Estado da Arte do Plantio Direto em 2013 FLORIANÓPOLIS – SC Abril, 2013 INTEGRANTES DAS EQUIPES E EMPRESAS PARTICIPANTES: COORDENADOR DA PESQUISA: André Souto Maior Pessôa, Eng. Agr., MSc. Agroconsult: André Pessôa, Alan Malinski, André Debastiani, Cleber Vieira, Débora Simões, Douglas Nakazone, Fábio Meneghin, Fábio Carneiro, Felipe Oliva, Giseli Brüggemann, Heloisa Melo, Ione Correa, Jailton Pereira, João Di Domênico, Jonas Pizzato, Leila Vieira, Lucas Pereira, Marcos Rubin, Maria Laura Delgado, Mauricio Pascoali, Nadiesca Casarin, Rodrigo Cruz e Valmir Assarice. Impar Agrícola: André Fróes, Éder Magi, Giuliano Aparecido Fernandes, Raphael Gregolin Abe, Solano Colodel e Thiago Turozi. Banco do Brasil: Acácio Nerys, Jonas Stabile Simões, José Antônio de Oliveira Ramos, Marcos Paulo Vicente de Carvalho, Peterson Elisio Martins dos Santos, Sidney Almeida Filgueira de Medeiros, Zenir de Fátima Silva. Monsanto: Thomas Gonçalves, Paula Arruda, Dione Rohrs, Bruno Aoki, Ricardo Tobera, Lucas Oliveira, Rebeca Oliveira, Felipe Dall’Agnol da Silva, Daniel Girello, Cristiano Palavro, Tiago Mendes, Caio Simão, Thiago Montanha, Pedro Coelho, Renan Souza, Ivan Guterres, Eduardo Back, Diego Gehller, Alexandre Donizete Barbosa, Tatiane Baldo, Natalia Politti, Gabriel Peixoto dos Santos, Elton Pereira, Mêmora G. S. Bitencourt, Douglas Vicente Francesquett, Jefferson Vieira. Heringer: Alfeu Goulart, João Augusto Cassoli Moleiro, Marcio Rizzi, Matheus Secco, Mauricio Ossamu Hashimoto, Pedro Nery e Renato Rodrigues. Esalq-Log: Kalil Winters, Larissa Larocca, Natália Gonçalves, Roberto Sartori, Samuel da Silva Neto, Victor Morandi e Wisller G. de Neves Freitas. UFV: Ligia de Oliveira Serrano, Lorena Vilela Cunha, Marcelo Fagundes Portes, Rafael Alves da Silva, Tamires Martins Pimenta e Thalita de Oliveira Mota. Aprosoja: Franciele Dal’Maso e Eliandro Zaffari. Jornalistas: Alastair Stewart (Telvent DTN), Gabriela Aquino de Oliveira Ribas de Mello (Agência Estado), Viviane Aparecida Taguchi (Globo Rural), Gerson Alves de Freitas Junior (Valor Econômico), Gustavo Bonato ( Reuters), e Venilson Ferreira (Agência Estado). Fotógrafos: Giovane Rocha, Guto Andrade e Marcos Campos. ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO: Giseli Brüggemann APOIO REALIZAÇÃO www.agroconsult.com.br www.rallydasafra.com.br ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4 2. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 5 2.1. Avaliações de campo ............................................................................................................. 5 2.1.1. Produtividade ...................................................................................................................... 5 2.1.2. Plantio direto ....................................................................................................................... 6 2.1.3. Erosão do solo .................................................................................................................... 6 2.1.4. Compactação do solo ......................................................................................................... 6 2.2. Questionários ......................................................................................................................... 7 3. RESULTADOS ........................................................................................................................... 7 3.1. Avaliações de Campo............................................................................................................. 9 3.1.1. Percentual de cobertura do solo ........................................................................................ 9 3.1.2. Tipo de resíduo ................................................................................................................. 12 3.1.3. Topografia, erosão e compactação .................................................................................. 17 3.2. Questionários ....................................................................................................................... 19 3.2.1. Estatísticas gerais ............................................................................................................ 19 3.2.2. Técnicas de Manejo na Propriedade ................................................................................ 21 3.2.2.1. Adoção do Sistema de Plantio Direto ........................................................................... 21 3.2.2.2. Motivos para adoção de Sistema de Plantio Direto ..................................................... 22 3.2.2.3. Tempo de adoção do SPD ........................................................................................... 23 3.2.2.4. Principais culturas para formação de palhada ............................................................. 24 3.2.2.5. Redução de adubação fosfatada ................................................................................. 24 3.2.2.6. Compactação do solo ................................................................................................... 