OBESIDADE INFANTIL
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição
Departamento de Atenção Básica
Secretaria de Atenção à Saúde/ Ministério da Saúde (CGAN/DAB/SAS/MS)
Estado nutricional das crianças < 5 anos no Brasil (%)
20
17,7 18,4
16
13,4 14,3
PNDS 2006*
12
6,8
8
4
4,2
7,4
4,2
Sisvan Web 2014**
Bolsa Família 2014**
1,6
0
Baixo peso
Baixa estatura
Excesso de peso
A taxa anual de declínio da desnutrição infantil é igual a 6,3% (PNDS 1996 – 2006)
A desnutrição infantil nas formas aguda (baixo peso) e crônica (déficit de crescimento) e excesso de peso são
mais prevalentes nas crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família.
*Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006
** Módulo Gerador de Relatórios do Sisvan Web - 2013.
Prevalência de excesso de peso e obesidade– Crianças
de 5 a 9 anos
Excesso de peso
34,8%
10,9% 8,6%
ENDEF
74-75
32%
15% 11,9%
PNPS
1989
POF
2008-9
Obesidade
16,6%
2,9% 1,8%
ENDEF
74-75
4,1%
11,8%
2,4%
PNPS
1989
*As estimativas do ENDEF não levam em conta domicílios rurais das regiões
Norte e Centro-Oeste. A PNSN não inclui os domicílios rurais da Região Norte.
POF
2008-9
Meninos
entre 5 e 9
anos
Meninas
entre 5 e 9
anos
Prevalência de excesso de peso e obesidade Adolescentes
Excesso de peso
21,5%
3,7% 7,6 %
ENDEF
74-75
7,7%
19,4%
13,9%
PNPS
1989
POF
2008-9
Meninos
entre 10 e
19 anos
Obesidade
5,8%
0,4% 0,7%
ENDEF
74-75
1,5%
4,0%
2,2%
PNPS
1989
*As estimativas do ENDEF não levam em conta domicílios rurais das regiões
Norte e Centro-Oeste. A PNSN não inclui os domicílios rurais da Região Norte.
POF
2008-9
Meninas
entre 10 e
19 anos
Consumo alimentar em crianças brasileiras
•
Prevalências de aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses: 41%
Mediana: 54,1 dias
• Prevalências de aleitamento materno em menores de 12 meses: 58,7%
Mediana: 341,5 dias
Frequencia semanal de consumo em crianças de 6 a 24 meses
Não comeu
1 a 3 vezes
4 a 6 vezes
Todos os dias
66,1
58,4
44,0
42,7
34,3
33,8
29,0
22,9
33,0
28,0
26,3
28,5
18,3
14,3
13,5
8,3
Alimentos fritos
Doces
15,5
11,1
6,2 6,9
3,8 3,9
Iogurte
42,0
Biscoitos
*II Pesquisa Nacional de Prevalência de Aleitamento Materno – Brasil 2009.
# Bortolini, 2014.
Salgadinho de
pacote
9,6
Refrigerantes ou
sucos artificiais
Determinação Multifatorial e Social do Sobrepeso e
Obesidade
ASPECTOS
BIOPSICOLÓGICOS
ASPECTOS
CULTURAIS
OBESIDADE
ASPECTOS
AMBIENTAIS
ASPECTOS
SÓCIOECONÔMICOS
Evidências Científicas
• Ações efetivas para prevenção da obesidade infantil englobam
diversas estratégias conjuntas de incentivo, proteção e apoio à
alimentação adequada e saudável
Abordagens baseadas na população para prevenção da obesidade
infantil (OMS, 2012):
Componente governamental (desenvolvimento de liderança, políticas que envolvam o
componente de saúde, recursos financeiros para promoção da saúde, capacidade
profissional, etc)
Componente com iniciativas para criação de ambientes saudáveis (regulamentação,
medidas fiscais, campanhas, rotulagem, restrição para marketing infantil, medidas
estruturais)
Componente de intervenções na comunidade (ações intersetoriais, multicomponentes,
envolvimento com a realidade local, participação dos diversos equipamentos – de
saúde, escolas etc).
Custo efetividade das ações para
prevenção da obesidade infantil
DOMINANTES
(benefícios financeiros e ganhos em saúde)
Redução da propaganda de alimentos não saudáveis
Programa escolar de educação para reduzir consumo de
bebidas adoçadas**
Ações escolares multicomponentes (EAN, envolvimento
familiar, atividades escolares)**
Ações escolares multicomponentes com atividade física
(componentes de educação + componente de atividade física
+ envolvimento familiar) **
Ações para reduzir tempo frente à televisão**
Ações de saúde junto às famílias (ações de educação, terapia
familiar, etc) **
*Magnus A, Haby MM, Carter R, Swinburn B. The cost-eff ectiveness of removing television advertising of high-fat and/or high-sugar
food and beverages to Australian children. Int J Obes (Lond) 2009; 33: 1094–102.
