ANA PAULA E SILVA ARAÚJO O MAPA CONCEITUAL COMO FERRAMENTA NO USO DE ESTRATÉGIAS PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA LONDRINA – PR 2011 ANA PAULA E SILVA ARAÚJO O MAPA CONCEITUAL COMO FERRAMENTA NO USO DE ESTRATÉGIAS PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina Orientadora: Profa. Dra. Paula Mariza Zedu Alliprandini LONDRINA - PR 2011 ANA PAULA E SILVA ARAÚJO O MAPA CONCEITUAL COMO FERRAMENTA NO USO DE ESTRATÉGIAS PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COMISSÃO EXAMINADORA Profª. Dra. Paula Mariza Zedu Alliprandini Universidade Estadual de Londrina Profª. Amélia Caroline Terra Alves Machado Profª. Ana Priscila Christiano Prof°. Carlos Eduardo de Souza Gonçalves Londrina,____ de____________ de 2011. AGRADECIMENTOS A Deus, por sua insistência em acreditar em sua criação, cuidadosamente pensando em cada detalhe e nos capacitando de acordo com nossas necessidades e pelo dom da evolução da espécie humana. À admirável e competente professora Paula Mariza Zedu Alliprandini, por seu cuidado com cada detalhe deste trabalho, por suas cobranças para o desenvolvimento deste e por todas suas críticas construtivas, a fim de honrar seu compromisso com seu trabalho e com a educação, à qual tanto se dedica. À professora do PDE Edneia Igarashi, por ter apresentado seu trabalho realizado junto aos professores da Escola Estadual Souza Naves e por ter permitido e colaborado com o desenvolvimento deste trabalho. Aos alunos e professores da Escola Estadual Souza Naves, pela disponibilidade em participar desta pesquisa. À minha família querida, por toda motivação, contribuição e apoio. ARAÚJO, Ana Paula e Silva. O Mapa Conceitual como Ferramenta no uso de Estratégias para a Aprendizagem Significativa: 2011. 64 folhas. Trabalho de conclusão de curso (Graduação-Pedagogia). Curso de pedagogia da Universidade Estadual de Londrina, 2011. RESUMO O presente trabalho propôs-se a investigar se os alunos pesquisados, cujos professores nas disciplinas de História, Português e Artes utilizaram em suas aulas a ferramenta do mapa conceitual, utilizam formas/estratégias que possibilitam o uso da metacognição, na qual o processo reflexivo em relação aos conteúdos trabalhados pelo professor se faz necessário, tornando a aprendizagem significativa. Para tanto, foi realizada uma pesquisa junto a 160 alunos do 2° ano do Ensino Médio de uma Escola Estadual do Município de Rolândia/PR. A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um questionário com 4 perguntas abertas, aplicadas coletivamente em cada sala de aula. A análise dos dados obtidos demonstrou que, apesar de poucos alunos se recordarem da utilização do mapa como uma ferramenta de aprendizado, eles utilizam diversas estratégias como: perguntar aos professores e colegas, anotar palavras-chave, pesquisar em outras fontes, entre outras, as quais contribuem para a assimilação do conteúdo. Em algumas respostas, fica explícito que grande parte dos alunos se importa em adquirir conhecimento e se preocupa com sua formação enquanto indivíduos conscientes, críticos e reflexivos. Estes resultados sugerem a importância dos professores utilizarem o mapa conceitual como uma ferramenta pedagógica. Palavras-chave: aprendizagem Aprendizagem significativa. Mapas conceituais. Estratégias de SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. .7 2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 10 2.1 A PROPOSTA DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID AUSUBEL......... ..................................................................................................................... 10 2.2 MAPAS CONCEITUAIS .................................................................................................. 15 2.3 IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS .................................................................................. 17 3 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................... 24 3.1 PARTICIPANTES ............................................................................................................ 24 3.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO ............................................................................................. 24 3.3 INSTRUMENTOS ............................................................................................................ 24 3.4 PROCEDIMENTO ............................................................................................................ 25 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 33 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 34 APÊNDICES .......................................................................................................................... 36 7 1 INTRODUÇÃO Muito tem se discutido sobre a aprendizagem, havendo muitas controvérsias sobre a sua concepção e a compreensão sobre o processo ensinoaprendizagem (HILGARD, 1972). Numa perspectiva cognitivista sobre a aprendizagem, David Ausubel, um grande psicólogo da educação, teve como um de seus maiores objetivos estudar a aprendizagem significativa. Nesse sentido, preocupou-se em distinguir a aprendizagem significativa da aprendizagem mecânica, não como formas dicotômicas, mas como a possibilidade de um processo contínuo. A aprendizagem significativa, como o próprio nome já diz, é aquela que tem significado. De acordo com Souza (2010), a aprendizagem significativa fundamenta-se na ideia de que aprender coisas novas é mais fácil quando o aluno possui um conhecimento prévio sobre o que ele está aprendendo e que funcionam como “pontos de ancoragem” (MOREIRA; BUCHWEITZ, 1993; CRUZ, 200X; ONTORIA, 2005 apud SOUZA, 2010, p. 3). O meu interesse em investigar sobre a aprendizagem significativa no contexto de sala de aula surgiu a partir das discussões sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, realizadas nas aulas junto à disciplina de Psicologia da Aprendizagem do curso de Pedagogia. Além disso, a partir da minha experiência em sala de aula, com os alunos em processo de alfabetização, sempre me preocupei com a importância de se construir uma aprendizagem que leve o aluno a aprender o conteúdo de forma que ele possa estabelecer relações com os conhecimentos que eles já possuem. Antes de conhecer a teoria de David Ausubel, não havia como me basear em nenhuma teoria que me fizesse refletir sobre a importância da aprendizagem significativa no processo educacional, esta de suma importância, tanto para o aluno, como também para o educador. Compreender como acontece a assimilação do conteúdo, na proposta da aprendizagem significativa, possibilitou o aprofundamento dos meus conhecimentos sobre a teoria, pois há alguns elementos que David Ausubel classifica como importantes 8 para que ocorra a aprendizagem significativa. Dentre eles, a predisposição do aluno para aprender ou sua motivação e a organização do conteúdo a ser ministrado pelo professor. O papel nuclear do aluno, porém, não se limita a tais requisitos cognitivos. A atribuição de significados requer também uma disposição, uma atitude propensa a aprender de maneira significativa. O aluno deve querer compreender, isto é, estabelecer relações substanciais entre os novos conteúdos de aprendizagem e o que já se sabe (COLL, 2004, p. 63). Ao pensar em aprendizagem, sempre me preocupei não somente com os conteúdos a serem cumpridos pelo currículo, mas também com a formação do cidadão reflexivo com funções dentro da sociedade, e ao conhecer a teoria foi inevitável relacionar alguns aspectos citados por David Ausubel com essas questões que possibilitam ao educador buscar além de informar, formar. Tendo a informação de que uma professora que desenvolveu seu trabalho junto ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), realizou uma intervenção na perspectiva da aprendizagem significativa, utilizando os mapas conceituais como um recurso pedagógico, interessei-me em conhecer este trabalho desenvolvido pela professora e as dimensões alcançadas por ele. Portanto, a partir do trabalho desenvolvido pela professora do PDE, junto aos professores da Escola Estadual Souza Naves, do Município de Rolândia - PR, este trabalho se propôs a investigar se os alunos pesquisados, cujos professores nas disciplinas de História, Português e Artes utilizaram em suas aulas a ferramenta do mapa conceitual, utilizam formas/estratégias que possibilitam o uso da metacognição, na qual o processo reflexivo em relação aos conteúdos trabalhados pelo professor se faz necessário, tornando a aprendizagem significativa. O presente trabalho foi organizado da seguinte forma: no primeiro capítulo, está apresentado o referencial teórico, subdividido desse modo: a proposta da Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, os mapas conceituais e sua importância na promoção da aprendizagem significativa e, finalmente, as implicações educacionais desta teoria no cotidiano escolar. No segundo capitulo, está apresentado o desenvolvimento desta pesquisa, que inclui os participantes, local de realização da pesquisa, o instrumento de coleta de dados utilizado e os procedimentos metodológicos. O terceiro capítulo apresenta os resultados da presente pesquisa e a discussão destes 9 dados à luz da literatura apresentada e as implicações educacionais. No quarto e último capítulo, estão apresentadas as considerações finais do trabalho. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A PROPOSTA DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID AUSUBEL A teoria da aprendizagem significativa é de grande importância para que possamos entender como ocorre a aprendizagem, além de nos levar a refletir sobre a importância de se planejar uma atividade de forma intencional com objetivos traçados. Apesar de existirem diversos tipos de aprendizagem, como: cognitiva, afetiva e psicomotora, David Ausubel teve como base para a sua teoria, a aprendizagem cognitiva. Moreira (1999, p. 13) diz: “a atenção de Ausubel está constantemente voltada para a aprendizagem, tal como ela ocorre na sala de aula, no dia-a-dia da grande maioria das escolas”. Coll (2004, p. 60) comenta sobre as ideias que dão coerência à teoria da aprendizagem significativa: Uma se refere à especificidade da aprendizagem que ocorre nas salas de aula, em situações de ensino formais, sistemáticas, intencionais e planejadas, a outra, na complexidade da educação e na dificuldade de melhorá-la em sentido construtivo. A aprendizagem significativa é aquela que estabelece uma relação entre o conteúdo aprendido e a estrutura cognitiva prévia. Para Moreira (1999, p. 153), “a aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes, preexistente na estrutura cognitiva do aprendiz”. Ausubel vê o armazenamento de informações no cérebro humano como sendo organizado, formando uma hierarquia conceitual, na qual elementos mais específicos de conhecimentos são ligados (e assimilados) a conceitos gerais, mais inclusivos. Estrutura cognitiva significa, portanto, uma estrutura hierárquica de conceitos que são representações de experiências sensoriais do indivíduo (MOREIRA, 1999, p. 153). A teoria também orienta os professores em suas práticas docentes, ajudando-os a entender como ocorre o processo de assimilação do conteúdo, além de estimular o planejamento intencional e a pesquisa. Porém, para garantir