Cebola - Safra 2013/14 mantém área estável em Santa Catarina 05/07/2013 Nos dias 17 e 18 de junho de 2013 aconteceu em São José do Rio Pardo o XXV Seminário Nacional de C ebola, com a participação de representantes de todas as regiões produtoras do Brasil e Mercosul. Além das palestras técnicas, foram discutidas políticas para o setor, principalmente no que diz respeito a questões como irrigação, meio ambiente e contratação de mão de obra. Também fazia parte da programação visita à XX Hortitec, maior exposição técnica de Horticultura, C ultivo Protegido e C ulturas Intensivas da América Latina, em Holambra, SP. No final do evento foi apresentado o quadro com a produção e importação de cebola para 2013. Na avaliação das intenções de plantio e perspectivas de colheita pode se observar que a maior concentração de colheita está prevista para agosto e setembro. Esse aumento é justificado pela intensificação da semeadura em abril nos Estados de São Paulo, Minas e Goiás, em função das fortes chuvas nos meses anteriores que impediram a implantação da lavoura na época prevista. A maior oferta para o início da primavera poderá afetar a comercialização das variedades precoces de Santa C atarina, que são colhidas e comercializadas a partir da segunda quinzena de outubro. As altas produtividades das lavouras de Minas Gerais e Goiás gerariam excedentes que, somados aos volumes importados da Europa, afetariam o mercado. Todavia, as condições climáticas, a possibilidade de exportação para a Argentina e mesmo a capacidade de armazenamento da safra catarinense são fatores que podem alterar esta previsão. Em Santa C atarina, a primeira avaliação do IBGE, com relação à intenção de plantio para a safra 2013/14, mostra tendência de manutenção da área cultivada em torno de 18,6 mil hectares, similar à safra anterior. Da mesma forma que em todas as regiões produtoras do Brasil, a falta de mão de obra é o principal fator que impede o aumento do cultivo, mesmo com preços atraentes nos últimos 12 meses. No campo as lavouras já estão implantadas. O diferencial é o crescimento da técnica de semeadura direta que deve atingir entre 25 e 30% das áreas cultivadas. Tradicionalmente, Santa C atarina adota o método de produção de mudas em canteiros e posterior transplante. Porém, a adoção da semeadura direta aumenta a cada ano em função das dificuldades de custo e carência de mão de obra no campo. Essa tecnologia, empregada nas regiões de cebolicultura mais avançada no Brasil e no mundo, exige, além das semeadoras de precisão, o uso de irrigação, maior densidade de plantas e controle rigoroso de ervas daninhas, pragas e doenças. No sul do Brasil a dificuldade de adoção dessa técnica também está na necessidade de preparo mais intenso do solo, o que acarreta perdas por erosão. Cebola - Oferta mensal - Brasil e Argentina – 2013 Fonte: ANAC E (junho/2013). Daniel Schmitt Engenheiro Agrônomo Estação Experimental da Epagri de Ituporanga [email protected]