MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
Superintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR/11
Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
RELATÓRIO AMBIENTAL
DO PROJETO DE ASSENTAMENTO SANTA ROSA
TUPANCIRETÃ/RS.
Porto Alegre, junho de 2008.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284.3300
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SUMÁRIO
1
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E EQUIPE TÉCNICA .......................................... 1
2
IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL .............................................................................................. 2
3
LOCALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 3
4
PAISAGEM REGIONAL ........................................................................................................ 5
4.1 O ambiente natural ........................................................................................................... 5
4.1.1 Clima........................................................................................................................ 5
4.1.2 Geologia e geomorfologia........................................................................................ 8
4.1.3 Relevo...................................................................................................................... 9
4.1.4 Solos...................................................................................................................... 12
4.1.4.1 Descrição das unidades de mapeamento........................................................ 13
4.1.5 Hidrografia ............................................................................................................. 14
4.1.6 Vegetação.............................................................................................................. 16
4.1.7 Fauna..................................................................................................................... 20
4.2 Aspectos sócio-econômicos da região ........................................................................... 25
4.2.1 População.............................................................................................................. 25
4.2.2 Produção primária ................................................................................................. 26
4.2.2.1 Produção agrícola............................................................................................ 26
4.2.2.1.1 Cultivos temporários ................................................................................. 26
4.2.2.1.2 Cultivo permanente................................................................................... 27
4.2.2.2 Produção animal .............................................................................................. 28
4.2.2.2.1 Bovinocultura de corte .............................................................................. 29
4.2.2.2.2 Bovinocultura leiteira................................................................................. 29
4.2.2.2.3 Suínos....................................................................................................... 30
4.2.2.2.4 Aves .......................................................................................................... 30
4.2.2.2.5 Ovinos....................................................................................................... 30
4.2.2.2.6 Produção de Mel....................................................................................... 31
5
DIAGNÓSTICO DA ÁREA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO ..................................... 32
5.1 Diagnóstico do meio natural ........................................................................................... 32
5.1.1 Relevo.................................................................................................................... 32
5.1.2 Recursos hídricos .................................................................................................. 36
5.1.3 Áreas de preservação e conservação ................................................................... 38
5.1.4 Capacidade de uso das terras............................................................................... 38
5.1.4.1 Avaliação de capacidade de uso ..................................................................... 39
5.1.5 Uso do solo............................................................................................................ 42
5.1.6 Vegetação.............................................................................................................. 48
5.1.6.1 Considerações sobre a vegetação campestre................................................. 68
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5.1.6.2 Considerações sobre a vegetação florestal..................................................... 72
5.1.6.3 Sugestões para a valorização e utilização sustentável da flora nativa............ 79
5.1.7 Fauna..................................................................................................................... 81
5.1.7.1 Considerações gerais sobre a fauna nos Projetos de Assentamentos dos
municípios de Jóia e Tupanciretã. ................................................................... 81
5.1.7.2 Considerações sobre a fauna do Projeto de Assentamento Santa Rosa........ 85
5.2 Diagnóstico do meio sócio–econômico e cultural........................................................... 89
5.2.1 População e organização social ............................................................................ 89
5.2.2 Infra-estrutura física, social e econômica .............................................................. 89
5.2.3 Sistema produtivo .................................................................................................. 89
5.2.4 Saúde .................................................................................................................... 90
5.2.5 Educação............................................................................................................... 90
5.2.6 Saneamento .......................................................................................................... 90
6
IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS.................................................... 91
6.1 Degradação do solo ....................................................................................................... 91
6.1.1 Medidas mitigadoras.............................................................................................. 91
6.2 Uso das áreas de preservação permanente (APP)........................................................ 91
6.2.1 Medidas mitigadoras.............................................................................................. 92
6.3 ARL
92
6.3.1 Medidas mitigadoras.............................................................................................. 92
6.4 Degradação da vegetação nativa................................................................................... 93
6.4.1 Medidas mitigadoras.............................................................................................. 93
6.5 Redução da abundância e riqueza da mastofauna nativa ............................................. 94
6.5.1 Medidas mitigadoras.............................................................................................. 94
6.6 Destinação inadequada de resíduos líquidos e sólidos ................................................. 94
6.6.1 Medidas mitigadoras.............................................................................................. 94
7
EDUCAÇÃO AMBIENTAL................................................................................................... 96
8
BIBILIOGRAFIA .................................................................................................................. 97
9
ANEXOS ............................................................................................................................ 100
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização do município de Tupanciretã no estado do Rio Grande do Sul. ............... 3
Figura 2. Localização do Projeto de Assentamento Santa Rosa no município de Tupanciretã... 4
Figura 3. Diagrama climático de Julio de Castilhos (31°26’54”S e 53°06’09”W), para o período
de observação 1931-1960............................................................................................. 6
Figura 4. Gráfico do balanço hídrico climático de Julio de Castilhos (31°26’54”S e 53°06’09”W),
onde P é a precipitação, ETP a evapotranspiração potencial e ETR a
evapotranspiração real .................................................................................................. 7
Figura 5. Faixas de altitude em Tupanciretã. ............................................................................. 11
Figura 6. Faixas de declividade em Tupanciretã........................................................................ 11
Figura 7. Grupos de solos do município de Tupanciretã, modificado a partir de IBGE (1986). . 13
Figura 8. Bacias hidrográficas no município de Tupanciretã. .................................................... 15
Figura 9. Faixas de altitude no PA Santa Rosa. ........................................................................ 34
Figura 10. Faixas de declividade no PA Santa Rosa. ................................................................ 35
Figura 11. Mapa de recursos hídricos no PA Santa Rosa. ........................................................ 37
Figura 12. Mapa das classes de capacidade de uso das terras do PA Santa Rosa.................. 41
Figura 13: Uso anterior à implantação do PA Santa Rosa......................................................... 44
Figura 14: Uso após a implantação do PA Santa Rosa. ............................................................ 45
Figura 15. Pastagem nativa - PA Santa Rosa. A: diferida, com boa cobertura vegetal; B:
superpastejada, com vegetação rala........................................................................... 69
Figura 16. Eragrostis plana (capim-annoni) no PA Santa Rosa. A: nas estradas; B: invadindo a
pastagem nativa. ......................................................................................................... 70
Figura 17. Tentativa de controle de Eragrostis plana (capim-annoni) - PA Santa Rosa............ 71
Figura 18. Extensas plantações de soja com estreitas faixas de floresta de galeria no meio da
imagem........................................................................................................................ 75
Figura 19. Área de preservação permanente na margem de sanga sem cobertura vegetal
nativa, coberta por plantação de soja e por capoeira (necessita de recuperação). .... 75
Figura 20. Vista da área destinada para Reserva legal, localizada em terreno inclinado. Tipo
florestal raro na região, devido a expansão da soja. ................................................... 76
Figura 21. Grandes árvores na área destinada para Reserva legal, como esta enorme canelalageana (Ocotea pulchella).......................................................................................... 77
Figura 22. Umas das árvores mais comuns da região é o tarumã (Vitex megapotamica)......... 78
Figura 23. Floresta de galeria com sub-bosque aberto, devido ao impacto causado pelo gado e
pelo corte de madeira e lenha. .................................................................................... 79
Figura 24.APP florestal do arroio Barreiros, PA Santa Rosa. .................................................... 86
Figura 25. Interior da APP, PA Santa Rosa. .............................................................................. 86
Figura 26. APP do arroio Caixa D'água, vegetação completamente suprimida, PA Santa Rosa.
..................................................................................................................................... 87
Figura 27. Área destinada como ARL, PA Santa Rosa.............................................................. 87
Figura 28. Carcaça de Dasypus novemcinctus (tatú-galinha), PA Santa Rosa. ........................ 88
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Dados (1931-1960) mensais e anuais de temperatura e precipitação de Julio de
Castilhos. .................................................................................................................... 5
Tabela 2. Área ocupada pelas diferentes faixas de altitude no município de Tupanciretã. ....... 12
Tabela 3. Área ocupada pelas diferentes faixas de declividade no município de Tupanciretã.. 12
Tabela 4. Área ocupada pelas diferentes classes de solo no município de Tupanciretã........... 13
Tabela 5. Superfície ocupada pelas bacias hidrográficas que interceptam o município de
Tupanciretã............................................................................................................... 15
Tabela 6. Quantidade produzida (t), área colhida (ha) e rendimento médio (kg/ha) dos principais
cultivos temporários de 2002 a 2005, no município de Tupanciretã. ....................... 27
Tabela 7. Quantidade produzida (t), área colhida (ha) e rendimento médio (kg/ha) de cultivos
permanentes de 2002 a 2005, no município de Tupanciretã. .................................. 28
Tabela 8. Efetivo dos principais rebanhos por tipo de rebanho no município de Tupanciretã e
sua participação na soma da microrregião de Santiago........................................... 29
Tabela 9. Número de vacas ordenhadas e produção de leite (mil litros) no município de
Tupanciretã durante os anos de 1996 e de 2002 a 2006. ........................................ 30
Tabela 10. Produção de mel no município de Tupanciretã e participação na microrregião
geográfica de Santiago nos anos de 1996 e de 2002 a 2006. ................................. 31
Tabela 11. Área ocupada pelas diferentes faixas de altitude no PA Santa Rosa. ..................... 33
Tabela 12. Área ocupada pelas diferentes faixas de declividade no PA Santa Rosa................ 33
Tabela 13. Superfície ocupada por áreas APP e ARL no PA Santa Rosa. ............................... 38
Tabela 14. Unidades de capacidade de uso das terras, suas respectivas áreas e fatores
limitantes no PA Santa Rosa. ................................................................................... 40
Tabela 15. Superfície ocupada pelos diferentes usos no PA Santa Rosa no período anterior
(17/09/1997) e posterior (21/11/2003) à implantação do PA.................................... 42
Tabela 16. Superfície ocupada pelos diferentes usos nas APP do PA Santa Rosa no período
anterior (17/09/1997) e posterior (21/11/2003) à implantação do PA....................... 43
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Jóia e Tupanciretã, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA
(2002); 2 arb= arbóreo; arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre=
trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas. .......................................... 48
Quadro 2. Lista de espécies de mamíferos registradas para o conjunto de Projeto de
Assentamentos nos municípios de Jóia e Tupanciretã. 1- C= carcaça; R = relatos; P
= pegadas; T = tocas; F = fezes; V= visualização; 2- Fontana et al. (2003); 3 =
Espécie exótica......................................................................................................... 83
Quadro 3. Fatores limitantes da terra....................................................................................... 100
Quadro 4. Valores de profundidade efetiva.............................................................................. 101
Quadro 5. Classes de permeabilidade do perfil dos solos ....................................................... 101
Quadro 6. Textura dos solos. ................................................................................................... 102
Quadro 7. Intervalos de declividade......................................................................................... 102
Quadro 8. Hidromorfismo conforme a profundidade do solo ................................................... 102
Quadro 9. Profundidade dos sulcos ......................................................................................... 104
Quadro 10. Interação da freqüência e duração das inundações. ............................................ 105
Quadro 11. Lista das espécies recomendadas para plantio nos Projetos de Assentamento do
município de Tupanciretã. ...................................................................................... 110
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PROJETO DE ASSENTAMENTO SANTA ROSA
TUPANCIRETÃ/RS
Solicitação do Licenciamento de Implantação e Operação – LIO
1
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E EQUIPE TÉCNICA
Ministério do Desenvolvimento Agrário - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA/RS
Endereço: Avenida José Loureiro da Silva 515, 4º andar.
90010-420 - Porto Alegre - RS
Representante legal: Mozar Artur Dietrich –Superintendente Regional
Responsável técnico: Engenheira Agrônoma Fernanda Arrache
Contato: Fone (51) 3284-3415
E-mail: [email protected]
Equipe Técnica
Heinrich Hasenack
Geógrafo, MSc.– Coordenador, UFRGS
Eliseu Weber
Eng º Agrônomo, MSc. – UFRGS
Rogério Both
Biólogo MSc- UFRGS
Fabiano Leite Gonzales
Mestrando em Geografia Humana - USP
Josi Cerveira
Bióloga MSc.- UFRGS
Cláudia Russo da Silva
Geógrafa - UFRGS
Daniel Hauschild de Oliveira
Eng º Agrônomo - UFSM
Rogério Jaworski dos Santos
Eng º Agrônomo, MSc. – UFRGS
Mariana Lisboa Pessoa
Acadêmica de Geografia - UFRGS
Martin Grings
Biólogo - UFRGS
Leila Helena Franco Rosales
Eng ª Agrônoma - UFPel
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2
IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL
•
Denominação do imóvel: Projeto de Assentamento Santa Rosa
•
Código SNCR: 865.079.011.568-0
•
Processo de Aquisição: 54220.003417/1997-00
•
Processo do Projeto de Criação: 54220.002222/1998-98
•
Data da criação: 14/12/1998
•
Código do SIPRA: RS0092000
•
Área total do projeto: 2.168,01 hectares
•
Número de módulos fiscais: 61,94
•
Número de famílias assentadas: 129 famílias
•
Área média dos lotes: 16,81 hectares
•
Município: Tupanciretã/RS (Figura 1 e Figura 2)
•
Localização e acesso: O PA Santa Rosa faz limite ao sul com a sede municipal de
Tupanciretã/RS, sendo que o acesso ao PA é feito por vias municipais sem pavimentação
de boa trafegabilidade o ano inteiro. O PA é cortado por várias estradas municipais e pela
Rede Ferrovia Federal.
•
Coordenadas: a área situa-se entre os seguintes pontos extremos do sistema de
coordenadas UTM do fuso 22: 218.000 m E, 6.777.500 m N e 232.010 m E, 6.790.490 m N.
•
Bacia hidrográfica: O PA Santa Rosa está localizado sobre duas bacias hidrográficas: a
porção norte situa-se sobre a bacia hidrográfica do rio Ijuí e a porção sul do PA situa-se
sobra a bacia hidrográfica do Alto Jacuí (Figura 8).
•
Zoneamento Agroecológico (SA/RS, 1978): O zoneamento agrícola aponta como culturas
preferenciais para o município de Tupanciretã alfafa, arroz irrigado, citrus (bergamota e
limões), milho, pessegueiro (leste), soja, trigo, forrageiras de clima temperado (aveia,
azevém, centeio, etc, a leste).
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LOCALIZAÇÃO
O município de Tupanciretã está localizado a aproximadamente 389 km de Porto Alegre. Sua
sede está a 465 m de altitude e suas coordenadas geográficas são 29º04'51.6" de latitude Sul
e 53º50'9,6 " de longitude Oeste. Limita-se ao norte com São Miguel das Missões, Jóia, Boa
Vista do Cadeado e Cruz Alta, a leste com Boa Vista do Incra, ao sul com Júlio de Castilhos,
Quevedos, Jari e Santiago e a oeste com Capão do Cipó. Está dividido em dois distritos:
Tupanciretã (sede) e Espinilho Grande.
Tupanciretã localiza-se na região central do Rio Grande do Sul, pertencendo à microrregião de
Santiago (IBGE, 2006) e ao Corede Central (SCP/RS, 2005). Na divisão fisiográfica do Estado
(Fortes, 1979), enquadra-se na região Planalto Médio. As principais vias de acesso ao
município são as BR 377 e 158, pavimentadas (Figura 1).
Figura 1. Localização do município de Tupanciretã no estado do Rio Grande do Sul.
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A área do Projeto de Assentamento Santa Rosa faz limite ao sul com a sede do município de
Tupanciretã/RS (Figura 2). Apesar de não fazer divisa com nenhum outro PA, em um raio de
cerca de 48 km encontram-se vários outros Projetos de Assentamento: PA Nossa Senhora de
Fatima, Banrisul I, Banrisul II, Rondinha, Barroca, Várzea/Nova Várzea, Tarumã I/25 de
Novembro, São Domingos/Nova Esperança, Invernada das Mulas/Nova Aliança, São Francisco
II, Santa Rosa, Santa Tecla/Botão de Ouro, Ceres e Santa Júlia. O acesso ao PA Santa Rosa é
feito por vias municipais de terra, que em geral são de boa trafegabilidade o ano inteiro.
O município de Tupanciretã abriga em seu território 17 Projetos de Assentamentos, divididos
entre federal, compartilhado e estadual, beneficiando cerca de 671 famílias de pequenos
agricultores. A presença de vários outros Projetos de Assentamento concentrados nos
municípios vizinhos como Jóia, Júlio de Castilhos, Quevedos, Jari, Capão do Cipó, São Miguel
das Missões, Boa Vista do INCRA e Cruz Alta forma um conjunto de Projetos de
Assentamentos que possibilita a organização coletiva dos beneficiários da reforma agrária e
pode facilitar o atendimento por parte do INCRA e Estado.
Figura 2. Localização do Projeto de Assentamento Santa Rosa no município de Tupanciretã.
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PAISAGEM REGIONAL
4.1 O ambiente natural
4.1.1 Clima
O município de Tupanciretã encontra-se entre os paralelos 28°S e 30°S, e está a cerca de 353
km do oceano Atlântico. Esta posição geográfica, associada a um relevo predominantemente
plano à suave ondulado, proporciona uma homogeneidade na distribuição da maioria dos
elementos climáticos no município.
Com base no período 1931-60, publicado no Atlas agroclimático do estado do Rio Grande do
Sul (IPAGRO, 1989) (Tabela 1), a estação meteorológica mais adequada para descrever o
clima de Tupanciretã situa-se em Julio de Castilhos. Localizada nas coordenadas 29°13’26”S e
53°40’45”W e com altitude de 513 metros, a estação de Julio de Castilhos registra uma
temperatura média anual de 18,0°C, tendo em fevereiro seu mês mais quente, com
temperatura média de 23,3°C, e em julho seu mês mais frio, com temperatura média de
12,2°C.
A precipitação total anual é de 1.575 mm, não havendo grandes diferenças de distribuição
entre as estações do ano. A diferença entre a estação mais seca, o verão e a mais chuvosa, o
inverno, é de apenas 32 mm. O mês que registra a maior precipitação é maio, com 170 mm e o
de menor precipitação é março, com 92 mm.
Tabela 1. Dados (1931-1960) mensais e anuais de temperatura e precipitação de Julio de Castilhos.
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
ano
Temperatura
22,9 23,3 21,3 18,3 15,1 12,6 12,2 13,9 15,9 17,6 20,0 22,5 18,0
média (° C)
Precipitação
(mm)
117
117
92
146
170
147
125
130
134
146
115
136
1.575
Esses valores quando submetidos à classificação proposta por Köppen (1948), indicam um
clima do tipo Cfa. Esse tipo climático é característico das regiões de menor altitude do Estado,
evidenciando condições subtropicais, com verões quentes de temperaturas médias superiores
a 22°C, invernos amenos de temperatura superior a -3°C e distribuição uniforme de
precipitação ao longo do ano (Figura 3).
A Figura 3 representa o diagrama climático proposto por Walter (1986), para o caso específico
de Julio de Castilhos. O eixo horizontal representa os meses do ano, iniciando pelo mês de
julho e terminando em junho, de forma que os meses de verão situam-se na porção central do
gráfico. O eixo vertical representa a temperatura (°C) à esquerda e a precipitação (mm) à
direita. A escala utilizada tem uma relação de 1°C para 2 mm de precipitação. Nesta relação,
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segundo Walter (1986), meses nos quais a curva da precipitação encontra-se acima daquela
da temperatura são considerados úmidos.
Entretanto, o comportamento da precipitação em Julio de Castilhos (Figura 3) não garante uma
disponibilidade regular de água no solo para as plantas, em especial nos meses mais quentes.
Através do balanço hídrico climático (Cunha, 1992), é possível identificar os períodos de
excedente ou déficit hídrico no Município (Figura 4).
Julio de Castilhos, 513m
[30]
18,0° C, 1.575 mm 300
200
100
80
Cº
mm
30
60
20
40
10
20
Figura 3. Diagrama climático de Julio de Castilhos (31°26’54”S e
53°06’09”W), para o período de observação 1931-1960.
A Figura 4 expressa o curso médio do balanço hídrico climático calculado pelo método de
Thorthwaite e Mather (Cunha, 1992), para uma capacidade de armazenamento de 75 mm.
Comprova-se a existência de um déficit hídrico de apenas 2 mm nos meses de janeiro e março,
cada mês totalizando um déficit de 1 mm. A associação entre as altas temperaturas destes
meses, a diminuição dos índices de precipitação e a baixa capacidade de armazenamento de
água no solo explicam a ocorrência desta indisponibilidade de água no verão.
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No mês de fevereiro e durante o período de abril a dezembro há excedente hídrico. A soma do
excedente no ano resulta num saldo de 717 mm. Maio é o mês de maior excedente, com 127
mm, justificados pelas baixas temperaturas desta época do ano e precipitação mais elevada,
resultado de uma maior atuação de massas polares (frentes frias) na região.
180
160
ALTURA DE ÁGUA (mm)
140
120
100
80
60
40
20
0
jul
ago set
out nov dez jan
fev
mar abr mai
jun
MESES
P
ETP
ETR
Figura 4. Gráfico do balanço hídrico climático de Julio de Castilhos
(31°26’54”S e 53°06’09”W), onde P é a precipitação, ETP a
evapotranspiração potencial e ETR a evapotranspiração real
O zoneamento agrícola (SA/RS, 1978) aponta como culturas preferenciais para o município de
Tupanciretã alfafa, arroz irrigado, citrus (bergamota e limões), milho, pessegueiro (leste), soja,
trigo, forrageiras de clima temperado (aveia, azevém, centeio, etc, a leste). É tolerado o cultivo
de citrus (laranja), fumo (leste), mandioca, pessegueiro (oeste), sorgo e videira americana
(leste), forrageiras de clima temperado (aveia, azevém, centeio, etc, ao norte e oeste) e
forrageiras de clima tropical e subtropical no município de Tupanciretã. O município é
considerado marginal para as culturas de batatinha, alho e cebola, feijão, fumo (oeste), videira
americana (oeste), videira européia (vinho), e inapto para abacaxi, banana.
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4.1.2 Geologia e geomorfologia
O município de Tupanciretã encontra-se inteiramente no Domínio Morfoestrutural das Bacias e
Coberturas Sedimentares, mais especificamente na região geomorfológica do Planalto das
Missões (IBGE, 1986).
A região geomorfológica do Planalto das Missões, dentro do Domínio Mosforestrutural das
Bacias e Coberturas Sedimentares, ocupa a porção central, entre a Região Geomorfológica
Planalto das Araucárias para leste e sul e a Região Geomorfológica Planalto da Campanha
para oeste e sudoeste. A sua denominação deve-se ao fato de que grande parte da sua área
corresponde à zona criada pelos jesuítas espanóis no século XVII.
As formas de relevo dessa região geomorfológica são bastante homogêneas retratadas no
geral por colinas suaves, bem arredondadas, conhecidas regionalmente por coxilhas,
esculpidas em rochas vulcânicas básicas da Formação Serra Geral e, em menores proporções,
em rochas sedimentares correspondentes à Formação Tupanciretã. As formas de relevo
homogêneas e suaves associadas aos solos profundos, representados pelos Latossolos e
Terras Roxas Estruturadas, favorecem a atividade agrícola que vem substituíndo a Floresta
Estacional Decidual original.
A região está dividida em apenas uma unidade geomorfológica denominada Planalto de Santo
Ângelo que corresponde a um relevo de dissecação homogênea, mostrando densidade de
drenagem grosseira, em especial, com aprofundamento dos vales fluviais. O relevo,
representado por formas em colinas rasas, é regionalmente conhecido por coxilhas.
Associados às colinas é usual a ocorrência de arroios, sangas e zonas deprimidas e brejosas
conhecidas por dales. As áreas de dissecação mais grosseira, com colinas alongadas e
desníveis menores entre o topo e o vale, desenvolveram-se especialmente em rochas efusivas
básicas da Formação Serra Geral. Já as áreas de mesmo tipo de dissecação em colinas, mas
com maior entalhamento fluvial entre estas formas, parecem estar associadas mais às rochas
vulcânicas ácidas, encontradas nas porções marginais e sul da unidade. Quanto à Formação
Tupanciretã, verifica-se que é composta de arenitos finos, friáveis e conglomerados basais, e
atualmente encontra-se restrita à área divisora das águas que se dirigem para o rio Uruguai
daquelas que fluem para o rio Jacuí. Esses depósitos sedimentares pós-derrame vulcânico,
grosso modo, dispõem-se de maneira descontínua, em forma de S, desde a área a nordeste do
município de Santiago até leste do município de Passo Fundo. Também ocorrem na Coxilha
Grande localizada entre os municípios de Tupanciretã e Cruz Alta, assim como na Coxilha de
Pinheiro Machado.