a aprendizagem, 11 é necessário que o aluno também tenha interesse, pois se os alunos não tiverem as condições pré-requisitadas, o conhecimento pode não ocorrer. Para Ausubel apud Moreira (1999), é necessário que existam duas condições que levem o aluno a ter uma aprendizagem significativa: primeiro, o aluno tem que estar predisposto a aprender, estar “motivado”; segundo, o conteúdo tem que ser significativo para quem está aprendendo ou estabelecer relações com os conhecimentos prévios que este possui. Ausubel classifica como uma das formas de aprendizagem a aprendizagem por recepção. Nesta forma de aprendizado, o professor passa o conteúdo, e a função do aluno é recebê-lo, pois as informações recebidas já estão prontas e acabadas, para serem armazenadas. Outra forma de aprendizagem é a realizada por descoberta. Coll (2004) comenta que na aprendizagem por descoberta o conteúdo não vem em sua forma final. Sendo assim, o aluno tem possibilidade de descobrir o conhecimento e fazer relações entre o novo conteúdo e o conhecimento prévio, da aprendizagem recebida com outras que já possui. Segundo Coll (2004), nas primeiras obras de AUSUBEL (1963; 1968; AUSUBEL, NOVAK E HANESIAN, 1978), os autores analisam estes processos e abordam mais sobre a maneira de ensinar. Algumas ferramentas de ensino podem ser usadas a fim de levar o aluno a aprendizagem significativa como: trabalhos utilizando mapas conceituais ou diagramas em UVE (Diagrama UVE Gowin é uma técnica heurística para ilustrar a relação entre os elementos conceituais e metodológicos que interagem no processo de construção do conhecimento ou análise de textos). No exemplo de aprendizagem memorística, estão as tabuadas e aplicações de fórmulas para resolver o problema. Igarashi (2010) afirma que Uma pessoa adquire um conceito quando é capaz de dotá-lo de significado um material ou uma informação que lhe é apresentada. O aluno orientado a reproduzir dados e o aluno que se esforça de maneira sistemática para compreender e dar sentido à informação difere provavelmente em muitos outros aspectos, quando enfrentam tarefas de ensino e aprendizagem (IGARASHI, 2010, p. 3). 12 Para garantir a aprendizagem significativa, existem condições necessárias para que ela ocorra, sendo uma delas a participação do aluno, pois ele é o maior responsável pela garantia do conhecimento significativo. Sem a predisposição do aluno, o conhecimento não pode ocorrer de maneira significativa, ele tem que estar motivado. Novak (1998) defende que há a necessidade de se estabelecer uma relação não-trivial entre os novos conhecimentos e os que já possui. Outra condição é que o aluno deve estabelecer ligação entre o que está aprendendo com os conhecimentos que ele já possuía anteriormente. A nova informação tem que ser significativa para que o aluno possa então formar um novo conhecimento a partir daquele preexistente, sendo assim, ele poderá compreender determinado assunto de uma forma mais ampla ou específica, ou seja, do simples para o mais complexo. A última condição é que o material novo a ser aprendido seja potencialmente significativo, que tenha estruturas e organização interna, que não seja arbitrário. Coll (2004, p. 63) comenta que a aprendizagem significativa encontrase na medida em que se produz uma interação entre os novos conteúdos simbolicamente expressados e alguns aspectos relevantes da estrutura cognitiva que é adequado para interagir com a nova informação. Além do aluno, o professor também é um elemento importante para a garantia do conhecimento. O aluno, como já foi dito acima, tem que estar predisposto a aprender, tem que estar motivado e, com isso, fazer ligação do conteúdo aprendido com seus conhecimentos prévios, mas o professor é quem conduz a aprendizagem. No entanto, ele poderá escolher a forma com que irá conduzir o conhecimento ao seu aluno, sendo importante que ele saiba aonde quer chegar e quais os resultados que almeja alcançar. Por isso, é necessário que o professor planeje e que tenha uma intencionalidade com os conteúdos que trabalha. Geralmente, quando se busca resultados rápidos na aprendizagem, a forma que ela acontece é mecânica, passa-se o conteúdo, e o aluno memoriza a informação, para que possa chegar ao resultado imediato, que pode ser a avaliação ou outra. Santos (2010, p. 3) diz: “o papel do professor na promoção da aprendizagem significativa é de desafiar conceitos já aprendidos para que ele se reconstrua mais ampliado e consciente, tornando-se assim mais inclusivos com relação a novos conceitos”. 13 O aluno que aprende significativamente conseguirá estabelecer relações do que aprendeu com aquilo que já sabia, construindo um conhecimento mais sistemático, e, por estar motivado a aprender, consequentemente, também será um aluno mais participativo e interessado. O professor que busca formar alunos mais participativos também deve buscar rever a forma de ensinar. Segundo Santos (2010, p. 4), “informações são passadas sem que os alunos tenham necessidade delas”, também comenta que nossa função principal como professor é de gerar questionamentos, dúvidas, criar necessidades e não apresentar respostas. O professor deve desafiar conceitos já aprendidos para que eles se reconstruam mais ampliados e consistentes, ou seja, promover a aprendizagem sistematizada a partir de um conhecimento prévio. Segundo Ausubel (1988) apud Santos, é indispensável, para que haja uma aprendizagem significativa, que os alunos se predisponham a aprender significativamente. A aprendizagem superficial ocorre, então, quando há a intenção principal de cumprir requisitos da tarefa. Como consequência ocorre a memorização de informações necessárias para testes e provas. A tarefa é encarada como imposição externa. Não há reflexão sobre propósitos ou estratégias e o foco é colocado em elementos soltos, sem integração. O aluno sabe como tem que saber o processo de respiração humana, tem que saber descrevê-lo, tem que saber os nomes dos principais órgãos envolvidos, mas “não faz contato” com a importância de uma respiração plena para sua qualidade de vida (SANTOS, 2010. p. 5). De acordo com Coll (2004), o problema dos métodos expositivos não é apenas que o aluno aprenderá por meio de recepção, mas o problema está na sua inadequada concretização, que levará o aluno a acreditar erroneamente que aprendeu conceitos quando está apenas manejando um conjunto de rótulos verbais. A aprendizagem mais sistematizada ocorre quando o aluno tem a intenção de entender o significado do que estuda e quando liga o que aprendeu com as suas próprias experiências. De acordo com Bzuneck e Boruchovitch (2004), o aprendiz, ao estabelecer laços da informação recebida ao conhecimento prévio, é considerado o protagonista do processo. A metáfora do processamento da informação auxilia a 14 entender como o aprendiz constrói e armazena um novo conhecimento em sua memória de longa duração. Outra questão que é de relevante na teoria de David Ausubel sobre aprendizagem significativa é como são armazenados os conhecimentos e quais são as formas de memória que utilizamos em cada situação, exemplo da memória de longa e curta duração. De acordo com Bzuneck e Boruchovitch (2004), existem três formas de armazenamento das informações que podem ser classificadas como: breve, nos próprios registradores sensoriais; por pouco tempo, na memória de curta duração (MCD) e a de modo duradouro, na memória de longa duração (MLD). Inicialmente, as informações que recebemos, seja ela visual ou auditiva, em poucos segundos são levadas até a memória sensorial e então é feita uma seleção. Porém, nem todos os estímulos que recebemos ficarão armazenados, podendo ser selecionados ou descartados, é o que chamamos de memória de curta duração. A atenção é um fator importante para a seleção do que será armazenado ou não na memória. A percepção seletiva, por sua vez, está intimamente ligada à atenção, ou seja, a pessoa percebe seletivamente aquilo que direcionou a atenção, que também é um recurso extremamente limitado. Pense-se no aluno que, numa aula expositiva, se distrai. Embora sua audição continue sendo fisicamente estimulada pelas frases proferidas e isso ocorreu porque, no momento crucial, sua atenção estava direcionada para outros estímulos espúrios, sejam eles externos ou internos. (BORUCHOVITCH e BZUNECK, 2004, p. 22). As informações são captadas pelos sentidos e selecionadas, permanecendo na memória de longa duração, se houver significância. Caso contrário, serão descartadas, ficando apenas por um curto período armazenadas na memória de curta duração. Na memória de longa duração, como o próprio nome diz, as informações não são descartadas, podendo ficar armazenadas durante um longo período ou até a vida toda. Para Boruchovitch e Bzuneck (2004), outro aspecto relevante da teoria diz respeito à diferença de aprendizagem de longa e de curta duração, o que faz com que 15 o aluno consiga estabelecer relações que o leve a armazenar o conhecimento em sua memória de longa duração. Simplesmente não existe aprendizagem significativa do conceito sem que o aprendiz chegue à sua compreensão que, por sua vez resulta da associação entre o novo e o que já se sabia. Essa é uma forma de processamento, cujo desfecho é o armazenamento do novo conceito na MLD (BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2004, p.28). Segundo Boruchovitch e Bzuneck (2004), o aluno estar atento e motivado pode influenciar positivamente no aprendizado dele. O aluno deve criar um ambiente físico mais propicio à concentração e a aprendizagem (PINTRICH; GARCIA, 1991 apud BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2004). 2.2. MAPAS CONCEITUAIS O mapa conceitual tem como base a teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel. Para Moreira (1997, p. 6), “mapeamento conceitual é a teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel (AUSUBEL et al.; 1978, 1980, 1981, 2003; MOREIRA e MASINI, 1982, 2006; MOREIRA, 1983, 1999, 2000). Tratase, no entanto, de uma técnica desenvolvida em meados da década de 60 por Josep Novak e seus colaboradores na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.Ausubel nunca falou de mapas conceituais em sua teoria” De acordo com Moreira (1997), Ausubel nunca falou de mapas conceituais em sua teoria. Os mapas foram desenvolvidos para promover a aprendizagem significativa. Para explicar o que é mapa conceitual, Moreira (1997) define-os como diagramas que indicam relações entre conceitos, ou entre palavras que utilizamos para representar conceitos. Além disso, esses diagramas seguem uma ordem de hierárquica de relação entre os conceitos. Por exemplo, os conceitos que são mais inclusivos ficam acima do mapa e os conceitos específicos ficam na base. Uma das funções mais importantes dos mapas, de acordo com Moreira (1997), é que sejam utilizados como um instrumento capaz de evidenciar significados 16 atribuídos a conceitos e relações entre conceitos no contexto de um corpo de conhecimentos, de uma disciplina, de uma matéria de ensino. Ele é muito utilizado como uma estratégia de ensino, uma forma de facilitar para o aprendiz a compreensão do conteúdo, pois possibilita que ele visualize a estrutura dos conceitos que está aprendendo, pois geralmente o mapa é organizado a partir dos conceitos mais amplos aos mais específicos. Como ele é um instrumento