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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
Revista Eletrônica Nutritime, Artigo 125
v. 7, n° 05 p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Flávio Alves Damasceno1, Joseane Moutinho Viana1, Ilda de Fátima Ferreira Tinôco1,
Raphaela Christina Costa Gomes1 e Leonardo Schiassi1
1
UFV. Av. PH Rolfs, sn, Centro, Campus Universitário, DEA, CEP 36.570-000, Viçosa, MG. Fone: (31) 3899-1865.
[email protected]
1
UFLA. Campus Universitário, CEP 37.200-000, Lavras, MG. Fone: (35) 3829-1374. [email protected]
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO
AMBIENTE TROPICAL
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
Artigo Número 125
Palavras-chave: búfalos, bem-estar
animal, estresse térmico, clima
INTRODUÇÃO
A domesticação do búfalo
(Bubalus bubalis) se deu entre 2500
e 1400 a. C., particularmente na Índia
e na China, o que denota em uma
longa história de relação com o
homem. Desde então, a criação de
bubalinos espalhou-se pelo mundo,
gerando fontes de alimentação de alto
valor biológico, como leite e carne, e
força de trabalho, principalmente para
populações de países pobres e em
desenvolvimento (Cockrill, 1984).
Considerado
pela
FAO,
Organização das Nações Unidas para
Alimentação,
como
o
animal
doméstico mais dócil do planeta, o
búfalo
é
dotado
de
extrema
versatilidade, podendo adaptar-se a
todas as latitudes e longitudes, nas
mais variadas condições climáticas, do
frio da Europa Oriental aos desertos
da África, nas regiões tropicais da
Amazônia, nos sertões nordestinos e
nas diferentes altitudes, desde as
planícies
às
áreas
montanhosas
(SILVA et al., 2003).
Na classificação zoológica, os
búfalos domésticos pertencem à
família Bovidae, a subfamília Bovinae
(mesma classificação dos bovinos) e a
espécie
Bubalus
bubalis,
sendo
distinto do búfalo africano, Syncerus
caffer e do búfalo americano, Bison
bison (Marques, 2000).
As
raças
bubalinas
são
divididas em dois grupos: o grupo dos
búfalos de rio e o grupo dos búfalos
de pântano. No Brasil, são comuns as
raças
Mediterrâneo,
Murrah,
Jafarabadi e Carabao. Os animais da
raça
Mediterrâneo
têm
origem
italiana, dupla aptidão (carne e leite),
apresentam porte médio e são
medianamente compactos. A raça
Murrah, indiana, apresenta animais
com conformação média e compacta,
cabeças leves e chifres curtos,
espiralados enrodilhando-se em anéis
na altura do crânio. Jafarabadi,
também indiana, é a raça menos
compacta e de maior porte que existe
no mundo, com chifres mais longos e
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
A
bubalinocultura
é
uma
atividade pecuária em considerável
expansão no Brasil, sendo uma
atividade
produtiva
com
fins
econômicos
de
criação
para
a
produção de leite e carne. Os
bubalinos são mais sensíveis que o
bovino à irradiação solar direta e
ambientes com altas temperaturas,
devido principalmente, à cor negra da
pele, menor número de glândulas
sudoríparas e maior espessura da
camada da epiderme. Apesar desses
fatores, os bubalinos são adaptados
aos climas quentes e úmidos dos
trópicos
e
subtrópicos
devido
principalmente,
a
natureza
semiaquática desses animais. Em
locais onde não existe água, a
presença de sombra tem efeito
marcante, pois a evaporação pelo
trato respiratório é um eficiente
mecanismo de perda de calor nos
bubalinos. Com base no exposto,
pode-se concluir que que o número
de instituições científicas que realizam
pesquisas na área de produção animal
com bubalinos vem aumentando e
trazendo novas alternativas para a
atividade,
disponibilizando-as
aos
produtores de forma econômica.