A estrutura geológica da região geomorfológica Planalto de Santo Ângelo no município de
Tupanciretã data do Terciário (Cenozóico) e do Jurássico (Mesozóico). Na porção central do
município predominam os depósitos mais recentes pertencentes à Formação Tupanciretã
(Terciário), compostos por areintos finos de cor vermelha, friáveis, quartzosos, localmente
feldspáticos, bem como camadas argilosas e conglomerados contendo seixos de basalto e
diferenciados ácidos que constituem o litossoma basal; apresentando normalmente
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estratitficação paralela e cruzada de pequeno porte, tendo sido depositados em ambiente
fluvial. Já as áreas mais antigas, datadas do Jurássico, pertencem à Formação Serra Geral
(Grupo São Bento) e podem ser encontradas nas bordas do município. São depósitos de
rochas efusivas básicas capeadas por uma seqüência de rochas de composição ácida,
constituídas por riolitos felsíticos, riodacitos felsíticos, dacitos felsíticos e seus correspondentes
termos vítreos.
Os projetos de assentamento do INCRA em Tupanciretã situam-se na unidade geomorfológica
Planalto de Santo Ângelo.
4.1.3 Relevo
O relevo do município foi analisado a partir de dados altimétricos do SRTM (Shuttle Radar
Topography Mission), adaptados e disponibilizados para os estados brasileiros (Weber et. al,
2004). As Figura 5 e Figura 6 mostram, respectivamente, a distribuição das diferentes altitudes
e
das
declividades
no
território
do
município
e
a
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Tabela 2 e Tabela 3 mostram o percentual da área do município ocupada por diferentes faixas
de altitude e declividade.
Analisando-se estes dados percebe-se que o relevo de Tupanciretã é homogêneo,
predominantemente plano, o que é característico da região na qual se insere o município
(Planalto Médio). Predominam então áreas com declividades inferiores a 5%, ocupando cerca
de 55,72% da área do município, seguidas em importância pelas áreas com declividades que
variam de 5 a 10% (cerca de 39,94%) e as superiores a 10% que ocupam apenas 4,34% da
superfície do município.
As altitudes no município variam de aproximadamente 258 m até cerca de 542 m, sendo que a
maior parte do município tem altitudes entre 350 e 500 m (aproximadamente 91,09% do
território). As áreas mais elevadas situam-se na porção central do município.
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Figura 5. Faixas de altitude em Tupanciretã.
Figura 6. Faixas de declividade em Tupanciretã.
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Tabela 2. Área ocupada pelas diferentes faixas de altitude no município de Tupanciretã.
Faixa de altitude
Área (ha)
Área (%)
250 - 300 m
1.342,17
0.60
300 - 350 m
15.193,17
6.74
350 - 400 m
75.319,47
33.43
400 - 450 m
87.833,97
38.98
450 – 500 m
42.089,22
18.68
3.545,37
1.57
225.323,37
100,00
> 500m
Total
Tabela 3. Área ocupada pelas diferentes faixas de declividade no município de Tupanciretã.
Faixa de declividade
Área (ha)
Área (%)
125542.71
55.72
5 a 10 %
89993.43
39.94
10 a 15 %
9324.72
4.14
15 a 20 %
419.58
0.19
20 a 25 %
38.88
0.02
4.05
0.00
0 a 5%
> 25%
Total
225.323,37
100,00
4.1.4 Solos
Neste item são apresentadas as principais classes de solos que ocorrem no Município de
Tupanciretã com base nos estudos disponíveis no Estado até o presente: “Levantamento de
Reconhecimento dos Solos do Rio Grande do Sul” (Ministério da Agricultura, 1973) na escala
1:750.000 e “Levantamento Exploratório de Solos” (IBGE, 1986) na escala 1:1.000.000. Os
solos foram descritos quanto às suas características, classificação e ocorrência com base nas
cartas digitais em escala 1:250.000 do IBGE.
A classificação dos grandes grupos solos foi atualizada com base no Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006).
A Figura 7 mostra os grupos de unidades de mapeamento de solos ocorrentes no município de
Tupanciretã e a Tabela 4 lista a área ocupada por cada tipo de solo no território do município.
Analisando-se esses dados verifica-se que a maior parte do município é constituída de
Latossolos (67,02% do território) e Argissolos (aproximadamente 32,30% do território). Com
menor expressão, encontra-se ainda os Neossolos, que soma cerca de 0,54% do município.
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Figura 7. Grupos de solos do município de Tupanciretã, modificado a partir de IBGE (1986).
Tabela 4. Área ocupada pelas diferentes classes de solo no município de Tupanciretã.
Classe
Nº de manchas
Grupo
Área (ha)
Área (%)
PEa1
1
ARGISSOLO
69.777,45
30,97
TBVa1
1
ARGISSOLO
2.995,38
1,33
Rd2
1
NEOSSOLO
1.218,24
0,54
LEa1
2
LATOSSOLO
3.929,31
1,74
LEa2
3
LATOSSOLO
29.052,27
12,89
LEa3
1
LATOSSOLO
51.120,72
22,69
LRd2
1
LATOSSOLO
66.917,34
29,70
Urbano
1
Urbano
312,66
0,14
Total
11
225.323,37
100,00
4.1.4.1 Descrição das unidades de mapeamento
Argissolo Vermelho-Amarelo
PEa1 - Podzólico Vermelho-Escuro álico e distrófico Tb A moderado e proeminente textura
média/argilosa relevo suave ondulado.
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TBVa1 – Terra Bruna Estruturada intermediária para Podzólico Vermelho-Escuro álica A
proeminente textura muito argilosa relevo suave ondulado.
Neossolo
Rd2 – Solos Litólicos distróficos A moderado textura média arenito relevo ondulado e suave
ondulado.
Latossolo
LEa1 – Latossolo Vermelho-Escuro álico A moderado e proeminente textura média relevo
suave ondulado.
LEa2 - Latossolo Vermelho-Escuro álico A proeminente e moderado textura argilosa +
Latossolo Vermelho-Escuro álico A moderado e proeminente textura média relevo suave
ondulado.
LEa3 - Latossolo Vermelho-Escuro álico A moderado e proeminente textura média + Latossolo
Vermelho-Escuro álico A moderado e proeminente textura argilosa + Podzólico VermelhoAmarelo álico Tb A moderado e proeminente textura arenosa/média relevo suave ondulado.
LRd2 – Latossolo Roxo distrófico e álico A proeminente textura muito argilosa + Latossolo
Bruno intermediária para Latossolo Roxo álico A proeminente textura muito argilosa relevo
suave ondulado.
4.1.5 Hidrografia
A rede de drenagem do município apresenta um padrão dendrítico a subdendrítico, distribuída
em quatro bacias hidrográficas, a do Rio Ibicuí, a do Rio Ijuí e a dos Rios Butuí-PiratinimIcamaquã (pertencentes à região hidrográfica do Uruguai), e a do Alto Jacuí (região
hidrográfica do Guaíba), de acordo com o Departamento de Recursos Hídricos (DRH) do
Estado do Rio Grande do Sul. A Figura 8 mostra a rede de drenagem superficial e as bacias
hidrográficas no município de Tupanciretã, com base nas cartas topográficas em escala
1:250.000 da região.
Os principais rios que drenam o município de Tupanciretã são o Jaguari (drena no sentido
nordeste/sudoeste), o Ijuizinho (flui no sentido sul/nordeste) e o Ivaí (drena de sul para leste).
Os principais cursos d’água na unidade geomorfológica Planalto de Santo Ângelo (onde se
localiza o município) apresentam-se, de modo geral, encaixados, sendo freqüentemente o
afloramento das rochas efusivas. Em regiões capeadas pelos arenitos da Formação
Tupanciretã, o embutimento do canal fluvial ultrapassou esses arenitos em profundidade,
deixando expostas às rochas efusivas. Na escala de análise não se verificou a presença de
lagos, lagoas ou barramentos dentro dos limites do município de Tupanciretã.
A superfície do município distribuída nas bacias está relacionada na Tabela 5, em que se pode
constatar que a maior área pertence à bacia do Rio Ibicuí (58,26% do município).
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A maior parte dos projetos de assentamento (PA Banrisul I/ Estrela que Brilha, PA Nossa
Senhora de Fátima, PA Várzea/ Nova Várzea, PA Invernada das Mulas/ Nova Aliança, PA São
Domingos/ Nova Esperança e porção norte do PA Santa Rosa) localiza-se na porção nordeste
do município, sobre a bacia hidrográfica do Rio Ijuí. Na bacia hidrográfica do Alto Jacuí
encontram-se dois Projetos de Assentamento, a porção sul do PA Santa Rosa e o PA
Invernada. Sobre a bacia hidrográfica do Rio Ibicuí, que ocupa a maior área do município, se
encontram dois Projetos de Assentamento, o PA Banrisul II (na porção oeste do município) e o
PA São Francisco II (na porção sul). Já sobre a Bacia dos Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã não
se encontra Projetos de Assentamento.
Figura 8. Bacias hidrográficas no município de Tupanciretã.
Tabela 5. Superfície ocupada pelas bacias hidrográficas que interceptam o município de Tupanciretã.
Bacia hidrográfica
Área (ha)
Área (%)
Bacia do Rio Ibicuí
131.271,03
58,26
Bacia do Alto Jacuí
41.392,62
18,37
Bacia do Rio Ijuí
49.033,35
21,76
3.626,37
1,61
225.323,37
100,00
Bacia dos Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã
Total
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4.1.6 Vegetação
O município de Tupanciretã está inserido no Bioma Pampa, com a totalidade de sua área na
região fitoecológica da Savana-Estépica (Hasenack & Cordeiro, 2006). Os campos neste
município são correspondentes à Savana-Estépica do tipo Gramíneo-lenhosa, enquanto que as
matas à Floresta Estacional Decidual dos tipos Montana ou Submontana as quais encontramse principalmente ao longo das drenagens. Tupanciretã encontra-se na porção sudoeste da
região fisiográfica do Planalto Médio (Borges Fortes, 1979).
A região fisiográfica do Planalto Médio (Borges Fortes, 1979), ocupa uma área de 31.252 km²,
com uma altitude da ordem de 481 metros, sendo uma das áreas mais frias do Estado. É
constituída principalmente de terras vermelhas e sua vegetação, em termos gerais, se
caracteriza por mosaicos entre mata e campo. Ainda segundo este mesmo autor, os campos
são ondulados, formando as coxilhas, que ao norte da região são penetradas pela floresta do
Alto Uruguai. É comentada também a ocorrência de pinheiros e que as matas se apresentam
em capões nos quais se encontram madeiras de lei. No fundo dos vales ocorrem matas ciliares
que são cerradas e se estendem desde as nascentes dos rios e arroios.
De acordo com IBGE (1986), quanto aos aspectos fisiográficos, a área definida por Borges
Fortes (1979) como Planalto Médio faz parte do Planalto das Araucárias e do Planalto das
Missões. Quanto à distribuição da vegetação, seguindo ainda IBGE (1986), a região do
Planalto Médio é coberta pelas seguintes regiões fitoecológicas: Savana, Floresta Estacional
Decidual, Floresta Ombrófila Mista. Ocorre ainda nesta região fisiográfica uma área sob
condição ecológica de transição denominada de Área de Tensão Ecológica.
A Savana ocorre em ambientes caracterizados pelas seguintes condições: clima estacional,
solos rasos ou arenosos lixiviados, relevo geralmente aplainado, pedogênese férrica (solos
distróficos ou álicos) e vegetação gramíneo-lenhosa. Na região em estudo, o Planalto Médio, a
sub-formação de Savana encontrada, levando em conta as características fisionômicoecológicas, corresponde à Savana Gramíneo-Lenhosa com floresta-de-galeria. Nesta região a
cobertura original da vegetação desta sub-formação caracteriza-se pela presença de
gramíneas cespitosas, onde predomina Andropogon lateralis (capim-caninha), acompanhada
por outras espécies dos gêneros Andropogon, Paspalum, Panicum, Axonopus, Setaria,
Aristida, Baccharis, Vernonia, Desmodium e Trifolium e por outras espécies da família das
compostas, ciperáceas, leguminosas, entre outras. As florestas de galeria são estreitas e se
caracterizam pela presença de Peltophorum dubium (canafístula), Luehea divaricata (açoitacavalo), Eugenia uniflora (pitangueira), Prunus myrtifolia (pessegueiro-bravo), Lithraea
brasiliensis (aroeira-brava), Vitex megapotamica (tarumã), Myrcia bombycina (guamirim),
Campomanesia guazumiaefolia (sete-capotes), Erythrina crista-galli (corticeira-do-banhado) e
outras.
Hasenack e Cordeiro (2006), propuseram uma alteração nos limites da Savana-estépica
caracterizada por IBGE (1986), No Planalto Médio esta região fitoecológica está presente na
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porção sudoeste. Seu limite nordeste corresponde ao extremo de ocorrência do espinilho
(Acacia caven).
A cobertura vegetal da Savana-estépica, descrita por IBGE (1986), é formada por uma sinúsia
de hemicriptófitas savanícolas dos gêneros Andropogon, Aristida, e Sorghastrum; uma sinúsia
de caméfitas representadas por cactáceas, leguminosas anãs e compostas e uma sinúsia
fanerofítica estépica dominada pelos gêneros Astronium, Schinus, Lithraea e Acacia.
Estruturalmente, a Savana-estépica apresenta três sinúsias distintas: uma, gramíneo-lenhosa
contínua, savanícola, formada por hemicriptófitas, geófitas e raras terófitas; outra, arbórea,
xeromorfa e descontínua, formada por fanerófitas; e, uma terceira, xerófita, também
descontínua, constituída por caméfitas carnosas (cactáceas).
Um considerável contingente de espécies formadoras do estrato lenhoso pertence aos gêneros
Schinus, Astronium, Lithraea, Celtis, Acacia e outros, de origem estépica da “flora chaquenha”.
A Estepe está presente no centro-norte e sudeste do Planalto Médio (Hasenack e Cordeiro,
2006), citada por IBGE (1986) como Savana. Está circundada pela Floresta Ombrófila Mista à
leste e pela Floresta Estacional Decidual à noroeste e sul. Esta região fitoecológica é
caracterizada pela presença do pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia) associado aos
campos predominantemente cobertos por capim-caninha (Andropogon lateralis).
Segundo Rambo (1956), a mata e o campo encontram-se entremeados nesta região, estando a
primeira associada à irrigação do solo e o campo às partes mais altas dos divisores de águas e
arredores.
Rambo (1956) encontrou nesta região grandes áreas cobertas predominantemente por
Paspalum notatum e espécies como Hybanthus bicolor, e dos gêneros Gomphrena e Oxalis
destacando-se pelas suas inflorescências. Em alguns locais, gramíneas cespitosas do gênero
Erianthus e a carqueja (Baccharis trimera) também compunham a cobertura vegetal. As
touceiras de Aristida ocupavam pequenas áreas ou estendia-se por hectares e até quilômetros
quadrados. A vegetação arbustiva, no campo e em beira de mato, tinha as espécies do gênero
Baccharis como dominantes na paisagem, com predominância de B. trimera e B.
dracunculifolia. A guabiroba do campo (Campomanesia aurea) também compunha o estrato
arbustivo da vegetação.
No planalto de Cruz Alta (Rambo (1956), citando Lindman 1906) a vegetação é uma sociedade
rica em asteráceas, amarantáceas, verbenáceas, labiadas, umbelíferas, leguminosas,
ciperáceas e outras, além das gramíneas. Destacam-se Hypoxis decumbens, Oxalis eriorrhiza
e O. brevipes. Entre os subarbustos e ervas baixas com muita pilosidade foram encontradas
Lupinus lanatus, Croton grandivelum, C. lanatus e Oxalis amara. Gramíneas com grandes
panículas como as dos gêneros Eragrostis, Sporobolus, Agrostis e Panicum são freqüentes
nesta região. Destacam-se na vegetação os pedúnculos das espécies de Macrosiphonia, da
Achyrocline satureioides e da abundante Solidago microglossa, além das espécies de
Trichocline.
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Em margens úmidas de lagoas estavam presentes Scapirus (junco), soldanela d’água
(Limnanthemum humboldtianum), Limnobium e Callitriche. Nos banhados havia também
Pontederias, Heteranthera, Lemna, Salvinia, e uma pequena graminácea do gênero Luziola.
Nos brejos eram freqüentes pirí e tiririca (Rhynchospora, Cyperus). Onde existia água corrente,
em partes baixas e úmidas do campo, a vegetação era de arbustos e matas baixas.
Araújo (1965) descreve como sendo as principais gramíneas da região: Aristida altissima
(barba de bode), Aristida laevis (barba de bode alta), Aristida pallens (barba de bode), Aristida
spegazinii (barba de bode miúda), Axonopus argentinus, Axonopus compressus (grama
tapete), Botriochloa alta (pluma branca alta), Botriochloa laguroides (pluma branca), Botriochloa
selloana (plumas brancas), Botriochloa ternata, Calamagrostis armata, Elyonurus candidus
(capim limão), Elyonurus tripsacoides (capim limão), Eragrostis polytricha, Erianthus
angustifolius (macega estaladeira), Erianthus asper (macega estaladeira), Schizachyrium
condensatum (rabo de burro), Schizachyrium tenerum (capim mimoso), Heteropogon villosus,
Gymnopogon biflorus, Festuca bromoides, Melica aurantiaca, Panicum campestre, Panicum
aristellum, Panicum helobium, Paspalum guenoarum, Paspalum nicore (grama cinzenta),
Paspalum notatum (grama forquilha), Paspalum notatum forma P. Fundo (grama forquilha
Passo Fundo), Paspalum notatum forma pilosa (grama forquilha peluda), Paspalum plicatulum
(capim colchão), Trachipogon polymorphus. Entre as principais leguminosas estão Cassia
repens, Cassia pillifera, Aeschynomene falcata (foicinha), Indigofera asperifólia (anileira) e
Trifolium riograndense (trevo do planalto).
Esta região, segundo Boldrini (1997), apresentava originalmente uma formação vegetal
predominantemente de campo com matas de galeria. Estes campos são considerados grossos,
com baixa capacidade de suporte (0,3 a 0,5 UA/ha).
O estrato superior é dominado por gramíneas cespitosas grosseiras, e tem como espécie mais
saliente a barba de bode (Aristida jubata). O estrato inferior é formado por um gramado
contínuo de grama forquilha (Paspalum notatum), nos solos mais secos, bem como grama
cinzenta (Paspalum nicore) e Axonopus affinis em solos mais úmidos.
Junto às matas de galeria, encontra-se o hábitat natural de Paspalum juergensii, P.
mandiocanum e Panicum spp. e de gramíneas hibernais, como Bromus brachyanthera.
Entremeadas na vegetação, onde as gramíneas são dominantes, vivem muitas leguminosas
nativas como o Trifolium riograndense, Vicia nana, V. graminea, Adesmia tristis, A. ciliata e A.
araujoi, dentre as espécies hibernais. Macroptilium prostratum, Stylosanthes leiocarpa,
freqüentes em todo Estado, e Tephrosia adunca e Zornia lanata também são encontradas.
Principalmente na região oeste do Planalto Médio, onde a vegetação possui mais
características em comum com àquela da região da Campanha, há grandes extensões de
campo, conforme observou o botânico sueco Lindman em Lindman & Ferri (1974), o qual
atravessou uma região de quase 170 km de campos limpos sem interrupção antes de chegar a
Cruz Alta, vindo de Santa Maria. Estes campos possuem uma transição gradual para os
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campos da Campanha do sudoeste, onde não existe mais a borda do planalto e a perda de
altitude das coxilhas também é gradual.
A Floresta Estacional Decidual ocupa a porção sul do Planalto Médio, na vertente sul do
Planalto das Araucárias, e a bacia do rio Ijuí no Planalto das Missões. Nestas florestas há uma
considerável ocorrência de lauráceas, como: Ocotea puberula (canela-guaicá), Nectandra
megapotamica (canela-merda) e Nectandra lanceolata (canela-amarela). Além disto, dominam
nestas florestas Cordia americana (guajuvira), Holocalyx balansae (alecrim), Eugenia rostrifolia
(batinga-vermelha), Apuleia leiocarpa (grápia), Parapiptadenia rigida (angico-vermelho),
Myrocarpus frondosus (cabreúva), Phytolacca dioica (umbu) no dossel da floresta e Trichilia
clausseni (catiguá-vermelho), Sorocea bonplandii (cincho), Trichilia catigua (catuaba),
Gymnanthes concolor (laranjeira-do-mato) no sub-bosque da floresta.
A Floresta Ombrófila Mista cobre a parte nordeste e leste do Planalto Médio, além das partes
superiores da borda do planalto, onde se limita com a Floresta Estacional Decidual. Porém na
maior parte esta formação limita-se com a Savana. O pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia)
é a árvore dominante, sendo acompanhada por diversas espécies características como a setesangrias (Symplocos uniflora), a canela-lageana (Ocotea pulchella), o guamirim (Myrcia
bombycina), o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), a erva-mate (Ilex paraguariensis), a
aroeira-brava (Lithraea brasiliensis), a murta (Blepharocalyx salicifolius), além de diversas
outras espécies, com destaque para as mirtáceas. A sub-formação que ocupa a região é a
Floresta Montana, que vai de 400 a 800 metros de altitude.
Segundo Rambo (1956), as três formações silváticas principais do planalto são: a mata da
fralda, o pinhal e a selva do Alto Uruguai. Além destas três, ainda ocorrem os parques de
bracatinga no leste, os parques de timbó no oeste e os capões. A mata da fralda ocorre no
contato do Planalto Médio e a região fisiográfica da Depressão Central, pertencendo já à esta
última região. Os parques de bracatinga no leste não ocorrem no Planalto Médio.
Os parques de timbó (Ateleia glazioviana) e os capões são duas formações que Rambo (1956)
descreve para a região aqui em estudo. Os parques de timbó ocorrem no norte da região
fisiográfica em questão. Esta formação vegetal, praticamente homogênea, marca o limite do
campo com a floresta do Alto Uruguai (isto antes de haver o avanço da soja, hoje em dia
crescem nas beiras das estradas e de alguns fragmentos florestais que sobraram). Esta
formação é fechada, porém permite a entrada da luz formando uma abundante vegetação no
solo. Em outros locais há grupos mais abertos que são rodeados completamente pela grama, e
existem também exemplares isolados que se espalham pelo campo. Mais para o oeste
acompanhando o timbó surge a canela-de-veado. (Helietta apiculata). Estas espécies crescem
também na beirada dos capões.
Os capões, ainda segundo Rambo (1956), cobrem grande parte do planalto. Os campos, sem
vestígios de mato, da Campanha, enriquecem-se de manchas de vegetação arbórea sempre
mais consideráveis, que já no rio Ijuizinho se condensam em matas virgens de regular
extensão. Aí ocorrem espécies das matas virgens, porém em número restrito, sendo mais
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comuns as espécies típicas das florestas da Metade Sul do Estado e algumas espécies
provenientes do sub-bosque da mata com araucária.
Da cobertura original, 15,7% encontra-se sob baixo impacto antrópico e 84,3% sob impacto
antrópico significativo. O principal impacto deve-se à agropecuária (Hasenack & Cordeiro,
2006).
Atualmente o Planalto Médio encontra-se muito descaracterizado, quase completamente
dominado pelas monoculturas de soja e milho, além de outras culturas de menor expressão. As
florestas de araucária do norte, leste e sul foram dizimadas, restando poucos fragmentos de
floresta secundária, com pinheiros muito pequenos, nem comparáveis aos gigantes que antes
aí se desenvolviam. O mesmo aconteceu com as extensas florestas tropicais que cobriam o
extremo norte da região em estudo. Houve grandes desmatamentos no Planalto Médio desde o
início da colonização, para a abertura de lavouras e utilização da madeira. Nos dias atuais as
lavouras de soja expandiram-se sobre vários fragmentos de floresta que haviam restado. Nem
os campos nativos, outrora utilizados para a criação de gado, se escaparam. Hoje é raro
encontrar estes campos nativos (os típicos campos de barba-de-bode) na região.
A substituição do campo por lavouras (Boldrini, 1997) é a causa da grande erosão genética
nesta região. As partes ainda preservadas apresentam-se, na maioria das vezes, mal
manejadas, com elevada carga animal, o que causa a redução e o desaparecimento de
espécies. Isto é mais evidente entre as espécies preferidas pelos animais.
Os sistemas atualmente utilizados, como o plantio direto e integração lavoura-pecuária, são
menos danosos do ponto de vista de degradação do solo que o cultivo convencional e a
monocultura sem rotação utilizados há alguns anos, mas ainda assim causam degradação do
ambiente. A exploração atual permite a poluição das águas por partículas de solo em
suspensão e defensivos agrícolas freqüentemente utilizados, além de eliminar completamente
as espécies nativas, tanto campestres quanto florestais. A utilização freqüente de herbicidas de
amplo espectro e a não utilização da técnica de pousio torna impossível o repovoamento e
ressemeadura das espécies, excluindo-as permanentemente das áreas cultivadas.