25 3.2.2.7. Formação de pastagem ................................................................................................ 25 4. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 26 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 27 ANEXOS ........................................................................................................................................... 28 ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS Figura 1 - Esquema ilustrativo para determinação do percentual de cobertura morta no solo ......... 6 Tabela 1 - Municípios e datas de realização dos eventos do Rally da Safra 2013. .......................... 7 Figura 2 - Representação esquemática das regiões climáticas. ....................................................... 8 Tabela 2 - Representatividade dos municípios das coletas de campo em cada região climática. .... 9 Tabela 3 - Estatísticas Gerais da Amostragem de Campo. ............................................................... 9 Tabela 4 - Percentual de cobertura do solo por região climática em lavouras de soja. .................. 11 Tabela 5 - Percentual de cobertura do solo por região climática em lavouras de milho. ................ 11 Tabela 6 - Tipos de resíduos mais frequentes nas amostras de lavouras de soja. ......................... 13 Tabela 7 - Tipos de resíduos mais frequentes nas amostras de lavouras de milho. ....................... 15 Tabela 8 – Declividade do terreno em lavouras de soja e milho. .................................................... 17 Tabela 9 – Presença de sinais de erosão em lavouras de soja e milho. ......................................... 17 Tabela 10 – Presença de sinais de compactação em lavouras de soja e milho. ............................ 18 Tabela 11 - Número de questionários respondidos por região climática. ........................................ 19 Tabela 12 - Distribuição dos produtores por classe de área total cultivada (%) .............................. 20 Tabela 13 - Distribuição dos produtores segundo a adoção das técnicas de plantio direto............ 21 Tabela 14 - Principais motivos para a adoção do SPD.................................................................... 22 Tabela 15 - Distribuição dos produtores segundo o tempo de adoção do SPD. ............................. 23 Tabela 16 - Frequência das principais culturas para formação de palhada, por região climática. .. 24 Tabela 17 - Redução de adubação fosfatada. ................................................................................. 24 Tabela 18 – Problemas com compactação do solo ......................................................................... 25 Tabela 19 - Formação de pastagem após cultivo de cereais. ......................................................... 25 3 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 1. INTRODUÇÃO O Rally da Safra consiste numa expedição, realizada anualmente pela Agroconsult, que tem como objetivo avaliar as condições de colheita das safras de soja e milho nas principais regiões produtoras de grãos do Brasil. Por meio desta avaliação procura estimar a produtividade a ser alcançada nestas lavouras, que também está relacionada ao uso de tecnologia, comportamento do clima, ocorrências de pragas e doenças, características estas que são observadas em campo no período da expedição. Também são avaliadas as condições de transporte/escoamento, armazenagem e transgenia. Em 2013 o Rally da Safra completou sua décima edição, sendo que em oito delas, com o apoio da Fundação Agrisus, foi realizada a avaliação do Sistema de Plantio Direto em todas as regiões produtoras de grãos do Brasil. Foram mais de 9.400 lavouras de milho e soja avaliadas nestes oito anos, o que possibilitou uma análise do desenvolvimento do Plantio Direto em todo o país. Em 2013, 7 (sete) equipes – formadas por agrônomos, técnicos e convidados, sob coordenação da Agroconsult – percorreram os principais pólos de produção de grãos do país passando por RS, SC, PR, MS, MT, GO, MG, BA, TO, MA, PA e PI. As equipes realizaram levantamentos qualitativos e quantitativos. O levantamento quantitativo consistiu em realizar amostras aleatórias das lavouras de soja e de milho ao longo de trajeto pré-definido. Já o qualitativo, foi executado por meio de questionários aplicados durante os eventos para os produtores realizados em 8 (oito) municípios. Este relatório é elaborado anualmente e tem como objetivo divulgar os resultados dos levantamentos do Rally da Safra relacionados ao Sistema de Plantio Direto. 4 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 2. METODOLOGIA A metodologia desenvolvida pelo Rally da Safra consiste em realizar uma expedição pelas regiões produtoras de grãos de todo o Brasil, fazendo amostras de lavouras e obtendo informações in loco, diretamente com as pessoas ligadas ao setor produtivo agrícola. 