ISSN: 1981-3031 A GINÁSTICA GERAL: UMA DIVERSIDADE DE MOVIMENTOS QUE PODEM SER TRABALHADOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Flávio Gutto Barbosa Pimentel1 Resumo O presente estudo tem como objetivo geral, ampliar o conhecimento teórico sobre a ginástica geral e sua relação com as dimensões do desenvolvimento humano, sabendo que este conteúdo é pouco utilizado pelos docentes da área de Educação Física. E como objetivo específico, estruturar uma sistematização teórica da ginástica geral que possibilite aos profissionais em Educação Física licenciatura um material que subsidie sua prática pedagógica. O estudo é de origem qualitativa, sendo uma pesquisa bibliográfica, discutindo sobre o conteúdo ginástica geral e suas implicações nas dimensões cognitiva, psicomotora e sócio-afetiva. Como aporte teórico – metodológico temos: Ayoub (1998), Koren (2004), Gutierrez (2008), Gomes (1998), Wallon (2007) e Winnicott (1975). Tais estudiosos discutem a educação física, a ginástica geral e o desenvolvimento humano relacionado a prática de ensino na escola e fora dela. É importante relembrar que estes autores orientam toda fundamentação da pesquisa. Portanto, esta pesquisa é de grande valor instrumental e pedagógico para todos os profissionais da área de Educação Física na Educação Básica. Pois permite que os educadores possam utilizar esse conhecimento não só como um fim. Mas, também como um meio alternativo e dinâmico para o desenvolvimento das crianças nos diferentes níveis de ensino. Palavras – chaves: Ginástica Geral – Educação Física Escolar – Desenvolvimento Humano Introdução A Educação Física como disciplina curricular tem um papel pedagógico e social muito importante, isto, nas diferentes dimensões humanas, que são: conceitual, procedimental e atitudinal, enquanto manifestação e representação científico-cultural do corpo dentro da educação. Pois possibilita aos alunos a vivência de inúmeras práticas corporais recheadas de saber e significados por meio de uma sistematização de conteúdos, dos quais se podem exemplificar: esportes, jogos e brincadeiras, lutas, dança e ginástica. Que são de grande valor para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos no ambiente escolar e extra-escolar. Segundo o Coletivo de Autores (1992, p. 61-62) citado por Ayoub (1998, p.124): 1 Graduado em Educação Física Licenciatura pela Universidade Federal de Alagoas UFAL – UFAL em Junho de 2010, pós-graduado em Educação Física na Educação Básica pela Faculdade Integrada Tiradentes em 2011 e pós-graduando em Educação em Direitos Humanos e Diversidade pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Integrante do grupo de pesquisa GEPDEF (Grupo de Estudos e Pesquisa em Docência e Formação Profissional em Educação Física) e e-mail: [email protected]. 2 A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denominada aqui de cultura corporal. Ela será configurada com temas ou formas de atividades, particularmente corporais, como nomeadas anteriormente: jogo, esporte, ginástica, dança ou outras, que constituirão seu conteúdo. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem. Entretanto, dentre essas práticas corporais com suas diversidades de movimentos construídos histórico-culturalmente, existe uma que engloba todas as outras, que serve de base para o aprendizado de todas as outras práticas corporais. Esta é a ginástica geral, um conteúdo de significado global que possibilita múltiplas vivências corporais cheias de sentido psicológico, motor e emocional. Onde as raízes humanas que estão inseridas nessa prática se nutrem de vitalidade e motivação. Segundo Koren (2004, p.53-54): O que precisamos compreender é que a ginástica possui uma abordagem muito mais abrangente quando a visualizamos numa perspectiva educacional em que oportunizamos a participação do aluno na sua auto-percepção, autoorganização, e auto-conceito, estimulando posteriormente a sua integração como um ser independente, ao estar ele empregando elementos que possam estimular a liberdade de ação e favorecendo a criatividade e, desta maneira sinta o que é capaz de executar . E assim ela tem a sua função pedagógica, formativa e humanizadora. Logo, a ginástica geral como conteúdo da cultura corporal possibilita por meio das diferentes formas de movimentos corporais simples e complexos, a construção de um repertório psicomotor, que permite àqueles que vivenciam suas variedades de movimentos, a integração e a associação das experiências corporais anteriores e presentes, desenvolvendo dessa maneira uma aprendizagem concreta, que permite aos alunos a função de representá-la como conteúdo significativo para suas vidas. Afirmando o argumento acima, Gutierrez (2008, p.104) comenta: Aqui a Ginástica Geral joga um papel fundamental ao utilizar os alunos representações temáticas que foram