muito flexível pode ser usado em diversas situações para diferentes finalidades: instrumento de análise do currículo, técnica didática, recurso de aprendizagem, meio de avaliação (MOREIRA apud BUCHWEITZ, 1993). Segundo Moreira (1997, p. 6), “de maneira analógica os mapas podem ser utilizados para mostrar relações significativas entre conceitos ensinados em uma única aula, em uma unidade que se está estudando ou na em uma aula inteira.” Os mapas são representações concisas das estruturas. No entanto, diferem de outros materiais didáticos, pois não são materiais auto-instrutivos e devem ser explicados pelo professor. É preferível a utilização dos mapas quando os alunos já possuem uma familiaridade com o assunto, de modo que sejam significativos e permitam a integração, reconciliação e diferenciação de significados de conceitos (MOREIRA, 1980). Para Souza (2010), os mapas conceituais podem ser utilizados como uma estratégia de ensino ou até mesmo como um método avaliativo. Valer-se dos mapas conceituais como estratégias de ensino/aprendizagem, também e concomitantemente como ferramenta avaliativa, é criar possibilidades para a organização do conhecimento pela promoção de experiências educativas que provoquem não somente reflexão, busca de compreensão e processamento profundo da informação, mas também o desenvolvimento da autorregulação, da metacognição e do aprender a aprender (SOUZA, 2010, p. 2). Porém, esta ferramenta de ensino foge do que chamamos de métodos memorísticos, pois Souza (2010, p. 3) comenta que “não deve ser compreendido ou efetivado, desligado de uma proposição teórica clara e de metas previamente estabelecidas”. Assim como explicitado nas características abaixo: Ainda, cumpre ressaltar que ele se vincula a um modelo de educação com características bem demarcadas, como: a) ser centrado no aluno e não no professor; b) atender ao desenvolvimento de destrezas e não se conformar apenas com a repetição memorística da informação por 17 parte do estudante; c) pretender o desenvolvimento harmonioso de todas as dimensões da pessoa e não apenas as intelectuais (ONTORIA, 2005; MOREIRA, 2006 apud SOUZA, 2010, p. 2 – 3). Como forma de avaliar, os mapas conceituais devem ser considerados como um modelo diferenciado quando comparados às avaliações de um teste de escolha múltipla ou em um problema numérico. Para Moreira (1997), a análise dos mapas conceituais é essencial e qualitativa, na qual o professor deve se preocupar em interpretar as informações que os alunos deram sobre o mapa, como realizaram sua estrutura e organização, a fim de obter evidências de aprendizagem significativas. Essa estrutura tem como alicerce a aprendizagem significativa, no entanto, é essencial que o professor possa investigar os conhecimentos que o aluno já possui sobre determinado assunto; ou seja, de acordo com Igarashi (2010) apud Moreira (1999), a aprendizagem significativa é o processo pelo qual uma nova informação recebida pelo sujeito interage com uma estrutura de conhecimento específica orientada por conceitos relevantes, os conceitos subsunçores. Portanto, o trabalho com os mapas vem contribuir para que o professor possa realizar um trabalho diferenciado com seus alunos buscando modificações na maneira de ensinar, de avaliar e de aprender. 2.3. IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS A proposta da Teoria da Aprendizagem Significativa de uma forma geral se propôs a investigar e estudar a aprendizagem cognitiva, trazendo uma grande contribuição no fazer pedagógico docente, uma vez que procurou compreender como a aprendizagem ocorre dentro do contexto escolar, ou no que chamamos de “ensino formal”. Para Moreira (1997), esta proposta teórica considera o conhecimento prévio como um dos fatores mais importantes e que influencia o aluno no processo de aprendizagem. Ele enfatiza também o papel do professor em identificar esses conhecimentos e bagagens já trazidas pelos alunos e organizar o ensino utilizando-se deste recurso. Ausubel percebeu que novas ideias podem ser mais bem estruturadas ou até mesmo modificadas quando o aprendiz tem conceitos relevantes e inclusivos claros bem definidos em sua estrutura cognitiva, assim, essas ideias e informações funcionam com ponto de ancoragem às novas ideias e aprendizados que ele receberá. 18 De acordo com Moreira (1997), na medida em que a aprendizagem começa a ser significativa, esses subsunçores vão ficando cada vez mais elaborados e mais capazes de ancorar novas informações. Outra possível resposta é que em crianças pequenas, conceitos são adquiridos por meio de um processo conhecido como formação de conceitos, o qual envolve generalizações de instâncias especificas. Porém ao atingir a idade escolar, a maioria das crianças, já possuem um conjunto adequado de conceitos que permite a ocorrência da aprendizagem significativa. A partir daí, apesar de que ocasionalmente ocorra ainda a formação de conceitos, a maioria dos novos conceitos é adquirida através de assimilação, diferenciação progressiva e reconciliação integrativa de conceitos (MOREIRA, 1997, p. 155). Segundo Ausubel, a função principal do organizador prévio é servir de elo entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber, a fim de que o material possa ser aprendido de forma significativa, então os organizadores prévios são úteis para facilitar a aprendizagem na medida em que funcionam como “pontes cognitivas”. Para promover a aprendizagem significativa, Moreira (1997, p. 156) diz que “o material a ser aprendido deve ser relacionável (ou incorporável) à estrutura cognitiva do aprendiz, de maneira não arbitrária e não literal. Um material com estas características é dito potencialmente significativo”, sendo necessário que o aluno tenha conceitos subsunçores em sua estrutura cognitiva. Muitos estudantes, quando questionados sobre um determinado conceito ou fórmula, tendem a dar respostas “prontas”, sem ao menos refletir sobre o que lhe foi questionado, ou refazer a resposta, ou associá-la com outras áreas do conhecimento. Neste caso, é possível afirmar que esta pessoa apenas memorizou esta informação. Moreira (1999) comenta que Ausubel percebeu que uma longa experiência em fazer exames faz com que os estudantes se habituem em memorizar não só proposições e fórmulas, mas também causas, explicações e maneiras de resolver “problemas típicos”. Ele ainda diz que a melhor forma de se evitar este tipo de respostas é quando o questionador realiza as perguntas de forma não familiar, que requeira a máxima transformação do conhecimento adquirido. Moreira (1999, p. 157) afirma que “para tornar mais claro e preciso o processo de aquisição e organização de significados na estrutura cognitiva, Ausubel propõe a teoria da assimilação”. Esta “teoria” que, segundo ele, possui valor 19 explanatório tanto para a aprendizagem como para a retenção, pode ser representada esquematicamente da seguinte maneira: Nova informação, Relacionada a, e Conceito Produto interacional potencialmente assimilada por subsunçor existente (susbsunçor na estrutura modificado) significativa cognitiva Fonte: MOREIRA (1999, p.157) Portanto, a assimilação é um processo que ocorre quando um conceito ou proposição potencialmente significativo é assimilado sob uma ideia ou conceito mais inclusivo, já existente na estrutura cognitiva. Assim como foi dito acima sobre a importância do professor levar o aluno a reestruturar conceitos através de perguntas não familiares, que permitam o aluno a pensar e refletir sobre o que esta falando e o que está aprendendo, o erro também é um ato que ajuda o aluno a refletir sobre seu processo de aprendizagem, levando-o a refletir sobre aquilo que já sabe e o que ainda precisa aprimorar. Para Souza (2010), os erros são instrumentos que devem ser analisados e interpretados, pois servem para os alunos avaliarem suas dificuldades e sua ausência de conhecimento, tendo como objetivo superá-las. Souza (2011) ainda afirma que acertos e erros devem ser identificados, pois se faz fundamental determinar o conhecimento apropriado, ou seja, aquilo que realmente foi aprendido, como também aquele conceito ou nova informação que ainda está em processo de assimilação – ou o que ainda não se sabe. O erro serve de ponte para a aprendizagem, desde que seja identificado e trabalhado a fim de uma evolução. O erro, progressivamente, deixou de ser razão de vergonha ou fonte de temor. Ele passou a constituir estratégia a contribuir na organização sequencial das ações de professora e alunas, principalmente porque importava alcançar as metas educativas previstas. Por isso, a "[...] utilização do erro deve ser entendida como uma ferramenta conceitual da qual se necessita ante os conceitos específicos, como um veículo que encurta as distâncias entre intenções e realizações" (LA TORRE, 2010, p. 11 apud SOUZA, 2011, p. 10). 20 Para entender melhor como funcionam as estratégias feitas pela nossa mente para a autorregulação e monitoramento dos processos cognitivos, precisamos falar sobre o conceito de metacognição. Para Jou e Sperb (2006, p.01) “a essência do processo metacognitivo parece estar no próprio conceito de self, ou seja, na capacidade do ser humano de ter consciência de seus atos e pensamentos”. Ribeiro (2003) define como metacognitivo o conhecimento ou crença que o aprendiz possui sobre si próprio, sobre os fatores ou variáveis da pessoa, da tarefa, da estratégia e sobre o modo como afetam o resultado dos procedimentos cognitivos, contribuindo para o controle das condutas de resolução, permitindo ao aprendiz reconhecer e representar as situações, ter mais fácil acesso ao repertório das estratégias disponíveis e selecionar as suscetíveis de se aplicar. Permitem também avaliar os resultados finais e/ ou intermédios e reforçar a estratégia escolhida ou a de alterar, em função da feitura de avaliações. Parafraseando Jou e Sperb (2006), o conhecimento metacognitivo refere-se ao conhecimento adquirido pelo indivíduo em relação ao todo cognitivo – sua mente e suas características psicológicas –; e as experiências metacognitivas referem-se à consciência das experiências cognitivas e afetivas que acompanham cada empreendimento cognitivo. Os objetivos cognitivos, por sua vez, referem-se às metas a serem alcançadas em cada envolvimento cognitivo, e as ações cognitivas referem-se às realizações para atingir tais metas. Vários trabalhos e pesquisas mostraram a metacognição como um fator importante na aprendizagem formal. Foram feitos alguns estudos sobre a metacognição aplicada na área da matemática e na leitura, os quais revelaram a importância da relação do domínio específico com o desenvolvimento de sua capacidade metacognitiva. De acordo com Jou e Sperb (2006, p. 3) apud Leffa (1996), quatro conclusões principais emergiram dos resultados desse tipo de pesquisa. A primeira conclusão assinala que a atividade metacognitiva caracteriza-se como resultado do desenvolvimento. O autor diz que as crianças mais novas não são capazes de avaliar a sua própria compreensão, concordando com Miller (1993), quando afirma que a metacognição desenvolve-se com a idade. Uma segunda conclusão estabelece a 21 correlação entre metacognição e proficiência em leitura, isto é, quanto mais intenso for o hábito de leitura do sujeito, maior será a sua capacidade para avaliar a sua própria compreensão