O rebanho bubalino brasileiro
foi introduzido no Brasil ao final do
século XIX, na Ilha de Marajó, Estado
do
Pará,
estando
atualmente
disseminado em todo o País (Amorim
Junior
et
al.,
2002).
Segundo
estimativas recentes, o rebanho
bubalino brasileiro é da ordem de 3
milhões de cabeças (IBGE, 2007),
com o maior índice de crescimento
dentre todos os animais domésticos. É
o maior rebanho bubalino das
Américas e fora do continente
asiático.
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
RESUMO
A criação de ruminantes nos
trópicos contribui para a produção de
alimentos de elevado valor biológico,
como carne e leite (Castro et al.,
2008). A região tropical apresenta
elevados valores de temperatura do
ar, umidade relativa e radiação solar,
além
de
elevados
índices
de
precipitação pluviométrica. Os altos
valores dessas variáveis ambientais,
quando
associadas
ao
manejo
inadequado da pastagem e do animal,
podem ser considerados elementos
estressantes e que prejudicam a
exteriorização do potencial produtivo
dos bovídeos (Nascimento & Moura
Carvalho, 1993; Shalash, 1994;
Paranhos da costa, 2000; Castro et
al., 2008).
Para
a
concretização
do
objetivo deste trabalho foi realizada
uma pesquisa bibliográfica através de
um levantamento teórico documental,
de fontes secundárias, em livros,
artigos e revistas especializadas,
possibilitando
assim,
consolidar
informações relativas à base teórica e
ao segmento estudado.
Adaptação dos
bubalinos ao
ambiente térmico
O búfalo tem se destacado pela
sua capacidade adaptativa aos mais
diversos
tipos
de
ambientes,
principalmente
pela
sua
ampla
distribuição
geográfica,
habitando
desde
regiões
de
baixíssima
temperatura até locais quentes e
úmidos como o norte do Brasil (Costa,
2007). Apesar de serem capazes de
manter uma boa condição corporal em
ambientes adversos, onde os bovinos
não se desenvolvem bem, como
pastagens de baixo valor nutritivo e
campos alagados (Turton, 1991), os
búfalos também se mostram sensíveis
ao calor e, em condições de
temperaturas ambientes elevadas,
apresentam
alterações
nos
parâmetros fisiológicos e queda na
produção e eficiência reprodutiva.
Estes animais são versáteis sob
pastejo
extensivo,
apresentando
menor
adaptação
fisiológica
às
temperaturas
extremas,
quando
comparado aos bovinos. A pele e a
pelagem
preta
dos
bubalinos
absorvem mais os raios solares,
tornando-os menos eficazes para a
dissipação de calor por reflexão da
radiação (Vilares et al., 1979). Além
disso, o búfalo possui apenas 1/16
das glândulas sudoríparas existentes
na superfície da pele dos bovinos,
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Os
bubalinos
podem
ser
criados nas mais diversas condições
climáticas,
muitas
vezes,
apresentando-se como uma opção
para o aproveitamento de áreas da
propriedade às quais os bovinos não
se adaptam. A preferência por regiões
alagadas ou áreas pantanosas é
bastante peculiar para a espécie; isto
ocorre porque os búfalos possuem um
menor
número
de
glândulas
sudoríparas em relação aos bovinos e
sua pele escura apresenta uma
espessa
camada
de
epiderme,
fazendo com que eles sejam menos
eficientes
na
termorregulação
corpórea. Assim, eles procuram a
água para se refrescarem e para se
protegerem do ataque de insetos e
parasitos, motivo pelo qual segundo
Thomas (2004) o Bubalus bubalis
também é chamado de búfalo
aquático.
MATERIAIS E
MÉTODOS
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
de espessura menor, com uma
curvatura longa e harmônica. A raça
Carabao é a única adaptada às
regiões
pantanosas,
estando
concentrada na ilha de Marajó, no
Pará; originária do norte das Filipinas.