previamente analisadas e discutidas com os colegas. Trata-se de um fazer significativo, no qual os próprios alunos estabelecem os códigos que dão significado a suas expressões corporais e a forma como representam tais significados. E desta maneira a aprendizagem flui sem correr o risco de ser limitada d iante das diversas formas e expressões corporais que a ginástica traz em sua história e, assim, se realiza no interior de cada um. 3 Objetivos O presente trabalho tem como objetivo geral, ampliar o conhecimento teórico sobre a ginástica geral e sua relação com as dimensões do desenvolvimento humano, sabendo que este conteúdo é pouco utilizado pelos docentes da área de Educação Física. E como objetivo específico, estruturar uma sistematização teórica da ginástica geral que possibilite aos profissionais em Educação Física licenciatura um material que subsidíe sua prática pedagógica. Metodologia O estudo é de origem qualitativa, sendo uma pesquisa bibliográfica, aprofundando -se ao nível teórico. A pesquisa bibliográfica segundo Rodrigues (2007, p. 30), “É também um trabalho de pesquisa diferenciando-se do levantamento de campo porque busca informações e dados disponíveis em publicações – livros, teses e artigos de origem nacional ou internacional, e na internet, realizados por outros pesquisadores.” Neste trabalho buscou-se essa abordagem metodológica tendo em vista a ampliação teórica do assunto abordado. Pois, o assunto é de grande interesse para os profissionais de educação Física que atuam na Educação Básica. Servido como parâmetro, orientando os educadores sobre a relação existente entre a ginástica geral e o desenvolvimento humano. Desenvolvimento A ginástica possui uma diversidade de ações e códigos corporais que podem ser vivenciados por todos nas aulas de educação física, isto devido a sua evolução histórica e sua propagação às diferentes culturas, onde os homens por meio do saber cultural dessa prática reproduzem e produzem novas formas de expressão e linguagem corporais. Segundo Marx (2008, p.49): Pelo simples fato de que toda geração posterior encontra já forças produtivas adquiridas pela geração anterior, as quais lhes servem como matéria-prima de nova produção, forma-se uma conexão na história dos homens, forma-se uma história da humanidade, que é tanto a história da humanidade quanto as forças produtivas do homem e, consequentemente, suas relações sociais aumentam. 4 Isto é, movimentos construídos na sua história, desde o seu nascimento até os dias atuais. Como colocam Langlade & Langlade (1986, p.21) citado por Ayoub (1998, p.36), “a ginástica para os gregos significava exercícios físicos em geral e estes compreendiam corridas, lançamentos, saltos, lutas, etc.; em resumo todos os exercícios denominados na atualidade atletismo ou esportes”. Isto é, todas as atividades que hoje se vivem nos diferentes esportes ou práticas da cultura corporal de movimento. Sabe-se que dentro deste macrocosmo que é a ginástica, encontram-se vários microcosmos reunidos dando vida e energia a sua estrutura dialética, mutável e dinâmica. Neste universo que é a ginást ica é possível viver as diversas manifestações corporais que trazem em si conhecimentos instrumentais e relacionais sobre o corpo e para os outros por seu caminho: a aprendizagem motora e psicomotora, as habilidades motoras, desenvolvimento das qualidades físicas e motoras, a socialização por meio dos diferentes corpos em movimentos em linguagem não-verbal e verbal, o equilíbrio afetivo-emocional, o desenvolvimento estético e moral, de todos que estão dentro desse universo incrível que é a ginástica. Segundo a FIG (1993) citado por Bertolini ( 2005, p.31): a ginástica geral é a ginástica que está orientada para o lazer, onde pessoas de todas as idades participam principalmente pelo prazer que sua prática proporciona. Desenvolve a saúde, a condição física e a interação social, contribuindo desta forma para o bem-estar físico e psicológico de seus praticantes. Oferece um vasto campo de atividades, respeitando as características, interesses e tradições de cada povo, expressados através da beleza e variedade do movimento corporal. Desta maneira é possível fazer um paralelismo entre a ginástica geral e as diferentes dimensões do desenvolvimento humano que ela atinge. Estas dimensões são: cognitiva, psicomotora, afetiva e social. Diferentes áreas do humano que o fazem existir, representar, construir e reconstruir o mundo onde está presente. É assim que é possível mostrar a importância da mesma no ambiente escolar. A Ginástica Geral e o Desenvolvimento Cognitivo No entanto, é de interesse pedagógico que os alunos compreendam e entendam o que estão fazendo e que tenham a habilidade para representar as práticas corporais; é neste contexto que a ginástica geral como objeto de conhecimento ou meio, influencia