e, consequentemente, para utilizar estratégias de leitura mais adequadas. Isso porque, segundo Flavell (1987), as estratégias metacognitivas específicas desenvolvem-se ao mesmo tempo em que aumenta a experiência na área em questão. A terceira conclusão indica que a instrução influencia o desenvolvimento metacognitivo, isto é, quando a criança é exposta a um programa sistemático de monitoramento de leitura compreensiva, sua habilidade de leitura melhora. Para Ribeiro (2003), segundo Brown (1978), o ato de reconhecer a dificuldade ou até mesmo o erro na compreensão de uma tarefa, ou conseguir identificar aquilo que não aprendeu, é uma habilidade que parece distinguir os bons dos maus leitores. Os primeiros sabem avaliar suas dificuldades e/ ou ausências de conhecimento, o que lhes permite, nomeadamente, superá-las, recorrendo muitas vezes, a inferências feitas a partir daquilo que sabem. Ribeiro (2003, p. 2) diz “que a metacognição pode ainda exercer influência sobre a motivação (JONES, 1988), pois o fato dos alunos poderem controlar e gerir os próprios processos cognitivos lhes dá a noção da responsabilidade pelo seu desempenho escolar e gera confiança nas suas próprias capacidades (MORAIS e VALENTE, 1991)”. Assim como os mapas conceituais estão interligados à capacidade do aluno obter melhor resultado em relação à memória de longa duração, como foi apresentado anteriormente, há também outras formas mais concretas de tornar a aprendizagem mais significativa para o aluno. Ao buscar compreender este processo, Boruchovitch e Bzuneck (2004) recorrem ao processamento da informação como uma forma de explicar a aprendizagem. Como ponto de partida, temos um dado ou informação emitida pelo ambiente (livros, internet, ou o próprio professor que ensina, entre outros). A seguir, vem o papel ativo do aprendiz que deverá apreende - lá para efeito duradouro, mediante aquilo que genericamente se domina processamento. E por ultimo, o conteúdo aprendido deverá ser exposto quando necessário, seja oralmente ou por escrito ou por 22 qualquer outra forma possível de exibição (BORUCHOVITCH; BUZUNEK, 2004, p.18). Podemos perceber que os professores têm vários recursos que podem ser utilizados a fim de promover um conhecimento mais significativo para seu aluno, desde que ele planeje e tenha a intenção de atingir este tipo de aprendizagem. Boruchovitch e Bzuneck (2004), comentam que outra implicação educacional aconselhada pelas limitações da memória de trabalho, e acoplada à anterior, diz respeito mais diretamente ao aluno. Em aulas expositivas, é importante tomar notas dos conteúdos desenvolvidos pelo docente. Mesmo ouvindo com cuidado e compreendendo tudo, é improvável que o aluno processe e armazene na memória de longa duração a enorme quantidade de itens informativos que são apresentados linearmente. De acordo com alguns estudos, assim como os de Boruchovitch e Bzuneck (2004) descrevem que cada unidade de informação demora cerca de 60 segundos para ser armazenada. Ele dá o exemplo que em uma aula expositiva o professor fala em média de 150 palavras por minuto e supondo que cada proposição possua em torno de cinco palavras. Isto nos leva à conclusão de que, a cada minuto, o aluno é bombardeado com cerca de 30 proposições, das quais supomos que apenas 15 sejam ideias; ou seja, observa-se que apenas metade das informações é nova e relevante e que o aluno deve processá-las e armazená-las em sua memória de longa duração. Assim, se após a aula ele for interrogado sobre o que tiver ouvido, parece que já esqueceu tudo, mas nem se quer armazenou. Os mapas conceituais podem ser utilizados a fim de promover uma aprendizagem mais significativa, mas também pode ser usado como um recurso avaliativo, pois tem diversas características que ajudam o aluno a apresentar seu conhecimento sem que este seja de uma forma arbitraria. De acordo Moreira (2006, apud NASCIMENTO; JUNIOR; CORDEIRO, 2009), a avaliação por meio dos mapas não tem como objetivo testar o conhecimento e dar uma nota aos alunos, ou usar a avaliação para classificá-los em grupos de bons, médios e maus alunos. Mesmo assim, Souza (2005, apud NASCIMENTO; JUNIOR; CORDEIRO, 2009) chama a atenção para a realidade das nossas escolas. 23 Apesar das várias possibilidades descritas de utilização de mapas conceituais, ainda é pequena sua utilização na educação, notadamente nos níveis de ensino médio e Fundamental. Além disso, uma de suas utilizações mais evidentes ainda tem sido pouco aproveitada: a utilização para a avaliação de conhecimentos. Estamos acostumados a avaliar conhecimentos de alunos utilizando provas escritas, trabalhos, exposições e seminários para aferir o aprendizado. “Essas técnicas, embora pareçam óbvias e talvez sejam as menos trabalhosas, não exploram a gama completa de possibilidades para a verificação do aprendizado” (SOUZA, 2005 apud NASCIMENTO; CORDEIRO 2009, p. 5). De acordo com Nascimento, Junior e Cordeiro (2009), quando se avalia um aluno através dos mapas conceituais, tem-se como objetivo a ideia de perceber como ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona, discrimina e integra conceitos de uma determinada unidade de estudo, disciplina, entre outras. De acordo com Nascimento, Junior e Cordeiro (2009), o uso do mapa conceitual como uma forma de avaliar oferece ricas e significativas possibilidades de avaliação, se somados e comparados às formas mais tradicionais, como provas e trabalhos em grupo. Percebe-se que as atitudes dos educadores refletirão o seu modo de ver a sociedade, e por isso dentro da avaliação educacional mostrarão suas posições sobre como se efetivará o processo de ensinoaprendizagem, entre outros aspectos. “A avaliação escolar não pode ser pensada de forma isolada do contexto filosófico, sociológico e histórico que envolve a escola e práticas escolares dos professores e das professoras, uma vez que entendemos que todos têm as suas práticas orientadas em torno de uma teoria” (SANTOS, 2007, p.63 apud NASCIMENTO; JUNIOR; CORDEIRO, 2009, p. 3). Para Nascimento, Junior e Cordeiro (2009), a avaliação não deve ser usada para descriminar, mas pelo contrário ela deve ser usada como uma forma de oportunidade e direito do aprendiz. As dificuldades devem ser transformadas em desafios. 24 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 3.1 PARTICIPANTES Os participantes da presente pesquisa foram 160 alunos do 2º ano do ensino médio, matriculados em cinco turmas diferentes (A, B, C, D e E) de uma Escola Estadual localizada no centro do município de Rolândia. A faixa etária dos participantes variou de 15 a 17 anos de idade, sendo 92 alunos do sexo feminino e 68 alunos do sexo masculino. 3.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO A pesquisa foi realizada junto à Escola Estadual Souza Naves, localizada no município de Rolândia na área central e que atende o Ensino Fundamental e Médio. A presente Instituição foi escolhida em função de ter sido desenvolvida uma proposta de intervenção junto a alguns professores desta escola, como atividade de uma professora que participou do programa PDE. Esta intervenção teve como suporte a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel e o uso dos mapas conceituais. 3.3 INSTRUMENTO Para o desenvolvimento da pesquisa, foi elaborado e aplicado um questionário que continha quatro questões abertas, conforme descrito a seguir: 1. Para você, qual é a importância de estudar? História, Português e Artes? Por quê? 2. Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender esse conteúdo? 3. Se você não entender o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? 25 4. Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com professores? Que atividade? Explique como foi? O questionário está apresentado na íntegra no apêndice 1. 3.4. PROCEDIMENTO Inicialmente, foi feito um contato com a professora que havia participado do programa PDE, com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido por ela sobre os mapas conceituais, e foi solicitada a permissão para que a presente pesquisa fosse realizada nesta escola. Durante as visitas, foi possível ter contato com os questionários trabalhados com os professores na formação do tema: mapas conceituais e também com os trabalhos que estes docentes realizaram com seus alunos após a formação. Após conhecer o trabalho desenvolvido, foram selecionadas algumas turmas do 2º ano do Ensino Médio, considerando que alguns professores dessas turmas haviam participado do programa de intervenção desenvolvido pela professora PDE, garantindo, dessa forma, que esses professores adquirissem conhecimentos sobre a Aprendizagem Significativa de Ausubel e o uso dos mapas conceituais. Em seguida, foi aplicado o instrumento (questionário) descrito acima, tendo como foco os conteúdos das disciplinas de história, artes e português, ministradas pelos referidos professores nas diferentes turmas. Ao abordar os alunos sobre as questões a serem respondidas, a pedagoga da escola explicou-lhes o motivo pelo qual deveriam colaborar na pesquisa. A grande maioria dos alunos foi receptiva à proposta e buscou responder às questões. Durante a aplicação do questionário, alguns alunos levantaram questionamentos sobre as questões e comentaram algumas atividades interessantes que tiveram em algumas disciplinas. O questionário foi aplicado coletivamente durante o intervalo entre as aulas e os alunos levaram aproximadamente 20 minutos para responder as questões. Na sequência, procedeu-se a tabulação e análise dos dados. 26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir dos dados obtidos para a tabulação dos mesmos, inicialmente partindo das respostas dos diferentes alunos das turmas A, B, C, D, foram organizados quadros referentes a cada turma pesquisada, conforme os Apêndices (x, u, z) separados por turmas A, B, C, D, E. Nestes quadros, cada aluno foi representado por um número de acordo com a quantidade de alunos de cada turma. Conforme pode ser observado nos diferentes quadros, as respostas foram resumidas a fim de buscar compreender a ideia central das respostas em relação a cada questão. Após a construção destes quadros, foi elaborada uma tabela, na qual as categorias de respostas foram transformadas em frequências, considerando as cinco turmas pesquisadas. Essas categorias de respostas e frequências podem ser visualizadas na tabela apresentada a seguir. 27 Tabela 1: Categorias de Respostas e frequências obtidas a partir das respostadas dos alunos das diferentes turmas pesquisadas. Questões 1. Para você, qual é a importância de estudar? 1a. História Categorias 47 32 5 7 1 51 Aprender sobre o passado Conhecer o passado para compreender o presente e entender as mudanças e as permanências Conhecer a história do Brasil 42 Não é importante Não responderam 46 4 4 5 43 Aprender a falar e escrever corretamente Compreender a origem da língua Para o vestibular Não responderam 74 5 5 50 Desenhar e conhecer a história da arte e artistas famosos Não é importante Para o vestibular e para o trabalho Não responderam 39 13 7 71 Presta atenção e estuda em casa Pesquisa em outras fontes Anota palavras chaves,faz resumos, esquemas e mapas conceituais Faz perguntas Faz exercícios relacionados a atividade Não faz nada Copia e faz anotações Faz aula particular 108 10 4 11 21 1 10 1 Pede explicação (pergunta) para os colegas Pede explicação e (pergunta) para os professores Estuda mais e pesquisa em outras fontes (internet, livros...) Faz aulas particulares Estuda em casa 40 86 20 1 21 Para realizar o vestibular 1b. Português 1c. Artes 2. Quando um professor inicia um conteúdo novo,o que você faz para entender este conteúdo? 