**Department of Health, Victoria, Australia. ACE-Obesity. Assessing cost-eff ectiveness of obesity interventions in children and adolescents.
Summary of results. Melbourne: State Government of Victoria, 2006.
Plano de Ação para Prevenção da Obesidade em
Crianças e Adolescentes – OPAS/OMS
• META:
– Conter a epidemia de obesidade em crianças e adolescentes.
• LINHAS DE AÇÃO ESTRATÉGIAS:
– Atenção primária a saúde e promoção do aleitamento materno e alimentação
saudável;
– Melhoria de ambientes de nutrição e atividade física escolar;
– Políticas fiscais e regulamentação do marketing e rotulagem de alimentos;
– Outras ações multisetoriais (acesso a espaços urbanos recreativos, aumento
da disponibilidade e acessibilidade de alimentos nutritivos)
– Vigilância, pesquisa e avaliação.
Crianças de até
dois anos
Gestantes
“1000 dias” – Janela de
oportunidade para intervenções
que visam potencializar o pleno
desenvolvimento e contribuir para
aumentar o capital humano de
um país.
O QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE
VEM FAZENDO PARA PREVENÇÃO
DA OBESIDADE?
Plano de Ações Estratégias para o Enfrentamento das Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022
Eixos estratégicos:
1.
2.
3.
Vigilância, informação, avaliação e monitoramento.
Promoção da saúde.
Cuidado Integral de DCNT.
Algumas ações intersetoriais:
• Escolas como espaço de promoção de
alimentação saudável.
• Aumento da oferta de alimentos saudáveis.
• Regulação da composição nutricional de
alimentos processados.
• Redução dos preços dos alimentos saudáveis.
• Implantação do Plano Intersetorial de
Controle e Prevenção da Obesidade.
• Regulamentação
da
publicidade
de
alimentos.
Metas:
• Reduzir a prevalência de obesidade em
crianças.
• Reduzir a prevalência de obesidade em
adolescentes.
• Deter o crescimento da obesidade em
adultos.
ESTRATÉGIA INTERSETORIAL DE
PREVENÇÃO E CONTROLE DA OBESIDADE
1. Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e
saudáveis
2. Educação, comunicação e informação;
3. Promoção de modos de vida saudáveis nos
ambientes/ territórios;
4. Vigilância Alimentar e Nutricional e das práticas
de atividade física da população;
5. Atenção integral à saúde do indivíduo com
excesso de peso/obesidade;
Elaborado no âmbito da Câmara Interministerial
de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN)
6. Regulação e controle da qualidade e inocuidade
dos alimentos.
Organizar as orientações de forma articulada, conjunta e intersetorial para o
enfrentamento do sobrepeso e obesidade e seus determinantes no País.
Consultas de Pré Natal
Recomendação de no mínimo 6 consultas:
Até 28ª semana – mensalmente.
Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente.
Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
Consultas de primeiros dois anos de vida
Recomendação de no mínimo 9 consultas:
na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês,
9º mês e 12º mês,18º mês e no 24º mês)
Oportunidade para:
-Avaliação do estado nutricional
- Aconselhamento nutricional
- Suplementação com micronutrientes
UBS
Ações de Promoção do Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar
Rede Brasileira de Bancos de leite:
Rede organizada e exitosa na coleta, processamento e
distribuição de leite humano para crianças prematuras.
Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC
Promover, proteger e apoiar a amamentação, no âmbito das
maternidades, aplicando os critérios globais.
Implementação dos "Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento
Materno“.
Qualificação do processo de trabalho dos
profissionais da atenção básica para o fortalecimento
das ações de promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno e a alimentação complementar
saudável para crianças menores de dois anos.
Ações de Promoção do Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar
- Campanhas nacionais para Promoção do Aleitamento
Materno e para a doação de leites
- Regulamentação da Lei nº 11.265/2006
Controlar da publicidade indiscriminada dos alimentos e
produtos que concorrem com a amamentação
- Método Canguru
Fortalecer a atenção Humanizada ao Recém-Nascido
em maternidades brasileiras
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável - Impactos
comprovados na Saúde da Criança
Aos 12-16 meses de idade
- Redução do risco de cárie dental em 48%
Feldens CA, Vitolo MR, Drachler ML. Community Dent Oral Epidemiol. 2007 Jun;35(3):215-23.
- Redução do risco morbidade respiratória em 41%
Vitolo MR, Bortolini GA, Campagnolo PDB, Feldens CA,Preventive Medicine 2008; 47:384-388.