4.1.7 Fauna
Os municípios de Tupanciretã e Jóia situam-se na região fisiográfica Planalto Médio (Borges
Fortes, 1979). Cabrera & Willink (1980) descrevem esta mesma região como pertencente à
Província Biogeográfica Paranaense, porém numa zona de transição com a Província
Pampeana, onde as florestas por vezes dão lugar às formações campestres. Segundo estes
autores a fauna que caracteriza a Província Paranaense é uma mescla entre a fauna
chaquenha, do cerrado e atlântica.
A relevância do enfoque sobre mamíferos (mastofauna) reside no fato de serem espécies
especialmente sensíveis e grandemente afetadas pelos processos de perda e alteração de
hábitat (Robinson & Redford, 1986; Terborgh, 1992; Cuarón, 2000). Entre eles as principais
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ameaças relacionam-se à fragmentação de hábitats campestres e florestais por uso e
expansão agropecuária, caça ilegal e atropelamentos.
No passado a região do Planalto do Rio Grande do Sul era caracterizada por mosaicos de
campo e floresta, e a atividade produtiva era baseada na pecuária extensiva de gado bovino,
iniciada pelos jesuítas em meados do século XVII. Atualmente as principais alterações
antrópicas dessa paisagem devem-se à massiva expansão das fronteiras agrícolas, com a
substituição dos campos para o cultivo da soja, acompanhada pela retração florestal com o
mesmo propósito.
O resultado desse processo sobre a fauna é a elevada perda de hábitat. Comparações entre os
dados de ocorrência de espécies de Ihering (1893) e Cabrera e Willink (1980) com o
levantamento atual realizado por este trabalho, inferem diretamente sobre a extinção local de
inúmeras espécies da fauna nativa, especialmente de mamíferos de grande porte e a drástica
redução na abundância das espécies mais resilientes.
Atualmente, as áreas de preservação permanente de cursos d'água e remanescentes florestais
isolados em meio à matriz produtiva representam os principais locais de uso e refúgio da fauna
de mamíferos de médio e grande porte. Porém, mesmo consideráveis em extensão, estas
áreas apresentam baixa qualidade de hábitat para a mastofauna pela elevada pressão
antrópica, na quase totalidade das vezes.
Atualmente, a mastofauna mais comum é composta por espécies com alta resiliência, que
conseguem persistir à intensificação dos processos de eliminação dos hábitats, apresentam
elevado potencial reprodutivo e são generalistas em relação ao uso do hábitat. Algumas
espécies podem estar persistindo apenas pela longevidade dos organismos, sendo que os
processos de reprodução da espécie podem estar comprometidos.
Adicionalmente aos fatores relacionados à perda de hábitat, a caça ilegal, historicamente,
mantém-se como uma das principais causas da redução da abundância e diversidade das
espécies da mastofauna (Fontana et al., 2003). Este fator de impacto sobre a fauna não é uma
característica exclusivamente regional, mas sim um problema que atua sobre toda a área de
distribuição das espécies cinegéticas.
A preocupação com os efeitos da caça é ainda maior para mamíferos de médio e grande porte,
muito visados pelo volume do recurso alimentar e alto valor da pele da maioria destas
espécies. Associado a isso, alguns fatores biológicos como ciclo de vida longo e taxa
reprodutiva baixa, e fatores ecológicos como área de vida comparativamente grande, presentes
em grande parte da parcela da mastofauna cinegética, são agravantes da vulnerabilidade à
pressão de caça (Bodmer & Robinson, 2003). Uma vez que a pressão de caça não se restringe
às espécies cinegéticas (de caça), atualmente a maioria das espécies de médio e grande porte
são registradas apenas esporadicamente.
O grupo dos marsupiais é representado no estado por espécies que habitam uma grande
diversidade de ambientes, porém é pouco conhecido em relação à distribuição geográfica das
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espécies, ecologia e taxonomia (Fontana et al., 2003). Espécie de distribuição ampla e de
registros comuns, o gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris, DIDELPHIDAE) é o
marsupial mais popularmente conhecido. A fragmentação das informações coletadas e a
escassez de dados de distribuição geográfica e taxonomia, torna difícil a predição a respeito da
ocorrência das demais espécies do grupo.
A maioria das espécies que compõe o grupo dos Xenarthros (tatús e tamanduás) possui ampla
distribuição e registros comuns para a região. Para a família DASIPODIDAE podemos citar
Dasypus novemcinctus (tatú-galinha), D. hybridus (mulitinha-orelhuda), D. septemcinctus
(mulita), Euphractus sexcinctus (tatú-peludo). Apesar de dados insuficientes sobre a espécie
(Fontana et al, 2003), Cabassous tatouay (tatú-de-rabo-mole) pode apresentar ocorrência na
região pela disponibilidade de ambientes abertos, seu hábitat preferencial para forrageamento.
A família MYRMECOPHAGIDAE está representada atualmente no Planalto Médio pela espécie
Tamandua tetradactyla (tamanduá mirim), e apesar de ocorrer preferencialmente refugiada em
florestas de galeria, também possui o hábito de forrageamento em áreas abertas. Atualmente a
enorme substituição dos campos por lavouras, associados à caça, muitas vezes sem motivo
aparente, levou a inclusão da espécie como ameaçada de extinção no RS, na categoria
Vulnerável (Fontana et al, 2003). Em muitos locais, os registros tem sido apenas esporádicos.
Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira) é a espécie deste grupo que possui apenas
registros históricos para a região.
Em relação aos primatas da família ATELIDAE, este grupo é representado no Planalto Médio
pelo gênero Alouatta. Segundo Codenotti et al (2002) as duas espécies do gênero, Alouatta
guariba clamitans e Alouatta caraya, ocorreriam no Planalto Médio. A. caraya preferiria as
matas semi-decíduas, com distribuição continental, enquanto A. guariba clamitans preferiria os
hábitats associados às florestas com araucária e aos domínios de Mata Atlântica (Codenotti e
Silva, 2004). Segundo estes mesmos autores, estas espécies podem apresentar simpatria em
alguns municípios dessa região. Ambas espécies são consideradas ameaçadas de extinção no
estado, categoria Vulnerável (Fontana et al, 2003).
A Ordem Carnivora é representada no Planalto Médio por quatro famílias de carnívoros
terrestres: CANIDAE, MUSTELIDAE, PROCYONIDAE e FELIDAE.
Dentre os canídeos ainda registrados para a região estão Lycalopex gymocercus (graxaim-docampo) e Cerdocyon thous (graxaim-do-mato), sendo a primeira associada às formações
abertas e a segunda mais abundante e generalista em relação ao uso do hábitat,
freqüentemente registrada.
Em relação aos felídeos (FELIDAE), considerando que a maior diversidade de espécies desta
família encontra-se nas florestas da metade norte do estado, são conhecidos para esta região
Puma yagouarondi (gato-mourisco), Leopardus pardalis (jaguatirica), Leopardus tigrinus (gatodo-mato-pequeno) e Leopardus wiedii (gato-maracajá). Desconhece-se registros de Oncifelis
colocolo (gato-palheiro), Oncifelis geoffroyi (gato-do-mato-grande) e Puma concolor (puma ou
leão-baio), embora saiba-se que esta última espécie está associada à floresta atlântica, com
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araucária e estacional. Mesmo perdurando após a intensificação dos processos de eliminação
dos hábitats, todas as espécies de felinos registradas no estado estão inclusas em alguma
categoria de ameaça no livro vermelho da fauna ameaçada de extinção (Fontana et al, 2003),
sendo registradas esporadicamente. Já o maior felino sulamericano, Panthera onca (onçapintada), possui apenas registros históricos para a região, embora registrado para a região
fisiográfica do Alto Uruguai, sendo considerado Criticamente Ameaçado de Extinção no RS
(Fontana et al, 2003).
Galictis cuja (furão), Conepatus chinga (zorrilho) constituem-se nas espécies da família
MUSTELIDAE de ocorrência comum para a região. Já Lontra longicaudis (lontra) é uma
espécie restrita aos cursos d'água e, apesar de persistente em ambientes perturbados,
apresenta registros cada vez menos freqüentes, e consta atualmente no Livro Vermelho das
Espécies Ameaçadas de Extinção, categoria Vulnerável (Fontana et al, 2003). Os registros
dessa espécie na região fisiográfica Planalto Médio são dados desse trabalho. Pteronura
brasiliensis (ariranha) está considerada como espécie Provavelmente Extinta para o estado,
segundo Fontana et al. (2003). A família PROCYONIDAE possui como representante
comumente registrado Procyon cancrivorous (mão-pelada). Outros integrantes desta família,
Nasua nasua (quati) e Eira barbara (irara) são espécies associadas às florestas do planalto,
ambas ameaçadas de extinção (categoria Vulnerável) segundo Fontana et al. (2003).
Em relação aos elementos da família CERVIDAE, no Planalto Médio estão presentes Mazama
gouazoupira (veado-catingueiro), constituindo-se provavelmente na espécie de cervídeo mais
freqüentemente registrada, porém ameaçada de extinção (Vulnerável) pela alta pressão de
caça (Fontana et al, 2003). Mazama americana (veado-mateiro), é uma espécie
essencialmente florestal, porém há o desconhecimento a respeito de sua distribuição atual,
constando atualmente como "Em Perigo" na lista dos animais em extinção no estado. Pela
drástica eliminação de hábitat, escassez de registros e pressão de caça, Ozotoceros
bezoarticus (veado-campeiro), é considerada espécie criticamente ameaçada de extinção no
estado (Fontana et al 2003). Considerando a associação desta espécie com formações
abertas, é possível inferir que a drástica substituição dos campos nativos dessa região (com
Aristida sp, capim barba-de-bode) esteja associada regionalmente ao declínio populacional da
espécie.
Para o grupo dos roedores de médio e grande porte podemos destacar a ocorrência de
Hydrochaeris hydrochaeris (capivara, HYDROCHAERIDAE) e Myocastor coypus (ratão-dobanhado, MYOCASTORIDAE), espécies comuns e de ocorrência esperada para região. Em
relação a Cuniculus paca (paca, CUNICULIDAE), dados desse trabalho e relatos sobre um
indivíduo atropelado (Martin Hasenack, comunicação pessoal) fornecem registros recentes
para a região. Esta espécie, essencialmente florestal, representa uma das principais espécies
cinegéticas do estado e consta atualmente no Livro Vermelho da Fauna em Extinção no Rio
Grande do Sul como espécie Em Perigo. (Fontana et al., 2003). Dasyprocta azarae
(DASYPROCTIDAE) é outro roedor comumente associado às áreas florestais do planalto
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(registros em Nonoai), especialmente pela ocorrência de Araucaria angustifolia (observação
pessoal), estando também ameaçada de extinção (categoria Vulnerável, Fontana et al., 2003).
Além do levantamento sistemático de informações sobre distribuição de algumas espécies e
das condições a respeito de sua sobrevivência, a conservação da mastofauna regional
depende também da manutenção do hábitat das espécies associadas. A drástica substituição
dos hábitats florestais e campestres numa as regiões mais produtivas do estado,
especialmente pela produção da soja, é responsável diretamente pela enorme redução na
diversidade das espécies de mamíferos. Portanto, é imprescindível o cumprimento da
legislação em relação às Áreas de Preservação Permanente (APP) e às Áreas de Reserva
Legal (ARL), que se constituiriam nos principais locais de sobrevivência para a mastofauna.
Cabe ressaltar que essa situação de descumprimento da legislação sobre ARL e APP não é
um processo exclusivo dos imóveis rurais do INCRA. A paisagem regional, comumente descrita
pela "vastidão verde" conferida pelos plantios de soja significa, em realidade, o aproveitamento
completo da superfície das grandes propriedades através da supressão total da cobertura
original da vegetação, seja ela florestal ou campestre.
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4.2 Aspectos sócio-econômicos da região
4.2.1 População
Os dados preliminares da Contagem Populacional de 2007 indicam que no município de
Tupanciretã eram 22.556 os habitantes. O Censo Populacional de 2000 contabilizou 20.947
habitantes no município. No período entre o Censo de 2000 e a Contagem de 2007 ocorreu
aumento de 7,7% na população, crescimento muito maior que o registrado na sua microrregião
que foi de 0,81%. Na comparação do Censo de 2000 com a Contagem Populacional de 1996,
23.041 habitantes, ocorreu redução de 9,1%. A comparação entre a Contagem da População
de 1996 e o Censo Populacional de 1991, 23.240 habitantes, indica uma pequena redução de
0,9% (199 habitantes). Entre os Censos Populacionais de 1991 e 1980 (26.644 habitantes), no
município, ocorreu redução da população de 12,8% – 3.404 habitantes (IBGE, 2008).
A redução populacional evidenciada pelos Censos Populacionais de 1991 e 2000 é explicada
em parte pela emancipação dos municípios de Jari – lei nº 10.653 de 1995 – e Capão do Cipó,
lei nº 10.743 de 1996 (RIO GRANDE DO SUL, 1995; RIO GRANDE DO SUL, 1996). Também é
digno de nota o processo de urbanização da população ocorrido no município, o Censo de
1980 apresentava 52,5% da população na área urbana e 47,5% na área rural. O Censo de
1991 indicava 67,9% na área urbana e, em 2000, 81% da população estava na área urbana do
município (IBGE, 2008).
O município de Tupanciretã está inserido na microrregião geográfica de Santiago formada
pelos municípios de Capão do Cipó, Itacurubi, Jari, Júlio de Castilhos, Pinhal Grande,
Quevedos, Santiago, Tupanciretã e Unistalda. É caracterizada por uma taxa de urbanização
(75%) menor que o valor médio tanto para a mesorregião Centro Ocidental Rio-grandense
(77,9%), onde está contida, quanto para o Rio Grande do Sul (81,6%) segundo o Censo de
2000. Sua participação no total da população da microrregião geográfica foi de 22,5% em
1991, 21,1% em 1991 e 18,9% em 2000. Entre os Censos de 1991 e 2000, a população do
município teve crescimento de 10,9%, entretanto a microrregião de Santiago sofreu redução de
6,6% (IBGE, 2008).
A área do município de Tupanciretã, 2.250,1 km2, representa 9,31% da área da microrregião
geográfica de Santiago que possui 10.976,3 km2. A densidade demográfica no município para
o ano de 2000 era de 9,31 habitantes por quilometro quadrado (hab/km2), pouco menor que a
existente na microrregião geográfica 10,09 hab/km2 e muito abaixo da densidade demográfica
estadual – 36,14 hab/km2.
Com base nas características da população levantadas pelo Censo 2000, o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2003) elaborou o Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDH-M). Este índice leva em consideração três variáveis principais: renda,
longevidade e instrução. O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1
(desenvolvimento humano total). Usualmente os valores são divididos em três faixas, até 0,499
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considera-se desenvolvimento humano baixo; entre 0,500 e 0,799 o desenvolvimento é
considerado de nível médio; a partir de 0,800 considera-se alto desenvolvimento.
Foi calculado para o município no ano de 1991 IDH-M de valor 0,724, em 2000, o valor foi de
0,787. Tupanciretã apresenta neste período IDH-M pouco acima da média harmônica dos
municípios da microrregião – 0,700 em 1991 e 0,775 em 2000. No período o crescimento
médio da microrregião foi de 10,7%, acima dos 8,7% conquistados por Tupanciretã (PNUD,
2003).
4.2.2 Produção primária
4.2.2.1 Produção agrícola
A caracterização da produção agrícola em Tupanciretã foi feita com base na Pesquisa Agrícola
Municipal elaborada pelo IBGE. Foram utilizados dados do período de 2002 a 2005 (Tabela 6 e
Tabela 7) referentes aos cultivos temporários e permanentes (IBGE, 2008).
4.2.2.1.1 Cultivos temporários
Tupanciretã tem como principais cultivos, em quantidade produzida, soja, milho, trigo,
mandioca e aveia. O cultivo mais importante, em quantidade produzida, é o de soja (Tabela 6).
Em 2002, no município foram produzidas mais de 161 mil toneladas. Esta grande produção se
reflete na participação do município na soma da microrregião de Santiago, em 2002 foi de
38,9%. No ano seguinte foram produzidas 355 mil toneladas, um incremento na produção, em
relação ao ano anterior de 120%, este incremento se refletiu na participação na soma da
microrregião que alcançou 44,8%. Os anos seguintes foram marcados por sucessivas
diminuições na quantidade produzida e no rendimento com maior intensidade no município na
comparação com a soma da microrregião. Como pode ser percebido pela diminuição na
participação de Tupanciretã no total produzido (IBGE, 2008).
O cultivo de trigo no município foi responsável em 2002 por 56% da quantidade produzida em
toda a microrregião. Esta participação foi decrescente nos anos seguintes, mas permanece
acima de 36% em todo período analisado. O ano de 2003 foi marcado pelo aumento no
rendimento médio da produção de trigo de 72%, apesar da diminuição nos anos seguintes
(Tabela 6), seus valores permaneceram acima daquele experimentado em 2002 (IBGE, 2008).
A produção de milho também possui significativa participação na soma da microrregião, 11,8%
em 2002, 30% em 2004, e 19,6% em 2005. A quantidade produzida sofreu considerável
incremento em 2003, causada pela expansão da área colhida e aumento de 20% no
rendimento. Nos anos seguintes ocorreram sucessivas quedas na área colhida e no
rendimento que resultaram na diminuição da quantidade produzida (IBGE, 2008).
A produção de aveia em Tupanciretã apesar de pequena – em 2002 foram apenas 675
toneladas – durante todo o período analisado foi a principal na microrregião de Santiago. Em
2002, o município tinha participação de 68,8% na produção apesar da área colhida no
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município representar apenas 46,9% do total na microrregião. Em 2005, o crescimento na
quantidade produzida em comparação com 2002 foi de 196% (Tabela 6) e o rendimento médio
teve incremento de 33% entretanto, a participação da área colhida alcançou 87% do total da
microrregião, justificando a participação da produção de Tupanciretã na soma da microrregião
ter alcançado 89,3% (IBGE, 2008).
Tabela 6. Quantidade produzida (t), área colhida (ha) e rendimento médio (kg/ha) dos principais cultivos temporários de
2002 a 2005, no município de Tupanciretã.
Cultivo
Quantidade produzida (t)
Área colhida (ha)
Rendimento (kg/ha)
2002
2003
2004
2005
2002
2003
2004
2005
2002
2003
2004
2005
675
1.200
1.140
2.000
450
600
600
1.000
1.500
2.000
1.900
2.000
Mandioca
3.600
2.520
2.520
1.260
180
126
126
Milho
8.400
29.520
12.540
5.831
2.800
8.200
3.800
Aveia
Soja
126 20.000 20.000 20.000 10.000
2.450
3.000
3.600
3.300
2.380
161.640 355.840 175.170 94.896 89.800 111.200 116.780 131.800
1.800
3.200
1.500
720
1.500
2.580
1.700
2.100
Trigo
36.750 67.080
Fonte - IBGE, 2008.
37.400 28.560 24.500
26.000
22.000
13.600
4.2.2.1.2 Cultivo permanente
Os cultivos permanentes no município de Tupanciretã no período de 2002 a 2005, foram caqui,
erva-mate, figo, laranja, limão, pêra, pêssego, tangerina e uva (Tabela 7). Entre estes cultivos,
a mais significativa na soma da produção da microrregião é o limão com mais de 30% de
participação. No município o cultivo com maior quantidade produzida é o laranja. Os demais
cultivos possuem participação no total da produção da microrregião de Santiago, em 2005,
abaixo dos 20% (IBGE, 2008).
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Tabela 7. Quantidade produzida (t), área colhida (ha) e rendimento médio (kg/ha) de cultivos permanentes de
2002 a 2005, no município de Tupanciretã.
Quantidade produzida (t)
Cultivo
Área colhida (ha)
Rendimento (kg/ha)
2002 2003 2004 2005 2002 2003 2004 2005
2002
2003
2004
2005
Caqui
10
10
10
10
1
1
1
1 10.000 10.000 10.000 10.000
Erva-mate
(folha verde)
14
14
14
14
1
1
1
1 14.000 14.000 14.000 14.000
6
4
4
4
1
1
1
1
530
795
795
265
53
53
53
Limão
44
50
50
50
2
2
2
2 22.000 25.000 25.000 25.000
Pera
20
20
20
20
4
4
4
4
5.000
5.000
5.000
5.000
Pêssego
81
72
72
50
13
13
13
13
6.231
5.538
5.538
3.846
Tangerina
80
112
112
112
8
8
8
8 10.000 14.000 14.000 14.000
Uva
10
6
4
8
4
4
2
2
Figo
Laranja
6.000
4.000
4.000
53 10.000 15.000 15.000
5.000
2.500
4.000
1.500
2.000
4.000
Fonte - IBGE, 2008.
4.2.2.2 Produção animal
Foram utilizados dados dos Censos Agropecuários de 1996 e 2006 e da Pesquisa Pecuária
Municipal entre 2003 e 2006. Para efeito comparativo o último dado existente sobre área dos
estabelecimentos rurais e a utilização de suas terras data do Censo Agropecuário de 1996
(antes da emancipação de Jari e Capão do Cipó, como visto no item 4.2.1), o município de
Tupanciretã possuía 23,8% das pastagens existentes na microrregião de Santiago. Este
mesmo Censo indicou que em valores absolutos (Tabela 8) os maiores efetivos de rebanhos
eram: bovino (166.204); ovino (68.804); galos, frangas, frangos e pintos (52.675); galinhas
(33.596); suíno (11.091); eqüino (5.742); codornas (1.720) e bubalino (1.346) (IBGE, 2008).
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Tabela 8. Efetivo dos principais rebanhos por tipo de rebanho no município de Tupanciretã e sua
participação na soma da microrregião de Santiago.
Rebanho
1996
2003
2004
2005
166.204
81.325
79.282
75.320
22,8%
11,7%
11,8%
12,2%
1.346
1.128
402
865
49,4%
33,3%
18,9%
20,0%
1.720
1.200
1.155
950
82,3%
17,5%
18,1%
17,2%
5.742
2.765
2.297
2.100
Participação
25,2%
13,3%
13,8%
13,7%
Nº de cabeças
33.596
18.132
12.901
10.900
Participação
26,6%
18,6%
15,0%
13,6%
Galos, frangas, Nº de cabeças
frangos e pintos Participação
52.675
43.448
40.221
34.188
27,1%
25,0%
28,2%
27,5%
Nº de cabeças
68.804
33.421
18.931
19.300
Participação
22,8%
19,0%
13,0%
12,5%
Nº de cabeças
11.091
5.126
3.581
3.635
Participação
26,4%
17,7%
15,4%
16,3%
Nº de cabeças
Bovino
Participação
Bubalino
Codornas
Eqüino
Galinhas
Ovino
Suíno
Nº de cabeças
Participação
Nº de cabeças
Participação
Nº de cabeças
Fonte: IBGE, 2008.
4.2.2.2.1 Bovinocultura de corte
Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal de 2006 (Tabela 8), o município de Tupanciretã
possuía 75.410 cabeças que representavam 12,4% do rebanho existente na microrregião de
Santiago. Segundo dados preliminares do Censo Agropecuário de 2006 as pastagens
existentes no município correspondem a 9,9% das pastagens existentes na microrregião de
Santiago (IBGE, 2008).
4.2.2.2.2 Bovinocultura leiteira
Segundo o Censo Agropecuário de 1996, a participação da produção leiteira do município na
microrregião geográfica de Santiago foi de 22,4%, como no ano seguinte emanciparam-se os
municípios de Jari e Capão do Cipó estes dados são usados para manter a coerência com os
outros relatórios já entregues. Na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) de 2002 (Tabela 9) a
participação do município na produção total da microrregião foi de 10,8%, neste mesmo ano
foram ordenhadas 1.970 vacas que representam 7,4% do total da microrregião. (IBGE, 2008).
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As Pesquisas de 2003 a 2006 indicam aumento no número de cabeças ordenhadas e da
produção média por vaca ordenhada que resultaram na maior participação do município no
total produzido na microrregião. Em 2003, foram ordenhadas 2.056 vacas (7,7% da
microrregião) e a participação no total da produção foi de 10,8%. Em 2006, foram ordenhadas
2.300 vacas (9,6% da microrregião) que produziram 5 milhões de litros, produção
correspondente à 16,2% do total da microrregião (IBGE, 2008).