3.Se você não entender um conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? 4.Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender melhor o conteúdo ? 4.Explique qual foi? Frequência Para ter um bom futuro profissional (trabalho) Para adquirir conhecimento Para realizar o vestibular entrar na universidade (vestibular) Para conviver em sociedade (relações humanas) Para sentir motivado Não responderam Sim 113 Não 37 Atividades em grupos Teatros Brincadeiras e dinâmicas Discussões Perguntas e respostas Seminários Atividades práticas (laboratório) Trabalhos Mapas conceituais, gráficos e palavras chave Data show e vídeos 20 16 5 4 5 11 8 5 6 3 28 Conforme observado na Tabela 1, em relação à questão 1, a qual investigou sobre a importância de estudar, as seguintes categorias de respostas e respectivas frequências foram apresentadas pelos alunos pesquisados: Para ter um bom futuro profissional /trabalho (47), Para adquirir conhecimento (32 ), Para realizar o vestibular entrar na universidade/vestibular (5), Para conviver em sociedade/relações humanas (7), Para sentir motivado (1), sendo que (51) participantes não responderam a esta questão. Pode-se constatar que a maioria dos alunos não respondeu à questão 1, supostamente por dificuldade de compreensão do que estava sendo questionado. Em relação às categorias evidenciadas por aqueles alunos que responderam à pergunta, duas foram as que mais apareceram, sendo uma delas para ter um bom futuro profissional (47), e a segunda, para adquirir conhecimento (32). Apesar de a maioria dos alunos ter demonstrado interesse nos estudos para alcançar uma meta profissional, o que nos faz lembrar uma atividade controlada por estímulos externos a fim da formação para o trabalho, outra grande parte associa os estudos a uma forma de adquirir conhecimento, ou seja, para sua construção enquanto indivíduo crítico e reflexivo. Moysés (1994) apud Igarashi (2009) comenta que um dos eixos da semântica é que o aluno compreenda a sua relação com o mundo e com a vida, dentro da sociedade em que está inserido, o porquê estuda determinado conteúdo e entender a necessidade de obter esse conhecimento para usá-lo na sociedade. O que importa é o aluno construir significados e atribuir sentido aquilo que apreende. Quando questionados sobre a importância de estudar História, (43) alunos não responderam a esta questão. Em relação aos que responderam grande parte destes apresentam que é para conhecer o passado (42) conhecer o passado para entender o presente, as transformações e as permanências do mundo em que vivemos (46). Portanto, essas duas categorias de resposta indicam que grande parte dos alunos compreende qual o objetivo do ensino de história na sua formação. Quanto às respostas dos alunos referentes à importância do ensino de Português, (74) alunos responderam que esta matéria é importante para falar e escrever corretamente, o que evidenciou que grande parte se remeteu somente à gramática e não à literatura e compreensão de textos, sendo que (50) alunos não responderam a esta questão. Em relação à importância da matéria de Artes, (39) alunos responderam que a importância está em conhecer a história da arte, artistas e obras famosas, (13) responderam que não é importante e a maioria, (71) alunos, não respondeu a esta questão. 29 A segunda questão, que teve como objetivo identificar o que o aluno faz para entender quando um professor inicia um conteúdo novo, (108) alunos disseram que estudam em casa e apenas (1) aluno respondeu que não faz nada. Ainda nesta questão, alguns alunos disseram que fazem anotações de palavras-chave e copiam o conteúdo (4), sendo esta uma forma de facilitar a sua compreensão. Estes resultados demonstram que alguns alunos, ao identificarem as palavras-chave e copiarem os conteúdos, se utilizam de algumas estratégias importantes para a melhoria do rendimento escolar, conforme descrito na citação de Boruchovitch e Bzuneck (2004, p. 32) “por esta razão, caso o aluno não tome notas em aula muito conteúdo ficará perdido para ele, ou seja, não disponível para o estudo individual e posterior. É por isso que as pesquisas têm demonstrado conscientemente que tomar notas em aula se relaciona com o melhor rendimento”. Ainda nesta questão, quando os alunos respondem que fazem anotações, cópias dos conteúdos e utilizam-se de palavras-chave como recurso, Sacramento (2008) apud Zangiroli (2010) também diz que, para estudar é necessário que haja uma organização, pois antes do próprio ato do estudo, é importante que o estudante tenha disciplina e senso critico. O aprendiz é o maior responsável pela sua aprendizagem, pelo seu desenvolvimento e sua formação. Zangiroli (2010) ainda enfatiza que o objetivo de toda estratégia proposta será a de ensinar a pensar ou a estudar corretamente, favorecendo a aquisição, o armazenamento e a utilização da informação, sendo as anotações e as palavras-chave formas de organização que o aluno faz ao estudar. Enquanto estratégias cognitivas de organização do conhecimento, os mapas conceituais possibilitam inúmeros ganhos de natureza metacognitiva, uma vez que mobilizam o aluno no planejamento, monitoramento e regulação do próprio pensamento e das próprias ações (BORUCHOVITCH, 1999). No curso de sua composição, no decorrer de sua confrontação com outros mapas, no tempo de sua reconfiguração, o aluno é levado a refletir criticamente sobre suas realizações e seus percursos cognitivos escolhidos na produção dos resultados alcançados. Desse modo, o trabalho com mapas conceituais permite-lhe, contínua e progressivamente, aprender a pensar sobre seu pensamento e sobre suas realizações, a desenvolver a capacidade de conhecer-se - cognitiva, procedimental e emocionalmente (SOUZA, 2010, p.13). As categorias de resposta apresentadas pelos alunos quando questionados sobre o que fazem quando não entendem um conteúdo que o professor 30 está trabalhando em sala de aula, a maioria dos alunos pesquisados respondeu que pede ajuda aos professores (86) e colegas (40), e em menor frequência (1) diz fazer aulas particulares, outros ainda comentaram que estudam em casa (21), sendo esta uma forma de repetição, ou seja, memorização, pois, neste modelo de aprendizagem, o aluno não estabelece elo entre o conhecimento que já possuía e o novo que está sendo aprendido; logo, fica mais suscetível ao esquecimento. Comentando sobre Ausubel, Coll afirma que há dois tipos de esquecimento: Um que se produz pelo fato de ter realizado uma aprendizagem de tipo repetitivo e memorístico (por exemplo, repetir definições lidas que não se chega a compreender). Nesse caso, a lembrança da informaçãose não se repassa, nem se repete – em pouco tempo se desvanece, pois não foram estabelecidas relações substanciais com os conhecimentos prévios do aluno. E o outro, o esquecimento provocado pela inclusão obliterativa, que é de natureza muito distinta, pois segue uma aprendizagem significativa em algum grau (COLL, 2004, p. 64). A última questão buscou identificar se os alunos tiveram alguma atividade que os ajudaram a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores, já que com estas mesmas turmas foram trabalhados os mapas conceituais pelos respectivos professores das disciplinas de História, Português e Artes. As categorias de respostas apresentadas pelos alunos evidenciaram que poucos recordaram dos trabalhos realizados com os mapas conceituas, palavras-chave e gráficos (6), mas também citaram diversas outras atividades que os levaram a entender o conteúdo de alguma maneira que fosse mais significativa para eles, como, por exemplo: atividades em grupos (20), teatros (16) e atividades práticas/laboratório (8). Nesta mesma questão, a partir das respostas dos alunos pesquisados, ao responderem sobre as atividades que lhes foram significativas, muitos relataram que nas aulas de história tiveram atividades (teatro e mapas conceituais) que os levaram a compreender melhor o conteúdo trabalhado. Portanto, isto evidencia que o trabalho realizado pelo professor da disciplina de história, ao utilizar os mapas conceituais como ferramenta pedagógica, teve um grande significado para alguns alunos. O trabalho realizado pelo professor de história foi além de uma simples transmissão de conteúdo, uma vez que os alunos relataram que o trabalho com os mapas possibilitou a aprendizagem e o interesse pelo assunto que estava sendo trabalhado. Para Souza (2010, p. 4), “as salas de aula são, geralmente, um locus especial 31 para a transmissão da herança cultural”. Muitos professores - talvez por isso - pensam que seu trabalho se limita à exposição dos conteúdos em uma abordagem mais diretiva. Aprender envolve mais, pois encerra o domínio de conceitos, habilidades e atitudes em uma perspectiva de formação plena do ser humano. A construção de mapas e o compartilhar de significados e relações com outros "[...] é uma atividade de estímulo ao pensamento reflexivo e à construção social do conhecimento. Os mapas conceituais podem, portanto, atuar como instrumentos para negociar significados" (Levy, 2000, p. 4), aproximando compreensões e favorecendo a expansão da rede de conhecimentos. Negociar significados é compartilhar e analisar compreensões, o que somente pode ser realizado quando se está com o outro, dialogando, "estabelecendo contrapontos de presenças e ausências, silêncios e falas, dúvidas e certezas, alegrias e conflitos [...]" (CARICATTI; GUIMARÃES, 2004, p. 96 apud SOUZA, 2010, p. 8). Supostamente, o trabalho realizado com o professor da disciplina de história foi trabalhado de forma mais contínua. Apesar de os outros professores também terem utilizado os mapas como uma ferramenta de ensino, talvez não tenham aprofundado o trabalho que estava sendo desenvolvido na perspectiva de uma aprendizagem significativa, já que grande parte dos alunos (71) não souberam informar a importância de se estudar artes. Dos poucos que responderam a esta questão, alguns pontuaram que é importante conhecer a história da arte, bem como artistas e obras, mostrando que possuem uma ideia mais reflexiva sobre o conhecimento. Em relação à disciplina de português, uma parte considerável de alunos (50) também não respondeu à questão, provavelmente pelo mesmo motivo da disciplina de artes, isto é, por falta de um trabalho mais aprofundado e contínuo. Esses três professores tiveram uma formação no trabalho realizado com a professora PDE, que buscou novas ferramentas de ensino na intenção de levar para a sala de aula uma aprendizagem que fosse mais significativa para esses alunos. Primeiramente, os professores tiveram acesso à teoria de David Ausubel, o que os levou a perceber a importância dos mapas como ferramenta de ensino que possibilita a aprendizagem de forma mais significativa, e assim foram trabalhados os mapas nas respectivas disciplinas. 