2.1. Avaliações de campo Com roteiro pré-definido de acordo com a concentração de área plantada de cada região, as equipes avaliaram lavouras que foram selecionadas aleatoriamente ao longo do trajeto. Com a utilização de um aparelho de GPS (Sistema de Posicionamento Global) foram registradas as coordenadas (altitude, latitude e longitude) e o nome do município. Medições foram realizadas com intuito de estimar a produtividade de cada lavoura. Além disto, identificou-se o resíduo da cultura anterior e estimou-se o percentual de solo coberto pela mesma. Também foi verificada a declividade do terreno, presença de sinais de erosão e de compactação (ver modelo da planilha de campo no anexo 1). 2.1.1. Produtividade Seguindo a metodologia, caminhou-se alguns metros para dentro da lavoura para evitar o efeito de bordadura. Mediu-se o espaçamento entre linhas e contou-se o número de plantas em 3 metros de 5 (cinco) fileiras para soja e no caso do milho, número de plantas e de espigas em 10 metros de 3 (três) fileiras. Em seguida, foram selecionadas cinco plantas de soja ou cinco espigas de milho. Para soja, foram contados o número de vagens e o número de grãos por planta; e para milho foram contados o número de fileiras de grãos na espiga e o número de grãos numa fileira. Para colaborar na estimativa da produtividade também foram anotadas observações gerais sobre as condições da lavoura tais como: umidade do solo, estádio de desenvolvimento, existência de irrigação, incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, aspecto visual das lavouras, transgenia etc. 5 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 2.1.2. Plantio direto A cada parada para avaliação de campo foram coletadas também informações sobre o plantio direto: cultura e percentual de resíduo no solo. Para a determinação do percentual de resíduo, aplicou-se uma metodologia sugerida pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e adaptada pelo Rally da Safra. No quadrante marcado para avaliação da produtividade das lavouras, foi estendida uma trena formando-se um ângulo de aproximadamente 45°, atravessando duas fileiras de plantas (ver Figura 1). Foram contados, ao longo de um metro de trena, os números de marcações (de 10 cm) que coincidem com o resíduo de solo. A porcentagem de cobertura morta é o número de marcas contadas multiplicado por 10. Para cada parada, o procedimento foi repetido por duas vezes e anotada a média da leitura. Figura 1 - Esquema ilustrativo para determinação do percentual de cobertura morta no solo Com a colaboração dos técnicos, foi realizada a identificação visual da cultura da palhada presente na lavoura, desprezando a palhada da cultura atual. 2.1.3. Erosão do solo Sendo uma avaliação mais geral e simplificada, em cada parada, nos limites lavoura/caminho, nos trilhos e na lavoura procurou-se identificar sinais de erosão como sulcos e ravinas. 2.1.4. Compactação do solo Avaliar compactação de solo é um processo demorado e que exige equipamentos adequados. Como esta avaliação faz parte de um conjunto de 6 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 outras avaliações do Rally da Safra, fez-se necessário utilizar algum indicativo para estimar a presença ou não de compactação de maneira simples e rápida, mesmo que este não seja tão preciso. Assim, estipulou-se que por meio da observação das raízes das plantas pudesse detectar sinais de compactação do solo. Caso a raiz pivotante estivesse com alinhamento fora do normal, desviando do eixo central, este solo seria considerado compactado. 2.2. Questionários Os questionários foram distribuídos aos produtores rurais durante os eventos do Rally da Safra 2013, realizados em 8 (oito) municípios (Tabela 1). Os questionários foram aplicados sem o auxílio de entrevistador, com perguntas fechadas. As perguntas foram referentes a Plantio Direto, Insumos, Comercialização e Logística (ver modelo do questionário no anexo 2). Tabela 1 - Municípios e datas de realização dos eventos do Rally da Safra 2013. Data 29/jan 31/jan 04/fev 06/fev 27/fev 04/mar 06/mar 07/mar Município Dourados Cascavel Rondonópolis Rio Verde Querência Ponta Grossa Passo Fundo Luis Eduardo Magalhães UF MS PR MT GO MT PR RS BA 3. RESULTADOS Para avaliação, os dados de campo e dos questionários foram agrupados em quatro regiões segundo a classificação por regiões climáticas sugerida pelo Engenheiro Agrônomo Fernando P. Cardoso (CARDOSO, 2005) (ver Figura 2). Região 1: caracterizada por inverno frio e úmido, propicia o plantio de trigo e aveia no inverno (RS, SC e parte do PR). Região 2: caracterizada por inverno ameno e úmido com variação imprevisível de temperatura e de umidade. Propicia, no inverno, o plantio de trigo, aveia, milho safrinha e sorgo (parte dos Estados do MS, PR e SP). 