O Censo Agropecuário de 1996 indica que a produtividade média no município (3,86
litros/cabeça) foi maior que as médias da microrregião (3,43 litros/cabeça) e do estado (3,0
litros/cabeça). Em 2002, a produção média de leite por vaca (5,77 litros/cabeça) aumentou
consideravelmente em ao Censo de 1996 e em 2006 alcançou 5,97 litros/cabeça, muito acima
da média da microrregião que neste ano foi de 3,52 litros/cabeça (IBGE, 2008).
Tabela 9. Número de vacas ordenhadas e produção de leite (mil litros) no município de Tupanciretã
durante os anos de 1996 e de 2002 a 2006.
Produção leiteira
1996
2002
2003
2004
2005
2006
Vacas ordenhadas (cabeças)
3.568
1.970
2.056
2.322
2.250
2.300
Produção de leite (mil litros)
5.007
4.137
4.319
4.846
4.779
5.000
Fonte: IBGE, 2008.
4.2.2.2.3 Suínos
A participação de Tupanciretã nos abates de suínos realizados na microrregião geográfica de
Santiago, segundo o Censo Agropecuário de 1996, foi de 22,6%. Segundo a Pesquisa
Pecuária Municipal o rebanho suíno diminuiu entre 2002 e 2006 (Tabela 8), passou de 5.126
(participação no total da microrregião de 17,7%) cabeças para 3.677, participação de 16,6%
(IBGE, 2008).
4.2.2.2.4 Aves
Foram realizados em Tupanciretã 27,2% dos abates de aves ocorridos na microrregião,
segundo o Censo Agropecuário de 1996. Nos anos seguintes o número de aves para abate
sofreu redução, mas sua participação no total da microrregião aumentou de 28% em 2002 para
28% em 2006. A produção de ovos de galinha no município em 1996 foi de 29% do produzido
na microrregião. O período seguinte de 2002 a 2006 (Tabela 8) indica diminuição sucessiva na
quantidade produzida e na participação no total microrregional. Em 2002, no município foram
produzidas 247 mil dúzias, participação de 22,7%, em 2006 a participação caiu para 18,2%
com a produção de 166 mil dúzias (IBGE, 2008).
4.2.2.2.5 Ovinos
O rebanho de ovinos no município diminuiu, entre 1996 e 2006 (Tabela 8), a redução foi
proporcionalmente menor na sua microrregião geográfica. A produção de lã também reduziu no
município (74,8%), como era de se esperar, devido à grande diminuição do rebanho efetivo que
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foi de 71,7% no período. Na microrregião, a diminuição em 49,5% do rebanho causou redução
de 51,3% na produção de lã. A Pesquisa Pecuária Municipal de 2005 apresenta produtividade
média de 2,4 kg de lã por ovino em Tupanciretã, de 2,57 kg/ovino na microrregião geográfica
de Santiago e média estadual de 2,68 kg/ovino (IBGE, 2008).
4.2.2.2.6 Produção de Mel
A produção de mel no município aumentou (Tabela 10) no período de 2002 a 2006, e teve sua
participação no total de microrregião geográfica reduzida de 7,7% em 2002 para 5,1% em 2006
(IBGE, 2008). Os dados de 1996 estão presentes para manter a coerência com os outros
relatórios, a emancipação dos municípios de Jari e Capão do Cipó explica a considerável
diminuição na quantidade produzida de mel quando comparado com 2002. Cabe salientar que
esta atividade econômica pode ser considerada interessante no tocante ao seu reduzido
impacto sobre o ambiente, podendo, talvez, ser implantada como uma alternativa de utilização
indireta de áreas de uso restrito (áreas de proteção permanente e de reserva legal).
Tabela 10. Produção de mel no município de Tupanciretã e participação na microrregião geográfica de
Santiago nos anos de 1996 e de 2002 a 2006.
1996
2002
2003
2004
2005
2006
Produção (quilogramas)
32.601
13.500
18.900
11.865
16.000
17.000
Participação na microrregião
11,4%
7,7%
9,4%
3,1%
4,5%
5,1%
Fonte: IBGE, 2008.
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DIAGNÓSTICO DA ÁREA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO
As análises realizadas para o diagnóstico da área do Projeto de Assentamento Santa Rosa
basearam-se no perímetro georreferenciado do PA fornecido pelo INCRA em meio digital.
Durante a elaboração de mapas temáticos constatou-se pequenas diferenças entre os valores
calculados de superfície com esse perímetro e a superfície declarada no processo de criação
do PA. Apesar disso, tratando-se da melhor delimitação disponível, as informações obtidas com
o uso desse perímetro servem como valioso indicativo da situação do imóvel e podem ser
usadas como subsídio ao licenciamento ambiental. Para um melhor uso dessas informações
recomenda-se analisar simultaneamente os dados absolutos e proporcionais das superfícies
calculadas para as classes de cada mapa.
5.1 Diagnóstico do meio natural
5.1.1 Relevo
O relevo do PA Santa Rosa foi analisado a partir de dados altimétricos das cartas em escala
1:50.000 da DSG, utilizados para a elaboração de um Modelo Numérico do Terreno (MNT) e
cálculo das declividades. A Figura 9 e a Tabela 11 mostram, respectivamente, a distribuição
espacial e a superfície ocupada por diferentes faixas altimétricas no imóvel. A Figura 10 e a
Tabela 12 mostram, respectivamente, a distribuição espacial e a superfície ocupada por
diferentes faixas de declividade.
Analisando-se esses dados pode-se observar que o relevo da área correspondente ao PA
Santa Rosa é predominantemente plano. As altitudes variam aproximadamente entre 360 e
480 metros, dos quais cerca de 48,74 ha (2,28% da área total) encontram-se acima de 420
metros, em locais constituídos de topos de coxilhas.
As declividades se distribuem de forma relativamente homogênea pela área do PA Santa Rosa,
com a predominância de inclinações planas. A maior parte da área apresenta inclinações
inferiores a 5%, constituindo pendentes suaves que totalizam aproximadamente cerca de
1.933,52 ha (90,48% da área total). As áreas com mais de 5% de inclinação são menos
expressivas, constituindo áreas de relevo suave ondulado a muito ondulado, totalizando cerca
de 1,58 ha (0,07% da superfície total).
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Tabela 11. Área ocupada pelas diferentes faixas de altitude no PA Santa Rosa.
Faixa de altitude (m)
Área (ha)
Área (%)
360 a 380 m
31,19
1,46
380 a 400 m
262,33
12,28
400 a 420 m
1113,06
52,08
420 a 440 m
531,05
24,85
440 a 460 m
150,65
7,05
460 a 480 m
48,7400
2,28
Total
2.137,02
100,00
Tabela 12. Área ocupada pelas diferentes faixas de declividade no PA Santa Rosa.
Faixa de declividade (m)
Área (ha)
Área (%)
0 a 5%
1933,52
90,48
5 a 10%
180,33
8,44
10 a 15%
21,59
1,01
15 a 25%
1,58
0,07
2.137,02
100,00
Total
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222000
224000
226000
228000
230000
6786000
6786000
6788000
6788000
220000
Ri
o
Iv
ai
6784000
6784000
io
ro
Ar
s
iro
rr e
Ba
io C
ai x
aD
' Ág
ua
6780000
6780000
6782000
6782000
Arr
o
220000
222000
Classes de altitude
360 a 380 m
380 a 400 m
224000
226000
Malha viária
Estrada Municipal sem pavimentação
228000
1000
230000
0
1000 m
N
Ruas urbanas
Ferrovia
400 a 420 m
420 a 440 m
Caminho/trilha
Hidrografia
440 a 460 m
Curso d'água perene
460 a 480 m
Curso d'água intermitente
Corpo d'água
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Figura 9. Faixas de altitude no PA Santa Rosa.
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222000
224000
226000
228000
230000
6786000
6786000
6788000
6788000
220000
Ri
o
Iv
ai
6784000
6784000
io
ro
Ar
s
iro
rr e
Ba
io C
ai x
aD
' Ág
ua
6780000
6780000
6782000
6782000
Arr
o
220000
222000
Classes de declividade
0 a 5%
5 a 10%
224000
226000
Malha viária
Estrada Municipal sem pavimentação
228000
1000
230000
0
1000 m
N
Ruas urbanas
Ferrovia
10 a 15%
15 a 25%
Caminho/trilha
Hidrografia
Curso d'água perene
Curso d'água intermitente
Corpo d'água
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Figura 10. Faixas de declividade no PA Santa Rosa.
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5.1.2 Recursos hídricos
A Figura 11 mostra a rede de drenagem superficial do PA Santa Rosa com base nas cartas em
escala 1:50.000 da Diretoria de Serviço Geográfico do Exército (DSG), Folha SH.22-V-C-I-1
(Tupanciretã).
Analisando-se a figura 11 observa-se que a rede de drenagem do PA é formada por vários
pequenos cursos d’água que fluem para o arroio Barreiros, para o arroio Caixa D’água e para
rio Ivaí. Tanto o arroio Barreiros quanto o arroio Caixa D’água e rio Ivaí apresentam
comportamento perene, ou seja, possuem fluxo permanente de água mesmo em estações
mais secas.
A rede de drenagem interna apresenta sete nascentes, todas apresentando comportamento
intermitente, ou seja, sofrendo a influência de períodos de estiagem e freqüentemente ficando
secas. O comportamento dos cursos d’água próximo às nascentes é semelhante a estas, ou
seja, é intermitente, passando a assumir um comportamento mais perene a jusante quando
atingem áreas de topografia mais baixa e mais plana.
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220000
222000
#
226000
228000
#
#
#
230000
#
#
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#
#
#
#
#
6788000
6788000
#
224000
#
#
#
#
#
#
#
#
#
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#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
io
ro
Ar
6786000
6786000
#
#
#
s
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rr e
Ba
#
#
Ri
o
#
#
Iv
ai
#
#
6784000
#
#
#
#
#
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Ca
ixa
D' Á
g
#
#
#
#
6784000
#
ua
#
#
#
6782000
6782000
#
#
#
#
#
#
#
6780000
#
#
#
#
#
#
6780000
#
#
#
#
220000
222000
Hidrografia
224000
226000
Malha viária
Curso d'água perene
Estrada Municipal sem pavimentação
Curso d'água intermitente
Ruas urbanas
Corpo d'água
228000
1000
230000
0
1000 m
N
Ferrovia
Caminho/trilha
#
Nascente
Limite do PA
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Figura 11. Mapa de recursos hídricos no PA Santa Rosa.
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5.1.3 Áreas de preservação e conservação
As áreas de preservação e conservação consideradas incluem a superfície ocupada no imóvel
por APP (Áreas de Preservação Permanente) e por ARL (Área de Reserva Legal). As APP
foram espacializadas de acordo com a Lei Federal n. º 4.771, de 15 de setembro de 1965
(Código Florestal), Lei n. º 7.803 de 18 de julho de 1989 (Altera o Código Florestal) e
Resolução do CONAMA N º 387, de 27 de dezembro de 2006, que trata do licenciamento de
projetos de assentamento da reforma agrária, das quais aplicam-se ao PA Santa Rosa os
seguintes critérios:
•
30 m ao longo dos cursos d’água com menos de 10 m de largura;
•
50 m em torno de nascentes;
•
50 m em torno da barragem (corpos d'água até 20 ha).
A delimitação das APP baseou-se em levantamentos de campo e na cartografia em escala
1:50.000 existente para a área em análise.
Quanto à ARL, de acordo com a Medida Provisória N.º 2166-67 de 21 de agosto de 2001, 20%
da área do imóvel deve ser mantida com esse caráter. Durante a averiguação em campo
constatou-se que existe a previsão de uma área para essa finalidade no PA, mas ela não se
encontra averbada. A Tabela 13 mostra a superfície ocupada por APP e ARL no PA Santa
Rosa.
Tabela 13. Superfície ocupada por áreas APP e ARL no PA Santa Rosa.
Tipo de área protegida
Superfície ocupada (ha)
Proporção do imóvel (%)
APP
145,57
6,81
ARL
0,0
0,0
5.1.4 Capacidade de uso das terras
O sistema de capacidade de uso das terras foi desenvolvido pelo Serviço Nacional de
Conservação do Solo dos Estados Unidos da América no ano de 1951, segundo Klingebiel &
Montgomery (1961). Seu enfoque está relacionado com a conservação dos solos, onde são
analisadas as potencialidades dos mesmos, com maior ênfase nas suas limitações. Este
sistema é recomendado para áreas que possuem levantamentos pedológicos em nível
detalhado ou no máximo semidetalhado considerando ainda que o nível de manejo deve ser de
médio a alto.
É importante ressaltar que o mapa de capacidade de uso das terras pode ser obtido a partir de
um levantamento pedológico semidetalhado ou detalhado ou ainda por meio de um
levantamento denominado utilitário. O levantamento utilitário é um inventário de dados
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essenciais relativos às características e propriedades da terra relevantes para a sua
classificação de uso e outras necessárias para o planejamento conservacionista.
Estas informações referem-se a certos atributos do solo, à declividade do terreno, à erosão das
terras, a fatores limitantes da terra, ao uso atual da área e ao estágio de desmatamento, entre
outras características gerais (Anexo I).
As informações referidas são convencionalmente escritas de uma forma numérica e literal
sendo representadas por uma fórmula mínima obrigatória.
Profundidade
efetiva
Textura
Permeabilidade
3 - 3/2 - 1/2
X
Uso atual
(pd2 - di - Lp)
B - 2.7
Classe de
declividade
Erosão
Fatores
limitantes
5.1.4.1 Avaliação de capacidade de uso
A avaliação da capacidade de uso do PA Santa Rosa foi realizada por meio de um
levantamento utilitário, analisando-se in loco as características relevantes do solo para a
classificação de uso e outras características importantes para o planejamento conservacionista.
A classificação da paisagem através das variáveis acima descritas permitiu obter-se um mapa
de capacidade de uso.
Também foram incluídas as áreas de preservação permanente (APP), cuja delimitação
obedeceu à Resolução do Resolução do CONAMA N º 387, de 27 de dezembro de 2006, que
trata do licenciamento de projetos de assentamento da reforma agrária. A delimitação das APP
baseou-se em levantamentos de campo e na cartografia em escala 1:50.000 existente para a
área em análise.
Dos critérios definidos na Resolução do CONAMA Nº 387, de 27 de dezembro de 2006,
aplicam-se ao PA Santa Rosa a delimitação de uma faixa de área de 50 m em torno das
nascentes, 30 m de faixa ao longo dos cursos d’água com menos de 10 m de largura e 50 m de
faixa em torno de corpos d’água até 20 ha (barragem). Não ocorrem no imóvel, áreas
declivosas o suficiente para serem enquadradas como APP.
O resultado quantitativo da avaliação da capacidade de uso do PA Santa Rosa pode ser visto
na Figura 12 (Anexo II) e na Tabela 14. Unidades de capacidade de uso das terras, suas
respectivas áreas e fatores limitantes no PA Santa Rosa.
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Tabela 14. Unidades de capacidade de uso das terras, suas respectivas áreas e fatores limitantes no PA
Santa Rosa.
Classe de
capacidade de uso
Fator
limitante
Unidade de Uso
Área (ha)
Área (%)
III e, t
Erosão
Declividade
370,71
17,35
III e, ma
Erosão
Horizonte A muito arenoso
419,27
19,62
lll s, di
Solo
Distrofismo
1169,12
54,71
IV a, hi
Inundação
Hidromorfismo
32,35
1,51
VIII l, app
Legislação
Áreas de Preservação Permanente
145,57
6,81
2.137,02
100,00
Total
O mapa apresentado na Figura 12 e os dados da Tabela 14 mostram que o maior grupo de
terras no PA pertence à classe III (III e, t; III e, ma; III a, hi), que com maior ou menor
intensidade permitem uso com culturas anuais, ocupando cerca de 1.959,1 ha (91,68% do
total). Nas terras da classe III e, t a limitação deve-se à declividade acentuada e nas terras da
classe III e, ma as limitações devem-se ao risco de erosão em função do horizonte superficial
muito arenoso. Em ambas é necessário adotar práticas adequadas de conservação do solo em
função da suscetibilidade à erosão. Nas terras da classe III s, di as limitações devem-se
principalmente às características químicas do solo (distrofismo).
O restante das terras do PA é representado por terras das classes IV a, hi, totalizando cerca de
32,35 ha, o que representa quase 1,51 % da área. Nestas terras as limitações devem-se ao
hidromorfismo decorrente do risco de inundação.
As terras da classe VIII l, APP (Áreas de Preservação Permanente), que constituem áreas de
uso restrito do ponto de vista legal, ocupam cerca de 145,57 ha o que representa cerca de
6,81% do total.
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222000
224000
226000
228000
230000
6786000
6786000
6788000
6788000
220000
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6784000
6784000
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6780000
6780000
6782000
6782000
Arr
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Ca
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D' Á
g
220000
222000
Capacidade de uso
lll e, ma
lll e, t
224000
226000
Malha viária
228000
1000
Estrada Municipal sem pavimentação
230000
0
1000 m
N
Ruas urbanas
Ferrovia
lll s, di
lV a, hi
VIII l, app
Caminho/trilha
Hidrografia
Curso d'água perene
Curso d'água intermitente
Corpo d'água
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Figura 12. Mapa das classes de capacidade de uso das terras do PA Santa Rosa.
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5.1.5 Uso do solo
O uso do solo foi mapeado em duas épocas distintas a fim de se avaliar as alterações
ocorridas com a implantação do PA Santa Rosa. A metodologia utilizada para produção dos
mapas temáticos de uso e cobertura do solo foi à interpretação visual em tela de imagens do
satélite Landsat, órbita ponto 222/082. Foram produzidos dois mapas temáticos de uso e
cobertura do solo, um referente ao período anterior à implantação do PA (17/09/1997)
(Figura 13) e outro relacionado ao período posterior à implantação do PA (21/11/2003)
(Figura 14), (Anexo III). A área ocupada pelas diferentes classes, no período anterior e
posterior à implantação, estão listadas nas Tabela 15 e Tabela 16.
Tabela 15. Superfície ocupada pelos diferentes usos no PA Santa Rosa no período anterior (17/09/1997) e
posterior (21/11/2003) à implantação do PA.
Classes de uso
N º de manchas
2003
1997
2003
25
253,06
1.227,70
11,84
57,45
2
7
1,09
4,61
0,05
0,22
Campo seco
21
29
844,90
131,70
39,54
6,16
Campo úmido
43
64
593,27
400,19
27,76
18,72
Construções
2
2
0,75
0,75
0,04
0,04
Mata nativa
23
18
110,25
145,08
5,16
6,79
Pousio
10
13
284,43
72,51
13,31
3,39
Silvicultura
4
11
49,27
43,85
2,30
2,05
Vegetação arbustiva
0
13
0
110,63
0,00
5,18
2.137,02
2.137,02
100,00
100,00
Água
Total
2003
11
Proporção do total
(%)
1997
Agricultura/solo exposto
1997
Superficie ocupada
(ha)
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Tabela 16. Superfície ocupada pelos diferentes usos nas APP do PA Santa Rosa no período anterior
(17/09/1997) e posterior (21/11/2003) à implantação do PA.
Classes de uso
N º de manchas
Superficie ocupada
(ha)
Proporção do total
(%)
1997
2003
1997
2003
1997
2003
Agricultura/solo exposto
13
50
10,56
33,43
7,41
23,47
Campo seco
31
9
27,18
2,96
19,09
2,08
Campo úmido
35
35
59,37
38,16
41,69
26,80
Mata nativa
24
24
35,06
53,13
24,62
37,31
Pousio
16
1
10,24
0,90
7,19
0,63
Silvicultura
0
2
0,00
1,08
0,00
0,76
Vegetação arbustiva
0
11
0,00
12,75
0,00
8,95
142,41
142,41
100,00
100,00
Total
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222000
224000
226000
228000
230000
6786000
6786000
6788000
6788000
220000
Ri
o
Iv
ai
6784000
6784000
io
ro
Ar
s
iro
rr e
Ba
ua
6780000
6780000
6782000
6782000
Arr
oio
Ca
ixa
D' Á
g
220000
222000
Uso do solo (17/09/1997)
Agricultura/solo exposto
Água
224000
226000
Malha viária
Estrada Municipal sem pavimentação
228000
1000
230000
0
1000 m
N
Ruas urbanas
Ferrovia
Campo seco
Campo úmido
Caminho/trilha
Hidrografia
Construções
Curso d'água perene
Mata nativa
Curso d'água intermitente
Pousio
Corpo d'água
Silvicultura
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Figura 13: Uso anterior à implantação do PA Santa Rosa.
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222000
224000
226000
228000
230000
6786000
6786000
6788000
6788000
220000
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6784000
io
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s
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rr e
Ba
ua
6780000
6780000
6782000
6782000
Arr
oio
Ca
ixa
D' Á
g
220000
222000
Uso do solo (21/11/2003)
224000
226000
Malha viária
Agricultura/solo exposto
Estrada Municipal sem pavimentação
Água
Ruas urbanas
Campo seco
Campo úmido
Construções
228000
1000
230000
0
1000 m
N
Ferrovia
Caminho/trilha
Hidrografia
Curso d'água perene
Mata nativa
Curso d'água intermitente
Pousio
Corpo d'água
Silvicultura
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Vegetação arbustiva
Figura 14: Uso após a implantação do PA Santa Rosa.
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Comparando as classes de uso e cobertura do solo antes e após a implantação do PA Santa
Rosa, verifica-se que algumas classes sofreram alterações significativas e outras mantiveramse com uma área praticamente estável entre os dois períodos.
As áreas ocupadas com agricultura ou solo exposto ocupavam 253,06 ha (11,84% do total do
PA) antes da implantação do PA Santa Rosa e passaram para 1.227,70 ha (57,45% do total),
um aumento de 974,64 ha que representa um incremento de área de 385,14%. O aumento na
área foi acompanhado pelo número de manchas, que passou de onze para 25 manchas.
A classe referente a corpos d`água, menos expressiva que as demais, mostrou um aumento.
Ocupava uma área de 1,09 ha (0,05% do total) antes da implantação do PA e passou para 4,61
ha (0,22% do total) após a implantação, um aumento de 3,52 ha que representa um incremento
proporcional de 322,94%. O número de manchas desta classe também aumentou, passando de
duas para sete manchas.
A classe campo seco ocupava cerca de 844,90 ha (39,54% do total) da implantação do PA e
após a implantação passa a ocupar 131,70 ha (6,16% do total), uma redução de 713,20 ha, que
corresponde a um decréscimo de 84,41%. Apesar da redução na superfície, o número de
manchas aumentou, passando de 21 para 29 manchas. A significativa redução na superfície de
campo seco e o aumento no número de manchas é resultante do grande avanço no uso
agrícola do PA.
As áreas de campo úmido também apresentaram uma redução na superfície ocupada entre os
dois períodos. Antes da implantação do PA ocupavam cerca de 593,27 ha (27,76% do total do
PA) e após a implantação passam a ocupar 400,19 ha (18,73% do total), uma redução de 193,08
ha que representa um decréscimo relativo de 32,55% entre os dois períodos. O número de
manchas de campo úmido aumentou de 43 para 64 manchas.
A superfície ocupada por construções (galpões, silos, etc.) manteve-se a mesma entre os dois
períodos analisados, totalizando 0,75 ha (0,04% do total do PA).
As áreas ocupadas por mata nativa apresentaram um incremento. Esta classe é representada
por formações florestais nativas correspondentes às matas de galeria junto ao arroio Barreiros,
ao arroio Caixa D’Água e ao rio Ivaí e à mata ciliar presente ao longo das sangas e ao redor
das nascentes, bem como às manchas de capões e caponetes remanescentes de mata nativa
distribuídos pela área. As formações florestais nativas ocupavam antes da implantação do PA
cerca de 110,25 ha (5,16% do total do PA) e após a implantação do PA passam a ocupar cerca
de 145,08 ha (6,79% do total), um aumento de 34,83 ha que representa incremento de 31,59%.
Apesar do aumento na superfície, o número de manchas diminuiu, passando de 23 para 18
manchas.
A classe pousio representa áreas anteriormente preparadas para o plantio e que depois não
foram novamente utilizadas. Estas áreas encontram-se, em sua maioria, cobertas por
vegetação campestre nativa em regeneração, com a predominância de espécies pioneiras. As
áreas de pousio ocupavam antes da implantação do PA cerca de 284,43 ha (13,31% do total
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do PA) e após a implantação passam a ocupar 72,51 ha (3,39% do total), uma redução de
211,92 ha que representa um decréscimo de 74,51%. Apesar da redução na área ocupada, o
número de manchas de pousio aumentou de dez para treze manchas.
As áreas cultivadas com silvicultura ocupavam antes da implantação do PA cerca de 49,27 ha
(2,31% do total do PA) e após a implantação passam a ocupar 43,85 ha (2,05% do total), uma
redução de 5,42 ha que representa um decréscimo de 11%. Apesar da redução na área
ocupada, o número de manchas de silvicultura aumentou de quatro para onze manchas.
