Desenvolvimento Econômico Comunitário e Turismo para a Inclusão Social Prefeitura de Santo André www.santoandre.sp.gov.br Agence canadienne de developpement international Canadian International Development Agency Agence canadienne de developpement international Canadian International Development Agency Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional Prefeitura de Santo André www.santoandre.sp.gov.br Prefeitura Municipal de Santo André Coordenação Geral Peter Boothroyd Coordenador Canadense Universidade da British Columbia João Avamileno Coordenador Brasileiro Prefeitura Municipal de Santo André Coordenação Técnica Erika de Castro Centro para Assentamento Humanos Universidade da British Columbia Jeroen Klink Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional Prefeitura Municipal de Santo André João Ricardo Guimarães Caetano Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense Prefeitura Municipal de Santo André Centro de Documentação e Informação Polis Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais P934 Prefeitura Municipal de Santo André; Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional Desenvolvimento econômico comunitário e turismo para a inclusão social. -- São Paulo: Annablume, 2004. (Projeto GEPAM, 5) 128 p. ISBN 85-7419-442-5 1. Desenvolvimento Econômico Local. 2. Geração de Emprego e Renda. 3. Inclusão Social. 4. Participação Cidadã. I. Título. II. Série. CDU 330.35.1 CDD 338.9 Escrito por Parte 1 - Desenvolvimento Econômico Comunitário Elena Maria Rezende Parte 2 - Turismo para Inclusão Social Sara Juarez Sales Patrícia Lorenz Vicente João Ricardo Guimarães Caetano Marco Moretto Neto Silvia Regina Costa Contribuições Parte 1 - Desenvolvimento Econômico Comunitário Sarah Bryce Parte 2 - Turismo para Inclusão Social John Wojciechowski Silmara Colchão Sandra Jules Gomes da Silva Apoio Parte 1 - Desenvolvimento Econômico Comunitário Maria José Santos Stein, Sandra Rodrigues Carvalho, Vilson Rodrigues da Costa Realização CIDA Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional PMSA Prefeitura Municipal de Santo André Coordenação Sara Juarez Sales Produção Andrea Piccini, Sara Juarez Sales Projeto Gráfico Capa e Ilustrações: Vanessa Bello Editoração: Raimundo Lopes Pereira Fotografia Beto Garavello, David Rego Jr, Sandra R. Gaspar, Maria Luiza Pegon Saez, Marco Moretto Neto, Ruth Cristina Ferreira Ramos, Gloria Sperandio, Sarah Bryce, Elena Maria Resende, Sandra Rodrigues Carvalho Editora e Impressão Annablume e Linear B Gráfica e Editora EQUIPE TÉCNICA DO Prefeitura de Santo André: Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional:Jeroen Klink, Luís Paulo Bresciani, Andrea Piccini, Renata Castro Boulos, Eduardo Ranier, Glauce Cruz, Elaine Cristina de Souza, Gabriela Tedeschi Cano, Wendell Cristiano Lépore, Antônio Carlos Schifino, Noé Humberto Cazetta, Jorge Luiz Gouvêa, Jorge Coral, Roberto Vasquez de Araújo, Vilson Rodrigues da Costa, Vanessa Gayego Bello Figueiredo. Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense: João Ricardo Guimarães Caetano, Sara Juarez Sales , Sandra Rodrigues Gaspar, Newton José Barros Gonçalves, Patrícia Lorenz Vicente, Sérgio Bombachini, Valdemar Campião Júnior, Tomás Padovani, Marco Moretto Neto, Mercedes Garcia Duarte, Ricardo Di Giorgio, Marilza A. S. Ghirelli, Elisson Pereira da Costa, Silvia R. Costa, Carlos da Costa, Wilson Stanziani, Ruth Ferreira, Daniela José Pin, Maria Luiza Pegon Saez, Ingo Grantsan, Leandro Wada Simone, Elaine cristina da Silva, Alessandra Maria Cino, Cláudio Belvis, Cristina Tamasiunas, Fernanda Longhini Ferreira, Sérgio Akira Yamaguchi, Débora Maria Stejanelli, Michele Aparecida dos Santos, Adriana Capotosto. Secretaria de Inclusão Social e Habitação: Rosana Denaldi, Ricardo Ernesto Vasquez Beltrão, Adriana Carvalho, Armindo Pinto, Aylton Silva Affonso, Célia Domingos dos Santos, Cristina Maria Athaíde, Elena Maria Rezende, Elizabete Henna, Geraldo Feitosa de Vasconcelos, Helena Regina Bento, Henrique Werner Johnen, Igor Carvalho, Irton Teixeira Cardoso, Janete Alves Gomes Rosalino, João Bosco, Josafá Lopes de Lima, Luciana Lessa Simões Pescarini, Luzia Arlete Góis Bento, Maraísa de Fátima Almeida, Márcia Gesina Geraldo Oliveira, Mariana Bento, Marilda de Oliveira Lemos, Marisa da Silva Rodrigues, Nair Silva, Sandra Rodrigues Carvalho, Selma Scarambone, Silmara Conchão, Silvana Lavechia, Solange Gonçalves Dias, Solange Salerno Spertini, Sônia Maria Justino, Sueli Gonçalves, Zilda pacheco de Oliveira. Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André: Sebastião Ney Vaz Jr., Luciana Yuri Higoshioka Toma, Fábio Ricardo Figueirinha, Cristina de Marco Santiago, Gabriela Priolli de Oliveira, Eriane Justo Luiz, Helga Vicentini Rangel, Valter José da Silva, Sonia Alvarez, Sônia Maria Bottan de Oliveira Santos, Sonia Cordeiro, Antônio Pereira Neto, Carlos Henrique Andrade Oliveira, Ceila Castilho Silva Vieira, Lauricio Kazuo Yamamura, Inácio Bassanello, Cláudia Ferreira dos Santos, Genivaldo Alves de Souza, Degimário Carneiro Ramos, Flavio Souto Casarini Junior, José Vieira de Souza, Laercio Guedes, José Rodrigues da Silva, Samir José Geleilette. Secretaria de Desenvolvimento Urbano: Claudia Virgínia Cabral de Souza, José Benedito Gianelli Filho, Reinaldo Alfredo Caetano Bascchera, Luiz Fernando de Oliveira, Mirella Suraci Santos, Cibele Broiato, Mônica de Queiroz Nobeschi. Sônia Ferreira Ântico, Maria Isabel Garcia, Tabajara Ferreira Kaiser, Maria Beatriz Pereira Amoroso Anastácio, Valéria Lima Della Guardiã, Regina Shizue Kubota, Érica Tortorelli, Belmiro dos Santos Rodrigues Neto, Washington Luiz de Araújo, Maria Isabel Garcia. Secretaria de Orçamento e Planejamento Participativo: Maurício Mindriz, Nilsa de Oliveira, Robson Moreno, Sérgio R. Rodrigues, Silvana Pereira Gimenes, Ronaldo Tadeu Ávila de Paula, Amélia Massae Honji Okabayashi, Helena Bento. Secretaria de Saúde: Maria José Stein. Secretaria de Educação e Formação Profissional: Solange Ferrarezi, Ronnie Aparecido Corazza, Ana Maria Gouvea Colombo. Secretaria de Serviços Municipais: Vera Lúcia Assunção Paiva Ribeiro. Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires: Maria Inês Soares Freire, Marcos Bandini. Câmara Municipal de Santo André: Ivete Garcia. University of British Columbia: Paul Zanderberger, Hans Schreier, Tanya Stergiou, Fiona Walker, John Wojciechowski, Layla Saad, Sally Ross, Alison Macnaughton, Jonathan Croteau, Jennifer Infanti, Barbara Carou, Sarah Bryce, Stanley Loo. Participaram deste projeto: Willian Gripp, Ana Luisa Howard Castilho, Luiz Carlos Mazzini, Matilde Ribeiro, Luiz Henrique Rodrigues Zanetta, Daniela Ramalho,Martins do Valle, Alberto Kleiman, Margarida Maria Martimiano Ramos, Ana Benevides, Ester Obrecht Bensadon, Enrique Mieza Balbuena, Alexandre Pollastrini, Nelson Santos Dias, Armindo Bool, Taís Grespam Souza. Índice Apresentação 9 PARTE 1 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO 1. Porque Desenvolvimento Econômico Comunitário no GEPAM? 13 2. A Experiência da Aplicação da Metodologia do D.E.C. no Núcleo Pintassilgo PP2 do GEPAM 17 3. Lições Aprendidas 29 4. Anexos 31 Conceitos que orientaram nosso trabalho Caracterização da localidade Metodologia e funcionamento da Equipe de Trabalho Entrevistas Individuais Trajetórias de vida Lições Aprendidas para o PP2assilgo Anexo 1 Perfil sócio-econômico da população moradora do Núcleo Pintassilgo Anexo 2 Pesquisa dos empreendimentos autônomos no Núcleo Pintassilgo Anexo 3 Dados sócio-econômicos da cidade de Santo André Anexo 4 Avaliação dos pesquisadores voluntários da comunidade Anexo 5 Relação de representantes da comunidade do Núcleo Pintassilgo 31 35 39 41 43 PARTE 2 TURISMO PARA A INCLUSÃO SOCIAL: VILA DE PARANAPIACABA 1. Introdução 45 2. Condicionantes da Administração Munipal 47 3. Subprefeitura dentro do Plano Estratégico da Prefeitura Municipal de Santo André 53 4. Transformação da Vila de Paranapiacaba em um Pólo Turístico 55 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA VILA DE PARANAPIACABA 4.1.1 Caracterização Natural 4.1.2 Caracterização do Patrimônio Histórico e Ferroviário 4.1.3 Caracterização Sócio-Econômica 4.2 DESAFIOS ENFRENTADOS 4.3 EIXOS ESTRATÉGICOS ESPECÍFICOS DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO 4.3.1 Turismo, Meio Ambiente e Patrimônio Histórico 4.3.2 Turismo, Desenvolvimento Econômico e Inclusão Social 4.3.3 Participação Social 5. Gestão do Patrimônio Histórico e Natural da Subprefeitura 5.1 CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS 5.2 CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 5.2.1 Plano de Gestão do Patrimônio 5.2.2 Plano de Turismo 5.2.3 Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico 5.3 PARTICIPAÇÃO CIDADÃ 55 59 61 65 66 71 84 6. Lições Aprendidas 87 Bibliografia 91 7. Anexo 93 6.1 CONTEXTO GERAL 6.2 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL: TURISMO Gestão Integrada de Qualidade do Destino Turístico 87 89 93 Apresentação Jeroen Klink Secretário de Desenvolvimento e Ação Regional Prefeitura Municipal de Santo André Aprender fazendo O Gepam e a criação de estratégias de desenvolvimento nas áreas de manaciais de Santo André Temos acompanhado o projeto GEPAM desde o momento da sua concepção, em outubro 1996, logo após as eleições municipais que resultaram na segunda gestão do saudoso prefeito Celso Daniel. Nesse momento foram feitas as primeiras articulações entre as equipes de transição do novo governo eleito de Santo André e da Universidade de British Columbia, através de seu Centro para Assentamentos Humanos. No decorrer de 1997, as equipes canadenses e brasileiras trabalharam arduamente na formulação do marco lógico deste projeto, que contaria com recursos do chamado Fundo de Transferência de Tecnologia da Cooperação Técnica Canadense da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA). PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Passados quase seis anos, podemos afirmar que o GEPAM (Gerenciamento Participativo em Áreas de Mananciais) representa um exemplo quase paradigmático de uma nova geração de projetos de cooperação internacional, caracterizados por um perfil mais descentralizado e enfatizando o envolvimento de um conjunto de atores locais ONGs, movimentos sociais, governos locais, universidades, representantes da comunidade, entre outros na sua elaboração, implementação e avaliação. A metodologia dessa nova geração de cooperação internacional privilegia os processos de fortalecimento institucional e a capacitação dos atores locais, além de incentivar ativamente a aprendizagem coletiva associada à formulação e implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento local. O GEPAM conquistou tudo isso. Quem lê a primeira versão do projeto, que foi aprovada pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA) em outubro 1998, percebe que a proposta passou por várias mudanças no decorrer do tempo. Um exemplo do surgimento de novos temas em função de um processo de aprendizagem coletiva dos atores locais durante a implementação do projeto foi o desenvolvimento geral das áreas de mananciais e o desenvolvimento econômico comunitário. Até a década de noventa, as áreas de mananciais nem apareciam no mapa dos planejadores das Prefeituras metropolitanas, inclusive Santo André. De certa forma, o manancial era considerado uma área que concentrava um conjunto de problemas, como o uso e ocupação de solo desordenado, o crescimento exponencial das favelas e uma legislação estadual ambiental rígida que gerava grandes dificuldades na indução de atividades econômicas sustentáveis. Desde os primeiros momentos de sua implementação, o GEPAM tem proporcionado uma mudança radical no olhar para as áreas de mananciais como possíveis janelas de oportunidade, em termos de democratização da gestão urbana, geração de trabalho e renda e emancipação de comunidades. Nós acreditamos que o GEPAM, pela sua abordagem aberta e inovadora em termos de modelo de cooperação internacional, tenha desencadeado este processo de concepção e experiência prática do tema de desenvolvimento local em áreas de mananciais no Brasil, com grande possibilidade de replicabilidade tanto no Brasil como em países em desenvolvimento. Os capítulos sobre a Vila de Paranapiacaba e o Manual de Desenvolvimento Econômico Comunitário refletem bem esta mudança na postura do gestor público e do conjunto de atores locais em relação ao tema do desenvolvimento econômico local em áreas de mananciais. O relato sobre Paranapiacaba analisa os limites e potenciais de uma estratégia ousada do governo local voltado para a revitalização econômica e social da Vila que vem também recebendo apoio do GEPAM. O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO C OMUNITÁRIO E TURISMO Manual de DEC, por sua vez, desmistifica o discurso oficial acerca da impossibilidade de assumir estratégias de desenvolvimento econômico comunitário nos mananciais, a partir de um relato rico das experiências na comunidade Pintassilgo. Além dos resultados e produtos concretos que estas experiências nos proporcionaram, enfatizamos que a parceria entre os atores locais conseguiu catalisar processos duradouros de aprendizagem voltados para a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas. A análise das experiências em DEC através do GEPAM nos mostra que o novo modelo de cooperação descentralizada adotada pela CIDA e os seus parceiros canadenses é capaz de fortalecer a capacidade endógena dos atores locais de planejamento e implementação de programas voltados para uma cidade mais produtiva e mais justa. Boa leitura! PARTE 1 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO 1. Porquê desenvolvimento Econômico Comunitário no Gepam Como os objetivos do GEPAM Gerenciamento Participativo em Área de Mananciais em Santo André é realizar intervenções governamentais de cunho sócioambientais, desenvolvendo tecnologias sociais e urbanísticas replicáveis, de modo participativo com as Comunidades inseridas em 3 projetos Pilotos : PP1 Parque Miami, PP2 Núcleo Pintassilgo e PP3 Paranapiacaba. Para o Gepam é fundamental considerar a tecnologia local para a gestão das políticas públicas implantadas. Embora já houvesse acontecido várias atividades de reflexão e troca de experiência sobre desenvolvimento econômico no Gepam. Foi em maio de 2003 com a realização do Seminário Regional(abrangeu cidades vizinhas a cidade de Santo André) de D.E.C. - Desenvolvimento Econômico Comunitário, promovido pela CIDA, UBS e Prefeitura de Santo André, que o tema PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ D.E.C., pode dialogar de modo mais produtivo com as diferentes experiências entre canadenses e brasileiros. Está troca de experiência foi inovadora por cruzar informações, realizar comparações de realidades, aprofundar conceitos. Exemplo disso foi constatar que para o Brasil falar em Economia Solidária é o mesmo que para o Canadá falar de DEC. Os principais objetivos deste Seminário foi oferecer uma oportunidade de reflexão para compreendermos quais os desafios econômicos, sociais e ambientais para o DEC, bem como conhecer experiências inovadoras e bem sucedidas, e, traçar um planejamento de metas e ações comuns. Para os participantes vindos de diferentes bairros e cidades, foi importante constatar que as várias cidades vizinhas tem o mesmo problema - localização em Áreas Protegidas Áreas de Proteção Ambiental - e podem se unir para encontrar as melhores soluções, como desencadear um Desenvolvimento Econômico Comunitário e Ambientalmente correto. Para o Projeto Piloto 2 denominado Núcleo Pintassilgo, participaram desta atividades 6 mulheres, recém eleitas como Conselheiras Representantes de sua Comunidade. A oportunidade de participar de um evento regional (envolvendo várias cidades próximas) foi avaliado por elas como uma experiência que demonstrou seriedade no compromisso dos governos locais com esta missão sócio-ambiental. As principais conclusões foram: É possível, realizar Desenvolvimento Econômico Comunitário em Áreas de Proteção Ambiental, desde que, sejam respeitadas as variáveis proteção ambiental, inclusão social e economia local. Abrese uma possibilidade de elaborar novas alternativas de lidar com o Desenvolvimento Econômico não como problema mas como solução para uma boa proteção ambiental e desenvolvimento social. Que promover desenvolvimento econômico, requer observar os diferentes atores econômicos e sociais, e olhar com mais atenção para os empreendimentos sociais e locais da Comunidades, como artesanatos de projetos sociais, cooperativas de produção e de serviços, etc. Assim o território antes proibido das áreas de mananciais, podem se, se com o rigor controle ambiental e social, podem atrair investimentos, com vantagens competitivas para desenvolver atividades econômicas combinando tecnologia limpa, produtos sociais locais, crédito solidário, gestão participativa. Conceitos que orientaram nosso trabalho A cidade de Santo André, desde 1997 vem investindo na formulação e implementação de políticas públicas de Geração de Trabalho e Renda, pois considera ser esta também uma tarefa importante do poder público municipal. Por razões da " PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO conjuntura econômica recessiva no Brasil, nos últimos 20 anos, a sociedade brasileira tem convivido com situações de precarização do emprego e do trabalho, por decorrência dos salários e das renda familiar. O impacto na qualidade de vida do cidadão e cidadã é visível, nas ruas, nos bairros de periferia e principalmente nas ocupações irregulares em áreas de proteção ambiental. Diante disso um governo municipal que é comprometido em realizar políticas públicas de inclusão social e econômica é fundamental investir em programas de empreendedorismo e cooperativismo, como estratégia de governo para a melhoria da qualidade de vida. Então, desenvolvimento só se faz com inclusão social, está é uma premissa. Os vários programas desenvolvidos visam capacitar Comunidades da periferia e de regiões mais pobres a desenvolver suas capacidades, através de Cursos de Alfabetização, Cursos Profissionalizantes, Curso para Cooperativas, Curso para Empreendedores locais. Estas capacitações são potencializadas com outros programas de apoio como: Banco do Povo Banco de crédito solidário e como Assessoria e consultoria para pequenos negócios. A região do ABC que compreende sete cidades próximas, demarcadas por áreas de proteção ambiental, que já foi até a década 90 o maior pólo industrial brasileiro. Estas cidades sofrem com as alterações de sua vocação econômica, umas mais, outras menos. A queda dos impostos é brutal devido a forte retração dos setor produtivo para um igual crescimento no setor de serviços. Diante da grave crise do desemprego estrutural e conjuntural. A partir deste cenário inicia-se neste período várias iniciativas do que hoje classifica-se como Economia Solidária. São elas, as cooperativas de produção e serviços, são projetos sociais que se articulam na produção e comercialização de seus produtos, etc. todos com a mesma premissa identificar e empreender oportunidades de geração de trabalho e/ou renda. Para o GEPAM, realizar atividades de geração de trabalho e renda, em suas áreas de projeto piloto, foi essencial, a partir da compreensão de que onde há forte exclusão social haverá sempre maior degradação ambiental. Portanto priorizar o desenvolvimento econômico e social nestes territórios é fundamental para oferecer sustentabilidade dos programas e das políticas públicas ali desenvolvidas. Os conceitos de Economia Solidária e D.E.C. partem do princípio da cooperação e da solidariedade, na articulação de uma rede social-econômica, por priorizar os destinatários destas ações que são excluídos socialmente e por valorizar os pequenos negócios, como estratégia de movimentar a economia local, setorial e regional de um segmento que tende a crescer como alternativa de geração de renda, fundando um novo conceito de trabalho. # 2. A Experiência de D.E.C. no Núcleo Pintassilgo Este trabalho foi totalmente concebido e realizado pelo Grupo de Trabalho Organização Comunitária, trata-se de um grupo que se constituiu de modo interdisciplinar com a finalidade de promover as ações sócio-educativas, como educação ambiental, educação à saúde e prevenção sanitária, educação para os direitos humanos, orientação para o desenvolvimento econômico comunitário, educação para a cultura, com Oficinas do Teatro do Oprimido. Este grupo se reuniu regularmente para planejar todas as ações desenvolvidas nesta Comunidade chamada: Núcleo Pintassilgo. Compõe esta Equipe diferentes Secretarias e Departamentos da Prefeitura, está é uma prática inovadora adotada nos últimos governos municipais em Santo André, nas gestões do Prefeito Celso Daniel. Esta integração técnica busca desenvolver uma nova cultura, essa mais arrojada para a costumeira postura de uma Equipe Técnica que não dialoga com os cidadãos. Esta nova postura dos técnicos é que viabiliza projetos como o do GEPAM entre outros internacionalmente premiados, como por exemplo do Programa Integrado de Inclusão Social, financiado pela Comunidade Européia. No caso do PP2 Núcleo Pintassilgo trata-se da mesma concepção e prática para a Equipe técnica, qual seja realizar trabalhos integrados e matriciais, para potencializar e garantir maior eficácia na comunicação e nas ações do governo municipal, em uma mesma localidade. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ & PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Plano de Ação D.E.C. Ações sócio-educativas e organizativas .=IA Sensibilizar a Comunidade para o trabalho Se reunir com o Conselho de Representantes de Quadra; Elaborar um Plano de Ação de D.E.C com a participação de toda Comunidade Apresentar o Plano de Ação de D.E.C. para cada Quadra (parte menor dentro da própria comunidade) para ampliar a mobilização e o debate social sobre o tema; Objetivo: ð Desmistificar o sentido e significado das palavras: Economia, Desenvolvimento e Comunitário para demonstrar que estes assuntos se referem à vida da comunidade e eles tem um conhecimento acumulado que precisa ser resgatado para se desenvolver na direção que eles próprios com autonomia decidirem; ð Ampliar o debate para além da instância do Conselho de Representantes(grupo com 18 participantes); ð Proporcionar um esclarecimentos e coletar sugestões a serem implementadas no Plano de Ação de D.E.C. ' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Metodologia aplicada ð Para garantir a sustentabilidade social de um tema novo a ser desenvolvido por técnicos junto com uma Comunidade, se faz primordial pactuar, desde o início apresentar uma proposta e colocá-la em debate. ð Para só então, partir para um trabalho de reflexão conceitual, tratando dos objetivos, das expectativas, da população a ser mobilizada com este trabalho. ð Em grupo realizar de debate e/ou uma reflexão de modo a partir do conhecimento já existente da própria Comunidade. Destacando a história de desenvolvimento na humanidade, no país, da cidade e da localidade do bairro deles; ð A troca de experiência é fundamental para demonstrar o processo dos grupos de geração de trabalho e renda, para demonstrar que é possível colocar o sonho em prática, para ampliar o repertório dos tipos de empreendimento ambientalmente sustentáveis. Dados: Foram realizadas 12 atividades, entre reuniões do conselho de Representantes e Reuniões por Quadra 400 moradores e moradoras desta Comunidade, homens, mulheres e jovens e idosos. .