7 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Região 3: caracterizada pelo inverno quente e semi-úmido. Milho e sorgo são as principais culturas utilizadas como safrinha (Estado do MT e partes dos Estados do MS, SP, MG e GO). Região 4: caracterizada pelo inverno quente e seco. O plantio de culturas no inverno é dificultado pela escassez de chuvas (Estado do TO e partes dos Estados de MG, BA, MA, PI e GO). Figura 2 - Representação esquemática das regiões climáticas. R4 R3 R2 R1 Encontra-se no anexo 4 a relação de municípios com lavouras avaliadas. A relação completa dos municípios que estão em cada região climática, com o seu respectivo código do IBGE, está no anexo 5. As sete equipes tiveram o roteiro programado de acordo com o calendário de colheita das regiões produtoras. Para que a metodologia adotada resultasse em dados mais próximos da realidade, optou-se por avaliar lavouras nos últimos estágios de desenvolvimento, inclusive as lavouras de ciclo precoce. O período de realização das amostras foi de 27 de janeiro a 13 de março de 2013, conforme pode ser verificado no roteiro detalhado (Anexo 3). O roteiro do Rally da Safra contempla vários municípios brasileiros, incluindo os principais produtores de grãos, conferindo assim uma área amostral bem significativa. Na tabela 2, verifica-se a quantidade de municípios com lavouras avaliadas em cada região climática, bem como, a soma das áreas 8 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 plantadas com soja e milho nestes municípios. No total, a área avaliada representa 45% de toda a área plantada no Brasil com estas culturas. Tabela 2 - Representatividade dos municípios das coletas de campo em cada região climática. *Área Plantada com Soja + Milho 1ª Safra Fonte: PAM 2011/IBGE e Rally da Safra 2013. 3.1. Avaliações de Campo Ao longo de todo o trajeto, o Rally da Safra avaliou 854 lavouras em 254 municípios. Do total de amostras, 83% foram realizadas em lavouras de soja (Tabela 3). Tabela 3 - Estatísticas Gerais da Amostragem de Campo. Fonte: Rally da Safra 2013. 3.1.1. Percentual de cobertura do solo Considerações sobre as avaliações de campo: 1. O levantamento realizado em 2006 tinha como objetivo testar a metodologia de avaliação, servindo de projeto piloto para a metodologia adotada nos anos seguintes. Os percentuais de cobertura do solo apresentaram valores muito elevados em relação aos anos seguintes, sendo assim, os dados referentes às amostras de campo deste ano não serão apresentados neste relatório. 2. No ano de 2010, foram apresentados apenas os resultados referentes às amostras de soja, pois o número de amostras de milho foi baixo e concentrado em poucas regiões. 3. Em 2013, nas regiões 2 e 3 foram realizadas poucas avaliações de lavouras de milho e por este motivo não foram apresentadas neste 9 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 relatório, visto que não geraria resultados representativos. O motivo deste baixo número de amostras é a época que se percorreu estas regiões. Nestas regiões é mais comum o cultivo de soja na primeira safra, enquanto, o milho é cultivado após a colheita da oleaginosa, sendo então de segunda safra. Portanto, no período das avaliações as lavouras de milho ainda não haviam sido plantadas ou estavam em estágios iniciais de desenvolvimento. 4. Em muitas áreas percorridas, as lavouras já se encontravam em estádio avançado de maturação, por conseguinte com a colheita próxima a ser realizada. Consequentemente, os resíduos de cobertura já estavam decompostos ou muito misturados com as folhas mortas da cultura atual. 5. O trajeto percorrido, bem como o período de avaliação, sofreram alterações nas edições do Rally da Safra, interferindo nas comparações dos resultados. 6. No campo, avalia-se apenas a presença e o percentual de cobertura de solo e, portanto, não permitem uma interpretação precisa sobre a adoção do Sistema de Plantio Direto (SPD). As tabelas a seguir apresentam a distribuição das amostras de acordo com as classificações de cobertura do solo (Pouco, Médio, Muito e Sem resíduo). De acordo com a tabela 4, observa-se na Região 1 que 69% das amostras possuíam muito resíduo, enquanto, na Região 4 este número foi bem menor (32%). Em relação às amostras realizadas em lavouras de soja, não foram observadas grandes mudanças no padrão encontrado nos anos anteriores. 10 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Tabela 4 - Percentual de cobertura do solo por região climática em lavouras de soja. Fonte: Rally da Safra 2007, 2008, 2009, 2010, 2011,2012 e 2013. Na avaliação dos resultados das amostras de milho observou-se que não houve mudanças em relação ao padrão dos anos anteriores para as regiões 1 e 4. No entanto, observou-se que na Região 4 houve aumento das amostras com pouco resíduo. Tabela 5 - Percentual de cobertura do solo por região climática em lavouras de milho. 11 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Fonte: Rally da Safra 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013. 3.1.2. Tipo de resíduo Como nos anos anteriores, o milho de segunda safra foi a cultura de cobertura encontrada com bastante frequência nas lavouras de soja de todas as regiões, destacando as regiões 2 e 3 que tiveram aproximadamente 70% das amostras com esta cobertura. A Região 1, típica por seu inverno frio, apresentou 63% das suas lavouras de soja com cobertura de aveia, trigo e/ou triticale. Com o aumento seguido da área plantada com aveia nos estados sulinos, observou-se que o percentual de amostras com esta palhada também tem aumentado. Na Região 4 o predomínio foi de milho e milheto (68%) para formação da palhada (Tabela 6). 