o desenvolvimento cognitivo. Segundo Gomes (1998, p.23), o funcionamento intelectual é uma forma especial de adaptação entre o organismo e o meio. Desta forma, tendo a ginástica geral 5 como meio e os alunos como organismos, a vivência destes diante das inúmeras formas de movimento (meio) requer a utilização de estruturas conscientes que os façam se adaptar a situação, construindo desta maneira a inteligência. Por isto Gomes (1998, p.22), cometa que segundo Piaget, é na interação sujeito – meio (ginástica geral) que a criança constrói o conhecimento. Em sua origem, o conhecimento não vem dos objetos (as diversas formas de ginástica) e nem do sujeito, mas das relações intrínsecas a eles: o sujeito sempre desempenha um papel ativo nesse processo. Faz-se necessário o agir sobre o objeto a ser conhecido, transformá-lo de modo que este conhecimento possa ser incorporado às suas estruturas cognitivas. Desta maneira, fica evidente a influência das diversas formas de ginástica no desenvolvimento das estruturas cognitivas, ou seja, da inteligência. No entanto, quando se fala da relação da ginástica geral e do desenvolvimento cognitivo, deve-se ter em mente a experiência, o papel ativo do sujeito e a construção do conhecimento. Segundo Gomes (1998, p. 26): O exercício e a experiência são anunciados como tendo um papel fundamental no desenvolvimento. Através da experiência e do exercício e a criança constrói tipos de conhecimento. Uma relação não só voltada para os processos adaptativos da inteligência como também para os processos de apropriação da aprendizagem social, fazendo desta relação cultura ginástica e sujeito uma práxis transformadora nos ambientes escolar e extra-escolar. A Ginástica Geral e o Desenvolvimento Psicomotor Mas não é só as estruturas cognitivas que se desenvolvem nas crianças envolvidas no contexto da ginástica geral, estão envolvidas também as funções psicomotoras que se desenvolvem por meio das diversas experiências corporais que a mesma proporciona. Como coloca Gomes (1998, p.52): Na evolução do desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, a motricidade intervém em todos os níveis de desenvolvimento das funções cognitivas, na percepção e nos esquemas sensório – motores, substratos da imagem mental, das representações pré – operatórias e das operações propriamente ditas. A inteligência é o resultado de uma certa experimentação motora integrada e interiorizada. 6 Ou seja, a ginástica como fenômeno da motricidade integra, organiza, equilibra e associa os diferentes sistemas da unidade corpo, desencadeado cada vez mais reações complexas que de forma dinâmica e aberta cria condições para o desenvolvimento do binômio corpo – mente, ou seja, a progressão do comportamento psicomotor. Reforçando o exposto acima, Picq e Vayer (1969) citado por Gomes (1998, p.53), argumentam que o desenvolvimento psicomotor se caracteriza pelo paralelismo entre o desenvolvimento das funções motoras e das funções psíquicas. Na cultura corporal da ginástica, os alunos podem viver atividades psicomotoras diferenciadas, estas são: corridas, saltos, acrobacias, giros, rolamentos no solo e em suspensão, controle do corpo nos aparelhos (barra fixa, paralelas assimétrica e simétrica, trave, cavalo com alça e argolas), manipulação de bolas, arcos, fitas, maças, e cordas. Estas atividades psicomotoras podem ser trabalhadas isoladamente ou combinadas, dependendo do nível de experiências vividas pelos alunos e de suas estruturas nervosas desenvolvidas no processo de maturação. No entanto, é por meio dessas variadas aprendizagens, pela via corporal, que as habilidades psicomotoras se desenvolvem nos alunos nas aulas de educação física. Afirmando a idéia acima, Tsukamoto e Nonomura (2003) citado por Henrique (2007, p.17), a combinação ilimitada dos movimentos, suas variações e complexidade, permite a aplicação de um grande número de exercícios físicos diferentes por sua forma e coordenação, levando aos seus praticantes valorizarem as suas possibilidades psicomotoras. É assim que as habilidades psicomotoras, tais como coordenação dinâmica geral e das mãos, controle postural – equilíbrio, esquema corporal, orientação espacial, estruturação espaço-temporal e consciência corporal, se relacionam com o meio, sendo a cultura do movimento gímnico a razão e a pedagogia do agir comunicativo para a construção de um comportamento psicomotor cada vez mais adaptado as necessidades que a mesma exige, coerente com realidade educacional. De acordo com Gomes (1998, p.56), fundamentalmente, os movimentos gímnicos são de grande importância biológica, afetiva, psicológica, social, cultural e evolutiva. Contudo que foi exposto até aqui, é lógico perceber através das explicações acima a relação da ginástica geral e, em particular, dos diversos movimentos gímnicos como meios responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo e psicomotor dos alunos. 