UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras” DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO PARQUE DOS ESTADOS EM SANTA TEREZINHA DE ITAIPU – PR FABIANA GONÇALVES DOS SANTOS Foz do Iguaçu - PR 2012 FABIANA GONÇALVES DOS SANTOS DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO PARQUE DOS ESTADOS EM SANTA TEREZINHA DE ITAIPU – PR Trabalho Final de Graduação apresentado à banca examinadora da Faculdade Dinâmica das Cataratas (UDC), como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Ambiental e Sanitário. Prof. Orientador: Fabiano de Souza Foz do Iguaçu – PR 2012 TERMO DE APROVAÇÃO UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BAIRRO PARQUE DOS ESTADOS EM SANTA TEREZINHA DE ITAIPU – PR TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ENGENHARIA AMBIENTAL Acadêmico(a): Fabiana Gonçalves dos Santos Orientador: Fabiano de Souza Nota Final Banca Examinadora: Prof(ª). Marisa Pereira Duarte Grando Prof(ª). Leonardo Strey Foz do Iguaçu, 23 de novembro de 2012. DEDICATÓRIA As pessoas que sempre estiveram comigo, a família e aos amigos pela compreensão e ajuda. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por sempre estar ao meu lado, me ajudando que eu chegasse até aqui. A minha família pela compreensão. A equipe Ambiental Costa Oeste pela oportunidade, pela compreensão e pela ajuda com o trabalho, compartilhando comigo o conhecimento. Ao meu orientador, Fabiano de Souza, pela imensa ajuda com o trabalho. Aos professores por sempre nos passarem as melhores lições. Aos meus amigos que tornaram os dias mais fáceis Gabriela de Abreu, Graziele Daniel, Douglas Piovesani, Leticia Moura, Wendy Fu, Lilian Caroline. EPÍGRAFE “Se fizer planos para o ano, plante uma semente; se fizer planos para dez anos, plante uma árvore; se fizer planos para cem anos, dê educação ao povo.” Kuang Chung SANTOS, Fabiana Gonçalves dos. Diagnóstico Da Arborização Urbana No Bairro Parque Dos Estados Em Santa Terezinha De Itaipu – Pr. Foz do Iguaçu, 2012. Projeto de Trabalho Final de Graduação - Faculdade Dinâmica de Cataratas. RESUMO A arborização urbana é um assunto de suma importância, que vem crescendo cada vez mais quando se trata de problemas urbanos. Um dos principais objetivos das árvores no meio urbano é a melhoria da qualidade de vida nas cidades. O planejamento da arborização urbana deve primeiramente passar por um diagnóstico para avaliar sua atual situação. O diagnóstico permite a identificação de espécies e os mais variados conflitos e problemas ligados ao mau planejamento. O município de Santa Terezinha de Itaipu não possui nenhum estudo técnico que visa o planejamento da arborização urbana. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a arborização urbana do bairro Parque dos Estados, do município de Santa Terezinha de Itaipu – PR, por meio da realização do inventário florestal censo total. Para o levantamento dos dados foi percorrida uma área de 1 km2, considerando todas as vias públicas do bairro Parque dos Estados e contabilizadas 1.943 árvores de 82 espécies diferentes, dentre essas, as com maior predominância são Ligustro (Ligustrum lucidu), Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), Ipê Amarelo (Handroanthus achraceus) e Siraricito (Cojoba sophorocarpa). Além da análise das espécies, foram avaliadas a fitossanidade, largura do passeio, podas que danificam as árvores, galhos que interferem na fiação elétrica, raízes expostas, interferência no trânsito e a conclusão sobre a espécie, se essas precisam de manejo ou até mesmo serem substituidas. Palavras-chave: inventário florestal, árvores, qualidade de vida. SANTOS, Fabiana Gonçalves dos. Diagnosis of the urban arborization in Parque dos Estados neighborhood, in Santa Terezinha de Itaipu - PR. Foz do Iguacu, 2012. Project to Completion of Course Work - Faculdade Dinâmica de Cataratas. ABSTRACT The urban arborization is an extremely important topic, which is being dicussed more and more when it comes to problems urban. A major objective of the trees in the urban environment is improving the quality of life in cities. The planning of urban arborization must go through first a diagnostic to assess its current situation. The diagnosis allows the identification of species and a wide variety of conflicts and problems associated to poor planning. The city of Santa Terezinha de Itaipu has no technical study aimed to urban arborization planning. This study aimed to evaluate the urban arborization in Parque dos Estados neighborhood, in Santa Terezinha de Itaipu-PR, by conducting forest inventory total census. For the survey data was traversed an area of 1km2, considering all public roads in Parque dos Estados neighborhood,and accounted 1943 trees of 82 different species, among these, the highest prevalence are Ligustro (Ligustrum lucidu), Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), Ipê amarelo (Handroanthus achraceus) and Siraricito (Cojoba sophorocarpa). Besides the analysis of the species, plant, sidewalk width, damaging pruning trees, branches that interfere electrical wiring, exposed roots, interference in traffic and conclusion about the species were also evaluated, if these need managementor even be substituted. Keywords: forest inventory, trees, quality of life 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fiação aérea em Curitiba – PR...................................................................23 Figura 2: Mapa do Bairro Parque dos Estados adaptado..........................................26 Figura 3: Imagem de satélite do Bairro Parque dos Estados.....................................26 Figura 4: Gráfico com a porcentagem das espécies..................................................31 Figura 5: Gráfico da relação de espécies nativas e exóticas.....................................32 Figura 6: Gráfico da condição fitossanitária...............................................................34 Figura 7: Gráfico da largura do passeio.....................................................................35 Figura 8: Passeio entre 0 e 1,5 metros de largura.....................................................36 Figura 9: Passeio maior que 3 metros........................................................................37 Figura 10: Gráfico do problema com raiz...................................................................38 Figura 11: Raízes destruindo o passeio.....................................................................38 Figura 12: Árvore sem área livre para desenvolvimento............................................39 Figura 13: Gráfico de conflito com a rede elétrica e iluminação pública....................40 Figura 14: Árvore interferindo na fiação elétrica........................................................40 Figura 15: Gráfico da poda.........................................................................................42 Figura 16: Gráfico de interferência no trânsito...........................................................43 Figura 17: Gráfico da conclusão sobre o espécime...................................................44 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Indicação de porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas.21 Tabela 2: Classificação das árvores...........................................................................27 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 13 2.1 PLANEJAMENTO URBANO ............................................................................ 13 2.2 ARBORIZAÇÃO URBANA ............................................................................... 13 2.3 ESPÉCIES PARA ARBORIZAÇÃO URBANA ................................................. 16 2.3.1 Espécies exóticas ....................................................................................... 17 2.4 PODAS ............................................................................................................ 18 2.5 SUBSTITUIÇÃO ARBÓREA ........................................................................... 20 2.6 LEGISLAÇÃO ................................................................................................. 