=IA Troca de experiência em Empreendimentos Ambientalmente Sustentáveis Objetivo: ð Conhecer e demonstrar a viabilidade sócio-ambiental de empreendimentos sustentáveis em áreas protegidas, ambientalmente sensíveis. Através de visitas monitoradas e Oficinas - amplamente divulgadas; Escola Manacá - em Rio Grande Serra - Grupo de trabalho que faz bijuterias com sementes caídas das plantas e árvores, trabalha com jovens e mulheres desempregados; Cultivo de Shitake - em Rio Grande da Serra - Grupo que produz este cogumelo, através do uso sustentável de madeira de Eucalipto(espécie não-nativa) e comercializa em restaurantes; Parque Escola - Horto Medicinal e Adubo Orgânico - Escola da Prefeitura de Santo André que realiza cursos de Plantas Medicinais e Agricultura Orgânica, aberta a todos e todas cidadãs da cidade; PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Tecnologia social - Courveiro MG, um consultor relatou suas experiências na constituição de cooperativas de sabão, a integração da comunidade com a Escola, na geração de trabalho e qualidade de vida. Visita ao Parque Escola Plantas Medicinais Horto Plantas Aromáticas Oficina de Artesanato com sementes Escola Manacá Dados: Foram realizadas 4 atividades, 150 moradores e moradoras desta Comunidade, homens, mulheres e jovens e idosos. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Metodologia aplicada ð Visitas monitoradas, pre-agendadas. Buscou-se garantir que em cada atividades fosse apresentado: como eles se afirmaram como grupo de produção/comercialização; o que é necessário para criar um empreendimento semelhante; a tecnologia empregada; o apoio de financiamento; as lições aprendidas: de como fazer ? Cultivo de Shitake - maio 2004 Moradores da Pintassilgo em visita a experiência da cidade de Rio Grande da Serra região do ABC .=IA ! Conhecer melhor a realidade sócio-econômica da Comunidade Objetivo: ð Conhecer as atividades econômicas desta localidade; ð Apresentar à Comunidade dados que foram coletados pela Prefeitura de Santo André, por ocasião do Cadastramento sócio-econômico, para efeitos de controle patrimonial e ambiental da área. PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Realizou-se: ð Pesquisa sobre os Empreendimentos Autônomos da Comunidade Realizada por uma equipe de 30 pessoas voluntárias da Comunidade. Estas pessoas foram capacitadas pela equipe Técnica da Prefeitura para fazer pequenas entrevistas. Elas tinham uma pequena pasta, com um questionário e uma identificação: pesquisadora voluntária; Posteriormente os resultados desta tabulação de informações foram apresentadas ao Conselho de Representantes da Comunidade instância de co-gestão da localidade. ð Um evento especial para apresentar os resultados das Pesquisas: dos Empreendimentos Autônomos realizada pela Comunidade; sócio-econômica realizada pela Prefeitura de Santo André, em 2002, intitulada Cadastramento de domicílios, sob a responsabilidade do DEHAB Departamento de Habitação; Treinamento Pesquisadores voluntários Devolvendo à comunidade o Resultado Pesquisa ! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Metodologia aplicada ð Novamente a premissa de partir do conhecimento local para potencializar uma reflexão crítica da comunidade foi levado a cabo; ð Realizar a Pesquisa se tornou uma aprendizado para os próprios moradores e moradoras. Fazê-los elaborar sobre : O que é uma Pesquisa ? Para que serve ? O que queriam saber sobre os empreendimentos autônomos ? O que deveriam perguntar para subsidiar o Plano de D.E.C. ? Como perguntar sem criar constrangimentos , pois trata-se de atividade nãoformais? Como se apresentar na condição de pesquisadores voluntárias portanto vivenciam a mesma realidade e guardar o sigilo das informações confidenciais? ð Um Encontro de uma tarde, preparou estas pessoas para aplicação da Pesquisa, esclarecendo dúvidas, prevendo os materiais e dividindo as equipes de pesquisadores pela área abrangida, toda as 8 quadras da Comunidade. Dados: Universo de Pesquisa 105 pessoas. Foram realizadas 5 atividades, entre preparação e eventos comunitários. * as mulheres foram a maioria ao assumir a pesquisa voluntária . .=IA " Talentos Empreendedor da Comunidade precisa ser divulgado para ser valorizado Objetivo: ð Conhecer as atividades econômicas, autônomas e artesanais desta localidade; Realização da Feira de Talentos da Comunidade Por iniciativa da própria Comunidade, a partir da constatação de que o talento empreendedor precisa ser mais efetivamente divulgado para ser valorizado dentro da própria comunidade; " PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO O processo de preparação foi acompanhado de perto por técnicas sociais da Prefeitura que trataram este evento como atividade formadora para os valores comunitários; Neste processo de preparação acontecerão os principais encontros de diferentes atores sociais e econômicos. A maioria buscava entender como se integrarem em algo que eles percebiam que tinha valor para apoiar suas ações de geração de trabalho e renda; O evento em si compreendeu em algo bem simples: foram montadas pequenas barracas de madeira que comercializavam seus produtos: artesanato, comidas doces e salgadas, bebidas. Bem como, contou com arte-educação em reciclagem para as crianças, música popular para os jovens. O destaque inovador para esta Comunidade foi conseguir pela primeira vez incluir a juventude, através das atividades culturais e recreativas. Simultaneamente ao funcionamento das barraquinhas havia um roteiro de apresentações culturais, em sua maioria constituída por grupos de jovens, que ansiavam em mostrar à toda Comunidade sua música e sua dança. Foi um lindo dia de Festa! O evento, despertou o interesse dos moradores e moradoras em se preocuparem mais com o lazer e a cultura. Muitos habitantes não tem outro lazer, a não ser a televisão dentro de casa. Neste dia muitos deram seu depoimento que saíram pela primeira vez, com suas roupas de festa para ver um show e uma atividade recreativa como aquela. A avaliação geral da atividade pela própria Comunidade, foi unânime, todos e todas perceberam a força da união que estava adormecida e que acordou. A maioria se divertiu e trabalhou ao mesmo tempo. A divulgação dos talentos gerou resultados, através de encomendas e pedidos de prestação de serviços. Muitos moradores e moradoras que não participaram, no dia quiseram se informar e se despertaram para participar das atividades do Plano de D.E.C. da Comunidade. Metodologia aplicada ð O fazer aprendendo é o método de aprendizado mais eficiente com as Comunidades; ð Uma Comunidade só se mobiliza para realizações concretas. A organização deste Evento, consumiu inúmeras reuniões de preparação, onde se definia comunitariamente cada detalhe, onde novas pessoas se incorporavam ao processo e suas opiniões eram acolhidas se fossem pertinentes com o objetivo da atividade # PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ TRAGA A FAMÍLIA E VENHA PARTICIPAR !! 1ª FEIRA DE TALENTOS do Núcleo Pintassilgo DIA: 09/11/03 DAS 10:00 ÀS 16:00 HS. LOCAL: TOLDO DO SEMENTINHA AO LADO DO CAMPO R: Pintassilgo - próximo a Capela São Paulo - Quadra E ATIVIDADES: BARRACAS COM: BOLOS, DOCES, SALGADOS, FRANGO ASSADO, CROCHÊ, PINTURA, MARCENARIA, BIJOUTERIAS, ROUPAS EM GERAL, GRUPOS MUSICAIS, DANÇA, ETC... APOIO: GEPAM - Gerenciamento Participativo em Área de Mananciais PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ $ PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO .=IA # Aprendendo a Empreender para gerar negócios sustentáveis Objetivo: ð Preparar os atuais empreendedores autônomos já existentes, para aperfeiçoar seu método de gerencial, contábil, de publicidade e viabilidade econômica e ambiental; ð Preparar quem ainda não tem um negócio a encontrar sua vocação empreendedora e viabilizar seu negócio; Realização: a) Curso de Empreendedor Popular Promoção da Prefeitura de Santo André, pelo Departamento de Geração de Trabalho e Renda, através do Programa Empreendedor Popular. O curso foi amplamente divulgado e realizado em 3 meses na própria localidade; A participação feminina foi de 90%. As iniciativas estudadas para gerar renda, foram desde padaria com pão de ervas há cooperativas de costura e brinquedos populares; Destaque para uma outra ação conjunta do governo municipal que garante a cada participante do Curso a possibilidade de solicitar um financiamento no Banco do Povo Organização Não Governamental que realiza empréstimos a juros menores para pequenos empreendedores. b) Projeto Modelo de Empreendimento Social da Comunidade A iniciativa de trazer uma sugestão aqui é do governo municipal, proposta esta articulada com as diretrizes do Programa do Governo Federal denominado Fome Zero. Programa de Segurança Alimentar que se propõe a erradicar a desnutrição e a miséria, com programas de sócio-educativos aliados a programas de geração de trabalho e renda. Em fase de estudo de viabilidade. Aguardando financiamento externo. Projeto de Agricultura Urbana - propõe-se a produzir hortaliças, com manejo ambientalmente sustentável, tendo como base a agricultura orgânica, a educação ambiental, a compostagem de adubos orgânicos gerados pela própria comunidade. % PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Ter um Empreendimento desta magnitude e variedade é uma proposta ousada tanto para o governo municipal tanto para a Comunidade, mas os impactos sociais e econômicos oriundos desta implementação garantirão em grande medida a sustentabilidade de todo o Plano de D.E.C.. Metodologia aplicada ð O fazer aperfeiçoando o conhecimento existente das Comunidades, com tecnologias sociais que podem alavancar os empreendimentos e criar sustentabilidade social e ambiental, está foi a grande preocupação desta fase. ð Os cursos ofereceram palestras temáticas e objetivou ao final que cada participante cria-se seu próprio negócio virtualmente. Este negócio foi avaliado pelo professor que devolveu aos participantes fazendo suas considerações de aperfeiçoamento e/ou de incentivo a buscar colocá-lo em prática pela ótima oportunidade de realiza-lo. ð Partir da visão de um empreendimento individual para um comunitário, foi o desafio proposto nesta fase. Como conceber um Empreendimento Modelo, que seja capaz de conciliar várias dimensões: social, econômica e ambiental. Alunas Curso Alunos do Curso Formatura entrega Diploma & 3. Lições Aprendidas ð O Tema D.E.C. foi extremamente bem recebido pela Comunidade. Para o caso do Núcleo Pintassilgo, onde as obras urbanísticas estavam inviabilizadas por outras contingências externas à Comunidade. Ter tido a oportunidade de discutir um tema tão impactante para suas vidas, trouxe uma dimensão de utopia a ser conquistada, agregando o valor da união e da organização já tão esquecido para esta Comunidade tão excluída socialmente; ð Discutir a questão da Economia com esta Comunidade, foi muito interessante pelo fato de podermos fazer uma associação, super pertinente, entre macro e micro economia, entre a economia mundial e a economia local, entre modelos de desenvolvimento que queremos, os impactos da economia mundial na vida local e, finalmente que economia se quer potencializar na vida da Comunidade. A resposta foi querem construir uma Economia Solidária. O que significa afirmar que ações de controle aos concentradores de poder econômico local devem ser elaboradas e ações de estímulo a empreendimentos sociais da Comunidade merecem maior apoio institucional; ð A Equipe Técnica, funcionários da Prefeitura, precisam ter grande disponibilidade para acompanhar cada passo do Plano de Ação junto com a Comunidade. Tempo para se reunir inúmeras vezes para Planejar o trabalho a ser realizado. É marcante as diferenças quando se prepara bem uma reunião e quando não se prepara, está ação é altamente impactante para o desenvolvimento do trabalho. Neste sentido, foi fundamental, antes Ter formulado uma proposta de Plano de Ação, antes entre os técnicos, para mediar nossos recursos para apoiar as ações, por exemplo nossa capacidade de assessoramento e financiamento de pequenos empreendimentos; PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ ð Para o processo social de uma Comunidade que tem marcas profundas da exclusão sócio-econômica, propor modos de desenvolvimento comunitário solidários, significa afirmar que estaremos enfrentando sérios conflitos de valores humanos, valores econômicos e valores políticos. Mas ao mesmo tempo que o conflito é percebido, pela própria Comunidade, a solução para a superação aparece em suas aparentemente ingênuas propostas, como foi a Feira de Talentos. Esta atividade pode demonstrar o quanto de potencial de mobilização, de organização, de conscientização, de informação e interação cultural pode haver em uma única atividade. Pela primeira vez a juventude se sentiu envolvida e respondeu positivamente, participando das atividades culturais, com dança e música, talentos da comunidade. ð A comunidade ao descobrir que tinha talentos empreendedor simultaneamente descobriu no processo que tinha talento da união. Este relato emocionado foi vários vezes repetido por ocasião das reuniões de avaliação do processo de organização da Feira de Talentos. Na verdade, o que se construiu ali foi bem mais que um evento econômico, foram as bases de um aprendizado para novos eventos comunitários. E, este deu muito certo!! O que elevou a auto-estima e mostrou a viabilidade e eficiência da organização comunitária entre eles e elas. ! Anexo 1 PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DA POPULAÇÃO MORADORA DO NÚCLEO PINTASSILGO Pintassilgo - informações da ocupação T E M P O D E R E S ID Ê N C IA N O D O M IC ÍL IO 3 5 ,0 % 3 0 ,0 % 2 5 ,0 % 2 0 ,0 % 3 3 ,2 % 3 2 ,5 % 1 5 ,0 % 2 0 ,8 % 1 0 ,0 % 6 ,3 % 5 ,0 % 4 ,7 % 2 ,6 % 0 ,0 % A té 5 a no s de 5 a 10 a no s de 10 a 15 a no s de 15 a 20 a no s de 20 a 25 a no s 2 5 e m a is a no s A ocupação da área teve um grande crescimento nos últimos 10 anos. P intassilgo - responsáveis C o r o u R aça d os R esp o nsáveis 0,2% Branc a 0,2% Parda (morena) 7,6% Pr eta (negra) 47,4% Indígena A mar ela (japonês /c hinês ) 44,7% A maioria dos responsáveis declarou-se parda ou morena (47%), seguidos de perto pelos que se declararam brancos (45%). PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ P intassilgo - P opulação S e xo P o p u lação 5 1,0 % 5 1,0 % 5 0,0 % 4 9,1 % M a s c u lin o 4 9,0 % Fe m in in o 4 8,0 % Entre a população de todo o núcleo temos o contrário, o número de mulheres é maior que o de homens. P intassilgo - primeiro responsável S e xo 100,0% 65,6% 34,4% Ma s cu lin o 50,0% Fe m in in o 0,0% A grande maioria dos primeiros responsáveis pelos domicílios são homens. ! PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Pintassilgo - primeiro responsável Local de N ascim ento O u t r o P a ís 0 ,5 % 6 7 ,8 % O u t r o Es t a d o 1 2 ,7 % O u t r o M u n ic íp io d o Es t a d o S P O u t r o M u n ic íp io d o A BC 4 ,7 % 1 4 ,2 % San to A n d r é A grande maioria dos responsáveis nasceram em outros Estados, mas há também um percentual de pessoas que nasceram em Santo André. P intassilgo - primeiro responsável R E G IÃ O D E NA S C IM E NT O Su d e s te Su l No r te 8,0% 0,6% 11,1% C e n tr o Oe s te 0,9% No r d e s t e 79,4% Dos que nasceram em outros estados a grande maioria é da região nordeste. !! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ P intassilgo - população 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 6 3,6% 30,0% 9 ,0% 20,0% 4 ,3% 6 ,4% 1 6,7% 10,0% 0,0% s em renda menos 1 s m de 1 a 3 s m de 3,1 a 5 s m maior que 5,1s m Mais da metade das famílias têm renda de 1 a 3 salários mínimos P intassilgo - população S itu a çã o O cu p a cio n a l Nº % E m pregado c om Regis tro 618 33,6% S ó faz bic os 352 19,1% Des em pregado 253 13,7% E m pregado S em Regis tro 235 12,8% A utônom o s em regis tro 219 11,9% A pos entando e P ens ionis ta 156 8,5% 8 0,4% A utônom o c om regis tro T o ta l 1.841 100,0% 32,8% da população economicamente ativa está em situação frágil de desemprego ou bico. P in ta s s ilg o - p o p u la çã o 40% 35% 30% 25% 20% 35% 15% 24% 10% 14% 13% 5% 6% 5% 0% 1% 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 m a is d e 7 0 9 anos anos anos anos anos anos anos anos 20% !" 2% m enos de d a p o p u l a ç ã o te m m e n o s d e 1 9 a n o s . A m o r a d o r e s ( 5 9 % ), p o s s u e m d e 2 0 a 3 9 a n o s . m a io r c o n c e n tra ç ã o de PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Anexo 2 PESQUISA DOS EMPREENDIMENTOS AUTÔNOMOS NO NÚCLEO PINTASSILGO A atividade é exercida em que local? NUM EST A BEL EC IM ENT O, EM T ERRENO DIFERENTE DO LOC A L ONDE M ORA 13% NUM EST A BEL EC IM ENT O, NO M ESM O NÃ O HÁ TERRENO ONDE EST A BEL EC IM ENT O M ORA 20% 67% A maior parte das atividades são exercidas em estabelecimentos montados dentro do mesmo terreno onde se encontra a moradia: V ocê já exercia esta ativ idade antes de morar na Pintassilgo? S IM N ÃO 49% 51% A proporção de pessoas que não praticavam a atividade antes de morar no núcleo é ligeiramente maior que aquelas que praticavam. Como v ocê aprendeu esta atividade e como se prepara para exercêexercê- la ? 4 5 ,0 % 4 1 ,0 % 3 8 ,5 % AP R E N D I C O M F AMIL IAR E S 4 0 ,0 % 3 5 ,0 % T E N H O MU IT O T E MP O D E E XP E R IÊ N C IA 3 0 ,0 % F IZ C U R S O S 2 5 ,0 % 2 0 ,0 % 1 5 ,0 % 1 0 ,0 % 1 0 ,7 % L E IO R E VIS T AS E J O R N AIS 8,2% 1,6% AP R E N D I S O Z IN H A 5 ,0 % 0 ,0 % A maior parte diz que aprendeu com familiares ou que tem muito tempo de experiência. !# PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Num geral quanto ao seu fatur amento: MA IS OU MENOS SA TISFEITO POIS A PENA S DÁ PRO GA STO 60,0% 51,9% V OCÊ ESTÁ INSA TISFEITO POIS NÃ O TEM DA DO NEM PA RA SUA SOBREV IV ÊNCIA 50,0% 40,0% 25,0% 30,0% V OCÊ ESTÁ SA TISFEITO POIS É O SUFICIENTE PA RA A SUA SOBREV IV ÊNCIA 15,4% 20,0% 7,7% 10,0% V OCÊ ESTÁ SA TISFEITO POIS A LÉM DE SUA S DESPESA S V OCÊ TEM PODIDO INV ESTIR NO SEU NEGÓCIO 0,0% A maioria se sente mais ou menos satisfeita pois o que ganha dá apenas pro gasto. Os seus clientes são: MORA DORES DO BA IRRO PRÓXIMO MORA DORES DE OUTRA S CIDA DES MORA DORES DE V Á RIOS BA IRROS DA CIDA DE MORA DORES DO NÚCLEO MORA DORES DO NÚCLEO E DO BA IRRO PRÓXIMO V IZINHOS E A MIGOS, MORA DORES DA MESMA RUA 2 ,6% 5 ,2% 1 3,0% 1 5,6% 1 8,8% 4 4,8% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% Em sua maioria são vizinhos e amigos, moradores da mesma rua AJUDAR NA RENDA FAMILIAR SUSTENTO DA FAMÍLIA !$ AMPLIAR SUA ATIVIDADE E CRESCER E PRODUZIR APRENDER E ENSINAR (GANHANDO OU NÃO) APRENDER PARA FAZER PARA O MEU PRÓPRIO USO AMPLIAR O TRABALHO AUMENTAR E TRABALHAR NO PRÓPRIO NEGÓCIO CONSTRUÇÃO DE CASA PRÓPRIA CONSTRUIR UM LUGAR AGRADÁVEL PARA OS CASAIS E JOVENS COMEREM UMA PIZZA E CHUPAR SORVETE CRESCER VENCER NA VIDA TERAPIA PARA MIM ERA APENAS UM APRENDIZADO PROGREDIR E GERAR EMPREGOS PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Que dificuldades afetam sua atividade ? POUCO MOV IMENTO DE CLIENTES 4% 3% 4% INSTA BILIDA DE QUA NTO A O FUTURO DO NÚCLEO 32% 5% NÃ O EXISTÊNCIA DE FINA NCIA MENTOS PA RA INV ESTIR NO NEGÓCIO ISOLA MENTO DO NÚCLEO 10% EU NÃ O TER UM ESTA BELECIMENTO INSEGURA NÇA POR CA USA DA V IOLÊNCIA 12% LOCA LIZA ÇÃ O DO MEU ESTA BELECIMENTO 16% 14% OUTRA S TA MA NHO DO MEU ESTA BELECIMENTO A maior parte declarou que o pouco movimento de clientes é uma dificuldade. Qual sua per spectiv a para o a no que v em? AR RUM A R UM EM P R EG O CO M C A R T E IR A A S S IN A D A E M A N T E R 3 8 ,2 % A A T IV ID A D E 2 8 ,5 % C O N T IN U A R C O M A A T IV ID A D E E A M P L IA R 1 3 ,8 % C O N T IN U A R C O M O E S T Á C O N T IN U A R C O M A A T I V I D A D E S M A S I N S T A L A R -S E N U M 8 ,1 % E S T A B E L E C IM E N T O AR RUM A R UM EM P R EG O NO M ERCAD O FO RM A L E FECHAR A 4 ,1 % A T IV ID A D E 3 ,3 % C O N T IN U A R C O M E S T A A T IV ID A D E E A B R IR O U T R A 2 ,4 % O UTRAS 1 ,6 % P A R A R E IN IC IA R O U T R A A T IV ID A D E A U T Ô N O M A TO TA L 1 0 0 ,0 % A maior parte espera arrumar um emprego com carteira assinada. Se você fosse abrir um outro negócio diferente do que existe hoje, o que seria? •Ateliê de quadros •Confecção •Crochê •Elétrica e refrigeração •Fabricar Sabão •Floricultura Cafeteria com exposição de quadros Cooperativa de costura Depósito de bebidas Escola Firma de limpeza geral Floricultura •Locadora Loja ou expor em feira •Barraca de cachorro quente e churrasco Máquina de sorvete de massa •Marmitex Mecânica de automóvel !% PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Dê sugestões a respeito de atividades geradoras de renda que você acha que poderiam ser desenvolvidas no núcleo: •Padarias 27 •Farmácias 20 •Açougues 12 •Oficina de Costura 10 •Reciclagem 8 •Oficina de Crochê 6 •Artesanatos em geral 6 •Cooperativa de costura 5 •Mercados 6 Dê sug estões a respeito d e ativid ad es gerad oras de renda que v ocê a cha q ue p oder ia m ser d esenv olvidas no núcleo: !& •Pastelaria •Supermercado •Sacalão •Borracheria •Academia •Casa de frios •Bazar •Computação •Cooperativa artesanato •Cooperativa de babás •Cooperativa confecção •Bordados variados •Corte costura •Avícola PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Anexo 3 DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA CIDADE DE SANTO ANDRÉ 1) Atendimento das Favelas de Santo André Programas Habitacionais do Município 1999/2001 TIPO QUANTIDADE Favelas Urbanizadas (1) Favelas em processo de Urubanização Favelas atendidas por outros Programas Habitacionais (2) Favelas Regularizadas (3) Favelas em Processo de Regularização (4) Nº DOMICÍLIOS 1999 2000 2001 1999 20 27 36 (6) 27 36 (6) 4.161 4.536 4.536 13.427 13.427 57 2 40 25 12 (5) 65 25 12 (5) 65 12.004 775 11.126 4.385 4.385 1.503 1.503 17.775 17.775 2000 2001 Fonte: Gerência de Desenvolvimento Comunitário / DEHAB / SISH / PMS OBS 2) Evolução da População Residente - BRASIL, ESTADO SÃO PAULO,GRANDE SP REGIÃO DO GRANDE ABC E SANTO ANDRÉ, NOS ANOS 1970/1980/1991/ 1996/2000 REGIÕES Brasil Estado de São Paulo Região Metropolitana de SP Região do Grande ABC Santo André 1970 1980 1991 1996 2000 93.139.037 119.002.706 146.868.808 157.079.573 169.799.170 17.771.948 25.040.698 31.548.008 34.120.886 37.032.403 8.139.730 12.588.725 15.417.637 16.583.234 17.878.703 2.048.674 2.224.096 2.354.722 988.677 1.652.781 616.991 625.564 649.331 418.826 553.072 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística OBS ¹ ² ³ 4 5 6 Os universos apresentados se sobrepõem; um mesmo núcleo aparece em mais de uma linha, pois os programas são complementares. Assentamentos que foram dotados de infra-estruturas básicas, tiveram o parcelamento do solo urbanisticamente regularizado e sua regularização jurídica encaminhada. Assentamentos que receberam obras de melhoria e saneamento, de prevenção e/ou eliminação de áreas de risco e ações sócio-educativas ambientais, através do programa de Urbanização Gradual definido pela Política Habitacional do Município e do Programa Favela Limpa. Assentamentos que tiveram sua regularização jurídica concluída. Assentamentos que possuem processos de regularização fundiária em andamento, ou por instituição de AEIS (Áreas Especiais de Interesse Social) ou por intermédio da negociação com os proprietários das áreas ocupadas (no caso de áreas particulares). 