saúde, educação, comércio, segurança e trabalho, nos municípios vizinhos e
não em Santo André. Ao mesmo tempo, a distância interferia no custeio da ação
pública, ao elevá-lo em função do deslocamento de equipamentos e funcionários,
os quais resistiam em trabalhar na Região.
A Vila de Paranapiacaba dista cerca de 40 km do centro do município e o
Parque Andreense cerca de 35 km. O acesso a estas localidades acontece em duas
vias: pelos municípios de Mauá e Ribeirão Pires até o Parque Andreense, e ainda
passando por Rio Grande da Serra para alcançar Paranapiacaba; ou então, pelo
mesmo acesso, porém iniciando pelo município de São Bernardo do Campo ao
invés de Mauá (Figura 4).
"'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Figura 4: Acessos viários à região de Paranapiacaba e Parque Andreense
Este isolamento e a ausência por muitos anos de uma ação mais efetiva do poder
público criaram o cenário favorável para compor um território sob forças de lideranças
locais que se ocuparam em lotear o comando e a ordem, para benefício próprio.
No final de 1998, a Prefeitura de Santo André realiza um convênio com a
Universidade da British Columbia do Canadá (UBC) e a Agência de Desenvolvimento
Internacional Canadense (CIDA). Este convênio teve por finalidade a transferência
de tecnologia e aprimoramento dos mecanismos de proteção e reabilitação das
áreas de mananciais em Santo André, afetadas por assentamentos informais.
Do convênio consagrou-se o projeto de Gerenciamento Participativo em Áreas
de Mananciais (GEPAM), envolvendo estudo e análise de toda área do município
inserida na Bacia da Represa Billings para a formulação de intervenções em áreas
piloto. No projeto são abordados três eixos principais: desenvolvimento socioeconômico e relação de gênero, identificação e proposição de alternativas para
áreas ambientalmente sensíveis, e regularização fundiária. No início (1998 – 2000)
foram contemplados pelo GEPAM duas áreas pilotos: o Projeto Piloto 1, no Parque
Represa Billings III (Parque Andreense), e o Projeto Piloto 2, no núcleo Pintassilgo e
que se diferenciam pelo tipo de assentamento: o primeiro um loteamento irregular
e o segundo um assentamento precário (ver localização dos projetos na Figura 5).
Os eixos do GEPAM permearam os dois projetos pilotos, mas cada um apresentou
forte relação com aspectos que refletiam a vulnerabilidade do seu sistema.
#
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Figura 5. Localização dos Projetos Pilotos
A experiência dos projetos pilotos nas duas margens da represa Billings – o
projeto piloto 1 compõe a porção sul e sudeste do município e o projeto piloto 2
compõe a porção norte e central – despertaram a importância de proporcionar um
maior cuidado das áreas que produzem água para abastecimento público. Assim,
a administração municipal, vislumbrando a possibilidade de reversão do quadro
existente até então nesta região, potencializado com a oportunidade de aquisição
da Vila de Paranapiacaba, definiu uma nova estratégia para a gestão 2001-2004,
voltada ao desenvolvimento de atividades econômicas viáveis, considerando:
• a integralidade da região à dinâmica da cidade1 ;
• as possibilidades de uso econômico do solo (já que a legislação de proteção de
mananciais, preconizando regras que indicavam a proteção pelo não uso do
território, mostrou-se ineficiente);
• a compatibilidade com a produção de água potável, conciliando usos com a
conservação dos recursos naturais que direta ou indiretamente contribuem com
a produção de água (como a proteção de florestas e nascentes e a conservação
de matas ciliares);
• a transformação da Vila de Paranapiacaba em um destino turístico.
1 dinâmica da cidade, ou seja, um projeto de uso e ocupação da região de proteção de mananciais
deveria estar articulado com o planejamento estratégico da cidade, com a visão de futuro traçada
para Santo André e com os instrumentos formatados para preparar esse futuro.
#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Para a aplicação desta nova estratégia, considerando as premissas acima,
foi implantado um governo local, respondendo diretamente ao Prefeito na estrutura
de uma secretaria municipal, com larga autonomia de gestão. Desta ação
descentralizadora criou-se, em 2001, a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque
Andreense (SPPPA).
A Subprefeitura foi estruturada em um formato matricial, composta por 5
departamentos: Meio Ambiente, Infra-estrutura, Desenvolvimento Social,
Paranapiacaba e Coordenadoria Administrativa. Todos desenvolvem ações na Vila
de Paranapiacaba direta e/ou indiretamente, mas é o Departamento de
Paranapiacaba que tem a responsabilidade de gerir o patrimônio histórico e natural
(Figura 6). Para isso, conta com três gerências: Turismo, Projetos e Estudos
Patrimoniais, e Recursos Naturais.
Gabinete
Subprefeito
Subprefeito
Conselhode
de
Conselho
Representantes
Representantes
Secretario
Adjunto
Projeto
GEPAM
Assessoria
Relações
Relações
Comunitárias
Comunitárias
Coordenadoria
Coordenadoria
Administrativa
Administrativa
(Coordenador)
(Coordenador)
Câmara Técnica de
Câmara Técnica de
Paranapiacaba
Paranapiacaba
Departamento de
Desenvolvimento Social
(Diretor)
Assistente de
Assistente de
Diretor
Diretor
CâmaraTécnica
Técnicado
do
Câmara
ParqueAndreense
Andreense
Parque
Captação de
Recursos
Departamento de
Departamento de
Infra-estrutura
Infra-estrutura
(Diretor)
(Diretor)
Assistente de
Assistente de
Diretor
Diretor
Gerência de
Gerência de
Administração
Administração
Gerência de
Gerência de
Cultura, Esporte e
Cultura, Esporte e
Lazer
Lazer
Gerência de Obras
Gerência de Obras
e Manutenção
e Manutenção
Gerência de
Gerência de
Materiais
Materiais
Gerência de
Gerência de
Saúde
Saúde
Gerência de
Gerência de
Limpeza Urbana
Limpeza Urbana
COPEL
COPEL
Gerência Social
Gerência Social
Departamento de
Departamento de
Meio Ambiente
Meio Ambiente
(Diretor)
(Diretor)
Assistente de
Assistente de
Diretor
Diretor
Gerência de
Gerência de
Planejamento,
Planejamento,
Licenciamento e
Licenciamento e
Controle Ambiental
Controle Ambiental
Gerência de
Gerência de
Fiscalização
Fiscalização
Ambiental
Ambiental
Gerência de
Gerência de
Educação e
Educação e
Extensão Ambiental
Extensão Ambiental
Departamento
Departamento
de Paranapiacaba
de Paranapiacaba
(Diretor)
(Diretor)
Assistente de
Assistente de
Diretor
Diretor
Gerência de
Gerência de
Projetos e Estudos
Projetos e Estudos
Patrimoniais
Patrimoniais
Gerência de
Gerência de
Recusrsos
Recusrsos
Naturais
Naturais
Gerência de
Gerência de
Turismo
Turismo
Figura 6. Organograma da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense.
Assim, com as referências do projeto GEPAM e a criação da Subprefeitura, na
virada de 2001 para 2002, foi estruturado o terceiro Projeto Piloto, a Vila de
Paranapiacaba, tendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico através do
turismo a diretriz principal que nortearia as atividades a serem implantadas no projeto.
#
3.
A Subprefeitura dentro do Plano Estratégico da
Prefeitura Municipal de Santo André
O processo de planejamento utilizado no Projeto Piloto 3 é o Planejamento
Estratégico Situacional (PES), adaptado para o Brasil, que parte de princípios teóricos,
procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que aplicados, ordenam ações
para o alcance de objetivos que visionam mudanças situacionais futuras. Este
processo proporciona a discussão sobre qual o futuro que se pretende.
O PES, de forma generalizada, considera:
1. a problematização da situação por atores (planejadores) que compõem ou
representam o jogo social, garantindo a diversidade de percepções, pontos de
vista, conhecimentos, experiências, crenças entre outras características que
venham interferir na definição da realidade tratada.
2. elaboração de planos/propostas de ação, podendo haver diferentes níveis de
complexidade, que irão alterar a realidade atual, alcançando a situação prevista
pelo planejador e que satisfará suas aspirações.
3. previsão não determinista, ou seja, também considera as possíveis adaptações
necessárias ao longo do tempo, de forma a preparar os atores para mudança
de situação.
A metodologia utilizada pela Prefeitura de Santo André para a gestão de
2001 a 2004, primeira gestão da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque
Andreense, considerou:
• Continuidade do Plano Estratégico iniciado na gestão 1997 - a Subprefeitura,
dentro deste plano, assume diretrizes e objetivos reformulados em função da
reavaliação do triângulo de governo no final de 2000, que despertou, inclusive,
a importância de sua criação.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
•
•
•
•
•
Gestão por resultados alcançados
Elaboração de plano estratégico para a gestão 2001 a 2004
Revisão de diretrizes e replanejamentos anuais
Planos estratégicos por áreas (secretarias municipais)
Avaliações anuais
Objetivos da SPPPA
Foi realizado, em março de 2001, o primeiro seminário de planejamento da
SPPPA.
Naquele momento, a Subprefeitura iniciava suas atividades, em seu primeiro
ano de existência, com uma equipe recém-formada, com atores que não se
conheciam e cujo desafio era pautado por expectativas individuais dentro do escopo
das diretrizes e marcas traçadas pelo alto escalão do governo.
Os objetivos específicos definidos pela equipe da SPPPA são:
• Promover o desenvolvimento sócio-econômico ambiental sustentável de
Paranapiacaba e região
• Promover a inclusão social na região
• Integrar plenamente a população da região ao contexto municipal
• Prestar serviços públicos de forma eficaz com qualidade
• Melhorar a qualidade de vida da população da região
• Instituir modelo de gestão descentralizada para áreas ambientalmente protegidas
• Promover a conservação da Área de Proteção dos Mananciais
• Promover a modernização administrativa
• Transformar da Vila de Paranapiacaba em um pólo turístico
Para alcançar estes objetivos foram elaborados planos estratégicos para
projetos específicos como é o caso do Projeto Piloto 3.
#"
4.
Transformação da Vila de Paranapiacaba em
um Pólo Turístico (Projeto Piloto 3)
Quatro pontos chaves foram o foco da discussão sobre a implementação do
turismo e promoção da inclusão social:
• Desafios da execução no contexto local
• Acesso da população carente e excluída ao mercado turístico
• Viabilidade comercial
• Formulação de políticas
A forma como estes pontos foram tratados pela equipe da Prefeitura de Santo
André será tratada detalhadamente a seguir.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA VILA DE PARANAPIACABA
4.1.1 Caracterização Natural
O clima da região é classificado segundo Köppen como área limite entre as
zonas Cfb (clima subtropical, úmido, sem período seco e temperaturas inferiores a
22 graus Celsius no mês mais quente) e Cwb (clima mesotérmico, inverno seco e
verão fresco). Regime pluviométrico uniforme (3.000 mm/ano), onde a
evapotranspiração potencial representa cerca de 1/3 da precipitação anual. (Leitão
Filho, 1993).
A área encontra-se no embasamento cristalino, composto principalmente de
rochas metamórficas e metassedimentares com ocorrência de granitóides. Margeiam
as drenagens do rio Grande e de seus afluentes aluviões fluviais recentes compostos
de areias, argila, cascalho e matéria orgânica. (LIMA & LOBO, 1998).
Os solos na região são predominantemente podzólicos altamente argilosos,
aparecendo associados aos cambissolos e litólicos, com textura argilosa, nos terrenos
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
mais acidentados; latossolos, mais ácidos e arenosos, são encontrados em relevo
mais suave e mais lixiviados de seus minerais primários; além de hidromórficos,
encontrados nas várzeas, associados a ambientes de deposição fluvial. (LIMA &
LOBO, 1998).
A vegetação é caracterizada pela Floresta Tropical Atlântica, formação
montana da Floresta Ombrófila Densa que ocupa as faixas de altitude de 500m a
1500m (RADAMBRASIL,1983). Apresenta grande quantidade de epífitas, lianas,
bromélias e orquídeas. Nas formações secundárias predominam as quaresmeiras,
manacás da serra, jacatirões, embaúbas e figueiras (LIMA & LOBO, 1998).
Das 202 espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção, 171 são
originários da Mata Atlântica. Entre a lista dos animais já encontrados na mata do
entorno da Vila de Paranapiacaba encontra-se: Teiú, Cachorro do Mato, Bem-tevi, Gambá, Sumidora, Tangará Dançarino, Esquilo, João de Barro, Macuco, Ouriço,
Quati.
Em face da importância do Bioma Mata Atlântica, na região de Paranapiacaba
encontram-se três Unidades de Conservação: Parque Natural Municipal Nascentes
de Paranapiacaba, o Parque Estadual da Serra do Mar e a Reserva Biológica do
Alto da Serra de Paranapiacaba. Além disso, esta região está inserida na Reserva
da Biosfera da Mata Atlântica e do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (Programa
MAB- Man and Biosphere), que corresponde ao reconhecimento pela UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) da
importância de conservar determinados biomas pelo mundo, a fim de garantir a
diversidade do planeta.
Figura 7: Paisagem do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba
#$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
4.1.2 Caracterização do Patrimônio Histórico e Ferroviário
Envolta pela Floresta Atlântica encontra-se a Vila de Paranapiacaba,
desenhada e projetada pelos ingleses.
As casas são térreas, construídas em blocos de duas, quatro ou seis casas
geminadas, dotadas de recuos de frente, dando para a rua principal, e aos fundos,
dando para as vielas sanitárias. Tais construções dão a impressão de uma única
residência, cercada de jardins. Atendiam à função de morar, com um projeto bem
definido, que divide o espaço da residência em salas e quartos, formando o corpo
principal em planta quadrada, e a cozinha e o banheiro, ficavam anexos ao fundo.
Diferem das casas para os solteiros, cuja organização espacial assume um aspecto
de alojamento, com a sala atendendo também as funções de quarto, ligada por
um corredor ao banheiro e cozinha coletivos. O projeto das moradias foi elaborado
de acordo com a qualificação de mão de obra operária, a sua posição social e o
seu estado civil.
Do ponto de vista formal, poderemos destacar que a madeira foi utilizada,
predominantemente, como elemento construtivo. Pinho de Riga foi o tipo de madeira
escolhido pelos ingleses, importando grandes quantidades da Europa.
A base das casas é construída em alvenaria, paredes com vedação e estruturas
em madeira, solução adotada para dar conforto térmico (um recurso natural para
combater o clima local). As instalações hidráulicas nos ambientes são bem visíveis
e figuram em todos os conjuntos de casas originais, assim como as chaminés de
colunas de ferro.
A Vila possui infra-estrutura de capitação de água, sendo que o fornecimento
água potável é realizado pelos Serviços Municipais de Saneamento Ambiental de
Santo André (SEMASA). A rede de iluminação urbana é precária em virtude da
degradação e do porte de investimento necessário inviabilizado, momentaneamente,
para a administração. No entanto, todas as casas possuem iluminação.
#%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Casas Geminadas
Castelinho
4.1.3 Caracterização Sócio-Econômica
Segundo o censo do IBGE de 2000, a cidade de Santo André tem uma
população total de 649.331 habitantes, sendo que 3.407 são moradores da Vila
de Paranapiacaba e entorno (Campo Grande, Rabique, Reserva Biológica e Bacia
do Rio Mogi). A população se caracteriza em 1755 habitantes do sexo masculino e
1652 do sexo feminino. Destes, 1418 ocupam as casas da Vila.