20 2.7 CALÇADAS ..................................................................................................... 21 2.8 FIAÇÃO ........................................................................................................... 22 2.9 FITOSSANIDADE ............................................................................................ 23 2.10 INVENTÁRIO FLORESTAL EM ARBORIZAÇÃO URBANA .......................... 24 3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 25 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................... 25 3.2 CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL ........................................................... 26 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 31 4.1 LEVANTAMENTO DE DADOS ........................................................................ 31 4.1.1 Espécies encontradas ........................................................................ 31 4.1.2 Condição fitossanitária ....................................................................... 33 4.1.3 Largura do passeio ............................................................................ 34 4.1.4 Raízes ................................................................................................ 37 4.1.5 Fiação ................................................................................................ 40 4.1.6 Poda ................................................................................................... 41 4.1.7 Interferência no trânsito ..................................................................... 42 4.1.8 Conclusão sobre o espécime ............................................................. 43 11 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 47 ANEXO I.................................................................................................................... 54 APÊNDICE I .............................................................................................................. 57 12 1 INTRODUÇÃO A arborização urbana é um assunto de suma importância, que vem crescendo cada vez mais quando se trata de problemas nas cidades, por isso é um grande desafio para a administração municipal o planejamento e a manutenção da arborização que já está em nível adequado. Um dos principais objetivos da arborização urbana é a melhoria da qualidade de vida nas cidades. Como a maioria da população vive em meio urbano, as árvores são essenciais para amenizar a poluição do ar causada pelos automóveis, manter a temperatura mais agradável, minimizar os ruídos além da função estética, e proteção do solo contra erosão. Atualmente pode-se observar a falta de planejamento em relação à arborização urbana. A falta de fiscalização dos órgãos públicos responsáveis, conscientização e sensibilização da população pela arborização urbana acarretam no plantio de espécies em locais irregulares, onde raízes causam a quebra de calçadas e galhos entram em conflito com a fiação elétrica. O planejamento da arborização urbana deve primeiramente passar por um diagnóstico para avaliar sua atual situação. O diagnóstico permite a identificação de espécies e os mais variados conflitos e problemas ligados ao mau planejamento da arborização urbana. O município de Santa Terezinha de Itaipu não possui nenhum estudo técnico que visa o planejamento da arborização urbana, porém o Plano Diretor Municipal traz algumas diretrizes em relação ao assunto. Espera-se com esse trabalho mostrar a importância da arborização nos centros urbanos, instigando a preocupação do poder público para a melhoria nesse setor. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a arborização urbana do bairro Parque dos Estados, do município de Santa Terezinha de Itaipu – PR, por meio da realização do inventário florestal censo total e assim demonstrar os principais problemas e conflitos das espécies existentes, bem como de espaços vazios que necessitam de plantio. 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 PLANEJAMENTO URBANO O planejamento urbano é uma atividade futurista, prevendo o desenvolvimento de um processo e a partir deste prevenir-se contra problemas e aproveitar os benefícios (SOUZA e RODRIGUES, 2004). Segundo Maglio (2005) apud Silva (2009), o planejamento urbano surgiu no Brasil após a exigência da elaboração dos planos diretores municipais, que se define como normas para uso do solo, sendo por conta dos municípios, desde o levantamento das condições reais atuais até as definições para execução de projetos futuros que visem o desenvolvimento urbano. Há também a Lei 10.257/2001, o Estatuto da Cidade que estabelece normas e uma série de instrumentos urbanísticos, que visam o desenvolvimento como também o equilíbrio ambiental. Nos países em desenvolvimento e em todo o mundo a rápida urbanização intensifica os problemas ambientais urbanos, esse crescimento desordenado causa alterações em fatores naturais, como clima, hidrografia, solo e ar, comprometendo a qualidade de vida (RODRIGUES, 2007). A vegetação tem sido muito importante para a melhoria das condições de vida nos centros urbanos e com o crescimento da população nas cidades, nos deparamos com a falta de planejamento urbano (LIRA FILHO, 2005). A falta de planejamento é uma constante no desenvolvimento das cidades, principalmente quando se trata das áreas verdes, geralmente tratadas em segundo plano, quando não são abandonadas (LOBODA e DE ANGELIS, 2005). 2.2 ARBORIZAÇÃO URBANA O termo arborização urbana acabou sendo muito mais difundido no Brasil confundido algumas vezes com as definições de floresta urbana. A arborização urbana remete a um padrão de distribuição de árvores em um território urbano 14 (ROSSETTI, PELLEGRINO e TAVARES, 2010). O histórico do conceito de floresta urbana confere à expansão das cidades e a demanda crescente de métodos e técnicas que podem ser aplicados ao conjunto arbóreo destes espaços (MAGALHÃES, 2006). O que se conhece sobre arborização urbana é por meio do ajardinamento da paisagem. Foi derivada do plano de reurbanização de Paris, no século XVIII, implantado por Haussman, que foi copiado e é adotado em todo o mundo (SILVA, GONÇALVES e PAIVA, 2007). Essa é um componente importante para tornar um ambiente físico saudável e está relacionada com a presença de espécies vegetais em espaços públicos como parques, ruas, avenidas, jardins e praças (ROSSATTO, TSUBOY e FREI, 2008). Dantas e Souza (2004) abordam a arborização urbana como um fator determinante da salubridade ambiental, pois tem influência direta ao bem estar do ser humano, em virtude dos benefícios que proporciona ao meio. Segundo Quadros e Frei (2009), as áreas verdes urbanas contribuem para absorção de ruídos, amenizam o calor do sol, filtram partículas sólidas em suspensão no ar e contribuem para a formação e o aprimoramento do senso estético. Dentre os benefícios que um centro urbano arborizado traz para a população da cidade, estão os benefícios estéticos, constituindo uma harmonia paisagística, resultando em melhorias climáticas e ambientais, equilibra a temperatura, graças à sombra e a evapotranspiração, sem falar nos efeitos psicológicos (antiestresse), fisiológicos, econômicos (agregando valor às propriedades) e sociais (COLTRO e MIRANDA, 2007). Devido a função de melhorar as condições de conforto ambiental da população, as árvores vêm ganhando um grande destaque nos órgãos públicos (MADRUGA et al., 2007). Deve ser ressaltado também que, além dos benefícios ao homem, à arborização de cidades também desempenha importante função ecológica salvaguardando a identidade biológica regional (BLUM, BORGO e SAMPAIO, 2008). Nas últimas décadas, a arborização urbana, que constitui elemento de suma importância para obtenção de níveis satisfatórios de qualidade de vida, vem tendo um interesse e uma preocupação elevada por parte da população com o meio ambiente (FARIA, MONTEIRO e FISCH, 2008). 