Apresenta pelagem mais clara, cabeça
triangular,
chifres
grandes
e
pontiagudos, voltados para cima,
porte médio e dupla aptidão.
Desta forma, observando o
hábito alimentar desses animais e os
fatores climáticos que podem deprimir
o consumo, Lucci (1977) verificou que
o consumo de rações com baixo teor
de volumoso seria mais indicado para
as condições tropicais, em função de
um
menor
incremento
calórico.
Segundo
Hafez
(1973),
rações
compostas
exclusivamente
de
volumoso, traduzem-se em maiores
temperaturas corporais e maiores
frequências respiratórias, em relação
às rações ricas em concentrado.
Tem se verificado também que
o hábito de consumo dos alimentos é
maior no período noturno para que no
período diurno os animais possam
ficar escondidos dos predadores assim
como se proteger dos efeitos adversos
do clima.
As variáveis meteorológicas
afetam os organismos dos animais
direta e indiretamente, através de sua
influência sobre o ambiente físico, o
que inclui os ambientes nutricionais e
bióticos. Com relação à produção
animal, o complexo climático tem
larga influência na regulação da
composição do solo, na produção e
qualidade
de
gramíneas
e
leguminosas,
bem
como
no
desempenho produtivo dos animais
(Fahimuddin, 1975).
a)
Radiação Solar
A radiação solar, dependendo
da intensidade e duração em que os
animais estejam submetidos, pode
afetar seu comportamento e modificar
determinados aspectos fisiológicos,
como a elevação da temperatura
corporal,
frequência
respiratória,
batimentos cardíacos e taxa de
sudorese. Essa energia radiante ao
atingir o animal é convertida em
energia calorífica, e sua tolerância
está em função de características
físicas, tais como a cor do pelo e da
pele, que nos búfalos, por possuírem
coloração
escura,
tornam-se
especialmente sensíveis a esse fator
climático. Quando não são fornecidos
meios
de
aclimatação,
como
sombreamento das pastagens e/ou
fontes de água para banho, podem
reduzir
seu
potencial
produtivo
(Paranhos da Costa, 2000).
b) Temperatura
do
umidade relativa
ar
e
A temperatura é a principal
variável climática que determina a
adaptação dos animais nas mais
variadas regiões, interferindo no
comportamento e metabolismo. O
aumento
do
calor
corporal,
influenciado
por
temperaturas
elevadas, associadas com a radiação
solar intensa, promove a elevação da
frequência
respiratória,
dos
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Os bubalinos são sensíveis às
altas temperaturas, principalmente
aquelas acima de 36,1ºC e a
exposição direta ao sol, apresentando
alterações fisiológicas acentuadas,
para a adaptabilidade ao ambiente
(Misra et al. (1963). Assim, nessas
condições, aumentam a temperatura
corporal, a frequência respiratória e
cardíaca, deprimindo a atividade
metabólica e a atividade da glândula
tireóide (Marchesini et al., 2001).
Consequentemente ocorre a redução
da ingestão de alimentos e do nível de
produção, piorando o desempenho
produtivo. Sabe-se também que
existem formas diversas de dissipação
do calor corporal por radiação,
condução, convecção e evaporação,
utilizadas com maior ou menor
intensidade em função das oscilações
das variáveis climáticas. O estresse
térmico tem influência negativa na
produção de leite, o que ocorre
quando a temperatura média se
aproxima de 24ºC. Além disso, outros
fatores climáticos associadas afetam
os animais sob sistema de pastejo,
tais como a umidade relativa e a
velocidade do vento.
Variáveis climáticas
versus reação dos
animais
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
implicando em maior dificuldade de
dissipar calor através da sudorese.
Trabalhos realizados na Índia
constataram que a zona de conforto
térmico dos bubalinos se encontra em
temperaturas ambiente variando de
15,5ºC a 21,1ºC e, em ambientes em
torno de 23,6ºC esses animais podem
entrar
em
estresse
fisiológico.
