INSTITUTO BIOLÓGICO PÓS-GRADUAÇÃO Seleção de isolados de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e nematoides entomopatogênicos para o controle da broca-da-bananeira Cosmopolites sordidus (Germar) (Coleoptera: Curculionidae) MARIANA GARCIA MARTINEZ DA SILVA Dissertação apresentada ao Instituto Biológico, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, para obtenção do título de Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio. Área de Concentração: Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente. Orientador: Prof. Batista Filho São Paulo 2013 Dr. Antonio Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo Núcleo de Informação e Documentação – IB Silva, Mariana Garcia Martinez da Seleção de isolados de Beauveria bassiana (Bals.amo) Vuill. e nematóides entomopatogênicos para o controle da broca-da-bananeira Cosmopolites sor didus (Germar) (Coleoptera: Curculionidae). / Mariana Garcia Martinez da Silva. -- São Paulo, 2013. 53 p. Dissertação (Mestrado). Instituto Biológico (São Paulo). Programa de PósGraduação. Área de concentração: Sanidade Animal, Segurança Alimentar e o Ambiente. Linha de pesquisa: Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente no Agronegócio. Orientador: Antonio Batista Filho. Versão do título para o inglês: Selection of strains of Beauveria (Bals.) Vuill. and Entomopathogenic nematodes for the controlo of banana weevil Cosmopolites sor – didus (Germar) (Coleoptera: Curculionidae). 1. Controle microbiano 2. Fungos entomopatogênicos 3. Steinermema 4. Heterorhabditis 5. Bananicultura I. Silva, Mariana Garcia Martinez da II. Batista Filho, Antonio III. Instituto Biológico (São Paulo). IV. Título IB/Bibl./2013/002 SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO BIOLÓGICO Pós-Graduação Av. Cons. Rodrigues Alves 1252 CEP 04014-002 - São Paulo – SP [email protected] FOLHA DE APROVAÇÃO Mariana Garcia Martinez da Silva Título: Seleção de isolados de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e nematoides entomopatogênicos para o controle da broca-da-bananeira Cosmopolites sordidus (Germar) (Coleoptera: Curculionidae) Orientador: Prof. Dr. Antonio Batista Filho Dissertação apresentada ao Instituto Biológico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios para obtenção do título de Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio. Área de Concentração: Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente. Aprovada em: Banca Examinadora Assinatura: Prof. Dr. Antonio Batista Filho Instituição: Instituto Biológico Assinatura: Prof. Dr. Luis Francisco Angeli Alves Instituição: Unioeste Assinatura: Prof. Dr. Italo Delalibera Júnior Instituição: ESALQ/ USP “Insanidade: fazer a mesma coisa uma e outra vez e esperar resultados diferentes.” Albert Einstein A Gilvanira que com orgulho conta a todos de sua neta! E a minha avó Florinda que se estivesse aqui estaria orgulhosa de mim! Ofereço Aos meus pais, Sueli e Weliton pela dedicação e apoio recebido ao longo da minha vida. Mesmo distantes sempre se uniram quando o assunto era eu. Dedico Agradecimentos Primeiramente a Deus, por me dar saúde e capacidade para lutar por meus objetivos. Ao Prof. Dr. Antonio Batista Filho, por proporcionar aprendizado como meu orientador e confiar em mim como sua orientada. Por seu exemplo como profissional, seus ensinamentos, sua dedicação e seus fortes abraços de incentivos. Aos membros da banca examinadora da qualificação e da defesa, Dr. Luis Garrigós Leite, Dra. Inajá Marchizeli Wenzel, Dr. José Eduardo Marcondes de Almeida, Luis Francisco Angeli Alves e Italo Delalibera Júnior por suas sugestões e correções essenciais para melhoria deste trabalho. Ao Dr. Valmir Antônio Costa, por seu bom humor, sua boa vontade e paciência, pelos ensinamentos e suas belas e sempre perfeitas fotos dos insetos. Ao Dr. Luis Garrigós Leite, por toda a paciência e confiança em dedicar seus projetos para que aprendesse com erros e acertos, pelos conselhos, pela convivência e por sempre buscar solucionar todas as minhas dúvidas. Ao Dr. Sergio Ide, por ter aberto às portas do Instituto Biológico e ter me mostrado a força da pesquisa e desta instituição. A Dra. Harumi Hojo, por ter acreditado em mim quando ainda era graduanda, por ter me mostrado as primeiras linhas de como a ciência pode ser aplicada no campo, por acreditar em minhas ideias e ouvir minhas sugestões. Por ter tido a oportunidade de conviver diretamente com ela. Sobretudo pela amizade, carinho e por sempre tentar me ajudar. Por ouvir minhas choradeiras e ter sempre pronto seus conselhos. Ao Sr. Alberto do Polo Regional de Registro por seu auxilio na coleta dos insetos. A Dra. Zuleide Alves Ramiro pelo convívio e exemplo único de profissional a ser seguido. Aos docentes do Programa de Pós Graduação em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio do Instituto Biológico pelos ensinamentos ministrados. Ao Instituto Biológico pela oportunidade de desenvolvimento dos estudos. A Dr. Márcia Maria Rebouças por seu exemplo como profissional e por mostrar o quão importante é conhecer e fazer parte da história da ciência. A Capes pela concessão da bolsa. A FUNDAG e FUNDEPAG pelo apoio financeiro nas despesas do projeto. Aos companheiros de trabalho e amigos do Laboratório de Controle Biológico: Renata Marraschi, Aline Almeida, Tatiane Pietrobon, Ana Paula Pinto, Fernanda Polastre, Daysi Andrade, Lucas Simi, Thiago Fabrin, Roselaine Bueno, Ana Paula Bartels, Patrícia Ballone, Advaldo Barreto e Thais Pires por toda a ajuda fundamental para a realização deste trabalho, pela atenção, carinho, e a convivência agradável de todos os dias. Por aguentarem as minhas lamentações e saudades de casa, por viverem cada emoção junto comigo! Pelas risadas intermináveis e por todo o bom humor tão raros de se ter. Por não se importarem com seus jalecos manchados graças aos meus experimentos, pelas tortuosas idas ao bananal e por terem aprendido que nem sempre que algo parece estar morto, realmente está! Vocês são muito importantes para mim e me mostraram que o significado de “equipe de trabalho” se faz real neste laboratório – Obrigada por tudo! Aos amigos de Pós Graduação em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio pelo companheirismo nas disciplinas e momentos de descontração, em especial a Karen Maciel, Armando Tomomitsu (Toshi), Thaís Garcia, Randy Narumoto, e Michele Lima. A Mário Kokubu, Anderson Fujita, Fábio Schmidt, Daysi Andrade e Marilia Marcassi pela amizade e companhia no alojamento. A Nayte Vitielo e Daniele Oliveira um agradecimento pela companhia nas viagens para Campinas, por todas as aventuras, risadas e apoio nos momentos mais tensos. Em especial à amiga Daniele Oliveira, minha grande companheira no alojamento e nas intermináveis idas e vindas. Obrigada pelo apoio em todas as noites em que a saudade de casa batia, por todas as risadas e piadas que fizeram com que o tempo passasse mais depressa e fosse mais leve a pressão por saber que alguém tão especial dividia esta sensação comigo! Você é muito importante e sem dúvida se tornou uma grande amiga! Mais uma vez a Roselaine Bueno por toda a atenção, preocupação e cuidados de mãe. Uma pessoa única e especial, exemplo de força para minha vida! Em especial agradeço a Patrícia Balone, Daysi Andrade, Roselaine Bueno, Daniele Oliveira, Ana Paula Pinto, Ana Paula Bartells, Thais Pires, Lucas Simi e Aline Almeida por terem madrugado ou anoitecido comigo no laboratório para montar meus experimentos. Mais uma vez ao Lucas Simi por sempre pacientemente tirar minhas dúvidas e ajuda com a estatística e Aline Almeida por toda a ajuda no experimento de produção. A Dona Ilza por seu bom humor e toda sua colaboração na estada no alojamento. Finalmente a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a concretização deste sonho. Muito obrigada por tudo! Agradecimentos Especiais Aos meus pais José Weliton da Silva e Sueli Garcia Martinez pela compreensão da minha ausência, carinho e amor. Por me ensinarem como eu deveria encarar a vida e por valorizarem sempre o diálogo entre nós! Não seria nada sem vocês! Amo muito os dois! Ao Richard Campestrini por seu amor, carinho e atenção. Por suas valiosas correções e por sempre me mostrar que todo texto pode ser melhor escrito. Por ser acima de um companheiro, um exemplo de caráter, honestidade e força para a minha vida. E por conversar mais de seis mil minutos no telefone e nunca deixar eu me sentir sozinha! Sem você seria muito difícil... Te amo muito! A todos os meus familiares, tios e primos os quais não poderia deixar de agradecer, pois me deram a base para qualquer projeto de vida, me ensinaram que caráter e família fazem parte do conjunto para ser feliz. Em especial as minhas primas-irmãs Fernanda Ribeiro e Andréa Quintais e as minhas tias sempre presentes Marta Garcia e Maria das Graças da Silva por todo o amor, ajuda e confiança! Aos colegas de profissão e amigos, Rosana Puñales, Flávia Carvalho, Keila Almeida, Fábio Mesquita, Flávia Martins por sempre me incentivarem a prosseguir. As amigas Thais Ferreira, Vanessa Oliveira, Ivie Macedo e Raphaela Guilherme por sempre acreditarem em mim mesmo torcendo o nariz quando o assunto são os insetos. A todos muito obrigada por tudo! SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................................................... i ABSTRACT .......................................................................................................................................ii Lista de Tabelas .............................................................................................................................iii Lista de Figuras ............................................................................................................................. iv 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1 2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................. 