15 Por um lado é inegável a qualidade de vida quando se arboriza uma cidade, por outro, não é tão simples a inserção dessas espécies no meio urbano, já que o mesmo não é o habitat mais apropriado para as plantas (SILVA et al., 2007). Segundo Amir e Misgav (1990) apud Dantas e Souza (2004) quando se planeja a arborização, deve ser levantada a caracterização física de cada rua para a definição de critérios que são condicionados a escolha das espécies adequadas para cada região. Esses critérios são divididos em três tipos: o primeiro considera o aspecto visual-espacial, que define o tipo de árvore adequada ao local em termos paisagísticos, o segundo leva em conta as condições físicas e biológicas que o local oferece ao crescimento das árvores e o terceiro critério avalia quais espécies que seriam mais adequadas para melhorar o micro clima e outras condições ambientais. Assim, para que a arborização cumpra com seus benefícios estéticos e funcionais são necessários esforços concentrados não somente no plantio e na manutenção, mas também na produção de mudas. A qualidade das mudas irá refletir no desenvolvimento das espécies e em menos intervenções nas árvores adultas em relação ao meio, principalmente no uso indiscriminado de podas (BIONDI, LEAL e COBALCHINI, 2007). Nas áreas urbanas, os solos podem apresentar um conjunto de modificações nas suas propriedades, que dificultam a implantação e a manutenção da arborização (MORAIS, 2011). Segundo Pivetta e Silva Filho (2002) há vários fatores que impedem o desenvolvimento de uma árvore na área urbana como a compactação do solo, depósito de resíduos de construção e entulhos no subsolo, pavimentação das ruas e calçadas impedindo a penetração do ar e das águas de chuvas e a poluição do ar. A falta de conhecimento sobre as espécies na hora de implantar o plano de arborização traz problemas à população como copas que invadem janelas de residências e raízes profundas que invadem redes de água, esgoto, eletricidade e telefonia (FIEDLER et al., 2007). O plantio sem o conhecimento necessário se dá sem a interferência do poder público, pois a população adquiri mudas de árvores no mercado varejista e efetua o plantio sem planejamento prévio (ROSSETTI, PELLEGRINO e TAVARES, 2010). 16 As mudas para o uso na arborização urbana são denominadas mudas altas, elas devem ter a altura total de no mínimo 2,50 m (ARAUJO e ARAUJO, 2011). Já o Manual de Normas Técnicas de Arborização Urbana (2007), determina que o tamanho das mudas deve ser de no mínimo 1,80 m, pois menores são vulneráveis a ações climáticas e não apresentando raízes defeituosas que poderão prejudicar o desenvolvimento ou a segurança da planta quando adulta. O espaço físico deve ser distribuído de forma correta, para permitir que árvores e redes aéreas ou subterrâneas, cumpram suas funções de forma harmoniosa (SANTANA e SANTOS, 1999). 2.3 ESPÉCIES PARA ARBORIZAÇÃO URBANA O aspecto mais importante a ser considerado na arborização urbana é a escolha da espécie a ser plantada, Para isso deve-se analisar o espaço disponível, presença ou não de fiação, largura da calçada e o recuo predial (RIBEIRO, 2009). Dantas e Souza (2004) descrevem que o uso correto das plantas é essencial na arborização, sendo que o uso indevido de espécies poderá causar uma série de prejuízos tanto para o ser humano quanto para empresas prestadora de serviços de rede elétrica, esgotos e telefonia. Além da escolha da espécie a ser plantada, faz-se necessário entender as variáveis que podem acontecer com o espaço que a arborização esta inserida (ROSSETTI, PELLEGRINO e TAVARES, 2010). Preocupações técnico-científicas relativas a esse assunto, nestas duas últimas décadas, ficaram mais evidentes, o que motivou a realização de alguns trabalhos pontuais, produzindo assim, novos conhecimentos do comportamento de árvores e espécies em áreas urbanas (KURIHARA, ENCINAS e DE PAULA, 2005). Em todo trabalho de arborização em centros urbanos, procura-se a diversificação das espécies para evitar a monotonia e criar diferentes pontos de interesse e também evitar problemas com pragas e doenças (PIVETTA e SILVA FILHO, 2002). 17 No trabalho de Christo e Dias (2007), no município de Prudentópolis – PR, num total de 3.329 árvores, foram identificadas 58 espécies, catalogadas na área abrangida pelo estudo, destacando uma quantidade significativa de Tipuãnas (Tipuana tipu), representando 38,42% do total das árvores. Segundo Milano e Dalcin (2000) apud Lira Filho (2005), para um bom planejamento da arborização urbana, cada espécie não deve ultrapassar cerca de 10-15% do total de árvores. 2.3.1 Espécies exóticas Consideradas a segunda maior causa de extinção de espécies do planeta, as espécies exóticas afetam a biodiversidade, a saúde humana e a economia (BLUM, BORGO E SAMPAIO, 2008). No inventário realizado por Dantas e Souza (2004) em Campina Grande – PB, na determinação das espécies foi verificado que a arborização é composta por 48,8% por árvores nativas e 51,2 % exóticas. Na cidade de Brasília há uma grande variedade de espécies na arborização urbana, introduzidas pelos programas de arborização, mas também foram implantadas espécies exóticas originárias de diversas partes do país e do exterior, que, na sua maioria, não se adaptaram às condições climáticas e de solo. A falta de conhecimento sobre essas espécies nos projetos de arborização, fez com que algumas dessas árvores provocassem problemas à população, como raízes profundas invadindo as redes de água, esgoto, eletricidade e telefonia, também a existência de copas que invadem as janelas das residências (FIEDLER et al., 2007). Segundo Eletropaulo (1995) apud Dantas e Souza (2004), quando há dúvida sobre qual espécie escolher para a arborização de vias públicas, indica-se considerar a origem da espécie, dando preferencia as que já estejam adaptadas ao local, como as nativas, podendo-se optar pelas espécies exóticas quando essas estejam aclimatadas com as condições locais. No Plano de Arborização do Município de Pato Branco – PR, realizado pela empresa Ambiental Costa Oeste (2012), consta que a maioria das espécies encontradas nos municípios são exóticas, isto se deve a questão da ornamentação, 18 pois muitas espécies exóticas apresentam sua estética diferenciada, se adaptam muito bem ao solo e clima da região com crescimento rápido. Com base na arborização urbana de Maringá é importante salientar que nem toda espécie exótica traz prejuízos ambientais e sociais. O ideal seria utilizar somente espécies nativas da região, não só por motivos ecológicos como também para valorizar a riqueza florística regional, mas existem espécies exóticas que se mantêm onde foram plantadas sem se tornarem invasoras (BLUM, BORGO e SAMPAIO, 2008). Deve-se observar que algumas espécies contém restrições em relação ao plantio, por exemplo, a planta Murta (Murraya paniculata), arbusto de grande valor estético e bem adaptado que tem seu plantio proibido conforme a Lei Estadual N° 15.953 (PARANÁ, 2008). Tal proibição se dá pois a espécies é um dos principais hospedeiros da bactéria Candidatus liberibacter ssp que causa doença nas espécies citricas. 