16 POLÍCIA www.jhoje.com.br Tiro e Queda [email protected] CORBÉLIA Cascavel, 12 de fevereiro de 2014 Roubo Tráfico Eloir da Silva Machado, 23 anos foi preso por tráfico de drogas na madrugada de ontem na Rua Adoniran Barbosa, no Brasília, com oito pedras de crack que segundo ele seriam entregues para um usuário. Na casa do rapaz, os policiais encontraram mais três pedras de crack e uma balança de precisão. Violência em Cascavel em 2014 Um homem de 41 anos foi preso por policiais militares após roubar um telefone celular em uma casa na Rua do Rosário, no Centro de Cascavel. Após o roubo, o homem foi encontrado próximo ao local do crime, com o objeto do roubo. Mortes violentas Tentativas de Homicídio Acidentes com vítima Mortes no trânsito Assaltos Veíc. roubados/furtados 07 15 267 07 58 21 SERVIDORES ACUMULAM FUNÇÃO PARA EVITAR FUGAS Sem efetivo, delegacia fica abandonada AÍLTON SANTOS esmo com superlotação, a cadeia pública da Delegacia da Polícia Civil de Corbélia sofre com a falta de agentes carcerários da Seju (Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos). A estrutura não possui um ser vidor sequer para o trabalho na área de detenção e outros funcionários públicos precisam comprometer investigações para suprir a deficiência do Estado. Para evitar fugas em massa, um investigador e uma escrivã acumulam outras obrigações e sofrem as consequências do desvio de função. “Exercemos o cuidado dos presos. Ficamos com nosso trabalho comprometido, pois temos que levar comida, fazer transportes para audiências e manter o cuidado do local”, diz a escrivã, Vera Teresinha Fortti. O maior problema ocorre quando há registros de ocor- M rências, em Corbélia ou cidades vizinhas. A cadeia fica totalmente abandonada, sem quem possa garantir que os detentos não tentem fugas, já que os servidores precisam deixar o posto para desempenhar a função. “Nos fins de semana, quando há casos de acidentes de trânsito, por exemplo, o investigador precisa abandonar a delegacia, deixar sozinha para verificar o caso. Isso é inadmissível”, ressalta a escrivã. Para protestar contra a situação, os servidores decidiram fixar faixas na delegacia de Corbélia. A expectativa é que o Estado constate e resolva a situação o mais rápido possível. A carceragem do município mantém o dobro de detentos que a capacidade máxima da estrutura comportaria. O prédio construído para 22 presos possui atualmente 46. Para desempenhar o serviço na carceragem seriam PRESOS FORAGIDOS AÍLTON SANTOS A maioria dos presos que fugiram anteontem da 46ª Delegacia Regional de Matelândia continua foragida. Na madrugada de segunda para terça-feira outros três foram recapturados ainda em Matelândia. Os outros 13 continuam com o paradeiro desconhecido. A fuga foi de 22 presos, que usaram um buraco que havia na parede para escapar pelo solário da delegacia que tem espaço para 51, mas abrigava 117. A Polícia Civil continua a procura dos demais foragidos que tiveram os nomes divulgados: Alexandre Scheurer; André Luiz Henicka; Bernardo Ramon Benites de Oliveira; Cleber Waib Ramos, Daniel Lopes Rezer; Helinton Borges Machado; Pedro do Nascimento da Silva; Rafael Rio Branco Chem; Robson Nonato Santana; Thiago Nonato Santana; Tiago Andres Paula da Silva; Luis Carlos Torres; Cleverson Antonio da Silva. Faixas estão fixadas na frente da delegacia de Corbélia para cobrar uma solução necessários cinco agentes, conforme reivindicação feita ao Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná). Também são cobrados mais servidores de carreira para atender a demanda das cidades pertencentes à delegacia, como Corbélia, Cafelândia, Anahy, Braganey e Iguatu. A reportagem tentou ouvir a Seju, mas até o fechamento desta edição, os questionamentos feitos por meio da assessoria de imprensa não foram respondidos. (Josimar Bagatoli) Dobro de agentes Em todo o Estado, a classe sindical aponta defasagem no efetivo. Pela estimativa do Sinclapol seria preciso dobrar o total de agentes carcerários no Paraná. A falta de servidores para desempenhar a função nas delegacias põe em risco a vida dos profissionais e também da população. “O policial corre risco e o criminoso tem ao seu favor a impunidade. Ele sabe que o policial não terá tempo para investigar. Isso gera insegurança”, ressalta o presidente da Diretoria Executiva do Sinclapol, André Luiz Gutierrez. Por isso, em todo o Estado, os policiais prometem paralisar todas as atividades em carceragens, para evitar o desvio da função. (JB) CASCAVEL Categoria discutirá desvio de função em assembleia O Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná) iniciou ontem assembleias extraordinárias com a categoria paranaense para discutir a situação caótica nas carceragens. Ontem os policiais estiveram reunidos em Curitiba, hoje estarão em Londrina e amanhã em Cascavel, a partir das 19h, na sala de reuniões da 15ª SDP (Subdivisão Policial). Os policiais cobram progres- sões e promoções atrasadas e contratação dos aprovados em concurso público. A assembleia servirá para definir paralisação geral das atividades carcerárias pelo desvio de função e reivindicar aumentos salariais. “Queremos que o governo nos trate com respeito e as contratações sejam efetivadas. São 450 aprovados na espera para assumir o cargo. Esperamos que sejam chamados”, afirma André Luiz Gutierrez. Pela avaliação do sindicato, o Paraná possui 4,5 mil policiais civis. Pela legislação seriam necessários seis mil. Porém, com a atual situação no Estado, a categoria aponta uma defasagem ainda maior: seriam necessários 11 mil policiais civis. (JB)