3 3. 2.1. Bananicultura ................................................................................................................. 3 2.2. Pragas e doenças das bananeiras ............................................................................ 3 2.3. Broca-da-bananeira ...................................................................................................... 5 2.3.1. Ovos e larvas .......................................................................................................... 5 2.3.2. Adultos ..................................................................................................................... 6 2.4. Distribuição ..................................................................................................................... 6 2.5. Danos................................................................................................................................ 7 2.6. Formas de Controle ...................................................................................................... 7 2.6.1. Controle Químico .................................................................................................. 8 2.6.2. Controle Biológico ................................................................................................ 8 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................... 11 3.1. Obtenção e manutenção dos insetos .................................................................... 11 3.2. Fungos ........................................................................................................................... 12 3.2.1. Obtenção dos Conídios ..................................................................................... 12 3.2.2. Seleção de isolados de Beauveria bassiana contra adultos de Cosmopolites sordidus ..................................................................................................... 14 3.2.3. 3.3. Produção de isolados de Beauveria bassiana em meio sólido .............. 16 Nematoides entomopatogênicos ............................................................................ 17 3.3.1. Multiplicação dos nematoides entomopatogênicos .................................. 17 3.3.2. Avaliação de isolados de nematoides entomopatogênicos contra adultos de Cosmopolites sordidus ................................................................................ 18 3.3.3. Concentrações do nematoide entomopatogênico Steinernema brazilense contra adultos de Cosmopolites sordidus............................................... 20 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 21 4.1. Seleção de Isolados de Beauveria bassiana contra adultos de Cosmopolites sordidus ......................................................................................................... 21 4.2. Produção de isolados de Beauveria bassiana em meio sólido ...................... 26 4.3. Avaliação de isolados de nematoides entomopatogênicos contra adultos de Cosmopolites sordidus .................................................................................................... 28 4.4. Concentrações do nematoide entomopatogênico Steinernema brazilense contra adultos de Cosmopolites sordidus ....................................................................... 30 5. CONCLUSÕES...................................................................................................................... 32 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 33 i RESUMO MARTINEZ-SILVA, M. G. SELEÇÃO DE ISOLADOS DE BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUILL. E NEMATOIDES ENTOMOPATOGENICOS PARA O CONTROLE DA BROCA DA BANANEIRA COSMOPOLITES SORDIDUS (GERMAR) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE). São Paulo. 2012. Dissertação (Mestrado em Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente) Instituto Biológico. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de banana no mundo, entretanto alguns fatores contribuem para a perda de produção e baixos índices de exportação, entre eles o constante ataque por pragas. Destaca-se como principal inseto praga da cultura o moleque da bananeira (Cosmopolites sordidus), broca que chega a gerar até 30% de perda. Atualmente, o controle químico é o mais utilizado, porém como o consumo da banana é quase na totalidade “in natura”, há uma preocupação quanto ao efeito destes insumos no meio ambiente e na saúde, tanto do consumidor quanto do produtor. Medidas alternativas têm sido investigadas e a utilização de agentes de controle biológico como os fungos e nematoides entomopatogênicos tem se mostrado bastante promissora. Devido a variabilidade genética destes organismos, torna-se necessária a seleção de novos isolados mais virulentos. Embora muito promissores, são raros os trabalhos que utilizam nematoides para o controle de C. sordidus. Diante disso, este trabalho avaliou o potencial de novos isolados do fungo Beauveria bassiana e de nematoides dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis no controle de C. sordidus. Com exceção do isolado IBCB 80 de B. bassiana os demais 29 isolados testados foram patogênicos ao coleóptero C. sordidus. Os isolados IBCB 170, IBCB 182 e IBCB 21 tem grande potencial no controle de C. sordidus exibindo respectivamente 95, 82 e 82% de mortalidade confirmada na concentração de 1x108. Os isolados IBCB 247, IBCB 195 e IBCB 170 apresentaram os melhores resultados de esporulação na produção em arroz em relação os demais isolados (2,6 x108, 2,5 x108, 2,2 x 108 conídios/ g). Todos os isolados de nematoides entomopatogênicos testados foram patogênicos para a praga. IBCB n 24, IBCB n05 e IBCB n06 diferiram da testemunha e apresentam potencial para o controle de C. sordidus. IBCB n06 mostrou-se mais eficiente na concentração de 2000 JI/ insetos. Palavras-chave: Controle microbiano; Heterorhabditis; bananicultura. fungos entomopatogênicos; Steinernema; ii ABSTRACT MARTINEZ-SILVA, M. G. SELECTION OF STRAINS OF BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUILL. AND ENTOMOPATHOGENIC NEMATODES FOR THE CONTROL OF BANANA WEEVIL COSMOPOLITES SORDIDUS (GERMAR) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE). São Paulo. 2012. Dissertação (Mestrado em Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente) Instituto Biológico. Brazil is one of the largest producers and consumers of bananas in the world; however, certain factors contribute to loss of production and low levels of exports, among them the constant attack by pests. The most important pest of banana crop is banana weevil (Cosmopolites sordidus) that can provide up to 30% loss. Currently, chemical control is the most used borer control tatic, but as the consumption of bananas is almost entirely in natura, there is concern about the effect of these inputs in the environment and health of both the consumer and the applicator. Alternative measures have been investigated and the use of biological control agents such as fungi and entomopathogenic nematodes has been very promising. Due to genetic variability of these organisms it becomes necessary to seek a new selection of more virulent isolates. Although very promising, there are few studies that use nematodes to control C. sordidus. This study tested the potential of new strains of the fungus Beauveria bassiana and nematode from the genera Steinernema and Heterorhabditis in controlling C. sordidus. With the exception of strain IBCB 80 the remaining 29 strains tested were pathogenic to C. sordidus. The IBCB 170, 182 and 21 in a concentration of 1x108 conidia/ g has great potential in controlling this bettle showing respectively 95, 82 and 82% mortality confirmed. Strains IBCB 247, IBCB 195 and IBCB 170 showed the best results in the production of sporulation in rice compared to all other strains (2,6 x108, 2,5 x108, 2,2 x 108 conidia/ g). All strains of entomopathogenic nematodes tested were good for control. IBCB n24, IBCB n05 and IBCB n06 differed from the control and show potential for controlling C. sordidus. IBCB n06 was more effective at a concentration of 2000 JI/ insects. Key-words: Microbial control; entomopathogenic fungi; Steinernema; Heterorhabditis; banana crop. iii Lista de Tabelas Tabela 1. Relação de isolados de Beauveria bassiana utilizados no experimento. ..........13 Tabela 2. Relação de isolados de nematoides entomopatogênicos testados contra Cosmopolites sordidus.....................................................................................................18 