YOUNG JOURNALIST PROJETO EM DESTAQUE DIOGO BORGES, ALUNO DA LICENCIATURA EM JORNALISMO Jogo: SL Benfica 2 x 1 Paris Sant Germain Data: 10 de dezembro Benfica despede-‐se com vitória O Benfica despediu-se da Liga dos Campeões com uma vitória sobre o Paris Saint Germain por 2-1. A atenção repartiu-se entre a Luz e o Estádio Karaiskákis, em Atenas. O resultado do Olympiacos-Anderlecht tinha influência directa nas aspirações encarnadas na liga milionária, mas a equipa grega venceu por 3-1, acabando com o sonho benfiquista de chegar à final da prova que se joga no Estádio da Luz. A equipa francesa veio a Lisboa com o apuramento garantido e Laurent Blanc aproveitou para poupar algumas das suas principais figuras. Zlatan Ibrahimovic, Thiago Silva, Alex, e Marco Verrati não viajaram para a capital portuguesa enquanto Marquinhos, Camara, Digne, Menez, Pastore, Rabiot e Lucas saltaram do banco para enfrentar a formação portuguesa. Jorge Jesus fez apenas duas alterações em relação à equipa inicial que defrontou o Arouca, apostando em Sílvio e Markovic. O Benfica entrou forte e logo nos primeiros minutos de jogo criou grandes oportunidades. Aos cinco minutos, Enzo Pérez, com um remate cruzado de pé direito, à entrada da área, obrigava Sirigu à primeira defesa da noite. Dois minutos depois, Sílvio acompanhou o ataque pelo lado esquerdo, fez a diagonal, e a bola só parou nas luvas do guardião italiano. O Paris Saint Germain respondia através de contra-‐ataque; na resposta à investida de Sílvio, Lucas esgueirou-‐se pela direita, deixando Fejsa para trás, passou para Cavani que, à entrada da área, rasgou a defensiva benfiquista ao encontrar Ménez, mas Artur levou a melhor. A equipa de Jorge Jesus mantinha a concentração e continuou a criar oportunidades. Maxi aproveitou a experiência para, ao longo do jogo, ganhar a batalha no corredor direito a Digne – que substituiu o castigado Van der Wiel – e aos 27’, depois de um passe de calcanhar de Gaitán, levou a melhor sobre Ménez, devolveu a Gaitán, na área, que rematou cruzado de pé esquerdo, fazendo a bola passar a centímetros do poste mais distante. Aos 29’, foi a vez de Matic, de cabeça, rematar muito perto da barra – Sirigu estava batido. Nesta altura os parisienses tinham mais bola e a partir dos 35 minutos o jogo partiu-‐se. Aos 37’, a equipa de Laurent Blanc chegou à vantagem. O cruzamento de Pastore passou toda a defensiva encarnada até chegar a Ménez que cruzou para a boca da baliza; com Artur fora de cena, Cavani só teve de encostar. Balde de água fria na Luz. Em Atenas, o Anderlecht empatava a partida e dava uma ajuda. O Benfica precisou de alguns minutos para se recompor. Aos 45’, Lima repôs a igualdade no marcador através de uma grande penalidade cometida sobre Sílvio. A mentalidade da equipa portuguesa não mudou no segundo tempo. Até aos 56’, o Benfica já tinha desperdiçado três oportunidades a que Gaitán, Lima, e Luisão não deram o melhor desfecho. Os adeptos, até aí silenciosos, começavam a empolgar-‐se com o caudal ofensivo encarnado, mas sobretudo com as notícias de Atenas. Aos 58’, Gaitán fez o estádio explodir de alegria. Maxi Pereira cruzou na linha de fundo, já dentro da área, para um corte incompleto de Camara, que o jogador argentino acabou por aproveitar. Quase simultaneamente, os ecrãs do estádio roubavam a esperança da qualificação e a alegria desvanecia-‐se. Saviola tinha feito o 2-‐ 1 para os gregos. A Luz ficou de novo em silêncio. Markovic acabou por sair lesionado depois de uma jogada pela direita. Em conferência de imprensa, Jorge Jesus disse não parecer nada de grave mas será feita uma avaliação ainda durante a semana. Aos 69’, Lavezzi, que entretanto substituiu Cavani, ainda assustou mas a bola acabou por sair pela linha final. Até ao final do jogo, os encarnados deram mais a bola à equipa francesa e passaram a controlar os espaços. O Benfica acaba assim a sua participação na principal prova do futebol europeu, seguindo para a Liga Europa. O treinador benfiquista admitiu, no fim do jogo, que “uma equipa que chega à final da Liga Europa como o Benfica, no ano passado, o mínimo que pode tentar fazer é chegar lá outra vez”. O sorteio dos 16 avos-‐de-‐final realiza-‐se na próxima segunda-‐feira, dia 16. A equipa portuguesa tem a garantia de que será cabeça de série, assim como Nápoles, Shaktar Donetsk, e Basileia, e por isso não irá defrontar nenhuma equipa que tenha terminado a fase de grupos em primeiro lugar. Não é o caso de outras equipas que também caíram da Liga dos Campeões. FC Porto, Ajax, Juventus e Plzen podem apanhar uma das 16 equipas mais fortes da competição, onde figura o Tottenham, de André Villas-‐Boas, e ainda um dos três melhores terceiros classificados da liga milionária.