12 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Tabela 6 - Tipos de resíduos mais frequentes nas amostras de lavouras de soja. 13 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Fonte: Rally da Safra 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. (1) O número total de observações pode ser maior que o número de lavouras amostradas, pois em alguns casos constatou-se a existência de mais de um tipo de resíduo na cobertura do solo. (2) Outros: amendoim, azevém, nabo, cana-de-açúcar, feijão e soja safrinha. Na Região 1, mais de 50% das lavouras de milho avaliadas estavam sob a palhada de aveia e trigo e/ou triticale. Na Região 4, houve predominância de milho, milheto e pastagem (Tabela 7). 14 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Tabela 7 - Tipos de resíduos mais frequentes nas amostras de lavouras de milho. 15 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Fonte: Rally da Safra 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013. (1) O número total de observações pode ser maior que o número de lavouras amostradas, pois em alguns casos constatou-se a existência de mais de um tipo de resíduo na cobertura do solo. (2) Outros: amendoim, azevém, nabo, cana-de-açúcar, feijão e soja safrinha, mato e armagoso. Foto 1 – Lavoura de milho de 2ª safra com Foto 2 – Lavoura de soja em solo arenoso sem resíduos de soja e milho do ano anterior. resíduo. Foto 3 – Lavoura de soja com resíduo de Foto 4 – Lavoura de soja com muito resíduo de milheto milho 16 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.1.3. Topografia, erosão e compactação As culturas de milho e soja se alternam no sistema de rotação não havendo terreno específico para cada uma. Por outro lado, milho e soja são igualmente sujeitos à erosão por não apresentarem resistência especial ao escorrimento, como ocorre com as culturas de espaçamento cerrado, - trigo, arroz e cana -, que oferecem obstáculos à movimentação da água excedente ao longo dos declives. Mesmo no plantio direto, com boa cobertura, nas chuvas muito intensas o solo não consegue absorver por infiltração a totalidade da precipitação, mas a água excedente chega limpa no final do terreno declivoso. Em relação à declividade do terreno, os números mantiveram-se alinhados com os dos anos anteriores. A Região 1, com relevo mais acidentado, apresentou 72% das lavouras em terreno inclinado. Na Região 2 são encontradas lavouras em terrenos planos (33%) e um número também considerável em terrenos inclinados (60%). Nas Regiões 3 e 4, aproximadamente 90% das amostras foram realizadas em terrenos considerados planos (Tabela 8). Tabela 8 – Declividade do terreno em lavouras de soja e milho. Fonte: Rally da Safra 2013. O número de lavouras com sinais de erosão foi baixo em geral. Em nenhuma das regiões climáticas o percentual de presença de sinais de erosão ultrapassou 4% (Tabela 9). Tabela 9 – Presença de sinais de erosão em lavouras de soja e milho. Fonte: Rally da Safra 2013. 17 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Em relação aos sinais de compactação, na Região 2 foi verificada a maior quantidade (18%). Na Região 3 verificou-se em apenas 8% das lavouras avaliadas (Tabela 10). Tabela 10 – Presença de sinais de compactação em lavouras de soja e milho. Fonte: Rally da Safra 2013. Foto 5 – Raíz afetada por solo compactado – Campo Mourão/PR. 18 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.2. Questionários Durante o Rally da Safra 2013 foram realizados 8 (oito) eventos para produtores rurais nos municípios já citados anteriormente. Cada uma das seis empresas patrocinadoras convidou até 80 (oitenta) produtores para cada evento. Nestes eventos foram distribuídos os questionários contendo questões relacionadas à área cultivada e às técnicas de manejo na propriedade. Em geral, os produtores convidados pelas empresas são aqueles de maior relacionamento com estas. Portanto, é importante ressaltar que o preenchimento dos questionários é realizado a partir de uma amostra contendo um grupo de grandes produtores que empregam maior nível de tecnologia na produção agropecuária. Desse modo, os dados apresentados a seguir caracterizam o público dos eventos do Rally da Safra. Algumas diferenças entre os anos também se devem aos locais de realização dos eventos, que podem sofrer alteração de um ano para o outro. 3.2.1. Estatísticas gerais Foram respondidos 257 questionários durante os oito eventos, sendo 77% oriundos dos eventos realizados nas Regiões Climáticas 1 e 3 (Tabela 11). Tabela 11 - Número de questionários respondidos por região climática. Região 1 Número 102 Percentual 40% Fonte: Rally da Safra 2013. Região 2 27 Região 3 94 Região 4 34 Brasil 257 11% 37% 13% 100% A Região 1, que compreende os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, tem a estrutura fundiária caracterizada por propriedades menores. Segundo os dados obtidos, mais de 60% da área cultivada dessa região é de até 1.000 ha. Do outro lado, com áreas cultivadas em maior escala encontra-se a Região 4, região que tem expandido a fronteira agrícola nos últimos anos. Nesta região, 74% das propriedades possuem área cultivada maior que 1000 ha (Tabela 12). 