Tabela 3. Mortalidade confirmada de adultos de Cosmopolites sordidus causada por trinta diferentes isolados do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana em condições de laboratório (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. ..............22 Tabela 4. Mortalidade confirmada de adultos de Cosmopolites sordidus, em condições de laboratório, causada por dez diferentes isolados do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana, os quais apresentaram os maiores índices de mortalidade em relação aos 30 isolados avaliados em teste anterior (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. ..............................................................................................................24 Tabela 5. Resultado do teste de produção de conídios de dez diferentes isolados de Beauveria bassiana em arroz parboilizado tipo 1 (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. .....................................................................................................27 Tabela 6. Mortalidade total e confirmada de adultos de Cosmopolites sordidus causada por diferentes espécies de nematoides entomopatogênicos em condições de laboratório (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), junho, 2012. ............................................29 iv Lista de Figuras Figura 1. A- Recipiente onde foram mantidos os adultos de Cosmopolites sordidus. BPedaços de pseudocaule ofertados como alimento para Cosmopolites sordidus. ...........11 Figura 2. Lâmina de microscopia utilizada para verificar a viabilidade dos conídios. .......14 Figura 3. Esquema representativo do teste para seleção de isolados de Beauveria bassiana. .........................................................................................................................15 Figura 4. A: Produção sólida em arroz de 10 isolados de Beauveria bassiana; B: Agitação do material realizada após 7 dias da data de inoculação. ................................................17 Figura 5. A - Inoculação de nematoides entomopatogênicos em larvas de Galleria mellonella; B - Armadilha de "White" para a retirada de juvenis infectivos de nematoides entomopatogênicos; C - Liberação de juvenis infectivos em destaque. ...........................18 Figura 6. A - Experimento para avaliação da mortalidade de Cosmopolites sordidus por nematoides entomopatogênicos. Recipiente plástico, solo, insetos e um pedaço de pseudocaule como fonte de alimento. B- Câmara climatizada onde o ensaio permaneceu até a avaliação.................................................................................................................19 Figura 7. Armadilha de “White” para constatação da morte de Cosmopolites sordidus por nematoides. .....................................................................................................................20 Figura 8. Vista ventral de Cosmopolites sordidus colonizado por Beauveria bassiana. ...21 Figura 9. Vista dorsal e ventral das infecções causadas por 10 diferentes isolados de Beauveria bassiana em Cosmopolites sordidus sob condições de laboratório (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012.........................................................26 Figura 10. Mortalidade causada por cinco diferentes concentrações no nematoide Steinernema brasilense testados em condições de laboratório contra adultos de Cosmopolites sordidus (25 ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), novembro, 2012. Médias seguidas de mesma letra, não diferem pelo teste de Tukey a 5% (p<0,05). Valores originais e análise estatística realizada com dados transformados em Log x + 10. ........................................................................................................................................31 1 1. INTRODUÇÃO A cultura da banana (Musa spp.) tem grande importância para o Brasil, sendo cultivada por pequenos e médios produtores. Sua fruta é considerada um importante complemento alimentar e lidera o mercado nacional com 30,6% em volume vendido, seguida pela laranja com 18,6% e abacaxi 8,5% (SEBRAE/ ESPM, 2008). No cenário mundial, o Brasil aparece como o quinto maior produtor desta fruta, atingindo, em 2010, 6,97 milhões de toneladas com uma área plantada superior a 500 mil hectares (IBGE, 2011), sendo superado pela Índia (31,89 milhões de toneladas), China (9,84 milhões de toneladas), Filipinas (9,10 milhões de toneladas) e Equador (7,93 milhões de toneladas) (FAO, 2010). As regiões do Brasil mais representativas para a produção nacional são nordeste e sudeste (37% e 32%, respectivamente). Somente o Estado de São Paulo produziu, em 2009, mais de 1,2 milhões de toneladas, as quais estão concentradas na região do Vale do Ribeira, sul do estado, que abriga 7 das 10 cidades com maior produção de bananas do país (IBGE, 2009a). A região tem como atividades econômicas a agricultura e o turismo ecológico, sendo a banana o principal produto. Entretanto é considerada uma localidade pobre, e apresenta um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,72959, sendo um dos menores do estado de São Paulo (0,82025) (PNUD, 2000). A produção brasileira é praticamente toda destinada ao mercado interno, exportando apenas 1,8%, enquanto o Equador, por exemplo, exporta em média 65% de sua produção (IBGE, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, 2009b). Avaliando a relação área plantada e produção, observa-se que a bananicultura brasileira sofre com os impactos da baixa tecnificação e modernização, pois sua área plantada perde apenas para a área da Índia e ainda assim ocupa esta baixa colocação (SILVA NETO & GUIMARÃES, 2011). Entre os fatores que afetam a produtividade e a exportação desta cultura estão as pragas e doenças, que são frequentes e diversificadas, exigindo o uso de medidas de manejo e controle (BATISTA-FILHO et al., 2002). Dentre as pragas, destaca-se a brocada-bananeira ou moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus L.), considerado o principal inseto-praga da cultura. As larvas deste besouro alimentam-se do colmo da planta construindo galerias em diversas direções, acarretando no amarelecimento das 2 folhas e na produção de cachos pequenos, além de facilitar a entrada de microrganismos fitopatogênicos a partir de seus danos diretos (GOLD, 2001). A principal medida para o controle de Cosmopolites sordidus é a utilização de inseticidas químicos sistêmicos. O uso intensivo de agrotóxicos traz sérias restrições, pois contamina o meio ambiente e causa danos à saúde humana, além de afetar organismos não alvo, como insetos benéficos, animais silvestres e de criação (SOUZA & REIS, 1986). Entretanto, por se tratar de um produto consumido quase na totalidade in natura e muitas vezes cultivado em regiões de preservação ambiental como o Vale do Ribeira, métodos com baixo impacto ambiental, como o controle biológico utilizando agentes entomopatogênicos, são fundamentais para o desenvolvimento desta cultura (LARA et al., 2000). O agroecossistema da bananicultura, como outras culturas perenes, oferece ainda condições para manutenção das populações de inimigos naturais e para preservação de inóculos de fungos entomopatogênicos (NEVES & HIROSE, 2005). Na tentativa de diminuir a utilização de inseticidas químicos e devido à crescente demanda por culturas orgânicas, diversos estudos têm sido realizados para comprovar a eficiência de agentes entomopatogênicos para o controle de C. sordidus, destacando-se o fungo Beauveria bassiana (BATISTA FILHO et al., 1996b; JORDÃO et al., 1999; NAKINGA & MOORE, 2000; AKELLO et al., 2008; ALMEIDA et al., 2009) e os nematoides entomopatogênicos dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis (SCHMITT et al., 1992; ROSALES & SUÁREZ, 1998; SEPÚLVEDA-CANO et al., 2008; BORTOLUZZI, 2009). O presente trabalho foi realizado com o objetivo de selecionar em condições de laboratório, isolados patogênicos do fungo Beauveria bassiana e avaliar nematoides dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis para o controle de C. sordidus. 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Bananicultura Entre as culturas agrícolas mais importantes para as regiões tropicais e subtropicais do mundo estão as bananeiras (Musa sp.), as quais têm como principal produto comercial seus frutos, as bananas. Acredita-se que as bananeiras sejam originadas da Ásia Tropical, com centros secundários na África e Ilhas do Oceano Pacífico, sendo resultados dos cruzamentos das espécies selvagens Musa acuminata (genoma A) e Musa balbisiana (genoma B). As bananeiras são encontradas em todas as regiões tropicais e subtropicais do globo (BORGES & SOUZA, 2004). No Brasil, é cultivada em todas as unidades da federação, plantando-se principalmente as cultivares do grupo Prata (Prata, Pacovan e Prata-Anã), grupo Nanica - subgrupo Cavendish (Nanica, Nanicão e Grand Naine) e grupo Maçã (Maçã, Mysore e Thap Maeo) (OLIVEIRA et al., 1999). Seus frutos são fonte de alimento básico para milhões de pessoas. A banana possui grande valor nutricional, altamente energético (cerca de 100 kcal por 100g de polpa), seus carboidratos (aproximadamente 22%) são facilmente assimiláveis, além das fontes de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio (ABAVAR, 2012). Bastante apreciada em cardápios de diferentes faixas etárias, é considerada alimento adequado para crianças e idosos. A cultura da banana representa papel estratégico na segurança alimentar do mundo (SILVA NETO & GUIMARÃES, 2011). A área de cultivo mundial atinge cerca de 4,8 milhões de hectares, sendo que 84% das bananas produzidas são destinadas ao consumo das populações dos próprios países e apenas 16% são para exportação (FAO, 2010). 