11 favelas tiveram regularização fundiária administrativa concluída e 1 área teve regularização integral. Incluindo 6 áreas que estão sendo urbanizadas pela CDHU !' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 3) Principais Áreas Verdes de Santo André - 2001 PARQUES MUNICIPAIS ÁREA TOTAL (m2) ÁREA CONSTRUIDA (m2) PARQUE DUQUE DE CAXIAS PARQUE REGIONAL DA CRIANÇA Palhaço Estrimilique PARQUE REGIONAL DO PEDROSO PARQUE ANTÔNIO PEZZOLO (Chácara Pignatari) PARQUE NORIO ARIMURA PARQUE ANTÔNIO FLÁQUER PARQUE CENTRAL PARQUE DA JUVENTUDE PARQUE CIDADE DOS MENINOS ESCOLA 67.531 66.398 8.396.857 34.632 16.755 36.307 346.647 40.729 12.619 48.941 2.674 1.043 3.520 1.405 132 409 1.504 512 23 2.739 TOTAL 9.067.416 13.208 Fonte: DPAV / SSM / PMSA OBS.: Os itens de área foram obtidos através de levantamento aerofotogramétrico ou projeto de implantação do parque. No caso do Parque Escola encontra-se inserida no item área construída o edifício ocupado pela sede do Depto. de Parques e Áreas Verdes. No caso do Parque Central, a área total considerada é a partir da portaria na Rua José Bonifácio. 4) Evolução do Emprego Formal em Santo André 2001 Fonte: RAIS/CAGED- SDET / PSA " PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Anexo 4 AVALIAÇÃO DOS PESQUISADORES VOLUNTÁRIOS DA COMUNIDADE Como foi recebido pelas pessoas que você entrevistou ? Como você se sentiu participando deste trabalho ? - De modo geral muito bem recebida - são todos super humildes, adorei! são pessoas bem ocupadas - pessoas conhecidas - as pessoas foram atenciosas e educadas - uma pena alguns não quiseram nos receber - nós temos uma Comunidade cheia de esperança - conheci mais pessoas e outras coisas que eu não sabia que eles faziam - sem problemas, tenho bom relacionamentos com as pessoas e as entrevistas foram muito fácil - algumas pessoas não entenderam, mas responderam - todos que entrevistei foram atenciosos e se mostraram mais interessados do que eu imaginava, ficaram felizes em saber que ainda podem, pelo menos ter esperanças, pois todas elas disseram estar sem alternativas para melhorar de vida para os pesquisados também foi um privilégio, terem sido escolhidos e como já nos conhecemos a entrevista foi bem aceita. - todos deram muita atenção - uma grande educação - muito importante, porque no futuro, algumas dessas pessoas poderão estar trabalhando, até eu mesmo - adorei, pois ajudou para conhecer melhor as pessoas - bem, mas difícil, pois não tenho tempo disponível, tenho vários compromissos - muito diferente, porque é bom saber que a nossa opinião, nossas vidas é importante para alguma coisa - gostei de entrevistar essas pessoas, ver suas necessidades de ajudar na renda familiar para sobreviver, neste mundo cheio de injustiças sociais, principalmente pela falta de emprego - achei muito legal, me senti privilegiada. Afinal estamos ajudando o nosso Núcleo - fiquei observando muitas coisas que eu não sabia, não só do meu trabalho de fazer sabão, mas outros diferentes do meu, me senti muito importante e satisfeita com este trabalho, espero que me convidem em outras vezes - eu acho que se é para melhorar onde moro, vale participar, pois assim também conhecemos mais os nossos vizinhos, suas dificuldades e o que podem fazer para melhorar, também podemos aprender uns com os outros - muito bom, aprendi como as pessoas precisam de ajuda, a aprender as coisas mais de colaboração - também como um grande privilégio de estar participando e representando a minha quadra me senti muito bem, pois fico muito dentro de casa e quando saí para fazer este trabalho vi e senti que as pessoas tem muitas dificuldades, mas tem boa vontade para trabalhar me senti bem, fazendo o que gosto, levando às pessoas um pouco de esperança, já que a auto-estima dos meus entrevistados está bem baixa devido ao desemprego, só quem convive e conversa com essas pessoas pode avaliar tal sentimento " PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Se você quiser fazer comentários a respeito desta Pesquisa, escreva : " - acho muito importante, porque as pessoas puderam dar suas opiniões, espero que haja outras oportunidades - achei boa a pesquisa, pois é através das entrevistas que se tem idéia do que se pode fazer. Perceber que tem várias pessoas que sabem fazer crochê - Espero que esta pesquisa não fique apenas no papel, que seja feito um Projeto certo e real, pois já tentaram fazer isso outras vezes, mas não passou só de idéias que ficaram no papel. - Gostaria de sugerir que a primeira oficina seja feito de Artesanato tem muita gente que faz - Fui muito questionada, afinal eles nunca ouviram sobre esse Projeto, mas depois de todas as dúvidas explicativas, eles ficaram satisfeitos - Nós precisamos de muita força e dedicação da Prefeitura, porque nós não temos outros apoios de ajuda de custo - Gostaria que houvesse outras oportunidades não só para representantes de quadras, mas também da comunidade. Precisamos de orientações sobre esses tipos de trabalho - Agradeço a oportunidade, deixando vocês cientes que fiquei muito feliz com este trabalho - Gostei de fazer estas pesquisas junto com as minhas amigas. Se tiver outra oportunidade novamente pode contar comigo. Obrigada - As pessoas que foram entrevistadas tiveram muitas dúvidas se esse Projeto vai dar certo, como sendo assim uma ilusão ou mentira, embora que isso seja uma idéia ótima que surge esperança para nós e os entrevistados, eles aceitaram a idéia, embora se tenha dúvidas ou incertezas, mas com muito esforço e dedicação, chegamos a uma postura - Faltaram fichas para preencher, tanto na Quadra A quanto na Quadra B Gostei muito em participar desta pesquisa. Todas as pessoas que entrevistei foram atenciosas e ficaram também muito curiosas a respeito esta pesquisa. Sempre que puder gostaria de estar ajudando. Espero sinceramente que a cooperativa venha em breve, pois as pessoas estão muito confiantes. Gostaria que fosse feita uma exposição e venda dos produtos feitos aqui. PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Anexo 5 RELAÇÃO DE REPRESENTANTES DA COMUNIDADE GEPAM PP2 NÚCLEO PINTASSILGO QUADRA NOME DOS/AS REPRESENTANTES QUADRA NOME DOS/AS REPRESENTANTES A Clair Miranda Andréia de Jesus Souza Cardoso Aparecida dos Santos Costa Ana Lúcia Pinheiro Vieira James F da Silva Marcio Leandro dos Santos E Ana Paula de Carvalho Célia Maria dos Santos Wendel Roberto G. de Silva Rita Maria da Encarnação Antonio Pereira Lucia B. dos Santos B Priscila Pereira Leal Rosimeire Correia de Andrade Severino Lourenço Pereira Benedita Alexandre F Rosmara Aparecida Gonzaga Doralice Aparecida D. Gonzaga Sandra Lia e Domingos Paula C Gislaine F. dos Santos Daniele dos S. Silva José Ferreira Zenilton Oliveira Silva Rodrigo F. dos Santos G Nelonio Miguel Filho (Medalhão) Angela Maria Leite Neide Ribeiro de Oliveira Maria Aparecida Lima Sonia Aparecida S. Nascimento H D Daniela França de Souza Maria Helena de Sousa Rosa Zanini Maria das Graças Jurandir Costa Nunes ( Paraíba) Maristela Matos Almeida Cátia Regina dos Santos OBS.: Relação de Representantes do Núcleo Pintassilgo por quadras, ampliada com empreendedores autônomos. Novembro de 2003. "! PARTE 2 TURISMO PARA A INCLUSÃO SOCIAL: VILA DE PARANAPIACABA 1. Introdução A vila ferroviária de Paranapiacaba foi implantada em 1867 com o objetivo de abrigar os trabalhadores da empresa inglesa São Paulo Railway Co. (SPR), concessionária do trecho ferroviário que fazia a ligação entre as cidades de Santos e Jundiaí. Essa estrada de ferro foi construída para servir como via de escoamento da produção cafeeira paulista rumo ao mercado externo, aproveitando a vantajosa situação geográfica usada anteriormente por nativos e colonizadores. Com o fim da concessão da São Paulo Railway Co., em 1946, a estrada de ferro e todo o seu acervo é encampado pela União e passa a se denominar Estrada de Ferro Santos Jundiaí. Em 1957, a Rede Ferroviária Federal RFFSA passa a assumir os equipamentos e o controle da malha ferroviária. Nessa época, o Brasil enfrenta grandes transformações e na área do transporte as rodovias se destacam como prioridade nacional. Gradativamente, o transporte ferroviário foi perdendo a importância no cenário nacional, acarretando num processo de degradação do patrimônio da RFFSA. Na Vila de Paranapiacaba, além do processo de degradação física, devido à insuficiência da manutenção da estrutura existente, houve também a degradação social, uma vez que a maioria de seus habitantes vivia em função da ferrovia, e com as demissões compulsórias tiveram que abandonar suas casas e partir. Tais mudanças induziram a um novo perfil de moradores, agora os não ferroviários. A presença dos patrimônios arquitetônico e cultural de Paranapiacaba, única vila ferroviária em estilo britânico conservada no Brasil, e do patrimônio ambiental, devido aos remanescentes da Mata Atlântica, fizeram com que a Vila e seu entorno fossem tombados pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) através da resolução 37 PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ de 30 de setembro de 1987. Ainda, no período entre 1999 e 2000, a Vila de Paranapiacaba foi inscrita na lista dos 100 monumentos mais ameaçados do mundo pelo World Monuments Fund (WMF). Em 2002 a Vila foi tombada pelo CONDEPHAAPASA (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André) e pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), tornando-se patrimônio histórico municipal e nacional respectivamente. A partir de 1999 o município de Santo André acentua sua preocupação com um patrimônio esquecido pelas demais esferas de Governo e resolve fazer gestões para adquirir a parte da Vila de Paranapiacaba em propriedade da RFFSA. Foi um processo lento que se efetivou em fevereiro de 2002, quando este importante patrimônio passou a ser propriedade dos cidadãos andreenses. "$ 2. Condicionantes da Administração Municipal Paranapiacaba faz parte do território da cidade de Santo André, uma das sete que integram a região industrial paulista mais conhecida como o ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra Santo André, São Bernardo e São Caetano) que atravessa um período de mudança de seu perfil econômico (Figuras 1 e 2). Figura 1 Regiões Administrativas do Estado de São Paulo - 1998. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Figura 2 Região Metropolitana de São Paulo, Região do Grande ABC e o município de Santo André (letra A no mapa) A cidade, assim como a região, conhecida pelo seu importante parque industrial automobilístico, metalúrgico, químico e petroquímico, busca novos investimentos, principalmente do setor de serviços de alta qualidade, para compensar a saída de alguns empreendimentos industriais da região. Em contraposição, cerca de 53%, que equivale a 97 km2, do território andreense está inserido na Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings, que abastece atualmente 1,5 milhão de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo. Em face de tal peculiaridade e à necessidade de conservação dos fragmentos florestais, cursos dágua e nascentes existentes nesta bacia, fundamentais para a produção hídrica, esta parte do território foi denominada Área de Proteção dos Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo pelas Leis Estaduais nº 898/75 e 1.172/ 76. (Figura 2) As legislações estaduais supra mencionadas estabeleceram parâmetros rígidos de uso e ocupação do solo, além de pouco atribuir ao ente municipal competências para a gestão efetiva do seu território. Tais legislações fracassaram com o decorrer do tempo e foram alteradas, porém não revogadas, por uma nova lei estadual (Lei 9.866/97) que está em processo de complementação para ser aplicada na Bacia da Billings. "& PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL A área de proteção aos mananciais do município de Santo André é denominada Expansão Urbana pelo Plano Diretor Municipal, Lei 7.333/95. Esta Zona é fragmentada pelo braço do rio Grande, um dos formadores da represa Billings. A Região localizada a partir da margem esquerda do braço do rio Grande é denominada de Parque Andreense e Paranapiacaba. (Figura 3). Figura 3 Município de Santo André Foi identificada na Gestão Municipal 1997-2000, que a população do Parque Andreense e de Paranapiacaba mantinha relações para seu atendimento básico, como saúde, educação, comércio, segurança e trabalho, nos municípios vizinhos e não em Santo André. Ao mesmo tempo, a distância interferia no custeio da ação pública, ao elevá-lo em função do deslocamento de equipamentos e funcionários, os quais resistiam em trabalhar na Região. A Vila de Paranapiacaba dista cerca de 40 km do centro do município e o Parque Andreense cerca de 35 km. O acesso a estas localidades acontece em duas vias: pelos municípios de Mauá e Ribeirão Pires até o Parque Andreense, e ainda passando por Rio Grande da Serra para alcançar Paranapiacaba; ou então, pelo mesmo acesso, porém iniciando pelo município de São Bernardo do Campo ao invés de Mauá (Figura 4). "' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Figura 4: Acessos viários à região de Paranapiacaba e Parque Andreense Este isolamento e a ausência por muitos anos de uma ação mais efetiva do poder público criaram o cenário favorável para compor um território sob forças de lideranças locais que se ocuparam em lotear o comando e a ordem, para benefício próprio. No final de 1998, a Prefeitura de Santo André realiza um convênio com a Universidade da British Columbia do Canadá (UBC) e a Agência de Desenvolvimento Internacional Canadense (CIDA). Este convênio teve por finalidade a transferência de tecnologia e aprimoramento dos mecanismos de proteção e reabilitação das áreas de mananciais em Santo André, afetadas por assentamentos informais. Do convênio consagrou-se o projeto de Gerenciamento Participativo em Áreas de Mananciais (GEPAM), envolvendo estudo e análise de toda área do município inserida na Bacia da Represa Billings para a formulação de intervenções em áreas piloto. No projeto são abordados três eixos principais: desenvolvimento socioeconômico e relação de gênero, identificação e proposição de alternativas para áreas ambientalmente sensíveis, e regularização fundiária. No início (1998 2000) foram contemplados pelo GEPAM duas áreas pilotos: o Projeto Piloto 1, no Parque Represa Billings III (Parque Andreense), e o Projeto Piloto 2, no núcleo Pintassilgo e que se diferenciam pelo tipo de assentamento: o primeiro um loteamento irregular e o segundo um assentamento precário (ver localização dos projetos na Figura 5). Os eixos do GEPAM permearam os dois projetos pilotos, mas cada um apresentou forte relação com aspectos que refletiam a vulnerabilidade do seu sistema. # PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Figura 5. Localização dos Projetos Pilotos A experiência dos projetos pilotos nas duas margens da represa Billings o projeto piloto 1 compõe a porção sul e sudeste do município e o projeto piloto 2 compõe a porção norte e central despertaram a importância de proporcionar um maior cuidado das áreas que produzem água para abastecimento público. Assim, a administração municipal, vislumbrando a possibilidade de reversão do quadro existente até então nesta região, potencializado com a oportunidade de aquisição da Vila de Paranapiacaba, definiu uma nova estratégia para a gestão 2001-2004, voltada ao desenvolvimento de atividades econômicas viáveis, considerando: a integralidade da região à dinâmica da cidade1 ; as possibilidades de uso econômico do solo (já que a legislação de proteção de mananciais, preconizando regras que indicavam a proteção pelo não uso do território, mostrou-se ineficiente); a compatibilidade com a produção de água potável, conciliando usos com a conservação dos recursos naturais que direta ou indiretamente contribuem com a produção de água (como a proteção de florestas e nascentes e a conservação de matas ciliares); a transformação da Vila de Paranapiacaba em um destino turístico. 1 dinâmica da cidade, ou seja, um projeto de uso e ocupação da região de proteção de mananciais deveria estar articulado com o planejamento estratégico da cidade, com a visão de futuro traçada para Santo André e com os instrumentos formatados para preparar esse futuro. # PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Para a aplicação desta nova estratégia, considerando as premissas acima, foi implantado um governo local, respondendo diretamente ao Prefeito na estrutura de uma secretaria municipal, com larga autonomia de gestão. Desta ação descentralizadora criou-se, em 2001, a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense (SPPPA). A Subprefeitura foi estruturada em um formato matricial, composta por 5 departamentos: Meio Ambiente, Infra-estrutura, Desenvolvimento Social, Paranapiacaba e Coordenadoria Administrativa. Todos desenvolvem ações na Vila de Paranapiacaba direta e/ou indiretamente, mas é o Departamento de Paranapiacaba que tem a responsabilidade de gerir o patrimônio histórico e natural (Figura 6). Para isso, conta com três gerências: Turismo, Projetos e Estudos Patrimoniais, e Recursos Naturais. Gabinete Subprefeito Subprefeito Conselhode de Conselho Representantes Representantes Secretario Adjunto Projeto GEPAM Assessoria Relações Relações Comunitárias Comunitárias Coordenadoria Coordenadoria Administrativa Administrativa (Coordenador) (Coordenador) Câmara Técnica de Câmara Técnica de Paranapiacaba Paranapiacaba Departamento de Desenvolvimento Social (Diretor) Assistente de Assistente de Diretor Diretor CâmaraTécnica Técnicado do Câmara ParqueAndreense Andreense Parque Captação de Recursos Departamento de Departamento de Infra-estrutura Infra-estrutura (Diretor) (Diretor) Assistente de Assistente de Diretor Diretor Gerência de Gerência de Administração Administração Gerência de Gerência de Cultura, Esporte e Cultura, Esporte e Lazer Lazer Gerência de Obras Gerência de Obras e Manutenção e Manutenção Gerência de Gerência de Materiais Materiais Gerência de Gerência de Saúde Saúde Gerência de Gerência de Limpeza Urbana Limpeza Urbana COPEL COPEL Gerência Social Gerência Social Departamento de Departamento de Meio Ambiente Meio Ambiente (Diretor) (Diretor) Assistente de Assistente de Diretor Diretor Gerência de Gerência de Planejamento, Planejamento, Licenciamento e Licenciamento e Controle Ambiental Controle Ambiental Gerência de Gerência de Fiscalização Fiscalização Ambiental Ambiental Gerência de Gerência de Educação e Educação e Extensão Ambiental Extensão Ambiental Departamento Departamento de Paranapiacaba de Paranapiacaba (Diretor) (Diretor) Assistente de Assistente de Diretor Diretor Gerência de Gerência de Projetos e Estudos Projetos e Estudos Patrimoniais Patrimoniais Gerência de Gerência de Recusrsos Recusrsos Naturais Naturais Gerência de Gerência de Turismo Turismo Figura 6. Organograma da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense. Assim, com as referências do projeto GEPAM e a criação da Subprefeitura, na virada de 2001 para 2002, foi estruturado o terceiro Projeto Piloto, a Vila de Paranapiacaba, tendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico através do turismo a diretriz principal que nortearia as atividades a serem implantadas no projeto. # 3. A Subprefeitura dentro do Plano Estratégico da Prefeitura Municipal de Santo André O processo de planejamento utilizado no Projeto Piloto 3 é o Planejamento Estratégico Situacional (PES), adaptado para o Brasil, que parte de princípios teóricos, procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que aplicados, ordenam ações para o alcance de objetivos que visionam mudanças situacionais futuras. Este processo proporciona a discussão sobre qual o futuro que se pretende. O PES, de forma generalizada, considera: 1. a problematização da situação por atores (planejadores) que compõem ou representam o jogo social, garantindo a diversidade de percepções, pontos de vista, conhecimentos, experiências, crenças entre outras características que venham interferir na definição da realidade tratada. 2. elaboração de planos/propostas de ação, podendo haver diferentes níveis de complexidade, que irão alterar a realidade atual, alcançando a situação prevista pelo planejador e que satisfará suas aspirações. 3. previsão não determinista, ou seja, também considera as possíveis adaptações necessárias ao longo do tempo, de forma a preparar os atores para mudança de situação. A metodologia utilizada pela Prefeitura de Santo André para a gestão de 2001 a 2004, primeira gestão da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, considerou: Continuidade do Plano Estratégico iniciado na gestão 1997 - a Subprefeitura, dentro deste plano, assume diretrizes e objetivos reformulados em função da reavaliação do triângulo de governo no final de 2000, que despertou, inclusive, a importância de sua criação. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Gestão por resultados alcançados Elaboração de plano estratégico para a gestão 2001 a 2004 Revisão de diretrizes e replanejamentos anuais Planos estratégicos por áreas (secretarias municipais) Avaliações anuais Objetivos da SPPPA Foi realizado, em março de 2001, o primeiro seminário de planejamento da SPPPA. Naquele momento, a Subprefeitura iniciava suas atividades, em seu primeiro ano de existência, com uma equipe recém-formada, com atores que não se conheciam e cujo desafio era pautado por expectativas individuais dentro do escopo das diretrizes e marcas traçadas pelo alto escalão do governo. Os objetivos específicos definidos pela equipe da SPPPA são: Promover o desenvolvimento sócio-econômico ambiental sustentável de Paranapiacaba e região Promover a inclusão social na região Integrar plenamente a população da região ao contexto municipal Prestar serviços públicos de forma eficaz com qualidade Melhorar a qualidade de vida da população da região Instituir modelo de gestão descentralizada para áreas ambientalmente protegidas Promover a conservação da Área de Proteção dos Mananciais Promover a modernização administrativa Transformar da Vila de Paranapiacaba em um pólo turístico Para alcançar estes objetivos foram elaborados planos estratégicos para projetos específicos como é o caso do Projeto Piloto 3. #" 4. Transformação da Vila de Paranapiacaba em um Pólo Turístico (Projeto Piloto 3) Quatro pontos chaves foram o foco da discussão sobre a implementação do turismo e promoção da inclusão social: Desafios da execução no contexto local Acesso da população carente e excluída ao mercado turístico Viabilidade comercial Formulação de políticas A forma como estes pontos foram tratados pela equipe da Prefeitura de Santo André será tratada detalhadamente a seguir. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA VILA DE PARANAPIACABA 4.1.1 Caracterização Natural O clima da região é classificado segundo Köppen como área limite entre as zonas Cfb (clima subtropical, úmido, sem período seco e temperaturas inferiores a 22 graus Celsius no mês mais quente) e Cwb (clima mesotérmico, inverno seco e verão fresco). Regime pluviométrico uniforme (3.000 mm/ano), onde a evapotranspiração potencial representa cerca de 1/3 da precipitação anual. (Leitão Filho, 1993). A área encontra-se no embasamento cristalino, composto principalmente de rochas metamórficas e metassedimentares com ocorrência de granitóides. Margeiam as drenagens do rio Grande e de seus afluentes aluviões fluviais recentes compostos de areias, argila, cascalho e matéria orgânica. (LIMA & LOBO, 1998). Os solos na região são predominantemente podzólicos altamente argilosos, aparecendo associados aos cambissolos e litólicos, com textura argilosa, nos terrenos PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ mais acidentados; latossolos, mais ácidos e arenosos, são encontrados em relevo mais suave e mais lixiviados de seus minerais primários; além de hidromórficos, encontrados nas várzeas, associados a ambientes de deposição fluvial. (LIMA & LOBO, 1998). A vegetação é caracterizada pela Floresta Tropical Atlântica, formação montana da Floresta Ombrófila Densa que ocupa as faixas de altitude de 500m a 1500m (RADAMBRASIL,1983). Apresenta grande quantidade de epífitas, lianas, bromélias e orquídeas. Nas formações secundárias predominam as quaresmeiras, manacás da serra, jacatirões, embaúbas e figueiras (LIMA & LOBO, 1998). Das 202 espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção, 171 são originários da Mata Atlântica. Entre a lista dos animais já encontrados na mata do entorno da Vila de Paranapiacaba encontra-se: Teiú, Cachorro do Mato, Bem-tevi, Gambá, Sumidora, Tangará Dançarino, Esquilo, João de Barro, Macuco, Ouriço, Quati. Em face da importância do Bioma Mata Atlântica, na região de Paranapiacaba encontram-se três Unidades de Conservação: Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, o Parque Estadual da Serra do Mar e a Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba. Além disso, esta região está inserida na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (Programa MAB- Man and Biosphere), que corresponde ao reconhecimento pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) da importância de conservar determinados biomas pelo mundo, a fim de garantir a diversidade do planeta. Figura 7: Paisagem do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba #$ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 4.1.2 Caracterização do Patrimônio Histórico e Ferroviário Envolta pela Floresta Atlântica encontra-se a Vila de Paranapiacaba, desenhada e projetada pelos ingleses. As casas são térreas, construídas em blocos de duas, quatro ou seis casas geminadas, dotadas de recuos de frente, dando para a rua principal, e aos fundos, dando para as vielas sanitárias. Tais construções dão a impressão de uma única residência, cercada de jardins. Atendiam à função de morar, com um projeto bem definido, que divide o espaço da residência em salas e quartos, formando o corpo principal em planta quadrada, e a cozinha e o banheiro, ficavam anexos ao fundo. Diferem das casas para os solteiros, cuja organização espacial assume um aspecto de alojamento, com a sala atendendo também as funções de quarto, ligada por um corredor ao banheiro e cozinha coletivos. O projeto das moradias foi elaborado de acordo com a qualificação de mão de obra operária, a sua posição social e o seu estado civil. Do ponto de vista formal, poderemos destacar que a madeira foi utilizada, predominantemente, como elemento construtivo. Pinho de Riga foi o tipo de madeira escolhido pelos ingleses, importando grandes quantidades da Europa. A base das casas é construída em alvenaria, paredes com vedação e estruturas em madeira, solução adotada para dar conforto térmico (um recurso natural para combater o clima local). As instalações hidráulicas nos ambientes são bem visíveis e figuram em todos os conjuntos de casas originais, assim como as chaminés de colunas de ferro. A Vila possui infra-estrutura de capitação de água, sendo que o fornecimento água potável é realizado pelos Serviços Municipais de Saneamento Ambiental de Santo André (SEMASA). A rede de iluminação urbana é precária em virtude da degradação e do porte de investimento necessário inviabilizado, momentaneamente, para a administração. No entanto, todas as casas possuem iluminação. #% PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Casas Geminadas Castelinho 4.1.3 Caracterização Sócio-Econômica Segundo o censo do IBGE de 2000, a cidade de Santo André tem uma população total de 649.331 habitantes, sendo que 3.407 são moradores da Vila de Paranapiacaba e entorno (Campo Grande, Rabique, Reserva Biológica e Bacia do Rio Mogi). A população se caracteriza em 1755 habitantes do sexo masculino e 1652 do sexo feminino. Destes, 1418 ocupam as casas da Vila. No início de 2001, foi realizado pela Subprefeitura e a Central de Trabalho e Renda um cadastro emergencial dos moradores desempregados (foram cadastradas 310 pessoas em Paranapiacaba, 21% da população total e que não refletem o total de moradores economicamente ativos, pois naquele momento esta porcentagem era maior), representando a situação social encontrada no início daquele ano. Segundo as informações levantadas, 52,26% era formada por população do gênero feminino. A população economicamente ativa possuía uma elevada concentração de jovens em idade entre 19 e 25 anos (34, 84%), que se equivale ao mesmo número de adultos em idade entre 26 e 31 anos (17,42%), somados aos adultos que se encontravam na faixa etária entre 32 e 38 anos (20, 65%). A presença das mulheres era muito forte. São elas que participavam das atividades e despontavam como líderes da comunidade. Um fator marcante é o grande índice de alcoolismo detectado nas famílias, aos quais apontam o clima frio e o desemprego como culpados (PMSA, 2002). Grande parte dos cadastrados apresentavam baixa escolaridade: 38,71% dos cadastrados não haviam concluído a 8º série, 11,61% não haviam concluído #& PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL a 4º série do Ensino Fundamental, apenas 11,61% haviam concluído o Ensino Médio e 71,61 % não haviam participado de nenhum curso de formação profissional. Quanto ao período de desemprego, 25,16% disseram estar desempregados de 1 a 12 meses, 11,61 % disseram que se encontravam desempregados de 37 a 48 meses e 14,84% estavam desempregados há mais de 60 meses. Em relação à renda, 36,77% declararam não possuir renda, 24,52% possuíam renda de um salário mínimo e 18,06% possuíam renda de 2 salários mínimos. Dos entrevistados, 56,77% viviam em residências construídas em madeira, o que representa a porcentagem de casas que compõem o patrimônio histórico nacional. Dentre as profissões mais procuradas a de auxiliar de serviços gerais é a mais almejadas pelos moradores (45,81%), seguido de alimentador de produção (14,84%), serviços domésticos (14,19%), auxiliar de limpeza (12,26% ) e 10,97% dos cadastrados procuram vaga de ajudante de cozinha. Até final de 2002 o acesso ao centro da cidade acontecia por trem e ônibus, traspassando os municípios de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá ou o município de São Bernardo do Campo. Estudavam em Paranapiacaba crianças a partir de 7 anos até a conclusão do ensino fundamental. Apenas dispunham do campo de futebol para atividades de lazer, a partir de 1998, passaram a dispor de atividades de educação ambiental e atividades interpretativas em visitação ao Parque das Águas (região dos reservatórios de abastecimento de água da Vila). Até 2001 os moradores foram atendidos apenas por clínico geral na unidade básica de saúde, para serviços de emergência e eram transportados até o município de Ribeirão Pires ou ao centro de Santo André. 4.2 DESAFIOS ENFRENTADOS A Vila de Paranapiacaba tem por vocação a atividade turística como potencializador do desenvolvimento econômico: é uma vila ferroviária, inglesa, na serra do mar e habitada. Possui acesso de boa qualidade, porém de difícil localização. Dista 15 km do centro urbano mais próximo (município de Rio Grande da Serra). Esta situação propicia o uso do patrimônio histórico por pessoas que, de alguma forma, foram excluídas de locais com melhor qualidade de vida. #' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Vista Aérea da Vila de Paranapiacaba Além de sofrer exclusão social, a despreocupação dos antigos gestores do patrimônio e insuficiência de atendimento público proporcionou a formação de uma comunidade desconfiada, resistente a novos desafios e a novos atores dentro do sistema social ora instalado. O novo ator, a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, representava uma ameaça à moradia no local. Para garantir seus interesses, lideranças buscavam fomentar ainda mais a insegurança dos moradores e a deterioração das relações com o poder público. Anteriormente a chegada da SPPPA, essas lideranças instituíram desde regras de uso dos imóveis de propriedade da Rede Ferroviária Federal S/A até o valor das prestações pertinente à permissão de uso dos mesmos, para benefício próprio. Nesta situação, e diante da aquisição da Vila pela Prefeitura de Santo André, mais que iniciar um processo de gestão dos conflitos gerados a partir dos interesses locais, elaborou-se um plano de ação objetivo que, levado ao conhecimento da comunidade, apresentou a expectativa de administração para o futuro da Vila de Paranapiacaba. $ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 4.3 EIXOS ESTRATÉGICOS ESPECÍFICOS DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO Sob as diretrizes do programa de governo, com a criação da Subprefeitura e o apoio do projeto GEPAM, de incentivo ao Desenvolvimento do Turismo para a Inclusão Social em Patrimônio Histórico, a Vila de Paranapiacaba passou a receber investimentos para sua transformação em um destino turístico, estruturado em três eixos ao longo dos três anos e meio de gestão e um ano de Projeto Piloto 3, até a data de elaboração deste trabalho. O primeiro eixo foi direcionado à conscientização da população sobre as questões ambientais que incidem no modo de vida em áreas protegidas, na inserção da mesma em atividades de convívio com a natureza e na transformação do patrimônio histórico no grande atrativo turístico da região, reconhecido nacionalmente; o segundo eixo trata das atividades relacionadas ao desenvolvimento econômico e o terceiro da participação dos moradores junto às decisões da administração municipal. 4.3.1 Turismo, Meio Ambiente e Patrimônio Histórico A visão da gestão pública, sob a ótica do Projeto Piloto 3, é transformar a Vila em um destino turístico, com políticas públicas para um turismo ambientalmente, arquitetonicamente e humanamente responsável. Antes de iniciar a estruturação turística da Vila, fez-se necessário refletir sobre os moradores, sobre a forma como poderiam ser inseridos no futuro que se pretendia para a Vila e que diretamente interferiria no modo de vida dos mesmos. Assim, e em um primeiro momento, e na ausência de relação cultural dos moradores com o patrimônio histórico, decidiu-se por uma estruturação turística pautada em uma vila temática, cujo tema é a Ferrovia, e nas atividades ecoturísticas dentro da Floresta Atlântica conservada e protegida. Também, decidiu-se por implantar o turismo por etapas, buscando consolidar uma cultura local, uma vez que os ferroviários já não mais moravam na Vila. Os investimentos na revitalização não ficariam restritos à compra de parte da vila ferroviária pela prefeitura, cabendo à Subprefeitura também captar recursos para o financiamento deste desafiador projeto. A permanência dos moradores e a implantação de atividades econômicas que impulsionassem o fluxo de visitação na Vila formam os alicerces da estrutura turística assumida pela Subprefeitura. Para consolidar estas duas frentes, fez-se necessário formular políticas de regularização do uso dos imóveis que formam o patrimônio construído, organizando a moradia e o convívio local, passando pela regularização dos termos de permissão de uso das famílias já residentes e dos empreendimentos que seriam, a partir de então, instalados. $ PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Também, fez-se necessário restaurar a ordem social onde a presença do poder público garantia o direito de moradia com segurança, rompendo os abusos cometidos por lideranças que se intitulavam síndicos da Vila. Entende-se por impulso do fluxo de visitação, além dos serviços e ações públicas de fomento e desenvolvimento social, o envolvimento ativo e cooperativo de empresas privadas. Deste envolvimento resulta a aliança entre o empreendedor público (Prefeitura de Santo André) e o empreendedor privado para a promoção do turismo para inclusão social, centralizada na participação comunitária e no processo de planejamento do desenvolvimento da Vila. 4.3.2 Turismo, Desenvolvimento Econômico e Inclusão Social Dentro de um conceito mais amplo e utilizado no trabalho da administração municipal, as ações orientadas ao desenvolvimento da Vila de Paranapiacaba devem efetivar o processo de inclusão social através de projetos que priorizem os direitos de cidadania da comunidade, com especial atenção às mulheres, crianças e adolescentes, estimulando a participação comunitária. Ao formular políticas de geração de emprego e renda, busca-se um modelo de desenvolvimento baseado na realidade local para, então, estabelecer as principais linhas de ação. A implantação do modelo de desenvolvimento é acompanhada de perto pelos moradores através de representantes que compõem o conselho local. Programa Geração de Renda e Capacitação Profissional Uma das primeiras ações desenvolvidas na área social, logo que a Subprefeitura instalou-se na região de Paranapiacaba e Parque Andreense, em 2001, foi o cadastramento de desempregados, já citado anteriormente no item caracterização sócio-econômica. Cadastraram-se 310 pessoas em Paranapiacaba, tendo por diagnóstico uma população desmotivada, apática e sem consciência do potencial existente para empreendimentos de pequeno porte, em face da possibilidade do desenvolvimento turístico. Esta situação decorre de anos em que a Vila de Paranapiacaba não estava no foco das ações prioritárias do Poder Público e da Rede Ferroviária Federal S.A RFFSA, e também pelo modelo de turismo desordenado e sem sustentabilidade que era praticado até então. Decidiu-se desenvolver uma estratégia gradual baseada no estimulo aos moradores em montar ou ampliar pequenos negócios. Adotou-se para isso, um conjunto de ações para o apoio técnico-jurídico, suporte financeiro, capacitação $ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL para gerenciamento e qualificação de mão-de-obra especializada, que viabilizaram as iniciativas dos novos empreendedores. A posição do governo local baseava-se na conscientização, articulação, facilitação e capacitação das ações de desenvolvimento, cabendo aos moradores a gestão dos seus próprios negócios. 4.3.3 Participação Social Ao se estimular a comunidade a exercer sua cidadania através da participação popular, mais do que criar os canais para este exercício, preocupa-se em definir e esclarecer os papéis e competências dos diversos atores envolvidos. O estabelecimento do processo participativo foi constituindo-se lentamente, pois partiu-se da ruptura de práticas e modelos arraigados, promovendo uma mudança cultural, colocando os indivíduos em posição ativa e responsável em relação as mudanças sociais. Este processo iniciou-se pela manifestação através de canais múltiplos de comunicação entre comunidade e poder público e com o estímulo à participação em todos os espaços de atuação dos agentes públicos, construindo o hábito de fala e escuta e qualificando o discurso cidadão. Para tanto, potencializou-se aquelas atividades que permitiriam a aproximação da administração pública com a população. Os serviços públicos mais efetivos neste processo foram o Programa de Saúde da Família, de Assistência Social (iniciado pelo Programa de Renda Mínima da Secretaria de Habitação e Inclusão Social), de Cultura, de Lazer e de Educação Ambiental. O resultado deste processo foi a criação do Conselho de Representantes de Paranapiacaba e Parque Andreense. Na consolidação e perpetuação deste processo, mais do que institucionalização do Conselho de Representantes, do Orçamento Participativo, da Saúde, Educação, Transporte e de Gestão e Saneamento Ambiental, fez-se necessário priorizar práticas menos dependentes da iniciativa governamental, buscando o fortalecimento do tecido social, identificando e qualificando as organizações populares autônomas e outros atores da sociedade civil. Assim, a SPPPA também iniciou um grande esforço no fomento à organização social em cooperativas e associações. $! 5. Gestão do Patrimônio Histórico e Natural da Subprefeitura Os eixos estratégicos desenvolvidos pela Subprefeitura consolidaram-se em políticas de gestão que objetivam um rápido reconhecimento dos moradores pela melhora de qualidade de vida, tanto pela presença próxima e permanente da administração pública, quanto pelos investimentos na conservação do patrimônio. Os programas desenvolvidos neste item contam com parcerias em diversos níveis que, mais do que ampliar a capacidade de ação, buscam criar bases sólidas que resistam as mudanças administrativas das gestões públicas. Internamente, na área de desenvolvimento social, as parcerias acontecem principalmente com as Secretarias de Participação e Inclusão Social, Educação e Formação Profissional, Desenvolvimento e Ação Regional e de Saúde. Externamente, contamos com o apoio de entidades como o Centro de Educação para Saúde, Centro de Estudos Sindicais e a Fundação Santo André (início da parceria em 2003), como também, investimentos de empresas privadas como o Pólo Petroquímico, Petroquímica União, Solvay do Brasil. Petrobrás e o Banco do Brasil. Obteve-se também apoio da Word Monument Found, financiada pela América Express, no restauro de dois importantes imóveis que compõem o patrimônio histórico e cultural. Com o projeto GEPAM, contou-se com o apoio internacional da Universidade da British Columbia e da Agência de Desenvolvimento Internacional do Canadá, que possibilitou a vinda de representantes do Distrito Regional da Grande Vancouver e do Conselho das Bacias de Fraiser, proporcionando a troca de experiências com o Canadá. O pensado Projeto Piloto 3 aconteceu em dezembro de 2001, quando foi realizado um seminário de planejamento estratégico com o objetivo de produzir um Plano de Ação que potencializaria a construção e implantação do desenvolvimento turístico da Vila de Paranapiacaba. Este plano de ação foi PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ desenvolvido a partir da definição dos resultados que se pretendia alcançar para promover o turismo para a inclusão social, apresentados a seguir: Resultado 1: O processo de degradação histórico e ambiental controlado e reduzido; Resultado 2: O uso do patrimônio histórico e ambiental regulamentado e monitorado; Resultado 3: Comunidade local organizada na gestão participativa do patrimônio histórico; Resultado 4: População consciente, comprometida e qualificada para preservação dos patrimônios histórico e ambiental; Resultado 5: Melhorada a geração de trabalho, renda e a qualidade de vida da população local; Resultado 6: Melhorada a infra-estrutura local para atendimento ao turismo; Resultado 7: Potencial turístico de Paranapiacaba multiplicado através da cooperação regional. Para alcançar estes resultados, foram formulados programas apresentados a seguir: 5.1 Conservação dos Recursos Naturais Reconhecendo a importância ambiental da região e visando a conservação dos recursos naturais do entorno da Vila, implantou-se programas de educação, fiscalização, planejamento e manejo ambiental. Sendo estes: Programa de Educação Ambiental Água Limpa tem por objetivo a capacitação contínua dos professores das escolas públicas estaduais e municipais em áreas de proteção aos mananciais de Santo André, inclusive na Vila de Paranapiacaba, sobre as questões sócio-ambientais e a conservação dos recursos naturais locais. Atendendo aos professores, de disciplinas variadas, de 09 escolas (05 estaduais e 04 municipais) o programa fomenta o planejamento de ações em projetos pedagógicos a serem implementados pelos professores junto aos alunos e à comunidade. Os produtos decorrentes destas ações são estudos do meio, campanhas, feiras, exposições, debates, discussões e outros, além do envolvimento da comunidade nas diversas atividades. Desenvolvido em conjunto com a Diretoria de Ensino de Santo André (órgão estadual) e a Secretaria de Educação e Formação Profissional do município, participaram deste programa um total de 110 professores. $$ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Figura 12: Atividades do Programa Água Limpa na escola Programa de Educação Ambiental Agente Ambiental Mirim: visa o atendimento de crianças de 07 a 12 anos, residentes nas áreas de mananciais de Santo André, em específico às regiões de Paranapiacaba e Parque Andreense. O programa é iniciado por meio de um curso, com duração de 03 dias, no qual são utilizados apostilas próprias (confeccionadas especialmente para o programa), books ilustrativos, estudos do meio, exposições dialogadas, oficinas e dinâmicas e atividades interativas e ludo-pedagógicas para sensibilizar e mobilizar o público mirim para a compreensão, reflexão e atuação nas questões ambientais locais. Os agentes ambientais mirins recebem orientação sobre ambientes urbanos, áreas de mananciais, água, lixo, esgoto, fauna, flora, problemas ambientais e conservação dos recursos naturais. Após o curso, encontros periódicos são mantidos para constante aperfeiçoamento destes agentes, além do desenvolvimento, em conjunto com a equipe da prefeitura, de ações e campanhas voltadas aos problemas ambientais de cada localidade, onde são envolvidos suas famílias e amigos, os professores das escolas nas quais estudam, outros alunos e a comunidade. $% PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Figura 13: Alunos do Programa Agente Ambiental Mirim Programa de Jovens da Reserva da Biosfera: projeto desenvolvido em parceria com o Instituto Florestal da Secretaria do Estado de Meio Ambiente, que tem como objetivo capacitar e orientar os jovens para a inserção no ecomercado, através de abordagens