Somente passam a utilizar as vias
respiratórias e temperatura retal,
como forma de eliminar o excesso de
calor, em temperaturas acima de
36ºC, atingindo o ponto crítico de seu
mecanismo
termorregulador
(Guimarães et al., 2001). Búfalos
jovens, até um ano de idade, sofrem
com mais intensidade os efeitos de
temperaturas elevadas, devido ao seu
mecanismo de termorregulação não
estar ainda desenvolvido (Baccari
Júnior, 1998).
Avaliando
as
reações
fisiológicas de termorregulação em
bubalinos,
submetidos
a
duas
temperaturas, em ambiente aquecido,
entre 30,9ºC e 36,0ºC e em ambiente
natural, entre 26,2ºC e 32,0ºC, e
duas
dietas,
com
diferentes
proporções de volumoso-concentrado,
Guimarães et al. (2001) observaram
que animais alojados em ambientes
aquecidos (câmaras bioclimáticas)
apresentaram valores superiores de
temperatura retal de 38,3ºC para
39,1°C, frequência respiratória de 22
mov./min. para 48 mov./min. e taxa
de sudorese de 107,3 g m-2 h-1 para
Vieira
et
al.
(1995)
observaram que búfalos da raça
Mediterrâneo, submetidos ao estresse
térmico, apresentaram na média,
39,8°C de temperatura retal, 118
mov./min de freqüência respiratória e
79 g m-2 h-1 de taxa de sudação,
sendo esses resultados mais elevados
do que os encontrados nos búfalos em
termoneutralidade.
Guimarães
et
al.
(2001)
avaliaram as reações fisiológicas de
termorregulação
em
bubalinos
machos,
da
raça
Mediterrâneo,
submetidos a duas temperaturas e a
duas dietas com diferentes proporções
de volumoso e concentrado. Com
base nos resultados, esses autores
concluíram que os bubalinos em
temperatura
ambiente
de
36°C
entram em estresse calórico, mesmo
utilizando suas vias evaporativas,
apresentando valores médios de
temperatura
retal,
frequência
respiratória e taxa de sudação,
36,0°C, 59,0 mov./min. e 47,2 ±
2,58g. m-2.h-1, respectivamente.
Conforto térmico e
estresse animal
É difícil definir o conceito de
conforto térmico animal. Porém,
quando se observa constantemente o
comportamento, saúde e produção, é
possível identificar os agentes de
ordem física e ambiental que atuam
de forma conjunta ou isolada no
organismo animal, influenciando na
sua saúde e no seu desempenho
produtivo (Head, 1995).
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Desse modo, alterações na
temperatura retal e na frequência
respiratória
têm
sido
os
dois
parâmetros mais utilizados como
medida
de
conforto
animal
e
adaptabilidade a ambientes adversos,
ou como medida da eficácia de
modificações ambientais (Hemsworth
et al., 1995)
252,2 g m-2 h-1, respectivamente,
caracterizando estresse calórico, em
relação aos animais do ambiente
natural. Foi constatado, também, que
os
bubalinos
submetidos
à
temperatura acima de 36ºC entram
em
estresse
calórico,
mesmo
utilizando suas vias evaporativas,
como forma de eliminar o excesso de
calor corporal.
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
batimentos
cardíacos,
taxa
de
sudorese e por último, a temperatura
retal.
A
mudança
nessas
características fisiológicas tem o
objetivo
de
dissipar
o
calor
metabólico,
promovendo
o
resfriamento do organismo, mantendo
a temperatura em níveis toleráveis
(MÜLLER, 1989).