No início de 2001, foi realizado pela Subprefeitura e a Central de Trabalho e
Renda um cadastro emergencial dos moradores desempregados (foram cadastradas
310 pessoas em Paranapiacaba, 21% da população total e que não refletem o
total de moradores economicamente ativos, pois naquele momento esta porcentagem
era maior), representando a situação social encontrada no início daquele ano.
Segundo as informações levantadas, 52,26% era formada por população do gênero
feminino. A população economicamente ativa possuía uma elevada concentração
de jovens em idade entre 19 e 25 anos (34, 84%), que se equivale ao mesmo
número de adultos em idade entre 26 e 31 anos (17,42%), somados aos adultos
que se encontravam na faixa etária entre 32 e 38 anos (20, 65%).
A presença das mulheres era muito forte. São elas que participavam das
atividades e despontavam como líderes da comunidade. Um fator marcante é o
grande índice de alcoolismo detectado nas famílias, aos quais apontam o clima
frio e o desemprego como “culpados” (PMSA, 2002).
Grande parte dos cadastrados apresentavam baixa escolaridade: 38,71%
dos cadastrados não haviam concluído a 8º série, 11,61% não haviam concluído
#&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
a 4º série do Ensino Fundamental, apenas 11,61% haviam concluído o Ensino
Médio e 71,61 % não haviam participado de nenhum curso de formação profissional.
Quanto ao período de desemprego, 25,16% disseram estar desempregados
de 1 a 12 meses, 11,61 % disseram que se encontravam desempregados de 37 a
48 meses e 14,84% estavam desempregados há mais de 60 meses.
Em relação à renda, 36,77% declararam não possuir renda, 24,52% possuíam
renda de um salário mínimo e 18,06% possuíam renda de 2 salários mínimos.
Dos entrevistados, 56,77% viviam em residências construídas em madeira, o
que representa a porcentagem de casas que compõem o patrimônio histórico
nacional.
Dentre as profissões mais procuradas a de auxiliar de serviços gerais é a mais
almejadas pelos moradores (45,81%), seguido de alimentador de produção
(14,84%), serviços domésticos (14,19%), auxiliar de limpeza (12,26% ) e 10,97%
dos cadastrados procuram vaga de ajudante de cozinha.
Até final de 2002 o acesso ao centro da cidade acontecia por trem e ônibus,
traspassando os municípios de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá ou o
município de São Bernardo do Campo.
Estudavam em Paranapiacaba crianças a partir de 7 anos até a conclusão
do ensino fundamental. Apenas dispunham do campo de futebol para atividades
de lazer, a partir de 1998, passaram a dispor de atividades de educação ambiental
e atividades interpretativas em visitação ao Parque das Águas (região dos reservatórios
de abastecimento de água da Vila).
Até 2001 os moradores foram atendidos apenas por clínico geral na unidade
básica de saúde, para serviços de emergência e eram transportados até o município
de Ribeirão Pires ou ao centro de Santo André.
4.2 DESAFIOS ENFRENTADOS
A Vila de Paranapiacaba tem por vocação a atividade turística como
potencializador do desenvolvimento econômico: é uma vila ferroviária, inglesa, na
serra do mar e habitada.
Possui acesso de boa qualidade, porém de difícil localização. Dista 15 km
do centro urbano mais próximo (município de Rio Grande da Serra). Esta situação
propicia o uso do patrimônio histórico por pessoas que, de alguma forma, foram
excluídas de locais com melhor qualidade de vida.
#'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Vista Aérea da Vila de Paranapiacaba
Além de sofrer exclusão social, a despreocupação dos antigos gestores do
patrimônio e insuficiência de atendimento público proporcionou a formação de
uma comunidade desconfiada, resistente a novos desafios e a novos atores dentro
do sistema social ora instalado. O novo ator, a Subprefeitura de Paranapiacaba e
Parque Andreense, representava uma ameaça à moradia no local. Para garantir
seus interesses, lideranças buscavam fomentar ainda mais a insegurança dos
moradores e a deterioração das relações com o poder público. Anteriormente a
chegada da SPPPA, essas lideranças instituíram desde regras de uso dos imóveis de
propriedade da Rede Ferroviária Federal S/A até o valor das prestações pertinente
à permissão de uso dos mesmos, para benefício próprio.
Nesta situação, e diante da aquisição da Vila pela Prefeitura de Santo André,
mais que iniciar um processo de gestão dos conflitos gerados a partir dos interesses
locais, elaborou-se um plano de ação objetivo que, levado ao conhecimento da
comunidade, apresentou a expectativa de administração para o futuro da Vila de
Paranapiacaba.
$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
4.3 EIXOS ESTRATÉGICOS ESPECÍFICOS DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO
Sob as diretrizes do programa de governo, com a criação da Subprefeitura e
o apoio do projeto GEPAM, de incentivo ao Desenvolvimento do Turismo para a
Inclusão Social em Patrimônio Histórico, a Vila de Paranapiacaba passou a receber
investimentos para sua transformação em um destino turístico, estruturado em três
eixos ao longo dos três anos e meio de gestão e um ano de Projeto Piloto 3, até a
data de elaboração deste trabalho. O primeiro eixo foi direcionado à conscientização
da população sobre as questões ambientais que incidem no “modo de vida” em
áreas protegidas, na inserção da mesma em atividades de convívio com a natureza
e na transformação do patrimônio histórico no grande atrativo turístico da região,
reconhecido nacionalmente; o segundo eixo trata das atividades relacionadas ao
desenvolvimento econômico e o terceiro da participação dos moradores junto às
decisões da administração municipal.
4.3.1 Turismo, Meio Ambiente e Patrimônio Histórico
A visão da gestão pública, sob a ótica do Projeto Piloto 3, é transformar a
Vila em um destino turístico, com políticas públicas para um turismo ambientalmente,
arquitetonicamente e humanamente responsável.
Antes de iniciar a estruturação turística da Vila, fez-se necessário refletir sobre
os moradores, sobre a forma como poderiam ser inseridos no futuro que se pretendia
para a Vila e que diretamente interferiria no “modo de vida” dos mesmos. Assim, e
em um primeiro momento, e na ausência de relação cultural dos moradores com o
patrimônio histórico, decidiu-se por uma estruturação turística pautada em uma
vila temática, cujo tema é a Ferrovia, e nas atividades ecoturísticas dentro da Floresta
Atlântica conservada e protegida. Também, decidiu-se por implantar o turismo por
etapas, buscando consolidar uma cultura local, uma vez que os ferroviários já não
mais moravam na Vila. Os investimentos na revitalização não ficariam restritos à
compra de parte da vila ferroviária pela prefeitura, cabendo à Subprefeitura também
captar recursos para o financiamento deste desafiador projeto.
A permanência dos moradores e a implantação de atividades econômicas
que impulsionassem o fluxo de visitação na Vila formam os alicerces da estrutura
turística assumida pela Subprefeitura. Para consolidar estas duas frentes, fez-se
necessário formular políticas de regularização do uso dos imóveis que formam o
patrimônio construído, organizando a moradia e o convívio local, passando pela
regularização dos termos de permissão de uso das famílias já residentes e dos
empreendimentos que seriam, a partir de então, instalados.
$
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Também, fez-se necessário restaurar a ordem social onde a presença do
poder público garantia o direito de moradia com segurança, rompendo os abusos
cometidos por lideranças que se intitulavam síndicos da Vila.
Entende-se por impulso do fluxo de visitação, além dos serviços e ações
públicas de fomento e desenvolvimento social, o envolvimento ativo e cooperativo
de empresas privadas. Deste envolvimento resulta a aliança entre o empreendedor
público (Prefeitura de Santo André) e o empreendedor privado para a promoção do
turismo para inclusão social, centralizada na participação comunitária e no processo
de planejamento do desenvolvimento da Vila.
4.3.2 Turismo, Desenvolvimento Econômico e Inclusão Social
Dentro de um conceito mais amplo e utilizado no trabalho da administração
municipal, as ações orientadas ao desenvolvimento da Vila de Paranapiacaba devem
efetivar o processo de inclusão social através de projetos que priorizem os direitos
de cidadania da comunidade, com especial atenção às mulheres, crianças e
adolescentes, estimulando a participação comunitária.
Ao formular políticas de geração de emprego e renda, busca-se um modelo
de desenvolvimento baseado na realidade local para, então, estabelecer as
principais linhas de ação. A implantação do modelo de desenvolvimento é
acompanhada de perto pelos moradores através de representantes que compõem
o conselho local.
Programa Geração de Renda e Capacitação Profissional
Uma das primeiras ações desenvolvidas na área social, logo que a
Subprefeitura instalou-se na região de Paranapiacaba e Parque Andreense, em
2001, foi o cadastramento de desempregados, já citado anteriormente no item
caracterização sócio-econômica. Cadastraram-se 310 pessoas em Paranapiacaba,
tendo por diagnóstico uma população desmotivada, apática e sem consciência do
potencial existente para empreendimentos de pequeno porte, em face da
possibilidade do desenvolvimento turístico. Esta situação decorre de anos em que a
Vila de Paranapiacaba não estava no foco das ações prioritárias do Poder Público
e da Rede Ferroviária Federal S.A – RFFSA, e também pelo modelo de turismo
desordenado e sem sustentabilidade que era praticado até então.
Decidiu-se desenvolver uma estratégia gradual baseada no estimulo aos
moradores em montar ou ampliar pequenos negócios. Adotou-se para isso, um
conjunto de ações para o apoio técnico-jurídico, suporte financeiro, capacitação
$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
para gerenciamento e qualificação de mão-de-obra especializada, que viabilizaram
as iniciativas dos novos empreendedores.
A posição do governo local baseava-se na conscientização, articulação,
facilitação e capacitação das ações de desenvolvimento, cabendo aos moradores
a gestão dos seus próprios negócios.
4.3.3 Participação Social
Ao se estimular a comunidade a exercer sua cidadania através da participação
popular, mais do que criar os canais para este exercício, preocupa-se em definir e
esclarecer os papéis e competências dos diversos atores envolvidos.
O estabelecimento do processo participativo foi constituindo-se lentamente,
pois partiu-se da ruptura de práticas e modelos arraigados, promovendo uma
mudança cultural, colocando os indivíduos em posição ativa e responsável em
relação as mudanças sociais.
Este processo iniciou-se pela manifestação através de canais múltiplos de
comunicação entre comunidade e poder público e com o estímulo à participação
em todos os espaços de atuação dos agentes públicos, construindo o hábito de
fala e escuta e qualificando o discurso cidadão. Para tanto, potencializou-se aquelas
atividades que permitiriam a aproximação da administração pública com a
população. Os serviços públicos mais efetivos neste processo foram o Programa de
Saúde da Família, de Assistência Social (iniciado pelo Programa de Renda Mínima
da Secretaria de Habitação e Inclusão Social), de Cultura, de Lazer e de Educação
Ambiental. O resultado deste processo foi a criação do Conselho de Representantes
de Paranapiacaba e Parque Andreense.
Na consolidação e perpetuação deste processo, mais do que
institucionalização do Conselho de Representantes, do Orçamento Participativo,
da Saúde, Educação, Transporte e de Gestão e Saneamento Ambiental, fez-se
necessário priorizar práticas menos dependentes da iniciativa governamental,
buscando o fortalecimento do tecido social, identificando e qualificando as
organizações populares autônomas e outros atores da sociedade civil. Assim, a
SPPPA também iniciou um grande esforço no fomento à organização social em
cooperativas e associações.
$!
5.
Gestão do Patrimônio
Histórico e Natural da Subprefeitura
Os eixos estratégicos desenvolvidos pela Subprefeitura consolidaram-se em
políticas de gestão que objetivam um rápido reconhecimento dos moradores pela
melhora de qualidade de vida, tanto pela presença próxima e permanente da
administração pública, quanto pelos investimentos na conservação do patrimônio.
Os programas desenvolvidos neste item contam com parcerias em diversos
níveis que, mais do que ampliar a capacidade de ação, buscam criar bases sólidas
que resistam as mudanças administrativas das gestões públicas. Internamente, na
área de desenvolvimento social, as parcerias acontecem principalmente com as
Secretarias de Participação e Inclusão Social, Educação e Formação Profissional,
Desenvolvimento e Ação Regional e de Saúde. Externamente, contamos com o
apoio de entidades como o Centro de Educação para Saúde, Centro de Estudos
Sindicais e a Fundação Santo André (início da parceria em 2003), como também,
investimentos de empresas privadas como o Pólo Petroquímico, Petroquímica União,
Solvay do Brasil. Petrobrás e o Banco do Brasil. Obteve-se também apoio da Word
Monument Found, financiada pela América Express, no restauro de dois importantes
imóveis que compõem o patrimônio histórico e cultural. Com o projeto GEPAM,
contou-se com o apoio internacional da Universidade da British Columbia e da
Agência de Desenvolvimento Internacional do Canadá, que possibilitou a vinda de
representantes do Distrito Regional da Grande Vancouver e do Conselho das Bacias
de Fraiser, proporcionando a troca de experiências com o Canadá.
O pensado Projeto Piloto 3 aconteceu em dezembro de 2001, quando foi
realizado um seminário de planejamento estratégico com o objetivo de produzir
um Plano de Ação que potencializaria a construção e implantação do
desenvolvimento turístico da Vila de Paranapiacaba. Este plano de ação foi
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
desenvolvido a partir da definição dos resultados que se pretendia alcançar para
promover o turismo para a inclusão social, apresentados a seguir:
• Resultado 1: O processo de degradação histórico e ambiental controlado e
reduzido;
• Resultado 2: O uso do patrimônio histórico e ambiental regulamentado e
monitorado;
• Resultado 3: Comunidade local organizada na gestão participativa do patrimônio
histórico;
• Resultado 4: População consciente, comprometida e qualificada para preservação
dos patrimônios histórico e ambiental;
• Resultado 5: Melhorada a geração de trabalho, renda e a qualidade de vida da
população local;
• Resultado 6: Melhorada a infra-estrutura local para atendimento ao turismo;
• Resultado 7: Potencial turístico de Paranapiacaba multiplicado através da
cooperação regional.
Para alcançar estes resultados, foram formulados programas apresentados a
seguir:
5.1 Conservação dos Recursos Naturais
Reconhecendo a importância ambiental da região e visando a conservação
dos recursos naturais do entorno da Vila, implantou-se programas de educação,
fiscalização, planejamento e manejo ambiental. Sendo estes:
Programa de Educação Ambiental Água Limpa tem por objetivo a
capacitação contínua dos professores das escolas públicas estaduais e municipais
em áreas de proteção aos mananciais de Santo André, inclusive na Vila de
Paranapiacaba, sobre as questões sócio-ambientais e a conservação dos recursos
naturais locais. Atendendo aos professores, de disciplinas variadas, de 09 escolas
(05 estaduais e 04 municipais) o programa fomenta o planejamento de ações em
projetos pedagógicos a serem implementados pelos professores junto aos alunos
e à comunidade. Os produtos decorrentes destas ações são estudos do meio,
campanhas, feiras, exposições, debates, discussões e outros, além do envolvimento
da comunidade nas diversas atividades. Desenvolvido em conjunto com a Diretoria
de Ensino de Santo André (órgão estadual) e a Secretaria de Educação e Formação
Profissional do município, participaram deste programa um total de 110
professores.
$$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Figura 12: Atividades do Programa Água Limpa na escola
Programa de Educação Ambiental “Agente Ambiental Mirim”: visa o
atendimento de crianças de 07 a 12 anos, residentes nas áreas de mananciais de
Santo André, em específico às regiões de Paranapiacaba e Parque Andreense. O
programa é iniciado por meio de um curso, com duração de 03 dias, no qual são
utilizados apostilas próprias (confeccionadas especialmente para o programa), books
ilustrativos, estudos do meio, exposições dialogadas, oficinas e dinâmicas e atividades
interativas e ludo-pedagógicas para sensibilizar e mobilizar o público mirim para a
compreensão, reflexão e atuação nas questões ambientais locais. Os agentes
ambientais mirins recebem orientação sobre ambientes urbanos, áreas de
mananciais, água, lixo, esgoto, fauna, flora, problemas ambientais e conservação
dos recursos naturais. Após o curso, encontros periódicos são mantidos para
constante aperfeiçoamento destes agentes, além do desenvolvimento, em conjunto
com a equipe da prefeitura, de ações e campanhas voltadas aos problemas
ambientais de cada localidade, onde são envolvidos suas famílias e amigos, os
professores das escolas nas quais estudam, outros alunos e a comunidade.