2.4 PODAS A poda das árvores significa a retirada de galhos, para que esta ação não seja tão traumática, deve-se observar algumas características importantes dos galhos em relação ao resto do conjunto (SEITZ, 1995). As podas que são realizadas pelo poder público e pela concessionária de energia elétrica visam mais a prevenção de acidentes do que a manutenção das árvores (LIRA FILHO, 2005). Em Brasília, as equipes que realizam as podas contam com operadores de motosserra e auxiliares, carregadores de galhos, motoristas e encarregados (FIEDLER et al., 2007). A poda mal realizada é uma agressão a um organismo vivo, o qual possui estrutura e funções definidas difíceis de recompor depois de danificadas (SEITZ, 1995). Há três tipos de podas que podem ser realizadas para melhor desenvolvimento da árvore, a primeira é a poda de formação que consiste em melhorar a aparência ou valor estético, outra é a poda de manutenção ou limpeza 19 que é realizada para manter a árvore saudável e evitar futuros problemas, e por fim a poda de segurança para manter a população e bens materiais seguros (ARAUJO e ARAUJO, 2011). Árvores de grande porte não atrapalham as fiações quando as podas de condução são bem executadas, deixando uma área na copa sem presença de galhos que permite à fiação passar através dela (ROSSETTI et al., 2010). A poda é feita como tratamento na condução da muda, que consiste na remoção de partes da planta, como brotações e galhos, mas também podem ser realizadas em raízes, flores e frutos, sendo assim, em mudas, as podas fazem parte dos tratamentos para assegurar plantas com estruturas fortes e com menor necessidade de podas corretivas na fase adulta (HARRIS, 1992 apud BIONDI, LEAL e COBALCHINI, 2007). Segundo o Manual Técnico de Poda (2002) o afloramento de raízes se dá pela redução de aeração do solo, seja pela impermeabilização ou pela compactação do solo, com isso a poda tem sido empregada para solucionar transtornos provocados pelo afloramento das raízes, mas essa prática deve ser evitada na arborização urbana, pois compromete a estabilidade da árvore e diminui a absorção de água e sais minerais, que futuramente pode comprometer a estrutura da árvore. Para evitar a poda de raiz deverá ser feito o plantio de árvores adequadas, canteiros com área de 2 a 3 m2 ou de acordo com o porte da árvore e a preparação de uma cova ampla para o plantio (0,60 x 0,60 x 0,60 cm) para que permita um bom enraizamento. O fato de a capacidade de regeneração das raízes ser mais limitada que os galhos nas árvores, sua poda deve ser realizada com muito critério (VELASCO, 2003). De acordo com o Manual Técnico de Poda (2002), há algumas recomendações para a realização do corte de raízes como evitar o corte de raízes grossa, raízes fortes e também não eliminar todas ao redor da árvore, pois a regeneração se torna lenta e compromete a estabilidade do indivíduo; não realizar corte de raízes próximas ao tronco e sim a uma distância mínima de 50 cm e abrir uma valeta com cuidado para expor a raiz a ser cortada. Já o Manual de Normas Técnicas de Arborização Urbana (PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRACICABA, 2007), diz que para a poda de raízes deve-se abrir uma trincheira para a remoção da terra no entorno da raiz e cortar com cuidado uma 20 parte da raiz. As raízes são mais sensíveis do que os galhos, pois a árvore está adaptada a perder galhos em ambiente natural, ao contrario das raízes. No trabalho de Crhisto e Dias (2007), realizado em Prudentópolis – PR, os riscos de raízes foram divididos em muro danificado, calçada e casa danificadas, tráfego de pedestre prejudicado e ausência de riscos. Os riscos apresentaram apenas 4,76% de ocorrência, com ausência de risco de 95,24%, não houve ocorrências de problemas de casas danificadas por raízes e somente um caso de muro danificado. Foram relatados vários casos de calçadas danificadas e problemas no tráfego de pedestres causados pelas raízes. 2.5 SUBSTITUIÇÃO ARBÓREA Laera (2005) diz que deve haver a substituição das árvores em declínio vegetativo, quando comprovado que essas já exerceram sua função ambiental. No trabalho de Bortoleto, Silva Filho e Lima (2006), no município de São Pedro – SP há preocupação com a substituição dos indivíduos condenados e mortos, aqueles que estão plantados em locais inadequados e àqueles que não são propícios ao ambiente local. No município de Toledo – PR, foram identificadas 90.000 árvores, dessas, 55,99% serão substituídas e os outros 44,01% estão de acordo com a arborização urbana (AMBIENTAL COSTA OESTE, 2012). 2.6 LEGISLAÇÃO O município de Santa Terezinha de Itaipu não possui legislação específica sobre arborização urbana, onde o tema é tratado em dispositivos inseridos no Plano Diretor Municipal. O Plano Diretor do município abrange os seguintes dispositivos: Código Ambiental, Código de Obras, Código de Posturas, Parcelamento Condomínio, Parcelamento do Solo, Perímetro Urbano, Sistema Viário e Zoneamento. 21 No capitulo II da Lei Complementar nº. 117 (PM STI, 2006), que institui o Código Ambiental no município de Santa Terezinha de Itaipu, a seção I trata sobre Plantio, Relocação, Corte ou Poda de Árvores. (ANEXO I). Na Lei Complementar 106 (PM STI, 2005) que institui o Código de Posturas, a subseção III trata o tema Das Árvores e da Arborização Pública (ANEXO I). 2.7 CALÇADAS Não se recomenda arborizar as ruas estreitas, deve-se considerar a largura das calçadas de forma a definir o porte da árvore a ser utilizada (PIVETTA e SILVA FILHO, 2002), como mostra a tabela abaixo. Tabela 1 – Indicação de porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas Largura da Rua Rua Estreita (<7m) Rua Larga (>7m) Largura da Calçada <3m Recuo das Edificações (4m) Sem recuo Com recuo >3m Sem recuo Com recuo >3m Sem recuo Com recuo Fonte: Miranda (1970) apud Pivetta e Silva Filho (2002). Porte de Árvore Recomendado Pequeno Pequeno Médio Médio Grande O manual de recomendações técnicas para projetos de arborização urbana e procedimentos de poda (PREFEITURA DE ARUJÁ, 2010) determina que para se evitar transtornos e prejuízos, o plantio de árvores deve ser feito somente em calçadas com largura mínima de 2,40 m onde não é obrigatório o recuo das edificações e onde o recuo for obrigatório, de 1,50 m. Milano e Dalcin (2000), em seu estudo, apontam que áreas cujo pavimento é de concreto, devem ter pelo menos 1m² de espaço livre para que as árvores tenham boas condições para se desenvolverem e não danificarem as infraestruturas urbanas. No trabalho de Matos et al. (2011), foi observado que 57,24% das árvores com pavimento de concreto, não possuíam área livre para seu desenvolvimento. 22 Essa relação de falta de espaço livre ocasionou muitos danos ao calçamento no bairro do Pontal da Cruz, em São Sebastião – SP, onde 40,46% das árvores causavam algum tipo de dano, variando desde simples rachaduras a quebra total das calçadas. 2.8 FIAÇÃO “A disputa entre as árvores nas calçadas e as redes elétricas pelo mesmo espaço, é sem dúvida um dos principais problemas existentes na arborização de uma cidade” (CORRÊA, BORGES e NOGUEIRA, 2009). Nas cidades, o plantio de árvores deve ser compatível com a fiação aérea existente na malha urbana (LIRA FILHO, 2005). As árvores deverão ser plantadas para que a copa não interfira futuramente no cone de luz que as luminárias públicas projetam, nos locais onde já existe árvores os postes deverão respeitar as mesmas, sendo adequados as condições do local e, nos locais onde não há iluminação e nem arborização, os órgãos públicos deverão elaborar um projeto para ambos (PREFEITURA DE ARUJÁ, 2010). Silva et al. (2002) em seu estudo de arborização urbana em um bairro da cidade de Uberlândia - MG, constataram que quanto ao posicionamento, a favor ou contra a rede elétrica, não há diferenças significativas entra uma condição e outra. Identificaram 667 indivíduos plantados atrapalhando a rede elétrica, que somam 50,2%, e 662 indivíduos que não atrapalham, somando 49,8%, mas a maioria das árvores do local ainda são jovens e, quando adultas poderão apresentar conflitos com a rede elétrica. No inventário florestal de Christo e Dias (2007), no município de Prudentópolis – PR, os riscos da copa em relação à rede elétrica sobrepuseram os outros fatores de risco como sinalização de transito, tráfego de veículos e pedestres, nas casas e na ausência de riscos. Com o constante crescimento das cidades será cada vez mais difícil ter um sistema de distribuição de energia eficiente e resistente, e nessas regiões será cada vez mais difícil à instalação e a manutenção dessas. Em Curitiba há uma grande “teia” de fios que atravessa a paisagem urbana, juntamente com postes que 23 dividem espaços com árvores, fachadas de prédios e calçadas causam uma poluição visual, como mostra a Figura 2. Para esse tipo de fiação, a aérea, é imprescindível a necessidade de podas e, diante dessas dificuldades é necessário outro tipo de distribuição de energia, a rede subterrânea, que soluciona os problemas de rede tradicional (NAKAGUISHI e HERMES, 2011). Figura 1: Fiação aérea em Curitiba – PR Fonte: NAKAGUISHI e HERMES, 2011 Atualmente, já existem cidades que adotaram a mudança nas redes de distribuição de energia elétrica para redes do tipo compacta e não mais aérea convencional para um melhor convívio com a arborização, como é o caso da cidade de Maringá/PR que tem praticamente 100% de suas redes alteradas (VELASCO, 2003). 