O estresse indica uma condição
adversa de ambiente e pode ser
climático (frio ou calor excessivos),
nutricional (falta de água ou alimento)
e devido a problemas provocados por
distúrbios fisiológicos, patológicos ou
tóxicos (Müller, 1989). Outro efeito
indireto é a ocorrência de parasitas e
doenças
ocorrentes
nos
climas
tropicais. As condições ecológicas do
trópico úmido são extremamente
propícias ao desenvolvimento de
doenças parasitárias, especialmente
quando são transmitidas por insetos,
além
dos
endoparasitos
e
ectoparasitos (Fahimuddin, 1975).
Animais em condições de
estresse elevam a produção de
glicocorticóides,
produzidos
pelo
córtex
adrenal,
que
regula
o
metabolismo
dos
carboidratos,
proteínas e lipídios, para obtenção de
glicose, a partir de aminoácidos, por
meio da mobilização e degradação de
proteínas, bem como, inibem a
síntese de ácidos graxos no fígado,
Um
animal
pode
ser
considerado como um complexo de
funções biológicas, coordenadas e
interrelacionadas,
ligadas
intimamente, que mantém as várias
características do corpo, tais como
temperatura, frequência respiratória e
ritmo cardíaco, dentro de certos
limites definidos para cada espécie,
mesmo que as variáveis ambientais
que afetam essas características
estejam oscilando. Ao se encontrarem
sob condições de “estresse”, os
animais
fazem
ajustamentos
substanciais
de
suas
funções
fisiológicas
e
metabólicas,
perturbando seu meio interno, de tal
modo
e
intensidade,
que
seu
comportamento
e
produção
são
afetados
e,
dependendo
da
intensidade e duração, podem levá-lo
à morte (Müller, 1989).
Mecanismo de
adaptação as
variações térmicas
Apesar da adaptabilidade às
mais variadas condições ambientais,
os búfalos possuem particularidades
estruturais e funcionais específicas. A
epiderme é mais grossa que a de
bovinos e usualmente escura, em
virtude da alta concentração de
melanina (FAO, 1991). A densidade
de pelos (n° de pêlos cm-²) da
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Dessa forma, os bubalinos
apresentam determinadas funções
fisiológicas
(temperatura
retal,
frequência respiratória e taxa de
sudorese), destinadas a manter a
temperatura corporal constante. Na
faixa de temperatura ambiental,
denominada de zona de conforto ou
de termoneutralidade, que para a
maioria dos bovídeos se encontra
entre 4°C a 24°C, os animais não
sofrem de estresse térmico, seja por
calor ou frio, gastam o mínimo de
energia e obtém melhor desempenho
produtivo (Müller, 1989).
reduzindo a utilização de glicose nos
tecidos, além de efeito catabólico
sobre os tecidos conjuntivo, ósseo e
órgãos linfáticos, ocorrendo como
consequência, balanço negativo de
nitrogênio animal. Esse processo
bioquímico provoca a perda de peso
nos animais, tendo em vista que não
ocorre a formação e deposição de
músculos ou tecidos, devido a síntese
de proteínas e lipídios dar lugar à
degradação até transformá-los em
moléculas simples, como a glicose,
para
obtenção
de
energia,
prejudicando
dessa
forma
o
crescimento
e
produção
animal
(Encarnação, 1997).
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
Os animais homeotérmicos,
como os bubalinos, são aqueles que
conseguem manter constante sua
temperatura corporal, dentro de
estreitos limites, apesar das grandes
variações na temperatura ambiente. A
temperatura corporal resulta do
equilíbrio entre o ganho e a perda de
calor do corpo (balanço de calor), isto
é, do equilíbrio entre a quantidade de
calor produzida no organismo, ou por
ele absorvida, e a quantidade liberada
para o ambiente (Costa, 2007).
As glândulas sebáceas dos
bubalinos são volumosas e possuem
maior atividade secretória que as de
bovinos. No calor, o sebo por elas
produzido se fluidifica tornando a pele
mais oleosa e favorecendo a reflexão
da radiação solar (Shafie, 2005). As
glândulas sudoríparas são do tipo
apócrina, com uma densidade por
unidade de área da superfície corporal
10 vezes menor que nos bovinos
(Mason, 1974).