$%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Figura 13: Alunos do Programa Agente Ambiental Mirim
Programa de Jovens da Reserva da Biosfera: projeto desenvolvido em parceria
com o Instituto Florestal da Secretaria do Estado de Meio Ambiente, que tem como
objetivo capacitar e orientar os jovens para a inserção no ecomercado, através de
abordagens teóricas e práticas, e muita pesquisa de campo. As aulas são ministradas
por técnicos dentro de suas próprias áreas de trabalho, e possui a carga total de 4
semestres. Vale destacar que dentro do conteúdo programático, foram abordados
temas como: ecomercado, educação ambiental, técnico de reciclagem, marketing,
etc.
Figura 14: Alunos do Programa de Jovens
$&
Figura 15: Atividade de marcenaria
PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO
Criação e manejo de Unidade de
Conservação: um resultado mais recente e que
proporcionou a redução das infrações ambientais
em níveis menores, foi a criação do Parque Natural
Municipal Nascentes de Paranapiacaba em 05 de
junho de 2003, baseado no modelo de unidade
de conservação federal. Além de viabilizar a
regulamentação do uso público dentro do Parque,
proporcionou a potencialização das atividades da
Associação de Monitores Ambientais (AMA),
responsáveis pelo serviço de monitoramento nas
trilhas. Com isso, 34 pessoas promovem o controle,
desenvolvem atividades interpretativas e obtêm
renda a partir da atividade de guia do Parque.
Figura 16: Canal de transporte de água
Figura 17: Trilha das Hortênsias
Programa de Manejo dos Recursos Naturais: este programa tem por objetivo
recuperar e adequar trilhas existentes em Paranapiacaba para o uso turístico racional,
viabilizando-as como produto ecoturístico. Consiste na execução de um plano de
manejo de trilhas, ampliado anualmente, envolvendo a população e proporcionando
a apropriação por este tipo de espaço. Contempla as ações de infra-estrutura,
manutenção, recomposição da flora, monitoramento (capacidade de carga),
proteção (fiscalização) e atividades de interpretação dos recursos existentes – estas,
atualmente desenvolvidas pela Associação de Monitores Ambientais (AMA), formada
$'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
por moradores da Vila. Através das atividades de manejo e práticas participativas,
onde o grupo de moradores decide as ações que devem ser desenvolvidas, podese conter as constantes depredações dos equipamentos de infra-estrutura pelos
próprios moradores.
Figura 18: Transportes de equipamentos de
visitação com participação da Associação de
Guardadores de Veículos da Vila.
Figura 19: Instalação de equipamentos de
visitação com participação da Associação de
Guardadores de Veículos da Vila.
Programa de Fiscalização Ambiental: é realizado nas trilhas da região de
entorno da Vila de Paranapiacaba, principalmente durante os finais de semana e
feriados. As operações durante os feriados contam com a participação da Polícia
Militar, da Polícia Ambiental, da Guarda Municipal e dos guardas-parques do Parque
Estadual da Serra do Mar. Como resultado da fiscalização obteve-se uma diminuição
de 80% das infrações em trilhas.
Figura 20: Sinalização de entrada do Parque
Narural Municipal
%
Figura 21: Sinalização do limite do Parque
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Ações Institucionais:
• Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento e Gestão do Subcomitê da
Bacia Billings-Tamanduatei.
• Presidência da Associação de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA/SP)
5.2 Conservação do Patrimônio e Desenvolvimento Econômico
A gestão do patrimônio histórico, cultural e natural da Vila de Paranapiacaba
tem como princípio sua conservação, junto aos moradores, através de políticas de
inclusão social e desenvolvimento econômico, proporcionados pelo turismo.
5.2.1 Plano de Gestão do Patrimônio
Esse plano de gestão tem por objetivo a recuperação física dos edifícios e da
infra-estrutura da Vila de Paranapiacaba e a espacialização urbana dos critérios de
aplicação dos recursos e investimentos, com o foco voltado ao desenvolvimento
econômico e social.
Além de fomentar o compromisso dos moradores com a conservação do
patrimônio, proporcionar a inserção da população em atividades de capacitação e
formação para o trabalho e geração de renda e de legitimar a população como
moradora da Vila e não ocupadora do patrimônio histórico, optou-se por desenvolver
um programa específico de regularização dos termos de uso dos imóveis,
considerando cobrança pelo uso do patrimônio e valores realistas diante da situação
de carência da comunidade. O objetivo deste programa é consolidar a base de
uma comunidade autônoma, participativa, reivindicadora, porém pró-ativa, cuja
relação com a Subprefeitura aconteça estruturada em direitos e não em reivindicação
de ações, submetidas a uma relação paternalista. Este programa tem uma relação
muito estreita ao fomento de habilidades comunitárias, ou seja, quanto maior o
envolvimento do morador em atividades de formação, capacitação,
empreendedorismo, organização social para o turismo, maior é o desconto de
suas taxas (até 70% do valor total).
Também, anteriormente ao exercício da Subprefeitura, existiam pouquíssimos
empreendimentos na Vila, um bar/restaurante, uma padaria, uma farmácia, uma
mercearia e dois bares (na parte alta) em toda a Vila. Dessa forma, fez-se necessário
fomentar o desenvolvimento econômico, porém tomando o cuidado em criar critérios
para proporcionar o uso correto dos empreendimentos comerciais em patrimônio
histórico.
%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Programa de Regularização Contratual dos Moradores: este programa foi
desenvolvido em fases, em função do perfil dos moradores da Vila e do nível de
interesse pela participação em atividades de desenvolvimento do turismo. Para definir
os valores das contraprestações, elaborou-se uma análise de cada uma das casas
pela tipologia, localização, vista, estado de conservação e importância histórica. A
programa efetivou-se em setembro de 2002 e, para a regularização contratual dos
moradores, considerou-se os residentes a partir da compra da Vila em janeiro de
2002, os quais foram divididos nos seguintes grupos:
• Grupo 01: formado por aqueles que, em setembro de 2002, se encontravam
envolvidos no programa de turismo. Este grupo foi o primeiro a assinar os
contratos passando a receber incentivos através de desconto nas contraprestações
de até 70% do valor total. Foram assinados 100 contratos com a administração,
representando 30% dos imóveis da Vila.
• Grupo 02: moradores que tinham pelo menos três contraprestações pagas entre
março de 2002 até setembro de 2002;
• Grupo 03: moradores que não pagavam suas contraprestações, mas que tinham
contrato de permissão de uso herdado da Rede Ferroviária Federal S/A. Foi feita
uma análise caso a caso procurando incorporá-los aos programas de turismo
para capacitação e formação profissional e geração de renda;
• Grupo 04: pessoas que não tinham nenhum vínculo contratual com a Vila.
Geralmente são moradores temporários que se utilizavam dos imóveis como
segunda residência, para uso em finais de semanas. A estes solicitou-se a
desocupação do imóvel para abertura de empreendimentos;
• Aqueles que não se enquadraram em nenhum dos grupos acima, solicitou-se
desocupação e quando não atendida oficiosamente, fez-se necessário entrar
com processo jurídico para a reintegração da posse (das 364 casas da Vila
foram abertos 17 processos de reintegração de posse).
Os valores arrecadados das contraprestações são depositados em um fundo
de gestão do patrimônio histórico, garantindo sua aplicação na mesma Vila.
Programa de Investimentos Externos: para os imóveis desocupados foram
abertos editais de licitação pública para ocupação comercial procurando abrir
espaço para investimentos externos à Vila. Procurou-se abrir empreendimentos de
forma controlada e em função das recomendações constantes no plano de turismo.
Programa de Educação Patrimonial: paralelamente às ações administrativas
anteriores, estabeleceu-se um programa de educação patrimonial, buscando
%
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
sensibilizar a população moradora da vila da importância do patrimônio no qual
mora.
Esta ação também buscou atingir público externo, como as agências de turismo
e turistas que poderiam formar um perfil diferenciado de visitação em relação ao
que acontecia, quando a Vila encontrava-se desatendida.
Para os moradores foram conferidas palestras, mostrando a potencialidade
do turismo e realizadas visitas técnicas às cidades e localidades êxitosas na
implantação de projetos turísticos. Estas ações contribuíram para mudar a visão
em relação à viabilidade do turismo para a Vila de Paranapiacaba.
Entre as ações desenvolvidas neste período, destacam-se:
• dois cursos de educação patrimonial com a população.
• 04 cursos de educação para o turismo.
• curso de monitoria ambiental (certificação de 18 monitores).
Programa de Recuperação e Restauro: em função do elevado grau de
deterioração, principalmente das fundações e estruturas de cobertura, fez-se
necessário a realização de estudos técnicos em estruturas de madeira. A recuperação
responsável destes imóveis segue critérios rigorosos no tocante a escolha dos
materiais de substituição e na completa reconstituição de seu sistema construtivo
original. Também, busca-se vincular uma alternativa de geração de renda para os
60% de desempregados que residem na Vila, através da capacitação, formando
um grupo de restauradores, com especialização em madeiras, alvenaria, cobertura,
hidráulica, elétrica, jardinagem entre outras. Em 2002, reformou-se o antigo posto
de saúde (atual Centro de Informações Turísticas), o antigo SENAI (atual Campus
da Fundação Santo André), o antigo colégio (atual sede da Subprefeitura), o banheiro
público da parte baixa da Vila e instalado o banheiro público na parte alta da Vila.
Em 2003 foram restaurados dois importantes imóveis: o Mercado Municipal,
financiado pela Prefeitura de Santo André, e a Casa Fox, fruto do financiamento da
American Expres por intermedio da Word Monument Fund, cuja lista dos 100
patrimônios mais ameaçados do mundo constava a Vila de Paranapiacaba.
%!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Figura 22: Imóvel recuperado – Centro de
Informações Turísticas
Figura 23: Imóvel restaurado – Casa Fox
Figura 24: Imóvel restaurado – Mercado
Figura 25: Imóvel que será restaurado até final de
2004 – Clube União Lira Serrano
Figura 26: Imóvel que será restaurado até final de
2004 – Castelinho
%"
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Programa de Estudos Técnicos de Infra-estrutura: engloba o levantamento
qualitativo detalhado dos imóveis ocupados na Vila, dando a noção do estado de
conservação destes, bem como da oferta de infra-estrutura urbana (pavimentação,
energia elétrica, abastecimento de água, esgoto), e estudo sobre o sistema de
escoamento das águas superficiais, considerado um fator de aceleração da
degradação das fundações das casas. Também engloba o levantamento dos planos
originais de construção da Vila, como abastecimento de água, instalação de combate
a incêndio, eletrificação, e outros.
Programa de Urbanização: envolve todas as atividades relacionadas à
recuperação da paisagem da Vila, instalação de equipamentos urbanos novos,
bem como adaptação dos existentes, preservando a paisagem urbana tombada.
Realizou-se o Festival de Jardins em 2002 que, além de promover o turismo, recebeu
paisagistas que elaboraram jardins os quais, posteriormente, são conservados pelos
moradores. Também foi realizado os jardins dos imóveis restaurados, do Mercado
e da Casa Fox.
Figura 27: Jardim realizado no Festival de Jardins
de Paranapiacaba. Fonte: Revista Paisagismo e
Jardinagem, Dez. 2002.
5.2.2 Plano de Turismo
Consiste em atividades que integram as estratégias de desenvolvimento turístico
às atividades de geração de renda e inclusão social.
Plano Patrimônio: A Subprefeitura estabeleceu um plano para definição de
estratégias para a transformação da Vila em um destino turístico. Esse é o Plano
Patrimônio, que se insere dentro da política de desenvolvimento estratégico do
município de Santo André, como o documento prévio necessário para seu
posicionamento no cenário turístico nacional. O Plano Patrimônio de Paranapiacaba
%#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
formula estratégia de futuro a partir da análise dos recursos existentes, e propõe
estratégia de ações a curto e médio prazo, considerando a importância de seu
patrimônio ferroviário, arquitetônico ambiental, cultural e social. Consta de
diagnóstico, inventário e valorização de recursos, pesquisas de opinião aos turistas,
pesquisas aos operadores dos principais mercados geográficos emissores, pesquisas
aos operadores do turismo de Paranapiacaba, estudos do mercado turístico brasileiro.
É o desenvolvimento de um plano operacional que contempla as atuações urgentes
e as de longo prazo, de modo a servir de instrumento de gestão para direcionar a
captação de investimento públicos e privados na área turística (PMSA, 2001).
PARANAPIACABA
S A N T O
A N D R É
S P
Figura 28: Logomarca Turística da Vila
Programa de Fomento das Atividades Turísticas: desde maio de 2002 o
movimento de turistas na Vila é monitorado, especialmente nos finais de semana. A
partir de setembro de 2002, os dados estão sendo sistematizados, com informações
de número de visitantes, locais procurados, renda gerada.
Para potencializar o turismo optou-se por implantar um Calendário de Eventos
Culturais, desencadeando ações em conjunto com a população e procurando,
dentro do possível, resgatar datas e eventos tradicionais.
Também teve-se a preocupação, na elaboração da programação dos eventos
desse calendário, de formatar e divulgar a Vila e o patrimônio histórico, cultural e
ambiental de maneira a atrair um perfil de público familiar. A movimentação de
público proporcionada pelos eventos criou oportunidades de geração de renda e
empreendedorismo para os moradores, que passaram a desenvolver suas atividades
no local, mantendo os recursos financeiros na própria vila e movimentando a
economia local.
Um dos melhores exemplos é o Festival de Inverno de Paranapiacaba, cuja
primeira edição realizou-se em 2001 e atualmente, como resultado de uma ação
%$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
conjunta do poder público e comunidade local, somando esforços com empresas
privadas, organizações do terceiro setor, instituições de ensino, produtores culturais
e demais prefeituras da região, encontra-se na sua quarta edição a ser realizada
em julho de 2004, pretendendo repetir o sucesso e atingir o mesmo público dos
anos anteriores, estimado em cinqüenta mil pessoas durante o período do evento
(16 dias).