2.9 FITOSSANIDADE Refere-se à fitossanidade, à condição de sanidade da árvore (CARO et al., 2009). São necessárias práticas sistematizadas de manutenção, dentre elas a poda, que deve ser conduzida por profissionais para que as árvores cumpram com 24 suas funções na arborização urbana, mantendo-se em estado adequado e sadio, (MARTINS, ANDRADE E DE ANGELIS, 2010 apud MILANO e DALCIN, 2000). “Por razões estéticas e fitossanitárias, deve-se estabelecer o número de espécies a utilizar e a proporcionalidade de uso de cada espécie, em relação ao total de árvores a serem plantadas” (REDIN et al., 2010). No trabalho de Rodolfo Júnior et al. (2008), foi analisada a fitossanidade dos indivíduos inventariados e observouse que em dois bairros não foram registradas árvores mortas, e sim em estado bom e regular. Silva et al. (2002), em sua análise da fitossanidade, encontrou 93,7% de árvores sadias, 4,8% apresentaram algum tipo de doença e 1,5% com poda radical. 2.10 INVENTÁRIO FLORESTAL EM ARBORIZAÇÃO URBANA O inventário florestal apresenta o meio mais seguro de se obter informações precisas sobre o patrimônio arbóreo, evidenciando a sua importância (SILVA, PAIVA e GONÇALVES, 2007). Para o conhecimento da arborização urbana, é necessária uma avaliação que depende da realização de um inventário que tem como objetivo conhecer o patrimônio arbustivo e arbóreo do local, sendo fundamental para o planejamento e manejo da arborização, trazendo informações sobre a necessidade de poda, de tratamentos fitossanitários ou de remoção e plantios (LIRA FILHO, 2005). Os principais tipos de inventários são o inventário parcial ou por amostragem que avalia de 2 a 10% da população das árvores, e o inventário completo ou censo que avalia 100% das árvores (ARAUJO e ARAUJO, 2011). A coleta de dados do inventário deve ser a mais precisa possível, feita por meio de formulário de registro de dados codificados, utilizando planilhas eletrônicas ou em papel (MORAIS, 2011). Normalmente, consta no inventário florestal, a identificação e o número de espécies que ocorrem, altura da planta, altura do primeiro galho ou da bifurcação, tipo de raiz, diâmetro da copa, condição geral da planta, distância da árvore do meio fio e das construções e espaçamentos entre as árvores (PIVETTA e SILVA FILHO, 2002). 25 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO O trabalho foi realizado no município de Santa Terezinha de Itaipu – PR, que fica a 619 km da Capital do Estado, Curitiba, localizado a Oeste do estado do Paraná, está geograficamente localizada a 25°25‟25‟‟ de latitude Sul e 54°25‟25‟‟ de longitude Oeste, com altitude média de 270 metros. O município faz divisa a Oeste com a cidade de Foz do Iguaçu, a Leste com a cidade de São Miguel do Iguaçu, ao Norte encontra-se o Lago de Itaipu, a 14 km da cidade, onde há o Terminal Turístico Alvorada e ao Sul faz divisa com o Parque Nacional do Iguaçu (PM STI, 2012). Os meses com maior índice de precipitação são outubro, novembro, dezembro, janeiro fevereiro, abril e maio e os de menor são julho e agosto. O índice pluviométrico médio anual é de 1900 mm (IAPAR, 2011). Santa Terezinha de Itaipu pertence ao Terceiro Planalto do Paraná ou Planalto de Guarapuava, situando-se entre a Bacia do Iguaçu e a Bacia do Paraná III. Os materiais que formam o solo e o subsolo do município são oriundos da decomposição das rochas basálticas. O clima se apresenta como Subtropical Úmido Mesotérmico, verões quentes com tendência de concentração das chuvas (temperatura média superior a 22°C), invernos com geadas pouco frequentes (temperatura média inferior a 18°C), sem estação seca definida (SEDU, 2009). Santa Terezinha de Itaipu possui uma área total de 259 km 2. A área usada para estudo foi o bairro Parque dos Estados, situado ao Oeste do município. O bairro em questão, como mostra a Figura 2 e Figura 3, possui uma área de 1,04 km2. 26 Figura 2: Mapa do bairro Parque dos Estados adaptado. Figura 3: Imagem de satélite do bairro Parque dos Estados. Fonte: Google Earth, 2012 3.2 CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL O município de Santa Terezinha de Itaipu possui uma população de 20.834 habitantes. 27 Segundo dados do IBGE (2010) há um predomínio da população urbana sobre a população rural, sendo 18.832 habitantes na área urbana e 2002 na área rural. O bairro estudado é residencial, possuindo assim uma população de aproximadamente 3.400 habitantes, com predomínio de habitantes de classe média. 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente trabalho foi realizado no bairro Parque dos Estados do município de Santa Terezinha de Itaipu. O diagnóstico quantitativo e qualitativo da arborização da região urbana estudada foi feito por meio de enumeração completa dos indivíduos da população, ou seja, censo total. Cada espécime foi identificada e enumerada, sendo que, para cada uma foram analisadas as condições de fItossanidade, largura do passeio, problema de raiz, conflito com fiação elétrica, poda e interferência no trânsito. Cada característica avaliada foi codificada para facilitar o preenchimento da planilha em campo. A Tabela 2 apresenta a codificação utilizada na avaliação qualitativa. Tabela 2 – Classificação das árvores Fitossanidade Largura Passeio 1-condenada Problemas Conflito com Poda Interferência Conclusão sobre com raíz rede elétrica no trânsito a espécie 0-ausente 0-destroem 0-inexistente 0-não 0-pedestres necessita 2-ruim 1-até 1,5m 1-apontam 1-interfere 3-regular 2-entre 1,5 2-danificam e 3m 2-irá interferir 4-boa 3-superior a 3m 3-ausente 3-ausente 1-árvore 1-veículos podada 2-necessita 2-ambos de poda 3-poda 3-ausente danificada 4-poda drástica 5-poda em „‟V‟‟ 0-manejo 1-sai 2-substitui 3-fica 28 A metodologia utilizada foi a mesma do Plano de Arborização do Município de Toledo (AMBIENTAL COSTA OESTE PROJETOS TÉCNICOS E CONSULTORIA LTDA, 2012). Para a coleta de dados quali-quantitativos viabilizadores destas informações, foi utilizado aparelho tablet, por meio de software do tipo planilha de dados e GPS do modelo GPSmap 62s GARMIN. Essa planilha é específica, e para facilitar a coleta e o processamento de dados utilizam-se apenas códigos numéricos. A seguir pode ser observado cada item da tabela e o que significa cada código numérico: 1. Número, localização e identificação das amostras. Identificação da Amostra: anotou-se o nome da amostra e a data da coleta dos dados. Número do individuo amostrado: é o numero de sequência da planilha 2. Identificação da espécie Espécie: identificou-se a espécie amostrada. A identificação foi feita in loco através do conhecimento empírico dos pesquisadores, e quando não foi possível à identificação in loco, foi coletado a maior quantidade de dados possíveis para posteriormente fazer a identificação em laboratório. 3. Condição Fitossanitária Na avaliação da condição fitossanitária temos os seguintes itens: 1 – Quando a árvore está condenada. 2 – Quando a árvore apresenta uma condição fitossanitária ruim. 3 – Quando a árvore apresenta uma condição fitossanitária regular. 4 - Quando a árvore apresenta uma condição fitossanitária boa. 29 4. Largura do Passeio A largura do passeio tem os seguintes códigos numéricos: 0 – Ausência de para passeio. 1 – Passeio existente com largura de até 1,5 metros. 2 – Passeio existente com largura entre 1,5m ate 3 metros. 3 – Passeio existente com largura superior a 3 metros. 5. Problemas com Raiz Os problemas com raízes tiveram os seguintes códigos numéricos: 0 – Árvores com raízes superficiais que destroem calçadas. 1 – Árvores com raízes superficiais sem danos a calçadas. 2 – Árvores com raízes superficiais e que danificam parcialmente as calçadas. 3 – Árvores com raízes superficiais ausentes. 6. Conflito com a rede elétrica e iluminação pública Os problemas com a fiação elétrica e iluminação foram identificados com os seguintes códigos numéricos: 0 – Rede elétrica ou iluminação pública inexistente. 