2.2. Pragas e doenças das bananeiras A alta incidência de pragas e doenças são fatores que corroboram para os baixos níveis de exportação e altos índices de perda na produção, além do baixo nível tecnológico existente em algumas áreas (BATISTA FILHO et al., 2002). Na bananicultura são considerados de maior importância os danos causados respectivamente por 4 doenças, fitonematoides e artrópodes como insetos e ácaros (CORDEIRO et al., 2004; GOLD et al., 2006). Sendo afetadas por diferentes grupos de patógenos, tais como fungos, bactérias e vírus, as plantas doentes somam danos diretos e indiretos na produção de frutos com qualidade. Dessa forma, é considerado de grande importância o manejo correto e a capacidade de detecção de sintomas para o sucesso do plantio (LICHTEMBERG & LICHTEMBERG, 2011). Destacam-se as doenças ocasionadas pela interação entre a planta, o ambiente e fungos fitopatogênicos como Mycosphaerella musicola Leach, forma perfeita ou sexuada, ou Pseudocercospora musae (Zimm) Deighton, forma assexuada ou imperfeita que proporciona a Sigatoka Amarela e Mycosphaerella fijiensis (Morelet) fase sexuada, ou Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton, fase assexuada) agentes da Sigatoka Negra e Fusarium oxysporum f.sp. cubens fator do Mal do Panamá. Tais doenças têm sido controladas com aplicações sucessivas de fungicidas, muitas vezes realizadas sem critérios, com a utilização de equipamentos e produtos inadequados, o que pode também favorecer o aumento do potencial de inóculo (NOGUEIRA, 2008; ROCHA-JÚNIOR, et al., 2010). Os fitonematoides são um grande problema para a cultura, sua dispersão está diretamente ligada ao homem, ao uso de mudas contaminadas e deslocamento de equipamentos contaminados para áreas sadias. Pouco se sabe a cerca dos prejuízos econômicos gerados por estes organismos para a bananicultura, entretanto é conhecido que o nível populacional dos nematoides, tipo de solo, susceptibilidade da variedade, e condições climáticas influenciam no nível de dano econômico (RITZINGER & COSTA, 2004). As principais espécies fitoparasitas de bananeiras são Radopholus similis, diferentes espécies de Meloidogyne spp., Helicotylenchus spp., Pratylenchus spp. e Rotylenchulus reniformis (RITZINGER & FANCELLI, 2006; DIAS-ARIEIRA et al., 2010). Muitos artrópodes são relatados nos bananais, como lepidópteros, coleópteros, hemípteros, thysanópteros entre outros. Entretanto, em razão dos prejuízos causados à cultura, poucos são considerados pragas de importância econômica (GOITÍA & CERDA, 1998; FANCELLI, 2004). Dentre os lepidópteros, estão as lagartas desfolhadoras Caligo spp., Opsiphanes spp., Antichloris spp., e a traça-da-bananeira Opogona sacchari que penetra no fruto e constrói galerias na polpa (FANCELLI, 2004; SMILANICH & DYER, 2012). Os tripes constituem um importante grupo de pragas para os bananais, sendo as espécies mais recorrentes Frankliniella brevicaulis e F. fulvipennis atacando principalmente frutos em desenvolvimento e Chaetanaphothrips spp., Caliothrips bicinctus 5 e Tryphactothrips lineatus são responsáveis pela ferrugem nos frutos (MONTEIRO et al., 2001; FANCELLI, 2004). Dentre os ácaros, os mais importantes são os chamados ácaros de teias, pertencentes ao gênero Tetranychus, e seu controle acontece principalmente através do uso de acaricidas, porém o controle biológico pode ser feito utilizando e preservando ácaros predadores da família Phytoseidae (HASTIE et al., 2010). Entre os coleópteros, Cosmopolites sordidus tem papel fundamental no manejo, sendo considerado o principal inseto praga da cultura, por vezes confundido com Metamasius hemipterus a falsa broca-da-bananeira ou broca-rajada, a qual não representa papel direto sobre a cultura, todavia, sua multiplicação nos bananais pode gerar problemas às culturas vizinhas como cana-de-açúcar e coqueiros, onde é considerada praga (PAULI et al., 2011). 2.3. Broca-da-bananeira A broca-da-bananeira ou moleque-da-bananeira C. sordidus (Germar, 1824) (Coleoptera: Curculionidae) é considerada o principal inseto praga da bananicultura, seus danos podem impedir o estabelecimento da cultura, reduzir a produtividade e contribuir para a diminuição da vida do plantio (GOLD & MESSIAEN, 2000). São insetos com um período de vida prolongado e baixa fecundidade, vivendo em média por um ano, embora possam chegar a quatro anos (MASANZA et al., 2005). Estes estão presentes em todos os estados produtores, atacando principalmente os cultivares Prata, Nanica e Nanicão, mas, relatados também em banana maçã e terra (GALLO, 2002). 2.3.1. Ovos e larvas As fêmeas de C. sordidus possuem uma taxa de oviposição considerada baixa, existindo registros de um ovo por dia, entretanto, a média é de um ovo por semana, com uma proporção sexual entre machos e fêmeas de 1:1. Os ovos são brancos de formato ovalado, colocados individualmente em cavidades feitas pela própria fêmea. Os locais preferidos para oviposição são as bainhas foliares e superfície do rizoma, sendo 6 ambientes ideais às plantas já florescidas e os restos culturais (GOLD & MESSIAEN, 2000). As larvas são curculioniformes recurvadas em formato de “c”, ápodas, de cor branca com um tamanho máximo médio de 1,25 cm (VALLEJO et al., 2007). Passam em geral por 5-8 ínstares, até a formação da pupa próxima a superfície da planta hospedeira. As larvas se alimentam preferencialmente do rizoma e eventualmente do pseudocaule. O ciclo completo de ovo a adulto ocorre em torno de 5 a 7 semanas, sendo a temperatura um fator importante para as taxas de crescimento (GOLD & MESSIAEN, 2000). 2.3.2. Adultos Os adultos do moleque-da-bananeira são de cor preta brilhante, medem cerca de 11 mm de comprimento por 4 mm de largura, sua cabeça é pequena e apresenta um “bico” proeminente característico, apresenta antenas clavadas inseridas na base do início do bico (VALLEJO et al., 2007). Os adultos são de vida livre e hábito gregário, sendo encontrados entre as bainhas foliares, no solo e na base das plantas associados aos restos culturais (GOLD et al., 2006). Possuem hábitos noturnos, e suas larvas são bastante suscetíveis à dessecação. C. sordidus habitualmente permanece na mesma área de plantio por longos períodos, tendo uma baixa taxa de deslocamento, cerca de 25 m em 6 meses, são capazes de voar, mas raras são as circunstâncias em que isto acontece (GOLD, 2001). 2.4. Distribuição Acredita-se que C. sordidus evoluiu no sudeste da Ásia coincidindo com a área de origem das bananeiras, e a partir de lá se espalhou pelo mundo, provavelmente através de mudas e materiais infestados (GOLD, 2001). O moleque-da-bananeira não é considerado hoje uma praga importante para a Ásia, entretanto já trouxe grandes problemas no passado (WATERHOUSE, 1993). No Brasil esta praga está espalhada por todos os estados produtores. É considerada praga específica do gênero Musa, ainda que tenha sido relatada sua 7 presença em outras culturas. Não há espécies e variedades de bananeiras verdadeiramente resistentes a C. sordidus, porém existem diferenças consideráveis quanto à severidade e susceptibilidade do ataque (PAVIS & LEMAIRE, 1997; KIGGUNDU et al., 2003). 2.5. Danos Os danos causados por C. sordidus geram perdas superiores a 40% do cultivo em bananais comerciais, através de danos diretos e indiretos. As larvas se alimentam do colmo, construindo galerias em diversas direções, acarretando no amarelecimento das folhas e a produção de cachos pequenos (NAVA et al., 2006). Seu ataque impede ainda o surgimento de novas raízes, morte das raízes existentes, limitando a absorção de nutrientes, gerando atraso na floração, e aumento da susceptibilidade a fitopatógenos (OLIVEIRA et al., 1999; GOLD & MESSIAEN, 2000). Os adultos de C. sordidus são atraídos por substâncias voláteis da própria planta hospedeira, assim o corte de rizomas, prática comum em bananais, exerce atração especial, o que torna difícil estabelecer novos plantios em áreas já infestadas. Em cultivos de primeiro ciclo os índices de infestação são baixos, e aumentam fortemente a partir do terceiro ciclo (GOLD, 2001). 2.6. Formas de Controle Uma vez que a principal forma de dispersão desta praga é através de mudas infestadas, principalmente por indivíduos em estágio de desenvolvimento, a primeira estratégia de controle é a seleção de mudas sadias e a escolha por áreas com ausência ou baixos níveis de infestação da praga. Mais recentemente, a utilização de mudas micropropagadas tem sido intensificada, pois possuem a vantagem de estarem sadias tanto em nível de pragas como doenças (LISEI-DE-SÁ & BRAGA, 2002; NOMURA et al., 2008;). Eliminar áreas de refúgio, manter o bananal limpo e livre de restos culturais são medidas consideráveis para a diminuição do número de adultos no campo, que podem ser intensificadas pela utilização de iscas atrativas que detenham os adultos (BORGES & 8 SOUZA, 2004). Estas podem ser feitas com feromônios sintéticos comercializados ou simplesmente por pedaços de pseudocaules de bananeiras que já produziram, entretanto é um atividade custosa no que tange a mão-de-obra e tempo para sua execução (BATISTA-FILHO et al., 1990; TINZAARA et al., 2005). 