No entanto este calendário não se limita a um único evento, mas desenha-se
em uma programação anual, cujas atividades são:
• FEVEREIRO - Copa Brasil de Cross Country
• MARÇO - Bailes Tradicionais de Carnaval e Encontro de Mulheres das Áreas de
Mananciais
• ABRIL - Aniversário da Cidade e Concurso de receitas e histórias de Paranapiacaba
• JUNHO - Dia do Meio Ambiente e Festa Junina de Paranapiacaba
·
JULHO - Festival de Inverno de Paranapiacaba
• AGOSTO - Festa do Padroeiro Bom Jesus de Paranapiacaba e Festival de Comida
Caseira de Paranapiacaba
• SETEMBRO - Missa do Ferroviário, Semana do Ferroviário, Festival de Jardins de
Paranapiacaba e Dia do Ferroviário;
• OUTUBRO - Baile de Aniversário do Clube União Lira Serrano e Baile das Bruxas
• DEZEMBRO - Dia do Amigo e Programação Natalina
Figura 29: Festival de Inverno de Paranapiacaba (2003)
Figura 20: Capa de folder do Festival (2002)
%%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Programa de divulgação turística: além dos materiais de divulgação externa
da Vila, foram criados canais de informação com o objetivo de dar aos moradores
condições e oportunidade de participação nas decisões da gestão administrativa,
como:
• o “Bilhete”, um jornal mural com circulação quinzenal de 50 exemplares, em
formato 60x40cm, fixado nos principais pontos de circulação da Vila e cujo
conteúdo, traz as informações atuais em relação às ações do poder público
local e os encaminhamentos relacionados ao plano de desenvolvimento turístico;
• a rádio comunitária “Fog FM” no ar 24h, com programação musical variada e
informações gerais sobre os acontecimentos na Vila;
• o boletim “Paranapiacaba em Casa”, com periodicidade mensal e tiragem de
400 exemplares, com dicas de serviços públicos e respostas às principais dúvidas
dos moradores;
• realizadas reuniões com grupos específicos para esclarecer dúvidas e discutir
pontos relevantes;
• folheteria educativa sobre cuidados com o lixo e doenças de veiculação hídrica;
• instituído plantão para atendimento de moradores
Externamente, Paranapiacaba, apesar de ser conhecida, não tinha boa
imagem junto às empresas operadoras de turismo e ao público que buscava uma
opção de turismo familiar. Assim, elaborou-se materiais gráficos de boa qualidade
e com informações que pudessem orientar e estimular os visitantes. Materiais
elaborados:
• Folder de Paranapiacaba, divulgando o patrimônio arquitetônico e histórico;
• Folder do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, com foco
principal nos aspectos naturais que cercam a Vila;
• Guia de Serviços listando a relação de guias locais, restaurantes, pousadas,
opções de passeio, horários de trens e ônibus e demais informações que pudessem
interessar e orientar o visitante;
• Folder dos empreendimentos conhecidos como Ateliês Residência, divulgando
as opções de turismo artístico e cultural que a vila oferece;
• Conjunto de cartões postais “Revelando Paranapiacaba”, imagens premiadas,
produzidas por fotógrafos participantes de um concurso cujo tema era a própria
vila;
• Folheteria de divulgação de eventos;
%&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Também, foram realizadas ações junto às operadoras turísticas para promover
a imagem de mudança que estava submetida a Vila;
• realização de oito fantours para divulgação da Vila.
• visitas às agências de turismo da região para apresentação do plano de
desenvolvimento turístico
• implantação do receptivo turístico da Vila.
Ações Institucionais:
• Coordenação do grupo de turismo do Consórcio Intermunicipal.
5.2.3 Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico
O tipo de desenvolvimento econômico fomentado na Vila, empreendedores
sociais, é baseado na orientação da ação empreendedora não apenas para o
lucro, mas para uma “economia solidária”, que de acordo com Paul Singer (2000),
“é aquela que segue o caminho da cooperatividade em vez da competitividade, da
eficiência sistêmica em vez de eficiência apenas individual”. Busca-se com as ações
de empreendedorismo social o aumento da produtividade social local por meio de
investimentos no capital endógeno.
Investir na capacitação e organização dos moradores, oferecendo-lhes as
condições para empreender e gerar renda local foi a estratégia de desenvolvimento
social e econômico adotada.
Proporcionar a discussão sobre a equidade de gênero e sobre os conflitos
originados das dificuldades colocadas pela situação de exclusão social da
comunidade, também foi alvo de empenho e investimento pela administração
pública.
Programa de Geração de Renda e Capacitação Profissional
Apoio a iniciativas individuais (pequenos negócios): trata do acompanhamento
das iniciativas dos moradores, desde a definição e capacitação para seu
desenvolvimento até o funcionamento das unidades formadas a partir deste
programa. Os participantes foram submetidos, desde 2003, a um curso de
“Empreendedor Popular” que pretende discutir e aprofundar suas expectativas, além
de apresentar formas de gerenciamento de negócios, métodos de gestão de custos,
análise da viabilidade, entre outros.
Crédito popular: através do “Banco do Povo”, uma ação criada pela
administração de Santo André, para todo o município e que se encontra em
%'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
ampliação regional (ampliação para os municípios de Ribeirão Pires e Diadema),
são oferecidas opções de créditos para abertura e expansão de pequenos negócios.
Cerca de 10 pessoas na Vila já utilizaram este serviço, para aquisição de materiais
e abertura de novos negócios.
Capacitação e Qualificação profissional: as atividades de qualificação
profissional desenvolvidas em Paranapiacaba têm como objetivo criar condições
para que os moradores possam participar dos programas de desenvolvimento turístico
da Vila e qualificar mão-de-obra para o restauro e conservação dos imóveis.
Os cursos foram desenvolvidos através de parcerias entre a Subprefeitura de
Paranapiacaba e Parque Andreense, a Secretaria de Educação e Formação
Profissional, o Centro de Estudos Sindicais, o SEHAL – Sindicato de Empresas de
Hospedagem e Alimentação, o Centro Educacional Paula Souza, a ETE Júlio de
Mesquita e a empresa Solvay Indupa do Brasil S/A.
Trabalhou-se com a perspectiva de inaugurar em 2004 o Centro de Formação
e Qualificação Profissional de Paranapiacaba, em um imóvel restaurado pelos
próprios alunos, oferecendo opções variadas de cursos para qualificação profissional.
Em 2002 foram atendidas 120 pessoas e disponibilizadas vagas nos seguintes
cursos:
• Noções Básicas de Restauro,
• Reaproveitamento de Madeira
• Jardinagem e Paisagismo
De 2003 a 2004, ofereceu-se as seguintes vagas:
• 105 Vagas para o curso de Pequenos Reparos em Construção Civil
• 105 Vagas para o curso de Marcenaria
• 20 Vagas para o curso de Jardinagem e Paisagismo
• 40 Vagas para o curso de Monitoria de Turismo Cultural.
• 20 Vagas para o curso de Corte e costura industrial
• 100 vagas para o curso de Artesanato
Estímulo ao Empreendedorismo Social: em uma ação endógena, procurouse desenvolver uma estratégia gradual baseada na identificação e estímulo aos
moradores da Vila na implantação ou ampliação de pequenos negócios, que sejam
fonte de geração de renda, movimentem a economia local e dêem suporte ao
turismo, sem perder a perspectiva de compatibilidade com o meio ambiente natural
e construído. Mais do que gerar renda individual, buscou-se a autogeração de
renda e emprego, provocada pela circulação dos recursos no próprio local, criando
&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
pequenas redes que dão sustentabilidade e reforçam o tecido social local,
aumentando o capital social.
Adotou-se para isso, um conjunto de ações como: apoio técnico-jurídico,
suporte financeiro, capacitação para gerenciamento e qualificação de mão-deobra especializada, que viabilizaram as iniciativas dos novos empreendedores.
Por ser patrimônio tombado, os imóveis de Paranapiacaba possuem várias
limitações impostas pelos órgãos de preservação do patrimônio, que dificultam
mudanças estruturais, ampliações ou outras intervenções que possam descaracterizálos. Em face desta realidade, partiu-se do pressuposto de uso dos imóveis nas
condições em que se encontravam, condições estas que gradualmente seriam
revertidas pelos próprios moradores. Assim, criou-se o projeto “Portas Abertas” que
reúne diversos empreendimentos caseiros, tais como:
• Ateliês residência - Residência de artistas e artesão abertos para visitação com
venda e exposição de arte e artesanato (18 pessoas envolvidas).
Figura 31: Empreendimento de Arte e Cultura Individual
Figura 32: Empreendimento de artesanato
Coletivo
• Bed and Breakfast - Residências de moradores que disponibilizam cômodos para
hospedagem com cama e café aos visitantes que pretendem ficar mais de um
dia na Vila (08 pessoas envolvidas)
• Fog e Fogão - Moradores que disponibilizam cômodos de suas residências para
servir refeições caseiras aos turistas e visitantes (06 pessoas envolvidas)
• Entreposto Cultural - Espaço público cedido a artistas e artesãos locais para
exposição e venda de suas obras e produtos. É gerido por uma comissão eleita
entre os expositores. (45 pessoas envolvidas)
&
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
• Espaço Gastronômico - Espaço público cedido a quituteiras e doceiras locais
para exposição e venda de seus produtos. Funciona no mesmo imóvel que o
Entreposto Cultural. (10 pessoas envolvidas)
Formação de cooperativas e associações: trata da organização da
comunidade, por meio do apoio e fomento a organização de cooperativas,
associações e grupos informais, integrando produtores que se encontravam
desorganizados e dispersos. Através do programa de Empreendedor Popular,
capacitou-se a comunidade para o desenvolvimento de algum empreendimento na
Vila e dispôs-se das informações para o financiamento da atividade econômica
através de programas de micro-crédito, como o Banco do Povo – dentro do programa
Empreendedor Popular, a Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional realizou
cursos cujo conteúdo abordou noções de gestão e direcionamento dos
empreendimentos para sua formalização legal. Esta capacitação teve por objetivo
contribuir para a regularização do setor informal da economia, fazendo parte do
escopo de ações para a regularização de unidades produtivas informais.
Em Paranapiacaba, criou-se uma entidade formal (Associação dos Monitores
Ambientais), duas que ainda atuam na informalidade (Entreposto Cultural, Espaço
Gastronômico, Associação de Guardadores de Veículos) e que buscam a melhor
maneira para se constituírem formalmente. A seguir apresenta-se as associações
iniciadas com apoio da Subprefeitura:
• Associação de Monitores Ambientais - Organização dos monitores ambientais
para venda de pacotes turísticos, constituída formalmente (18 pessoas);
• Associação de Guardadores de Veículos - Grupo que organiza e guarda veículos
de visitantes, oferecendo as informações iniciais sobre a Vila e os serviços
disponíveis aos turistas (10 pessoas);
• Associação de Gestores da Rádio Comunitária - Grupo que administra e elabora
a programação da Rádio Comunitária Fog FM (04 pessoas);
• Associação de empreendedores na área de alimentação e hospedagem - em
fase de formação reunirá moradores que comercializam produtos e serviços
relacionados à alimentação e hospedagem
• Associação de Prestadores de Serviços na área de segurança e manutenção –
em fase de discussão.
&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Figura 33: AMA em atividades
Programa de Gênero
Masculinidade e Cidadania: foram desenvolvidas em parceria com a ONG
CES (Centro de Educação para a Saúde). Participaram deste trabalho 46 homens
de Paranapiacaba e Parque Andreense que participam do Programa de Geração
de Trabalho de Interesse Social (GTIS). Este trabalho despertou a possibilidade do
reconhecimento pelos homens para a promoção da equidade de gênero, bem
como o reconhecimento dos direitos das mulheres. Possibilitou o conhecimento
sobre novos elementos para a construção da eqüidade, mudando a compreensão
da visão do que é ser homem na sociedade.
Gênero e Cidadania: dentro deste programa foi realizado o I Encontro de
Mulheres das Áreas de Mananciais (Tema Cidade Mulher), em março de 2003. O
enfoque deste encontro se deu sobre a discussão do Estatuto da Cidade e do Plano
Diretor do município de Santo André, alertando para a importância da participação
das mulheres neste processo. Para viabilizar este encontro foram envolvidas diversas
organizações de mulheres, diferentes áreas da prefeitura, autoridades locais e a
Câmara Municipal. Nesta mesma ocasião foi aprovada, por mais de 200 mulheres,
a criação do Fórmula Verde Lilás – fórum de mulheres de luta andreense em área
de mananciais.
Pré – Conferência Regional do ABC de Políticas Públicas para as Mulheres –
II Encontro de Mulheres das Áreas de Mananciais (Vila de Paranapiacaba) foi
coordenado pela Prefeitura de Santo André, diretamente a Assessoria dos Direitos
da Mulher e Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, com apoio de
ONG´s de Mulheres e do Grupo de Trabalho de Gênero e Raça do Consórcio
Intermunicipal do Grande ABC. Esta atividade mobilizou 250 mulheres de áreas de
&!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
mananciais de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Diadema
e São Bernardo. Este evento proporcionou a discussão de políticas de trabalho,
moradia, saúde, educação e gestão ambiental, sob o ponto de vista das mulheres,
na presença de autoridades locais de toda a região do ABC.
5.3 Participação Cidadã
Em Paranapiacaba, atuam várias instâncias de participação que estendemse desde mecanismos já consagrados como o Orçamento Participativo e Conselhos
de Representantes até reuniões periódicas com grupos organizados para discutir e
encaminhar temas relacionados a sua atuação.
O Conselho de Representantes de Paranapiacaba e Parque Andreense foi
criado em 2001, a partir de discussões com a comunidade, estabelecendo mais
um espaço democrático de troca de informações, reflexões, encaminhamentos e
definição de políticas públicas para a região. O formato deste conselho e sua
atuação regionalizada apresentaram-se como uma experiência inédita no âmbito
da Prefeitura de Santo André, uma vez que deveria alcançar lideranças de locais
muito distantes e exíguos – a região aqui tratada, Parque Andreense e Paranapiacaba,
representa a metade do município de Santo André, sendo que 60% da população
(5000 pessoas) estão concentradas em áreas adensadas e 40% dispersa por toda
a região.
Com a proposta de integrar os moradores ao centro do município, também
introduziu-se o representante por Conselho Municipal de maior incidência nas
demandas da região, como o de transporte, gestão e saneamento ambiental e
orçamento participativo. Também participam os conselhos de saúde e de educação
por meio de representantes de equipamentos locais (conselho da unidade básica
de saúde e das escolas municipais da região).
Dos temas mais importantes na discussão dos moradores da região é o seu
desenvolvimento, coexistindo com a legislação ambiental que protege a Área de
Proteção de Mananciais e a conservação do patrimônio histórico. Neste processo,
considerou-se indispensável garantir a representação no conselho dos segmentos
sociais que atuam como propulsores desse desenvolvimento, no caso, os
comerciantes, as entidades e a indústria.
Todos os representantes foram eleitos, seja por eleição direta (representantes
regionais, Figura 10), eleição indireta entre seus pares (representantes dos segmentos)
ou indicados pelos conselhos temáticos municipais. A representação acontece
conforme distribuição apresentada no quadro 02.
&"
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Quadro 02 – Formação Civil do Conselho de Representantes
Representantes
titular
04
suplente
04
Comerciantes
02
02
Entidades
02
02
Indústria
01
01
Conselho Diretor de Saúde
01
01
Conselho de Educação
01
01
Conselho Municipal de Transporte
01
01
Conselho Municipal de Orçamento
01
01
Conselho Municipal de Gestão e Saneamento
Ambiental
Total
01
01
14
14
Moradores
Observa
Eleitos representante
regiões
02 de Paranapiacaba
Parque Andreense el
seus pares
02 Parque Andreens
Paranapiacaba eleito
pares
Indicados pela Solva
Logística S.A.