A classe vegetação arbustiva não foi encontrada antes da implantação do PA Santa Rosa. Esta
classe é a transição natural entre o campo e a mata, composta por vegetação campestre,
vassourais e já alguns indivíduos jovens de espécies pioneiras da mata. No período posterior à
implantação do PA, a vegetação arbustiva passa a ocupar cerca de 110,63 ha (5,18% do total
do PA), distribuídos em treze manchas.
No que se refere à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), no período anterior
à implantação do PA Santa Rosa cerca de 20,8 ha (14,61% do total das APP) destas áreas de
proteção legal encontravam-se impactadas com uso antrópico (Agricultura/solo exposto ou
pousio). O restante das APP, cerca de 121,61 ha (85,39% do total das APP) encontrava-se
ainda sob o predomínio de cobertura vegetal natural de campo seco, campo úmido, mata
nativa ou vegetação arbustiva.
Após a implantação do PA Santa Rosa, as APP passam a apresentar um impacto antrópico
maior, com cerca de 35,41 ha (24,86% do total das APP) ocupados por usos antrópicos
(Agricultura/solo exposto, pousio ou silvicultura). O restante das APP, cerca de 107 ha (75,14%
do total das APP) encontravam-se ainda sob o predomínio de cobertura vegetal natural de
campo seco, campo úmido, mata nativa ou vegetação arbustiva.
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5.1.6 Vegetação
O Quadro 1 abaixo apresenta a listagem de espécies florestais e campestres registradas
através do método do caminhamento nos Projetos de Assentamento dos municípios de
Tupanciretã (PA Banrisul I, PA Banrisul II, PA Santa Rosa, PA São Francisco II, PA Nossa
Senhora de Fátima, PA Nova Várzea, PA Invernada, PA Invernada das Mulas, PA São
Domingos) e Jóia (PA Santa Tecla, PA Ceres, PA Rondinha, PA Tarumã e PA Barroca). Foram
encontradas 297 espécies de plantas florestais, destas, 126 espécies são árvores, 55 espécies
são trepadeiras, 47 espécies são ervas, 43 espécies são arbustos, 29 espécies são epífitas e 2
espécies hemiparasitas.
Existem algumas espécies desta listagem que ocorrem apenas no PA Ceres, espécies estas
características da floresta do Alto Uruguai. Dentre elas temos: a grápia (Apuleia leiocarpa), o
pau-marfim (Balfourosdendron riedelianum), a catuaba (Trichilia catigua), o pau-de-malho
(Machaerium stipitatum), a canela-do-brejo (Machaerium paraguariense), a caixeta (Schefflera
morototonii), Mansoa difficilis, carne-de-pobre (Pereskia aculeata), alecrim (Holocalyx
balansae) entre outras.
As espécies foram distribuídas nas suas famílias correspondentes segundo o novo sistema de
classificação APG II.
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
ACANTHACEAE
Justicia brasiliana
junta-de-cobra-vermelha
floresta
arbu
Ruellia angustiflora
flor-de-fogo
floresta
arbu
chapéu-de-couro
floresta
herb
piriquito-da-serra
floresta
ALISMATACEAE
Echinodorus cf. grandiflorus
AMARANTHACEAE
Alternanthera micrantha
VU
herb
Iresine diffusa
floresta
herb
cf. Chamissoa sp.
floresta
herb
Quadro 1. Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos municípios
de Jóia e Tupanciretã, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo; arbu=
arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
ANACARDIACEAE
Lithraea brasiliensis
aroeira-brava
floresta
arb
Lithraea molleoides
aroeira-brava
floresta
arb
Schinus terebinthifolius
aroeira-vermelha
floresta
arb
araticum
floresta
arb
Centella asiatica
campo
herb
Eryngium balansae
campo
arbu
Eryngium ciliatum
campo
herb
Eryngium ebracteatum
campo
herb
ANNONACEAE
Rolinia salicifolia
APIACEAE
Eryngium horridum
caraguatá
campo
herb
Eryngium pandanifolium
carag. banhado
campo
arbu
floresta
herb
floresta
herb
floresta
tre
Dichondra cf. microcalyx
Hydrocotyle leucocephala
erva-capitão-miúdo
APOCYNACEAE
Apocynaceae sp. (peluda)
Araujia sericifera
paina-de-seda
floresta
tre
Aspidosperma australe
peroba, piquiá
floresta
arb
Forsteronia cf. leptocarpa
cipó-de-leite
floresta
tre
Forsteronia glabrescens
cipó-de-leite
floresta
tre
Forsteronia sp.
cipó-de-leite
floresta
tre
floresta
tre
floresta
tre
floresta
tre
Jobinia connivens
Peltastes peltatus
Tassadia subulata
cipó-benção, leiteira
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies
introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
AQUIFOLIACEAE
Ilex brevicuspis
caúna-da-serra
floresta
arb
Ilex paraguariensis
erva-mate
floresta
arb
Ilex theezans
caúna
floresta
arb
floresta
herb
caixeta
floresta
arb
pinheiro-brasileiro
floresta
jerivá
floresta
arb
cipó-mil-homens
floresta
tre
Asplenium claussenii
floresta
herb
Asplenium gastonis
floresta
epi
Asplenium sellowianum
floresta
herb
campo
herb
campo
arbu
campo
herb
campo
herb
ARACEAE
Spathicarpa hastifolia
ARALIACEAE
Schefflera morototoni
ARAUCARIACEAE
Araucaria angustifolia
VU
arb
ARECACEAE
Syagrus romanzoffiana
ARISTOLOCHIACEAE
Aristolochia triangularis
ASPLENIACEAE
ASTERACEAE
Aspilia montevidensis
Baccharis trimera
carqueja
Eupatorium macrocephalum
Senecio brasiliensis
maria-mole
Trichocline catharinensis
cravo do campo catarinense campo
Vernonia chamaedrys
Vernonia nudiflora
alecrim
EN
herb
campo
arbu
campo
arbu
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
ASTERACEAE (cont.).
Vernonia tweediana
campo
arbu
Baccharis anomala
parreirinha-do-mato
floresta
tre
Baccharis dracunculifolia
vassoura-branca
borda
arbu
Baccharis trimera
carqueja
floresta
herb
floresta
tre
floresta
herb
floresta
herb
Baccharis vincaefolia
Bidens pilosa
picão-preto
Calyptocarpus biaristatus
Chaptalia nutans
arnica-do-mato
floresta
herb
Conyza cf. bonariensis
voadeira
floresta
herb
floresta
herb
Conyza notobelidiastrum
Dasyphyllum brasiliense
guaiapá-pareira, liana-agulha
floresta
tre
Dasyphyllum spinescens
sucará
floresta
arb
Ellephantoppus mollis
suçuiaia
floresta
herb
Eupatorium cf. inulifolium
vassoura
floresta
arbu
Gochantia polymorpha
cambará
floresta
arb
Mikania cordifolia
guaco
floresta
tre
Mikania glomerata
guaco
floresta
tre
Mikania involucrata
guaco
floresta
tre
Mikania sp.
guaco
floresta
tre
Mutisia sp.
cravo-divino-formoso
floresta
tre
Piptocarpha sellowii
cipó-prata
floresta
tre
Smalanthus connatus
yacon-nativo
floresta
Vernonia cf. polyanthes
assa-peixe
floresta
arbu
begônia
floresta
herb
VU
arbu
BEGONIACEAE
Begonia cucculata
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
BERBERIDACEAE
floresta
arbu
Arabidea selloi
floresta
tre
Bignoniaceae sp.1
floresta
tre
Bignoniaceae sp.2
floresta
tre
Clitostoma callistegioides
floresta
tre
Berberis laurina
espinho-de-são-joão
BIGNONIACEAE
Jacaranda micrantha
caroba
floresta
arb
Macfadyena unguis-cati
cipó-unha-de-gato
floresta
tre
Mansoa difficilis
cipó-de-corda, cipó-alho
floresta
tre
Melloa quadrivalvis
unha-de-gato-grande
floresta
tre
Phitecoctenium crucigerum
cipó-escova-de-macaco
floresta
tre
floresta
arbu
BLECHNACEAE
Blechnum brasiliense
BORAGINACEAE
Cordia americana
guajuvira
floresta
arb
Cordia ecalyculata
louro-mole
floresta
arb
floresta
arbu
floresta
arb
floresta
tre
Cordia monosperma
Cordia trichotoma
louro-pardo
Tournefortia sp.
BROMELIACEAE
Tillandsia tenuifolia
cravo-do-mato
floresta
VU
epi
Aechmea recurvata
bromélia
floresta
VU
epi
Bilbergia nutans
bromélia
floresta
VU
epi
Tillandsia cf. gardneri
cravo-do-mato
floresta
VU
epi
Tillandsia cf. mallemontii
cravo-do-mato
floresta
VU
epi
Tillandsia geminiflora
cravo-do-mato
floresta
VU
epi
Tillandsia usneoides
barba-de-pau
floresta
VU
epi
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
CACTACEAE
Lepismium cruciforme
rabo-de-rato, conambaia
Lepismium houlletianum
Pereskia aculeata
carne-de-pobre
Rhipsalis sp.
floresta
epi
floresta
epi
floresta
tre
floresta
epi
CANNABACEAE
Celtis cf. iguanea
esporão-de-galo
floresta
arb
Celtis sp.
taleira
floresta
arb
Trema micrantha
grandiúva
floresta
arb
Citronella gongonha
congonha-do-brejo
floresta
arb
Citronella paniculata
congonha
floresta
arb
mamãozinho-do-mato
floresta
arb
floresta
herb
floresta
arbu
floresta
arb
cipó-pau
floresta
tre
sarandi-amarelo
floresta
arb
Commelina cf. erecta
floresta
herb
Commelinaceae sp.
floresta
herb
Tradescantia fluminensis
floresta
epi
CARDIOPTERIDACEAE
CARICACEAE
Vasconcella quercifolia
CARYOPHILLACEAE
Drymaria cordata
CELASTRACEAE
Maytenus muelleri
espinheira-santa
Schaefferia argentinensis
Pristimera andina
COMBRETACEAE
Terminalia australis
COMMELINACEAE
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
CONVOLVULACEAE
campo
herb
campo
herb
campainha
floresta
tre
taiuiá
floresta
tre
floresta
tre
floresta
arb
Cyperus aggregatus
campo
herb
Cyperus luzulae
campo
herb
Kyllinga vaginata
campo
herb
Pycreus lanceolatus
campo
herb
Rhynchospora tenuis
campo
herb
Rynchospora corimbosa
campo
herb
Carex cf. sellowiana
floresta
herb
Scleria sp.
floresta
herb
floresta
tre
floresta
tre
floresta
arbu
samambaia-preta
floresta
herb
maria-preta, caqui-do-mato
floresta
arb
Dichondra sericea
orelha de rato
Evolvolus sericeus
Ipomoea cairica
CUCURBITACEAE
Cayaponia sp.
Cucurbitaceae sp.
CYATHEACEAE
Alsophila setosa
xaxim-de-espinho
CYPERACEAE
DIOSCOREACEAE
Dioscorea cf. campestris
rasga-canela
Dioscorea sp.
DRYOPTERIDACEAE
Dryopteridaceae sp.
Rumhora adiantiformis
EBENACEAE
Diospyros inconstans
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
ERYTHROXYLACEAE
Erythoxylum deciduum
cocão
floresta
arb
Erythroxylum myrsinites
cocãozinho
floresta
arb
canudo-de-pito
floresta
arb
Acalypha gracilis
crista-de-peru
floresta
arbu
Bernardia pulchella
canela-de-virá
floresta
arbu
floresta
arbu
ESCALLONIACEAE
Escallonia bifida
EUPHORBIACEAE
cf. Bernardia sp.
Dalechampia sp.
cipó-urtiga
floresta
tre
Gymnanthes concolor
laranjeira-do-mato
floresta
arb
Manihot grahamii
mandioca-braba
floresta
arb
Phyllanthus cf. niruri
quebra-pedra
floresta
herb
Phyllanthus sellowianus
sarandi
floresta
arbu
Sapium glandulosum
pau-leiteiro
floresta
arb
Sapium longifolius
toropi
floresta
arb
Sebastiania brasiliensis
leiterinho
floresta
arb
Sebastiania commersoniana
branquilho
floresta
arb
Tragia volubilis
cipó-urtiguinha
floresta
tre
amendoim nativo
campo
herb
Chamaecrista repens
campo
herb
Clitoria nana
campo
herb
Desmanthus virgatus
campo
herb
Desmodium barbatum
campo
herb
campo
herb
FABACEAE
Arachis burkatii
Desmodium incanum
pega-pega
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284.3300
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
FABACEAE (cont.)
Desmodium polygaloides
campo
herb
Eriosema taquaremboense
campo
herb
Galactia pretiosa
campo
herb
Macroptilium heterophyllum
campo
herb
Macroptilium prostratum
campo
herb
Rhynchosia diversifolia
campo
herb
Rhynchosia senna
campo
herb
Stylosantes montevidensis
campo
herb
Stylosantes viscosa
campo
herb
Trifolium riograndense
campo
herb
Zornia sp.
campo
herb
tre
Acacia velutina
unha-de-gato, garapiá
floresta
Apuleia leiocarpa
grápia
floresta
Bauhinia microstachya
cipó-escada-de-macaco
floresta
tre
Calliandra tweediei
topete-de-cardeal
floresta
arb
Dalbergia frutescens
rabo-de-bugio
floresta
arb
Erythrina crista-galli
corticeira-do-banhado
floresta
imune
arb
Gleditsia amorphoides
sucará
floresta
EN
arb
Holocallyx balansae
alecrim
floresta
arb
Inga marginata
ingá-feijão
floresta
arb
Inga vera
ingá-banana
floresta
arb
Lonchocarpus campestris
rabo-de-bugio
floresta
arb
Machaerium paraguariense
canela-do-brejo
floresta
arb
Machaerium stipitatum
pau-de-malho
floresta
arb
floresta
arbu
Mimosa cf. pilulifera
VU
arb
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284.3300
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
FABACEAE (cont.)
Myrocarpus frondosus
cabreúva
floresta
Parapiptadenia rigida
angico-vermelho
floresta
arb
Senna corymbosa
fedegoso
floresta
arbu
floresta
tre
floresta
herb
Vigna sp.
VU
arb
HIPOXIDACEAE
Hypoxis decumbens
LAMIACEAE
Cunila galioides
poejinho-do-campo
campo
herb
Cunilla menthiformis
poejo
floresta
herb
Hyptis altheifolia
campo
herb
Hyptis cf. mutabilis
floresta
herb
Lantana chamara
camaradinha
floresta
tre
Ocimum micranthum
alfavaca-do-mato
floresta
herb
Vitex megapotamica
tarumã
floresta
arb
Nectandra lanceolata
canela-amarela
floresta
arb
Nectandra megapotamica
canela-fedorenta
floresta
arb
Ocotea acutifolia
canela-da-campanha
floresta
arb
Ocotea puberula
canela-guaicá
floresta
arb
Ocotea pulchella
canela-lageana
floresta
arb
esporão-de-galo
floresta
arb
erva-de-passarinho
floresta
hemi
LAURACEAE
LOGANIACEAE
Strichnos brasiliensis
LORANTHACEAE
Tripodanthus acutifolius
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
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INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
Superintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR/11
Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
LYTHRACEAE
Cuphea sp.
sete-sangrias
floresta
herb
Heimia salicifolia
erva-da-vida
floresta
arbu
floresta
herb
floresta
tre
Higrophila sp.
MALPIGHIACEAE
Malpighiaceae sp.
MALVACEAE
Sida rhombifolia
guanxuma
campo
herb
Luehea divaricata
açoita-cavalo
floresta
arb
floresta
arbu
floresta
herb
floresta
herb
floresta
arbu
campo
herb
Pavonia sepium
Sida rhombifolia
guanxuma
Sida sp.
MARANTHACEAE
Marantha cf. arundinacea
araruta
MELASTOMATACEAE
Tibouchina gracilis
Leandra australis
pixirica
floresta
arbu
Miconia hyemalis
pixirica
floresta
arbu
Cedrela fissilis
cedro
floresta
arb
Trichilia catigua
catuaba
floresta
arb
Trichilia claussenii
catiguá-vermelho
floresta
arb
Trichilia elegans
pau-ervilha
floresta
arb
parreira-brava, cipó-buta
floresta
tre
MELIACEAE
MENISPERMACEAE
Cisampelos pareira
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
MORACEAE
Ficus citrifolia
figueira
floresta
imune
arb
Sorocea bonplandii
cincho
floresta
arb
Myrsine cf. laetevirens
capororoca
floresta
arb
Myrsine coriacea
capororoquinha
floresta
arb
Myrsine loefgrenii
capororoca-de-beira-de-rio
floresta
arb
Myrsine lorentziana
capororoca-do-brejo
floresta
arb
Blepharocalyx salicifolius
murta
floresta
arb
Calyptranthes concinna
guamirim-facho
floresta
arb
Campomanesia
guazumiaefolia
sete-capotes
floresta
arb
Campomanesia xanthocarpa
guabirobeira
floresta
arb
Eugenia hiemalis
aperta-cú
floresta
arbu
Eugenia involucrata
cerejeira
floresta
arb
Eugenia pyriformis
uvaia
floresta
arb
Eugenia ramboi
batinga-branca
floresta
arb
Eugenia uniflora
pitangueira
floresta
arb
Eugenia uruguayensis
pitangão
floresta
arb
Myrceugenia glauscecens
guamirim
floresta
arb
Myrcia bombycina
guamirim
floresta
arb
Myrcia palustris
guamirim
floresta
arb
Myrcia selloi
camboim
floresta
arb
Myrcianthes gigantea
araçazeiro-do-mato
floresta
arb
Myrcianthes pungens
guabiju
floresta
arb
Myrrhinium atropurpureum
guamirim-pau-ferro
floresta
arb
Psidium australe
araçá-do-campo
campo
herb
MYRSINACEAE
MYRTACEAE
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284.3300
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
ORCHIDACEAE
Acianthera higrophilla
floresta
epi
Capanemia micromera
floresta
epi
Oncidium cf. bifolium
floresta
epi
Oncidium crucigerum
floresta
epi
Oncidium sp.
floresta
epi
Orchidaceae sp.
floresta
epi
Trichocentrum pumilum
floresta
epi
floresta
arbu
Oxalis/Azedinho
campo
herb
Passiflora caerulea
maracujá-do-mato
floresta
tre
Passiflora elegans
maracujá-mirim
floresta
tre
Petiveria aliacea
capim-guiné
floresta
herb
Phytolacca dioica
umbu
floresta
arb
Seguiera aculeata
cipó-limoeiro-do-mato
floresta
tre
invasora
arb
Peperomia catharinae
floresta
epi
Peperomia delicatula
floresta
epi
Peperomia psilostachya
floresta
epi
Peperomia tetraphylla
floresta
epi
OSMUNDACEAE
Osmunda regalis
OXALIDACEAE
Oxalis sp.
PASSIFLORACEAE
PHYTOLACCACEAE
PINACEAE
Pinus sp.
PIPERACEAE
Piper aduncum
pariparoba
floresta
arbu
Piper mikanianum
pariparoba
floresta
arbu
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
POACEAE
Agrostis montevidensis
capim mimoso
campo
herb
Andropogon lateralis
capim caninha
campo
herb
Andropogon macrotrix
capim pluma
campo
herb
Andropogon selloanus
Plumas brancas
campo
herb
campo
herb
Andropogon virgatus
Aristida jubata
barba de bode
campo
herb
Aristida laevis
barba de bode alta
campo
herb
Axonopus affinis
grama tapete
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
Axonopus siccus
campo
herb
Axonopus sulfutus
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
Briza subaristata
campo
herb
Calamagrostis viridiflavescens capim de montevideo
campo
herb
Axonopus araujoi
Axonopus barbigerus
capim cabeludo
Axonopus glabrescens
Axonopus jesuiticus
Bothriocloa laguroides
grama missioneira
pluma branca
Bothriocloa longipaniculata
Brachiaria plantaginea
papuã
Cenchrus echinatus
capim amoroso
campo
herb
Chloris polydactyla
capim branco
campo
herb
Coelorachis selloana
capim cola de lagarto
campo
herb
Cynodon dactylon3
paulistinha
campo
herb
campo
herb
Dichanthelium sabulorum
Digitaria insularis
capim amargoso
campo
herb
Digitaria sanguinalis3
milhã
campo
herb
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
POACEAE (cont.).
Eleusine indica
capim pé-de-galinha
campo
herb
Eleusine tristachya
capim pé-de-galinha
campo
herb
campo
herb
Eragrostis airoides
Eragrostis bahiensis
capim açu
campo
herb
Eragrostis lugens
pasto ilusão
campo
herb
Eragrostis neesii
capim sereno
campo
herb
Eragrostis plana3
capim-annoni
campo
herb
campo
herb
campo
herb
Eriochrysis cayennensis
campo
herb
Eustachys disticophylla
campo
herb
Eustachys uliginosa
campo
herb
Hemarthria altissima
campo
herb
Eragrostis rojasii
Erianthus angustifolius
macega estaladeira
Leerzia hexandra
boiadeira
campo
herb
Leptocoryphium lanatum
capim prateado
campo
herb
Luziola peruviana
campo
herb
Panicum glabripes
campo
herb
Panicum parvifolium
capim da folha estreita
campo
herb
Paspalum dilatatum
capim melador
campo
herb
Paspalum nicore
grama cinzenta
campo
herb
Paspalum notatum
grama forquilha
campo
herb
campo
herb
Paspalum paniculatum
Paspalum plicatulum
capim colchão
campo
herb
Paspalum polyphyllum
capim lanoso
campo
herb
Paspalum pumilum
grama baixa
campo
herb
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
POACEAE (cont.).
Paspalum quarinii
campo
herb
Paspalum urvillei
capim das roças
campo
herb
Pennisetum clandestinum
quicuio
campo
herb
Piptochaetium montevidense
cabelo de porco
campo
herb
campo
herb
Piptochaetium ruprechtianum flechilhão
Piptochaetium stipoides
flechilha
campo
herb
Rhynchelytrum roseum
capim natal
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
campo
herb
Steinchisma decipiens
campo
herb
Steinchisma hians
campo
herb
Sacciolepis campestris
Schizachyrium sp.
cola de burro
Schyzachirium microstachyum
Setaria parviflora
Cola de raposa
Sorghastrum setosum
Sporobulos indicus
capim touceirinha
Chusquea juergensii
caráa
floresta
arbu
Chusquea ramosissima
taquarembó
floresta
arbu
Guadua trinii
taquaruçu
floresta
arb
Melica sarmentosa
capim-trepador
floresta
tre
Merostachys sp.
taquara-mansa
floresta
arb
Olyra sp.
taquarinha
floresta
herb
floresta
herb
Oplismenus hirtellus
Pharus lappulaceus
capim-bambuzinho
floresta
herb
Podocarpus lambertii
pinheiro-bravo
floresta
arb
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
POLYGONACEAE
Coccoloba cordata
pau-de-junta
floresta
arb
Polygonum sp.
erva-de-bicho
floresta
herb
floresta
herb
floresta
epi
floresta
epi
floresta
epi
Pleopeltis angusta
floresta
epi
Polypodium cf. lepidopetris
floresta
epi
Polypodium polypodioides
floresta
epi
floresta
herb
cf. Adiantopsis perfasciculata
floresta
herb
Doriopteris pedata
floresta
herb
campo
arbu
floresta
tre
Campyloneuron nitidum
POLYPODIACEAE
Microgramma squamulosa
cipó-cabeludo
Niphidium rufosquamatum
Pecluma sicca
samambaia-doce
PTERIDACEAE
Adiantum sp.
Pteridium aquilinum
avenca
samambaia-das-taperas
RANUNCULACEAE
Clematis bonariensis
RHAMNACEAE
Hovenia dulcis
uva-de-japão
invasora
arb
Scutia buxifolia
coronilha
floresta
arb
Prunus myrtifolia
pessegueiro-bravo
floresta
arb
Rubus cf. sellowii
amoreira-do-mato
floresta
tre
Rubus erythroclados
amoreira-do-mato
floresta
tre
Cephalanthus glabratus
sarandi
floresta
arbu
Chomelia obtusa
rasga-trapo
floresta
arb
ROSACEAE
RUBIACEAE
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
RUBIACEAE (cont.).