1 – Árvore interferindo na rede elétrica ou na iluminação pública. 2 – Rede elétrica existente, árvore não interferindo, porém pelo seu porte ou tamanho irá interferir. 3 – Interferência ausente. 7. Poda Para a prática de poda, foram analisados os seguintes parâmetros: 30 0 – Não necessita de poda, pois não interfere na fiação nem no passeio. 1 – Poda realizada recentemente em árvores adultas. 2 – Necessita de poda, pois interfere na fiação elétrica, passeio, trânsito, entre outros. 3 – Poda realizada por pessoa não qualificada, deformando a árvore. 4 – Árvore praticamente sem folhas e galhos, o que pode causar a morte da mesma. 5 – Poda em “V” para não encostar na fiação elétrica. 8. Interferência trânsito Este parâmetro obteve resultados tanto para trânsito de veículos como trânsito de pedestres, e tem os seguintes códigos numéricos: 0 – Árvore com interferência no trânsito de pedestres. 1 – Árvore com interferência no trânsito de veículos. 2 – Árvore com interferência no trânsito de veículos e pedestres. 3 – Árvore sem interferência no trânsito de veículos e pedestres. 9. Conclusão sobre o espécime A conclusão sobre o espécime trata da situação atual de cada um e o que será necessário para melhorar o desempenho. 0 – Árvore necessita de manejo. 1 – Árvore precisa ser retirada. 2 – Árvore precisa ser substituída. 3 – Árvore adequada 31 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 LEVANTAMENTO DE DADOS 4.1.1 Espécies encontradas Para o levantamento dos dados foi percorrida uma área de 1 km2, considerando todas as vias públicas do bairro Parque dos Estados. Ao todo, foram contabilizadas 1.934 árvores, totalizando 82 espécies diferentes (Apêndice I), além de 706 pontos vazios com potencial para futuros plantios. No trabalho de Christo e Dias (2007), num total de 3.329 árvores, foram identificadas 58 espécies, catalogadas na área abrangida pelo estudo, destacando uma quantidade significativa de Tipuãnas (Tipuana tipu) compondo a arborização urbana, que representa 38,42% do total das árvores. No município de Pato Branco PR, será necessário o plantio de 24.535 árvores, em um total de 70.000 em todo o município. O gráfico da Figura 4 ilustra a quantificação das espécies encontradas no bairro. Figura 4: Gráfico com a porcentagem das espécies. 32 Observa-se que as espécies predominates são Ligustro (Ligustrum lucidum) (16,6%), Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) (16,86), Ipê Amarelo (Handroanthus achraceus) (9,72%) e Siraricito (Cojoba sophorocarpa) (6,36%). As demais espécies citadas no gráfico acima correspondem a menos de 5% cada, que é uma porcentagem significativa, tendo em vista que algumas espécies não são adequadas para plantio no passeio. Dentre essas que não são adequadas estão o Ficus (Ficus benjamina) (3,67%), Manga (Filicium decipiens) (4,81%) e Ligustro (Ligustrum lucidum). A Manga (Filicium decipiens) não é uma espécie adequada para arborização urbana pois possui frutos pesados que podem causar acidentes. O Ligustro (Ligustrum lucidum) é uma espécie exótica e foi introduzida na região por proporcionar grande sombreamento e também por ter rápido crescimento, que acarreta em conflitos na fiação elétrica (SILVA, 2008). Já o Ficus (Ficus benjamina), segundo Melo, Lira filho e Rodolfo Junior (2007), é prejudicial à estrutura viária da cidade, sendo observados danos a calçadas, calçamento e conflitos com as redes aéreas. As espécies citadas como “outros” são várias espécies que foram encontradas em quantidades pequenas. Foi observado na pesquisa que as espécies Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) e Ligustro (Ligustrum lucidum) predominam o local, com mais de 15% cada do total de árvores. Segundo Milano e Dalcin (2000) apud Lira (2005), para um bom planejamento da arborização urbana, cada espécie não deve ultrapassar cerca de 10-15% do total de árvores. Algumas das espécies classificadas como “outras” no gráfico, tem destaque pelas suas características na arborização urbana. Dentre elas está a Murta (Murraya paniculata) (1%), que é uma espécie exótica e está proibida no estado do Paraná. Tal proibição se dá pois a espécies é um dos principais hospedeiros da bactéria Candidatus liberibacter ssp que causa doença nas espécies citricas (Lei Estadual N° 15.953 – de 24 de setembro de 2008). Outra espécie que se destaca é o Flamboyant (Delonix regia) (1%) que não é indicada para arborização urbana, pois seu sistema radicular é agressivo com raízes tabulares superficiais e produzem muitas vagens de tamanho grande que podem causar ferimentos ou danos materiais (AMBIENTAL COSTA OESTE, 2012). A Nêspera (Eriobotrya japonica) (1%) e a Goiaba (Psidium guajava) (1%) são espécies exóticas invasoras, proibidas pela Portaria IAP nº 95/2007. 33 O gráfico da figura abaixo mostra a relação entre espécies nativas e exóticas encontradas na área de estudo. Observa-se que há um número maior de espécies exóticas. Figura 5: Gráfico da relação de espécies nativas e exóticas. 4.1.2 Condição fitossanitária Para a condição fitossanitária, foi observado (Figura 6) que 89,76% das árvores apresentam boa condição de sanidade. As demais árvores apresentaram algum tipo de doença ou praga, o que acusou fitossanidade regular (8,43%), ruim (1,45%) ou condenada (0,36%). 34 Figura 6: Gráfico de condição fitossanitária. Esses indivíduos com índices ruins, cuja a fitossanidade comprometa o meio ambiente e a população local, deverão ser substituidos por outros. No trabalho de Bortoleto, Silva Filho e Lima (2006), no município de São Pedro – SP há preocupação com a substituição dos indivíduos condenados e mortos, aqueles que estão plantados em locais inadequados e àqueles que não são propícios ao ambiente local. No trabalho de Rodolfo Júnior et al. (2008) foi analisada a fitossanidade dos indivíduos inventariados e observou-se que em dois bairros não foram registradas árvores mortas, e sim em estado bom e regular. 4.1.3 Largura do passeio As calçadas são importantes para segurança dos pedestres e ainda mais para pessoas portadoras de necessidades especiais de locomoção. A arborização urbana deve estar em harmonia com as calçadas, e para isso devem obedecer alguns critérios, como largura do passeio. O gráfico da Figura 7 apresenta os resultados da largura do passeio no local de estudo. 35 Figura 7: Gráfico da largura do passeio. Em 2,49% dos pontos analisados não há passeio, o que prejudica os pedestres e também ha árvores que não podem ser plantadas nestes locais. A largura de passeio mais estreita (0 a 1,5 m) foi encontrada em 11,83% dos pontos analisados (Figura 8), sendo uma largura muito inferior a proposta no manual de recomendações técnicas para projetos de arborização urbana e procedimentos de poda (PREFEITURA DE ARUJÁ, 2010), que determina que para se evitar transtornos e prejuízos, o plantio de árvores deve ser feito somente em calçadas com largura mínima de 2,40 m, e mesmo assim são plantadas árvores sem o conhecimento técnico. 36 Figura 8: Passeio entre 0 e 1,5 metros de largura Passeio com 1,5 a 3 metros de largura são 41,55% e maiores que 3 metros 44,14% dos pontos analisados (Figura 9), que estão de acordo com o manual de recomendações técnicas para projetos de arborização urbana e procedimentos de poda (PREFEITURA DE ARUJÁ, 2010). 37 Figura 9: Passeio maior que 3 metros. 4.1.4 Raízes O gráfico da Figura 10 mostra a atual situação das raízes das árvores do local de estudo. Como se pode observar, 89,29% das árvores não apresentam problemas com raízes, o que é um número positivo. Há casos de árvores com raízes que apontam na superfície do solo (8,59%), essas não danificam o passeio, mas futuramente podem crescer e causar estragos. 38 Figura 10: Gráfico do problema com raiz. Observou-se também o número de árvores que quebram e destroem o passeio com suas raízes, 1,81% e 0,31% respectivamente, sendo casos que apresentaram pequena porcentagem, mas que causam riscos aos pedestres, além de destruir as calçadas e o pavimento, conforme ilustra a Figura 11. Essa árvore (Ficus benjamina), além de ser de grande porte, apresenta raízes demasiadamente grandes para a arborização urbana. Figura 11: Raízes de ficus destruindo o passeio. 