São 2 Conselhos Dir
região, um na Unida
Saúde do Parque An
outro do Pronto Aten
Paranapiacaba. Dest
eleito apenas um rep
titular e outro suplen
São 2 conselhos na r
escola municipal do
Andreense e outro na
municipal de Parana
Destes conselhos é e
um representante titu
suplente
Este é um conselho m
sendo indicados os r
Este é um conselho m
sendo indicados os r
Este é um conselho m
sendo indicados os r
A primeira eleição, em 2001, acompanhada por uma comissão eleitoral
composta de 04 pessoas, sendo 02 do poder público e 02 da comunidade, contou
com a presença e voto de cerca de 800 pessoas.
A segunda gestão deste Conselho iniciou-se no dia 12 de dezembro de 2002,
quando nomeou-se os novos membros eleitos nos dias 23 e 24 de novembro de
2002. Esta segunda eleição foi seguida de alteração de regimento, como, por
exemplo, o período do mandato dos conselheiros para dois anos.
No segundo semestre de 2004 será realizada a terceira eleição do Conselho
de Representantes de Paranapiacaba e Parque Andreense, tendo por avanço e
resultado positivo a criação das duas câmaras técnicas, uma em Paranapiacaba e
outra no Parque Andreense, agilizando assuntos que emperravam as pautas da
reuniões plenárias.
&#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Figura 34. Regiões de concentração populacional onde ocorrem eleições de representantes regionais
&$
6.
Lições Aprendidas
6.1 Contexto Geral
Atualmente os moradores são atendidos em 100% de cobertura vacinal, pelo
pediatra, pelo clínico geral, ginecologista, exame de ultra-som e dentista do posto
de saúde local. Esta unidade básica passou ao nível de pronto atendimento
(atendimento 24hs00) e complementada pela implantação do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde, baseado em visitas às casas dos moradores em função de
seus prontuários clínicos.
Os moradores são atendidos por transporte escolar, assistência à criança em
estágio de pré-formação escolar (Projeto Sementinha) e formação de adultos (MOVA).
Foi aberta a biblioteca da Vila em 2001.
Estes são exemplos concretos da mudança de qualidade de vida dos
moradores da Vila de Paranapiacaba, a partir das mudanças na política de
desenvolvimento em patrimônio histórico. Desta nova forma de gerir o patrimônio
e prestar serviços públicos obteve-se como aprendizado:
1. há suficiente espaço político e administrativo para a implantação de políticas
públicas municipais de gestão ambiental nas cidades brasileiras. Esse espaço
político vem sendo construído desde o advento da Constituição Federal de 1988,
que atribui aos municípios um importante papel na gestão do meio ambiente e
também por instrumentos legais que surgiram após esse momento, como a Lei
de Crimes Ambientais (1999) e a Resolução 237 do Conselho Nacional de
Meio Ambiente de 1998;
2. a prerrogativa municipal de estimular o desenvolvimento econômico de seu
território e de gerenciá-lo de forma sustentável exige que as estratégias de gestão
levem em consideração as fragilidades ambientais existentes.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
3. o aparato administrativo deve ser gerido a partir de uma compreensão da
sensibilidade ambiental do território e da integração de políticas públicas. Este
é o caso da região de Paranapiacaba e do Parque Andreense que é
ambientalmente sensível, produtora de água, um recurso natural estratégico
para o desenvolvimento da região metropolitana e da cidade de Santo André e
detentora do patrimônio histórico da Vila de Paranapiacaba, com enorme
potencial turístico,
4. Os obstáculos geográficos que dificultam a integração de parte do município à
dinâmica econômica e social da cidade são superados através da implantação
de um modelo de gestão, descentralizado e próximo à comunidade excluída.
5. Enquanto estratégia de gestão, o modelo adotado por Santo André, estimulado
pelo projeto GEPAM, permite a articulação de cinco dimensões importantes
para o sucesso na implantação de políticas públicas.
• A primeira, da autonomia administrativa e orçamentária, expressa na estrutura
própria e com recursos definidos, o que significa não depender da vontade de
áreas administrativas que não tem a região como prioridade
• A Segunda, geográfica ou territorial, ao contemplar com atenção diferenciada
uma porção da cidade que se diferencia do restante por sua forma de ocupação
e por sua segmentação física.
• A terceira, a ambiental, ao reconhecer e administrar especialmente uma área
onde existe ocupação urbana, o componente ambiental de importância
estratégica para a população, a água, e o patrimônio histórico, cuja conservação
será o resultado da ação empreendedora da administração pública.
• A Quarta, a dimensão da participação popular na gestão pública, manifesta
nos Conselhos populares existentes, de administração geral como o Conselho
de Representantes e o Conselho do Orçamento Participativo ou Conselhos de
equipamentos específicos, como os de Saúde ou Educação.
• E por fim, a dimensão do planejamento estratégico, de projetar e construir com
a comunidade uma visão de futuro da área, respeitando sua vocação (produtora
de água e detentora do patrimônio histórico), e que inclua a população local,
proporcionando a geração de renda e emprego de qualidade.
Essas dimensões, articuladas na implantação de políticas públicas de gestão
do território, propiciam condições eficazes para a construção de uma vocação
econômica para a região compatível com o pressuposto de qualidade ambiental: o
turismo histórico e ecológico e sua cadeia de prestação de serviços.
&&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
6.2 Desenvolvimento Econômico e Social: Turismo
Este é um processo demorado que se constrói pensando e executando ações
imediatas que compõem objetivos mais abrangente. Assim deve-se pensar em
acomodar os diferentes níveis de interesses da comunidade carente às necessidades
econômicas, sociais e ambientais a curto prazo para obter reconhecimento a longo
prazo.
As ações para o desenvolvimento do turismo devem ser planejadas, integradas
e determinadas a alcançar objetivos precisos e realistas. Pensar estrategicamente
os limites da participação dos investidores potenciais, sejam internos ou externos, e
fazer com que estes desenvolvam estratégias próprias para realçar impactos locais
é papel básico do ator administração pública.
O ritmo e/ou a escala de desenvolvimento do turismo podem necessitar ser
adaptados em função do tempo, como também, em função das diferentes realidades.
Estratégias apropriadas e os impactos positivos e negativos devem ser alvo de
reflexão e flexibilidade ao longo do processo.
A participação comunitária não se restringe aos canais proporcionados pelo
poder público, acontece e é potencializada através do fomento às organizações
sociais com objetivos estratégicos de desenvolvimento, expandindo as oportunidades
de negócios, de emprego e de desenvolvimento de benefícios coletivos para toda a
comunidade.
Uma estratégia para o desenvolvimento do turismo em comunidades carentes
deve iniciar pela extração de lições da análise da pobreza, da gerência ambiental,
das boas práticas de governo e do desenvolvimento do empreendedorismo.
Pela experiência acumulada na gestão pública atual, organizar a comunidade
torna-se mais importante do que estimular sua organização. Ao contrário de ações
individuais, com a implantação de cooperativas, associações e grupos informais
ganha-se mais autonomia, têm-se mais facilidade para obter recursos para projetos
comunitários e expõem-se menos os empreendimentos às variações políticas das
administrações municipais, constituindo-se de forma mais duradoura.
A ausência de poder de mercado é superada a partir da segurança da
comunidade quanto a propriedade do lar, do reconhecimento ao valor do patrimônio
histórico, cultural e ambiental. Estes são os pilares da produção, conscientização,
formação, capacitação, promoção e desenvolvimento do turismo na Vila de
Paranapiacaba, que terá maior êxito conforme acontecer investimentos na conquista
de habilidades pela comunidade, proporcionando a qualificação do capital humano.
&'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
A ausência de financiamento e crédito para o fomento do turismo é superada a
partir da expansão do acesso a microcréditos, através de um desenvolvimento gradual
do turismo, evitando o desenvolvimento dependente em investimentos externos.
A cultura do empreendedorismo na Vila vem se tornando peça-chave na
mudança de comportamento da comunidade local. A liderança econômica na Vila
tem sido marcada pela atuação das mulheres, também refletida na conservação
do meio ambiente e do patrimônio histórico. Neste sentido é de suma importância
investir na continuidade dos trabalhos de educação e cidadania, estimular as
atividades de geração de renda, empreendedorismo popular, cooperativas, etc.,
valorizando o saber feminino e garantindo o respeito e a qualidade do meio ambiente
em prol da população.
Os homens ainda apresentam desconfiança em relação aos programas da
prefeitura. São preocupados em participar de projetos formais, de geração de
emprego, e estranham a participação de dinâmicas de discussão. Porém, uma vez
superada a resistência, falam muito sobre suas necessidades e o que é ser homem
nesta sociedade de hoje.
As atividades de discussão sobre as relações de gênero proporcionaram
mudanças, no entanto, ainda prevalece a idéia de homem provedor, sendo homem
somente aquele que tem emprego. Muitos se consideram menos homem quando
desempregados. Alguns estereótipos são reforçados como a necessidade de beber
para justificar a imagem de homem, a virilidade como marca sexual de ser homem
e o exercício do poder como violência contra a mulher.2
Quanto a ampliação dos canais de participação, alguns serviços públicos
foram efetivos neste processo, que se deu em função da proximidade de atuação e
disposição de informações para a comunidade, sobre as decisões da gestão pública.
Com a criação do Conselho de Representantes, acredita-se que o
aperfeiçoamento e a continuidade dos processos de gestão democrática e
participativa dependem da relação sempre tensionada e crescentemente qualificada
entre a sociedade organizada e o poder público.
2 Análise de Sérgio Barbosa – técnico do CES – ONG Centro de Educação para
a Saúde - que desenvolveu o trabalho de Masculinidade e Cidadania em
Paranapiacaba e Parque Andreense.
'
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
BIBLIOGRAFIA
CUNHA, M. Olhar Ecológico Paranapiacaba. Santo André: Fundo Municipal de Cultura, 2001
DANIEL, C. Programa de governo para Santo André .Santo André,1999
LEITÃO FILHO, H.F. et al. Ecologia da Mata Atlântica em Cubatão. Editora da Universidade
de Campinas, São Paulo, 1993.
LIMA, NA & LOBO, RMB. Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável para a Vila de
Paranapiacaba. São Paulo, 1998. (Tese apresentada à Pós-graduação Latus Sensu em
Planejamento e Marketing Turístico do SENAC.
OLIVERIA, FL; MINDRISZ, M & BELCHIOR, M. Módulo V: Planejamento Estratégico Situacional
(Apostila). Santo André: Instituto de Governo e Cidadania do ABC, 2001.
PMSA. Cadastro. 2002.
RADAMBRASIL. Folhas SF 23/24 Rio de Janeiro/Vitória. Rio de Janeiro, 780p. 1983.
SÃO PAULO (ESTADO). Lei 9866. Lei de proteção das bacias hidrográficas e dos mananciais
de interesse regional do estado de São Paulo. São Paulo: Governo do Estado,1997
SECRETARIA DO ESTADO DE MEIO AMBIENTE. Diagnóstico de Degradação da Trilha da
Pedra Lisa, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Cubatão, SP, 1998.
SECRETARIA DO ESTADO DO MEIO AMBIENTE. Plano de Manejo das Unidades de
Conservação, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Cubatão, SP, Fase 1, 1998.
SINGER, Paul & SOUZA, A. R. (Org.). A Economia Solidária no Brasil: a autogestão como
resposta ao desemprego. São Paulo: Editora Contexto, 2000.
UMAH. Urbanismo, Meio Ambiente, Habitação S/C Ltda. Diagnóstico de qualidade ambiental
e estudos de viabilidade econômica da área de proteção de mananciais de Santo
André – diagnóstico ambiental. São Paulo: UMAH 2000.vI.208 p.
'
7.
Anexo
GESTÃO INTEGRADA DE QUALIDADE DO DESTINO TURÍSTICO (GIQ)
John Wojciechowski *
Guia Passo-a-Passo de Implementação
Turismo em Paranapiacaba: Oferta e Demanda e suas relações
com o centro da cidade
Estrutura do Documento
Este documento é dividido em três fases da seguinte forma:
1) princípios da oferta de turismo
2) princípios da demanda de turismo
3) analise final
Cada fase abrange tarefas individuais, totalizando 9 (nove) tarefas. O objetivo
do documento é descrever e justificar o valor de cada uma.
Tarefas 1-4 descrevem tipos de estudos e iniciativas necessárias para
adequadamente avaliar a oferta de turismo em Paranapiacaba. Para cada uma
dos estas tarefas o documento incluem uma descrição dos Objetivos, Metodologia
e Resultados apropriados (OMR)
A 5ª tarefa se refere ao um processo de sintetizar toda a informação obtida
nas primeiras quatro fases, para identificar o nível adequado e sustentável do turismo.
Tarefas 6-8 descrevem tipos de estudos e iniciativas necessárias para
adequadamente avaliar a demanda de turismo em Paranapiacaba. O estrutura (ou
processo) destas tarefas também inclui uma descrição do OMR.
* Estagiário canadense da Universidade da British Columbia que, financiado pela Agência Canadense
para o Desenvolvimento Internacional, assessorou a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque
Andreense com a elaboração desta metodologia de Gestão Integrada de Qualidade do Destino
Turístico.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
A ultima tarefa descreve a metodologia da analise SWOT, que e definida neste
documento como analise final, porque unem as informações das fases antecedentes
e indica o direcionamento das novas ações no processo de desenvolvimento do
turismo em Paranapiacaba.
È importante notar que o processo da avaliação do potencial turístico em
Paranapiacaba descrito neste documento é um processo interativo e não um processo
linear. Portanto, o ordem de apresentação das tarefas não implica na ordem
cronologia de implementação de cada uma.
PRIMEIRA FASE
Princípios da Oferta de Turismo
Para avaliar o potencial do turismo devem ser recolhidas informações
relacionadas à sua oferta (locais históricos, empresas do segmento, infra-estrutura...)
e sua demanda (mercados potenciais, publico alvo...). Este processo refere-se a
analise de situação, onde informação obtida servirá não só para conceituar o turismo
e suas metas, mas também para que se defina como alcançá-las.
Para o alcance das metas neste processo que visa a participação, dependemos
do apoio:
• Das autoridades da área da conservação;
• Das ONGs que valorizam a comunidade, o meio ambiente e o patrimônio
histórico-cultural;
• Das autoridades que desejam diversificar a economia local;
• Dos profissionais do setor de turismo;
• Dos empreendedores do setor que vêem oportunidades de mercado
• Dos residentes locais
O diálogo deve se iniciar com todos os grupos de interesse e a través de
análise de situação, teremos o ponto de partida para esse contato. Através das
opiniões de todos os implicados nesse processo, teremos um consenso em como
prosseguir.
'"
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
1ª Tarefa: Oferta de Turismo
Inventário de Oferta
A herança natural e histórica do local é a base para desenvolver o turismo
sustentável, portanto é importante começar com o maior inventário possível destas
características. As ofertas e informações existentes são um bom ponto para começar
especialmente para a:
Infra-estrutura
Patrimônio Cultural
e Histórico
Econômica
Organizacional
“Social”
“Física”
Dimensão
Festivais, Monumentos, castelinhos, museu, floresta e
gastronomia, artesanato etc...