2.6.1. Controle Químico A principal forma de controle de C. sordidus em plantações comerciais é o uso de inseticidas químicos (BORGES & SOUZA, 2004). Atualmente, os produtos mais utilizados pertencem ao grupo dos organofosforados e carbamatos, em especial o composto carbofurano, menos persistente que outros inseticidas utilizados no passado; no entanto, é considerado caro e tóxico para o aplicador (MARTÍNEZ & ROSALES, 1993). Tem ação inseticida e nematicida, com efeito sistêmico. Embora apresente eficiência, já existem evidências de resistência de C. sordidus a tais produtos (COLLINS et al., 1991). Segundo o Insecticide Resistance Action Committee (IRAC) (2013) com base em publicações científicas de referência internacional, são conhecidas resistências de C. sordidus para quatro diferentes ingredientes ativos (aldrin, dieldrin, HCH-gamma, heptachlor), com registro em 18 localidades no Brasil. Diante das evidências negativas do uso dos inseticidas, surgem alternativas como os compostos botânicos que têm sido pesquisados como uma alternativa de controle para C. sordidus. Trabalhos mostram que tratamentos com imersão de mudas em soluções de extratos de sementes de Neem (Azadirachta indica) protege a planta contra ataques, repelindo os adultos, o que diminui a oviposição e consequentemente o crescimento populacional (MUSABYIMANA et al., 2001; GOLD & MESSIAEN, 2000). 2.6.2. Controle Biológico Nas diversas regiões onde C. sordidus é considerado uma praga importante, ele é tido como um inseto exótico, sugerindo que estratégias de controle biológico clássico possam ser utilizadas (HASYIM & SYAFRILD, 2009). Waterhouse & Norris (1987) descreveram o besouro Plaesius javanus como um inimigo natural da broca-da-bananeira, cujas larvas e adultos são fortes predadores. 9 Entretanto, as tentativas de introdução de P. javanus e outros inimigos naturais fracassaram na América Latina e África (GOLD, 2001). Fungos entomopatogênicos exibem os melhores resultados no controle da brocada-bananeira, especialmente Beauveria bassiana que vem sendo estudado contra esta praga desde a década de 1970 (GOLD & MESSIAEN, 2000). Os resultados utilizando este patógeno são favoráveis e evoluíram nas últimas décadas, alcançando controles superiores a 80% para diferentes pragas. (BATISTA-FILHO et al., 1996c; ALMEIDA et al., 2009; NAKINGA & MOORE, 2000). Diversas pesquisas investiram em técnicas que otimizam a aplicação e a produção de conídios de B. bassiana em larga escala (AKELLO et al., 2007; LÓPEZ et al., 2010; MICHEREFF-FILHO et al., 2009). B. bassiana é capaz de atingir um grande número de espécies de insetos em praticamente todos os estágios de desenvolvimento (ovos, larvas, pupas e adultos), contaminando-os através de contato, ingestão ou penetração. Este patógeno possui grande variabilidade genética o que implica em estudos de seleção de cepas ou isolados e avaliação dos mais virulentos para um controle eficiente para diferentes pragas (ALMEIDA & MACHADO, 2006). Assim como outros fungos entomopatogênicos, B. bassiana é altamente especializado, e pode proporcionar a morte do inseto alvo ou ainda atingir as gerações seguintes, diminuindo a oviposição, a viabilidade de ovos ou aumentando a sensibilidade da população a outros agentes biológicos e químicos (ALVES, 2008). Para que o uso de B. bassiana seja eficiente no controle de pragas, é importante que os isolados sejam estudados e sua diversidade genética compreendida (FERRI, 2010). Para tal, a seleção de isolados é ferramenta importante e serve de base para pesquisas aplicadas, que utilizem estes fungos em estratégias de controle biológico. B. bassiana tem sido alvo de numerosos estudos de seleção de isolados para a praga em questão, a broca-da-bananeira, buscando características importantes como produção e virulência (BATISTA FILHO et al., 1996c; NEVES & ALVES, 2000; NEVES & HIROSE, 2005; YE et al., 2006; RODH et al., 2006;). É importante enfatizar ainda, que a seleção de isolados é fator determinante no processo de registro e patente de produtos que possam utilizar B. bassiana. (MICHEREFF FILHO et al., 2009) Segundo Treverrow & Bedding (1993) o controle de C. sordidus utilizando nematoides entomopatogênicos (NEPs) é relatado como uma alternativa técnica e economicamente viável. Trabalhos mostraram que diferentes espécies de NEPs apresentam mortalidade significativa e podem ser aliados no controle desta praga 10 (SEPÚLVEDA-CANO et al., 2008; PADILLA-CUBAS et al., 2010; MWAITULO et al., 2011). No Brasil, raros são os trabalhos utilizando nematoides entomopatogênicos para o controle do moleque-da-bananeira, necessitando de pesquisas e investimentos na área (SCHMITT et al., 1992; BORTOLUZZI, 2009). Existem dois gêneros de nematoides considerados os mais importantes como biocontroladores: Steinernema e Heterorhabditis. Os nematoides entomopatogênicos vêm sendo utilizados com sucesso para o controle de diversas pragas, especialmente as de solo (BATISTA FILHO, 1996a; GIOMETTI et al., 2011; LEITE et al., 2006). Os esteinernematídeos e heterorhabditídeos já são produzidos comercialmente e largamente utilizados tanto nas pragas de importância agrícola como veterinária e urbana. Algumas razões podem ser atribuídas ao crescente interesse por estes organismos, entre elas a possibilidade de criação massal, a compatibilidade com diversos defensivos químicos, sua especificidade para insetos, o comportamento de busca pelo hospedeiro, a persistência no ambiente, e a ausência de toxicidade para seres humanos, entre outras (LEITE et al., 2006). Giometti et al. (2011), demonstraram a eficiência de nematoides entomopatogênicos quando aplicados no controle do bicudo-da-cana (Sphenophorus levis), este inseto também pertencente a família Curculionidae e que possui hábitos bastante semelhantes a C. sordidus. 11 3. MATERIAL E MÉTODOS Os ensaios foram desenvolvidos no Laboratório de Controle Biológico, situado no Centro Experimental Central do Instituto Biológico, sediado em Campinas – SP. 3.1. Obtenção e manutenção dos insetos Os adultos de Cosmopolites sordidus, foram capturados com o auxílio de armadilhas do tipo “telha” confeccionadas a partir de pseudocaules de bananeiras que já produziram frutos, cortando-se longitudinalmente e deixando a parte cortada voltada para o solo ao lado da touceira, em plantações comerciais de banana localizadas na região do Vale do Ribeira, São Paulo. Ao chegarem ao laboratório foram colocados em recipientes plásticos com tampas vasadas para aeração e alimentados com pedaços de pseudocaule de bananeiras provenientes de plantação na própria instituição (Figura 1). Os besouros foram mantidos em sala climatizada (25 ±1°C e fotofase de 14 horas) por um período máximo de 15 dias até a realização dos testes. Figura 1. A- Recipiente onde foram mantidos os adultos de Cosmopolites sordidus. B- Pedaços de pseudocaule ofertados como alimento para Cosmopolites sordidus. 12 3.2. Fungos 3.2.1. Obtenção dos Conídios Foram utilizados isolados de Beauveria bassiana pertencentes à Coleção de Fungos Entomopatogênicos “Oldemar Cardim Abreu” do Laboratório de Controle Biológico do Centro Experimental Central do Instituto Biológico, localizado em Campinas, SP e credenciada como fiel depositária pelo IBAMA. Estes isolados (Tabela 1) são mantidos armazenados em “freezer” a -4°C, sob a forma de conídios puros, acondicionados em microtubos e em tubos de cultura com óleo mineral. A seleção foi dividida em duas etapas, a fase de screening onde primeiramente foram testados os 30 isolados mais a testemunha, divididos em 3 blocos de 10 isolados. Na segunda fase foram testados os 10 isolados que presentaram melhor mortalidade. Os isolados foram escolhidos avaliando características como hospedeiros e localidade, buscando um espectro amplo de acordo com a disponibilidade do banco, e produzidos a partir de repicagem em três pontos em placas de Petri (9 cm de diâmetro), contendo meio autoclavado de batata-dextrose-ágar (BDA). As placas foram incubadas em câmara de germinação do tipo BOD (25 ± 1ºC e fotofase de 12 horas), e após 14 dias foram utilizadas no preparo das suspensões. As placas cultivadas foram raspadas com o auxílio de uma espátula, e o material obtido foi adicionado em um tubo de ensaio contendo 10 mL de água destilada e agente tensoativo (Tween 80) a 0,01%. As suspensões foram diluídas e quantificadas em câmara de Neubauer, com o auxílio do microscópio óptico e aumento de 400x. 13 Tabela 1. Relação de isolados de Beauveria bassiana utilizados no experimento. Isolado Origem Localidade da coleta IBCB 07 Sem registro Sem registro IBCB 18 Hypothenemus hampei Tapiratiba (SP) IBCB 21 Solo Cascavel (PR) IBCB 31 Nezara viridula