SINTESE DE APRESENTAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO Grupo de estudantes Catarina Oliveira; Diana Rodrigues; Fátima Veloso; Francisca Macedo; Libânia Veloso; Márcia Castro; Paula Cunha Orientador Professora Mestre Cândida Cracel Estudo A percepção do membro da família prestador de cuidados sobre o contributo dos enfermeiros na capacitação para o autocuidado em doentes dependentes Síntese do estudo O fenómeno da dependência, embora não seja recente, tem vindo a tornar-se um problema complexo, trazendo implicações sociais, económicas e políticas. Como principais fatores causadores desta dependência figuram o aumento da esperança média de vida, da incidência de doenças crónicas e de acidentes. O assumir do autocuidado, por parte dos familiares dos doentes dependentes, acarreta algumas dificuldades que, muitas vezes, podem comprometer o cuidado à pessoa dependente, o que faz acrescer a necessidade de os membros de família prestadores de cuidados serem auxiliados por enfermeiros qualificados. O presente estudo, de natureza qualitativa, descritiva, pretendeu compreender a perceção dos membros de família que prestam cuidados aos doentes inscritos numa ECCI, acerca do contributo dos enfermeiros na sua capacitação para o autocuidado. Para tal foram incluídos 14 participantes, familiares de doentes dependentes. O instrumento de colheita de dados foi a entrevista semiestruturada e os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados evidenciam que existe carência, por parte dos familiares, relativamente a uma preparação adequada para o autocuidado e que os enfermeiros contribuem positivamente para a sua capacitação. Em síntese os enfermeiros podem contribuir positivamente para melhores cuidados dos familiares aos docentes dependentes. Palavras-chave: Cuidados de enfermagem; autocuidado, perceção Adriana Vieira; André Amorim; Daniel Silva; Marta Novo Professora Mestre Cândida Cracel Promoção do autocuidado em pessoas que sofreram um AVC contributos dos enfermeiros O Acidente Vascular Cerebral representa uma das principais causas de morbi-mortalidade e morbilidade em Portugal, tendo uma grande influência no autocuidado das pessoas, assumindo a enfermagem grande importância, pois as suas intervenções permitem que o utente readquira as capacidades perdidas e se torne mais autónomo o mais rapidamente e eficazmente possível. O presente estudo tem como objetivo geral: conhecer as práticas dos enfermeiros na promoção do autocuidado em utentes que sofreram AVC num serviço de internamento de medicina. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e descritiva, sendo os informantes 12 enfermeiros. O instrumento de colheita de dados foi a entrevista semiestruturada e os dados foram examinados através da análise de conteúdo segundo Bardin. Os achados evidenciam que as intervenções dos enfermeiros na promoção do autocuidado são incentivar o utente a participar no autocuidado, executar o autocuidado do utente, assistir o utente no autocuidado, informar o utente sobre a sua situação clínica, ensinar e instruir o utente sobre estratégias que promovem o autocuidado e avaliar a capacidade do utente para se autocuidar. Para tal os enfermeiros têm de dominar competências relacionais, cognitivas e técnicoinstrumentais. Na sua intervenção os enfermeiros atendem aos défices neuromotores e/ou cognitivos, à capacidade residual, às patologias secundárias, à dimensão psicológica, ao ambiente, à comunicação, à idade, ao conhecimentos do utente e à multidimensionalidade do utente (respeito pela vontade e privacidade do utente e a preservação da sua autoestima); Emerge ainda a promoção do autocuidado que deve iniciar-se após a admissão do utente no serviço e realizar-se ao longo das 24 horas. Em síntese os enfermeiros, pela proximidade, permanência e competências, assumem particular relevância no processo de reabilitação do doente com AVC. Ana Cunha; Hugo Moreira; Isabel Silva; Joana Maciel; Sílvia Pereira Professora Mestre Clementina Sousa As vivências da pessoa com ostomia de eliminação intestinal Palavras-chave: Autocuidado, Acidente Vascular Cerebral, Enfermagem