7 A Ginástica Geral e o Desenvolvimento Sócio-Afetivo No entanto, esta cultura corporal não se limita apenas a duas esferas do humano, a mesma atinge outra bastante profunda, responsável pelo processo de busca do sujeito no mundo, a afetividade. Afirmando isto Wallon (2007, p.121) diz que as emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes, que para cada uma, correspondem a certo tipo de situação. Atitudes (alunos) e situação (ginástica geral) correspondente se implicam mutuamente, constituindo uma maneira global de reagir que é tipo arcaico e freqüente na criança. Uma totalização indivisa opera-se então entre as disposições psíquicas, todas orientadas no mesmo sentido, e os incidentes exteriores. Desta maneira fica claro a relação interacionista entre o mundo e as emoções das crianças, como comenta Wallon (2007, p. 121) “[...] é a emoção que dá tom ao real”. Ou seja, que dá sentido ao concreto. As emoções não são produtos herdados geneticamente, mas processos sócio-históricos que se transformam nas relações sociais que vivemos, nas trocas de experiências, nos contatos verbais e não-verbais. Nesse universo de multiplicidades de experiências corporais que a ginástica geral oferece, os sujeitos desejam estabelecer relacionamentos interpessoais e intrapessoal, construindo, assim, sentimentos e valores que os fazem entender melhor as relações sociais que se formam nas aulas. No momento da realização das atividades gímnicas, os alunos se envolvem emocionalmente, fazendo de forma inconsciente que as defesas corporais se transformem em abertura corporal, desenvolvendo cada um o sentimento de confiança em si e no outro, indo de heteronomia para uma autonomia, que é tão importante e indissociável da aprendizagem escolar. Winnicott (1975, p. 142) expõe seu pensamento da seguinte forma: “A palavra confiança [...] demonstra compreensão do que quero significar pela construção da confiança baseada na experiência [...] antes da fruição e do emprego da separação e da independência”. Conclusão Portanto, esta pesquisa é de grande valor instrumental e pedagógico para todos os profissionais da área de Educação Física na Educação Básica. Pois permite que os educadores possam utilizar esse conhecimento não só como um fim. Mas, também como um meio 8 alternativo e dinâmico para o desenvolvimento das crianças nos diferentes níveis de ensino. Isto significa dizer que a ginástica geral pode ser utilizada como conteúdo que tem seus objetivos próprios. Porém, também pode ser utilizada como método de aprendizagem para os outros contéudos que fazem parte da cultura corporal da Educação Física. Referências Bibliográficas AYOUB, Eliana. A ginástica geral na sociedade contemporênea: perspectivas para a educação física escolar. Campinas, SP: [s. n.], 1998. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/cgibin/search.cgi?q=gin%E1stica+geral&wf=000000 00000000800&m=all&topico=7&t=34&ps=50&fmt=long&fl=m&uid=0. Acessado em: 09/08/2011. BERTOLINI, Claúdia Mara. Ginástica geral na escola: uma proposta pedagógica desenvolvida na rede estadual de ensino. Campinas, SP: [s. n], 2005. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000357255. Acessado em: 09/08/2011 GOMES, Josete Aparecida Dantas Germano. Construção de coordenadas espaciais, psicomotricidade e desempenho escolar. Campinas, SP: [s. n], 1998. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000134714. Acessado em: 09/08/2001. GUTIERREZ, Luis Alberto Linzmayer. Formação humana e ginástica geral na educação física. Campinas, SP: [s. n.], 2008. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000434573. Acessado em: 09/08/2011. HENRIQUE, Nelciane Cavalheiro. A ginástica artística na contribuição das variáveis motoras básicas de meninas iniciantes de 7 a 10 anos. Curitiba, PR: [s. n], 2007. Disponível em: http://www.up.com.br/UP/conteudo/1708/monografias-2007.aspx. Acessado em: 09/08/2011. KOREN, Suzana Bastos Ribas. A ginástica vivenciada na escola e analisada na perspectiva da criança. Campinas, SP: [s. n.], 2004. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000365704. Acessado em: 09/08/2011. MARX, Karl. A miséria da filosofia. Tradução de Torrieri Guimarães. São Paulo; Martin Claret, 2008 9 RODRIGUES, William Costa. Metodologia Científica. FAETEC/IST, Paracambi, 2007. Disponível em: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/m/metodologia-cientifica.txt. Acessado em: 09/08/2011. WALLON, Henri. A criança turbulenta: estudo sobre os retardamentos e as anomalias do desenvolvimento motor e mental. Tradução de Gentil Avelino Titton. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. WINNICOTT. D. W. O brincar e a realidade. Tradução de José Octávio de Aguiar Abreu e Vanede Nobre. Copacabana, RJ: Imago, 1975.