32 Em algumas perguntas, foram obtidas respostas que nos levam a considerar a probabilidade de alguns alunos terem entendido o trabalho realizado com os mapas, principalmente quando respondem que utilizam mapas e palavras-chave (4) como estratégia de estudo. Em outras perguntas não tão explícitas quanto à utilização dos mapas, aparecem respostas que nos levam a pensar que estes alunos estão aprendendo de maneira significativa, quando pontuam que utilizam outras fontes (livros, internet etc.) (20) para compreender a matéria ou, até mesmo, quando dizem pedir explicação para os colegas e professores (126), sendo assim de alguma maneira demonstram ter um pensamento mais reflexivo a respeito da aprendizagem. Souza (2010, p. 8) comenta: “a construção de mapas e o compartilhar de significados e relações com os outros é uma atividade que estimula o pensamento reflexivo e à construção social do conhecimento”. Portanto, ao buscar responderem se os alunos possuem alguma estratégia de aprendizagem que possibilita o uso da metacognição, no qual o processo reflexivo em relação aos conteúdos trabalhados pelo professor se faz necessário, tornando a aprendizagem significativa, os resultados apresentados neste trabalho indicam que os alunos pesquisados têm se utilizado de algumas estratégias de aprendizagem cognitivas e metacognitivas importantes, as quais podem levá-los a uma aprendizagem significativa. 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho buscou compreender se os alunos da Escola pesquisada possuem alguma estratégia de aprendizagem que possibilita o uso da metacognição, no qual o processo reflexivo em relação aos conteúdos trabalhados pelo professor se faz necessário, tornando a aprendizagem significativa. Foi considerável o número de alunos que respondeu se utilizar de algum recurso/estratégia para melhor compreender o conteúdo, como, por exemplo: fazer perguntas ao professor ou colegas, pesquisas em outras fontes (internet, livros), elaboração de mapas conceituais, esquemas e anotação de palavras-chave. Vale a pena ressaltar que, no tocante à importância atribuída por eles em relação ao estudar, os alunos pesquisados veem o conhecimento não apenas como informação a ser retida, mas como um conhecimento a ser aprendido, quando apontam, por exemplo, na questão de história, que esta disciplina é importante para conhecer o passado e entender o presente. Fica perceptível que estes alunos têm um pensar reflexivo, do qual fazem relações com seus conhecimentos prévios, ou seja, com outros que já possuía, pois, de acordo com Ausubel, assim a aprendizagem se torna mais interessante, porque, provavelmente, este aluno estará mais estimulado a receber as informações. De forma geral, pode-se considerar que trabalhos como o desenvolvido pela professora PDE, ao intervirem juntos aos professores da escola pesquisada, são de suma importância, uma vez que o uso do mapa conceitual como ferramenta pedagógica leva os alunos a dar um outro significado aos conteúdos trabalhados. Tal iniciativa deve ser incentivada, estimulando os professores a utilizarem essa ferramenta de forma que o uso da metacognição faça parte do cotidiano dos alunos, a fim de tornar a aprendizagem significativa. 34 REFERÊNCIAS BORUCHOVITCH, E; BZUNECK, J.A (Orgs). Aprendizagem: psicológicos e o contexto social na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. processos COLL.; MARCHESI,A.; PALLACIOS, Yorrgs. Desenvolvimento psicológico e educação. 2° ed. Porto Alegre: Arkemed, 2004. p. 60-80. HILGARD, E. Jr. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Herder, 1972. IGARASHI, Edneia A. Marino. Planejamento metodológico que permita a construção do conhecimento significativo. Disponível em: < http://www.diaadiaeducação.pr.gov.br/portals/pde/arquivo/2090-8.pdf.> Acesso em 27 de ago 2010. MOREIRA. Marcos A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999. ______. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Editora UnB, 2006. ______. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. 1997. Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em: www.ifufirgs.br/~moreira> Acesso em: 21 de mar. 2011. ______; BUCHWEITZ, Bernardo. Novas estratégias de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais e o Vê epistemológico. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1993. NASCIMENTO, G. R. do; SILVA JÚNIOR, S. M. da; CORDEIRO, J. P. O emprego de mapas conceituais como estratégias de avaliação da aprendizagem na casa da física. 2009. Disponível em: <http://www.pg.utfpr.edu.br/sinect/anais/artigos/7%20Ensino física/Ensinodefisica_Artigo12.pdf>. Acesso em: 28 Jul. 2009. de RIBEIRO, Célia. 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Questões/ participantes 1 Resposta Geral História Português Artes Adquirir conhecimento Não respondeu Não respondeu 2 Não respondeu Conhecer o passado Melhorar o vocabulário Escrever corretamente 3 4 5 6 Vestibular Para um futuro melhor Não respondeu Adquirir conhecimento Não respondeu Não respondeu Não gosta Conhecer nossa origem 7 Adquirir conhecimento Não respondeu 8 Adquirir conhecimento 9 Para o futuro Estudar o passado e entender as diversas culturas Para entender o presente através do passado 10 11 12 13 Para um futuro profissional Vestibular e profissão Adquirir conhecimento Não respondeu 14 15 16 Adquirir conhecimento/ ter um futuro melhor Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Entender o passado Conhecer a história do mundo dos povos e seus costumes Conhecer o passado para entender o presente Não respondeu Não respondeu 17 18 Não respondeu Não respondeu Não respondeu Entender o passado 19 Para um futuro melhor Conhecer o passado 20 21 Adquirir conhecimento Buscar conhecimento 22 Para o futuro profissional 23 24 25 26 Não respondeu Futuro profissional Para um futuro melhor Não respondeu 27 Para um futuro melhor Não respondeu Entender a evolução da humanidade Entender o desenvolvimento Entender o passado Não respondeu Não é importante Entender o passado e nossa origem Para conhecer o passado 28 Para conhecer a cultura a qual pertencemos Não respondeu Para uma boa profissão 29 30 Não respondeu Não respondeu É importante Conhecer nossa origem Para melhorar vocabulário e uso da escrita Não respondeu Conhecimento da língua Para mostrar os bons traços que temos em desenhar Não respondeu Não respondeu Não é importante Conhecer nossa origem Não respondeu Não respondeu Para entender o passado Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Para aprimorar a linguagem Não respondeu Falar de maneira adequada Não respondeu Falar e escrever corretamente Para o vestibular Entender as obras Não respondeu Saber apreciar obras Não respondeu Identificar obras de arte Concursos e vestibular Não respondeu Vestibular Não respondeu Falar e escrever corretamente Falar e escrever corretamente Escrita e leitura Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não é importante Não respondeu Não é importante Não respondeu Não respondeu Conhecimento da linguagem Não respondeu Conhecimento da cultura Não respondeu Não respondeu Conhecer o presente e o Não respondeu Para escrever melhor Não respondeu Não é importante Decorações 37 31 Não respondeu 32 Não respondeu passado Para conhecer o passado e as diversas culturas Conhecer a história dos pais Ler, escrever e construir texto Não respondeu Diferenciar obras e desenhar Desenhar, pintura APÊNDICE 2 Quadro 2: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma B) em relação à questão 1. Questões/ participantes 1 Resposta Geral História Português Artes Não respondeu Poemas passados Não respondeu 2 3 4 5 Para profissão Para motivar-se Adquirir conhecimento Não respondeu Não respondeu Não gosta Não respondeu Interpretação de textos 6 Não respondeu Não respondeu Não gosta Não respondeu Aprender, conhecer obras de artistas Não respondeu 7 Futuro profissional Conhecer o passado, a história da humanidade Não respondeu Não gosta Não respondeu História dos nossos pais e diversas culturas Para entender o presente, passado e futuro Não respondeu 8 Para um futuro melhor 9 10 11 12 13 Boa educação Para adquirir conhecimento Universidade Não respondeu Não respondeu 14 Adquirir conhecimento 15 16 17 Adquirir conhecimento Para adquirir mais cultura Não respondeu 18 19 Não respondeu Não respondeu 20 21 22 Para o trabalho Não respondeu Não respondeu 23 24 25 Para adquirir conhecimento Não respondeu Para um futuro melhor 26 27 28 Não respondeu Não respondeu Para um futuro melhor Conhecer o passado Compreender o passado Para entender o passado 29 Para uma boa educação e para ser alguém na vida Entender a evolução Estudar a história dos nossos pais Conhecer o passado Entender o passado Entender o presente Conhecer o passado Conhecer o passado para entender o presente e a nossa cultura Não respondeu Entender o passado Não respondeu Conhecer o passado e o presente Não respondeu Conhecer o passado e comparar com o presente Não respondeu Conhecer o passado Conhecer o passado e compreender a influencia dele no presente Não respondeu Não respondeu Conhecer a história dos nossos pais Não respondeu Para um vocabulário melhor Estudar nossa língua de origem Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Falar corretamente Falar corretamente, linguagem e ortografia Não respondeu Não respondeu Para adquirir cultura Aprender língua de origem Conhecer a gramática Não respondeu Não respondeu Percepção artística Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Entender escritores e poemas com uma visão critica Não respondeu Interpretação e leitura Não respondeu Não respondeu Conhecer obras de artes, pintores e esculturas Não respondeu Leitura das obras Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Conhecer melhor nossa forma de linguagem e escrita Falar corretamente Falar corretamente Linguagem e gramática Falar corretamente Não respondeu Entender esculturas e desenhos do passado Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Entender o significado das coisas Entender as obras dos artistas famosos 38 APÊNDICE 3 Quadro 3: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma C) em relação à questão 1. Questões/ participantes 1 Resposta Geral História Português Artes Para o futuro Entender o passado Entender o passado Desenhar e coordenação motora Entender o passado 3 Para adquirir conhecimento Não respondeu 4 Não respondeu 5 Adquirir conhecimento, faculdade e profissão Para profissão Vestibular Escrever e falar corretamente Conhecer regras gramática Linguagem e gramática Escrever e falar corretamente e fazer redação Vestibular Conhecer o passado e compreender o presente Conhecer o passado Para escrever e falar corretamente Falar corretamente Entender as obras Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Conhecer o passado Não respondeu Não respondeu Falar e escrever corretamente Falar e escrever corretamente Falar corretamente Não respondeu Não respondeu Aprender pinturas, esculturas e musica Conhecer a nossa cultura Conhecer a nossa cultura Estudar os artistas do passado Não respondeu Não é importante Não respondeu Desenhar Não respondeu Não respondeu Não respondeu 2 6 7 9 10 11 Adquirir conhecimento para o futuro profissional Adquirir conhecimento e um futuro profissional Profissional Profissional Profissional 12 Profissão e independência 13 Para o mercado de trabalho 14 Para o mercado de trabalho 15 16 17 18 19 20 21 Para o futuro Não respondeu Para um futuro melhor Não respondeu Compreender o conteúdo Para um futuro melhor Para um futuro melhor 22 Não respondeu 23 Não respondeu 