A realização de uma ostomia provoca alterações na fisiologia e função intestinal com implicações ao nível da imagem corporal e da autoestima, para além da intimidade/sexualidade, podendo interferir com as relações familiares, sociais, afetivas e espirituais pelo que é essencial que uma pessoa enfrente e vá integrando as mudanças no seu dia-a-dia no sentido de manter a sua integridade e seguir com a vida. O presente estudo teve como objetivo compreender as experiências vividas pelas pessoas com ostomia de eliminação intestinal, sendo o contexto de pesquisa o Gabinete de Estomaterapia, de uma unidade hospitalar do norte de Portugal. É um estudo qualitativo de natureza exploratória descritiva, com uma amostra por conveniência de dez participantes, com ostomia de eliminação intestinal. A recolha de dados foi efectuada através de entrevista semiestruturada, sendo analisados através da técnica de análise de conteúdo. Os achados revelam que os utentes experienciam um contínuo de sentimentos com início próximo da cirurgia até ao momento atual, em que os mais significativos, próximos das cirurgia, foram o choque emocional, seguido do sofrimento e da tristeza. Quanto aos sentimentos presentes, a vergonha e a resignação foram os mais relatados pelos participantes. Referem múltiplas alterações ao nível das atividades de vida diária. Quanto ao relacionamento social, evidenciam restrição nos contactos sociais. As pessoas com ostomia de eliminação intestinal necessitaram de apoio do enfermeiro, sendo que a maioria relata beneficiar de cuidados prestados pelo enfermeiro do Gabinete de Estomaterapia. Em síntese a colostomia tem múltiplas implicações na vida das pessoas, sendo o enfermeiro um importante recurso no processo de adaptação à nova realidade. Palavras-chave: ostomia, vivências, cuidados de enfermagem Ana Oliveira; Ana Carvalho; Ana Cortez; Luísa Monteiro; Mónica Magalhães; Sara Cardoso; Sara Silva Professora Mestre Clementina Sousa Cuidados à pessoa com colostomia definitiva Colostomia tem implicações nas várias dimensões da vida da pessoa. As intervenções dos enfermeiros devem abranger e focalizar-se na pessoa nas suas dimensões biopsicossociais e espirituais. Este estudo tem como objetivo geral conhecer as práticas de enfermagem à pessoa com colostomia definitiva, em cuidados de saúde primários. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa de natureza exploratória, com nove informantes. O instrumento de colheita de dados foi entrevista semi-estruturada e os dados examinados pela análise de conteúdo, segundo o método preconizado por Sampieri. Do estudo emergiram como principais achados: A articulação entre o hospital e os cuidados de saúde primários revelou-se facilitadora para a continuidade de cuidados ao utente com colostomia definitiva e família. Andrea Liquito; Ana Santos; Ana Pereira; Diana Faria; Flávia Amorim; Vera Mesquita Professora Doutora Clara Araújo Participação dos enfermeiros no desenvolvimento da saúde pública no Alto-Minho na segunda metade do século XX O suporte familiar e as questões relacionadas com o material de ostomia foram reconhecidas como principais necessidades da pessoa com colostomia definitiva. São diversos os sentimentos vivenciados pelos utentes com colostomia definitiva e família percecionados pelo enfermeiro, sendo que a maioria são sentimentos negativos. De uma forma geral os enfermeiros apontam a inexperiência profissional e a formação continua, a relação enfermeiro/utente como principais fatores que influenciam a prestação de cuidados. Palavras-chave: colostomia definitiva; intervenções de enfermagem; cuidados de saúde primários Ao longo da história, os Enfermeiros assumiram um papel relevante no desenvolvimento da Saúde Pública. A segunda metade do século XX constitui-se um período importante uma vez que a participação dos Enfermeiros influenciou e contribuiu de forma significativa para o surgimento dos Cuidados de Saúde Primários (CSP). O presente estudo tem por objectivo analisar a forma como a Saúde Pública, no Alto Minho, se desenvolveu na segunda metade do século XX, e de que forma os Enfermeiros influenciaram o seu desenvolvimento. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, do tipo descritivo e de abordagem Histórica, utilizando para este fim, a metodologia da História Oral. O instrumento de colheita de dados utilizado foi a entrevista semiestruturada. Os discursos de dez Enfermeiras foram analisados, com recurso à técnica de análise de conteúdo, com codificação in vivo. Da análise de dados emergiram quatro Áreas Temáticas: 1) Participação dos Enfermeiros nos Serviços Médico-Sociais (SMS); 2) Participação dos Enfermeiros nos Dispensários MaternoInfantis; 3) Participação dos Enfermeiros nos CS; 4) Visão da Enfermagem na segunda metade do século XX. Em síntese os resultados apontam no sentido de uma significativa participação dos enfermeiros na criação e desenvolvimento dos CSP. Palavras-chave: História da Enfermagem; Enfermagem em Saúde Pública; História do Século XX. Ana Oliveira; Ana Pinto; Ana Ferreira; Catarina Torre; Marlene Marques; Marta Maciel Professora Doutora Clara Araújo Elementos para a história da saúde mental e psiquiatria em Portugal - o caso do Alto-Minho na segunda metade do século XX A investigação na área da história da enfermagem tem um papel essencial para nos ajudar a construir uma memória sobre a saúde mental e psiquiatria. O estudo tem como principal objetivo conhecer a história da saúde mental e psiquiatria no Alto Minho na segunda metade do século XX e descrever o papel dos enfermeiros na prestação de cuidados à pessoa com patologia mental. Trata-se de um estudo qualitativo com recurso à metodologia de investigação histórica, usando como abordagem a história oral. O instrumento de colheita de dados foi a entrevista semiestruturada, tendo sido entrevistadas para o efeito cinco enfermeiras. Os discursos foram analisados com recurso à técnica de análise de conteúdo segundo Bardin, com codificação mista. De acordo com os objetivos emergiram três áreas temáticas, que se constituem como os três elementos que contribuíram para a construção da história da saúde mental: os Enfermeiros, as Instituições e a Prática Assistencial. Da análise dos dados pode-se concluir que os enfermeiros tiveram um papel importante na prestação de cuidados ao doente do foro psiquiátrico, quer pela sua constante presença nos diferentes contextos, quer por corresponderem às exigências decorrentes das mudanças implementadas ao longo do século XX, influenciadas por fatores políticos, económicos e sociais. Ariana Gomes; Diogo Sousa; Elisa Costa; Lara Alves; Maria Sampaio Professora Doutora Clara Araújo Perfil de saúde mental de idosos institucionalizados na Santa Casa de Misericórdia de Ponte da Barca Palavras-chave: história, século XX; história da enfermagem; saúde mental; enfermeiros; psiquiatria O crescente envelhecimento da população portuguesa representa uma das questões essenciais e mais preocupantes da situação da sociedade atual, estando relacionado com o acréscimo significativo nos custos de serviços de saúde e sociais, dependendo das condições de saúde e da capacidade funcional da população idosa, aumentando a sua institucionalização. A saúde mental tem sido uma das áreas consideradas de grande pertinência, não só pela falta de investigação nesta área, mas também pelo aumento registado de doenças mentais. O presente estudo teve como objetivo geral caracterizar o perfil de saúde mental dos idosos institucionalizados numa IPSS. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo. A amostra inclui 31 idosos, com idades compreendidas entre 66 e 94 anos. O instrumento de colheita de dados foi o questionário e o Mental Health Inventory (MHI) na versão de Pais Ribeiro (2001). A maioria dos idosos são do sexo feminino (74,2%), viúvos (61,3%), e 45,2 % recebem semanalmente visitas. Cerca de 64,5% permanecem no lar entre 1 a 5 anos e 80,6% não apresentam doença mental. Relativamente à saúde mental, os resultados do MHI mostram-nos que os melhores são relativos ao Distress Psicológico e os piores ao Bem-Estar Psicológico. Em síntese a saúde mental é um importante indicador de bem-estar. Palavras-chaves: Saúde Mental, Envelhecimento, Idoso, Perfil