39 No trabalho de Crhisto e Dias (2007), os riscos de raízes foram divididos em muro danificado, calçada e casa danificadas, tráfego de pedestre prejudicado e ausência de riscos. Os riscos apresentaram apenas 4,76% de ocorrência, com ausência de risco de 95,24%, não houve ocorrências de problemas de casas danificadas por raízes e somente um caso de muro danificado. Foram relatados vários casos de calçadas danificadas e problemas no tráfego de pedestres causados pelas raízes. Entre os danos causados pelas árvores nas calçadas, a falta de espaço para a árvore se desenvolver é um deles. No trabalho de Matos et al. (2011), foi observado que 57,24% das árvores com pavimento de concreto, não possuíam área livre para seu desenvolvimento. Essa relação de falta de espaço livre ocasionou muitos danos ao calçamento no bairro do Pontal da Cruz, onde 40,46% das árvores causavam algum tipo de dano, variando desde simples rachaduras a quebra total das calçadas. A Figura 12 retrata a destruição de calçada por não haver espaço livre para seu desenvolvimento. Figura 12: Árvore sem área livre para desenvolvimento. 40 4.1.5 Fiação Segundo Lira Filho (2005), nas cidades, o plantio de árvores deve ser compatível com a fiação aérea existente na malha urbana. No local de estudo, onde há fiação (Figura 13), 28,39% das árvores estão em conflito com a mesma, como mostra a Figura 14, e 10,50% das árvores, que ainda não são adultas, irão interferir. Figura 13: Gráfico do conflito com a rede elétrica e iluminação pública. Figura 14: Árvore interferindo na fiação elétrica. 41 As ruas do município possuem fiação elétrica somente em um lado, somando assim 43,17% das árvores sem fiação sobre as mesmas. E 17,49% não atrapalham a fiação elétrica, por serem árvores de pequeno porte. Lima et al. (2002) em seu estudo de arborização urbana em um bairro da cidade de Uberlândia – MG, constataram que quanto ao posicionamento, a favor ou contra a rede elétrica, não há diferenças significativas entra uma condição e outra. Identificaram 667 indivíduos plantados atrapalhando a rede elétrica, que somam 50,2%, e 662 indivíduos que não atrapalham, somando 49,8%, mas a maioria das árvores do local ainda são jovens e, quando adultas poderão apresentar conflitos com a rede elétrica. O problema com fiação elétrica é um dos mais comuns na arborização urbana. As únicas ferramentas para sanar o problema é o planejamento de espécies. Quando a poda for prejudicar a árvore, deverá se realizada a substituição da mesma e, em outros casos, a mudança da rede elétrica aérea para subterrânea. Atualmente, já existem cidades que adotaram a mudança nas redes de distribuição de energia elétrica para redes do tipo compacta e não mais aérea convencional para um melhor convívio com a arborização, como é o caso da cidade de Maringá/PR que tem praticamente 100% de suas redes alteradas (VELESCO, 2003). 4.1.6 Poda O gráfico da Figura 15 mostra a situação das árvores do municipio em relação a poda. Observa-se que entre os resultados, 46,39% das árvores não necessitam de poda, pois são árvores jovens e de pequeno porte que não interferem no trânsito de pedestres e veículos e nem na fiação elétrica ou ainda, árvores que foram recentemente manejadas pela Prefeitura Municipal. A Prefeitura Municipal possui um cronograma de poda, sendo ela realizada entre os meses de maio a setembro e também à realiza quando o morador faz a solicitação e a mesma é aprovada. 42 Figura 15: Gráfico de poda Os casos de poda prejudicada e poda drástica, 3,06% e 3,43% respectivamente, são realizadas por moradores não instruidos para a prática e sem a autorização da Prefeitura Municipal. Esse ato prejudica a fitossanidade da árvore que, dependendo da quantidade de galhos que são retirados, a árvore não consegue recuperá-los e acaba morrendo. Árvores de grande porte não atrapalham as fiações quando as podas de condução são bem executadas, deixando uma área na copa sem presença de galhos que permite à fiação passar através dela (ROSSETTI et al., 2010). Esse tipo de poda tem o nome popular de poda em “V”, que no estudo totalizou 3,89%. A prática tem por fim não podar toda a árvore para não danificá-la e nem realizar a supressão da mesma, porém, não é aconselhada, pelo dano causado a estética. 4.1.7 Interferência no trânsito Os galhos das árvores, quando não manejados corretamente, podem atrapalhar o trânsito de veículos e pedestres. No caso dos veículos, os galhos das árvores invadem a área da rua, podendo assim, quando o veículo trafegar, bater de encontro ao galho. A maioria desses galhos atrapalham caminhões, por estarem mais altos. Na área de estudo apenas 6,10% (Figura 16) dos indivíduos interferem no trânsito. 43 Figura 16: Gráfico de interferência no trânsito. O trânsito de pedestres é prejudicado pelas árvores (5,33%) quando as mesmas não estão plantadas corretamente da calçada e seus galhos são baixos, fazendo com que os pedestres tenham que desviar. Algumas árvores, por sua vez, interferem tanto o trânsito de veículos como o de pedestres simultaneamente, que somou 2,95% do total. Foi observado que 85,62% das árvores não interferem o trânsito de pedestres e veículos, um número consideravelmente aceitável. Há três tipos de podas que podem ser realizadas para melhor desenvolvimento da árvore, a primeira é a poda de formação que consiste em melhorar a aparência ou valor estético, outra é a poda de manutenção ou limpeza que é realizada para manter a árvore saudável e evitar futuros problemas, e por fim a poda de segurança para manter a população e bens materiais seguros (ARAUJO e ARAUJO, 2011). Esses três tipos de poda auxiliam na preparação e manutenção das árvores para a mesma não interferir no trânsito de veículos e pedestres. 4.1.8 Conclusão sobre o espécime Após serem analisadas as características citadas acima, foram observadas também, conforme mostra o gráfico da Figura 17, quais árvores precisavam de manejo (12,62%), quais precisavam ser retiradas (6,57%), quais iriam 44 ser substituídas (30,35%) e quais ficariam, ou seja, que estão adequadas ao local (50,47%). Figura 17: Gráfico da conclusão sobre o espécime O manejo refere-se às árvores que necessitam de poda por estar interferindo no passeio e no trânsito de veículos, também na fiação elétrica que por sua vez pode causar acidentes. A substituição ou supressão arbórea deverá ser realizada em árvores que cuja espécie não é adequada para arborização urbana, por possuírem raízes que destroem calçadas, copas que interferem na fiação elétrica e árvores que estão com a fitossanidade comprometida. Essas serão substituídas por espécies adequadas que não trarão problemas futuramente. Segundo o art. 25 da Lei Complementar n° 117/2006 (Código Ambiental), a licença para relocação, derrubada, corte ou poda de árvores será concedida quando constatar-se que o espécime em questão apresenta, no mínimo, uma das seguintes características: I - causar dano relevante, efetivo ou iminente, a pessoas ou edificação; II - apresentar risco iminente à integridade física do requerente ou de terceiros; III - causar obstrução incontornável à realização de obra de interesse público. No município de Toledo – PR, foram identificadas 90.000 árvores, dessas, 55,99% serão substituídas e os outros 44,01% estão de acordo com a arborização urbana (AMBIENTAL COSTA OESTE, 2012). Na área de estudo do presente 45 trabalho, 50,47% das árvores não precisarão ser substituídas, estando de acordo com o ambiente. 