24 25 Não respondeu Para um futuro e uma profissão melhor 8 Entender o passado para compreender o presente Conhecer a história dos países Conhecer as transformações Entender o passado Entender o passado e compreender o presente Não respondeu Entender o passado Não respondeu Entender o passado Não respondeu Não respondeu Entender o passado e a nossa cultura Conhecer fatos e acontecimentos Aprender a linguagem Aprender as transformações Não respondeu Entender o passado para compreender o presente Não respondeu Não respondeu Não é importante Falar corretamente Escrita Não respondeu Não respondeu Conhecer a língua Leituras e escrita Não respondeu Falar corretamente para a universidade Entender o passado Desenhar e conhecer as obras artísticas Vestibular Não respondeu Para aprender nossa cultura e dos outros países Não respondeu Não respondeu Não é importante 39 APÊNDICE 4 Quadro 4: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma D) em relação à questão 1. Participantes 1 2 3 4 5 Resposta Geral Para um futuro melhor Para ter uma profissão Para adquirir um conhecimento Futuro, faculdade Futuro e faculdade História Aprender sobre o passado Faz parte do ensino Para o futuro Cursar faculdade Passado 6 Ampliar o conhecimento Justificar o mundo de hoje porque isso é assim 7 Não respondeu 8 9 Não respondeu Porque é bom 10 Não respondeu 11 Para adquirir conhecimento 12 13 Para adquirir conhecimento Para garantir o futuro Conhecer o passado e entender o futuro Vestibular Pensar no passado e relacionar com os dias de hoje Saber o passado e entender as mudanças Aprender a cultura e origem Não respondeu Conhecer o passado 14 Para adquirir conhecimento 15 16 Aprender para o futuro Não respondeu 17 18 19 20 Para o futuro Para adquirir conhecimento e para faculdade Para adquirir conhecimento Não respondeu 21 22 23 Não respondeu Para um futuro melhor Não respondeu 24 Português Falar Para o cotidiano Para o futuro Cursar faculdade Não tem importância em relação com que pretende Compreender melhor o idioma e a história dele Literatura e gramática Estudar o idioma Não respondeu Aprender a língua de origem Não respondeu Não respondeu Entender a língua Artes Estudar pintores Faz parte do ensino Para o futuro Cursar faculdade Não tem importância em relação com que pretende Conhecer a história dos grandes artistas Conhecer a história dos artistas Vestibular Não respondeu Pouco interesse Não respondeu Conhecer o passado e entender o mundo Não respondeu Conhecer o passado para entender o presente Não respondeu Não respondeu Matéria importante Não respondeu Conhecer nossa cultura É importante Não respondeu Falar e escrever corretamente Não respondeu Não respondeu Não respondeu Para entender as obras e os artistas Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Vestibular Para conhecer o passado Para saber nossa origem Não respondeu Para aprender falar corretamente Aprimorar a escrita Conhecer a língua Falar corretamente Conhecer o passado Não respondeu 25 26 Para utilizar o conhecimento no cotidiano Não respondeu Não respondeu Conhecer o passado Conhecer o passado 27 28 29 Não respondeu Para adquirir conhecimento Não respondeu 30 Não respondeu Conhecer história Não respondeu Conhecer história do nosso país Conhecer o passado 31 Porque é fundamental hoje Conhecer o passado Não respondeu Aprender literatura, poemas e redação Não respondeu Não respondeu Conhecer as regras gramática Como era a comunicação antigamente Falar e escrever Vestibular Desenhar Desenhar e conhecer obras do passado Não respondeu Não respondeu Conhecer obras e artistas Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu Para expressar 40 32 Não respondeu 33 Futuro melhor 34 Não respondeu Conhecer a história do Brasil Não respondeu Conhecer o passado e entender o presente corretamente Falar corretamente Falar e escrever corretamente Aprender gramática e obras literárias Conhecer obras e artistas Não respondeu Sensibilidade para conhecer a vida APÊNDICE 5 Quadro 5: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma E) em relação à questão 1. Participantes 1 História Para o trabalho Português Para o trabalho Artes Para o trabalho 2 Resposta Geral Para ser culto e um bom relacionamento na sociedade Não respondeu Conhecer o passado Entender nossa língua 3 Não respondeu Origem 4 5 6 Não respondeu Aprender a linguagem Não respondeu Não respondeu Não é importante Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não respondeu 8 9 10 Futuro e profissão Não respondeu Para vestibular e o cotidiano Para o cotidiano nas relações humanas e no trabalho Não respondeu Não respondeu Não respondeu Conhecer o passado e a história do Brasil Não respondeu Conhecer o passado Não respondeu Porque está relacionada à nossa vida Não respondeu Não respondeu Não respondeu Falar corretamente Não respondeu Não respondeu Não é importante 11 Para se manter na vida 12 Não respondeu Falar e ler corretamente Não respondeu Matéria complementar Não respondeu 13 Não respondeu Falar corretamente Desenhar 14 Não respondeu Conhecer o passado Saber origem das coisas Importante para o cotidiano Compreender o presente e evitar erros Conhecer o passado e entender o presente Entender o passado e entender melhor o futuro Entender a história do Brasil Não respondeu 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Adquirir conhecimento Não respondeu Faculdade Adquirir conhecimento Não respondeu Adquirir conhecimento Futuro Não respondeu Para profissão Não respondeu Conhecer o passado Não respondeu Entender o passado Entender o passado Não respondeu Não respondeu Não é importante Entender o passado 24 Não respondeu Entender o passado Falar corretamente, aprender a gramática e produzir textos Não respondeu Entender a língua Não respondeu Para comunicação Falar corretamente Não respondeu Não respondeu Não respondeu Falar e escrever corretamente Entender a língua 25 Não respondeu 26 Não respondeu Entender o passado para compreender o presente Entender o passado 27 Para o futuro e para socialização 28 Para adquirir conhecimento e vestibular Para ter sucesso na vida Não respondeu 7 29 30 Para entender o passado e suas permanências e transformações Não respondeu Entender a história Não respondeu Entender a linguagem Não respondeu Não é importante Não respondeu História de sociedade Não respondeu Não respondeu Não respondeu Não é importante Conhecer obras de artes Entender história da arte Não é importante Novas palavras escritas Entender linguagem Desenhos e conhecer obras Não respondeu Não respondeu Não respondeu Entender a língua Não respondeu Não respondeu Não respondeu 41 31 Para o trabalho Não respondeu Não respondeu Não respondeu APÊNDICE 6 Quadro 6: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma A) em relação à questão 2. Participante Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender este conteúdo? 1 Prestar atenção, observar e ouvir 2 Prestar atenção e estudar em casa 3 Faz anotações e presta atenção 4 Presta atenção 5 Presta atenção e faz perguntas 6 Faz exercícios e presta atenção 7 Presta atenção e faz exercícios 8 Presta atenção e estuda em casa 9 Presta atenção, faz perguntas, pesquisa em fontes externas (internet) 10 Faz resumos e esquemas (mapas) 11 Presta atenção e estuda em casa 13 Comporta-se em aula e pesquisa conteúdo 14 Presta atenção, faz anotações e revisa conteúdo 15 Tenta se concentrar no conteúdo 16 Presta atenção 17 Presta atenção e faz perguntas 18 Copia o conteúdo e faz silêncio para se concentrar 19 Presta atenção 20 Copia o conteúdo 21 Faz exercícios 22 Faz silêncio para concentrar-se e preta atenção 23 Faz silêncio para concentrar-se 24 Realiza as tarefas 25 Presta atenção 42 26 Faz resumo 27 Presta atenção e realiza atividades 28 Presta atenção 29 Presta atenção 30 Faz exercícios e pede explicação particular ao professor 31 Presta atenção 32 Presta atenção e faz exercícios 43 APÊNDICE 7 Quadro 7: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma B) em relação à questão 2. Participantes Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender este conteúdo? 1 Presta atenção e estuda em casa 2 Presta atenção e estuda em casa 3 Pergunta ao professor e estuda em casa 4 Presta atenção 5 Tenta resolver exercícios e estuda em casa 6 Pergunta ao professor e realiza pesquisas 7 Presta atenção e copia matéria 8 Presta atenção na matéria e estuda em casa 9 Presta atenção e tenta entender 10 Presta atenção, resolve exercícios e faz anotações 11 Pergunta 12 Pergunta 13 Pesquisa, resolve exercícios e estuda de formas diferentes 14 Se esforça, se dedica e realiza exercícios 15 Presta atenção na aula 16 Faz um mapa conceitual com as principais ideais 17 Estudar 18 Presta atenção 19 Presta atenção 20 Presta atenção e faz perguntas 21 Presta atenção 22 Presta atenção e faz perguntas 23 Presta atenção e revisa exercícios 24 Presta atenção e realiza exercícios 25 Presta atenção 26 Revisa o conteúdo 27 Revisa o conteúdo 28 Faz anotações e estuda o conteúdo 29 Faz anotações e estuda os textos 44 APÊNDICE 8 Quadro 8: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma C) em relação à questão 2. Questão 2 1 Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender este conteúdo? Presta atenção 2 Presta atenção 3 Representa o conteúdo com desenhos e revisa a matéria 4 Presta atenção 5 Presta atenção e realiza exercícios 6 Presta atenção e realiza atividades 7 Presta atenção e realiza atividades 8 Presta atenção 9 Presta atenção 10 Faz resumos 11 Presta atenção 12 Presta atenção e faz anotações 13 Presta atenção e faz perguntas 14 Revisa conteúdo 15 Presta atenção 16 Presta atenção 17 Conversa com os colegas e procura outra linguagem 18 Presta atenção e copia matéria 19 Estuda o conteúdo 20 Presta atenção e copia a matéria 21 Presta atenção 22 Presta atenção 23 Presta atenção 24 Estuda em casa 25 Presta atenção e estuda uma hora por dia em casa 45 APÊNDICE 9 Quadro 9: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma D) em relação à questão 2. Questão 2 1 Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender este conteúdo? Presta atenção 2 Presta atenção 3 Presta atenção e faz atividades 4 Outra linguagem 5 Pesquisa em livros e internet 6 Presta atenção e corrige exercícios 7 Preta atenção 8 Presta atenção 9 Procura outra linguagem (colegas) 10 Presta atenção 11 Presta atenção e estuda em casa 12 Presta atenção 13 Estuda em casa 14 Presta atenção e estuda em casa 15 Presta atenção e estuda em casa 16 Presta atenção 17 Presta atenção e faz revisa 18 Copia a matéria e estuda em casa 19 Estuda em casa, copia e pratica 20 Presta atenção 21 Anota as palavras chaves 22 Presta atenção 23 Procura outra linguagem (colegas) e presta atenção 24 Presta atenção 25 Presta atenção 26 Presta atenção 27 Presta atenção, pesquisa em livros e outras matérias 28 Estuda mais 29 Pesquisa livros e internet 30 Presta atenção e faz perguntas 31 Revisa 46 32 Presta atenção 33 Faz anotações 34 Presta atenção e revisa em casa 47 APÊNDICE 10 Quadro 10: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma E) em relação à questão 2. Questão 2 Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender este conteúdo? 