de Saúde, Institucionalização Ângela Sampaio; Celso Sousa; Débora Nogueira; João Freitas; Ruelo Parente; Tânia Ferreira Professora Doutora Aurora Pereira Consumo de tabaco e a saúde mental dos adolescentes Apesar das campanhas de prevenção sobre os malefícios do consumo de tabaco a prevalência de fumadores portugueses aos 15 anos é elevada, pelo que se torna essencial perceber alguns dos fatores que podem estar associados a este consumo. O presente estudo tem por objectivo analisar a associação entre a saúde mental e o consumo de tabaco nos adolescentes. Para tal foi realizado um estudo descritivo-correlacional junto de alunos do 12º ano do Ensino Secundário com uma amostra de 210 alunos. O instrumento de colheita de dados foi o questionário para a caraterização dos hábitos tabágicos e o Mental Health Inventory, na versão de Pais Ribeiro (2001) para a avaliação da saúde mental. Os resultados evidenciam que os rapazes têm uma tendência superior para ter hábitos tabágicos ativos, no entanto o número de cigarros não é infliuenciado pelo sexo. A motivação para deixar de fumar está presente uma vez que a maioria revela interesse em abandonar este hábito. Relativamente à saúde mental os jovens do sexo masculino apresentam scores mais elevados que os do sexo feminino. Quanto à associação entre saúde mental e o consumo de tabaco esta não se observa. Em conclusão o consumo de tabaco está mais presente nos rapazes e não se observa relação com a saúde mental Palavras-chave: Saúde Mental, Uso de Tabaco, Adolescente António Costa; Eduardo Franco; Joana Moreira; Maria Gonçalves; Sandrine Paço Professora Doutora Aurora Pereira Estudo da prevalência da dor crónica nos idosos que residem em freguesias do concelho de Melgaço O envelhecimento da população, um dos fenómenos demográficos mais preocupante da atualidade, origina o aparecimento de incapacidades nas pessoas idosas e de dor, fator limitante nas atividades de vida diária. O presente estudo tem por objectivo determinar a prevalência da dor crónica nos idosos de duas freguesias do concelho de Melgaço. A amostra foi constituída por 204 idosos e como instrumento de colheita de dados optou-se pelo questionário. Os resultados evidenciam que 48,5% dos inquiridos sofrem de dor crónica, a localização mais comum é nas articulações e a duração média desta patologia é de 31,21 meses. Em síntese a dor crónica é uma situação comum, com implicações na vida dos idosos Palavras-chave: idoso, envelhecimento, dor crónica, incapacidade, qualidade de vida, controlo da dor. Ana Soeiro; Daniela Amorim; Diogo Torre; Fiona Fernandes; Hélder Cunha; Joana Silva Professor Doutor Luís Graça Análise dos contributos do teatro do oprimido nas atitudes perante a violência no namoro O teatro do oprimido é uma importante e reconhecida ferramenta para colocar em prática o diálogo entre pessoas, permitindo colocar em cena um acontecimento para posterior debate e análise. A violência no namoro é um tema bastante abordado na sociedade atual, no entanto, ainda carece de intervenções promotoras de comportamentos saudáveis. O presente estudo tem como objetivo avaliar os contributos do teatro oprimido nas atitudes perante a violência no namoro, dando enfoque às questões relacionadas com violência psicológica e violência sexual. Trata-se de um estudo pré-experimental, longitudinal, realizado na Escola Superior de Saúde de Viana do Castelo com uma amostra de 107 estudantes do curso de Licenciatura de Enfermagem. A variável independente é o teatro do oprimido e a dependente as atitudes perante a violência no namoro. O instrumento de colheita de dados foi um questionário que integrou a Escala de Atitudes Acerca da Violência no Namoro na versão portuguesa de Saavedra, Machado, e Martins (2008). Os resultados evidenciam que após a participação numa sessão de teatro as atitudes perante a violência psicológica e a violência sexual, apresentam valores médios inferiores, o que evidencia atitudes mais positivas quando comparadas com o momento anterior ao teatro do oprimido. No entanto somente na dimensão da violência sexual masculina é estatisticamente