Coutarea hexandra
quina
floresta
arb
Guettara uruguensis
veludinho
floresta
arb
Psychotria carthagenensis
cafeeiro-do-mato
floresta
arbu
Psychotria leiocarpa
cafeeiro-do-mato
floresta
arbu
Psychotria myriantha
cafeeiro-do-mato
floresta
arbu
Randia armata
limoeiro-do-mato
floresta
arb
floresta
herb
café-do-mato
floresta
arbu
Balfourodendron riedelianum
pau-marfim, guatambu
floresta
arb
Helietta apiculata
canela-de-veado
floresta
arb
Pilocarpus pennatifolius
jaborandi
floresta
arb
Zanthoxylum fagara
coentrilho
floresta
arb
Zanthoxylum rhoifolium
mamica-de-cadela
floresta
arb
Banara parviflora
olho-de-pombo
floresta
arb
Banara tomentosa
guassatunga-preta
floresta
arb
Casearia decandra
guassatunga
floresta
arb
Casearia sylvestris
chá-de-bugre
floresta
arb
Salix humboldtiana
salseiro
floresta
arb
Xylosma pseudosalzmanii
sucará
floresta
arb
Xylosma tweediana
sucará
floresta
arb
erva-de-passarinho
floresta
hemi
Rubiaceae sp.
Rudgea parquioideis
RUTACEAE
SALICACEAE
SANTALACEAE
Eubrachion ambiguum
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
SAPINDACEAE
Allophylus edulis
chal-chal
floresta
arb
Allophylus guaraniticus
vacum
floresta
arb
Cardiospermum grandiflorum
chumbinho, balãozinho
floresta
tre
Cupania vernalis
camboatá-vermelho
floresta
arb
Matayba elaeagnoides
camboatá-branco
floresta
arb
Serjania cf. laruotteana
cipó-timbó
floresta
tre
Thinouia repanda
cipó-timbó
floresta
tre
Chrysophyllum gonocarpum
aguaí-guassu
floresta
arb
Chrysophyllum marginatum
aguaí-mirim
floresta
arb
Pouteria salicifolia
aguaí-mata-olho
floresta
arb
floresta
herb
barbasco
floresta
arbu
pau-amargo
floresta
japecanga
floresta
tre
Brunfelsia cf. australis
primavera
floresta
arb
Brunfelsia pilosa
primavera
floresta
arb
Capsicum flexuosum
pimenta-do-mato
floresta
arbu
Cestrum eunanthes
canemeira
floresta
arbu
Cestrum intermedium
canemeira
floresta
arb
SAPOTACEAE
SCHYZACEAE
Anemia phyllitidis
SCROPHULARIACEAE
Buddleia brasiliensis
SIMAROUBACEAE
Picrasma crenata
VU
arb
SMILACACEAE
Smilax cognata
SOLANACEAE
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies introduzidas.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Hábitat
Status de
ameaça
Hábito
SOLANACEAE (cont.).
Solanum americanum
erva-moura
floresta
herb
Solanum corymbiflorum
colhão-de-veado
floresta
arbu
floresta
tre
Solanum laxum
Solanum mauritianum
fumo-bravo
floresta
arb
Solanum pseudoquina
peloteira
floresta
arb
Solanum sanctaecatharinae
joá-manso
floresta
arb
Solanum sp. 2
floresta
arbu
Solanum sp.1
floresta
arbu
carne-de-vaca
floresta
arb
sete-sangrias
floresta
arb
Thelypteris sp.1
floresta
herb
Thelypteris sp. 2
floresta
herb
floresta
arbu
floresta
arbu
floresta
arbu
campo
herb
tarumã-de-espinho
floresta
arb
cipó-suma
floresta
arb
salsa-moura
floresta
tre
STYRACACEAE
Styrax leprosus
SYMPLOCACEAE
Symplocos uniflora
THELYPTERIDACEAE
THYMELAEACEAE
Daphnoposis racemosa
embira
URTICACEAE
Boehmeria cylindrica
Urera baccifera
urtigão
VERBENACEAE
Glandularia peruviana
Citharexylum montevidense
VIOLACEAE
Anchietea parvifolia
VITACEAE
Cissus striata
Quadro 1 (Cont.). Lista de espécies florestais e campestres, registradas para o conjunto de PA dos
municípios de Tupanciretã e Jóia, onde está inserido o PA Santa Rosa. 1 SEMA (2002); 2 arb= arbóreo;
arbu= arbustivo; epi= epifítico; herb= herbáceo; tre= trepador; hemi= hemiparasita; 3 espécies
introduzidas.
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5.1.6.1 Considerações sobre a vegetação campestre
A fisionomia de campo foi preferida para a expansão da área de lavoura ao longo dos anos,
ocupando atualmente aproximadamente 25% da área deste PA. A vegetação campestre desta
fisionomia é composta por diversas espécies, entre as quais existem muitas utilizadas como
alimento pelos herbívoros, ou seja, são forrageiras. Estas espécies forrageiras são utilizadas
tanto pela fauna nativa, quanto pelos herbívoros domésticos (bovinos, ovinos e eqüinos). O fato
das espécies nativas servirem como alimento aos animais dá a esta vegetação um caráter de
pastagem sendo então denominada pastagem nativa.
Esta formação vegetal, quando manejada de forma adequada nos potreiros, apresenta dois
estratos, um com espécies mais prostradas que cobrem densamente o solo e outro com
espécies mais eretas e arbustivas. Geralmente quando ocorre este estrato superior é que
verificamos uma maior disponibilidade de forragem aos animais, desejável do ponto de vista
produtivo, além de uma maior diversidade de espécies, importante do ponto de vista
conservacionista.
As gramíneas de campos altos (Araújo, 1971), geralmente mais secos, encontradas com maior
freqüência neste PA são: Andropogon lateralis (capim caninha), Andropogon selloanus (plumas
brancas), Dichanthelium sabulorum, Eragrostis lugens (pasto ilusão), Paspalum plicatulum
(capim colchão), Paspalum urvillei (capim das roças), Setaria parviflora (cola de raposa),
Sorghastrum setosum e Sporobulos indicus (capim touceirinha). Característicos de ambientes
com mais umidade, como várzeas e banhados, Calamagrostis viridiflavescens (capim de
montevideo), Eragrostis airoides, Eragrostis bahiensis (capim açu) e Paspalum pumilum (grama
baixa) são encontrados neste PA. Em campos em gramação e gramados, onde geralmente a
pressão de pastejo é maior, foram encontradas Axonopus affinis (grama tapete), Paspalum
dilatatum (capim melador), Paspalum nicore (grama cinzenta) e Paspalum notatum (grama
forquilha). Comum em beira de estradas, Rhynchelytrum roseum (capim natal) é bastante
freqüente neste PA. Estão presentes também Eustachys disticophylla e Steinchisma decipiens
entre as gramíneas, além de Aspilia montevidensis, Centella asiática, Eryngium ciliatum,
Eryngium ebracteatum, Hypoxis decumbens, Kyllinga vaginata e Rhynchospora tenuis
ocorrendo também outras espécies destas e de outras famílias, porém com uma menor
freqüência.
Formando o estrato superior estão as gramíneas Aristida jubata (barba de bode), Aristida laevis
(barba de bode alta), Erianthus angustifolius (macega estaladeira), Schizachyrium
microstachyum (cola de burro). De outras famílias são mais freqüentes Baccharis trimera
(carqueja) e Vernonia nudiflora.
Entre as leguminosas, encontra-se neste PA Chamaecrista repens, Desmodium barbatum,
Zornia sp. e Desmodium incanum (pega-pega). O pega-pega cresce no período quente do ano
apresentando uma alta freqüência em algumas áreas. As leguminosas são importantes para
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alimentação animal e para fixação de nitrogênio no solo, sendo favorecidas com a correção e
fertilização do solo, assim como pelo adequado manejo da pastagem.
Quanto às condições de manejo da pastagem nativa, no PA Santa Rosa foram encontradas
duas situações distintas. Campos bem manejados, com uma cobertura vegetal densa (Figura
15A), provavelmente em período de diferimento. E campos com excesso de carga animal, onde
a cobertura vegetal fica menos densa, causando diminuição da produção de pasto e
consequentemente da produção animal (Figura 16A).
A
B
Figura 15. Pastagem nativa - PA Santa Rosa. A: diferida, com boa cobertura vegetal; B: superpastejada,
com vegetação rala.
Em açudes e banhados são freqüentes as gramíneas Leerzia hexandra e Luziola peruviana,
ambas denominadas popularmente de grama boiadeira. Algumas destas áreas úmidas estão
bem conservadas, pois não são utilizadas para implantação de lavouras, apresentando pouco
ou nenhum uso para pecuária. Nestes campos úmidos são encontradas nascentes e córregos
d’água, sendo por isso de extrema importância para conservação.
Presente nas estradas (Figura 16A) e no campo (Figura 16B) do PA Eragrostis plana (capimannoni) é uma invasora que apresenta baixa qualidade forrageira e pode invadir os campos
que ainda restam. O Cynodon dactylon (paulistinha) também é uma invasora agressiva que
está presente nas estradas.
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A
B
Figura 16. Eragrostis plana (capim-annoni) no PA Santa Rosa. A: nas estradas; B: invadindo a pastagem
nativa.
A vegetação campestre do PA Santa Rosa encontra-se impactada principalmente pela
implantação de lavouras. Estas práticas implicam na supressão permanente de muitas
espécies nativas, muitas delas com boa qualidade forrageira. Uma grande ameaça para a
pastagem nativa deste PA é a infestação por capim-annoni (Eragrostis plana), que está
presente tanto no campo quanto nas estradas, o que facilita sua dispersão. A paulistinha
(Cynodon dactylon) é uma gramínea exótica encontrada principalmente nas estradas. Também
é bastante freqüente o milhã (Digitaria sanguinalis), principalmente na beira das lavouras e
estradas.
O milhã (Digitaria sanguinalis) é uma gramínea exótica invasora de lavouras encontrada no PA.
Esta espécie de crescimento estival apresenta boa qualidade forrageira em seus estágios
iniciais de crescimento, podendo ser aproveitada para alimentação animal. Esta espécie não
apresenta risco para a vegetação nativa por não apresentar comportamento invasor de áreas
campestres.
A paulistinha (Cynodon dactylon) é uma espécie invasora indesejável, pois toma facilmente o
lugar de espécies nativas de melhor qualidade quando o campo é mal manejado. Cuidados são
necessários para que não ocorra a disseminação desta espécie. A melhor forma de controle do
seu avanço é evitar o revolvimento do solo e o excesso de carga animal, de forma que as
espécies nativas possam manter o solo densamente coberto.
A presença de capim-annoni (Eragrostis plana) nas estradas e no campo já é um problema. O
capim-annoni é uma gramínea perene originada da África e introduzida no Estado na década
de 1950. É uma espécie invasora muito severa que ocupa o campo eliminando as espécies
nativas. Este comportamento não é comum entre as exóticas encontradas no Estado, visto que
a grande maioria delas permanece em áreas ruderais ou ao longo de rodovias, não invadindo
áreas nativas.
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Em campos completamente infestados pelo capim-annoni, a única forma de controle da praga
é a aplicação localizada de herbicidas, com cultivo posterior. O retorno ao estágio natural do
campo, com toda a composição florística nativa, é praticamente impossível, pois o capimannoni produz muitas sementes e estas permanecem viáveis no solo por muitos anos. Neste
PA havia uma tentativa de controle desta invasora em estágio inicial de infestação, com a
aplicação localizada de herbicida (Figura 17), mantendo a vegetação nativa. Esta prática deve
ser utilizada nos demais locais que se apresentam em início de infestação.
Figura 17. Tentativa de controle de Eragrostis plana (capim-annoni) - PA
Santa Rosa.
Foram observadas algumas áreas de regeneração/pousio, as quais apresentavam solo exposto
e muitas espécies cespitosas de gramíneas e Asteraceae. É importante ressaltar que o capimannoni ocupa com maior facilidade áreas que foram cultivadas e posteriormente abandonadas.
Nestas condições em que o solo está coberto parcialmente há a facilitação da invasão desta
praga. Por isso é necessário que se faça um acompanhamento das áreas em
regeneração/pousio para evitar a infestação pelo capim-annoni.
Apesar do capim-annoni ser espécie invasora de campo nativo, é interessante salientar que a
infestação ocorre de forma muito mais lenta no campo do que em áreas alteradas. Isto facilita
seu controle em áreas campestres onde a invasão for pequena, evitando a destruição da
vegetação nativa, corroborando a idéia de conservação dos campos naturais.
De forma geral a utilização do que ainda resta de pastagem nativa no PA Santa Rosa pode ser
melhorada através de algumas práticas. A correção e fertilização do solo, sem seu revolvimento, mantendo as espécies nativas. Difusão entre os assentados do uso do diferimento, isolando
áreas para que as espécies possam acumular massa, que os animais poderão consumir em
épocas de menor crescimento. Esta prática também permite o florescimento e frutificação das
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espécies mais procuradas pelos animais, como as leguminosas, auxiliando na perpetuação e
crescimento destas espécies. A prática da roçada deve ser estimulada, condicionando a pastagem nativa para o consumo dos animais.
O ajuste da carga animal é imprescindível para obtenção de um melhor desempenho animal e
para manter a qualidade do solo, da vegetação e dos recursos hídricos. Isto pode ser feito
adequando o número de animais por área e a categoria animal utilizada em cada potreiro. A
indicação para a região de Tupanciretã é entre 140 e 190 kg de peso vivo/ha para pecuária de
corte (ciclo completo) ao longo do ano (Jacques et al., 1997). Estes valores podem ser maiores
quando utilizado o pastejo misto (e.g. bovinos e ovinos). Além disto, a vegetação nativa está
mais adaptada ao tipo de solo e às temperaturas, sendo então mais sustentável, sugerindo
maior investimento nestas espécies do que espécies exóticas.
5.1.6.2 Considerações sobre a vegetação florestal
O PA Santa Rosa apresenta a matriz de sua paisagem ocupada por grandes extensões de
lavouras, sendo que no período de realização da amostragem o cultivo era de soja. A
vegetação da região consistia originalmente de um mosaico entre campo e floresta, mas
atualmente, a vegetação nativa é muito rara de ser encontrada. As formações campestres
relictuais são encontradas principalmente em áreas de banhados, campos rupestres ou quando
há criação de gado ou de ovelhas. As formações florestais restrigem-se quase somente às
florestas de galeria que acompanham os principais arroios (Figura 18). Muitos destes possuem
suas margens completamente desprovidas de vegetação nativa, sendo ocupadas pela lavoura
de soja (Figura 19). Próximo a um arroio em que foi realizada amostragem há um plantio de
árvores nativas com o objetivo de compensar uma área que foi desmatada, mas constatou-se
que há espécies plantadas que não são nativas da região, como ipê-da-várzea (Tabebuia
chrysotricha), espécie que não é encontrada nativa em nenhum local do Rio Grande do Sul.
Há poucos locais onde não houve avanço da soja, ou onde este não foi possível devido à
presença de pedras. Os campos rupestres existentes nos locais com pedregosidade são
relictos de paisagem antiga, que era dominada por campo nativo. Neste PA, próximo à área
denominada de Reserva, observa-se um campo rupestre muito rico em espécies, onde se
destaca a família Asteraceae, com várias espécies do gênero Vernonia. Os banhados são
também muito ricos em espécies. Há outros tipos de campos úmidos mais comuns em várzeas
onde aparecem lamiáceas, além das comuns asteráceas, leguminosas e gramíneas.
Reserva Legal – O PA Santa Rosa possui uma área denominada pelos assentados de
Reserva, que se localiza na gleba do PA mais próxima da cidade, situada mais ao sul. A visita
a esta área foi feita na companhia de um assentado que possui lote lindeiro a ela (Figura 20). A
floresta que se encontra na área denominada de reserva é cercada por plantações de soja por
quase todos os lados, a não ser para um lado, onde se conecta com uma floresta de galeria
que acompanha uma sanga que vem da cidade. Este fragmento florestal cobre uma leve
encosta, melhor dizendo um terreno levemente inclinado, visto que a região não possui
grandes declividades. Quanto ao estádio sucessional esta mata é um mosaico, sendo que a
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maior parte constitui um remanescente de floresta primária (trechos de floresta que muito
provavelmente, nunca tenham sido derrubados, porém devem ter ocorrido cortes seletivos ao
longo de sua história). Outros trechos de mata encontram-se em estádios médio e avançado de
sucessão. As grandes árvores que mais aparecem são: a canela-lageana (Ocotea pulchella), o
açoita-cavalo (Luehea divaricata), a guajuvira (Cordia americana). Destas merecem destaque
dois grandes indivíduos arbóreos de canela-lageana (Figura 21). Outras árvores importantes
para a fisionomia desta floresta são: o sete-capotes (Campomanesia guazumiaefolia), a
guabirobeira (Campomanesia xanthocarpha), o tarumã (Vitex megapotamica), o branquilho
(Sebastiania commersoniana), entre outras.
Os impactos registrados sobre a vegetação na área denominada de reserva foram os
seguintes: trilhas, entrada eventual do gado, corte seletivo da vegetação (pouco intenso).
Trata-se de tipo florestal raro de ser encontrado na região, em terreno inclinado, pois a maior
parte das florestas deste porte e idade foram quase todas dizimadas para a implantação de
lavouras. Recomenda-se a averbação desta área como Reserva Legal do PA Santa Rosa,
descontando antes a parcela da mesma que corresponde a Áreas de Preservação Permanente
(APP), avaliando se a área restante corresponde aos 20 % da área do PA. Caso seja
insuficiente, é possível procurar outra área (dentro ou fora do PA) para completar a porção
faltante. Além disto devem ser retirados os impactos que existem sobre ela, ou seja, deve ser
impedida a entrada do gado na área e o corte seletivo para lenha, o fogo, além de qualquer
outro impacto sobre a sua vegetação.
Áreas de Preservação Permanente – As poucas florestas existentes neste PA são
encontradas praticamente apenas nas margens dos arroios (afluentes do rio Ivaí). Porém
existem muitos córregos e arroios que se apresentam desprovidos de vegetação nativa, tendo
sido ocupadas pelas lavouras. Muitas vezes a faixa de APP (Área de Preservação
Permanente) está ocupada apenas em parte pela vegetação nativa que é geralmente de
florestas, sendo que em alguns locais o campo ocupa uma parte junto com a floresta. Na
floresta são muito comuns as seguintes árvores: corticeira-do-banhado (Erythrina crista-galli), o
tarumã (Vitex megapotamica) (Figura 22), o branquilho (Sebastiania commersoniana) e a
canela-lageana (Ocotea pulchella), além de outras.
Além de existirem locais em que a APP está completamente ou em parte desprovida de
vegetação nativa (Figura 19), nos locais que há cobertura desta, foram observados vários
impactos. Um deles é ocasionado pelo acesso do gado (Figura 23), que depende da
intensidade de uso pelos bovinos, determinada pela carga animal da área. No PA Santa Rosa
praticamente todas as florestas de galeria amostradas possuem acesso do gado na APP. O
sub-bosque encontra-se consideravelmente impactado, sendo que a floresta é aberta por baixo
podendo enxergar-se longe dentro dela. O estrato arbustivo não é muito denso devido ao
pisoteio e eventual forrageio do gado na floresta. Onde há muito gado nota-se a predominância
de uma espécie no estrato arbustivo, quase homogeneamente formado por embira
(Daphnopsis racemosa). Além disto foi observada a formação de trilhas pelo gado e o
desbarrancamento das margens dos arroios em locais de acesso dos bovinos à água. Como
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esta floresta é uma Área de Preservação Permanente, é importante o seu cercamento para
impedir o acesso do gado, deixando apenas alguns locais de acesso à água. Há também
trilhas formadas por assentados que procuram acesso à floresta de galeria. Foram observadas
clareiras, provavelmente formadas pelo corte seletivo de árvores para lenha. Há também
trechos com o sub-bosque roçado, o que junto com o impacto do gado compromete a
regeneração da floresta, pois os indivíduos jovens das árvores são dizimados.
Próximo da área de reserva corre uma sanga com grande parte da extensão coberta por
lavoura de soja, além de apresentar desbarrancamentos das margens. Foi relatado pelos
assentados que esta sanga também recebe dejetos de um grande frigorífico localizado nas
proximidades do PA. Seria interessante que fosse feita uma análise da qualidade desta água e
que fosse averiguado junto ao frigorífico se este efetua o tratamento de seus efluentes.
Há outros trechos de floresta de galeria que, apesar de serem estreitos, não possuem impacto
pelo gado, mas sofem com a expansão das lavouras de soja sobre as APP. A maior parte
dessas áreas encontra-se em estádio médio de regeneração com a predominância de
taquaruçu (Guadua trinii).
Espécies ameaçadas e imunes – Foram encontradas 14 espécies que constam na Lista
Oficial da Flora Ameaçada do RS e 2 que são imunes ao corte, segundo legislação estadual.
Das 14 espécies ameaçadas, apenas uma está na categoria EN (Em perigo), sendo que as
outras 13 espécies estão na categoria VU (Vulnerável). A maior parte das espécies ameaçadas
encontradas é da família Bromeliaceae (7 spp.). Merece destaque especial o sucará (Gleditsia
amorphoides), espécie rara de leguminosa que foi encontrada em apenas um fragmento
florestal dos 13 PA visitados nos municípios de Jóia e Tupanciretã (área prevista como Reserva
do PA Santa Tecla), sendo esta a espécie que se encontra na categoria Em perigo. Torna-se
por isto muito importante a conservação deste fragmento florestal, a sua averbação como
Reserva Legal do PA Santa Tecla. Além disto deve-se atentar também para as outras espécies
que se encontram na categoria VU (Vulnerável). Os fragmentos florestais em que ocorrem
também devem ser conservados.
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Figura 18. Extensas plantações de soja com estreitas faixas de floresta de
galeria no meio da imagem.
Figura 19. Área de preservação permanente na margem de sanga sem
cobertura vegetal nativa, coberta por plantação de soja e por capoeira
(necessita de recuperação).
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Figura 20. Vista da área destinada para Reserva legal, localizada em terreno
inclinado. Tipo florestal raro na região, devido a expansão da soja.
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Figura 21. Grandes árvores na área destinada para Reserva legal, como
esta enorme canela-lageana (Ocotea pulchella).
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Figura 22. Umas das árvores mais comuns da região é o tarumã (Vitex
megapotamica).
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Figura 23. Floresta de galeria com sub-bosque aberto, devido ao
impacto causado pelo gado e pelo corte de madeira e lenha.
5.1.6.3 Sugestões para a valorização e utilização sustentável da flora nativa
Com o objetivo de criar meios para que os assentados passem a ter um outro olhar sobre a
flora nativa da sua região e do seu PA, para que valorizem as espécies nativas, propõe-se
algumas medidas.
Uma alternativa interessante para a região seria a implantação de agroflorestas. Um programa
de fruticultura orgânica, sem uso de agrotóxicos, com a biodiversidade como um dos principais
valores, consorciando espécies frutíferas convencionais com espécies nativas, seria um
modelo interessante. Chama-se isto de agrofloresta. Existem muitas espécies nativas que
poderiam ser utilizadas para madeira ou lenha. O açoita-cavalo (Luehea divaricata), a guajuvira
(Cordia americana), o tarumã (Vitex megapotamica), a peroba (Aspidosperma australe), o
cocão (Erythroxylum deciduum), o branquilho (Sebastiania commersoniana), o guamirim
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(Myrcia bombycina), a mamica-de-cadela (Zanthoxylum rhoifolium), a canela-fedorenta
(Nectandra megapotamica) são árvores que poderiam oferecer madeira. Como frutíferas
nativas da região temos: a cerejeira (Eugenia involucrata), o sete-capotes (Campomanesia
guazumiaefolia), o araticum (Rollinia salicifolia), o jerivá (Syagrus romanzoffiana), a pitangueira
(Eugenia uniflora), o araçá (Psidium cattleyanum), a guabirobeira (Campomanesia
xanthocarpa), entre outras. Estas, consorciadas com plantas de cultivo convencionais, podem
render ótimos resultados a médio e longo prazo. Em muitos PA já se observa o início de uma
agrofloresta, muitas vezes ao lado de casa. Aí se encontra o pessegueiro, o butiazeiro,
bananeiras, laranjeiras, parreiras, plantas de cultivo anuais (sementes crioulas) e diversas
outras espécies, às vezes até algumas nativas. Isto poderia ser bem mais incrementado. Há
muitos recursos para serem utilizados, a biodiversidade precisa ser conhecida e acessada.
Utilizando-a, estaremos valorizando-a e conservando-a, o que pode ser feito de uma maneira
sustentável.
Para a implantação das agroflorestas e para a recuperação de áreas degradadas, as mudas
podem ser adquiridas no IRDER (Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, Augusto
Pestana-RS). Este é um parceiro interessante para os assentamentos da região. Outra
alternativa muito interessante seria os próprios assentados produzirem as mudas, implantando
viveiros dentro de seus lotes, mapeando as matrizes fornecedoras de sementes na sua própria
região.