19 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Tabela 12 - Distribuição dos produtores por classe de área total cultivada (%) Área cultivada (ha) < 250 250 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 > 5000 Nº de respondentes Área cultivada (ha) < 250 250 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 > 5000 Nº de respondentes Área cultivada (ha) < 250 250 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 > 5000 Nº de respondentes Área cultivada (ha) < 250 250 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 > 5000 Nº de respondentes Região 1 2006 30% 26% 24% 18% 1% 2% 324 2007 14% 17% 23% 34% 9% 3% 152 2008 40% 34% 13% 10% 1% 2% 183 2006 26% 23% 25% 17% 5% 5% 266 2007 44% 14% 22% 16% 2008 40% 20% 40% 3% 63 2006 12% 11% 21% 28% 14% 14% 528 2006 7% 11% 25% 38% 12% 8% 199 2009 18% 22% 28% 23% 3% 6% 120 2010 46% 25% 14% 15% 1% 0% 103 2011 37% 21% 22% 14% 5% 1% 148 2012 24% 23% 27% 22% 4% 1% 131 2013 27% 12% 22% 26% 9% 3% 95 5 Região 2 2009 2010 7% 39% 12% 21% 38% 25% 32% 7% 9% 5% 2% 3% 94 75 2011 0% 11% 33% 44% 11% 0% 9 2012 12% 12% 43% 19% 14% 0% 42 2013 8% 12% 36% 28% 4% 12% 25 2007 7% 13% 16% 32% 16% 16% 227 2008 11% 10% 23% 28% 15% 13% 218 Região 3 2009 2010 4% 15% 8% 9% 13% 20% 38% 31% 18% 9% 19% 15% 77 65 2011 7% 14% 13% 28% 15% 23% 71 2012 17% 13% 21% 22% 12% 15% 94 2013 12% 14% 12% 19% 23% 20% 74 2007 5% 7% 12% 32% 32% 12% 41 2008 5% 5% 10% 34% 21% 26% 62 Região 4 2009 2010 5% 9% 8% 4% 16% 16% 38% 22% 14% 29% 19% 20% 108 45 2011 5% 8% 20% 31% 18% 17% 93 2012 4% 2% 16% 20% 25% 33% 55 2013 7% 3% 17% 17% 20% 37% 30 Fonte: Rally da Safra 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. 20 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.2.2. Técnicas de Manejo na Propriedade 3.2.2.1. Adoção do Sistema de Plantio Direto Conforme já citado, o questionário foi realizado sem o auxílio de entrevistador, portanto, a interpretação e o entendimento referentes aos conceitos questionados são unicamente dos respondentes. Em relação à adoção do SPD, apenas 2% do total declarou não utilizar este sistema. Como nos anos anteriores, na Região 4 foi onde ocorreu o maior número de respostas negativas à esta questão, que foi de 6%, mesmo assim ainda é um número baixo. É importante salientar que o elevado número de respostas afirmativas à utilização do SPD reforçam a hipótese que esta amostra de produtores é viesada e inclui produtores que adotam nível de tecnologia mais elevado em suas propriedades (Tabela 13). Tabela 13 - Distribuição dos produtores segundo a adoção das técnicas de plantio direto. Região 1 Adoção de SPD 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Sim 99% 100% 98% 100% 97% 99% 99% Não 1% 0% 2% 0% 3% 1% 1% Nº de respondentes 334 154 189 125 108 156 143 Adoção de SPD Sim Não Nº de respondentes Adoção de SPD Sim Não Nº de respondentes Adoção de SPD Sim Não Nº de respondentes 2013 99% 1% 102 2006 97% 3% 277 2007 97% 3% 66 2008 100% 0% 5 Região 2 2009 2010 100% 100% 0% 0% 95 79 2006 97% 3% 543 2007 95% 5% 238 2008 96% 4% 215 Região 3 2009 2010 100% 100% 0% 0% 85 70 2011 97% 3% 72 2012 99% 1% 104 2013 99% 1% 91 2008 90% 10% 61 Região 4 2009 2010 95% 98% 5% 2% 111 47 2011 96% 4% 96 2012 95% 5% 61 2013 94% 6% 32 2006 89% 11% 209 2007 93% 7% 43 2011 100% 0% 9 2012 100% 0% 46 2013 100% 0% 27 Fonte: Rally da Safra 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. 21 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.2.2.2. Motivos para adoção de Sistema de Plantio Direto Confirmando a informação já obtida nos anos anteriores, em todas as regiões a conservação do solo foi o motivo mais apontado para a adoção do SPD, logo em seguida o aumento de produtividade e a redução dos custos. Apenas na Região 4 a redução dos custos teve maior percentual que a conservação (Tabela 14). Tabela 14 - Principais motivos para a adoção do SPD. Motivos para adoção do SPD Aumento da produtividade Conservação do solo Redução dos Custos Outros motivos Não especificaram Nº de respondentes Motivos para adoção do SPD Aumento da produtividade Conservação do solo Redução dos Custos Outros motivos Não especificaram Nº de respondentes Motivos para adoção do SPD Aumento da produtividade Conservação do solo Redução dos Custos Outros motivos Não especificaram Nº de respondentes Região 1 2007 79% 92% 2008 72% 92% 2009 69% 95% 2010 68% 85% 19% 3% 154 21% 4% 189 16% 1% 125 11% 13% 108 2007 59% 89% 2008 20% 100% 22% 9% 66 0% 0% 5 2007 63% 94% 2008 62% 92% 20% 7% 238 19% 4% 215 2011 73% 89% 49% 3% 1% 156 2012 51% 88% 50% 3% 2% 143 2013 58% 87% 40% 2% 2% 102 Região 2 2009 2010 2011 73% 67% 89% 93% 92% 100% 78% 18% 15% 11% 2% 5% 0% 95 79 9 2012 54% 89% 43% 13% 2% 46 2013 59% 89% 52% 0% 4% 27 Região 3 2010 2011 71% 53% 90% 83% 39% 22% 29% 6% 2% 6% 0% 85 70 72 2012 38% 80% 42% 4% 5% 104 2013 38% 