significativa Em suma o teatro debate pode-se constituir um instrumento importante na intervenção em saúde. Palavras-chave: Coerção Sexual, Promoção da Saúde, Teatro Oprimido, Violência do Namoro, Violência Psicológica Ângela Alves; Daniela Pires; Diana Gonçalves; Filipa Dias; Maria Almeida; Mariana Pinheiral Professor Doutor Luís Graça Contributos da formação formal para a literacia em Saúde Mental A saúde mental é indissociável do conceito de saúde. Os conhecimentos e as crenças acerca das perturbações mentais ajudam os indivíduos no reconhecimento, gestão e prevenção das mesmas, sendo um contributo efetivo para a literacia em saúde mental. Este estudo tem como objetivo comparar os contributos da formação formal dos Cursos de Licenciatura em Enfermagem e de cursos da área da Educação, para a Literacia em Saúde Mental. Trata-se de um estudo correlacional, com uma amostra de 100 estudantes. A variável independente foi o curso e a dependente a literacia em saúde mental, tendo sido avaliada através da Escala de Opiniões sobre a Doença Mental de Cohen & Struening (1962) na versão portuguesa de Loureiro (2008) e o Inventário de Crenças sobre a Doença Mental de Loureiro et al., (2008). Acerca das crenças e atitudes perante os doentes e as doenças mentais os estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem apresentam menos autoritarismo, mais benevolência, menor restrição social e maior etiologia interpessoal. Possuem ainda crenças menos marcadas quanto à Doença como causa de Estigma e Discriminação e mais marcadas quanto à Doença como Condição Médica, quando comparados com os estudantes dos outros cursos. Em síntese os resultados indicaram que os estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem apresentam maior literacia em saúde mental que os estudantes dos outros cursos. Palavras-chave: Alfabetização em Saúde; Saúde Mental; Ensino Superior. Diana Rocha; Domingas Afonso; Marta Dias; Paula Gigante; Silvana Carvalho Professor Doutor Luís Graça Contributos do projecto "saberes em teia" para a promoção do envelhecimento activo, nos habitantes do concelho de Viana do Castelo O Projeto “Saberes em Teia” visa a participação e socialização dos indivíduos de diferentes idades, promovendo uma cultura intergeracional com ganhos em saúde, tendo em vista a promoção do envelhecimento ativo e saudável. No âmbito do projecto Observatório do Gabinete da Cidade Saudável da Câmara Municipal de Viana do Castelo construiu-se o presente estudo com os objectivos de avaliar a perceção dos participantes no Projeto “Saberes em Teia”, relativamente à divulgação e à evolução do projeto, e avaliar os contributos do mesmo para a promoção do envelhecimento ativo. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, transversal e retrospetivo, com uma amostra de 220 indivíduos que integram ou integraram o Projeto “Saberes em Teia”. A colheita de dados foi realizada através de um questionário e da Escala de Avaliação da Satisfação com o Suporte Social (ESSS) de Pais-Ribeiro (1999) Os resultados indicam que a maioria dos indivíduos teve conhecimento do PST por acaso, principalmente através de amigos/colegas, desempenhando maioritariamente o papel de participantes. No que diz respeito aos contributos do Projeto e no que se refere aos motivos para a integração e continuação no Projeto, o mais apontado relaciona-se com a aprendizagem. Em contrapartida, o motivo que leva mais pessoas a abandonarem o Projeto é a indisponibilidade/incompatibilidade de horários. Como contributo da troca de saberes entre as diferentes gerações, prevalece o bem-estar físico, psíquico e social. No que diz respeito ao suporte social, há uma maior satisfação com a família e os amigos, em contraposição às atividades sociais e à intimidade. Em suma, é importante refletir sobre a importância das relações intergeracionais e da aprendizagem na promoção do envelhecimento ativo, realçando o facto de que o envelhecimento, embora acarrete mudanças, não deve ser limitador nem um motivo de isolamento. Palavras-chave: Promoção da Saúde, Envelhecimento Ativo, Relações entre Gerações, “Saberes em Teia”, Apoio Social.