- Redução de uso de medicamentos de 44%
- Redução do risco de diarreia de 32%
Vitolo MR, Bortolini GA, Feldens CA, Drachler ML; Cad Saude Publica 2005 Sep-Oct;21(5):1448-57.
- Melhora do padrão alimentar (maior consumo de carne e ferro heme, menor consumo de LV)
Bortolini GA, Vitolo MR; J Pediatr (Rio J). 2012;88(1):33-9:
- Redução do uso de chupeta em 16%
Feldens CA, Ardenghi TM, Cruz LN, Scalco GP, Vítolo MR. Community Dent Oral Epidemiol. 2013 Aug;41(4):317-2
- Redução do consumo de alimentos ricos em açúcar (40%) e gordura (50%)
Vitolo MR, Bortolini GA, Campagnolo PD, Hoffman DJ. J Nutr Educ Behav. 2012 Mar-Apr;44(2):140-7.
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável – Impactos
comprovados na Saúde da Criança
Aos 3-4 anos e aos 7-8 anos de idade
- Redução do risco de cárie dental em 22% aos 3-4 anos
Feldens CA, Giugliani ERJ, Duncan BB, Drachler ML, Vıtolo MR. Community Dent Oral Epidemiol 2010; 38: 324–332.
- Melhora da qualidade da alimentação (avaliada pelo IAS) aos 3-4 anos
Vitolo MR, Rauber F, Campagnolo PDB, Feldens CA, Hoffman DJ. J. Nutr. 140: 2002–2007, 2010.
-Redução do consumo de alimentos de elevada densidade energética aos 3-4 anos
- Melhora do perfil lipídico (HDL e TG) aos 7-8 anos
Louzada ML, Campagnolo PD, Rauber F, Vitolo MR. Pediatrics. 2012 Jun;129(6):e1477-84.
INÍCIO DO PROCESSO DE REVISÃO.
CHAMAMENTO PÚBLICO DE PROFISSIONAIS E
PESQUISADORES DA ÁREA.
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
CAMPANHA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
http://promocaodasaude.saude.gov.br/
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Descrição contínua e predição de tendências das condições de
alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes.
Sistemas
informatiza
dos
VAN nos
serviços de
saúde
Programa Bolsa Família
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
Fortalecimento das ações voltadas ao desenvolvimento
integral dos educandos e da relação entre escolas e UBS para
o enfrentamento de vulnerabilidades que comprometem o
desenvolvimento e a saúde integral.
Possibilidade de identificação de escolares em risco
nutricional.
Ações desenvolvidas:
Componente I – Avaliação das Condições de Saúde
Componente II – Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos Essenciais
Componente III - Educação Permanente e Capacitação de profissionais da educação nos temas da
saúde
Componente IV - Monitoramento e Avaliação da Saúde dos estudantes
Componente V - Monitoramento e a Avaliação do PSE
Mais de 18 milhões de alunos em 4.787 municípios
19.999 escolas com creche que participam do programa
Semana Saúde na Escola 2012 e 2013: Prevenção da
obesidade
PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE
Contribuir para a promoção da saúde e produção do cuidado e de modos de
vida saudáveis da população a partir da implantação de polos com
infraestrutura e profissionais qualificados.
 Portaria nº 2.681, de 7/11/2013.
 Portaria nº 2.684, de 8/11/2013.
Situação até abril de 2015:
 3790 polos habilitados para construção
 450 iniciativas reconhecidas como
similares ao Programa
 1165 polos concluídos
 332 polos custeados
Fonte: SISPAG/SAS/MS.
Meta até 2019:
* 3.378 polos custeados
* 3.790 polos concluídos
CANTINAS ESCOLARES SAUDÁVEIS
REPERCUSSÃO DA RESOLUÇÃO DO
CONANDA
Tema do ENEM 2014
Apoio de movimentos sociais e
conselhos
Resolução do CONANDA como um marco para
regulamentação da publicidade – concretiza
diretrizes e recomendações de diversas políticas
públicas
O que pode ser feito a partir da
resolução 163?
• Envio de nota técnica para os secretários
estaduais de saúde
• Divulgação para rede de atenção à saúde dos
estados e municípios
• Elaboração de informe técnico para divulgação
na Redenutri
Nota Técnica sobre a resolução
- importância que os profissionais de saúde
conheçam acerca da abusividade da publicidade de
alimentos destinada às crianças
- informar e alertar às famílias sobre a nocividade
acerca da publicidade, sobre as legislações
existentes que protegem os consumidores e sobre os
mecanismos e órgãos de denúncia disponíveis
Mobilização nas Conferências de 2015
OBRIGADA
COORDENAÇÃO GERAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
[email protected]
TEL. 0 55 61 3315-9004
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Obesidade Infantil - Centro de Apoio Operacional das Promotorias