1 Leio o conteúdo várias vezes e presto atenção 2 Lê livros e faz perguntas 3 Presta atenção e estuda em casa 4 Presta atenção e estuda em casa 5 Presta atenção 6 Pesquisa internet 7 Interagir em casa 8 Presta atenção e realiza as atividades 9 Presta atenção e estuda em casa 10 Estuda em casa e procura outras línguas 11 Ler sobre o assunto 12 Estudar em casa e pesquisas 13 Presta atenção 14 Pesquisa na internet e faz exercícios 15 Presta atenção 16 Tira dúvidas e presta atenção 17 Presta atenção 18 Presta atenção 19 Presta atenção 20 Presta atenção e faço o trabalho 21 Presta atenção 22 Nada 23 Presta atenção 24 Presta atenção e estuda em casa 25 Anota palavras chaves e presta atenção 26 Presta atenção e realiza exercício sozinho 27 Presta atenção e responde questões 28 Questiona 29 Pesquisa, estuda em casa e presta atenção 30 Presta atenção 48 31 Presta atenção 49 APÊNDICE 11 Quadro 11: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma A) em relação à questão 3. Questão 3 1 Se você não entende o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? Pede ajuda para o professor e presta atenção 2 Colegas e estuda em casa 3 Pede ajuda para o professor e colegas 4 Pesquisa em livros 5 Pede ajuda para o professor e colegas 6 Pede ajuda para o professor, livros e colegas 7 Pede ajuda para o professor 8 Pede ajuda para o professor e estuda em casa 9 Pede ajuda para o professor e pesquisa em outras fontes 10 Pede ajuda para o professor 11 Estuda em casa e pede ajuda aos colegas 12 Pede ajuda para o professor e estuda em casa 13 Pede ajuda aos colegas 14 Pede ajuda para o professor e pesquisa outras fontes 15 Pede ajuda para o professor 16 Pede ajuda para o professor 17 Pede ajuda para o professor e estuda em casa 18 Pede ajuda para o professor 19 Estuda em casa 20 Colegas 21 Busca outras fontes 22 Pede ajuda para o professor 23 Pede ajuda aos colegas 24 Pede ajuda para o professor 25 Pede ajuda aos colegas 26 Pede ajuda para o professor 27 Pede ajuda para o professor, colegas e estuda em casa 28 Pede ajuda para o professor 29 Pede ajuda aos colegas 30 Pede ajuda aos professores e colegas 31 Pede ajuda para o professor e colegas 50 32 Pede ajuda para o professor 51 APÊNDICE 12 Quadro 12: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma B) em relação à questão 3. Questão 3 1 Se você não entende o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? Colegas 2 Pede ajuda para o professor 3 Estuda com a mãe e amigas 4 Pede ajuda para o professor e internet 5 Estuda em casa 6 Pede ajuda para o professor e livros 7 Pede ajuda para o professor e colegas 8 Pede ajuda para o professor 9 Estuda em casa 10 Pede ajuda para o professor 11 Pede ajuda para o professor e livros 12 Pede ajuda para o professor e aulas particulares 13 Pede ajuda para o professor e estuda mais 14 Pede ajuda para o professor 15 Colegas 16 Colegas e pede ajuda para o professor 17 Colegas 18 Pede ajuda para o professor 19 Internet, livros e pede ajuda para o professor 20 Pede ajuda para o professor 21 Pede ajuda para o professor 22 Pede ajuda para o professor 23 Colegas 24 Pede ajuda para o professor 25 Pede ajuda para o professor e colegas 26 Pede ajuda para o professor 27 Internet, pede ajuda para o professor e colegas 28 Pede ajuda para o professor e colegas 29 Pede ajuda para o professor e estuda mais 52 APÊNDICE 13 Quadro 13: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma C) em relação à questão 3. Questão 3 1 Se você não entende o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? Pede para explicar novamente 2 Pede para explicar novamente 3 Pede explicação para um amigo 4 Pede explicação para um amigo 5 Presta atenção e pede explicação para um amigo 6 Pergunta para um amigo 7 Pergunta para o professor 8 Pergunta para o professor e pesquisa na internet 9 Pergunta para o professor e pesquisa na internet 10 Pergunta para o professor e estuda em casa 11 Pergunta para o professor e colega 12 Estuda em casa 13 Estuda em casa e professor 14 Pergunta para o professor 15 Pergunta para o professor 16 Pergunta para o professor 17 Pergunta para o professor 18 Pergunta para o professor 19 Pergunta para o professor 20 Pergunta para o professor 21 Pergunta para o professor 22 Pergunta para o professor 23 Pergunta para o professor 24 Faz revisão 25 Pergunta para o professor 53 APÊNDICE 14 Quadro 14: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma D) em relação à questão 3. Questão 3 1 Se você não entende o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? Pede explicação novamente 2 Revisa em casa 3 Pede para explicar novamente e pesquisa em outras fontes 4 Pede explicação para o s colegas 5 Revisa em casa 6 Pergunta para o professor e vê as anotações do caderno 7 Estuda em casa 8 Pede explicação para os colegas 9 Estuda em casa 10 Estuda em casa 11 Pede explicação para os colegas 12 Pede para explicar novamente 13 Pesquisa na internet 14 Pede para explicar novamente 15 Pede para explicar novamente 16 Pede explicação para os colegas 17 Pede para explicar novamente 18 Pede para explicar novamente e ajuda de um amigo 19 Pede explicação para os colegas 20 Pesquisa em livros e internet 21 Pede explicação para um amigo 22 Pede para explicar novamente 23 Pede para um amigo explicar 24 Pede para explicar novamente 25 Tenta aprender sozinho 26 Estuda em casa 27 Pede explicação para um colega 28 Pede para explicar novamente 29 Pede explicação para um colega 30 Pede para explicar novamente 31 Pede para explicar novamente 54 32 Estuda no caderno depois 33 Pergunta para o professor 34 Estuda em casa 55 APÊNDICE 15 Quadro 15: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma E) em relação à questão 3. Questão 3 1 Se você não entende o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? Estuda em casa 2 Tento praticar novamente 3 Pede para explicar novamente 4 Estuda as anotações e pede explicação para um amigo 5 Pede para explicar novamente 6 Pede para explicar novamente 7 Estuda em casa 8 Busca outras fontes 9 Pede para explicar novamente 10 Estuda em casa 11 Se esforça mais 12 Pesquisa em livros e internet 13 Vegeta 14 Pede para explicar novamente 15 Pede para explicar novamente 16 Pede para explicar novamente 17 Pergunta para um amigo 18 Presta mais atenção 19 Pede para explicar novamente 20 Estuda em casa 21 Pede para explicar novamente 22 Pergunta 23 Pede para explicar novamente 24 Pesquisa em outras fontes 25 Pede para explicar novamente 26 Pede para um colega explicar 27 Pesquisa em casa e pede para um colega explicar 28 Pede explicar novamente 29 Discute o conteúdo e pesquisa em outras fontes 30 Pede para explicar novamente 31 Pede para explicar novamente 56 APÊNDICE 16 Quadro 16: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma A) em relação à questão 4. 1 Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores? Que atividade? Explique como foi. Sim, quando o professor faz uma aula mais dinâmica 2 Sim, trabalhos em dupla 3 Não 4 Não 5 Sim, seminários 6 Sim, seminários 7 Sim, seminários 8 Não 9 Sim, debates 10 Sim, resumos 11 Sim, exercícios e colocar em pratica o conteúdo 12 Sim, debates e discussões 13 Sim, trabalhos em grupos 14 Sim, atividades práticas 15 Sim, seminários 16 Sim, gráficos 17 Sim, seminários 18 Não 19 Sim, Data show e palavras cruzadas 20 Sim 21 Não 22 Sim, mapas conceituais 23 Sim, em duplas 24 Sim, em duplas 25 Sim 26 Sim, linha do tempo 27 Sim, aula pratica de matemática 28 Sim, trabalhos em grupos 29 Sim, trabalhos em grupos 30 Não Questão 4 57 31 Sim 32 Não 58 APÊNDICE 17 Quadro 17: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma B) em relação à questão 4. 1 Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores? Que atividade? Explique como foi. Sim, com aulas particulares 2 Sim, trabalho em grupo 3 Sim, passeios escolares, aulas particulares e laboratório com experiências químicas 4 Sim, jogos de perguntas e respostas 5 Sim, jogos de perguntas e respostas 6 Não 7 Sim, com experiências em laboratórios 8 Sim, seminários 9 Sim, seminários 10 Sim, jogos de perguntas e respostas 11 Sim, no laboratório e teatro 12 Sim, aula particular 13 Sim, seminário 14 Sim, teatro, slides e vídeos 15 Sim, seminários 16 Sim, vídeos 17 Sim, teatro 18 Sim, teatro 19 Sim, através de pesquisas 20 Sim, teatro 21 Sim, teatro 22 Sim, seminário 23 Sim, jogo de perguntas e respostas 24 Sim, seminário 25 Não 26 Sim, seminário 27 Não 28 Sim, trabalho em grupo 29 Sim, trabalho em grupo Questão 4 59 APÊNDICE 18 Quadro 18: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma C) em relação à questão 4. 1 Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores? Que atividade? Explique como foi. Sim 2 Através de desenhos 3 Sim, desenhos, esquemas e jogos 4 Sim, trabalhos em duplas 5 Não 6 Não 7 Sim 8 Trabalhos em grupos 9 Sim, trabalhos em grupos 10 Sim, quando o professor faz brincadeiras 11 Não 12 Não 13 Não 14 Sim, pesquisas 15 Sim, trabalhos 16 Não 17 Sim, através de exercícios 18 Sim, trabalho em grupo 19 Não 20 Não 21 Sim, trabalhos e dinâmicas 22 Sim, dinâmicas, gincanas, perguntas e respostas 23 Sim, teatro 24 Sim, dinâmica 25 Sim, cantando uma música Questão 4 60 APÊNDICE 19 Quadro 19: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma D) em relação à questão 4. 1 Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores? Que atividade? Explique como foi. Sim, trabalho em grupo 2 Não 3 Sim, dinâmica 4 Sim, vídeos, dinâmica e teatro 5 Sim, com brincadeiras, piadas e músicas 6 Não 7 Não 8 Sim, quando o professor usa vocabulário simples 9 Sim 10 Sim, atividades em grupo 11 Sim, teatro 12 Sim, apresentação de teatro 13 Sim, aulas em vídeo 14 Sim, trabalhos em grupo 15 Não 16 Não 17 Sim, teatro 18 Sim, com exemplos 19 Sim, com trabalhos 20 Sim, teatro 21 Sim, mapas conceituais 22 Sim, com exercícios 23 Não 24 Sim, trabalhos em sala 25 Não 26 Sim, seminários 27 Sim, grupos de estudo 28 Não 29 Sim, trabalho em dupla 30 Sim, trabalho em dupla Questão 4 61 31 Não 32 Não 33 Sim, trabalho em grupo 34 Sim, seminário 62 APÊNDICE 20 Quadro 20: Respostas obtidas por meio da aplicação do questionário apresentado aos alunos da 2ª. série do Ensino Médio (Turma E) em relação à questão 4. 1 Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores? Que atividade? Explique como foi. Não 2 Sim, com mímicas 3 Sim 4 Sim, em duplas 5 Não 6 Sim, com dinâmicas e perguntas 7 Não 8 Sim, com brincadeiras 9 Sim, com brincadeiras 10 Sim, com brincadeiras 11 Sim, com discussões 12 Sim, com atividades não avaliativas 13 Não 14 Não 15 Sim, com trabalho em casa 16 Não 17 Não 18 Sim, teatro 19 Sim, teatro 20 Sim 21 Não 22 Sim, trabalhos em grupos 23 Sim, teatros e jogos 24 Sim, trabalho em laboratório 25 Sim, teatro 26 Sim, seminário 27 Sim, teatro 28 Não 29 Sim, teatro 30 Sim, laboratório Questão 4 63 31 Sim, trabalho 64 APÊNDICE 21 QUESTIONÁRIO: NOME:...................................................................................... SERIE:..................................................................................... IDADE:..................................................................................... 1- Para você, qual é a importância de estudar? História, português e Artes? Por quê? 2- Quando um professor inicia um conteúdo novo, o que você faz para entender este conteúdo? 3- Se você não entende o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula, o que você faz? 4- Você já participou de alguma atividade em sala de aula que te ajudou a compreender a matéria/ conteúdos trabalhados com os professores? Que atividade? Explique como foi?