teóricas e práticas, e muita pesquisa de campo. As aulas são ministradas por técnicos dentro de suas próprias áreas de trabalho, e possui a carga total de 4 semestres. Vale destacar que dentro do conteúdo programático, foram abordados temas como: ecomercado, educação ambiental, técnico de reciclagem, marketing, etc. Figura 14: Alunos do Programa de Jovens $& Figura 15: Atividade de marcenaria PARTE 1 • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMUNITÁRIO Criação e manejo de Unidade de Conservação: um resultado mais recente e que proporcionou a redução das infrações ambientais em níveis menores, foi a criação do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba em 05 de junho de 2003, baseado no modelo de unidade de conservação federal. Além de viabilizar a regulamentação do uso público dentro do Parque, proporcionou a potencialização das atividades da Associação de Monitores Ambientais (AMA), responsáveis pelo serviço de monitoramento nas trilhas. Com isso, 34 pessoas promovem o controle, desenvolvem atividades interpretativas e obtêm renda a partir da atividade de guia do Parque. Figura 16: Canal de transporte de água Figura 17: Trilha das Hortênsias Programa de Manejo dos Recursos Naturais: este programa tem por objetivo recuperar e adequar trilhas existentes em Paranapiacaba para o uso turístico racional, viabilizando-as como produto ecoturístico. Consiste na execução de um plano de manejo de trilhas, ampliado anualmente, envolvendo a população e proporcionando a apropriação por este tipo de espaço. Contempla as ações de infra-estrutura, manutenção, recomposição da flora, monitoramento (capacidade de carga), proteção (fiscalização) e atividades de interpretação dos recursos existentes estas, atualmente desenvolvidas pela Associação de Monitores Ambientais (AMA), formada $' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ por moradores da Vila. Através das atividades de manejo e práticas participativas, onde o grupo de moradores decide as ações que devem ser desenvolvidas, podese conter as constantes depredações dos equipamentos de infra-estrutura pelos próprios moradores. Figura 18: Transportes de equipamentos de visitação com participação da Associação de Guardadores de Veículos da Vila. Figura 19: Instalação de equipamentos de visitação com participação da Associação de Guardadores de Veículos da Vila. Programa de Fiscalização Ambiental: é realizado nas trilhas da região de entorno da Vila de Paranapiacaba, principalmente durante os finais de semana e feriados. As operações durante os feriados contam com a participação da Polícia Militar, da Polícia Ambiental, da Guarda Municipal e dos guardas-parques do Parque Estadual da Serra do Mar. Como resultado da fiscalização obteve-se uma diminuição de 80% das infrações em trilhas. Figura 20: Sinalização de entrada do Parque Narural Municipal % Figura 21: Sinalização do limite do Parque PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Ações Institucionais: Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento e Gestão do Subcomitê da Bacia Billings-Tamanduatei. Presidência da Associação de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA/SP) 5.2 Conservação do Patrimônio e Desenvolvimento Econômico A gestão do patrimônio histórico, cultural e natural da Vila de Paranapiacaba tem como princípio sua conservação, junto aos moradores, através de políticas de inclusão social e desenvolvimento econômico, proporcionados pelo turismo. 5.2.1 Plano de Gestão do Patrimônio Esse plano de gestão tem por objetivo a recuperação física dos edifícios e da infra-estrutura da Vila de Paranapiacaba e a espacialização urbana dos critérios de aplicação dos recursos e investimentos, com o foco voltado ao desenvolvimento econômico e social. Além de fomentar o compromisso dos moradores com a conservação do patrimônio, proporcionar a inserção da população em atividades de capacitação e formação para o trabalho e geração de renda e de legitimar a população como moradora da Vila e não ocupadora do patrimônio histórico, optou-se por desenvolver um programa específico de regularização dos termos de uso dos imóveis, considerando cobrança pelo uso do patrimônio e valores realistas diante da situação de carência da comunidade. O objetivo deste programa é consolidar a base de uma comunidade autônoma, participativa, reivindicadora, porém pró-ativa, cuja relação com a Subprefeitura aconteça estruturada em direitos e não em reivindicação de ações, submetidas a uma relação paternalista. Este programa tem uma relação muito estreita ao fomento de habilidades comunitárias, ou seja, quanto maior o envolvimento do morador em atividades de formação, capacitação, empreendedorismo, organização social para o turismo, maior é o desconto de suas taxas (até 70% do valor total). Também, anteriormente ao exercício da Subprefeitura, existiam pouquíssimos empreendimentos na Vila, um bar/restaurante, uma padaria, uma farmácia, uma mercearia e dois bares (na parte alta) em toda a Vila. Dessa forma, fez-se necessário fomentar o desenvolvimento econômico, porém tomando o cuidado em criar critérios para proporcionar o uso correto dos empreendimentos comerciais em patrimônio histórico. % PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Programa de Regularização Contratual dos Moradores: este programa foi desenvolvido em fases, em função do perfil dos moradores da Vila e do nível de interesse pela participação em atividades de desenvolvimento do turismo. Para definir os valores das contraprestações, elaborou-se uma análise de cada uma das casas pela tipologia, localização, vista, estado de conservação e importância histórica. A programa efetivou-se em setembro de 2002 e, para a regularização contratual dos moradores, considerou-se os residentes a partir da compra da Vila em janeiro de 2002, os quais foram divididos nos seguintes grupos: Grupo 01: formado por aqueles que, em setembro de 2002, se encontravam envolvidos no programa de turismo. Este grupo foi o primeiro a assinar os contratos passando a receber incentivos através de desconto nas contraprestações de até 70% do valor total. Foram assinados 100 contratos com a administração, representando 30% dos imóveis da Vila. Grupo 02: moradores que tinham pelo menos três contraprestações pagas entre março de 2002 até setembro de 2002; Grupo 03: moradores que não pagavam suas contraprestações, mas que tinham contrato de permissão de uso herdado da Rede Ferroviária Federal S/A. Foi feita uma análise caso a caso procurando incorporá-los aos programas de turismo para capacitação e formação profissional e geração de renda; Grupo 04: pessoas que não tinham nenhum vínculo contratual com a Vila. Geralmente são moradores temporários que se utilizavam dos imóveis como segunda residência, para uso em finais de semanas. A estes solicitou-se a desocupação do imóvel para abertura de empreendimentos; Aqueles que não se enquadraram em nenhum dos grupos acima, solicitou-se desocupação e quando não atendida oficiosamente, fez-se necessário entrar com processo jurídico para a reintegração da posse (das 364 casas da Vila foram abertos 17 processos de reintegração de posse). Os valores arrecadados das contraprestações são depositados em um fundo de gestão do patrimônio histórico, garantindo sua aplicação na mesma Vila. Programa de Investimentos Externos: para os imóveis desocupados foram abertos editais de licitação pública para ocupação comercial procurando abrir espaço para investimentos externos à Vila. Procurou-se abrir empreendimentos de forma controlada e em função das recomendações constantes no plano de turismo. Programa de Educação Patrimonial: paralelamente às ações administrativas anteriores, estabeleceu-se um programa de educação patrimonial, buscando % PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL sensibilizar a população moradora da vila da importância do patrimônio no qual mora. Esta ação também buscou atingir público externo, como as agências de turismo e turistas que poderiam formar um perfil diferenciado de visitação em relação ao que acontecia, quando a Vila encontrava-se desatendida. Para os moradores foram conferidas palestras, mostrando a potencialidade do turismo e realizadas visitas técnicas às cidades e localidades êxitosas na implantação de projetos turísticos. Estas ações contribuíram para mudar a visão em relação à viabilidade do turismo para a Vila de Paranapiacaba. Entre as ações desenvolvidas neste período, destacam-se: dois cursos de educação patrimonial com a população. 04 cursos de educação para o turismo. curso de monitoria ambiental (certificação de 18 monitores). Programa de Recuperação e Restauro: em função do elevado grau de deterioração, principalmente das fundações e estruturas de cobertura, fez-se necessário a realização de estudos técnicos em estruturas de madeira. A recuperação responsável destes imóveis segue critérios rigorosos no tocante a escolha dos materiais de substituição e na completa reconstituição de seu sistema construtivo original. Também, busca-se vincular uma alternativa de geração de renda para os 60% de desempregados que residem na Vila, através da capacitação, formando um grupo de restauradores, com especialização em madeiras, alvenaria, cobertura, hidráulica, elétrica, jardinagem entre outras. Em 2002, reformou-se o antigo posto de saúde (atual Centro de Informações Turísticas), o antigo SENAI (atual Campus da Fundação Santo André), o antigo colégio (atual sede da Subprefeitura), o banheiro público da parte baixa da Vila e instalado o banheiro público na parte alta da Vila. Em 2003 foram restaurados dois importantes imóveis: o Mercado Municipal, financiado pela Prefeitura de Santo André, e a Casa Fox, fruto do financiamento da American Expres por intermedio da Word Monument Fund, cuja lista dos 100 patrimônios mais ameaçados do mundo constava a Vila de Paranapiacaba. %! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Figura 22: Imóvel recuperado Centro de Informações Turísticas Figura 23: Imóvel restaurado Casa Fox Figura 24: Imóvel restaurado Mercado Figura 25: Imóvel que será restaurado até final de 2004 Clube União Lira Serrano Figura 26: Imóvel que será restaurado até final de 2004 Castelinho %" PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Programa de Estudos Técnicos de Infra-estrutura: engloba o levantamento qualitativo detalhado dos imóveis ocupados na Vila, dando a noção do estado de conservação destes, bem como da oferta de infra-estrutura urbana (pavimentação, energia elétrica, abastecimento de água, esgoto), e estudo sobre o sistema de escoamento das águas superficiais, considerado um fator de aceleração da degradação das fundações das casas. Também engloba o levantamento dos planos originais de construção da Vila, como abastecimento de água, instalação de combate a incêndio, eletrificação, e outros. Programa de Urbanização: envolve todas as atividades relacionadas à recuperação da paisagem da Vila, instalação de equipamentos urbanos novos, bem como adaptação dos existentes, preservando a paisagem urbana tombada. Realizou-se o Festival de Jardins em 2002 que, além de promover o turismo, recebeu paisagistas que elaboraram jardins os quais, posteriormente, são conservados pelos moradores. Também foi realizado os jardins dos imóveis restaurados, do Mercado e da Casa Fox. Figura 27: Jardim realizado no Festival de Jardins de Paranapiacaba. Fonte: Revista Paisagismo e Jardinagem, Dez. 2002. 5.2.2 Plano de Turismo Consiste em atividades que integram as estratégias de desenvolvimento turístico às atividades de geração de renda e inclusão social. Plano Patrimônio: A Subprefeitura estabeleceu um plano para definição de estratégias para a transformação da Vila em um destino turístico. Esse é o Plano Patrimônio, que se insere dentro da política de desenvolvimento estratégico do município de Santo André, como o documento prévio necessário para seu posicionamento no cenário turístico nacional. O Plano Patrimônio de Paranapiacaba %# PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ formula estratégia de futuro a partir da análise dos recursos existentes, e propõe estratégia de ações a curto e médio prazo, considerando a importância de seu patrimônio ferroviário, arquitetônico ambiental, cultural e social. Consta de diagnóstico, inventário e valorização de recursos, pesquisas de opinião aos turistas, pesquisas aos operadores dos principais mercados geográficos emissores, pesquisas aos operadores do turismo de Paranapiacaba, estudos do mercado turístico brasileiro. É o desenvolvimento de um plano operacional que contempla as atuações urgentes e as de longo prazo, de modo a servir de instrumento de gestão para direcionar a captação de investimento públicos e privados na área turística (PMSA, 2001). PARANAPIACABA S A N T O A N D R É S P Figura 28: Logomarca Turística da Vila Programa de Fomento das Atividades Turísticas: desde maio de 2002 o movimento de turistas na Vila é monitorado, especialmente nos finais de semana. A partir de setembro de 2002, os dados estão sendo sistematizados, com informações de número de visitantes, locais procurados, renda gerada. Para potencializar o turismo optou-se por implantar um Calendário de Eventos Culturais, desencadeando ações em conjunto com a população e procurando, dentro do possível, resgatar datas e eventos tradicionais. Também teve-se a preocupação, na elaboração da programação dos eventos desse calendário, de formatar e divulgar a Vila e o patrimônio histórico, cultural e ambiental de maneira a atrair um perfil de público familiar. A movimentação de público proporcionada pelos eventos criou oportunidades de geração de renda e empreendedorismo para os moradores, que passaram a desenvolver suas atividades no local, mantendo os recursos financeiros na própria vila e movimentando a economia local. Um dos melhores exemplos é o Festival de Inverno de Paranapiacaba, cuja primeira edição realizou-se em 2001 e atualmente, como resultado de uma ação %$ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL conjunta do poder público e comunidade local, somando esforços com empresas privadas, organizações do terceiro setor, instituições de ensino, produtores culturais e demais prefeituras da região, encontra-se na sua quarta edição a ser realizada em julho de 2004, pretendendo repetir o sucesso e atingir o mesmo público dos anos anteriores, estimado em cinqüenta mil pessoas durante o período do evento (16 dias). No entanto este calendário não se limita a um único evento, mas desenha-se em uma programação anual, cujas atividades são: FEVEREIRO - Copa Brasil de Cross Country MARÇO - Bailes Tradicionais de Carnaval e Encontro de Mulheres das Áreas de Mananciais ABRIL - Aniversário da Cidade e Concurso de receitas e histórias de Paranapiacaba JUNHO - Dia do Meio Ambiente e Festa Junina de Paranapiacaba · JULHO - Festival de Inverno de Paranapiacaba AGOSTO - Festa do Padroeiro Bom Jesus de Paranapiacaba e Festival de Comida Caseira de Paranapiacaba SETEMBRO - Missa do Ferroviário, Semana do Ferroviário, Festival de Jardins de Paranapiacaba e Dia do Ferroviário; OUTUBRO - Baile de Aniversário do Clube União Lira Serrano e Baile das Bruxas DEZEMBRO - Dia do Amigo e Programação Natalina Figura 29: Festival de Inverno de Paranapiacaba (2003) Figura 20: Capa de folder do Festival (2002) %% PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Programa de divulgação turística: além dos materiais de divulgação externa da Vila, foram criados canais de informação com o objetivo de dar aos moradores condições e oportunidade de participação nas decisões da gestão administrativa, como: o Bilhete, um jornal mural com circulação quinzenal de 50 exemplares, em formato 60x40cm, fixado nos principais pontos de circulação da Vila e cujo conteúdo, traz as informações atuais em relação às ações do poder público local e os encaminhamentos relacionados ao plano de desenvolvimento turístico; a rádio comunitária Fog FM no ar 24h, com programação musical variada e informações gerais sobre os acontecimentos na Vila; o boletim Paranapiacaba em Casa, com periodicidade mensal e tiragem de 400 exemplares, com dicas de serviços públicos e respostas às principais dúvidas dos moradores; realizadas reuniões com grupos específicos para esclarecer dúvidas e discutir pontos relevantes; folheteria educativa sobre cuidados com o lixo e doenças de veiculação hídrica; instituído plantão para atendimento de moradores Externamente, Paranapiacaba, apesar de ser conhecida, não tinha boa imagem junto às empresas operadoras de turismo e ao público que buscava uma opção de turismo familiar. Assim, elaborou-se materiais gráficos de boa qualidade e com informações que pudessem orientar e estimular os visitantes. Materiais elaborados: Folder de Paranapiacaba, divulgando o patrimônio arquitetônico e histórico; Folder do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, com foco principal nos aspectos naturais que cercam a Vila; Guia de Serviços listando a relação de guias locais, restaurantes, pousadas, opções de passeio, horários de trens e ônibus e demais informações que pudessem interessar e orientar o visitante; Folder dos empreendimentos conhecidos como Ateliês Residência, divulgando as opções de turismo artístico e cultural que a vila oferece; Conjunto de cartões postais Revelando Paranapiacaba, imagens premiadas, produzidas por fotógrafos participantes de um concurso cujo tema era a própria vila; Folheteria de divulgação de eventos; %& PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Também, foram realizadas ações junto às operadoras turísticas para promover a imagem de mudança que estava submetida a Vila; realização de oito fantours para divulgação da Vila. visitas às agências de turismo da região para apresentação do plano de desenvolvimento turístico implantação do receptivo turístico da Vila. Ações Institucionais: Coordenação do grupo de turismo do Consórcio Intermunicipal. 5.2.3 Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico O tipo de desenvolvimento econômico fomentado na Vila, empreendedores sociais, é baseado na orientação da ação empreendedora não apenas para o lucro, mas para uma economia solidária, que de acordo com Paul Singer (2000), é aquela que segue o caminho da cooperatividade em vez da competitividade, da eficiência sistêmica em vez de eficiência apenas individual. Busca-se com as ações de empreendedorismo social o aumento da produtividade social local por meio de investimentos no capital endógeno. Investir na capacitação e organização dos moradores, oferecendo-lhes as condições para empreender e gerar renda local foi a estratégia de desenvolvimento social e econômico adotada. Proporcionar a discussão sobre a equidade de gênero e sobre os conflitos originados das dificuldades colocadas pela situação de exclusão social da comunidade, também foi alvo de empenho e investimento pela administração pública. Programa de Geração de Renda e Capacitação Profissional Apoio a iniciativas individuais (pequenos negócios): trata do acompanhamento das iniciativas dos moradores, desde a definição e capacitação para seu desenvolvimento até o funcionamento das unidades formadas a partir deste programa. Os participantes foram submetidos, desde 2003, a um curso de Empreendedor Popular que pretende discutir e aprofundar suas expectativas, além de apresentar formas de gerenciamento de negócios, métodos de gestão de custos, análise da viabilidade, entre outros. Crédito popular: através do Banco do Povo, uma ação criada pela administração de Santo André, para todo o município e que se encontra em %' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ ampliação regional (ampliação para os municípios de Ribeirão Pires e Diadema), são oferecidas opções de créditos para abertura e expansão de pequenos negócios. Cerca de 10 pessoas na Vila já utilizaram este serviço, para aquisição de materiais e abertura de novos negócios. Capacitação e Qualificação profissional: as atividades de qualificação profissional desenvolvidas em Paranapiacaba têm como objetivo criar condições para que os moradores possam participar dos programas de desenvolvimento turístico da Vila e qualificar mão-de-obra para o restauro e conservação dos imóveis. Os cursos foram desenvolvidos através de parcerias entre a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, a Secretaria de Educação e Formação Profissional, o Centro de Estudos Sindicais, o SEHAL Sindicato de Empresas de Hospedagem e Alimentação, o Centro Educacional Paula Souza, a ETE Júlio de Mesquita e a empresa Solvay Indupa do Brasil S/A. Trabalhou-se com a perspectiva de inaugurar em 2004 o Centro de Formação e Qualificação Profissional de Paranapiacaba, em um imóvel restaurado pelos próprios alunos, oferecendo opções variadas de cursos para qualificação profissional. Em 2002 foram atendidas 120 pessoas e disponibilizadas vagas nos seguintes cursos: Noções Básicas de Restauro, Reaproveitamento de Madeira Jardinagem e Paisagismo De 2003 a 2004, ofereceu-se as seguintes vagas: 105 Vagas para o curso de Pequenos Reparos em Construção Civil 105 Vagas para o curso de Marcenaria 20 Vagas para o curso de Jardinagem e Paisagismo 40 Vagas para o curso de Monitoria de Turismo Cultural. 