Piracicaba (SP) IBCB 34 Solo Cascavel (PR) IBCB 35 Cosmopolites sordidus Cruz das Almas (BA) IBCB 66 H. hampei São José do Rio Pardo (SP) IBCB 67 Sem registro Sem registro IBCB 80 H. hampei Caconde (SP) IBCB 81 Solo Cascavel (PR) IBCB 82 C. sordidus Goiânia (GO) IBCB 102 Solo Cosmópolis (SP) IBCB 161 Solo Guaraniaçú (PR) IBCB 164 Solo Guaraniaçú (PR) IBCB 170 Solo Iracemápolis (SP) IBCB 175 Solo Cascavel (PR) IBCB 182 Solo Cascavel (PR) IBCB 195 Solo Cascavel (PR) IBCB 204 Solo Pouso Redondo (SC) IBCB 213 Solo Ribeirão Preto (SP) IBCB 239 H. hampei Campinas (SP) IBCB 240 H. hampei Campinas (SP) IBCB 241 Oryzophagus oryzae Pindamonhangaba (SP) IBCB 246 H. hampei Taubaté (SP) IBCB 247 H. hampei Taubaté (SP) IBCB 254 Solo IBCB 258 H. hampei Fazenda São José, Manuel Oliveira (SP) Taubaté (SP) IBCB 264 Solo Ribeirão Preto (SP) IBCB 272 Solo Ribeirão Preto (SP) IBCB 276 Solo Ribeirão Preto (SP) Antes da imersão, foi determinada a viabilidade dos conídios da suspensão, concentrada em 1x108, através da técnica de microcultivo e exame direto em lâminas de microscopia esterilizadas previamente e marcadas com três círculos na face inferior, recobertas com uma fina camada de BDA (Figura 2). Sobre o meio de cultura foi inoculado, em cada círculo, 0,1 mL da suspensão fúngica obtida de colônias crescidas 14 em BDA. As lâminas, acondicionadas individualmente em placas plásticas de Petri estéreis (90 x 15 mm), com algodão umedecido, foram incubadas a 25 ± 1°C, durante 18h. Após este período, foi feita a observação de 150 conídios em cada área da lâmina, utilizando-se microscópio com aumento de 400x. Foram contados conídios germinados e não germinados, estabelecendo-se a porcentagem de germinação. Cada lâmina corresponde a uma repetição, confeccionando-se três lâminas conforme metodologia adaptada de MARQUES et al. (2004). Para aplicação nos insetos foram utilizadas apenas as suspensões que apresentaram viabilidade acima de 90%. Figura 2. Lâmina de microscopia utilizada para verificar a viabilidade dos conídios. 3.2.2. Seleção de isolados de Beauveria bassiana contra adultos de Cosmopolites sordidus As suspensões preparadas conforme o Item 3.2.1 foram inoculadas nos insetos utilizando o método de imersão. Foram colocados 50 insetos, durante 1 minuto, em 30 mL da suspensão na concentração 1x108 conídios/ mL, já estimada previamente como a CL50 para C. sordidus, utilizando o isolado IBCB 66 como isolado padrão (ALMEIDA et al., 2009). Durante este tempo, foram realizados movimentos circulares do recipiente onde os besouros estavam imersos, para homogeinizar a suspensão (Figura 3). 15 Figura 3. Esquema representativo do teste para seleção de isolados de Beauveria bassiana. Após a imersão, os insetos foram colocados, individualmente, em placas de acrílico com tampa (6 cm de diâmetro x 2 cm de altura) e mantidos em câmara climatizada (25 ± 1ºC; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12 horas). As avaliações foram realizadas com 7 e 14 dias contando o número de insetos mortos e vivos. Os insetos foram colocados em câmara úmida para estimular a esporulação do fungo e constatar se a morte ocorreu devido ao patógeno em questão. Como testemunha foi utilizado o mesmo volume do tratamento de água destilada mais Tween 80 a 0,01% Na fase de screening os tratamentos foram agrupados em 5 repetições com 10 insetos cada, foram consideradas apenas as mortalidades confirmadas e avaliados os percentuais comparando-se a testemunha. Os dez isolados que apresentaram maiores índices percentuais de mortalidade desta seleção, foram testados novamente a fim de confirmar seu potencial no controle de C. sordidus, seguindo a mesma metodologia. 16 Os isolados desta segunda fase receberam tratamento estatístico, foi considerado apenas as mortalidades confirmadas e aplicado o teste Tukey (P ≤ 0,05) sem transformação de dados, e agrupados em 5 repetições com 10 insetos cada, sendo comparadas sempre à testemunha, utilizando o software SAS 9.0 (Enterprise Guide, 2006). 3.2.3. Produção de isolados de Beauveria bassiana em meio sólido Foram avaliados no aspecto produção de conídios, os dez isolados que apresentaram melhores resultados de mortalidade nos testes de seleção. Como meio de cultura para o crescimento e esporulação de B. bassiana foi utilizado arroz parboilizado tipo 1, sendo atualmente este o substrato sólido mais utilizado por biofábricas, que visem produção comercial de fungos entomopatogênicos. Isto ocorre, entre outros fatores, devido ao equilíbrio nutricional disponível para o fungo, custo, ampla disponibilidade mundial, capacidade de hidratação e preservação de características estruturais após a colonização pelo fungo (JENKINS et al., 1998). O arroz foi recoberto com água por 30 minutos, e esta água reposta sempre que o volume baixava visivelmente. Após este processo de umidificação, o arroz foi pesado e colocado em sacos autoclaváveis, que foram fechados utilizando grampos metálicos para papel. Foram então autoclavados durante 20 minutos à temperatura de 121 °C e resfriados em seguida. Para a inoculação foram feitas as suspensões dos isolados conforme a metodologia do item 3.2.1. Foram consideradas 5 repetições por isolado, sendo cada repetição composta de um saco com 300g de arroz (pesados antes da autoclavagem). Os sacos foram individualmente inoculados com 5 mL da suspensão fúngica, na concentração de 1 x 108 com/ mL utilizando-se seringas farmacêuticas. O orifício realizado pela perfuração foi tampado com o uso de fita adesiva. Os sacos foram identificados, agitados e mantidos em sala climatizada (25 °C, 70% U.R. e fotoperíodo de 12 horas) (Figura 4A). Após sete dias da inoculação, os sacos foram agitados e, após 14 dias fez-se a avaliação da produção (Figura 4B). 17 Figura 4. A: Produção sólida em arroz de 10 isolados de Beauveria bassiana; B: Agitação do material realizada após 7 dias da data de inoculação. Para tal, foi retirada uma amostra de 1 g de arroz com fungo de cada saco, totalizando 5 amostras, adicionando-se a ela 10 mL de água estéril mais Tween 80 a 0,01%, e agitados para a preparação de uma suspensão de conídios. As suspensões foram diluídas e quantificadas em câmara de Neubauer sob microscópio óptico de luz no aumento de 400x e realizados os cálculos para a conversão da concentração em conídios/ grama. Os dados de produção foram submetidos à analise de variância comparando-se as médias pelo teste de Tukey (P<0,05), com dados transformados em Log de x + 10. 3.3. Nematoides entomopatogênicos 3.3.1. Multiplicação dos nematoides entomopatogênicos Os nematoides foram obtidos a partir de produção in vivo, usando-se larvas de Galleria mellonella (Lepidoptera: Pyralidae), mais conhecidas como “traça dos favos”, do 3o ao 5o ínstar. Esses insetos foram mantidos em dieta artificial à base de soja e cera de abelha, à temperatura de 32º C, umidade relativa ambiente e fotoperíodo de 12 horas segundo metodologia citada por Cruz (1988). As larvas de G. mellonella foram colocadas em placas de Petri (8,5 cm de diâmetro x 1,5 cm de altura) (5 por placa) sobre papel de filtro onde foi aplicado 1,5 mL de suspensão aquosa contendo o isolado dos nematoides para que estes se multiplicassem no corpo do inseto. As placas foram vedadas e mantidas em câmara climatizada do tipo B.O.D. (25º ± 1ºC e fotofase de 12 horas) até a constatação da morte. 18 As lagartas foram então transferidas para armadilhas de “White” (GLAZER & LEWIS, 2000), constituída de placa de Petri com uma lâmina de água e disco de papel filtro úmido para a retirada dos juvenis infectivos (JI) (Figura 5). Figura 5. A - Inoculação de nematoides entomopatogênicos em larvas de Galleria mellonella; B Armadilha de "White" para a retirada de juvenis infectivos de nematoides entomopatogênicos; C Liberação de juvenis infectivos em destaque. 3.3.2. Avaliação de isolados de nematoides entomopatogênicos contra adultos de Cosmopolites sordidus Foram avaliados cinco diferentes espécies de nematoides dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis correpondentes a cinco isolados provenientes de diversos hospedeiros e diferentes regiões geográficas, pertencentes à Coleção de Nematoides Entomopatogênicos do Instituto Biológico (Tabela 2). Tabela 2. Relação de isolados de nematoides entomopatogênicos testados contra Cosmopolites sordidus. Isolado Nematoide Origem Localidade da coleta IBCB n01 Steinernema glaseri Migdolus sp. Araras (SP) IBCB n02 Steinernema carpocapsae Solo Flórida (EUA) IBCB n05 Heterorhabditis indica Solo Itapetininga (SP) IBCB n06 Steinernema brazilense Solo Porto Murtinho (MG) IBCB n24 Heterorhabditis amazonensis Sphenophrus levis Piracicaba (SP) 19 Foram consideradas 5 repetições por tratamento, sendo cada repetição representada por 10 insetos agrupados em um pote plástico (9 cm de diâmetro x 5 cm de altura) contendo um pedaço de pseudocaule de bananeira entre 200 g de areia (10% de umidade), totalizando 50 insetos por tratamento (Figura 6A). Os isolados foram aplicados em suspensão aquosa, com o auxílio de uma pipeta, na dosagem de 500 JI/ inseto sobre a areia, como concentração discriminatória. Os potes foram mantidos em sala climatizada tipo fitotrom (25 ± 1ºC; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12 horas) (Figura 6B). As avaliações foram realizadas 12 dias após a aplicação, contando-se o número de insetos vivos e mortos. Figura 6. A - Experimento para avaliação da mortalidade de Cosmopolites sordidus por nematoides entomopatogênicos. Recipiente plástico, solo, insetos e um pedaço de pseudocaule como fonte de alimento. B- Câmara climatizada onde o ensaio permaneceu até a avaliação Os insetos mortos foram transferidos para armadilhas de “White” para confirmar a infecção pelos nematoides, utilizando-se como parâmetro a emergência de juvenis infectivos (Figura 7). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05), com dados transformados em Log de x + 10, utilizando o software SAS 9.0 (Enterprise Guide, 2006). 20 Figura 7. Armadilha de “White” para constatação da morte de Cosmopolites sordidus por nematoides. 3.3.3. Concentrações do nematoide entomopatogênico Steinernema brazilense contra adultos de Cosmopolites sordidus Foram testadas cinco diferentes concentrações do nematoide Steinernema brazilense (isolado IBCB n06) sendo: 250 JI/ inseto, 500 JI/ inseto, 1000 JI/ inseto, 2000 JI/ inseto e 4000 JI/ inseto, com o objetivo de avaliar qual seria a mais adequada para aplicação visando controle de Cosmopolites sordidus. O ensaio foi realizado seguindo a mesma metodologia descrita no item 3.3.2. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05), sem transformação de dados, utilizando o software SAS 9.0 (Enterprise Guide, 2006). 21 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Seleção de Isolados de Beauveria bassiana contra adultos de Cosmopolites sordidus Observaram-se diferenças na esporulação nos insetos, tendo alguns deles pequenos sinais do fungo na região das articulações das pernas e membranas intersegmentares, enquanto outros insetos tinham o corpo quase ou completamente coberto pela esporulação. Ambos os sinais foram considerados para confirmar a infecção causada por Beauveria bassiana (Figura 8). Figura 8. Vista ventral de Cosmopolites sordidus colonizado por Beauveria bassiana. Na fase de screening os isolados de B. bassiana apresentaram taxas de mortalidade que variaram de 10 a 76%, sendo que apenas o isolado IBCB 80 não se mostrou patogênico (Tabela 3). 22 Tabela 3. Mortalidade confirmada de adultos de Cosmopolites sordidus causada por trinta diferentes isolados do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana em condições de laboratório (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. Tratamento Mortalidade Confirmada Erro Padrão da Média (±) IBCB 175 IBCB 195 IBCB 21 IBCB 240 IBCB 170 IBCB 182 IBCB 67 IBCB 247 IBCB 34 IBCB 272 IBCB 164 IBCB 81 IBCB 213 IBCB 204 IBCB 264 IBCB 161 IBCB 102 IBCB 35 IBCB 241 IBCB 239 IBCB 246 IBCB 276 IBCB 66 IBCB 18 IBCB 07 IBCB 82 IBCB 258 IBCB 254 IBCB 31 IBCB 80 76 % 74 % 70 % 68 % 68 % 66 % 66 % 64 % 64 % 62 % 60 % 54 % Abc 52 % 50 % 50 % 48 % 46 % 44 % 44 % 40 % 40 % 40 % 40 % 38 % 38 % 36 % 35 % 34 % 10 % 0% 3,58 7,27 8 3,35 7,69 4,56 6,07 4,56 7,8 3,35 7,69 7,8 5,93 4,90 6,32 6,57 6,07 6,07 7,27 4,9 6,93 6,93 6,32 4,38 5,22 4,56 7,27 4,56 4,9 0 0% 0 TESTEMUNHA Três isolados (IBCB 175, IBCB 195 e IBCB 21) destacaram-se com valores absolutos de mortalidade confirmada superiores a 70%. Os isolados IBCB 82 (36%), IBCB 258 (35%), IBCB 254 (34%), IBCB 31 (10%) e IBCB 80 (0%) apresentaram os valores de mortalidade confirmada mais baixos dentre os isolados testados. Onze isolados apresentaram valores maiores que 60% de mortalidade confirmada, sendo estes IBCB 164 (60%), IBCB 272 (62%), IBCB 34 (64%), IBCB 247 (64%), IBCB 67 (66%), IBCB 182 (66%), IBCB 170 (68%), IBCB 240 (68%), IBCB 21 23 (70%), IBCB 195 (74%) e IBCB 175 (76%). Carballo (2001) enfatizou que isolados com níveis entre 61 e 95% são promissores para o manejo da praga, atingindo assim taxas de controle semelhantes ou por vezes melhores do que de inseticidas químicos. O isolado IBCB 66 já foi considerado, em diversos estudos para o controle de C. sordidus, como um dos melhores isolados (BATISTA FILHO et al., 1990; BATISTA FILHO et al., 1995; BATISTA FILHO et al., 1996d). No presente trabalho, apresentou 30% de mortalidade confirmada e assemelhou-se ao resultado obtido por Almeida et al. (2009) que ao usar a concentração de 1x108 observaram uma mortalidade de 40%. Prestes (2005) utilizando a concentração de 2 x108 também obteve um baixo índice de mortalidade para este isolado, alcançando 20% de mortalidade com 20 dias de avaliação. O Isolado IBCB 18 apresentou 38% de mortalidade, resultado próximo ao observado por Almeida et al. (2009) que foi de 42% e inferior em 10% ao registrado por Batista Filho et al. (1991). Vários fatores podem influênciar índices de mortalidade, tais como a dose, a origem (hospedeiro ou solo), localidade e, principalmente, variabilidade genética do entomopatógeno, além de fatores abióticos como temperatura, umidade e radiação, os quais podem ser controlados em laboratório (ALVES, 1992). Entre os 10 isolados que apresentaram os maiores percentuais de mortalidade a origem do isolado variou, tendo sido encontrados em solo e em adultos de Hypothenemus hampei. Destaca-se que os isolados provenientes de outros adultos de C. sordidus não apresentaram altos índices de mortalidade, sugerindo que a fonte dos isolados de B. bassiana não garante relação com a virulência. O mesmo foi visto por Takada (2002) para Metarhizium anisopliae e B. bassiana contra Oryzophagus oryzae, segundo o qual os melhores isolados testados foram oriundos de solo e não de insetos, mesmo testando isolados obtidos do mesmo inseto praga. Com uma mortalidade confirmada mínima de 60%, foram escolhidos os 10 isolados com os maiores percentuais de mortalidade confirmada e testados novamente (Tabela 4). 24 Tabela 4. Mortalidade confirmada de adultos de Cosmopolites sordidus, em condições de laboratório, causada por dez diferentes isolados do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana, os quais apresentaram os maiores índices de mortalidade em relação aos 30 isolados avaliados em teste anterior (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. IBCB 170 Mortalidade Confirmada (%) 94 a Erro Padrão (±) 2,45 IBCB 182 82 ab 5,83 IBCB 21 82 ab 2,45 IBCB 247 72 ab 8,37 IBCB 164 70 ab 7,35 IBCB 175 68 ab 8,60 IBCB 67 66 b 3,16 IBCB 195 62 b 2,45 IBCB 34 60 b 5,83 IBCB 240 56 b 5,83 TESTEMUNHA 0c 0,00 C.V. (%): 18,86 Tratamento Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem pelo teste de Tukey a 5% (p<0,05). *Significativo a 5% de probabilidade Nesta segunda etapa todos os isolados diferiram estatisticamente da testemunha apresentando mortalidade confirmada entre 56 e 94%. O isolado com maior valor absoluto de mortalidade foi IBCB 170 atingindo 94% de mortalidade e diferindo estatísticamente dos isolados IBCB 67 (66%), IBCB 195 (62%), IBCB 34 (60%), IBCB 240 (56%). Os demais isolados não diferiram entre si. Em relação ao teste anterior, o melhor isolado havia sido IBCB 175 com 76% de mortalidade confirmada. Entretanto, o mesmo apresentou 68% de mortalidade no segundo teste. Por outro lado, o isolado IBCB 170 passou de 68% para 94%. Em geral os isolados não mantiveram os valores exatos de mortalidade, apenas o isolado IBCB 67 exibiu o mesmo percentual em ambos os testes. Tal variação pode ter sido influenciada pela sucetibilidade dos hospedeiros, uma vez que, embora pertencentes a mesma espécie e localidade, pode ocorrer variação da defesa individual. Díaz et al. (2006) ressaltaram que a eficiência de fungos entomopatogênicos tem influência da relação 25 patógeno-hospedeiro, sendo ambos organismos ativos que exibem pressões de seleção e podem favorecer ou não um determinado isolado. Os isolados repetiram um bom crescimento no corpo dos insetos, exibindo variação de acordo com o isolado, como alterações na cor dos micélios e no volume de esporos liberados. Tais variações foram constatadas visualmente durante a verificação das mortalidades (Figura 9). Os resultados aqui obtidos vão ao encontro do que foi discutido por Neves & Hirose (2005), os quais demonstraram a importância de se realizar seleções de isolados, afim de buscar qualidades desejaveis, como produção e virulência. 26 . Figura 9. Vista dorsal e ventral das infecções causadas por 10 diferentes isolados de Beauveria bassiana em Cosmopolites sordidus sob condições de laboratório (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. 4.2. Produção de isolados de Beauveria bassiana em meio sólido Os 10 isolados testados na produção de fungos apresentaram colonização do arroz, com esporulação que variou entre 0,68 x108 e 2,65 x108 conídios/ g de arroz. A viabilidade dos isolados testados foi superior a 95% em todos os casos. 