As plantas medicinais nativas possuem grande potencial de uso. Existem várias que ocorrem
nos PA. Sabendo utilizá-las de forma correta, com o acompanhamento de profissionais
habilitados, seria possível a implantação de farmácias caseiras, com estas plantas medicinais
(espinheira-santa, arnica-do-mato, coronilha, pitangueira, japecanga, murta, e tantas outras),
bem como com algumas exóticas cultivadas. Inclusive no PA Santa Rosa já existe algum
projeto neste sentido. Conversando com as pessoas que vivem a mais tempo na região
podem-se conhecer diversas plantas medicinais, com largo uso farmacológico na região, como
é o caso do poejinho-do-campo (Cunila galioides), espécie nativa dos campos da região.
Existem também diversas plantas tintureiras na região citando como exemplo o espinho-desão-joão (Berberis laurina), cujas raízes são utilizadas para tingir tons de amarelo.
Além de todas estas plantas existem muitas outras que poderiam ser utilizadas, cultivadas.
Bastam apenas mais pessoas envolvidas, projetos, para desenvolver o cultivo destas espécies,
em consórcio com outras espécies frutíferas, madeireiras, medicinais, tanto nativas como
exóticas.
A utilização de todas estas plantas acima deve ser de maneira sustentável. Sugere-se sempre
o acompanhamento de profissionais habilitados e a realização de pesquisas para melhorar as
práticas.
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5.1.7 Fauna
Para a avaliação da mastofauna, principalmente de médio e grande porte, realizou-se uma
amostragem caracterizando qualitativamente a composição desta parcela da fauna, as
condições dos hábitats disponíveis para as espécies em questão, assim como os impactos
decorrentes da implantação do PA sobre a mastofauna da região. A amostragem foi realizada
através de um levantamento das espécies de mamíferos, com base em visualizações, vestígios
e relatos de moradores. Para isto o assentamento foi percorrido, priorizando-se locais de
possível uso ou refúgio por estes animais e as Áreas de Preservação Permanente (APP).
Porém, considerando as características intrínsecas de algumas espécies de mamíferos, como
a necessidade de grandes áreas de vida em busca de recursos, por exemplo, a avaliação
adequada do impacto deste assentamento sobre a mastofauna regional implicou numa
avaliação conjunta dos Projetos de Assentamento federais dos municípios de Tupanciretã e
Jóia.
5.1.7.1 Considerações gerais sobre a fauna nos Projetos de Assentamentos dos municípios de Jóia e Tupanciretã.
As espécies de mamíferos terrestres registradas, com base na metodologia utilizada, para esse
conjunto de assentamentos, estão listadas no Quadro 2. Trata-se de um conjunto de espécies
tipicamente florestais, em sua maioria. Pela avaliação a campo e relatos infere-se um conjunto
de espécies bastante reduzido da formação anterior à intensificação produtiva regional. Este
conjunto atualmente está representado por animais com grande capacidade de sobrevivência
em ambientes impactados, a ainda assim sob uma abundância baixa (poucos indivíduos de
cada espécie).
Algumas ausências são relatadas pelos assentados, como Tamandua tetradactyla (tamanduámirim), por exemplo. Indivíduos de Hydrochaeris hydrochaeris (capivara), Cuniculus paca
(paca), Dasyprocta azarae (cutia), Lontra longicaudis (lontra) e “gatos-do-mato” são animais
cuja aparição seria esporádica e atualmente restrita às florestas dos cursos d’água de maior
porte.
Em relação aos felídeos, a impossibilidade de determinação de algumas espécies através da
metodologia adotada, sugere a necessidade de maior investigação local sobre este grupo.
Indivíduos descritos como jaguatirica, por exemplo, podem significar tanto indivíduos de
Leopardus sp como Oncifelis geoffroyi, sendo descritos através dos relatos apenas como
"gatos-do-mato". Espécies como Conepatus chinga (zorrilho), Procyon cancrivorous (mãopelada), Nasua nasua (quati) e Mazama sp (veados), generalistas quanto ao uso do hábitat e,
portanto, consideradas comuns e de ocorrência esperada para a região, são relatados em
eventos esporádicos.
A percepção dos assentados é que as populações estariam muito reduzidas pela alta pressão
de caça, evidenciada por falas como “tem, mas é muito pouco”. Porém, contraditoriamente,
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nunca é assumido o papel de agente pelo dano ambiental, transparecendo afirmações pouco
convincentes sobre a freqüência e locais de registro desses animais: "as pessoas vêm (de fora)
e caçam tudo".
Cavia aperea (preá) e Alouatta caraya (bugio-preto) foram animais visualizados em campo.
Cerdocyon thous (graxaim) e C. chinga, foram freqüentemente registrados por carcaças ou
atropelados nas estradas dentro dos PA. Porém, em campo e através dos relatos, infere-se
que apesar de serem espécies comuns, a abundância esteja baixa. Registros de dasipodídeos
(tatús) também foram bastante freqüentes, porém indistinguíveis entre as espécies,
permanecendo a determinação até gênero (Dasypus sp.).
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FAMÍLIA/Espécie
Nome popular
Forma de
registro1
Status de
ameaça RS2
Hábitat
DIDELPHIDAE
Didelphis albiventris
gambá-deorelha-branca
R
Floresta/Campo
R+T+P
Floresta/Campo
Floresta
DASYPODIDAE
Dasypus sp
tatús
Dasypus novemcinctus
tatu-galinha
C
bugio-preto
V+R
preá/pereá
V+R
ATELIDAE
Alouatta caraya
Vulnerável
CAVIIDAE
Cavia aperea
Campo
CUNICULIDAE
Cuniculus paca
paca
R
Em Perigo
Floresta
cutia
R
Vulnerável
Floresta
V+R
-
-
DASYPROCTIDAE
Dasyprocta azarae
LEPORIDAE
Lepus capensis3
lebre européia
CANIDAE
Cerdocyon thous
graxaim-domato/zorro
C+ P + R + F
Floresta/Campo
mão-pelada
R
Floresta/Campo
P+R
Campo
T+P+R
Área úmida
PROCYONIDAE
Procyon cancrivorous
MUSTELIDAE
Conepatus chinga
zorrilho
Lontra longicaudis
lontra
FELIDAE
Leopardus sp ou Oncifelis sp
gato-do-mato
R
Vulnerável/
Em Perigo
Floresta/Campo
P+R
Em Perigo
Floresta
CERVIDAE
Mazama sp.
veado
Quadro 2. Lista de espécies de mamíferos registradas para o conjunto de Projeto de Assentamentos nos
municípios de Jóia e Tupanciretã. 1- C= carcaça; R = relatos; P = pegadas; T = tocas; F = fezes; V=
visualização; 2- Fontana et al. (2003); 3 = Espécie exótica.
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As espécies de mamíferos registradas nos projetos de assentamento avaliados são comuns,
de ampla distribuição geográfica e generalistas quanto ao uso de hábitats. Além disso, os
registros foram escassos, inclusive para aquelas espécies consideradas comuns mesmo sob
grandes pressões antrópicas.
O padrão encontrado nos assentamentos, de baixa riqueza (número de espécies registradas) e
abundância (número de indivíduos de cada espécie), corroborado pelo escasso número de
registros e através dos relatos, deve considerar:
(i) O elevado grau de alteração e perda de hábitat e baixa qualidade do hábitat disponível para
a fauna.
(ii) O não cumprimento da legislação quanto às áreas de preservação permanente (APP) e
inexistência de área de reserva legal (ARL), na maioria dos casos.
(iii) A elevada pressão de caça.
Estes padrões não diferem necessariamente do entorno, com os processos sendo iniciados
anteriormente à implantação do PA. Porém, pode-se dizer que há uma intensificação da
depauperação da fauna local, proporcionalmente à divisão fundiária após a implantação do PA.
Os imóveis apresentam grande conversão de áreas florestais e campestres em matriz
produtiva, especialmente pelo cultivo da soja, restringindo os locais de refúgio à uma superfície
bastante reduzida de APP, remanescentes florestais na forma de capões isolados em meio à
matriz produtiva e, quando contemplada no parcelamento do imóvel, ARL.
As áreas de APP, de forma geral, apresentam-se restritas à faixas estreitas no entorno de
cursos d'água, estando sob grande pressão antrópica. Mesmo havendo legislação que
determina que estas áreas sejam integralmente protegias, há o comprometimento da qualidade
do hábitat para a mastofauna de médio e grande porte, não só pela perda da superfície
terrestre como pela supressão da vegetação do sub-bosque pelo acesso do gado e retirada de
madeira nativa.
As áreas de reserva legal, quando existentes, não diferem em grau de impacto dos demais
remanescentes florestais. Essas áreas, ARL ou não, são destinadas na maioria das vezes à
criação de gado por algumas famílias, havendo em alguns casos o cercamento do local com
eletrificação, comprometendo duplamente a ocorrência e fluxo de fauna nativa de maior porte.
Através dos relatos e das averiguações feitas em campo, infere-se que estas áreas são
entendidas pelos locais como área fonte de madeira (para moeirões e lenha) e outros recursos,
como a própria fauna nativa. Há também grande pressão, simplesmente pela supressão da
vegetação para expansão das áreas agricultáveis, com a posterior reivindicação dessa
superfície para ampliação de lotes, caso esta área seja ARL.
Todos estes problemas ambientais atuam negativamente sobre a fauna no sentido que alteram
e reduzem significativamente os hábitats disponíveis para a mastofauna, e que em meio à
grande matriz produtiva regional seriam extremamente importantes para a fauna de mamíferos,
que se desloca em busca de recursos vitais.
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O agravamento da situação é determinado pela intensa pressão de caça, exercida desde a
implantação dos PA. Essa pressão de caça mostra-se atuante sobre qualquer espécie,
cinegética ou não. Os relatos enfatizam a baixa riqueza e abundância de mamíferos,
corroborando a escassez de registros no levantamento de campo. Quando indagados
diretamente sobre a ocorrência das espécies, explicações pouco convincentes e frases como
"tinha muito antigamente, mas agora é muito difícil" são freqüentes nos relatos dos assentados.
Na quase totalidade das situações, o registro de fauna de mamíferos é esporádico e, ainda
assim, mantém-se sobre estas espécies a elevada pressão de caça. Mesmo existindo
legislação vigente proibindo a prática, este é um fator decisivo que está contribuindo para a
manutenção da baixa diversidade e dificultando a recolonização das áreas.
5.1.7.2 Considerações sobre a fauna do Projeto de Assentamento Santa Rosa
O PA Santa Rosa apresenta a quase totalidade de sua superfície coberta por lavouras,
especialmente soja (Figura 24). As áreas de uso e refúgio para a fauna são poucas e estão
restritas às APP dos arroios Barreiros e Caixa D'água e de cursos d'água de menor ordem e,
nesse caso, à ARL prevista no parcelamento do imóvel.
Quanto à ARL, este fragmento isolado em meio à matriz produtiva (Figura 25) , não apresenta
condições de sobrevivência para a fauna de mamíferos de maior porte devido ao elevado grau
de depauperação do hábitat, havendo pressão intensa de caça (conforme relatado) (Figura 28),
supressão da vegetação e cercamento da área para criação de gado no interior.
Em relação às APP de pequenas sangas, o não cumprimento da legislação vigente (áreas que
deveriam ser integralmente protegidas) gerou um elevado grau de descaracterização deste
hábitat, mesmo aparentemente íntegras em extensão (Figura 24 e Figura 25) ou, no caso da
APP do arroio Caixa D'água, completamente suprimida (Figura 26). A mesma consideração
pode ser feita para a área prevista como ARL dentro do imóvel, em que se nota pressão
elevada de caça e uso.
Há o agravamento da situação pela barreira física imposta pela rodovia que divide o
assentamento. Para aquelas espécies mais resilientes e que percorrem grandes áreas em
busca de condições para sobrevivência, os atropelamentos constituem-se na principal causa
de mortalidade depois da perda de hábitat e caça. Além disso, a proximidade com a área
urbana também atua negativamente na ocorrência das espécies.
Somadas, estas pressões contribuem enormemente para a depauperação da fauna regional,
inviabilizando a capacidade de sobrevivência e, portanto, recolonização da fauna local. Cabe
salientar que estes processos não necessariamente distinguem-se das propriedades do
entorno deste assentamento, porém a divisão fundiária é um processo que inerentemente gera
maior pressão sobre a fauna, seja pela intensificação da pressão de caça, seja pela mudança
no tipo de uso, impresso pelo maior aproveitamento econômico da terra e, portanto,
intensificando a descaracterização dos hábitats.
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Figura 24.APP florestal do arroio Barreiros, PA Santa Rosa.
Figura 25. Interior da APP, PA Santa Rosa.
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Figura 26. APP do arroio Caixa D'água, vegetação completamente suprimida, PA Santa
Rosa.
Figura 27. Área destinada como ARL, PA Santa Rosa.
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Figura 28. Carcaça de Dasypus novemcinctus (tatú-galinha), PA Santa Rosa.
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5.2 Diagnóstico do meio sócio–econômico e cultural
5.2.1 População e organização social
O PA Santa Rosa foi implantado em 1998, contando atualmente cento e vinte e nove (129)
famílias, oriundas de várias regiões do estado, principalmente de Ibirubá, São Miguel da
Missões, Palmeira das Missões e outros municípios da região norte do RS. Segundo
informações dos próprios assentados, ao longo do tempo houve substituição de apenas quatro
(4) famílias que abandonaram seus lotes. Esta proporção de famílias que permanecem nos
lotes (97%) é alta em comparação com os demais PA da região e da metade sul do Estado.
5.2.2 Infra-estrutura física, social e econômica
A infra-estrutura do PA Santa Rosa pode ser considerada boa. Existe acesso à energia elétrica
para todas as residências, com abastecimento de água encanada para todas as famílias,
oriunda de três poços artesianos. As residências são todas de alvenaria, com boa qualidade. A
rede viária principal tem boa densidade e qualidade, assim como o acesso às moradias.
Há carências de máquinas e implementos para maioria dos assentados. É utilizada a tração
animal e em alguns momentos o arrendamento de tratores e implementos. Alguns assentados
possuem trator e implementos agrícolas. Com relação a equipamentos, como resfriadores de
leite para conservar a produção leiteira dos assentados entre os períodos de coleta, existem
resfriadores de tarro na maioria nas casas dos assentados que vendem leite e três resfriadores
à granel.
Existe uma sede social neste PA, que é utilizada para reuniões e práticas religiosas.
5.2.3 Sistema produtivo
A matriz produtiva do PA é variada. A produção agrícola contempla o cultivo de grãos,
principalmente soja, milho, feijão, além de mandioca, abóbora e amendoim. A produção animal
abrange a criação de gado de leite, feitas sobre pastagem nativa e cultivada (aveia, azevém,
milheto, capim elefante e brachiária).
Há ainda a produção em pequena escala de outras culturas como hortaliças e frutas, e a
criação de pequenos animais como aves, suínos e ovinos, além de bovinos de corte para
consumo de subsistência. A criação de cavalos é feita para transporte e trabalho.
O sistema de cultivo do solo é o convencional, que promove o revolvimento do solo para a
implantação das lavouras e o plantio direto, principalmente para o cultivo da soja. Associado à
fragilidade natural do solo à erosão, devido ao baixo teor de argila e à declividade, o sistema de
cultivo convencional pode levar à degradação do recurso solo pelo uso inadequado. O plantio
direto é a técnica mais adequada para o cultivo nestes tipos de solos. Quanto aos insumos, são
utilizadas sementes comuns nas pastagens e sementes melhoradas no cultivo da soja. Os
fertilizantes e corretivos são utilizados principalmente nas lavouras.
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Segundo informação dos assentados, a assistência técnica é fornecida pela Cooperativa de
Prestação de Serviços Técnicos - COPTEC (antigo LUMIAR). A COPTEC atende praticamente
todos os assentamentos da região, mas a carência de técnicos dificulta o bom atendimento aos
assentados. As cooperativas da região também prestam assistência para os produtores de soja
e para os criadores de gado de leite.
5.2.4 Saúde
As famílias do PA Santa Rosa não recebem assistência médica no assentamento. É necessário
o deslocamento até a sede do município de Tupaciretã, que fica ao lado do PA. Os casos mais
graves são encaminhados para os hospitais dos municípios de Ijuí, Cruz Alta ou Santa Maria.
Quando solicitado pelos assentados, uma ambulância realiza o transporte dos pacientes.
5.2.5 Educação
O acesso à educação do PA Santa Rosa é regular. O ensino fundamental é oferecido na
E.M.E.F. Frei Galvão e o ensino médio é oferecido na Escola Mãe de Deuas, ambas na sede
do município, com transporte fornecido pela prefeitura, para todos os alunos. Em alguns
períodos o atraso no repasse de recursos do transporte escolar pelo Estado ao município
chega a provocar a suspensão do serviço.
5.2.6 Saneamento
O acesso ao saneamento no PA Santa Rosa é ainda limitado. A água consumida pelas famílias
é oriunda de poços artesianos, não sofrendo tratamento antes do consumo, embora seja
aparentemente de boa qualidade. Existem caixas d’água em todos os lotes.
No que se refere aos dejetos, as casas, em sua maioria, possuem fossas adequadas
ocorrendo nas demais o despejo a céu aberto ou a utilização de poço negro. Para os
assentados que terão suas casas reformadas haverá a instalação de fossas adequadas.
Os resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos (restos de alimentos, garrafas plásticas, latas,
vidros, frascos de vacinas, embalagens de defensivos, etc.) gerados pelos assentados também
carecem de tratamento adequado. A maior parte tem como destino final a queima, pois a coleta
de lixo feita pela prefeitura do município não abrange a zona rural.
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IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS
Os principais impactos resultantes da implantação do PA Santa Rosa e as medidas mitigadoras
recomendadas estão a seguir relacionados. Como forma de mitigar esses impactos sobre o
meio físico e biótico e com o objetivo de adequar as condutas de aproveitamento agropecuário
ao Código Florestal Brasileiro e ao Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul, é
sugerido um conjunto de recomendações.
6.1 Degradação do solo
Em vários locais do PA Santa Rosa observa-se terras impróprias para uso com lavouras anuais
sendo utilizadas para este fim. Associado a práticas de manejo inadequadas, como o cultivo
convencional e o uso de queimadas em áreas de drenagem, a implantação de lavouras em
áreas impróprias contribui para a intensificação dos processos erosivos aos quais o solo da
região já é naturalmente frágil.
6.1.1 Medidas mitigadoras
•
Incrementar o acesso à assistência técnica, aumentando o número de técnicos que
atendem os assentados e qualificando-os como indutores do uso sustentável dos recursos
naturais, de acordo com as características da região de inserção do PA;
•
Respeitar a capacidade de uso das terras, reduzindo a área destinada a culturas anuais, e
adotar usos e práticas de manejo recomendadas para cada classe de capacidade de uso;
•
Produzir e distribuir mapas e cartilhas para os assentados e para os técnicos de extensão,
mostrando a distribuição das classes de aptidão de uso das terras no assentamento e nos
lotes, com indicação das práticas de uso e manejo conservacionista das mesmas;
•
Orientar e capacitar os assentados sobre a fragilidade da estrutura do solo e a necessidade
de manutenção da vegetação original desta região, evitando o revolvimento do solo;
•
Incentivar a implantação de cultivos perenes (fruticultura, por exemplo) e a manutenção da
atividade pecuária sobre pastagem nativa.
6.2 Uso das áreas de preservação permanente (APP)
As Áreas de Preservação Permanente deveriam ser integralmente protegidas, não havendo
qualquer uso no seu interior, exceto nos casos previstos na legislação. Porém, já no período
anterior à implantação do PA Santa Rosa, cerca de 20,80 ha (14,61 % do total das APP)
apresentavam algum tipo de uso antrópico (Agricultura/solo exposto e/ou Pousio). Após a
implantação do PA, estas áreas de proteção legal passam a apresentar um impacto antrópico
maior, com de cerca de 35,41 ha (24,86% do total das APP) ocupados com Agricultura/solo
exposto, Pousio e Silvicultura. A averiguação em campo constatou alguns pontos de supressão
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total da vegetação de APP, para alargamento dos cursos d’água de menor grandeza e
posterior utilização dos mesmos como canais de drenagem. Além disso, a superfície suprimida
encontra-se substituída por lavouras de soja. Também se observou o corte seletivo de árvores
madeiráveis para confecção de cercas e moirões, a extração de lenha para consumo
doméstico e o avanço das lavouras de soja e das pastagens artificiais (criação de gado
leiteiro), reduzindo a densidade das espécies, comprometendo a capacidade regenerativa das
áreas florestais e contribuindo para a perda de biodiversidade da região.
6.2.1 Medidas mitigadoras
•
Impedir qualquer forma de uso nas APP que esteja em desacordo com a Resolução
Conama 369/2006, como pastejo, retirada de madeira e lenha, supressão da vegetação,
abrigo para o gado, seccionamento por estradas, lançamento de resíduos, etc.;
•
Permitir a intervenção e/ou supressão da vegetação nas APP somente de acordo com o
disposto na Resolução Conama 369 de 28 de março de 2006, para permitir a regeneração
da vegetação nativa, seja ela florestal ou campestre;
•
Promover um projeto de recuperação das APP suprimidas. Esta deve ser feita com
espécies nativas locais, bem adaptadas ao clima e solos da região (Anexo IV, Quadro 11),
sendo o projeto supervisionado por profissional habilitado.
6.3 ARL
A vistoria realizada em campo constatou a existência de uma área considerada pelos
assentados como “área de reserva”, situada na gleba sul do PA, mas ela não se encontra
averbada como tal. Sabe-se que o imóvel deveria ter 20% da superfície de cada lote ou da
superfície total destinada à ARL.
6.3.1 Medidas mitigadoras
•
Averbar como ARL a área identificada como "reserva" no parcelamento do imóvel, grande
parte em bom estado de conservação, excluindo do cômputo a parcela desta área
correspondente a APP;
•
Excluir os tipos de uso atuais para garantir a integridade do ambiente, especialmente
criação intensiva de gado, corte seletivo e caça.
•
Caso a área considerada não seja suficiente para atingir os 20% necessários de ARL,
sugere-se a aquisição de áreas fora do PA, podendo-se inclusive utilizar uma única área
contígua para atender a exigência de ARL de vários PA da região.
A adoção desta medida, além de não retirar área ou realocar famílias de assentados, na prática
representará um aumento de 20% na área de cada lote, já que permitirá ao assentado utilizar
integralmente áreas que originalmente deveriam ter sido delimitadas como ARL. Sugere-se
ainda, que sejam adquiridas áreas consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente como
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prioritárias para conservação no Planalto Médio (MMA, 2007), somando assim esforços
visando à criação de unidades de proteção integral como alternativa para sanar o passivo
ambiental equivalente à inexistência de ARL dos PA dessa região fisiográfica. Cabe ressaltar
que é de suma importância que estas áreas contemplem as formações campestres nativas da
região, campos com Aristida sp. (capim barba-de-bode), além das formações florestais típicas.
6.4 Degradação da vegetação nativa
O PA Santa Rosa apresenta parte de sua superfície ocupada por pastagem nativa sob regime
de exploração pecuária. Em algumas vezes é utilizada sob condições de alta pressão de
pastejo, causando redução da cobertura do solo e da diversidade de espécies do campo
nativo, e em outras vezes substituída por pastagens cultivadas e lavouras. Em alguns lugares
ocorre a infestação por capim-annoni. Em relação às formações florestais, os impactos
observados são os mesmos descritos anteriormente, no item referente à APP, inclusive na área
destinada à Reserva Legal.
6.4.1 Medidas mitigadoras
•
Adequar o número de animais à capacidade de suporte de cada lote, buscando garantir a
manutenção da qualidade e da capacidade produtiva da pastagem nativa;
•
Garantir orientação e acompanhamento técnico aos assentados sobre os problemas acerca
da invasão dos campos pelo capim-annoni;
•
Utilizar, quando for necessária a formação de pastagens, Paspalum notatum var saure
(Pensacola) em detrimento de pastagens exóticas como tiftons e brachiárias.
•
Promover a criação de ovinos e/ou caprinos para melhor aproveitar a vegetação arbustiva
presente na região evitando a necessidade da pratica da queima;
•
Promover a implantação de projetos de plantio de árvores nos lotes, com vistas a uso como
abrigo para o gado, e fonte de madeira para construção, aliviando a pressão de uso
indevido sobre a vegetação nativa em APP ou fora dela;
•
Evitar o plantio de espécies exóticas, principalmente aquelas mais agressivas em relação
às espécies nativas (Pinus sp, por exemplo).