20 Vagas para o curso de Corte e costura industrial 100 vagas para o curso de Artesanato Estímulo ao Empreendedorismo Social: em uma ação endógena, procurouse desenvolver uma estratégia gradual baseada na identificação e estímulo aos moradores da Vila na implantação ou ampliação de pequenos negócios, que sejam fonte de geração de renda, movimentem a economia local e dêem suporte ao turismo, sem perder a perspectiva de compatibilidade com o meio ambiente natural e construído. Mais do que gerar renda individual, buscou-se a autogeração de renda e emprego, provocada pela circulação dos recursos no próprio local, criando & PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL pequenas redes que dão sustentabilidade e reforçam o tecido social local, aumentando o capital social. Adotou-se para isso, um conjunto de ações como: apoio técnico-jurídico, suporte financeiro, capacitação para gerenciamento e qualificação de mão-deobra especializada, que viabilizaram as iniciativas dos novos empreendedores. Por ser patrimônio tombado, os imóveis de Paranapiacaba possuem várias limitações impostas pelos órgãos de preservação do patrimônio, que dificultam mudanças estruturais, ampliações ou outras intervenções que possam descaracterizálos. Em face desta realidade, partiu-se do pressuposto de uso dos imóveis nas condições em que se encontravam, condições estas que gradualmente seriam revertidas pelos próprios moradores. Assim, criou-se o projeto Portas Abertas que reúne diversos empreendimentos caseiros, tais como: Ateliês residência - Residência de artistas e artesão abertos para visitação com venda e exposição de arte e artesanato (18 pessoas envolvidas). Figura 31: Empreendimento de Arte e Cultura Individual Figura 32: Empreendimento de artesanato Coletivo Bed and Breakfast - Residências de moradores que disponibilizam cômodos para hospedagem com cama e café aos visitantes que pretendem ficar mais de um dia na Vila (08 pessoas envolvidas) Fog e Fogão - Moradores que disponibilizam cômodos de suas residências para servir refeições caseiras aos turistas e visitantes (06 pessoas envolvidas) Entreposto Cultural - Espaço público cedido a artistas e artesãos locais para exposição e venda de suas obras e produtos. É gerido por uma comissão eleita entre os expositores. (45 pessoas envolvidas) & PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Espaço Gastronômico - Espaço público cedido a quituteiras e doceiras locais para exposição e venda de seus produtos. Funciona no mesmo imóvel que o Entreposto Cultural. (10 pessoas envolvidas) Formação de cooperativas e associações: trata da organização da comunidade, por meio do apoio e fomento a organização de cooperativas, associações e grupos informais, integrando produtores que se encontravam desorganizados e dispersos. Através do programa de Empreendedor Popular, capacitou-se a comunidade para o desenvolvimento de algum empreendimento na Vila e dispôs-se das informações para o financiamento da atividade econômica através de programas de micro-crédito, como o Banco do Povo dentro do programa Empreendedor Popular, a Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional realizou cursos cujo conteúdo abordou noções de gestão e direcionamento dos empreendimentos para sua formalização legal. Esta capacitação teve por objetivo contribuir para a regularização do setor informal da economia, fazendo parte do escopo de ações para a regularização de unidades produtivas informais. Em Paranapiacaba, criou-se uma entidade formal (Associação dos Monitores Ambientais), duas que ainda atuam na informalidade (Entreposto Cultural, Espaço Gastronômico, Associação de Guardadores de Veículos) e que buscam a melhor maneira para se constituírem formalmente. A seguir apresenta-se as associações iniciadas com apoio da Subprefeitura: Associação de Monitores Ambientais - Organização dos monitores ambientais para venda de pacotes turísticos, constituída formalmente (18 pessoas); Associação de Guardadores de Veículos - Grupo que organiza e guarda veículos de visitantes, oferecendo as informações iniciais sobre a Vila e os serviços disponíveis aos turistas (10 pessoas); Associação de Gestores da Rádio Comunitária - Grupo que administra e elabora a programação da Rádio Comunitária Fog FM (04 pessoas); Associação de empreendedores na área de alimentação e hospedagem - em fase de formação reunirá moradores que comercializam produtos e serviços relacionados à alimentação e hospedagem Associação de Prestadores de Serviços na área de segurança e manutenção em fase de discussão. & PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Figura 33: AMA em atividades Programa de Gênero Masculinidade e Cidadania: foram desenvolvidas em parceria com a ONG CES (Centro de Educação para a Saúde). Participaram deste trabalho 46 homens de Paranapiacaba e Parque Andreense que participam do Programa de Geração de Trabalho de Interesse Social (GTIS). Este trabalho despertou a possibilidade do reconhecimento pelos homens para a promoção da equidade de gênero, bem como o reconhecimento dos direitos das mulheres. Possibilitou o conhecimento sobre novos elementos para a construção da eqüidade, mudando a compreensão da visão do que é ser homem na sociedade. Gênero e Cidadania: dentro deste programa foi realizado o I Encontro de Mulheres das Áreas de Mananciais (Tema Cidade Mulher), em março de 2003. O enfoque deste encontro se deu sobre a discussão do Estatuto da Cidade e do Plano Diretor do município de Santo André, alertando para a importância da participação das mulheres neste processo. Para viabilizar este encontro foram envolvidas diversas organizações de mulheres, diferentes áreas da prefeitura, autoridades locais e a Câmara Municipal. Nesta mesma ocasião foi aprovada, por mais de 200 mulheres, a criação do Fórmula Verde Lilás fórum de mulheres de luta andreense em área de mananciais. Pré Conferência Regional do ABC de Políticas Públicas para as Mulheres II Encontro de Mulheres das Áreas de Mananciais (Vila de Paranapiacaba) foi coordenado pela Prefeitura de Santo André, diretamente a Assessoria dos Direitos da Mulher e Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense, com apoio de ONG´s de Mulheres e do Grupo de Trabalho de Gênero e Raça do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Esta atividade mobilizou 250 mulheres de áreas de &! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ mananciais de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Diadema e São Bernardo. Este evento proporcionou a discussão de políticas de trabalho, moradia, saúde, educação e gestão ambiental, sob o ponto de vista das mulheres, na presença de autoridades locais de toda a região do ABC. 5.3 Participação Cidadã Em Paranapiacaba, atuam várias instâncias de participação que estendemse desde mecanismos já consagrados como o Orçamento Participativo e Conselhos de Representantes até reuniões periódicas com grupos organizados para discutir e encaminhar temas relacionados a sua atuação. O Conselho de Representantes de Paranapiacaba e Parque Andreense foi criado em 2001, a partir de discussões com a comunidade, estabelecendo mais um espaço democrático de troca de informações, reflexões, encaminhamentos e definição de políticas públicas para a região. O formato deste conselho e sua atuação regionalizada apresentaram-se como uma experiência inédita no âmbito da Prefeitura de Santo André, uma vez que deveria alcançar lideranças de locais muito distantes e exíguos a região aqui tratada, Parque Andreense e Paranapiacaba, representa a metade do município de Santo André, sendo que 60% da população (5000 pessoas) estão concentradas em áreas adensadas e 40% dispersa por toda a região. Com a proposta de integrar os moradores ao centro do município, também introduziu-se o representante por Conselho Municipal de maior incidência nas demandas da região, como o de transporte, gestão e saneamento ambiental e orçamento participativo. Também participam os conselhos de saúde e de educação por meio de representantes de equipamentos locais (conselho da unidade básica de saúde e das escolas municipais da região). Dos temas mais importantes na discussão dos moradores da região é o seu desenvolvimento, coexistindo com a legislação ambiental que protege a Área de Proteção de Mananciais e a conservação do patrimônio histórico. Neste processo, considerou-se indispensável garantir a representação no conselho dos segmentos sociais que atuam como propulsores desse desenvolvimento, no caso, os comerciantes, as entidades e a indústria. Todos os representantes foram eleitos, seja por eleição direta (representantes regionais, Figura 10), eleição indireta entre seus pares (representantes dos segmentos) ou indicados pelos conselhos temáticos municipais. A representação acontece conforme distribuição apresentada no quadro 02. &" PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Quadro 02 Formação Civil do Conselho de Representantes Representantes titular 04 suplente 04 Comerciantes 02 02 Entidades 02 02 Indústria 01 01 Conselho Diretor de Saúde 01 01 Conselho de Educação 01 01 Conselho Municipal de Transporte 01 01 Conselho Municipal de Orçamento 01 01 Conselho Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental Total 01 01 14 14 Moradores Observa Eleitos representante regiões 02 de Paranapiacaba Parque Andreense el seus pares 02 Parque Andreens Paranapiacaba eleito pares Indicados pela Solva Logística S.A. São 2 Conselhos Dir região, um na Unida Saúde do Parque An outro do Pronto Aten Paranapiacaba. Dest eleito apenas um rep titular e outro suplen São 2 conselhos na r escola municipal do Andreense e outro na municipal de Parana Destes conselhos é e um representante titu suplente Este é um conselho m sendo indicados os r Este é um conselho m sendo indicados os r Este é um conselho m sendo indicados os r A primeira eleição, em 2001, acompanhada por uma comissão eleitoral composta de 04 pessoas, sendo 02 do poder público e 02 da comunidade, contou com a presença e voto de cerca de 800 pessoas. A segunda gestão deste Conselho iniciou-se no dia 12 de dezembro de 2002, quando nomeou-se os novos membros eleitos nos dias 23 e 24 de novembro de 2002. Esta segunda eleição foi seguida de alteração de regimento, como, por exemplo, o período do mandato dos conselheiros para dois anos. No segundo semestre de 2004 será realizada a terceira eleição do Conselho de Representantes de Paranapiacaba e Parque Andreense, tendo por avanço e resultado positivo a criação das duas câmaras técnicas, uma em Paranapiacaba e outra no Parque Andreense, agilizando assuntos que emperravam as pautas da reuniões plenárias. &# PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Figura 34. Regiões de concentração populacional onde ocorrem eleições de representantes regionais &$ 6. Lições Aprendidas 6.1 Contexto Geral Atualmente os moradores são atendidos em 100% de cobertura vacinal, pelo pediatra, pelo clínico geral, ginecologista, exame de ultra-som e dentista do posto de saúde local. Esta unidade básica passou ao nível de pronto atendimento (atendimento 24hs00) e complementada pela implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde, baseado em visitas às casas dos moradores em função de seus prontuários clínicos. Os moradores são atendidos por transporte escolar, assistência à criança em estágio de pré-formação escolar (Projeto Sementinha) e formação de adultos (MOVA). Foi aberta a biblioteca da Vila em 2001. Estes são exemplos concretos da mudança de qualidade de vida dos moradores da Vila de Paranapiacaba, a partir das mudanças na política de desenvolvimento em patrimônio histórico. Desta nova forma de gerir o patrimônio e prestar serviços públicos obteve-se como aprendizado: 1. há suficiente espaço político e administrativo para a implantação de políticas públicas municipais de gestão ambiental nas cidades brasileiras. Esse espaço político vem sendo construído desde o advento da Constituição Federal de 1988, que atribui aos municípios um importante papel na gestão do meio ambiente e também por instrumentos legais que surgiram após esse momento, como a Lei de Crimes Ambientais (1999) e a Resolução 237 do Conselho Nacional de Meio Ambiente de 1998; 2. a prerrogativa municipal de estimular o desenvolvimento econômico de seu território e de gerenciá-lo de forma sustentável exige que as estratégias de gestão levem em consideração as fragilidades ambientais existentes. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 3. o aparato administrativo deve ser gerido a partir de uma compreensão da sensibilidade ambiental do território e da integração de políticas públicas. Este é o caso da região de Paranapiacaba e do Parque Andreense que é ambientalmente sensível, produtora de água, um recurso natural estratégico para o desenvolvimento da região metropolitana e da cidade de Santo André e detentora do patrimônio histórico da Vila de Paranapiacaba, com enorme potencial turístico, 4. Os obstáculos geográficos que dificultam a integração de parte do município à dinâmica econômica e social da cidade são superados através da implantação de um modelo de gestão, descentralizado e próximo à comunidade excluída. 5. Enquanto estratégia de gestão, o modelo adotado por Santo André, estimulado pelo projeto GEPAM, permite a articulação de cinco dimensões importantes para o sucesso na implantação de políticas públicas. A primeira, da autonomia administrativa e orçamentária, expressa na estrutura própria e com recursos definidos, o que significa não depender da vontade de áreas administrativas que não tem a região como prioridade A Segunda, geográfica ou territorial, ao contemplar com atenção diferenciada uma porção da cidade que se diferencia do restante por sua forma de ocupação e por sua segmentação física. A terceira, a ambiental, ao reconhecer e administrar especialmente uma área onde existe ocupação urbana, o componente ambiental de importância estratégica para a população, a água, e o patrimônio histórico, cuja conservação será o resultado da ação empreendedora da administração pública. A Quarta, a dimensão da participação popular na gestão pública, manifesta nos Conselhos populares existentes, de administração geral como o Conselho de Representantes e o Conselho do Orçamento Participativo ou Conselhos de equipamentos específicos, como os de Saúde ou Educação. E por fim, a dimensão do planejamento estratégico, de projetar e construir com a comunidade uma visão de futuro da área, respeitando sua vocação (produtora de água e detentora do patrimônio histórico), e que inclua a população local, proporcionando a geração de renda e emprego de qualidade. Essas dimensões, articuladas na implantação de políticas públicas de gestão do território, propiciam condições eficazes para a construção de uma vocação econômica para a região compatível com o pressuposto de qualidade ambiental: o turismo histórico e ecológico e sua cadeia de prestação de serviços. && PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 6.2 Desenvolvimento Econômico e Social: Turismo Este é um processo demorado que se constrói pensando e executando ações imediatas que compõem objetivos mais abrangente. Assim deve-se pensar em acomodar os diferentes níveis de interesses da comunidade carente às necessidades econômicas, sociais e ambientais a curto prazo para obter reconhecimento a longo prazo. As ações para o desenvolvimento do turismo devem ser planejadas, integradas e determinadas a alcançar objetivos precisos e realistas. Pensar estrategicamente os limites da participação dos investidores potenciais, sejam internos ou externos, e fazer com que estes desenvolvam estratégias próprias para realçar impactos locais é papel básico do ator administração pública. O ritmo e/ou a escala de desenvolvimento do turismo podem necessitar ser adaptados em função do tempo, como também, em função das diferentes realidades. Estratégias apropriadas e os impactos positivos e negativos devem ser alvo de reflexão e flexibilidade ao longo do processo. A participação comunitária não se restringe aos canais proporcionados pelo poder público, acontece e é potencializada através do fomento às organizações sociais com objetivos estratégicos de desenvolvimento, expandindo as oportunidades de negócios, de emprego e de desenvolvimento de benefícios coletivos para toda a comunidade. Uma estratégia para o desenvolvimento do turismo em comunidades carentes deve iniciar pela extração de lições da análise da pobreza, da gerência ambiental, das boas práticas de governo e do desenvolvimento do empreendedorismo. Pela experiência acumulada na gestão pública atual, organizar a comunidade torna-se mais importante do que estimular sua organização. Ao contrário de ações individuais, com a implantação de cooperativas, associações e grupos informais ganha-se mais autonomia, têm-se mais facilidade para obter recursos para projetos comunitários e expõem-se menos os empreendimentos às variações políticas das administrações municipais, constituindo-se de forma mais duradoura. A ausência de poder de mercado é superada a partir da segurança da comunidade quanto a propriedade do lar, do reconhecimento ao valor do patrimônio histórico, cultural e ambiental. Estes são os pilares da produção, conscientização, formação, capacitação, promoção e desenvolvimento do turismo na Vila de Paranapiacaba, que terá maior êxito conforme acontecer investimentos na conquista de habilidades pela comunidade, proporcionando a qualificação do capital humano. &' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ A ausência de financiamento e crédito para o fomento do turismo é superada a partir da expansão do acesso a microcréditos, através de um desenvolvimento gradual do turismo, evitando o desenvolvimento dependente em investimentos externos. A cultura do empreendedorismo na Vila vem se tornando peça-chave na mudança de comportamento da comunidade local. A liderança econômica na Vila tem sido marcada pela atuação das mulheres, também refletida na conservação do meio ambiente e do patrimônio histórico. Neste sentido é de suma importância investir na continuidade dos trabalhos de educação e cidadania, estimular as atividades de geração de renda, empreendedorismo popular, cooperativas, etc., valorizando o saber feminino e garantindo o respeito e a qualidade do meio ambiente em prol da população. Os homens ainda apresentam desconfiança em relação aos programas da prefeitura. São preocupados em participar de projetos formais, de geração de emprego, e estranham a participação de dinâmicas de discussão. Porém, uma vez superada a resistência, falam muito sobre suas necessidades e o que é ser homem nesta sociedade de hoje. As atividades de discussão sobre as relações de gênero proporcionaram mudanças, no entanto, ainda prevalece a idéia de homem provedor, sendo homem somente aquele que tem emprego. Muitos se consideram menos homem quando desempregados. Alguns estereótipos são reforçados como a necessidade de beber para justificar a imagem de homem, a virilidade como marca sexual de ser homem e o exercício do poder como violência contra a mulher.2 Quanto a ampliação dos canais de participação, alguns serviços públicos foram efetivos neste processo, que se deu em função da proximidade de atuação e disposição de informações para a comunidade, sobre as decisões da gestão pública. Com a criação do Conselho de Representantes, acredita-se que o aperfeiçoamento e a continuidade dos processos de gestão democrática e participativa dependem da relação sempre tensionada e crescentemente qualificada entre a sociedade organizada e o poder público. 2 Análise de Sérgio Barbosa técnico do CES ONG Centro de Educação para a Saúde - que desenvolveu o trabalho de Masculinidade e Cidadania em Paranapiacaba e Parque Andreense. ' PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL BIBLIOGRAFIA CUNHA, M. Olhar Ecológico Paranapiacaba. Santo André: Fundo Municipal de Cultura, 2001 DANIEL, C. Programa de governo para Santo André .Santo André,1999 LEITÃO FILHO, H.F. et al. Ecologia da Mata Atlântica em Cubatão. Editora da Universidade de Campinas, São Paulo, 1993. LIMA, NA & LOBO, RMB. Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável para a Vila de Paranapiacaba. São Paulo, 1998. (Tese apresentada à Pós-graduação Latus Sensu em Planejamento e Marketing Turístico do SENAC. OLIVERIA, FL; MINDRISZ, M & BELCHIOR, M. Módulo V: Planejamento Estratégico Situacional (Apostila). Santo André: Instituto de Governo e Cidadania do ABC, 2001. PMSA. Cadastro. 2002. RADAMBRASIL. Folhas SF 23/24 Rio de Janeiro/Vitória. Rio de Janeiro, 780p. 1983. SÃO PAULO (ESTADO). Lei 9866. Lei de proteção das bacias hidrográficas e dos mananciais de interesse regional do estado de São Paulo. São Paulo: Governo do Estado,1997 SECRETARIA DO ESTADO DE MEIO AMBIENTE. Diagnóstico de Degradação da Trilha da Pedra Lisa, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Cubatão, SP, 1998. SECRETARIA DO ESTADO DO MEIO AMBIENTE. Plano de Manejo das Unidades de Conservação, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Cubatão, SP, Fase 1, 1998. SINGER, Paul & SOUZA, A. R. (Org.). A Economia Solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego. São Paulo: Editora Contexto, 2000. UMAH. Urbanismo, Meio Ambiente, Habitação S/C Ltda. Diagnóstico de qualidade ambiental e estudos de viabilidade econômica da área de proteção de mananciais de Santo André diagnóstico ambiental. São Paulo: UMAH 2000.vI.208 p. ' 7. Anexo GESTÃO INTEGRADA DE QUALIDADE DO DESTINO TURÍSTICO (GIQ) John Wojciechowski * Guia Passo-a-Passo de Implementação Turismo em Paranapiacaba: Oferta e Demanda e suas relações com o centro da cidade Estrutura do Documento Este documento é dividido em três fases da seguinte forma: 1) princípios da oferta de turismo 2) princípios da demanda de turismo 3) analise final Cada fase abrange tarefas individuais, totalizando 9 (nove) tarefas. O objetivo do documento é descrever e justificar o valor de cada uma. Tarefas 1-4 descrevem tipos de estudos e iniciativas necessárias para adequadamente avaliar a oferta de turismo em Paranapiacaba. Para cada uma dos estas tarefas o documento incluem uma descrição dos Objetivos, Metodologia e Resultados apropriados (OMR) A 5ª tarefa se refere ao um processo de sintetizar toda a informação obtida nas primeiras quatro fases, para identificar o nível adequado e sustentável do turismo. Tarefas 6-8 descrevem tipos de estudos e iniciativas necessárias para adequadamente avaliar a demanda de turismo em Paranapiacaba. O estrutura (ou processo) destas tarefas também inclui uma descrição do OMR. * Estagiário canadense da Universidade da British Columbia que, financiado pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional, assessorou a Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense com a elaboração desta metodologia de Gestão Integrada de Qualidade do Destino Turístico. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ A ultima tarefa descreve a metodologia da analise SWOT, que e definida neste documento como analise final, porque unem as informações das fases antecedentes e indica o direcionamento das novas ações no processo de desenvolvimento do turismo em Paranapiacaba. È importante notar que o processo da avaliação do potencial turístico em Paranapiacaba descrito neste documento é um processo interativo e não um processo linear. Portanto, o ordem de apresentação das tarefas não implica na ordem cronologia de implementação de cada uma. PRIMEIRA FASE Princípios da Oferta de Turismo Para avaliar o potencial do turismo devem ser recolhidas informações relacionadas à sua oferta (locais históricos, empresas do segmento, infra-estrutura...) e sua demanda (mercados potenciais, publico alvo...). Este processo refere-se a analise de situação, onde informação obtida servirá não só para conceituar o turismo e suas metas, mas também para que se defina como alcançá-las. Para o alcance das metas neste processo que visa a participação, dependemos do apoio: Das autoridades da área da conservação; Das ONGs que valorizam a comunidade, o meio ambiente e o patrimônio histórico-cultural; Das autoridades que desejam diversificar a economia local; Dos profissionais do setor de turismo; Dos empreendedores do setor que vêem oportunidades de mercado Dos residentes locais O diálogo deve se iniciar com todos os grupos de interesse e a través de análise de situação, teremos o ponto de partida para esse contato. Através das opiniões de todos os implicados nesse processo, teremos um consenso em como prosseguir. '" PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 1ª Tarefa: Oferta de Turismo Inventário de Oferta A herança natural e histórica do local é a base para desenvolver o turismo sustentável, portanto é importante começar com o maior inventário possível destas características. As ofertas e informações existentes são um bom ponto para começar especialmente para a: Infra-estrutura Patrimônio Cultural e Histórico Econômica Organizacional Social Física Dimensão Festivais, Monumentos, castelinhos, museu, floresta e gastronomia, artesanato etc... 1. Estado físico atual 2. Estado atraente global 3. Valor pitoresco (aos residentes e à população e 4. Valor histórico (aos residentes e à parte exte 5. Caráter hospedagem, restaurantes, centros comerciais, PMME de (turismo de aventura; trekking; sobrevivência básica e ava selva; rafting - canoagem em corredeiras; bóia-cross - f individual em corredeiras) Papel do governo. ONG, grupos de preservação de ambiente residentes locais, associações de educadores [ex. day-camp camp Serviços de assistência, instalações e serviços turísticos, associativa, redes sociais rede de transportes, com relação às cidades principais, aos a a outros destinos turísticos (afetando os padrões) A partir daí destacaremos os novos interesses. Isto permitirá também que o estado físico dessas heranças seja determinado e que por sua vez, ajudarão a determinar o nível de investimento necessário, além de torná-las acessíveis aos turistas. Objetivo Avaliação Uma vez que o trabalho do exame está completo, uma primeira avaliação pode ser feita das características diferentes para determinar: Interesse forte do turismo, forte bastante incite povos para vir à área; Interesse moderado do turismo, que pode complementar as atrações preliminares e diversifica a oferta; Quase nenhum interesse do turismo. '# PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 1ª Tarefa: OMR Objetivo Compilar um inventário abrangente da infra-estrutura turística em Paranapiacaba e avaliar o estado físico atual e o valor atribuído tam pelos residentes de Paranapiacaba. Metodologia Tipo Atividades Introdução do Trabalho membros e associações da comunidade Compilação de Inventário Revisão de Pesquisas antecedentes e outros documentos Valorização do produto turístico (Opcional) Levantamento de documentos das atividades já rea Patrimônio Histórico Legislação de Desenvolvimento Legislação Ambiental Outras Pesquisas Enviar pequenos questionários e fazer entrevistas rápid organizações e empresas turísticas em Paranapia Resultado 1º Além de destacar os novos interesses, isto permitirá que o estado físico e va do produto sejam determinados e que, por sua vez, ajudarão determinar o nív iniciativas. 2º Uma vez que o trabalho do exame está completo, uma primeira avaliação po das características diferentes para determinar se têm: 1. Forte interesse do turismo, suficiente para atrair o público a 2. Interesse moderado do turismo, que pode complementar as atrações e diversifica à oferta; Quase nenhum interesse do turismo. 2ª Tarefa - Processo de incluir os Membros da Comunidade Envolver a comunidade na identificação e na avaliação da quantidade e a qualidade da oferta local de turismo é o ponto central da tarefa. Isso pode ser obtido com a população local, além das empresas e várias associações através de: '$ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Entrevistas; Questionários; Fóruns abertos e; Reuniões regulares. Uma vez que a informação é coletada será possível: 1. Determinar onde estão os obstáculos principais ao desenvolvimento do turismo e o que como superá-los; Identificar as melhores práticas e riqueza das idéias e das sugestões. Abrir a comunicação com as partes interessadas é a única maneira de alcançar um consenso geral no tipo e no volume do turismo em Paranapiacaba. A aproximação incentivará a cooperação e as parcerias que conseqüentemente contribuirão pelo desenvolvimento da comunidade. Identificação dos membros da comunidade 1. Autoridades públicas e outros corpos similares: responsáveis pelas facilidades, serviços e infra-estrutura organizacional e física que suportará os produtos do turismo. São também responsáveis para legislar e financiar partes relevantes ao desenvolvimento do turismo, tais como impostos, incentivos do negócio, leis ambientais, planejando limitações. Como estes são componentes vitais de toda a iniciativa do desenvolvimento do turismo e frequentemente os mais apropriados para iniciar e dirigir o processo do desenvolvimento. 2. Grupos de interesse da natureza ou da cultura: estes grupos, nivelam se forem grupos amadores, têm uma riqueza do conhecimento sobre os locais cultural / natural e serão consequentemente instrumentos para fornecer a perícia para o projeto e a interpretação das atrações futuras do turismo. 3. Empresas do turismo: estas incluem fornecedores da acomodação dos hotéis, proprietários do restaurante, fornecedores de serviço da excursão e do curso, proprietários ou gerentes de atrações turísticas e outras instalações turísticas ou serviços. Estas empresas são, e continuarão a ser, a espinha dorsal do setor do turismo. São elas que fazem os investimentos financeiros, põem em funcionamento os serviços turísticos diferentes e que estão, a maioria, no contato com os turistas. Estes negócios serão melhor colocados para se comentar em tendências, em expectativas e em níveis turísticos atuais da satisfação e para propor idéias para melhorar as atrações adicionais. Avaliar o número de PMME existente, '% PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ empreendimento, volume de investimentos, taxas da bancarrota, níveis da cooperação entre empresas, pode também aumentar a consciência dos obstáculos ao desenvolvimento econômico local. 4. Outras empresas: isto cobre uma seção transversal larga das partes interessadas, dos indivíduos que possuem uma parte de terra do interesse potencial do turismo, dos representantes de outros setores econômicos e dos locais industriais, que dão forma à economia da área e ao uso de terra. Estes grupos podem ter um interesse no desenvolvimento do turismo, porque podem fornecer oportunidades adicionais para a geração de renda ou a diversificação econômica. 5. Residentes locais: A atenção deve também ser direcionada à comunidade local. É a oferta principal dos empregados e empreendedores para novos negócios do turismo e têm que viver com o turismo. Neste contexto, é útil aproveitar as habilidades e ajustá-las para a indústria do turismo. Objetivo - Avaliação A avaliação de suas opiniões e capacidade potencial Para cada destes grupos o seguinte deve ser avaliada: Nível do interesse em desenvolver o turismo sustentável na área e as expectativas Nível do conhecimento sobre o recursos culturais e naturais na área Interesses e medos Capacidade de envolver-se (recursos, organizacional, financeiros, humanos) Níveis das habilidades e das qualificações na gerência do turismo e de negócio. 2ª Tarefa - OMR Objetivo Envolver a comunidade na identificação e na avaliação da quantidade e a qualidade da oferta local de turismo para 1. Aumentar a consciência de qualidade do produto oferecido 2. Determinar onde estão os obstáculos principais ao desenvolvimento do turismo e o que será requerido para superá-los 3. Identificar as melhores práticas e uma riqueza das idéias e das sugestões '& PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 4. Compilar bancos de dados completo de infra-estrutura econômica e organizacional que contribuem para o desenvolvimento de turismo em Paranapiacaba. Metdologia Identificação dos membros da comunidade Entrevistas e questionários Palestras, Fórum abertos e; Reuniões regulares Através de catálogos e bancos de da outros fontes que podem incluir: 1. Listas de atendimentos de fe antecedentes 2. Associações de operadores Gerentes e empreendedores das em turísticas, guias de trilhas, educador Com a população de Paranapiacaba Resultado 1º 2º 3º 4º Identificação e compilação de catálogos e bancos de dados A avaliação de suas opiniões e capacidade potencial de envolver-se (recur organizacional, financeiros, humanos) Para cada destes grupos deve ser avaliada o seguinte: 1. Nível do interesse em desenvolver o turismo sustentável na área e expectativas 2. Nível do conhecimento sobre o recursos culturais e naturais na ár 3. Interesses e medos 4. qualificações na gerência do turismo e de negócio 1. Certificações 2. Gestão e Controle de qualidade do produto 3. Empreendedorismo • Monitorem de satisfações de cliente 3ª Tarefa - Quantificação e Qualificação de Oferta Depois de completar o inventario o segundo elemento na análise de situação é de avaliar a infra-estrutura existente em termos quantitativos e qualitativos. Atrações existentes (Produto): O tipo de atrações atualmente disponíveis, posição, número dos turistas que atendem, fixar o preço, em nível da interpretação e da satisfação do visitante. Acomodação: Tipo de acomodação disponível na área (locais de acampamento, hotéis, B&B...), sua capacidade (n° de camas) , numero de '' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ empregados (pessoal o família), posição, em padrão (estrela dois, luxo), o preço e, se existir, taxa de ocupação e pesquisa da satisfação de cliente. Restaurantes: Quanto para o itens acima. Além, disso seria útil gravar que tipos do alimento servem, particularmente, se localmente está sendo produzido ou comprado. Instalações e serviços: O que são as outras facilidades disponíveis na área, variando das lojas, das facilidades médicas, dos bancos, das facilidades de esportes locais, dos centros da equitação. Transporte: a facilidade relativa do acesso (o custo e tempo envolvidos para acesso a Paranapiacaba). Uma vez na área, há uma rede de estrada adequada, placas de turismo (condições), áreas de estacionamento, rede de transporte público (o itinerário atende a demanda)? Canais de marketing existentes (para todas itens acima): como o turismo atualmente está sendo promovido? Que canais de comunicação estão sendo usados? São eficientes? Que parte da informação está disponível na área e qual sua localização de distribuição? Existem brindes que divulguem Paranapiacaba? A divulgação é padronizada (slogan, cor, tema, imagem)? Objetivo - Avaliação Gravar a informação acima, será importante para avaliar a infra-estrutura na função de sua capacidade atual e potencial de contribuir ao desenvolvimento do local como um destino do turismo. Ajudará também calibrar quanto e o tipo de investimento (financeiro, treinamento, capacitando a comunidade.) será requerido para assegurar-se de que os produtos do turismo estejam suportados bem. 3ª Tarefa - OMR Objetivo Qualificar a oferta de atrações existentes, acomodação, restaurantes, instalações e serviços (ex. cursos atualmente oferecidos), transporte e o canais de marketing existentes para projetar quanto e o tipo de investimento (financeiro, treinamento, capacitação a comunidade através de palestras) será requerido para assegurar-se de que os produtos do turismo estejam suportados bem. PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Metodologia Dinâmica de Grupos Técnica Análise Comunicação 1 Reunião Comunicação 2 Palestras e Fórum Quantitativa e Qualificativa Integrated Quality Management (IQM) Identificar a disparidade entre oferta atual e o padrão ( setor Identificar as melhores práticas e estratégias para melh Um-a-um com as PMME Em grupos Resultado 1º 2º 3º Gerar novas estratégias para o contr monitoramento da qualidade de ofer Identificar o capacidade e investime melhorar a qualidade Identificação de novos produtos e se 4ª Tarefa - Estudo de Benchmarking e OMR Neste estágio, é útil fazer comparações com os destinos similares dentro da região para ver se existe algo especial sobre esta área. A melhor maneira de recolher esta informação é com um estudo de benchmarking. O resultado deste estudo é duplo: 1. analise das atrações do turismo já na oferta em outras partes e seus níveis de sucesso, 2. identificar os tipos de atrações que são sob-representadas atualmente. Objetivo Identificar os melhores produtos do turismo para dar a esta área particular sua vantagem competitiva. PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Metodologia Seleção de outros lugares comparados o Paranapiacaba (turismo cultural, e ambiental) São Paulo o Brasil Comparar Indicadores de Oferta Operadores Turísticos Núm Volu PMME Qua Serv Serviços Ten Comparar Indicadores de Produto Festivais Museu Atrações (em inverno Em verão) Gastronomia Comparar Indicadores de Demanda Núme Volum Qualid Serviç Tendê Características do Turista Resultado O resultado deste estudo é duplo: 1º 2º Análise as atrações do turismo já na outra parte e seus níveis do sucesso Identificam os tipos de atrações que representadas atualmente. 5ª Tarefa - Vulnerabilidade e a Capacidade Máxima Depois de identificar a oferta atual e o potencial de infra-estrutura do turismo, a vulnerabilidade às pressões humanas devem ser consideradas. O turismo baseado na herança natural e cultural, por sua natureza, será mais intrometido do que outros tipos de turismo, mesmo se o número dos turistas permanecer pequeno. Isso porque é importante avaliar a vulnerabilidade de modo que os produtos finais possam ser desenvolvidos de uma maneira sustentável. PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL O nível do uso que uma área pode acomodar com níveis elevados da satisfação e pouco impacto é sabido como sua capacidade máxima. Isto é bastante difícil de avaliar porque opera sobre diversos níveis: ambiental, social e mesmo psicológico e envolve uma escala larga de fatores diferentes tais como a freqüência e a densidade do uso. Não obstante, uma tentativa deve ser feita para estimar esta capacidade dos locais diferentes porque esta terá uma influência significativa no: tipo de atrações que podem ser desenvolvidas o tipo de turistas que serão atraídos o número dos turistas que uma área pode acomodar e consequentemente como o produto será introduzido no mercado SEGUNDA FASE Princípios da demanda de Turismo Depois de conduzir uma avaliação da infra-estrutura do turismo (oferta) em Paranapiacaba, uma primeira estimativa pode ser feita de quem será atraído a este tipo de turismo. Isto fornecerá uma orientação para o estudo de pesquisa de mercado (demanda). O estudo poderá então investigar mais estes diferentes segmentos de mercado para determinar quantos turistas podem ser atraidos, de onde e por quanto tempo. 6ª Tarefa - A identificação da imagem da vila entre os que a conhecem Pode também ser útil identificar entre aqueles que nunca visitaram a área, que imagens têm do lugar. Isto pode ajudar a determinar os tipos de expectativas das pessoas que nunca visitaram Paranapiacaba, ou seja que imagem elas fazer do local. As fontes de informação incluem: Pesquisa do centro Entrevistas com grupos de interesse especializados (escolas, grupos de conservação, estudantes etc) Operadores especializados em excursões Relatórios de SENAC Estudos Acadêmicos (ex. trabalhos de pós-graduação) ! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ A identificação da imagem da área entre os estranhos a Paranapiacaba revelará mais a qualidade da fonte atual e dar-lhe-á forma é estratégia da promoção. 7a Tarefa - Procurando mercados potenciais Aqui estão duas aproximações possíveis a definir os mercados potenciais: 1) Por a investigação do que a região tem que oferecer nos termos das atrações e infra-estrutura 2) Avaliar que tipos de atividade do turismo estão mostrando o potencial forte de crescimento, ou são sub-representados na região e consequentemente adaptar os produtos 8ª Tarefa - Avaliar ao Setores do Mercado Turístico A pesquisa conduzida em Santo André sobre turistas, suas características e os interesses serão o ponto de partida para avaliação dos mercados atuais. Outras fontes de informação poderiam incluir: Estatísticas e tendências regionais do turismo (ex. www.turismo.gov.br e outros portais virtuais turísticos) Monitoramento dos visitantes utilizando entrevistas ou questionários Entrevistas com as empresas de turismo existentes 6ª Tarefa, 7ª Tarefa, 8ª Tarefa : OMR Objetivo 1. Identificar entre aqueles que nunca visitaram Paranapiacaba, que imagens têm do lugar. 2. Identificar as características e preferências dos turistas locais e cruzar as referências com o estudo de turismo em Santo André e a oferta em Paranapiacaba. 3. Aprofundar-se nestes diferentes segmentos de mercado para determinar quantos turistas podem ser atraídos, de onde e por quanto tempo. Metodologia: Ponto de Referencia Estudo de turismo de Santo André Pesquisa do centro Entrevistas com grupos de interesse especializados (escolas, grupos de conservação, estudantes) Entrevistas com operadores especializados em excursões Estatísticas e tendências regionais do turismo. " PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Monitoramento dos visitantes utilizando entrevistas ou questionários Entrevistas com as empresas de turismo existentes. Resultado 1º 2º A identificação da imagem de Paranapiacaba entre as pessoas que nunca visit revelará o valor atual do turismo e dará a forma e estratégia para sua promoç Avaliar que tipos de atividade do turismo estão mostrando o forte potencial de crescimento, ou são sub-representados na região, e consequentemente adap produtos adequados. TERCEIRA FASE A Avaliação Final 9ª Tarefa - FOFA Análise (SWOT) O estágio final no processo de determinar o potencial do turismo sustentável baseado na herança natural e cultural deve incluir a totalidade dos resultados obtidos durante a análise de situação (oferta e demanda). Para focar a síntese dos cenários, análise de mercado e análise competitiva, elabora-se a matriz SWOT, sintetizando os pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças. Nesta, consolidam-se todos os aspectos relevantes do negócio, tais como: cliente, mercado, ambiente competitivo, riscos no negócio, ambiente, legislação, competências internas e capacitação dos fornecedores-chave. Como supra-mencionado, a análise SWOT implica na análise de quatro elementos-chave: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças que envolvem uma empresa ou negócio. Estes quatro elementos fundamentais podem ser agrupados em pares, conforme a dimensão do ambiente da empresa que eles envolvem, os quais são o ambiente interno e o externo. As Forças e Fraquezas perfazem a dimensão interna, enquanto as Oportunidades e Ameaças referem-se à dimensão externa da atividade econômica.O quadro abaixo apresenta o significado de cada um deles: # INFORMAÇÕES INTERNAS Strenghts (Pontos Fortes/ Forças) Vantagens internas da atividade ec relação às empresas concorrentes. Weaknesses (Pontos Fracos/ Fraquezas) Desvantagens internas da atividade ec relação às concorrentes. INFORMAÇÕES EXTERNAS PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ Opportunities (Oportunidades) Aspectos positivos do ambiente que atividade econômica com potencial d vantagem competitiva.. Threats (Ameaças) Aspectos negativos do ambiente qu atividade econômica com pote comprometer a vantagem competit possui. Parte-se do princípio de avaliar, através de uma reflexão aprofundada quais são esses 4 elementos. Uma vez que uma análise do SWOT foi feita, tornar-se-á óbvia que sorte das ligações lá está entre as edições diferentes e onde os problemas principais se encontram. Por exemplo, pode ajudar: 1) Decidir o tipo de produto que tem maior potencial; 2) Determinar os pontos a serem trabalhados; 3) O direcionamento das ações no processo de desenvolvimento do turismo. 1) A análise Uma vez identificados, realiza-se a construção de um quadro contendo de um lado os Pontos Fortes e Fracos e do outro as Oportunidades e Ameaças, da seguinte forma: Pontos Fortes Oportunidades Ameaças $ Pontos Fr PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL O diagnóstico estratégico efetuado deve estar organizado em termos funcionais. É útil associar a cada Ponto Forte ou Fraco um departamento ou área da empresa, como por exemplo: Produção, Financeiro, Recursos Humanos, Marketing, Vendas Pode-se desenvolver nesse contexto, inclusive, uma Matriz de Oportunidades e uma Matriz de Ameaças e Riscos, baseada no mesmo raciocínio do utilizado na Matriz SWOT. Esta é uma forma de tornar ainda mais visível não apenas as oportunidades, mas também de permitir pensar-se com maior clareza em Planos de Ações e em Ações propriamente ditas, sejam elas a curto, médio ou longo prazo. (Carência no mercado) Probabilidade de Ocorrência Matriz de Oportunidades F O R T E GRANDE OPORTUNIDADE F R A C A OPORTUNIDADE LIMITADA FORTE OPORTUNIDAD DESAPROVEITAD INOPORTUNIDAD FRACA Capacidade da Empresa % (Carência do mercado) Probabilidade de Ocorrência PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ F O R T E AMEAÇA IMINENTE ÁREA DE PREVENÇÃO F R A C A AMEAÇA DOMINÁVEL ÁREA DE VIGILÂNCIA FORTE FRACA Capacidade da Empresa Plano do Trabalho GESTÃO INTEGRADA DE QUALIDADE (IGQ) & SISTEMA BENCHMARKING Introdução Desde o Plano de Patrimônio, o relatório preparado pela System Marketing, o turismo em Paranapiacaba mudou drasticamente. A visão de transformar a Vila em um Centro turístico cultural e ecológico foi acompanhada por vários projetos, iniciativas e encaminhamentos em termos de segurança, acessibilidade, proteção e preservação ambiental, segmentação de mercado e capacitação dos empreendedores. O mercado alvo e o perfil dos turistas mudaram muito nos últimos anos, em relação ao perfil problemático, jovem, sem dinheiro e sem consciência ambiental dos visitantes da Vila. Hoje, Paranapiacaba está se transformando em um centro dos esportes de aventura, ecoturismo e cultural com novas atrações e oportunidades. Com isso, o perfil dos visitantes é sempre mais exigente, com expectativas de maior qualidade. Portanto, a avaliação e contínuo esforço de melhorar a qualidade da oferta dos produtos e serviços turísticos em Paranapiacaba é vital. & PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Este relatório, apresenta duas técnicas com objetivo de implementar um processo sistemático de avaliação da qualidade da oferta turística incluindo: 1) Gestão integrada da qualidade (GIQ) 2) Benchmarking e definição das Melhores Práticas 1.0 GESTÃO INTEGRADA DA QUALIDADE (GIQ): ELEMENTOS PARA APLICAR EM PARANAPIACABA 1.1 A questão da Qualidade da Oferta Um turismo de qualidade pode contribuir para o desenvolvimento sustentável das zonas turísticas, melhorando a competitividade das empresas, respondendo às aspirações sociais e preservando o ambiente cultural e natural. Ter sucesso, simultaneamente, nestes diferentes domínios, a nível de um destino turístico, exige uma intervenção centrada na satisfação do turista e baseada nos princípios do desenvolvimento sustentável. Embora este tipo de intervenção precisa de formulação de estratégias com os parceiros-chave, aplicação de boas práticas e desenvolver continuamente instrumentos de acompanhamento e avaliação, para ajustar essa intervenção em função das suas incidências econômicas, sociais e ambientais. O turismo surge como um eixo estratégico de propor uma oferta competitiva que vá ao encontro das expectativas dos visitantes e, ao mesmo tempo, contribua positivamente para o desenvolvimento do local e para o bem-estar dos seus habitantes. A gestão integrada da qualidade (GIQ) é uma forma de atuar nestas duas frentes: 1. desenvolvimento econômico 2. oferecendo uma experiência de qualidade única e original ao visitante. A primeira parte deste relatório propõe 5 tarefas para a implementação de GIQ em Paranapiacaba: 1) Dinâmica de parceria: criar condições que favoreçam a gestão integrada da qualidade 2) Promoção e comunicação externa com uso da Internet 3) Monitoramento da qualidade dos Serviços oferecidos aos turistas 4) Dinâmica de acompanhamento - Satisfação dos turistas 5) Formulação dos questionários, e palestras para sistematicamente quantificar e qualificar a oferta ' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ É importante lembrar que já existem técnicas e ferramentas em Paranapiacaba que estão implementadas para melhorar a qualidade da oferta dos serviços e produtos turísticos. Nestes casos, o relatório identifica o que já existe e somente sugere técnicas para melhorar ainda mais as ferramentas de controle, avaliação, quantificação e qualificação da oferta. 