Os bubalinos utilizam as vias
respiratórias com maior relevância na
dissipação
de
calor,
quando
comparadas as vias cutâneas. Para
reduzir a produção de calor corporal,
ocorre redução no consumo de
alimento e na concentração de
hormônios tireoidianos no plasma
(Yousef & Johnson, 1985), sendo que
essa
redução
no
consumo
de
alimentos é notada a partir de 34,4°C.
Em virtude das características
da pele, como baixo número de
glândulas sudoríparas e reduzida
Para avaliar a adaptação dos
animais a um determinado ambiente,
devem-se considerar os seguintes
fatores:
a) ambiente: temperatura do
ar, temperatura radiante, radiação
solar, umidade relativa do ar, vento e
pressão atmosférica;
b) capa externa: espessura,
estrutura,
isolamento
térmico,
penetração do vento, ventilação,
permeabilidade
do
vapor,
transmissividade,
emissividade,
absorvidade e refletividade;
c) características corporais:
forma
corporal,
tamanho
e
movimentos,
área
de
superfície
radiante, área exposta à radiação
solar
direta,
emissividade
da
epiderme, absorvidade da epiderme;
d)
respostas
fisiológicas:
temperatura (epiderme, retal), taxa
de sudação, trocas respiratórias,
produção, taxa de crescimento e
desenvolvimento, níveis hormonais
(T3, T4, cortisol).
Importância do
sombreamento das
pastagens
Na produção de carne de
bubalinos, embora menos sensível aos
efeitos do ambiente que a produção
de leite, existe a necessidade de se
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Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Diferentemente do que ocorre
nos bovinos, como os bubalinos
possuem uma reduzida densidade de
pelos, não se forma uma camada de
ar isolante sobre a pele, favorecendo,
desta forma, a dissipação do calor
corporal. Por outro lado, se a pele
escura protege os animais da radiação
ultravioleta do sol, a ausência de uma
camada de pelos reflectiva sobre a
pele torna o animal susceptível às
radiações infravermelhas que são
absorvidas devido à cor escura da
pele. Entretanto, o búfalo é muito
sensível quando exposto à radiação
solar direta, mas em condições de
sombra, ele atua como um típico
“corpo negro” radiador de calor, pois
recupera
seu
equilíbrio
térmico
rapidamente.
quantidade de pelos, o búfalo procura
a imersão na água ou imersão na
lama para manter a homeotermia e
mantendo-se livre do estresse pelo
calor (Costa, 2007). Apesar disso, a
imersão em água não é essencial para
a sobrevivência dos animais dessa
espécie. Esses estudos mostraram
que
búfalos
podem
crescer
normalmente sem a presença de água
para se molharem, desde que sombra
adequada
esteja
disponível.
Em
condições naturais, os bubalinos
procuram a água para imersão
sempre que a temperatura do ar é
superior a 29,0 °C (FAO, 1991).
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
superfície corporal decresce com a
idade, tornando o animal quase glabro
na idade adulta (Costa, 2007). Os
pelos são relativamente longos e
grossos e se implantam na pele,
associados às glândulas sudoríparas e
sebáceas, formando o aparelho pilosebáceo-músculo-sudoríparo.
Alguns
trabalhos
têm
demonstrado que esses búfalos,
criados
em
pastagem,
sem
sombreamento,
visando
o
fornecimento de abrigo nas horas de
maior insolação, apresentam elevação
significativa na temperatura retal
(38,3ºC para 39,1ºC), na frequência
respiratória (22,6 mov. min.-1 para
48,4 mov. min.-1) e taxa de sudorese
(107,3 g. m-2 h-1 para 252,2 g. m-2 h1
), como forma de dissipar o excesso
de calor corporal, em decorrência do
estresse térmico, prejudicando sua
performance produtiva (Paranhos da
Costa, 2000).