46 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A porcentagem de algumas espécies (Sibipiruna e Ligustro) está um pouco acima da recomendada pela literatura consultada, mas as demais espécies encontram-se bem distribuídas nessa questão. Em relação às espécies que não são indicadas para a arborização urbana, essas deverão ser substituídas. Observou-se que a fitossanidade das árvores avaliadas apresenta um ótimo resultado, pois sua maioria possui sanidade boa. O mesmo acontece com as raízes, apesar de se encontrar casos que prejudicam as calçadas, o número de árvores que não prejudicam é satisfatório. As calçadas do município encontram-se, em sua maioria, com a largura adequada, mas existem ainda aquelas que estão danificadas ou são ausentes e isso deve ser trabalhado pela Prefeitura Municipal, com um melhor planejamento. Em relação à fiação, as espécies precisaram de manejo, pois é considerável a quantidade que interfere na mesma. Terá de haver um manejo ainda em relação às árvores que interferem no passeio e trânsito. O número de podas que danificam os indivíduos é pequeno, porém é necessário que haja uma conscientização da população em relação a isso, pois estas são feitas por pessoas sem conhecimento sobre a prática. O mesmo vale para o plantio de espécies não adequadas a arborização urbana, que em sua maioria são realizadas pela população e sem o conhecimento técnico. Sendo assim, essas árvores terão de ser substituídas ou até mesmo suprimidas do local. Nos espaços vazios, o plantio deverá ser realizado por profissionais, para que futuramente não haja problemas em relação às árvores, e sim que elas cumpram seu papel de melhorar a qualidade de vida do local. 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMBIENTAL COSTA OESTE. Plano de Arborização do Município de Toledo PR. 2012. 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A arborização pública deve ser compatível com a rede de energia e a iluminação pública. Art. 22. Qualquer árvore ou grupo de árvores poderá ser declarado imune ao corte, mediante ato do Poder Executivo, quando motivada pela sua localização, raridade, beleza, porte ou por estar em via de extinção na região. Art. 23. A relocação, derrubada, o corte ou a poda de árvores, fica sujeita a autorização prévia da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Art. 24. A solicitação de licença para a derrubada, corte ou poda de árvores deve ser feita à Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, que vistoriará a árvore a que se refere a solicitação, para avaliar a real necessidade da derrubada, corte ou poda. Art. 25. A licença para relocação, derrubada, corte ou poda de árvores será concedida quando constatar-se que o espécime em questão apresenta, no mínimo, uma das seguintes características: I - causar dano relevante, efetivo ou iminente, a pessoas ou edificação; II - apresentar risco iminente à integridade física do requerente ou de terceiros; III - causar obstrução incontornável à realização de obra de interesse público. Art. 26. Concedida a licença para a relocação ou derrubada da árvore, uma vez observadas as condições técnicas de que trata o artigo anterior, outro espécime de semelhante porte quando adulta deverá ser replantada no mesmo local ou em local próximo a critério do Poder Executivo. Art. 27. Quando a relocação ou derrubada da árvore tiver por finalidade possibilitar edificação, a expedição do alvará de construção e o posterior “habitese” fica condicionado ao cumprimento das exigências ao que se refere o artigo anterior. Art. 28. O responsável pela poda, corte e derrubada não autorizada, bem como a morte provocada ou queima de árvore fica sujeito às penalidades previstas nesta Lei, na obrigatoriedade de replantio de outra, da mesma espécie, estando sujeito ao indeferimento de pedido de alvará de construção ou a cassação do mesmo, se já concedido. Art. 29 – Não será permitida a fixação em árvores de cartazes, 55 placas, tabuletas, pinturas e outros elementos que descaracterizem sua forma ou agridam a sua condição vital. Código de Posturas - Lei Complementar 106/2005 SUBSEÇÃO III DAS ÁRVORES E DA ARBORIZAÇÃO PÚBLICA Art. 149. É expressamente proibido podar, cortar, derrubar, remover ou sacrificar a arborização pública, sendo estes serviços de competência exclusiva da Prefeitura Municipal. § 1º. A proibição deste artigo é extensiva às concessionárias de serviços públicos ou de utilidade pública, ressalvados os casos em que houver autorização específica da Prefeitura Municipal e/ou quando a arborização oferecer risco iminente ao patrimônio ou à integridade física de qualquer cidadão, originado por fenômenos climáticos. § 2º. Qualquer árvore ou planta poderá ser considerada imune ao corte por motivo de originalidade, idade, localização, beleza, interesse histórico, ou condição de porta-sementes, mesmo estando em terreno particular, observadas as disposições das leis estaduais e federais pertinentes. § 3º. O plantio de espécies para arborização pública poderá ser feito somente pela Prefeitura Municipal, obedecendo-se o padrão paisagístico. Art. 150. Não será permitida a utilização da arborização pública para colocar cartazes, anúncios, faixas ou afixar cabos e fios, nem para suporte e apoio a instalações de qualquer natureza ou finalidade. Parágrafo único. Excetua-se da proibição deste artigo: I – a decoração natalina de iniciativa da Prefeitura Municipal; II – a decoração utilizada em desfiles de caráter público, executados ou autorizados pela Prefeitura Municipal; Art. 151. Nas praças e/ou logradouros públicos é proibido, sob pena de multa e reparo do dano causado: I – danificar árvores e caminhar sobre os gramados e canteiros, colher flores ou tirar mudas de plantas; II – danificar o pavimento ou remover, sem autorização, qualquer equipamento instalado; III – armar barracas, coretos, palanques ou similares ou fazer ponto de venda e propaganda, sem prévia autorização da Prefeitura. Art. 152. Na infração a qualquer dispositivo desta Subseção, será aplicada multa correspondente ao valor de 05 (cinco) a 50 (cinqüenta) VRSTI. 56 APÊNDICES 57 APÊNDICE I Lista de espécies: Ipê amarelo: Handroanthus achraceus Coqueiro Jerivá: Syagrus romanzoffiana Siraricito: Cojoba sophorocarpa Flamboyant: Delonix regia Ligustro: Ligustrum lucidum Ficus: Ficus licumo Sibipiruna: Caesalpinia pluviosa Aroeira Salsa: Schinus molle Ficus: Ficus benjamina Sete copas: Terminalia catappa Cássia: Cassia grandis Palmeira Real: Archontophoenix cunninghamiana Extremosa: Lagerstroemia indica Cróton (eritrina-verde-amarela): Codiaeum variegatum Flamboyanzinho: Caesalpinia pulcherrima Nêspera: Eriobotrya japonica Lindl Dracena: Dracaena marginata Goiaba: Psidium guajava Romã: Punica granatum Cinamomo (do mato): Aralia excelsa Seriguela: Spondias purpurea Limão: Citrus limonium Pêssego: Prunus Pérsica Abacate: Persea americana Hibisco: Hibiscus rosa-sinensis Forquilheiro: Tabernaemontana Catharinensis Ata: Annona squamosa L. Manga: Filicium decipiens Jaquela: Ficus virens Espirradeira: Nerium oleander 58 Ipê Roxo: Handroanthus avellanedae Pitanga: Eugenia uniflora Uva do japão: Hovenia dulcis Leiteiro: Tabernaemontana hystrix Quaresmeira: Tibouchina granulosa Figueira vermelha: Ficus auriculata Araucária: Araucaria angustifolia Oiti: Licania Tomentosa Cerejeira do rio grande: Eugenia involucrata Murta: Myrcianthes cisplatensis Coqueiro: Cocos nucifera Grevilha: Grevillea robusta Cipreste: Cupressus lusitânica Amorinha: Morus sp Primavera: Bougainvillea glabra Manacá da serra: Tibouchina mutabilis Canela: Ocotea diospyrifolia Palmeira areca: Dypsis lutescens Pingo de ouro: Duranta erecta aurea Cedro: Cedrela fissilis Ipê branco: Cordia americana Paineira: Ceiba speciosa Jabuticaba: Myrciaria cauliflora Figueira lira: Ficus lyrata Canafístula: Cassia ferrugínea Urucum: Bixa orellana Azaléia: Rhododendron simsii Jamelão: Syzygium cumini Acácia amarela: Acacia spp. Araticum: Rollinia mucosa Magnólia: Magnolia grandiflora Pata de vaca: Bauhinia forficata Gabiroba: Campomanesia rhombea Cheflera: Schefflera actinophylla 59 Espora de galo: Acnistus arborescens Vergamota fedida: Citrus aurantium Coco da Baía: Cocos nucifera Lapacho: Handroanthus avellanedae Figueira da índia: Opuntia ficus-indica Estrela de natal: Euphorbia pulcherrima Palmeira triângular: Dypsis decary Angico: Parapiptadenia rigida Tipuana: Tipuana tipu Falsa seringueira: Ficus elastica Roxb. Leucena: Leucaena leucocephala Louro branco: Bastardiopsis densiflora Mamoeiro: Carica papaya Araçá: Myrcianthes gigantea Jasmim manga: Plumeria rubra Bacupari: Garcinia gardneriana Carambola: Averrhoa carambola Tamareira: Phoenix canariensis 60