FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES XI SEMANA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - Dias 21, 22 e 23 de Setembro Crise Econômica e Civilizatória: Desafios para a Humanidade Apresentação e Justificativa Tem sido recorrente a afirmação de que a crise econômica pela qual o mundo vem passando, não é meramente uma crise econômica, tratando-se, sobretudo de uma crise civilizatória. Isto significa afirmar que o que está em jogo não é tão somente o padrão de produção, circulação e acumulação de bens, tanto materiais quanto imateriais e mesmo fictícios. O que está em jogo é a forma como a humanidade vem se organizando, ao longo deste modelo econômico, na perspectiva da produção, da circulação e da acumulação de bens. O que está em jogo é tentar compreender o que esta humanidade tem feito, a partir de determinadas relações estabelecidas, com o trabalho e com os recursos naturais, elementos fundamentais à reprodução da vida. Recentemente, em entrevista à Revista Sem Terra (nº 50 maio/junho 2009), o maior historiador marxista da atualidade, Erich Hobsbawm, hoje com 92 anos, referindo-se a atual crise mundial afirmou que “Vivemos meio século de um crescimento exponencial da população global, e os impactos da tecnologia e do crescimento econômico no ambiente planetário estão colocando em risco o futuro da humanidade, assim como ela existe hoje”. Afirma, ainda, que diante deste panorama, teremos que abandonar a crença de que o crescimento econômico ilimitado deva se constituir em paradigma basilar para o futuro da humanidade. Segundo o historiador, “a fórmula da organização econômica mundial não pode ser determinada pelo capitalismo de mercado que é um sistema impulsionado pelo crescimento ilimitado”. E fala da urgência em encontrarmos uma saída, caso contrário, haverá uma catástrofe. Do final do século XIX até a atualidade, ou seja, em pouco mais de 100 anos, o capitalismo foi capaz de produzir variadas crises, e sempre consegue delas se levantar, e o faz não por sua capacidade de regulação e controle, até porque se fosse capaz dessa artimanha não entraria em crise. Trata-se de um modelo econômico e social que jamais terá como princípio o equilíbrio do trabalho e da reprodução da vida, possível apenas na circulação democrática dos bens produzidos socialmente. Diante disso é possível afirmar que é preciso que pensemos a crise para além dos elementos meramente econômicos. A crise não é da economia, mas sim da civilização. Refere-se, sobretudo ao padrão civilizatório vigente. Nesta medida é urgente um novo tratamento. Se tratada nos estreitos limites das ações até agora implementadas, assistiremos o aumento das iniquidades sociais, devido não apenas aos prometidos cortes nos orçamentos sociais, mas também como resultado da elevação ainda maior dos já críticos índices de desemprego. Se vier a ser enfrentada com as receitas elaboradas por aqueles que são os principais responsáveis por seu surgimento, a crise atual aprofundará o difícil acesso a bens e serviços públicos essenciais, dentre eles educação, habitação, saúde, alimentação, saneamento básico, proteção ao ambiente e outros. É urgente o comprometimento da universidade e da sociedade em promover um fórum reflexivo a fim de tratarmos a referida temática. Assim, o curso de Ciências Sociais das Faculdades Integradas Campo-Grandenses, traz esse tema para o seu XI Encontro, nos dias 08, 09 e 10 de setembro do corrente ano. Consideramos que a ampliação desta reflexão com diferentes sujeitos sociais: estudantes, professores e movimentos sociais possibilitará sua melhor compreensão e, por conseqüência, a utopia de um outro padrão civilizatório, de um outro mundo possível. Programação: Terça-feira - Dia 21/09: 18h20 às 19h20 – Credenciamento e Mostra de pôsteres – hall do Auditório da FEUC 19h20 – Mística de abertura - Auditório da FEUC !9h30 às 21h50 - Palestra de Abertura: Marcos Arruda - sócio-economista do PACS (Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul) Quarta-feira - Dia 22/09: 18h20 à 18h50 – Mostra de Pôsteres - hall do Auditório da FEUC 19h às 19h30 – Mística de abertura – Auditório da FEUC 19h40 às 21h50 – Grupos de Trabalho. GT 1 – Terra, trabalho e habitação: impactos da crise sobre a reprodução da vida. Coordenação: Profª Rosilaine Silva – Sala B 106 No GT 1 refletiremos os impactos da crise mundial nos aspectos mais caros a classe trabalhadora, a saber, o acesso e permanência na terra, o trabalho e a habitação, pois se trata da produção e reprodução da vida, da sobrevivência. Neste sentido, este eixo perpassará temas como Reforma Agrária, Reforma Urbana, informalidade, desemprego e Movimentos Sociais. GT 2 - Do Consenso de Washington a crise atual: Qual o futuro da educação? Coordenação: Prof. Umberto Eller Júnior e Profª Maria Célia Azevedo - Sala B 108 Em 1989 o Consenso de Washington imprimiu uma série de reformas neoliberais centradas doutrinariamente na desregulamentação dos mercados, na imposição da abertura comercial e financeira em países latino-americanos.. A partir de então a educação tem se tornando mercadoria como qualquer outra. Qual o futuro da educação? É a reflexão que se pretende realizar no GT 3. GT 3 - Diferentes concepções acerca do capitalismo e de suas crises Coordenação: Prof. Mauro Lopes e Prof. Tobias Faria (NEURB) – Auditório da FEUC – Sala B 201 O objetivo do GT 3 é revisitar algumas das teorias acerca do capitalismo, sua lógica e dinâmica, além de apresentar os elementos que engendraram suas crises. Pretende-se, ainda, levantar alternativas teóricas e práticas em torno deste fenômeno que, ao se repetir, tem desencadeado profundas fissuras sociais. Afinal, há saída dentro deste modelo? São 500 corporações internacionais concentrando mais da metade do PIB do mundo. Vivemos a civilização ou a barbárie? Quinta-feira - Dia 10/09: 18h20 à 18h50 – Mostra de Pôsteres - hall do Auditório da FEUC 19h às19h40 – Mostra de vídeos 19h50 às 21h30 – Palestra de encerramento: Profª Virgínia Fontes – Historiadora – UFF e FIOCRUZ 21h30 – Mística de encerramento. XII ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS ATENÇÃO! Orientação Para a realização das atividades discentes e docentes: As atividades (pôsteres, oficinas, comunicações, vídeos) devem seguir os seguintes eixos temáticos que se organizarão três Grupos de Trabalho. Todos os trabalhos realizados deverão estar de acordo com as normas vigentes para os trabalhos acadêmicos. 1- Terra, trabalho e habitação: impactos da crise sobre o cotidiano. 2- Do Consenso de Washington a crise atual: Qual o futuro da educação? 3- Diferentes concepções acerca do capitalismo e de suas crises. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1- É recomendável que cada professor/a se comprometa em orientar os/as estudantes na elaboração dos trabalhos, assim como julgar os trabalhos produzidos para apresentação no encontro. 2- Precisamos organizar uma comissão organizadora para o evento. (estudantes e professores) a fim de dar conta das seguintes tarefas: A- Levantar o n° de pessoas que desejam a camiseta do encontro; B- Preparar as místicas de abertura e encerramento; C- Cuidar da organização do Material... e outros. REUNIÃO PARA A FORMAÇÃO DA COMISSÃO E INÍCIO DOS TRABALHOS Terça feira, às 17 horas – Sala B 106 Inscrições no Setor de Cursos Especiais. Estudantes da Educação básica: R$ 5,00 Alunos e ex alunos: R$ 10,00 Público externo : R$ 15,00