1. Estado físico atual
2. Estado atraente global
3. Valor pitoresco (aos residentes e à população e
4. Valor histórico (aos residentes e à parte exte
5. “Caráter”
hospedagem, restaurantes, centros comerciais, PMME de
(turismo de aventura; trekking; sobrevivência básica e ava
selva; rafting - canoagem em corredeiras; bóia-cross - f
individual em corredeiras)
Papel do governo. ONG, grupos de preservação de ambiente
residentes locais, associações de educadores [ex. day-camp
camp
Serviços de assistência, instalações e serviços turísticos,
associativa, redes sociais
rede de transportes, com relação às cidades principais, aos a
a outros destinos turísticos (afetando os padrões)
A partir daí destacaremos os novos interesses. Isto permitirá também que o
estado físico dessas heranças seja determinado e que por sua vez, ajudarão a
determinar o nível de investimento necessário, além de torná-las acessíveis aos
turistas.
Objetivo – Avaliação
Uma vez que o trabalho do exame está completo, uma primeira avaliação
pode ser feita das características diferentes para determinar:
• Interesse forte do turismo, forte bastante incite povos para vir à área;
• Interesse moderado do turismo, que pode complementar as atrações
preliminares e diversifica a oferta;
• Quase nenhum interesse do turismo.
'#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
1ª Tarefa: OMR
Objetivo
Compilar um inventário abrangente da infra-estrutura turística em
Paranapiacaba e avaliar o estado físico atual e o valor atribuído tam pelos residentes
de Paranapiacaba.
Metodologia
Tipo
Atividades
Introdução do Trabalho
membros e associações
da comunidade
Compilação de Inventário
Revisão de Pesquisas
antecedentes e outros
documentos
Valorização do produto
turístico
(Opcional)
Levantamento de documentos das atividades já rea
Patrimônio Histórico
Legislação de Desenvolvimento
Legislação Ambiental
Outras Pesquisas
Enviar pequenos questionários e fazer entrevistas rápid
organizações e empresas turísticas em Paranapia
Resultado
1º
Além de destacar os novos interesses, isto permitirá que o estado físico e va
do produto sejam determinados e que, por sua vez, ajudarão determinar o nív
iniciativas.
2º
Uma vez que o trabalho do exame está completo, uma primeira avaliação po
das características diferentes para determinar se têm:
1. Forte interesse do turismo, suficiente para atrair o público a
2. Interesse moderado do turismo, que pode complementar as atrações
e diversifica à oferta;
Quase nenhum interesse do turismo.
2ª Tarefa - Processo de incluir os Membros da Comunidade
Envolver a comunidade na identificação e na avaliação da quantidade e a
qualidade da oferta local de turismo é o ponto central da tarefa. Isso pode ser
obtido com a população local, além das “empresas” e várias associações através
de:
'$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
• Entrevistas;
• Questionários;
• Fóruns abertos e;
• Reuniões regulares.
Uma vez que a informação é coletada será possível:
1. Determinar onde estão os obstáculos principais ao desenvolvimento do
turismo e o que como superá-los; Identificar as “melhores práticas” e riqueza das
idéias e das sugestões.
Abrir a comunicação com as partes interessadas é a única maneira de alcançar
um consenso geral no tipo e no volume do turismo em Paranapiacaba. A
aproximação incentivará a cooperação e as parcerias que conseqüentemente
contribuirão pelo desenvolvimento da comunidade.
Identificação dos membros da comunidade
1. Autoridades públicas e outros corpos similares: responsáveis pelas facilidades,
serviços e infra-estrutura organizacional e “física” que suportará os produtos do
turismo. São também responsáveis para legislar e financiar partes relevantes ao
desenvolvimento do turismo, tais como impostos, incentivos do negócio, leis
ambientais, planejando limitações. Como estes são componentes vitais de toda
a iniciativa do desenvolvimento do turismo e frequentemente os mais apropriados
para iniciar e dirigir o processo do desenvolvimento.
2. Grupos de interesse da natureza ou da cultura: estes grupos, nivelam se forem
grupos amadores, têm uma riqueza do conhecimento sobre os locais cultural /
natural e serão consequentemente instrumentos para fornecer a perícia para o
projeto e a interpretação das atrações futuras do turismo.
3. Empresas do turismo: estas incluem fornecedores da acomodação dos hotéis,
proprietários do restaurante, fornecedores de serviço da excursão e do curso,
proprietários ou gerentes de atrações turísticas e outras instalações turísticas ou
serviços. Estas empresas são, e continuarão a ser, a espinha dorsal do setor do
turismo. São elas que fazem os investimentos financeiros, põem em funcionamento
os serviços turísticos diferentes e que estão, a maioria, no contato com os turistas.
Estes negócios serão melhor colocados para se comentar em tendências, em
expectativas e em níveis turísticos atuais da satisfação e para propor idéias para
melhorar as atrações adicionais. Avaliar o número de PMME existente,
'%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
empreendimento, volume de investimentos, taxas da bancarrota, níveis da
cooperação entre empresas, pode também aumentar a consciência dos
obstáculos ao desenvolvimento econômico local.
4. Outras empresas: isto cobre uma seção transversal larga das partes interessadas,
dos indivíduos que possuem uma parte de terra do interesse potencial do turismo,
dos representantes de outros setores econômicos e dos locais industriais, que
dão forma à economia da área e ao uso de terra. Estes grupos podem ter um
interesse no desenvolvimento do turismo, porque podem fornecer oportunidades
adicionais para a geração de renda ou a diversificação econômica.
5. Residentes locais: A atenção deve também ser direcionada à comunidade local.
É a oferta principal dos empregados e empreendedores para novos negócios do
turismo e têm que viver com o turismo. Neste contexto, é útil aproveitar as
habilidades e ajustá-las para a indústria do turismo.
Objetivo - Avaliação
A avaliação de suas opiniões e capacidade potencial
Para cada destes grupos o seguinte deve ser avaliada:
• Nível do interesse em desenvolver o turismo sustentável na área e as
expectativas
• Nível do conhecimento sobre o recursos culturais e naturais na área
• Interesses e medos
• Capacidade de envolver-se (recursos, organizacional, financeiros,
humanos)
• Níveis das habilidades e das qualificações na gerência do turismo e de
negócio.
2ª Tarefa - OMR
Objetivo
Envolver a comunidade na identificação e na avaliação da quantidade e a
qualidade da oferta local de turismo para
1. Aumentar a consciência de qualidade do produto oferecido
2. Determinar onde estão os obstáculos principais ao desenvolvimento do turismo
e o que será requerido para superá-los
3. Identificar as “melhores práticas” e uma riqueza das idéias e das sugestões
'&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
4. Compilar bancos de dados completo de infra-estrutura econômica e
organizacional que contribuem para o desenvolvimento de turismo em
Paranapiacaba.
Metdologia
Identificação dos membros da comunidade
Entrevistas e questionários
Palestras, Fórum abertos e; Reuniões regulares
Através de catálogos e bancos de da
outros fontes que podem incluir:
1. Listas de atendimentos de fe
antecedentes
2. Associações de operadores
Gerentes e empreendedores das em
turísticas, guias de trilhas, educador
Com a população de Paranapiacaba
Resultado
1º
2º
3º
4º
Identificação e compilação de catálogos e bancos de dados
A avaliação de suas opiniões e capacidade potencial de envolver-se (recur
organizacional, financeiros, humanos)
Para cada destes grupos deve ser avaliada o seguinte:
1. Nível do interesse em desenvolver o turismo sustentável na área e
expectativas
2. Nível do conhecimento sobre o recursos culturais e naturais na ár
3. Interesses e medos
4. qualificações na gerência do turismo e de negócio
1. Certificações
2. Gestão e Controle de qualidade do produto
3. Empreendedorismo
• Monitorem de satisfações de cliente
3ª Tarefa - Quantificação e Qualificação de Oferta
Depois de completar o inventario o segundo elemento na análise de situação
é de avaliar a infra-estrutura existente em termos quantitativos e qualitativos.
Atrações existentes (Produto): O tipo de atrações atualmente disponíveis,
posição, número dos turistas que atendem, fixar o preço, em nível da interpretação
e da satisfação do visitante.
Acomodação: Tipo de acomodação disponível na área (locais de
acampamento, hotéis, B&B...), sua capacidade (n° de camas) , numero de
''
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
empregados (pessoal o família), posição, em padrão (estrela dois, luxo), o preço e,
se existir, taxa de ocupação e pesquisa da satisfação de cliente.
Restaurantes: Quanto para o itens acima. Além, disso seria útil gravar que
tipos do alimento servem, particularmente, se localmente está sendo produzido ou
comprado.
Instalações e serviços: O que são as outras facilidades disponíveis na área,
variando das lojas, das facilidades médicas, dos bancos, das facilidades de esportes
locais, dos centros da equitação.
Transporte: a facilidade relativa do acesso (o custo e tempo envolvidos para
acesso a Paranapiacaba). Uma vez na área, há uma rede de estrada adequada,
placas de turismo (condições), áreas de estacionamento, rede de transporte público
(o itinerário atende a demanda)?
Canais de marketing existentes (para todas itens acima): como o turismo
atualmente está sendo promovido? Que canais de comunicação estão sendo
usados? São eficientes? Que parte da informação está disponível na área e qual
sua localização de distribuição? Existem brindes que divulguem Paranapiacaba? A
divulgação é padronizada (slogan, cor, tema, imagem)?
Objetivo - Avaliação
Gravar a informação acima, será importante para avaliar a infra-estrutura na
função de sua capacidade atual e potencial de contribuir ao desenvolvimento
do local como um destino do turismo. Ajudará também calibrar quanto e o tipo
de investimento (financeiro, treinamento, capacitando a comunidade.) será
requerido para assegurar-se de que os produtos do turismo estejam suportados
bem.
3ª Tarefa - OMR
Objetivo
Qualificar a oferta de atrações existentes, acomodação, restaurantes,
instalações e serviços (ex. cursos atualmente oferecidos), transporte e o canais de
marketing existentes para projetar quanto e o tipo de investimento (financeiro,
treinamento, capacitação a comunidade através de palestras) será requerido para
assegurar-se de que os produtos do turismo estejam suportados bem.
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Metodologia – Dinâmica de Grupos
Técnica
Análise
Comunicação 1 – Reunião
Comunicação 2 Palestras e Fórum
Quantitativa e Qualificativa
Integrated Quality Management (IQM)
Identificar a disparidade entre oferta atual e o padrão (
setor
Identificar as melhores práticas e estratégias para melh
Um-a-um com as PMME
Em grupos
Resultado
1º
2º
3º
Gerar novas estratégias para o contr
monitoramento da qualidade de ofer
Identificar o capacidade e investime
melhorar a qualidade
Identificação de novos produtos e se
4ª Tarefa - Estudo de “Benchmarking” e OMR
Neste estágio, é útil fazer comparações com os destinos similares dentro da
região para ver se existe algo especial sobre esta área. A melhor maneira de recolher
esta informação é com um estudo de benchmarking. O resultado deste estudo é
duplo:
1. analise das atrações do turismo já na oferta em outras partes e seus níveis de
sucesso,
2. identificar os tipos de atrações que são sob-representadas atualmente.
Objetivo
Identificar os melhores produtos do turismo para dar a esta área particular
sua vantagem competitiva.
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Metodologia
Seleção de outros lugares comparados o Paranapiacaba (turismo cultural, e ambiental)
São Paulo o Brasil
Comparar Indicadores de Oferta
Operadores Turísticos
Núm
Volu
PMME
Qua
Serv
Serviços
Ten
Comparar Indicadores de
Produto
Festivais
Museu
Atrações (em inverno
Em verão)
Gastronomia
Comparar Indicadores de
Demanda
Núme
Volum
Qualid
Serviç
Tendê
Características do Turista
Resultado
O resultado deste estudo é duplo:
1º
2º
Análise as atrações do turismo já na
outra parte e seus níveis do sucesso
Identificam os tipos de atrações que
representadas atualmente.
5ª Tarefa - Vulnerabilidade e a Capacidade Máxima
Depois de identificar a oferta atual e o potencial de infra-estrutura do turismo,
a vulnerabilidade às pressões humanas devem ser consideradas. O turismo baseado
na herança natural e cultural, por sua natureza, será mais intrometido do que
outros tipos de turismo, mesmo se o número dos turistas permanecer pequeno. Isso
porque é importante avaliar a vulnerabilidade de modo que os produtos finais
possam ser desenvolvidos de uma maneira sustentável.
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
O nível do uso que uma área pode acomodar com níveis elevados da
satisfação e pouco impacto é sabido como sua capacidade máxima. Isto é bastante
difícil de avaliar porque opera sobre diversos níveis: ambiental, social e mesmo
psicológico e envolve uma escala larga de fatores diferentes tais como a freqüência
e a densidade do uso.
Não obstante, uma tentativa deve ser feita para estimar esta capacidade dos
locais diferentes porque esta terá uma influência significativa no:
• tipo de atrações que podem ser desenvolvidas
• o tipo de turistas que serão atraídos
• o número dos turistas que uma área pode acomodar
• e consequentemente como o produto será introduzido no mercado
SEGUNDA FASE
Princípios da demanda de Turismo
Depois de conduzir uma avaliação da infra-estrutura do turismo (oferta) em
Paranapiacaba, uma primeira estimativa pode ser feita de quem será atraído a este
tipo de turismo. Isto fornecerá uma orientação para o estudo de pesquisa de mercado
(demanda). O estudo poderá então investigar mais estes diferentes segmentos de
mercado para determinar quantos turistas podem ser atraidos, de onde e por quanto
tempo.
6ª Tarefa - A identificação da imagem da vila entre os que a
conhecem
Pode também ser útil identificar entre aqueles que nunca visitaram a área,
que imagens têm do lugar. Isto pode ajudar a determinar os tipos de expectativas
das pessoas que nunca visitaram Paranapiacaba, ou seja que imagem elas fazer
do local. As fontes de informação incluem:
• Pesquisa do centro
• Entrevistas com grupos de interesse especializados (escolas, grupos de
conservação, estudantes etc)
• Operadores especializados em excursões
• Relatórios de SENAC
• Estudos Acadêmicos (ex. trabalhos de pós-graduação)
!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
A identificação da imagem da área entre os estranhos a Paranapiacaba
revelará mais a qualidade da fonte atual e dar-lhe-á forma é estratégia da promoção.
7a Tarefa - Procurando mercados potenciais
Aqui estão duas aproximações possíveis a definir os mercados potenciais:
1) Por a investigação do que a região tem que oferecer nos termos das atrações e
infra-estrutura
2) Avaliar que tipos de atividade do turismo estão mostrando o potencial forte de
crescimento, ou são sub-representados na região e consequentemente adaptar
os produtos
8ª Tarefa - Avaliar ao Setores do Mercado Turístico
A pesquisa conduzida em Santo André sobre turistas, suas características e
os interesses serão o ponto de partida para avaliação dos mercados atuais.
Outras fontes de informação poderiam incluir:
• Estatísticas e tendências regionais do turismo (ex. www.turismo.gov.br e outros
portais virtuais turísticos)
• Monitoramento dos visitantes utilizando entrevistas ou questionários
• Entrevistas com as empresas de turismo existentes
6ª Tarefa, 7ª Tarefa, 8ª Tarefa : OMR
Objetivo
1. Identificar entre aqueles que nunca visitaram Paranapiacaba, que imagens têm
do lugar.
2. Identificar as características e preferências dos turistas locais e cruzar as referências
com o estudo de turismo em Santo André e a oferta em Paranapiacaba.
3. Aprofundar-se nestes diferentes segmentos de mercado para determinar quantos
turistas podem ser atraídos, de onde e por quanto tempo.