1.2 As cinco tarefas de GIQ: Implementação em Paranapiacaba 1.2.1 Dinâmica de parceria: criar condições que favoreçam a gestão integrada da qualidade De uma maneira geral, a gestão integrada da qualidade é um processo iterativo e participativo onde: Se cria uma direção forte, bem estruturada, sistemática , institucionalizada, dotada de meios de ação, que beneficie do apoio dos poderes públicos, dos agentes do setor privado e da população local; Se Desde a fase de definição do projeto até ao acompanhamento da sua execução, desenvolver uma intervenção de parceria baseada na colaboração estreita e coerente entre todos provedores de serviços turísticos beneficiando assim dos efeitos de sinergia. Possibilidades UNICSUL, FEFISA (outras faculdades), SEBRAE, SEHAL, POLITEUO Objetivos 1. Aplicar pesquisas de campo, 2. Fornecer material para palestras, 3. identificar as melhores práticas e 4. desenvolver a rede de negócios. 1.2.2 Promoção e comunicação externa Paranapiacaba deverá desenvolver a sua política de promoção segundo dois eixos: Criar presença e visibilidade com recurso a novas tecnologias, através de um website turístico; - não existe ainda em Paranapiacaba. O site será usado para: 1) difundir informação útil, automática e contínua dentro e fora do destino; 2) facilitar o processo interativo de reservas; 3) estimular o diálogo, registrando as queixas e os comentários dos turistas, bem como da população local. PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Implementação do marketing mix e presença dos promotores da Vila (ex. comerciantes, moradores, etc.) já existe um centro turístico em Paranapiacaba onde se pode encontrar panfletos, materiais promocionais e operadores turísticos (guias, monitores, etc...) 1.2.3 Monitoramento da qualidade dos serviços oferecidos aos turistas A gestão integrada da qualidade deve dedicar uma atenção permanente às necessidades dos turistas, antes de eles partirem, ao longo de toda a viagem, e após o seu regresso. As respostas a dar são em termos de: informação e acolhimento; alojamento e restauração; atrações e eventos 1.2.3.1 Informação e acolhimento A informação deverá estar sempre acessível, tanto por meio das novas tecnologias como através dos fornecedores turísticos de Paranapiacaba. Deverá ser coerente, completa, atraente e portadora de mensagens que respondam às expectativas dos visitantes. A qualidade do acolhimento dos visitantes deverá: ser visível em todos os pontos estratégicos; apoiar-se nas novas tecnologias (meios de pagamento, difusão e acesso à informação, etc.). 1.2.3.2 Alojamento e restauração Implementação: 1) de rótulos de qualidade com a implementação dos conhecimentos adquiridos através de cursos SEBRAE, POLITEUO e SEHAL; ainda não existe em Paranapiacaba 2) de uma avaliação comparativa dos sistemas de classificação (caso de Benchmarking) Expor a culinária de Paranapiacaba. O valor culinário não é cultural, portanto precisa de um outro enfoque para incluí-lo na geração integrada da qualidade (ex. A melhor Caldeirada do Grande ABC) Formação específica em acolhimento do pessoal dos setores de alojamento e restauração; já existe em Paranapiacaba através de cursos de capacitação e associações formadas para os empreendedores e moradores da Vila. Sessenta PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ empreendedores participaram nos cursos de SEBRAE (administração e divulgação de negócios), e SEHAL (cursos de atendimento ao turista) alem do 18 membros da Associação de Monitores Ambientais (AMA) que participaram dos cursos de Empreendedor Popular oferecido pelo Politeuo. Estas ações contribuem para a imagem positiva de um destino turístico e permitem que os turistas apreciem com toda a tranqüilidade e confiança a qualidade e a diversidade dos serviços de alojamento e restauração. 1.2.3.3 Atrações e eventos A diversidade e a capacidade dos recursos para atrações e eventos determinam, em grande parte, a atratividade de um destino turístico, bem como seu nível e qualidade. Isto implica um planejamento integrado e diversificado: 1) da valorização dos recursos da Vila; 2) do controle de fluxos na Vila de Paranapiacaba; já existem relatórios semanais e mensais de fluxo turístico 3) da otimização da sua acessibilidade, tanto para os visitantes como para a população local já em procedimento na Vila com novos investidores. Neste ponto, podem ser investigados outras opções de acesso. 4) da organização das visitas segundo os vários tipos de público 1.2.4 Dinâmica de acompanhamento - Satisfação dos turistas A gestão integrada da qualidade baseia-se no princípio da iteração. É imperativo que o processo seja alimentado com informações regulares pertinentes sobre os resultados obtidos em termos de satisfação e sobre a evolução do contexto e das tendências. Serão criados vários tipos de indicadores e a recolha de informação e de dados quantitativos será, sempre que possível, efetuada antes, durante e depois da visita e/ou estadia do visitante. Na Vila de Paranapiacaba existe um sistema de recolhimento de avaliações do turista. Mas formalizando esse processo através de uma categorização de inquéritos pode gerar informações mais especificas sobre o turista, sua visão da Vila, expectativas, o método mais eficaz de comunicação. Uma primeira categoria de inquéritos antes e durante a visita permitirá: antecipar as tendências do mercado do turismo turístico e determinar a posição da Vila de Paranapiacaba relativamente a essas tendências; identificar os perfis dos visitantes e os seus comportamentos; PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL descrever a imagem que o destino tem no espírito dos visitantes, descobrir as expectativas dos visitantes e dos candidatos a visitantes; verificar a imagem do destino divulgada pelos líderes de opinião e pelos vendedores Os inquéritos da segunda categoria serão realizados no momento da partida ou após a visita e permitirão: avaliar em que medida foram correspondidas as expectativas do visitante e qual é seu grau de satisfação; avaliar se a imagem do destino foi alterada pela visita; e como 1.2.5 Formulação dos questionários e palestra para sistematicamente quantificar e qualificar a oferta Os objetivos de avaliar a oferta deverão ser operacionais, mensuráveis e escalonados no tempo. A formulação destes contribuirá para congregar os empreendedores, reforçar a mobilização interna do destino e aumentar a qualidade da informação sobre os visitantes. 1.2.5.1 Atividade Propostas Três palestras são propostos: Palestra 1: Negócios em turismo Qualidade e Avaliação - Questionário de Avaliação; Conduta do SWOT (ao nível micro empresa) Palestra 2: Aplicação dos conhecimentos Implementação dos Cursos SEBRAE e SEHAL Palestra 3: Avaliar o desempenho dos empreendedores em respeito as atividades propostas Trocas de ideais e experiências ! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ As três palestras incluem: Palestra 1: Negócios em turismo Qualidade e Avaliação - Questionário de Avaliação; Conduta do SWOT (nível micro empresa) Titulo Palestra da Descrição da Palestra Avaliar seus negócios usando o questionário de avaliação própria (ver Anexo A) como uma fundação para PALESTRA 1 avaliar a formação e qualidade de seu negócios. Esse é a primeira atividade proposta pela palestra. O questionário seria distribuído, respondido e os dados Negócios em analisados antes da palestra. Durante a Turismo palestra os dados serão discutidos. O publico alvo Du Todos os empreendedores, funcionários e fornecedores de serviços turísticos em Paranapiacaba Qualidade e Avaliação Avaliar a vantagem competitiva de seu negócio usando a análise SWOT (na escala micro). A análise SWOT precisa incluir empreendedores e funcionários de negócios, além de representantes da SubPrefeitura para facilitar o processo (Ver Anexo B). (T Oportunidade de fazer perguntas e discutir sobre experiências, sucessos e frustrações Palestra 2 : Aplicação dos conhecimentos Implementação dos Cursos SEBRAE e SEHAL Titulo Palestra da Descrição da Palestra Um dia de oficinas simultâneas (4 no total: Produtos e Serviços, Marketing de negócios, Questões operacionais, Finanças) que focalizam em algumas áreas de interesse identificadas por os empreendedores mesmo (ver Anexo C) O publico alvo Du Todos os empreendedores, e Ca funcionários dos e PALESTRA 2 fornecedores de dia serviços turísticos Nesta palestra, pode também haver em Paranapiacaba Aplicação dos oportunidades para visitas de locais conhecimentos das operações que tiveram o sucesso com expansão do produto. (Definido através de o estudo de Benchmarking) " PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Para obter a participação adequada dos empreendedores nas atividades propostas é vital incluí-los na seleção dos temas mais adequados da avaliação própria e para as palestras. Portanto antes de efetuar as palestras, precisa-se informar empreendedores do projeto, das atividades e dar a eles a oportunidade de decidir os temas mais relevantes para as palestras. Palestra 3: Avaliar o desempenho dos empreendedores em respeito as atividades propostas Trocas de idéias e experiências Titulo da Palestra Descrição da Palestra O publico alvo Todos os 4 Seções divididas por atividade de empreendedores, PALESTRA 3 comerciantes, comércio: membros de Avaliar o associações e • Artesanato desempenho dos dos • Casas Abertas / Restaurante funcionários empreendedores fornecedores de • B&B em respeito as • Associações (AMA, AJA, serviços turísticos atividades em Paranapiacaba PJOTA, AEAHP, AAP,) Du propostas Trocas de ideais e experiências Novos encaminhamentos 2.0 Estudo de Benchmarking 2.1 A questão das Melhores Práticas (Benchmarking) O conceito das melhores práticas vem do método de benchmarking, que é usado pelas ciências de gerência e pelos sistemas da qualidade. Originalmente, a palavra benchmarking foi usada na topografia para indicar um sinal distintivo na parede ou na arvore, na pedra ou no edifício que sirvam como um ponto de referência para a posição ou a altura de um observador. Hoje é usado como um sinônimo da comparação baseado nas melhores práticas de uma organização, de uma firma e de uma equipe. Benchmarking transformou-se um instrumento da gerência enquanto fornece a informação que ajudam aos gerentes de uma organização pública ou privada saber o onde estão com respeito às organizações / localidades líder ou às organizações / localidades que fazem parte de sua concorrência. # PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 2.2 Dois tipos de Benchmarking 1) O Benchmarking interno dá-nos um modelo da análise e monitoração sistemático contínuo de gestão integrada de qualidade. 2) O benchmarking externo é um processo de posicionamento quantitativo e qualitativo de Paranapiacaba com relação aos concorrentes e outros destinos turísticos, oferece a metodologia para testar a satisfação de clientes e para melhorar o oferta estimular criação de produtos e serviços novos. Mais importante o benchmarking externo da a oportunidade de aprender novas experiências, as melhores práticas (e de evitar os erros) de destinos turísticos que hoje são considerados líderes em seus próprios mercados. 2.2.1 Benchmarking Interno: Desenvolver Indicadores de Gestão Integrada de Qualidade Trata-se de criar indicadores quantitativos e qualitativos que permitam: avaliar os desempenhos do setor turístico por categoria de ação e de serviços prestados ao turista; medir o esforço desenvolvido pelos profissionais dos diferentes ramos do turismo para se aproximarem dos padrões, normas e rótulos de qualidade desenvolvidos e implementados pelas execução da intervenção de gestão integrada da qualidade; 2.2.1.1 Objetivo Selecionar indicadores quantitativos e qualificativos para avaliar a sistemática gestão de qualidade. Os indicadores quantitativos tem o potencial de ilustrar o melhoramento da Vila em termos de: Investimento Infra-estrutura Geração de renda Capacitação dos recursos humanos locais, e Retornos nos investimentos. Os indicadores qualitativos identificam as melhores práticas da gestão integrada de qualidade em Paranapiacaba incluindo: Indicadores das melhores práticas da qualidade em respeito ao ambiente e paisagem $ PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Indicadores das melhores práticas da qualidade em respeito a serviços turísticos Indicadores das melhores práticas da qualidade em respeito a serviços de comunidade 2.2.2 Benchmarking externo: Seleção, Comparação e Avaliação de Destinos turísticos Existem poucas vilas como destinos turísticos que tem o potencial cultural e ambiental que está presente em Paranapiacaba. Durante a seleção de destinos turísticos para comparar e importante ter consciência dessa realidade. Em vez de buscar cidades com as mesmas caraterísticas de Paranapiacaba é recomendável de enfocar-se na segmentação de mercado (para exemplo arvorismo em Brotas e o potencial de arvorismo em Paranapiacaba). Também é possível selecionar destinos turísticos que podem servir como exemplos das melhores práticas de desenvolvimento turístico. 2.2.2.1 Objetivo Aprender as melhores práticas e novas experiências Evitar os erros cometidos em outros destinos turísticos Identificar a vantagem competitiva da Vila Gerar números de marketing 2.2.2.2. Metodologia Selecionar lugar / destino turístico Selecionar região de estudo Selecionar destinos turísticos com distâncias similares a centros urbanos Selecionar destinos turísticos com mercados alvos parecidos a Paranapiacaba Selecionar destinos turísticos com atividades parecidas Selecionar destinos turísticos com características parecidas Selecionar destinos com população similar (números) Selecionar destinos conhecidos como lideres em suas designações Selecionar critério de comparação (2 tipos) Melhores Praticas Números quantitativos % PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ QUESTIONÁRIO DE QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA OFERTA O questionário e dividido em quatro etapas: A. Perfil do Negócio B. Perfil do Cliente C. Marketing D. Documentação de Negócio A Perfil do Negócio 1. Qual é o produto/serviço principal que está oferecendo? Acomodação Acomodação e alimentação Artesanato Arte (ateliers) Excursão cultural Excursão ecológica Esportes Radicais / Esportes de aventura Outro __________ 2. Indique a taxa de ocupação atual (%) contra a ocupação desejada para cada estação do ano Ocupação / Uso Atual % Ocupação /Uso Desejado % & Verão Outono Inverno Prima PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 3. Você tem uma documentação da missão de sua empresa, incluindo uma indicação de objetivos de negócio, e uma finalidade a curto, médio e longo prazo? Sim, mas não é documentada Sim, é documentada Não 4. Seus objetivos de negócio refletem a realidade de sua empresa? Não Refletem Refletem parcialmente Refletem bem 5. Quando foi a última vez que você avaliou seus objetivos de negócios? Nunca 1-2 anos atras O ano passado Este ano Nos últimos 3 meses 6. Quantas pessoas em sua organização conhecem e entendem os objetivos de sua empresa? Ninguém Só eu conheço Um pouco Quase 50% Praticamente todas 7. Qual é a participação de seus funcionários no desenvolvimento e na avaliação de sua empresa? Quase nada Um pouco Eles contribuem significativamente 8. Como contribuem seus funcionários no desenvolvimento e na avaliação de sua empresa? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ' PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 9. Em que fase de desenvolvimento está sua empresa? Nos princípios Desenvolvimento Expansão Falência Vamos encerrar nos próximos 5 anos Vamos sair da Vila nos próximos 6 meses B Perfil do Cliente 9. Identifique a idade atual demográfica de seu cliente. ( o grupo maior será n.º1) ____Menos de 20 anos ____21 a 35 anos ____36 a 50 anos ____51 a 65 anos ____mais que 65 anos 10. Identifique a escala da renda de seu cliente (o grupo maior será n.º1) · _____menos de (a definir) · _____R$ to R$ (a definir) · _____R$ to (a definir) · _____R$ to R$ (a definir) · _____mais R$100,000 (a definir) 11. Anote o perfil atual de seus clientes pela origem, em porcentagem (%), contra o perfil desejado, em porcentagem (%). Origem do Turista Grande ABC Grande São Paulo Estado São Paulo Outros estados de Brasil FORA DE BRASIL América do Sul América de Norte Europa Asia Perfil Atual (%) Perf (%) Pais PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 12. Qual é a porcentagem de seus clientes: Homens ____ Mulher______ 13. Qual é a porcentagem de clientes que retornam ao seu estabelecimento (fiéis)? __________% 14. Identifique a composição dos grupos de visitantes por característica:. (o grupo maior será n.º1) _____ turistas solteiros _____ grupo de homens (a médio ______) _____ casais _____ grupo de mulheres (número médio______) _____ famílias _____ grupos organizados por agencias (número médio_____) 15. No geral qual é seu nível de conhecimento dos interesses do seu cliente (ex. passatempos, ocupação, trabalho etc..) sem conhecimento tem uma idéia conheço bem C Produtos e Serviços 16. Quantos diferentes tipos de produtos/ serviços você oferece a seu cliente ? (acomodação, comida, excursão, esportes de aventura, serviços culturais / educativos, outros) 1, 2, ou 3 4, 5 6 ou mais 17. Você está interessado a oferecer mais produtos? Sim Não 18. Qual é a situação organizacional da empresa para oferecer um novo produto? Não muito Tem oportunidade É muito apropriada PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 20. Você está ciente de sua concorrência, como eles operam e quais são as vantagens competitivas sobre seu produto? Não muito ciente Bastante ciente Muito ciente Quem é a concorrência Como eles Operam Seus vant competiti 21. Você está ciente do como uma parceria com fornecedores pode ressaltar em maior valor agregado que poderia resultar oferecendo produtos/serviços em parceria com outros fornecedores? Não muito ciente Bastante ciente Muito ciente Já estamos desenvolvendo novos produtos em parceria 22. Você encaminha seus clientes a outros fornecedores de serviço ou operadores? Não Raramente De vez em quando Regularmente 23. A que tipo de outros fornecedores de serviços turísticos você encaminha seus clientes? Fornecedores de acomodações (B&B, casas abertas) Fornecedores de alimentação (portas abertas, restaurantes, etc...) Fornecedores de produtos (artesanato e arte) Fornecedores de excursões Centro de turista, e outros serviços ____________ 24. Você já considerou oferecer seus serviços / produtos em parceria com outros fornecedores através de um pacote turístico? Não considerou Considerou parcialmente PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL Estou interessado mas não sé como fazer Já estou oferecendo serviços em pacote através de uma parceria com outros fornecedores 25. Você está interessado em oferecer pacotes de serviços / produtos através de uma parceria com seus competidores? Não estou interessado Estou parcialmente interessado Estou interessado mas não sé como fazer Já estou oferecendo serviços em pacote através de uma parceria com outros competidores D Marketing 26. Onde você atualmente promove seu produto/serviço para atingir seu mercado? (marque todo que aplique) Jornal local Radio Guias de Turistas fornecidos por associações locais da agencias de viagem Publicações de nicho TV Internet Participação nos eventos públicos De boca -á- boca Outros __________ 27. Classifique o sucesso do uso desses canais de marketing? Canais de Marketing Jornal local Radio Guias de Turistas fornecidos por associações locais da agencias de viagem Publicações de nicho TV Internet Participação nos eventos públicos De boca -á- boca Outros __________ Sim Efeito Com efeito moderado Com bom efeito C e ! PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 28. Com quais organizações você está envolvido para promover seu produto? No estou envolvido em organizações Sub Prefeitura ONG: _________ Associação Profissional: ___________ 29. Você monitora a satisfação de seus clientes? Não Sim ____comentários orais ____ cartões de satisfação ____ feedback de seus empregados ____ queixas (email, cartas, por telefone) ____ levantamento por telefone 30. Você usa outros recursos para pesquisar sobre seu mercado alvo? Não Sim _____Sub- Prefeitura _______Associação local _____ feiras _____ outros recursos __ 31. Estes métodos tem sucesso? Não Parcialmente bem sucedido Sucedido Com muito sucesso 32. Aproximadamente que porcentagem dos pedidos de informação resultam em reservas reais? Menos de 10% 11-25% 26-50% 51-75% mais que 75% 33. Como os clientes se comunicam com sua empresa? (marque o todos que se aplicam) telefone_____ Correio_______Fax_______E-mail________Internet______Serviço de mensagens_______Outros _____________________ " PARTE 2 • TURISMO PARA I NCLUSÃO SOCIAL 34. Qual é o tempo de respostas aos recados /perguntas dos clientes? entre 24 horas 2 a 3 dias uma semana mais que uma semana 35. Como você responde aos perguntas / dúvidas dos clientes? Verifique todos que se aplicam. Oralmente/telefone Email Folheto Carta e Folheto Pacote de informações locais 36. Onde você encontra empregados? Contatos de família Localmente Regionalmente 37. O treinamento dos funcionários acontece? Somente com novos empregados Continuamente Com eventos especiais 38. Quem faz o treinamento dos funcionários? Empresas e organizações, através de cursos formais Por pessoal que já tem conhecimento de negócio Um combinação dos dois. E Documentação de Negócios 39. Você tem um documento de plano de negócios? Não Sim # PROJETO GEPAM DE S ANTO ANDRÉ 40. Se sim, quantas vezes o plano de negócios é atualizado? Ainda não foi atualizado Cada ano Cada 2 anos Cada 3 a 5 anos 41. Você tem um plano de operações documentado? Não Sim 42. Se sim, quantas vezes o plano de operações é atualizado? Ainda não foi atualizado Cada ano Cada 2 anos Cada 3 a 5 anos 43. Que tipo de recursos você utiliza para fazer seu planejamento estratégico: Família Gerente do banco / empregados Advogado Contador Consultoria de Negócios (Publica/Privada) Faculdade Associação Profissional Sub-Prefeitura Outros $