81% 37% 1% 8% 91 2009 65% 93% Região 4 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Aumento da produtividade 53% 54% 49% 70% 53% 41% Conservação do solo 95% 89% 94% 83% 90% 72% Redução dos Custos 54% 52% Outros motivos 20% 23% 23% 21% 10% 8% Não especificaram 5% 0% 0% 15% 1% 5% Nº de respondentes 43 61 111 47 96 61 *Outros: praticidade, aumento da matéria-orgânica e controle de plantas daninhas. **Os respondentes podiam escolher mais de uma opção. Fonte: Rally da Safra 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. Motivos para adoção do SPD 2013 31% 56% 50% 0% 3% 32 22 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.2.2.3. Tempo de adoção do SPD De acordo com as tabelas seguintes, nas Regiões 1 e 2 o SPD é adotado há mais de 10 anos por 90% e 74% dos respondentes, respectivamente. Nas Regiões 3 e 4, observou-se que a adoção do SPD é mais recente, no entanto, observa-se que a técnica tem-se consolidado ano a ano como pode ser observado na Tabela 15. Tabela 15 - Distribuição dos produtores segundo o tempo de adoção do SPD. Tempo (anos) 1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 ou mais Nº de respondentes Tempo (anos) 1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 ou mais Nº de respondentes Tempo (anos) 1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 ou mais Nº de respondentes Tempo (anos) 1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 ou mais Nº de respondentes Região 1 2006 4% 13% 37% 28% 18% 327 2006 17% 30% 34% 14% 6% 264 2007 1% 15% 29% 36% 18% 149 2007 18% 37% 23% 18% 3% 60 2008 2% 10% 40% 32% 16% 177 2009 3% 11% 35% 26% 25% 122 2010 2% 11% 25% 27% 35% 106 2011 3% 15% 24% 26% 31% 153 2012 4% 9% 26% 25% 36% 138 2013 2% 8% 25% 23% 43% 101 2008 0% 60% 20% 20% 0% 5 Região 2 2009 2010 5% 3% 16% 20% 46% 32% 18% 22% 15% 23% 94 74 2011 0% 22% 11% 33% 33% 9 2012 2% 16% 36% 13% 33% 45 2013 7% 19% 30% 19% 26% 27 2011 11% 24% 33% 21% 11% 72 2012 16% 28% 27% 23% 7% 101 2013 18% 25% 30% 23% 5% 88 2011 15% 33% 27% 15% 10% 93 2012 19% 34% 40% 3% 3% 58 2013 38% 31% 21% 10% 0% 29 2006 24% 37% 28% 8% 3% 515 2007 15% 47% 24% 10% 4% 221 2008 13% 38% 36% 10% 3% 207 Região 3 2009 2010 8% 12% 34% 41% 34% 23% 20% 21% 4% 3% 83 66 2006 36% 41% 16% 3% 4% 182 2007 50% 33% 13% 3% 3% 40 2008 33% 44% 13% 6% 4% 54 Região 4 2009 2010 14% 36% 24% 19% 46% 19% 13% 21% 3% 4% 106 47 Fonte: Rally da Safra 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. 23 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.2.2.4. Principais culturas para formação de palhada A questão relacionada às culturas de formação de palhada, foi de múltipla escolha. Na Região 1, destacou-se a aveia pós soja, no entanto, também foram citados azevém, centeio, nabo forrageiro, cevada e trigo. Na Região 2, maior parte dos produtores respondeu utilizar Brachiaria consorciada ao milho para formar a palhada. Nas regiões 3 e 4, a opção com maior destaque foi a de milheto pré soja (Tabela 16). Tabela 16 - Frequência das principais culturas para formação de palhada, por região climática. *Outras: azevém, centeio, trigo, milho safrinha, nabo forrageiro, crotalária, cevada, milheto pós soja e sorgo. **Os respondentes podiam escolher mais de uma opção. Fonte: Rally da Safra 2012 e 2013. 3.2.2.5. Redução de adubação fosfatada Quando questionados se já haviam observado ou ouvido alguma notícia sobre redução de adubação fosfatada com sucesso, em torno de 50% das respostas foram positivas em todas as regiões climáticas (Tabela 17). Tabela 17 - Redução de adubação fosfatada. Região 1 Região 2 Região 3 2010 2011 2012 2013 2010 2011 2012 2013 2010 2011 2012 2013 Sim 30% 53% 62% 53% 41% 43% 59% 61% 47% 57% 58% 46% Não 70% 47% 38% 47% 59% 57% 41% 39% 53% 43% 42% 54% Nº de respondentes 107 146 129 97 74 7 44 23 62 68 98 78 Região 4 Brasil 2010 2011 2012 2013 2010 2011 2012 Sim 52% 74% 65% 52% 40% 60% 61% Não 48% 26% 35% 48% 60% 40% 39% Nº de respondentes 46 86 57 29 289 307 328 2013 51% 49% 227 Fonte: Rally da Safra 2010, 2011, 2012 e 2013. 24 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 3.2.2.6. Compactação do solo Com o objetivo de avaliar as características relacionadas ao SPD, questionou-se sobre a compactação. Praticamente em todas as regiões a distribuição das respostas foi a mesma, cerca de 43% do total de respondentes tiveram problemas com compactação (Tabela 18). Tabela 18 – Problemas com compactação do solo Região 1 Sim Não Nº de respondentes 2012 37% 63% 139 Região 2 2013 45% 55% 99 2012 31% 69% 45 2013 46% 54% 26 Região 3 2012 30% 70% 101 2013 38% 62% 86 Região 4 2012 45% 55% 60 2013 47% 53% 30 Brasil 2012 2013 35% 43% 65% 57% 345 241 Fonte: Rally da Safra 2012 e 2013. 