Metodologia: Ponto de Referencia – Estudo de turismo de Santo André
• Pesquisa do centro
• Entrevistas com grupos de interesse especializados (escolas, grupos de
conservação, estudantes)
• Entrevistas com operadores especializados em excursões
• Estatísticas e tendências regionais do turismo.
"
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
• Monitoramento dos visitantes utilizando entrevistas ou questionários
• Entrevistas com as empresas de turismo existentes.
Resultado
1º
2º
A identificação da imagem de Paranapiacaba entre as pessoas que nunca visit
revelará o valor atual do turismo e dará a forma e estratégia para sua promoç
Avaliar que tipos de atividade do turismo estão mostrando o forte potencial de
crescimento, ou são sub-representados na região, e consequentemente adap
produtos adequados.
TERCEIRA FASE
A Avaliação Final
9ª Tarefa - FOFA Análise (SWOT)
O estágio final no processo de determinar o potencial do turismo sustentável
baseado na herança natural e cultural deve incluir a totalidade dos resultados
obtidos durante a análise de situação (oferta e demanda). Para focar a síntese dos
cenários, análise de mercado e análise competitiva, elabora-se a matriz SWOT,
sintetizando os pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças. Nesta,
consolidam-se todos os aspectos relevantes do negócio, tais como: cliente, mercado,
ambiente competitivo, riscos no negócio, ambiente, legislação, competências internas
e capacitação dos fornecedores-chave. Como supra-mencionado, a análise SWOT
implica na análise de quatro elementos-chave: Forças, Fraquezas, Oportunidades
e Ameaças que envolvem uma empresa ou negócio.
Estes quatro elementos fundamentais podem ser agrupados em pares,
conforme a dimensão do ambiente da empresa que eles envolvem, os quais são o
ambiente interno e o externo. As Forças e Fraquezas perfazem a dimensão interna,
enquanto as Oportunidades e Ameaças referem-se à dimensão externa da atividade
econômica.O quadro abaixo apresenta o significado de cada um deles:
#
INFORMAÇÕES
INTERNAS
Strenghts (Pontos Fortes/
Forças)
Vantagens internas da atividade ec
relação às empresas concorrentes.
Weaknesses (Pontos Fracos/
Fraquezas)
Desvantagens internas da atividade ec
relação às concorrentes.
INFORMAÇÕES
EXTERNAS
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
Opportunities (Oportunidades)
Aspectos positivos do ambiente que
atividade econômica com potencial d
vantagem competitiva..
Threats (Ameaças)
Aspectos negativos do ambiente qu
atividade
econômica
com
pote
comprometer a vantagem competit
possui.
Parte-se do princípio de avaliar, através de uma reflexão aprofundada quais
são esses 4 elementos.
Uma vez que uma análise do SWOT foi feita, tornar-se-á óbvia que sorte das
ligações lá está entre as edições diferentes e onde os problemas principais se
encontram. Por exemplo, pode ajudar:
1) Decidir o tipo de produto que tem maior potencial;
2) Determinar os pontos a serem trabalhados;
3) O direcionamento das ações no processo de desenvolvimento do turismo.
1) A análise
Uma vez identificados, realiza-se a construção de um quadro contendo de
um lado os Pontos Fortes e Fracos e do outro as Oportunidades e Ameaças, da
seguinte forma:
Pontos Fortes
Oportunidades
Ameaças
$
Pontos Fr
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
O diagnóstico estratégico efetuado deve estar organizado em termos
funcionais. É útil associar a cada Ponto Forte ou Fraco um departamento ou área
da empresa, como por exemplo: Produção, Financeiro, Recursos Humanos,
Marketing, Vendas
Pode-se desenvolver nesse contexto, inclusive, uma Matriz de Oportunidades
e uma Matriz de Ameaças e Riscos, baseada no mesmo raciocínio do utilizado na
Matriz SWOT. Esta é uma forma de tornar ainda mais visível não apenas as
oportunidades, mas também de permitir pensar-se com maior clareza em Planos
de Ações e em Ações propriamente ditas, sejam elas a curto, médio ou longo
prazo.
(Carência no mercado)
Probabilidade de Ocorrência
Matriz de Oportunidades
F
O
R
T
E
GRANDE
OPORTUNIDADE
F
R
A
C
A
OPORTUNIDADE
LIMITADA
FORTE
OPORTUNIDAD
DESAPROVEITAD
INOPORTUNIDAD
FRACA
Capacidade da Empresa
%
(Carência do mercado)
Probabilidade de Ocorrência
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
F
O
R
T
E
AMEAÇA
IMINENTE
ÁREA DE
PREVENÇÃO
F
R
A
C
A
AMEAÇA
DOMINÁVEL
ÁREA DE
VIGILÂNCIA
FORTE
FRACA
Capacidade da Empresa
Plano do Trabalho
GESTÃO INTEGRADA DE QUALIDADE (IGQ) & SISTEMA BENCHMARKING
Introdução
Desde o Plano de Patrimônio, o relatório preparado pela System Marketing,
o turismo em Paranapiacaba mudou drasticamente. A visão de transformar a Vila
em um Centro turístico cultural e ecológico foi acompanhada por vários projetos,
iniciativas e encaminhamentos em termos de segurança, acessibilidade, proteção e
preservação ambiental, segmentação de mercado e capacitação dos
empreendedores.
O mercado alvo e o perfil dos turistas mudaram muito nos últimos anos, em
relação ao perfil “problemático, jovem, sem dinheiro e sem consciência ambiental”
dos visitantes da Vila. Hoje, Paranapiacaba está se transformando em um centro
dos esportes de aventura, ecoturismo e cultural com novas atrações e oportunidades.
Com isso, o perfil dos visitantes é sempre mais exigente, com expectativas de
maior qualidade. Portanto, a avaliação e contínuo esforço de melhorar a qualidade
da oferta dos produtos e serviços turísticos em Paranapiacaba é vital.
&
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Este relatório, apresenta duas técnicas com objetivo de implementar um
processo sistemático de avaliação da qualidade da oferta turística incluindo:
1) Gestão integrada da qualidade (GIQ)
2) Benchmarking e definição das “Melhores Práticas”
1.0 GESTÃO INTEGRADA DA QUALIDADE (GIQ): ELEMENTOS PARA APLICAR EM PARANAPIACABA
1.1 A questão da Qualidade da Oferta
Um turismo de qualidade pode contribuir para o desenvolvimento sustentável
das zonas turísticas, melhorando a competitividade das empresas, respondendo às
aspirações sociais e preservando o ambiente cultural e natural.
Ter sucesso, simultaneamente, nestes diferentes domínios, a nível de um destino
turístico, exige uma intervenção centrada na satisfação do turista e baseada nos
princípios do desenvolvimento sustentável. Embora este tipo de intervenção precisa
de formulação de estratégias com os parceiros-chave, aplicação de boas práticas
e desenvolver continuamente instrumentos de acompanhamento e avaliação, para
ajustar essa intervenção em função das suas incidências econômicas, sociais e
ambientais.
O turismo surge como um eixo estratégico de propor uma oferta competitiva
que vá ao encontro das expectativas dos visitantes e, ao mesmo tempo, contribua
positivamente para o desenvolvimento do local e para o bem-estar dos seus
habitantes.
A gestão integrada da qualidade (GIQ) é uma forma de atuar nestas duas
frentes:
1. desenvolvimento econômico
2. oferecendo uma experiência de qualidade única e original ao visitante.
A primeira parte deste relatório propõe 5 tarefas para a implementação de
GIQ em Paranapiacaba:
1) Dinâmica de parceria: criar condições que favoreçam a gestão integrada
da qualidade
2) Promoção e comunicação externa com uso da Internet
3) Monitoramento da qualidade dos Serviços oferecidos aos turistas
4) Dinâmica de acompanhamento - Satisfação dos turistas
5) Formulação dos questionários, e palestras para sistematicamente
quantificar e qualificar a oferta
'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
É importante lembrar que já existem técnicas e ferramentas em Paranapiacaba
que estão implementadas para melhorar a qualidade da oferta dos serviços e
produtos turísticos. Nestes casos, o relatório identifica o que já existe e somente
sugere técnicas para melhorar ainda mais as ferramentas de controle, avaliação,
quantificação e qualificação da oferta.
1.2 As cinco tarefas de GIQ: Implementação em Paranapiacaba
1.2.1 Dinâmica de parceria: criar condições que favoreçam a gestão integrada da
qualidade
De uma maneira geral, a gestão integrada da qualidade é um processo
iterativo e participativo onde:
• Se cria uma direção forte, bem estruturada, sistemática , institucionalizada, dotada
de meios de ação, que beneficie do apoio dos poderes públicos, dos agentes do
setor privado e da população local;
• Se Desde a fase de definição do projeto até ao acompanhamento da sua execução,
desenvolver uma intervenção de parceria baseada na colaboração estreita e
coerente entre todos provedores de serviços turísticos beneficiando assim dos
efeitos de sinergia.
Possibilidades – UNICSUL, FEFISA (outras faculdades), SEBRAE, SEHAL, POLITEUO
Objetivos
1. Aplicar pesquisas de campo,
2. Fornecer material para palestras,
3. identificar as melhores práticas e
4. desenvolver a rede de negócios.
1.2.2 Promoção e comunicação externa
Paranapiacaba deverá desenvolver a sua política de promoção segundo dois
eixos:
• Criar presença e visibilidade com recurso a novas tecnologias, através de um
website turístico; - não existe ainda em Paranapiacaba.
O site será usado para:
1) difundir informação útil, automática e contínua dentro e fora do destino;
2) facilitar o processo interativo de reservas;
3) estimular o diálogo, registrando as queixas e os comentários dos turistas,
bem como da população local.
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
• Implementação do marketing mix e presença dos promotores da Vila (ex.
comerciantes, moradores, etc.) – já existe um centro turístico em Paranapiacaba
onde se pode encontrar panfletos, materiais promocionais e operadores turísticos
(guias, monitores, etc...)
1.2.3 Monitoramento da qualidade dos serviços oferecidos aos turistas
A gestão integrada da qualidade deve dedicar uma atenção permanente às
necessidades dos turistas, antes de eles partirem, ao longo de toda a viagem, e
após o seu regresso. As respostas a dar são em termos de:
• informação e acolhimento;
• alojamento e restauração;
• atrações e eventos
1.2.3.1 Informação e acolhimento
A informação deverá estar sempre acessível, tanto por meio das novas
tecnologias como através dos fornecedores turísticos de Paranapiacaba. Deverá
ser coerente, completa, atraente e portadora de mensagens que respondam às
expectativas dos visitantes.
A qualidade do acolhimento dos visitantes deverá:
• ser visível em todos os pontos estratégicos;
• apoiar-se nas novas tecnologias (meios de pagamento, difusão e acesso à
informação, etc.).
1.2.3.2 Alojamento e restauração
• Implementação:
1) de rótulos de qualidade com a implementação dos conhecimentos adquiridos
através de cursos SEBRAE, POLITEUO e SEHAL; ainda não existe em
Paranapiacaba
2) de uma avaliação comparativa dos sistemas de classificação (caso de
Benchmarking)
• Expor a culinária de Paranapiacaba. O valor culinário não é cultural, portanto
precisa de um outro enfoque para incluí-lo na geração integrada da qualidade
(ex. “A melhor Caldeirada do Grande ABC)
• Formação específica em acolhimento do pessoal dos setores de alojamento e
restauração; já existe em Paranapiacaba através de cursos de capacitação e
associações formadas para os empreendedores e moradores da Vila. Sessenta
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
empreendedores participaram nos cursos de SEBRAE (administração e divulgação
de negócios), e SEHAL (cursos de atendimento ao turista) alem do 18 membros
da Associação de Monitores Ambientais (AMA) que participaram dos cursos de
Empreendedor Popular oferecido pelo Politeuo.
Estas ações contribuem para a imagem positiva de um destino turístico e
permitem que os turistas apreciem com toda a tranqüilidade e confiança a qualidade
e a diversidade dos serviços de alojamento e restauração.
1.2.3.3 Atrações e eventos
A diversidade e a capacidade dos recursos para atrações e eventos
determinam, em grande parte, a atratividade de um destino turístico, bem como
seu nível e qualidade. Isto implica um planejamento integrado e diversificado:
1) da valorização dos recursos da Vila;
2) do controle de fluxos na Vila de Paranapiacaba; já existem relatórios semanais
e mensais de fluxo turístico
3) da otimização da sua acessibilidade, tanto para os visitantes como para a
população local – já em procedimento na Vila com novos investidores. Neste
ponto, podem ser investigados outras opções de acesso.
4) da organização das visitas segundo os vários tipos de público
1.2.4 Dinâmica de acompanhamento - Satisfação dos turistas
A gestão integrada da qualidade baseia-se no princípio da iteração. É
imperativo que o processo seja alimentado com informações regulares pertinentes
sobre os resultados obtidos em termos de satisfação e sobre a evolução do contexto
e das tendências.
Serão criados vários tipos de indicadores e a recolha de informação e de
dados quantitativos será, sempre que possível, efetuada antes, durante e depois da
visita e/ou estadia do visitante. Na Vila de Paranapiacaba existe um sistema de
recolhimento de avaliações do turista. Mas formalizando esse processo através de
uma categorização de inquéritos pode gerar informações mais especificas sobre o
turista, sua visão da Vila, expectativas, o método mais eficaz de comunicação.
Uma primeira categoria de inquéritos antes e durante a visita permitirá:
• antecipar as tendências do mercado do turismo turístico e determinar a posição
da Vila de Paranapiacaba relativamente a essas tendências;
• identificar os perfis dos visitantes e os seus comportamentos;
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
• descrever a imagem que o destino tem no espírito dos visitantes,
• descobrir as expectativas dos visitantes e dos candidatos a visitantes;
• verificar a imagem do destino divulgada pelos líderes de opinião e pelos
vendedores
Os inquéritos da segunda categoria serão realizados no momento da partida
ou após a visita e permitirão:
• avaliar em que medida foram correspondidas as expectativas do visitante e qual
é seu grau de satisfação;
• avaliar se a imagem do destino foi alterada pela visita; e como
1.2.5 Formulação dos questionários e palestra para sistematicamente quantificar
e qualificar a oferta
Os objetivos de avaliar a oferta deverão ser operacionais, mensuráveis e
escalonados no tempo. A formulação destes contribuirá para congregar os
empreendedores, reforçar a mobilização interna do destino e aumentar a qualidade
da informação sobre os visitantes.
1.2.5.1 Atividade Propostas
Três palestras são propostos:
• Palestra 1: Negócios em turismo – Qualidade e Avaliação - Questionário de
Avaliação; Conduta do SWOT (ao nível micro – empresa)
• Palestra 2: Aplicação dos conhecimentos – Implementação dos Cursos SEBRAE
e SEHAL
• Palestra 3: Avaliar o desempenho dos empreendedores em respeito as atividades
propostas – “Trocas de ideais e experiências”
!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
As três palestras incluem:
Palestra 1: Negócios em turismo – Qualidade e Avaliação - Questionário de
Avaliação; Conduta do SWOT (nível micro – empresa)
Titulo
Palestra
da Descrição da Palestra
Avaliar
seus
negócios
usando
o
questionário de avaliação própria (ver
Anexo A) como uma fundação para
PALESTRA 1 avaliar a formação e qualidade de seu
negócios. Esse é a primeira atividade
proposta pela palestra. O questionário
seria distribuído, respondido e os dados
Negócios em analisados antes da palestra. Durante a
Turismo
– palestra os dados serão discutidos.