•
Implantar sistemas agroflorestais (SAF’s), com acompanhamento técnico e de acordo com
planos de manejo, consorciando espécies nativas com espécies convencionais, com
objetivos de produção de lenha, madeira e frutas, valorizando as espécies nativas e
diminuindo a sua procura em áreas de APP. (ver Anexo IV, Quadro 11).
•
Implantação de um viveiro de espécies florestais nativas e de plantas de cultivo
convencionais, bem como medicinais em algum dos PA da região, para suprir a
necessidade de mudas para os projetos de recuperação das APP e para a implantação de
agroflorestas.
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•
Conservar corredores ecológicos, evitando o corte de florestas que prejudiquem a sua
manutenção.
6.5 Redução da abundância e riqueza da mastofauna nativa
As APP de cursos d’água e a pequena área destinada pelos assentados como “reserva”
representam no imóvel os últimos refúgios para a fauna. Embora os impactos descritos
anteriormente para a vegetação estejam afetando negativamente a fauna, são áreas
importantes para a sobrevivência das espécies, atuando como corredores importantes pela
conectividade com as demais APP dos PA adjacentes. A utilização de agrotóxicos
proximamente aos cursos d’água, conseqüência do avanço das lavouras em APP muitas
vezes, deve ser averiguada, dimensionando-se as conseqüencias desta prática sobre a fauna
nativa. O seccionamento do imóvel pela rodovia também se mostra importante como fator de
impacto, pelo atropelamento da fauna em deslocamento. Além disso, é possível inferir que a
pressão de caça, mesmo não sendo exclusiva das áreas de assentamento, esteja contribuindo
significativamente para a redução da mastofauna regional, e impossibilitando possíveis
recolonizações e estabelecimento de novas populações.
6.5.1 Medidas mitigadoras
•
Implantação dos itens 6.2.1, 6.3.1 e 6.4.1, que versam sobre a exclusão de uso em APP,
averbação de ARL e manutenção da vegetação nativa.
•
Suspensão do uso de agrotóxicos que causem qualquer tipo de dano ou ameacem a
sobrevivência dos animais, especialmente mamíferos (Biomagnificação); Averiguar também
a extensão do impacto indireto através da contaminação dos cursos d’água.
•
Eliminação da caça.
6.6 Destinação inadequada de resíduos líquidos e sólidos
A produção de efluentes e de resíduos sólidos domésticos pelas famílias do PA não possui
estrutura de coleta e tratamento adequados, que atendam a todos os assentados. Os resíduos
sólidos são na sua maioria depositados a céu aberto ou queimados, inclusive as embalagens
de insumos e defensivos.
6.6.1 Medidas mitigadoras
•
Finalizar a construção de banheiros domésticos, com adequado tratamento dos dejetos;
•
Implantação de projetos para construção de estruturas apropriadas para o armazenamento
e compostagem dos resíduos de origem animal, juntamente com outros resíduos orgânicos
produzidos nos lotes, para posterior utilização como fertilizante ou melhorador da estrutura
do solo;
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•
Garantir orientação técnica e prover infra-estrutura aos assentados para a destinação das
embalagens de defensivos de acordo com a legislação em vigor;
•
Estabelecer parceria com os órgãos municipais competentes para coleta de resíduos
sólidos domiciliares inorgânicos.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O efeito das medidas mitigadoras dos impactos ambientais somente se tornará permanente se
houver conscientização das comunidades envolvidas. Com este objetivo é altamente
recomendável o desenvolvimento de um programa de educação ambiental, supervisionado por
profissionais capacitados, prevendo:
•
Investir no aumento e na qualificação da assistência técnica.
•
Investir na formação de “agentes multiplicadores” dentro dos PA.
•
Cursos de educação ambiental enfatizando os conceitos de desenvolvimento sustentável, a
manutenção da qualidade ambiental e ecológica, noções sobre os Códigos Florestais
Brasileiro e do Estado do Rio Grande do Sul, com especial destaque para os artigos que
versam sobre APP, proteção de nascentes e espécies vegetais imunes ao corte;
•
Palestras, oficinas e demonstrações sobre o uso sustentável das áreas de campo nativo,
salientando os aspectos de produtividade dos campos daquela região e formas mais
adequadas de otimizar a produção sem destruir este recurso natural;
•
Palestras, oficinas e demonstrações sobre o uso das espécies medicinais nativas, e outros
usos sustentáveis da flora nativa. Elaboração de farmácias caseiras para uso da
comunidade dos assentamentos.
•
Com o apoio das escolas, das secretarias municipais de educação e de agricultura e
agentes de extensão, organizar e motivar os jovens para o desenvolvimento de atividades
como produção de mudas nativas e plantio nas áreas de preservação permanente, controle
do recolhimento e destino de lixo inorgânico, etc.
•
Produção de material escrito (cartilhas) sobre legislação ambiental, fauna e flora nativa e
sua importância, uso e manejo correto dos solos, seleção, produção e plantio de árvores
nativas adaptadas à região, proteção e adequação de fontes d’água, etc.
Apesar de o INCRA não ser diretamente o órgão responsável pela educação, cabe ressaltar a
necessidade de parcerias com as prefeituras, estado e outras esferas do poder público, para
garantir melhorias em termos de acesso à educação. Por isso, para consolidação das medidas
propostas anteriormente, é necessário:
•
Implantar e/ou fortalecer o ensino fundamental regular (20 horas semanais, 5 vezes por
semana), dentro dos PA, associado à regularização do transporte escolar.
•
Implantar o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), ainda inexistente nos Projetos de
Assentamentos.
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Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
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ANEXOS
Anexo I
Fatores limitantes para avaliação de capacidade de uso das terras
Fatores limitantes da terra
Além dos fatores limitantes com profundidade efetiva, permeabilidade, textura, declividade,
hidromorfismo, erosão, produtividade aparente e risco de inundação, o Quadro 3 apresenta
vários outros.
Símbolo
pd
Nome
Significado
Pedregosidade
Pedras e afloramentos
Inundação
Inundações periódicas
ab
Abrupto
Mudança textural abrúptica
va
Vértico
Argilas expansivas
hi
Hidromorfismo
Saturação com água
se
Seca prolongada
Déficit hídrico acentuado
sd
Geada ou vento frio
Geada, vento e neve
di
Distrofismo
Saturação por bases baixa
al
Saturação com Al
Saturação por Al alta
ct
Baixa retenção de cátions
CTC baixa
ti
Tiomorfismo
Presença de sais de enxofre
so
Sodificação
Saturação com sódio alta
sl
Salinização
Condutividade Elétrica alta
ca
Carbonato
Presença de carbonato
i
Quadro 3. Fatores limitantes da terra.
Profundidade efetiva
Refere-se à espessura máxima do solo sem impedimento físico para o desenvolvimento
radicular. É a camada de solo favorável ao desenvolvimento das raízes e ao armazenamento
de umidade, diferente da camada subjacente com impedimentos advindos de propriedades
físicas que impedem ou retardam significativamente o desenvolvimento radicular. O Quadro 4
mostra os valores de profundidade efetiva utilizados no sistema de avaliação da capacidade de
uso das terras.
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Profundidade
Adjetivação
Mais de 2,00 metros
1– Muito profundos
De 1,00 metro a 2,00 metros
2 – Profundos
De 0,50 metro a 1,00 metro
3 – Moderadamente profundos
De 0,25 metro a 0,50 metro
4 – Rasos
Menos de 0,25 metro
5 – Muito rasos
Quadro 4. Valores de profundidade efetiva.
Permeabilidade
É a capacidade que o solo apresenta de transmitir água ou ar podendo ser:
1. Rápida: quando o solo é de textura arenosa ou de estrutura forte, pequena, granular e
muito friável, apresentando fácil percolação de água como nas classes de solos,
NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS e LATOSSOLOS em geral;
2. Moderada: quando o solo é de textura e estrutura compostas de tal forma que
proporcionam moderada percolação de água, atingindo geralmente em laboratório
níveis de cinco (5) a cento e cinqüenta (150) milímetros de água percolada por hora;
Lenta: quando o solo possui características de textura e estrutura tais que tornam a
percolação mais difícil. A velocidade de percolação é inferior a cinco (5) milímetros de
água percolada por hora nos testes de laboratório. Normalmente ocorre em camadas
argilosas ou muito argilosas ou nas de textura média, com argila de atividade alta e/ou
alta saturação por sódio.
No Quadro 5 são apresentadas as classes de permeabilidade do perfil dos solos estudados.
Permeabilidade da
camada subsuperficial
Permeabilidade da camada superficial
Rápida
Moderada
Lenta
Rápida
1/1
2/1
3/1
Moderada
1/2
2/2
3/2
Lenta
1/3
2/3
3/3
Quadro 5. Classes de permeabilidade do perfil dos solos
Textura
No Quadro 6 são apresentadas as anotações numéricas das combinações da textura das
camadas superficiais e subsuperficiais.
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Textura da camada superficial
Textura da camada
subsuperficial
Muito
argilosa
Argilosa
Média
Siltosa
Arenosa
Muito argilosa
1/1
2/1
3/1
4/1
5/1
Argilosa
1/2
2/2
3/2
4/2
5/2
Média
1/3
2/3
3/3
4/3
5/3
Siltosa
1/4
2/4
3/4
4/4
5/4
Arenosa
1/5
2/5
3/5
4/5
5/5
Quadro 6. Textura dos solos.
Declividade
O Quadro 7 mostra os intervalos de declividade utilizados para a avaliação da capacidade de
uso.
Classe
Declive (%)
A
Inferior a 3
B
Entre 3 e 8
C
Entre 8 e 12
D
Entre 12 e 20
E
Entre 20 e 45
F
Entre 45 e 75
G
Superior a 75
Quadro 7. Intervalos de declividade.
Hidromorfismo
As ocorrências de hidromorfismo conforme a profundidade do solo são apresentadas no
Quadro 8.
Hidromorfismo
Profundidade
hi 1
Abaixo de 100 cm da superfície
hi 2
Abaixo de 50 cm da superfície
hi 3
Abaixo de 25 cm da superfície
hi 4
Até a superfície do solo
Quadro 8. Hidromorfismo conforme a profundidade do solo
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Erosão
a) Erosão laminar
1. Ligeira: quando já aparente mas com menos de 25% do solo superficial removido ou
quando não for possível identificar a profundidade normal do horizonte A de um solo em
estado natural, com mais de 15 centímetros do solo superficial remanescente;
2. Moderada: com 25 a 75% do solo superficial removido ou quando não for possível
identificar a profundidade normal do horizonte A de um solo em estado natural, com 5 e
15 centímetros do solo superficial remanescente;
3. Severa: com mais de 75% do solo superficial removido e, possivelmente, com o
horizonte B já visível ou quando não for possível identificar a profundidade natural do
horizonte A de um solo em estado natural, com menos de cinco (5) centímetros do solo
superficial remanescente;
4. Muito severa: com todo o solo superficial já removido e com o horizonte B bastante
afetado (erodido), já tendo sido removido, em alguns casos, em proporções entre 25 e
75% da espessura original;
5. Extremamente severa: com o horizonte B, em sua maior parte já removido em razão da
utilização agrícola;
6. Símbolo reservado para áreas desbarrancadas ou translocações de blocos de terra.
b) Erosão em sulcos
Freqüência dos sulcos:
1. ocasionais: área com sulcos distanciados mais de 30 metros;
2. freqüentes: área com sulcos a menos de 30 metros de distância entre si mas ocupando
área inferior a 75%;
3. muito freqüentes: área com sulcos a menos de 30 metros de distância entre si mas
ocupando área superior a 75%.
Profundidade dos sulcos:
1, 2 e 3: representam sulcos superficiais que podem ser cruzados por máquinas agrícolas e
se desfazem com o preparo do solo;
1, 2 e 3: representam sulcos rasos que podem ser cruzados por máquinas agrícolas mas
não se desfazem com o preparo do solo;
1, 2 e 3: representam sulcos profundos que não podem ser cruzados por máquinas
agrícolas e que ainda não atingiram o horizonte C;
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1V, 2V e 3V: representam sulcos muito profundos que não podem ser cruzados por
máquinas agrícolas e que já atingiram o horizonte C, sendo também denominados de
voçorocas.
Suas representações estão no Quadro 9 a seguir.
Profundidade dos
sulcos
Freqüência dos sulcos
Ocasionais
Freqüentes
Muito freqüentes
Superficiais
1
2
2
Rasos
1
2
3
Profundos
1
2
3
1V
2V
3V
Muito profundos ou
voçorocas
Quadro 9. Profundidade dos sulcos
Produtividade aparente
•
p1: muito alta – solos aparentemente com ampla reserva de nutrientes e propriedades
físicas muito boas, produzindo ótimas colheitas dentro dos melhores padrões e práticas de
manejo da região considerada;
•
p2: alta – solos aparentemente com razoáveis reservas de nutrientes e propriedades físicas
boas, produzindo colheitas boas dentro dos melhores padrões e práticas de manejo da
região considerada;
•
p3: média – solos aparentemente com reservas de nutrientes e/ou propriedades físicas
razoáveis, produzindo colheitas moderadas dentro dos melhores padrões de manejo mais
comuns da região considerada;
•
p4: baixa – solos aparentemente com problemas de produtividade que só conseguem
produzir colheitas consideradas baixas dentro dos melhores padrões de manejo mais
comuns da região considerada;
•
p5: muito baixa – solos com sérios problemas de produtividade, nos quais só se
conseguem colheitas muito baixas mesmo usando-se os melhores padrões comuns de
manejo da região.
Risco de inundação
O risco de inundação é avaliado pela freqüência e duração dos eventos, conforme segue:
a) Freqüência:
Ocasionais: com mais de cinco anos de recorrência provável;
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Freqüentes: com recorrência provável entre um e cinco anos;
Muito freqüentes ou anuais: ocorrendo sistematicamente todo ano, repetindo-se uma ou
mais vezes nas várias estações do ano.
b) Duração:
Curtas: durando menos de dois dias;
Médias: durando entre dois dias e um mês;
Longas: durando mais de um mês.
O Quadro 10 mostra a interação da freqüência e da duração das inundações.
Duração das
inundações
Freqüência das inundações
Anuais ou muito
Ocasionais
Freqüentes
freqüentes
Curtas
I1
I4
I7
Médias
I2
I5
I8
Longas
I3
I6
I9
Quadro 10. Interação da freqüência e duração das inundações.
Pedregosidade
A ocorrência de pedregosidade é avaliada conforme a quantidade de pedras ou matacões e
pela presença do substrato rochoso, conforme abaixo:
•
pd1: poucas pedras
•
pd2: pedras abundantes
•
pd3: pedras extremamente abundantes
•
pd4: poucos matacões
•
pd5: matacões abundantes
•
pd6: matacões extremamente abundantes
•
pd7: afloramentos rochosos
•
pd8: muitos afloramentos rochosos
•
pd9: grande quantidade de afloramentos rochosos
Salinidade
A salinidade e a sodificação interferem no desenvolvimento do sistema radicular e são
avaliados como segue:
Salinidade
sl1: ligeira
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sl2: moderada
sl3: forte
Sodificação
so1: moderada
so2: forte
so3: muito forte
O nível tecnológico indica o grau de desenvolvimento da tecnologia agrícola adotada ou “nível
de manejo” da terra, podendo ser:
•
N: tecnologia de nível nulo
•
B: tecnologia de nível baixo
•
M: tecnologia de nível médio
•
E: tecnologia de nível elevado
•
V: investimentos vultuosos, porém, mal-aplicados.
Uso atual
O uso atual é a caracterização do uso atual da terra, dando indicações sobre a tradição e a
experiência dos agricultores e sugerindo possíveis manejos futuros. Os tipos de uso atual da
terra podem ser:
F – floresta
S – cerrado
T – caatinga
C – campo nativo
O – complexo vegetacional
Pn – pastagem nativa
Pm – pastagem melhorada
Pc – pastagem cultivada
Px – capineira
Lp – lavoura perene
Lt – lavoura temporária
La – lavoura anual
E – terreno estéril
P – pastagens
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L – lavoura
H – horticultura
V – silvicultura
Hf – fruticultura
Ho – olericultura ou floricultura
Va – araucária
Vd – essências exóticas
Vn – essências nativas
Vp – pinus
Vê – eucalipto
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220000
222000
224000
226000
228000
ANEXO II
Capacidade de uso do solo
230000
Legenda
Capacidade de uso
lll e, t
6788000
6788000
lll e, ma
lll s, di
lV a, hi
VIII l, app
6786000
6786000
Malha viária
rro
Curso d'água perene
Curso d'água intermitente
Rio
Corpo d'água
Iva
i
500
6784000
6784000
A
Hidrografia
iros
rre
a
io B
Estrada Municipal sem pavimentação
Ruas urbanas
Ferrovia
Caminho/trilha
Arro
io C
500 m
N
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
D'Á
gua
6780000
6780000
6782000
6782000
aixa
0
Projeto:
Apoio ao licenciamento ambiental de
projetos de assentamento
Título:
Mapa de capacidade de uso das terras do PA
Santa Rosa, Tupanciretã - RS
Escala: 1:42.000
220000
222000
224000
226000
228000
230000
Porto Alegre, Abril de 2008.
220000
222000
224000
226000
228000
ANEXO III
Uso do solo (21/11/2003)
230000
Legenda
Uso do solo (21/11/2003)
Água
6788000
6788000
Agricultura/solo exposto
Campo seco
Campo úmido
Construções
Mata nativa
Pousio
6786000
6786000
Silvicultura
Malha viária
Estrada Municipal sem pavimentação
Ruas urbanas
Ferrovia
Caminho/trilha
os
eir
arr
io B
Rio
Hidrografia
Iva
i
Curso d'água perene
Curso d'água intermitente
6784000
6784000
o
Arr
Vegetação arbustiva
Corpo d'água
500
0
500 m
N
Arro
io C
D'Á
gua
6780000
6780000
6782000
6782000
aixa
Base cartográfica:
Cartas em escala 1:50.000 da Diretoria
de Serviço Geográfico do Exército
Sistema de coordenadas UTM Datum SAD 69
Origem das coordenadas:
51° W e Equador, acrescidas das constantes
500.000 e 10.000.000 respectivamente.
Projeto:
Apoio ao licenciamento ambiental de
projetos de assentamento
Título:
Mapa de uso atual do PA Santa Rosa,
Tupanciretã - RS
Escala: 1:42.000
220000
222000
224000
226000
228000
230000
Porto Alegre, Abril de 2008.
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Anexo IV
Categoria
sucessional
Locais
plantio
aguaí-mirim
secundáriainicial
Todos os locais Recuperação
em que o solo
permite
araçá
pioneira,
secundáriainicial
Várzeas
Recuperação
frutífera
Matas de galeria
Recuperação
Nome científico
Nome popular
Chrysophyllum
marginatum
Psidium
cattleyanum
Myrcianthes
gigantea
araçazeiro-do-mato
Rollinia salicifolia
araticum
secundária
inicial e tardia
secundáriainicial
Várzeas
pequenas
encostas
de
Justificativa
e
e Recuperação,
frutífera
Lithraea
brasiliensis
aroeira-brava,
bugreiro
secundária
inicial e tardia
Locais
secos
florestas
galeria
Schinus
terebinthifolius
aroeira-vermelha
pioneira,
secundáriainicial
Várzeas
pequenas
encostas
cambará
pioneira
Todos
Matayba
elaeagnoides
camboatá-branco
secundária
inicial e tardia
Várzeas, beiras
de
sanga
e
Recuperação
encostas
sul
úmidas
Cupania vernalis
camboatá-vermelho
secundária
inicial e tardia
Várzeas, beiras
Recuperação
de sanga
Nectandra
lanceolata
canela-amarela
secundáriatardia
Várzeas
pequenas
encostas
e Recuperação,
madeira
Nectandra
megapotamica
canela-fedorenta
secundáriainicail-tardia
Várzeas
pequenas
encostas
e Recuperação,
madeira
Myrsine coriacea
capororoquinha
pioneira
Gochnatia
polymorpha
mais
das
Recuperação
de
e Recuperação,
condimentar
(frutos)
Recuperação,
madeira
Todos os locais
em que o solo Recuperação
permite
Quadro 11. Lista das espécies recomendadas para plantio nos Projetos de Assentamento do município
de Tupanciretã.
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Nome científico
Nome popular
Styrax leprosus
carne-de-vaca
Eugenia
involucrata
cerejeira
Categoria
sucessional
Locais
plantio
de
pioneira,
secundáriainicial
Todos os locais Recuperação,
em que o solo madeira
permite
secundáriatardia
Principalmente
encostas
secundáriainicial
Todos os locais Recuperação
em que o solo
permite
Justificativa
Frutos,
recuperação
Casearia
sylvestris
chá-de-bugre
Allophylus edulis
chal-chal
secundária
inicial e tardia
Várzeas, beiras Recuperação
de sanga
frutífera
coronilha
secundária
inicial e tardia
Locais
secos
florestas
galeria
secundária
inicial e tardia
Barranca do rio
Recuperação
e charcos
Várzeas
pequenas
encostas
Scutia buxifolia
Erythrina crista- corticeira-dobanhado
galli
e
mais Recuperação e
das regeneração da
de espécie,
medicinal
e Recuperação
Ficus citrifolia
figueira
secundáriainicial,
secundáriatardia
Solanum
mauritianum
fumo-bravo
pioneira
Todos os locais
em que o solo Recuperação
permite
Myrcianthes
pungens
guabiju
secundáriatardia
Principalmente
encostas
pedregosas
Frutos,
recuperação
Campomanesia
xanthocarpa
guabirobeira
secundáriainicial,
secundáriatardia
Várzeas
pequenas
encostas
e Recueperação,
frutífera
Cordia
americana
guajuvira
secundáriainicial,
secundáriatardia
Várzeas
pequenas
encostas
e Recuperação
madeira
Myrcia
bombycina
guamirim
pioneira,
secundáriainicial
Várzeas
e Recuperação,
agroflorestas
pequenas
encostas, locais
mais secos
e
Quadro 11. Lista das espécies recomendadas para plantio nos Projetos de Assentamento do município
de Tupanciretã.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284-3300
111
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
Superintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR/11
Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Categoria
sucessional
Locais
plantio
pioneira,
secundáriainicial
Várzeas
pequenas
encostas
guassatunga
secundária
inicial e tardia
Várzeas, beiras
Recuperação
de sanga
jerivá
secundária
inicial e tardia
Todos os locais
em que o solo Recuperação
permite
Cordia
trichotoma
louro-pardo
pioneira,
Várzeas
pequenas
encostas
Zanthoxylum
rhoifolium
mamica-de-cadela
pioneira,
secundáriainicial
Várzeas
e Recuperação,
madeira
pequenas
encostas em que
o solo permite
Nome científico
Nome popular
Myrcia palustris
guamirim
Casearia
decandra
Syagrus
romanzoffiana
Blepharocalyx
salicifolus
Sapium
glandulosum
Eugenia
uruguayensis
murta
pau-leiteiro
pitangão
de
Justificativa
e Recuperação
e Recuperação,
madeira
secundária
inicial e tardia
locais
mais
secos das matas Recuperação
de galeria
Secundáriainicial
Várzeas, locais Recuperação
mais úmidos
secundária
inicial e tardia
Várzeas, beiras
Recuperação
de sanga
Campomanesia
guazumiaefolia
sete-capotes
pioneira,
secundáriainicial
Várzeas
pequenas
encostas
Symplocos
uniflora
sete-sangrias
pioneira
Todos os locais Recuperação
em que o solo
permite
Gleditsia
amorphoides
sucará, coronilha
secundáriainicial,
secundáriatardia
Pequenas
Recuperação da
encostas e topos área
e
da
de coxilhas
espécie
ameaçada
Vitex
megapotamica
tarumã
pioneira
e Várzeas
secundáriapequenas
inicial
encostas
Calliandra
tweediei
topete-de-cardeal
secundáriainicial
Várzeas
e Recuperação,
frutíferas
e Recuperação,
frutos
Recuperação,
ornamental
Quadro 11. Lista das espécies recomendadas para plantio nos Projetos de Assentamento do município
de Tupanciretã.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284-3300
112
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
Superintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR/11
Núcleo de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Nome científico
Nome popular
Categoria
sucessional
Locais
plantio
de
Sapium
longifolius
toropi
pioneira
Beiras de sanga Recuperção
e outros locais
úmidos
Guettarda
uruguensis
veludinho
pioneira,
secundáriainicial
Todos os locais Recuperação
em que o solo
permite
Justificativa
Quadro 11. Lista das espécies recomendadas para plantio nos Projetos de Assentamento do município
de Tupanciretã.
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA/RS
Av. Loureiro da Silva, 515 - CEP: 90010.420 - Porto Alegre/RS Fone: (051) 3284-3300
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RELATÓRIO AMBIENTAL DO PROJETO DE