De acordo com Costa et al.
(2008),
uma
técnica
bastante
utilizada em regiões de clima tropical
é a adoção de sistemas agroflorestais
(sistemas
agrosilvipastoris
e
silvipastoris) com cultivos anuais,
essências florestais, pastagem e
animais (Veiga & Serrão, 1990;
Lourenço
Júnior
et
al.,
2002)
reduzindo os efeitos negativos da
radiação solar direta nos animais e
melhorando a utilização dos recursos
naturais, com consequente aumento
na produtividade e redução de custos
(Carvalho, 1998; Falesi & Galeão,
2002). Desse modo, seu uso torna a
agropecuária uma atividade intensiva
e sustentável, com rentabilidade, pela
comercialização
de
produtos
e
derivados,
agregando
valor
à
propriedade.
Efeitos Indiretos do
Clima na Produção
Animal
O efeito indireto do clima na
produção de bubalinos refere-se à
quantidade e qualidade dos alimentos,
determinando o ciclo produtivo das
forragens. No período das chuvas, de
modo geral, ocorre excesso de
produção, proporcionando abundância
de forragem de boa qualidade e
palatabilidade,
mantendo
a
continuidade
do
crescimento
da
planta. Porém, durante o período de
estiagem, caracterizado pela reduzida
quantidade de chuvas, as forragens
têm a produção reduzida, tornando-se
mais fibrosas e de baixa qualidade e
palatabilidade, favorecendo oscilações
no crescimento dos
animais e
aumento da idade de abate (Restle et
al., 1996).
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Afirmam Tulloch & Litchfield
(1981) a preferências dos búfalos pela
imersão
em
vez
da
sombra.
Chikamune (1987) concluíram que a
sombra foi menos eficiente do que
aspersão de água e a imersão foi mais
efetiva que aquelas duas técnicas de
manejo ambiental.
Avaliando o desempenho de
novilhos bubalinos, manejados em
diferentes sistemas silvipastoris, um
com pastagem, sob sombreamento de
seringal e outro com bosque de
espécies florestais nativas, Towsend
et al. (2000) observaram que esses
animais apresentaram melhor ganho
de peso que os mantidos em
pastagens, a pleno sol (757, 472 e
dia-1),
337
g.
animal-1
respectivamente, o que demonstra os
efeitos benéficos da sombra das
árvores.
Assim,
pastagens
sombreadas
funcionam
como
excelentes alternativas para elevar o
conforto
dos
animais,
por
dar
condições para elevar a produção de
carne e leite de bubalinos, manejados
nesses sistemas, em comparação com
o manejo tradicional, além de seus
efeitos
benéficos
sobre
a
sócioeconomia e a sustentabilidade
dos ecossistemas regionais (Falesi &
Galeão, 2002).
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
desenvolver
técnicas
menos
sofisticadas que possibilitem elevar a
produtividade desses animais. A fim
de reduzir os efeitos negativos do
clima, o sombreamento das pastagens
torna-se uma técnica eficaz na criação
de búfalos, principalmente nas regiões
tropicais e em áreas onde não
existam fontes de água para banho.
À semelhança dos países
asiáticos, uma das funções mais
importantes dos bubalinos brasileiros
é a produção de leite, contando com
pequenas indústrias de laticínios,
situadas na propriedade ou sob forma
de cooperativas (Teixeira et al.,
2005).
De
acordo
com
Ferreira
(1995), mesmo que a população
brasileira não tenha o costume de
consumir
o
leite
de
búfala
diretamente, o leite bubalino é
destinado à fabricação dos mais
variados tipos de derivados lácteos,
tais como: queijos (Mussarela, Frescal
Marajoara,
Provolone,
Ricota
e
Mascarpone), doce de leite, requeijão,
iogurte, sorvetes, manteiga, dentre
outros.