O publico alvo
Du
Todos
os
empreendedores,
funcionários
e
fornecedores
de
serviços turísticos
em Paranapiacaba
“Qualidade e
Avaliação”
Avaliar a vantagem competitiva de seu
negócio usando a análise SWOT (na escala
micro). A análise SWOT precisa incluir
empreendedores
e
funcionários
de
negócios, além de representantes da SubPrefeitura para facilitar o processo (Ver
Anexo B).
(T
Oportunidade de fazer perguntas e discutir
sobre experiências, sucessos e frustrações
Palestra 2 : Aplicação dos conhecimentos – Implementação dos Cursos SEBRAE
e SEHAL
Titulo
Palestra
da Descrição da Palestra
Um dia de oficinas simultâneas (4 no
total: Produtos e Serviços, Marketing
de negócios, Questões operacionais,
Finanças) que focalizam em algumas
áreas de interesse identificadas por os
empreendedores mesmo (ver Anexo
C)
O publico alvo
Du
Todos
os
empreendedores, e Ca
funcionários
dos e
PALESTRA 2
fornecedores
de dia
serviços turísticos
Nesta palestra, pode também haver em Paranapiacaba
“Aplicação
dos oportunidades para visitas de locais
conhecimentos” das operações que tiveram o sucesso
com expansão do produto. (Definido
através
de
o
estudo
de
Benchmarking)
"
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
Para obter a participação adequada dos empreendedores nas atividades
propostas é vital incluí-los na seleção dos temas mais adequados da avaliação
própria e para as palestras. Portanto antes de efetuar as palestras, precisa-se
informar empreendedores do projeto, das atividades e dar a eles a oportunidade
de decidir os temas mais relevantes para as palestras.
Palestra 3: Avaliar o desempenho dos empreendedores em respeito as
atividades propostas – “Trocas de idéias e experiências”
Titulo da Palestra
Descrição da Palestra
O publico alvo
Todos
os
4 Seções divididas por atividade de empreendedores,
PALESTRA 3
comerciantes,
comércio:
membros
de
Avaliar
o
associações
e
• Artesanato
desempenho dos
dos
• Casas Abertas / Restaurante funcionários
empreendedores
fornecedores
de
• B&B
em respeito as
• Associações (AMA, AJA, serviços turísticos
atividades
em Paranapiacaba
PJOTA, AEAHP, AAP,)
Du
propostas
–
“Trocas de ideais
e experiências”
Novos
encaminhamentos
2.0 Estudo de Benchmarking
2.1 A questão das Melhores Práticas (Benchmarking)
O conceito das melhores práticas vem do método de benchmarking, que é
usado pelas ciências de gerência e pelos sistemas da qualidade. Originalmente, a
palavra benchmarking foi usada na topografia para indicar um sinal distintivo na
parede ou na arvore, na pedra ou no edifício que sirvam como um ponto de referência
para a posição ou a altura de um observador. Hoje é usado como um sinônimo da
comparação baseado nas melhores práticas de uma organização, de uma firma e
de uma equipe. Benchmarking transformou-se um instrumento da gerência enquanto
fornece a informação que ajudam aos gerentes de uma organização pública ou
privada saber o “onde estão” com respeito às organizações / localidades líder ou
às organizações / localidades que fazem parte de sua concorrência.
#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
2.2 Dois tipos de Benchmarking
1) O Benchmarking interno dá-nos um modelo da análise e monitoração sistemático
contínuo de gestão integrada de qualidade.
2) O benchmarking externo é um processo de posicionamento quantitativo e
qualitativo de Paranapiacaba com relação aos concorrentes e outros destinos
turísticos, oferece a metodologia para testar a satisfação de clientes e para
melhorar o oferta estimular criação de produtos e serviços novos. Mais
importante o benchmarking externo da a oportunidade de aprender novas
experiências, as melhores práticas (e de evitar os erros) de destinos turísticos
que hoje são considerados líderes em seus próprios mercados.
2.2.1 Benchmarking Interno: Desenvolver Indicadores de Gestão Integrada de
Qualidade
Trata-se de criar indicadores quantitativos e qualitativos que permitam:
• avaliar os desempenhos do setor turístico por categoria de ação e de serviços
prestados ao turista;
• medir o esforço desenvolvido pelos profissionais dos diferentes ramos do turismo
para se aproximarem dos padrões, normas e rótulos de qualidade desenvolvidos
e implementados pelas execução da intervenção de gestão integrada da
qualidade;
2.2.1.1 Objetivo
Selecionar indicadores quantitativos e qualificativos para avaliar a sistemática
gestão de qualidade. Os indicadores quantitativos tem o potencial de ilustrar o
melhoramento da Vila em termos de:
• Investimento
• Infra-estrutura
• Geração de renda
• Capacitação dos recursos humanos locais, e
• Retornos nos investimentos.
Os indicadores qualitativos identificam as melhores práticas da gestão
integrada de qualidade em Paranapiacaba incluindo:
• Indicadores das melhores práticas da qualidade em respeito ao ambiente e
paisagem
$
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
• Indicadores das melhores práticas da qualidade em respeito a serviços turísticos
• Indicadores das melhores práticas da qualidade em respeito a serviços de
comunidade
2.2.2 Benchmarking externo: Seleção, Comparação e Avaliação de Destinos
turísticos
Existem poucas vilas como destinos turísticos que tem o potencial cultural e
ambiental que está presente em Paranapiacaba. Durante a seleção de destinos
turísticos para comparar e importante ter consciência dessa realidade. Em vez de
buscar cidades com as mesmas caraterísticas de Paranapiacaba é recomendável
de enfocar-se na segmentação de mercado (para exemplo arvorismo em Brotas e o
potencial de arvorismo em Paranapiacaba). Também é possível selecionar destinos
turísticos que podem servir como exemplos das “melhores práticas de
desenvolvimento turístico”.
2.2.2.1 Objetivo
• Aprender as melhores práticas e novas experiências
• Evitar os erros cometidos em outros destinos turísticos
• Identificar a vantagem competitiva da Vila
• Gerar “números de marketing”
2.2.2.2. Metodologia
• Selecionar lugar / destino turístico
• Selecionar região de estudo
• Selecionar destinos turísticos com distâncias similares a centros urbanos
• Selecionar destinos turísticos com mercados alvos parecidos a Paranapiacaba
• Selecionar destinos turísticos com atividades parecidas
• Selecionar destinos turísticos com características parecidas
• Selecionar destinos com população similar (números)
• Selecionar destinos conhecidos como lideres em suas designações
• Selecionar critério de comparação (2 tipos)
• “Melhores Praticas”
• Números quantitativos
%
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
QUESTIONÁRIO DE QUANTIFICAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO DA OFERTA
O questionário e dividido em quatro etapas:
A. Perfil do Negócio
B. Perfil do Cliente
C. Marketing
D. Documentação de Negócio
A Perfil do Negócio
1. Qual é o produto/serviço principal que está oferecendo?
• Acomodação
• Acomodação e alimentação
• Artesanato
• Arte (ateliers)
• Excursão cultural
• Excursão ecológica
• Esportes Radicais / Esportes de aventura
• Outro __________
2. Indique a taxa de ocupação atual (%) contra a ocupação desejada para cada
estação do ano
Ocupação / Uso
Atual %
Ocupação /Uso
Desejado %
&
Verão
Outono
Inverno
Prima
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
3. Você tem uma documentação da missão de sua empresa, incluindo uma indicação
de objetivos de negócio, e uma finalidade a curto, médio e longo prazo?
• Sim, mas não é documentada
• Sim, é documentada
• Não
4. Seus objetivos de negócio refletem a realidade de sua empresa?
• Não Refletem
• Refletem parcialmente
• Refletem bem
5. Quando foi a última vez que você avaliou seus objetivos de negócios?
• Nunca
• 1-2 anos atras
• O ano passado
• Este ano
• Nos últimos 3 meses
6. Quantas pessoas em sua organização conhecem e entendem os objetivos de
sua empresa?
• Ninguém – Só eu conheço
• Um pouco
• Quase 50%
• Praticamente todas
7. Qual é a participação de seus funcionários no desenvolvimento e na avaliação
de sua empresa?
• Quase nada
• Um pouco
• Eles contribuem significativamente
8. Como contribuem seus funcionários no desenvolvimento e na avaliação de sua
empresa?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
'
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
9. Em que fase de desenvolvimento está sua empresa?
• Nos princípios
• Desenvolvimento
• Expansão
• Falência
• Vamos encerrar nos próximos 5 anos
• Vamos sair da Vila nos próximos 6 meses
B Perfil do Cliente
9. Identifique a idade atual demográfica de seu cliente. ( o grupo maior será n.º1)
• ____Menos de 20 anos
• ____21 a 35 anos
• ____36 a 50 anos
• ____51 a 65 anos
• ____mais que 65 anos
10. Identifique a escala da renda de seu cliente (o grupo maior será n.º1)
·
_____menos de
(a definir)
·
_____R$ to R$
(a definir)
·
_____R$ to
(a definir)
·
_____R$ to R$
(a definir)
·
_____mais R$100,000
(a definir)
11. Anote o perfil atual de seus clientes pela origem, em porcentagem (%), contra
o perfil desejado, em porcentagem (%).
Origem do Turista
Grande ABC
Grande São Paulo
Estado São Paulo
Outros estados de Brasil
FORA DE BRASIL
América do Sul
América de Norte
Europa
Asia
Perfil Atual (%) Perf
(%)
Pais
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
12. Qual é a porcentagem de seus clientes: Homens ____ Mulher______
13. Qual é a porcentagem de clientes que retornam ao seu estabelecimento (fiéis)?
__________%
14. Identifique a composição dos grupos de visitantes por característica:. (o grupo
maior será n.º1)
• _____ turistas solteiros
• _____ grupo de homens (a médio ______)
• _____ casais
• _____ grupo de mulheres (número médio______)
• _____ famílias
• _____ grupos organizados por agencias (número médio_____)
15. No geral qual é seu nível de conhecimento dos interesses do seu cliente (ex.
passatempos, ocupação, trabalho etc..)
• sem conhecimento
• tem uma idéia
• conheço bem
C Produtos e Serviços
16. Quantos diferentes tipos de produtos/ serviços você oferece a seu cliente ?
(acomodação, comida, excursão, esportes de aventura, serviços culturais /
educativos, outros)
• 1, 2, ou 3
• 4, 5
• 6 ou mais
17. Você está interessado a oferecer mais produtos?
• Sim
• Não
18. Qual é a situação organizacional da empresa para oferecer um novo produto?
• Não muito
• Tem oportunidade
• É muito apropriada
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
20. Você está ciente de sua concorrência, como eles operam e quais são as
vantagens competitivas sobre seu produto?
Não muito ciente
Bastante ciente
Muito ciente
Quem é a
concorrência
Como eles Operam
Seus vant
competiti
21. Você está ciente do como uma parceria com fornecedores pode ressaltar em
maior valor agregado que poderia resultar oferecendo produtos/serviços em parceria
com outros fornecedores?
• Não muito ciente
• Bastante ciente
• Muito ciente
• Já estamos desenvolvendo novos produtos em parceria
22. Você encaminha seus clientes a outros fornecedores de serviço ou operadores?
• Não
• Raramente
• De vez em quando
• Regularmente
23. A que tipo de outros fornecedores de serviços turísticos você encaminha seus
clientes?
• Fornecedores de acomodações (B&B, casas abertas)
• Fornecedores de alimentação (portas abertas, restaurantes, etc...)
• Fornecedores de produtos (artesanato e arte)
• Fornecedores de excursões
• Centro de turista, e outros serviços ____________
24. Você já considerou oferecer seus serviços / produtos em parceria com outros
fornecedores através de um pacote turístico?
• Não considerou
• Considerou parcialmente
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
• Estou interessado mas não sé como fazer
• Já estou oferecendo serviços em pacote através de uma parceria com outros
fornecedores
25. Você está interessado em oferecer pacotes de serviços / produtos através de
uma parceria com seus competidores?
• Não estou interessado
• Estou parcialmente interessado
• Estou interessado mas não sé como fazer
• Já estou oferecendo serviços em pacote através de uma parceria com outros
competidores
D Marketing
26. Onde você atualmente promove seu produto/serviço para atingir seu mercado?
(marque todo que aplique)
• Jornal local
• Radio
• Guias de Turistas fornecidos por associações locais da agencias de viagem
• Publicações de nicho
• TV
• Internet
• Participação nos eventos públicos
• De boca -á- boca
• Outros __________
27. Classifique o sucesso do uso desses canais de marketing?
Canais de Marketing
Jornal local
Radio
Guias de Turistas fornecidos por
associações locais da agencias de
viagem
Publicações de nicho
TV
Internet
Participação nos eventos públicos
De boca -á- boca
Outros __________
Sim
Efeito
Com efeito
moderado
Com bom
efeito
C
e
!
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
28. Com quais organizações você está envolvido para promover seu produto?
• No estou envolvido em organizações
• Sub Prefeitura
• ONG: _________
• Associação Profissional: ___________
29. Você monitora a satisfação de seus clientes?
• Não
• Sim ____comentários orais ____ cartões de satisfação ____ feedback de seus
empregados ____ queixas (email, cartas, por telefone) ____ levantamento por
telefone
30. Você usa outros recursos para pesquisar sobre seu mercado alvo?
• Não
• Sim _____Sub- Prefeitura _______Associação local _____ feiras _____ outros
recursos __
31. Estes métodos tem sucesso?
• Não
• Parcialmente bem sucedido
• Sucedido
• Com muito sucesso
32. Aproximadamente que porcentagem dos pedidos de informação resultam em
reservas reais?
• Menos de 10%
• 11-25%
• 26-50%
• 51-75%
• mais que 75%
33. Como os clientes se comunicam com sua empresa? (marque o todos que se
aplicam)
• telefone_____ Correio_______Fax_______E-mail________Internet______Serviço
de mensagens_______Outros _____________________
"
PARTE 2 • TURISMO
PARA I NCLUSÃO
SOCIAL
34. Qual é o tempo de respostas aos recados /perguntas dos clientes?
• entre 24 horas
• 2 a 3 dias
• uma semana
• mais que uma semana
35. Como você responde aos perguntas / dúvidas dos clientes? Verifique todos que
se aplicam.
• Oralmente/telefone
• Email
• Folheto
• Carta e Folheto
• Pacote de informações locais
36. Onde você encontra empregados?
• Contatos de família
• Localmente
• Regionalmente
37. O treinamento dos funcionários acontece?
• Somente com novos empregados
• Continuamente
• Com eventos especiais
38. Quem faz o treinamento dos funcionários?
• Empresas e organizações, através de cursos formais
• Por pessoal que já tem conhecimento de negócio
• Um combinação dos dois.
E Documentação de Negócios
39. Você tem um documento de plano de negócios?
• Não
• Sim
#
PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ
40. Se sim, quantas vezes o plano de negócios é atualizado?
• Ainda não foi atualizado
• Cada ano
• Cada 2 anos
• Cada 3 a 5 anos
41. Você tem um plano de operações documentado?
• Não
• Sim
42. Se sim, quantas vezes o plano de operações é atualizado?
• Ainda não foi atualizado
• Cada ano
• Cada 2 anos
• Cada 3 a 5 anos
43. Que tipo de recursos você utiliza para fazer seu planejamento estratégico:
• Família
• Gerente do banco / empregados
• Advogado
• Contador
• Consultoria de Negócios (Publica/Privada)
• Faculdade
• Associação Profissional
• Sub-Prefeitura
• Outros
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Livro 5 Desenvolvimento Economico