3.2.2.7. Formação de pastagem Sendo uma técnica ainda nova, a formação de pastagem associada ao cultivo de grãos ainda é pouco utilizada pelos produtores. Mais da metade dos respondentes não formam pastagem após o cultivo de cereais (Tabela 19). Tabela 19 - Formação de pastagem após cultivo de cereais. Região 1 Consorciada em milho verão Consorciada em milho safrinha Sobressemeada em soja Plantada após soja Não tem formado pastagem Nº de respondentes 2011 3% 2% 4% 22% 69% 137 Consorciada em milho verão Consorciada em milho safrinha Sobressemeada em soja Plantada após soja Não tem formado pastagem Nº de respondentes 2011 19% 6% 6% 4% 65% 89 2012 5% 1% 5% 42% 47% 131 Região 2 Região 3 2013 4% 2% 5% 32% 56% 93 2011 0% 13% 0% 0% 88% 8 2012 8% 31% 0% 35% 27% 52 2013 12% 32% 0% 20% 36% 25 Região 4 2012 2013 24% 21% 5% 0% 6% 0% 11% 8% 54% 71% 63 24 2011 8% 6% 5% 14% 66% 299 Brasil 2012 11% 12% 6% 28% 42% 357 2013 7% 10% 5% 25% 53% 229 2011 6% 15% 8% 12% 58% 65 2012 14% 21% 10% 18% 38% 111 2013 3% 15% 8% 23% 51% 87 Fonte: Rally da Safra 2011, 2012 e 2013. 25 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 4. CONCLUSÃO Há oito anos a avaliação do Sistema de Plantio Direto realizada pelo Rally da Safra tem demonstrado o quanto a agricultura brasileira tem evoluído. O aumento da utilização deste sistema reflete as vantagens que o mesmo tem gerado ao produtor e ao meio ambiente. Destacando-se com uma prática conservacionista, o Plantio Direto também traz benefícios econômicos que vai desde a redução do uso de máquinas até a redução das perdas de solo e seus nutrientes, somando-se ainda ao ganho de produtividade gerado pelas melhorias proporcionadas ao solo. Ao longo dos anos, tem-se aprimorado a metodologia de avaliação e análise dos resultados para que estes possam se aproximar da realidade praticada no campo. Desse modo, com o aumento da utilização do SPD, verificase que a conservação do solo tem ganhado novos adeptos por meio deste sistema, o que confirma que a agricultura brasileira tem buscado o aumento da produção também por meio da conservação dos recursos naturais. 26 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. CARDOSO, F. P. Direto no Cerrado, Ano 10, n° 44, p. 4, 2005. 27 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 ANEXOS 28 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 ANEXO 1 - Planilhas de campo de milho e soja. 29 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 ANEXO 2 - Questionário distribuído aos produtores nos eventos do Rally da Safra 2013. 30 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 ANEXO 3 – Roteiro do Rally da Safra 2013. Equipe 1 DATA 28/jan seg 29/jan ter 30/jan qua 31/jan qui 01/fev sex 02/fev sáb MUNICÍPIO UF Campo Grande Dourados Guaíra Cascavel Londrina Londrina MS MS MS PR PR PR Concentração da Equipe EVENTO REGIONAL Pernoite EVENTO REGIONAL Pernoite Final da Etapa / Dispersão Equipe 2 DATA 27/jan dom 28/jan seg 29/jan ter 30/jan qua 31/jan qui 01/fev sex 02/fev sáb MUNICÍPIO Cuiabá Nova Mutum Sorriso Sorriso Campo Novo do Parecis Campo Novo do Parecis Cuiabá UF MT MT MT MT MT MT MT Concentração da Equipe Pernoite Pernoite Pernoite Pernoite Pernoite Final da Etapa / Dispersão Equipe 3 DATA 02/fev sáb 03/fev dom 04/fev seg 05/fev ter 06/fev qua 07/fev qui MUNICÍPIO Cuiabá Primavera do Leste Rondonópolis Mineiros Rio Verde Goiânia DATA 25/fev seg 26/fev ter 27/fev qua 28/fev qui 01/mar sex MUNICÍPIO Goiânia Nova Xavantina Querência Vila Rica Palmas DATA 03/mar dom 04/mar seg 05/mar ter 06/mar qua 07/mar qui 08/mar sex 09/mar sáb 10/mar dom 11/mar seg MUNICÍPIO Londrina Ponta Grossa Campos Novos Passo Fundo Cruz Alta Palmeira Pato Branco Guarapuava Londrina UF MT MT MT GO GO GO Concentração da Equipe Pernoite EVENTO REGIONAL Pernoite EVENTO REGIONAL Final da Etapa / Dispersão Equipe 4 UF GO MT MT MT TO Concentração da Equipe Pernoite EVENTO REGIONAL Pernoite Final da Etapa / Dispersão Equipe 5 UF PR PR SC RS RS RS PR PR PR Concentração da Equipe EVENTO REGIONAL Pernoite EVENTO REGIONAL Pernoite Pernoite Pernoite Pernoite Final da Etapa / Dispersão 31 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 Equipe 6 DATA 03/mar dom 04/mar seg 05/mar ter 06/mar qua 07/mar qui 08/mar sex MUNICÍPIO Brasília Catalão Unaí Posto do Rosário Luis Eduardo Magalhães Luis Eduardo Magalhães UF DF GO MG BA BA BA Concentração da Equipe Pernoite Pernoite Pernoite EVENTO REGIONAL Final da Etapa / Dispersão Equipe 7 DATA 08/mar sex 09/mar sáb 10/mar dom 11/mar seg 12/mar ter 13/mar qua MUNICÍPIO Luis Eduardo Magalhães Cristino Castro Uruçuí Balsas Balsas Palmas UF BA PI PI MA MA TO Concentração da Equipe Pernoite Pernoite Pernoite Pernoite Final da Etapa / Dispersão 32 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 ANEXO 4 - Relação dos municípios com lavouras amostradas durante o Rally da Safra 2013. 33 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 ANEXO 5 - Relação dos municípios das regiões climáticas 34 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 35 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 36 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 37 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 38 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 39 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 40 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 41 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 42 ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO EM 2013 43