A superioridade nutricional e
de rendimento industrial do leite da
búfala em relação ao de vaca se deve
à sua composição química que
compreende
maiores
teores
de
proteína, gordura, minerais como o
cálcio e fósforo, bem como mais alto
teor de lactose e cinzas. Essa
composição confere ao leite bubalino,
em relação ao leite bovino, uma
Ainda que a porcentagem de
gordura do leite bubalino supere
aquela do leite de vaca essa gordura,
trata-se do constituinte do leite que
mais sofre influência da raça, do
manejo nutricional, da localização dos
animais e da fase da lactação (Catillo
et al., 2002). A caseína, que
representa aproximadamente 77 a
79% da composição protéica, torna o
leite um alimento de difícil digestão,
motivo pelo qual na Índia ele é
distribuído de forma diluída para o
consumo humano (Teixeira et al,
2005).
Nos últimos anos, a utilização
da sua carne na alimentação e
nutrição humana vem ganhando
destaque, pelas similaridades, e em
alguns casos superioridade nutricional
em comparação com as carnes
convencionais (bovina e de frango).
Na América Latina, especialmente no
Brasil, sua contribuição poderá ser
importante, em pequenas e médias
propriedades rurais (Sales, 1995).
A carne bubalina é muito
semelhante à bovina em proteína,
gordura e sais minerais. Com relação
às
características
físicas,
como
estrutura,
cor,
maciez,
sabor,
capacidade de retenção de água e
palatabilidade, não há muita diferença
depois de preparadas. No entanto, os
teores
de
gordura
inter
e
intramuscular
são
menores
em
bubalinos, o que se constitui grande
vantagem no preparo de alimentos.
Por outro lado, estudo realizado na
Universidade da Florida, demonstrou
que a carne bubalina possui 56%
menos colesterol do que a bovina,
sendo assim, mais indicada para a
nutrição humana (Nascimento &
Moura Carvalho, 1993).
1377
Artigo 125 Volume 07 — Número 05. p.1370-1381, Setembro/Outubro 2010
Segundo a FAO (2006), o leite
bubalino
representa
aproximadamente 10,5% a 12% de
todo o volume de leite produzido no
mundo, sendo que a Índia e o
Paquistão fornecem, respectivamente,
60% e 30% desse total. Diferente do
que se pode observar em qualquer
outro lugar, nesses países a produção
de leite de búfalas em larga escala é
uma realidade e na Índia e no
Paquistão, respectivamente, esse tipo
de leite responde por 55 e 75% do
total produzido. A Índia produz mais
de 84 milhões de toneladas de leite
dos quais 80% se originam em
pequenas propriedades com rebanhos
que variam de 2 a 8 animais,
geralmente criados em conjunto com
bovinos leiteiros (Thomas, 2004).
acidez titulável com valores mais
elevados, sabor levemente mais
adocicado e uma coloração totalmente
branca em função da ausência total
de
pigmentos
carotenóides
(Benevides, 1999).
ADAPTAÇÃO DE BUBALINOS AO AMBIENTE TROPICAL
Produtos: Leite e
carne
CONCLUSÕES
Com base no exposto, pode-se
concluir que a bubalinocultura está
em franco desenvolvimento em todo o
Brasil podendo ser uma opção para
produção de leite e carne para muitos
pecuaristas.
O
crescimento
da
bubalinocultura na última década
ilustra
todo
o
potencial
desta
atividade
e
a
diminuição
do
preconceito que infelizmente ainda
existe por esta surpreendente espécie
animal.
O número de instituições
científicas que realizam pesquisas na
área de produção
animal com
bubalinos
vem
aumentando
e
trazendo novas alternativas para a
atividade, sendo que grande parte dos
conhecimentos
tecnológicos
adquiridos por essas instituições
científicas
necessários
para
o
desenvolvimento
produtivo
da
bubalinocultura estão disponíveis para
os produtores de forma econômica.
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