27 Os isolados IBCB 247 com 2,65 x 108 e IBCB 195 2,53 x 108 conídios/ g, diferiram apenas do isolado IBCB 240 com 0,68 x 108 conídios/ g. Os demais isolados não diferiram entre si (Tabela 5). Valores próximos a estes foram observados por Fanti (2011) com 2,3 e 2,6 x108 conídios/ g de arroz em isolados de B. bassiana. Tabela 5. Resultado do teste de produção de conídios de dez diferentes isolados de Beauveria bassiana em arroz parboilizado tipo 1 (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), dezembro, 2012. Isolado Esporulação (Conídios/ grama) IBCB 247 2,65 x 10 a IBCB 195 2,53 x 10 a IBCB 170 2,25 x 10 ab IBCB 175 1,99 x 10 ab IBCB 164 1,75 x 10 ab IBCB 34 1,75 x 10 ab IBCB 182 1,59 x 10 ab IBCB 21 1,35 x 10 ab IBCB 67 1,18 x 10 ab IBCB 240 0,68 x 10 b Teste F: C.V. (%): 2,62 3,56 Erro Padrão (±) 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 0,31 0,63 0,25 0,61 0,26 0,24 0,09 0,28 0,19 0,06 Considerando-se que todos os isolados tiveram as mesmas condições de crescimento como tipo de substrato, temperatura e luminosidade, os resultados exibem as características de cada isolado. Assim os isolados IBCB 247, IBCB 195 e IBCB 170 apresentaram boa esporulação (2,65 x 108, 2,53 x 108, 2,25 x 108 conídios/ g respectivamente), números estes superiores aos utilizados nas fases de deleção deste trabalho. Tal observação é corroborada por Zappelini et al. (2006) que obtiveram 3,03x109 conídios/ g do isolado IBCB 66 utilizando método bifásico. 28 O isolado IBCB 21 neste trabalho apresentou uma esporulação de 1,35 x108 conídios/ g valor superior ao visto por Barci et al. (2009) que foi menor que 108, fator que pode ter sido influenciado por diferenças na qualidade e composição do substrato ou variações climaticas. Ottati-de-Lima et al. (2010) ressaltaram o arroz parboilizado como um dos melhores substratos para B. bassiana e obtiveram valores 0,80 x108 conídios/ g para o isolado IBCB 66, valor inferior aos obtidos pelos isolados aqui testados, exceto IBCB 240. O crescimento de B. bassiana em arroz se faz válido no controle de C. sordidus, como visto por Batista-Filho et al. (1990), os quais indicaram o uso de uma pasta formada por conídios mais arroz e água sobre iscas de pseudocaule, sem a necessidade de formulações. 4.3. Avaliação de isolados de nematoides entomopatogênicos contra adultos de Cosmopolites sordidus Todos os isolados avaliados foram patogênicos ao moleque-da-bananeira proporcionando mortalidade confirmada entre 4,0 e 18,0%. Pode-se dizer que os valores são baixos e com grandes diferenças quanto à virulência dos isolados (Tabela 6), tais resultados podem ter ocorrido devido uma maior resistência de adultos de coleópteros a infecção por nematoides, como visto por Rodrigueiro et al. (2008) em testes com nematoides contra o cascudinho do aviário (Alphitobius diaperinus) o quais constataram que o tegumento mais quitinizado deste coleóptero induz a resistência na penetração dos nematoides, além da habilidade de realizar comportamentos de auto-limpeza, não exibido pelas larvas, percebendo a presença dos nematoides no corpo e diminuindo assim a incidência de infecções por esses patógenos. 29 Tabela 6. Mortalidade total e confirmada de adultos de Cosmopolites sordidus causada por diferentes espécies de nematoides entomopatogênicos em condições de laboratório (25º ± 1ºC ; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), junho, 2012. Espécie Isolados Mortalidade Confirmada* (%) Desvio Padrão (±) Erro Padrão¹ (±) Heterorhabditis amazonensis IBCB n24 18 a 7,5 3,59 Heterorhabditis indica IBCB n05 16 a 8 4,0 Steinernema brazilense IBCB n06 16 a 4 4,0 Steinernema glaseri IBCB n01 14 ab 13,6 6,0 Steinernema carpocapsae IBCB n02 4 ab 4,9 2,66 ---------- 0b 0 0 Testemunha C.V. (%) 27,61 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem pelo teste de Tukey a 5% (p<0,05). *Significativo a 5% de probabilidade. Dentre as espécies avaliadas, H. amazonensis (IBCB n24), H. indica (IBCB n05) e S. brazilense (IBCB n06) ocasionaram mortalidade confirmada de 18, 16 e 16%, respectivamente, diferindo estatisticamente da testemunha. Por outro lado S. glaseri e S. carpocapse não diferiram da testemunha (14 e 4%). Entretanto nenhum isolado diferiu entre si. Avaliando diferentes NEPs contra adultos de Sphenophorus levis, coleópetero também pertencente a família Curculionidae, Giometti et al. (2011) obteve mortalidades entre 2,9 e 45%, com índices de 31,4% para IBCB n24, 14,3% para IBCB n05 e 45% para IBCB n06, corroborando com os resultados obtidos para C. sordidus. Pode-se considerar que os isolados apresentaram baixa mortalidade. Estudos utilizando diferentes isolados no controle de larvas de C. sordidus apresentaram taxas de até 100% evidenciando maior susceptibilidade das larvas do que dos adultos (SCHMITT et al., 1992; MWAITULO et al., 2011; PADILLA-CUBAS et al., 2010). Contudo, o principal alvo do controle em campo tem sido os adultos e seu manejo contribui para a diminuição dos níveis populacionais (ROSALES & SUÁREZ, 1998). Assim, a seleção de isolados eficientes contra adultos é uma ferramenta importante e necessária. 30 Ao avaliar o potencial de diferentes isolados de nematoides das famílias Steinernematidae e Heterorhabditidae contra C. sordidus Bortoluzzi (2009) utilizou a dose de 100 JI/ cm2 e observou para IBCB n02 3,3%, semelhante ao obtido neste trabalho (4%) o que indica a baixa infectividade deste isolado para esta espécie. Bortoluzzi testou ainda IBCB 05 e IBCB 24 que apresentaram uma mortalidade respectivamente de 16,7% e 33,3% valores bastante semelhantes aos aqui obtidos (16 e 18% respectivamente). Utilizando S. carpocapse, em condições de laboratório, Rosales & Suárez (1998) obtiveram mortalidade máxima contra adultos de 80% e mínima de 16%, sendo necessárias doses de até 5 mil JI/ inseto para alcançar tais valores, sendo difícil a comparação com os resultados aqui obtidos, uma vez que a dose utilizada foi menor (500JI/ inseto), e diferenças quanto a metodologia de aplicação. Se considerados os valores absolutos (percentual de mortalidade confirmada) os isolados IBCB n24, IBCB n05 e IBCB n06 podem apresentar maiores valores de mortalidade em maiores concentrações, pois se sabe que a densidade dos juvenis infectivos é fator determinante na eficácia de um isolado de NEP (ANDALÓ et al., 2005; MOLINA-ACEVEDO & LÓPEZ-NÚÑEZ, 2009), para tal verificação são necessários testes de concentrações. 4.4. Concentrações do nematoide entomopatogênico Steinernema brazilense contra adultos de Cosmopolites sordidus Para o teste de concentrações, foi escolhido o isolado IBCB 06, que embora não tenha apresentado o maior percentual de mortalidade no teste anterior (IBCB n24 com 18%, IBCB 06 16% de mortalidade), foi um dos três melhores isolados e não houve diferença significativa entre os mesmos. Este isolado também foi escolhido por apresentar características que o favorecem como um bom agente biológico. Entre elas sua eficiência comprovada para diferentes pragas, bom desempenho em campo (TAVARES, 2006; SILVA et al., 2010; GIOMETTI et al., 2010; LEITE et al., 2012) , e capacidade de boa multiplicação em relação aos demais, fato observado ao longo destes experimentos. Das cinco concentrações testadas, apenas 3 diferiram estatisticamente da testemunha, sendo 1000; 2000 e 4000 JI/ inseto. Entre as concentrações, apenas 2000 31 diferiu de 250 e 500 JI/ inseto, com uma mortalidade de 34, 8 e 8% respectivamente (Figura 10). A mortalidade alcançada foi superior a observada no teste de seleção de isolados o que sugere que em diferentes concentrações o isolado IBCB n06 pode exibir maiores ou menores índices de mortalidade contra C. sordidus. Figura 10. Mortalidade causada por cinco diferentes concentrações no nematoide Steinernema brasilense (IBCB n06) testados em condições de laboratório contra adultos de Cosmopolites sordidus (25 ± 1ºC; U.R. 70 ± 10% e fotofase de 12h), novembro, 2012. Médias seguidas de mesma letra, não diferem pelo teste de Tukey a 5% (p<0,05). Valores originais e análise estatística realizada com dados transformados em Log x + 10. 32 5. CONCLUSÕES Os isolados de Beauveria bassiana testados foram patogênicos para adultos do coleóptero Cosmopolites sordidus, com exceção do isolado IBCB 80. Os isolados IBCB 170, IBCB 182 e IBCB 21 foram selecionados como potenciais para o controle de Cosmopolites sordidus por terem exibido alta mortalidade, assim como os isolados IBCB 247, IBCB 195 e IBCB 170 que se destacaram nos valores de produção de conídios. Todos os isolados de nematoides entomopatogênicos testados foram patogênicos para a praga. IBCB n06 foi selecionado como um dos mais eficientes no controle de C. sordidus e causou maior mortalidade na concentração 2000JI/ inseto. 33 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABAVAR. Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira. Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira, 2012. Disponivel em: <http://www.abavar.com.br/>. Acesso em: 07 agosto 2012. AKELLO, J.; DUBOIS, T.; GOLD, C. S.; COYNE, D.; NAKAVUMA, J.; PAPARU, P. Beauveria bassiana (Balsamo) Vuillemin as an endophyte in tissue culture banana (Musa spp.). Journal of Invertrebate Pathology, v. 96, p. 34-42, 2007. AKELLO, J.; DUBOIS, T.; COYNE, D.; KYAMANYWA, S. Endophytic Beauveria bassiana in banana (Musa spp.) reduces Banana Weevil (Cosmopolites sordidus) fitness and damage. Crop Protection, v. 27, p. 1437–1441, 2008. ALMEIDA, A. M. B.; BATISTA-FILHO, A.; TAVARES, F. M.; LEITE, L. G.Seleção de isolados de Beauveria bassiana para o controle de Cosmopolites sordidus (Germar, 1824) (Coleoptera: Curculionidae). Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 76, p. 489-493, 2009. ALMEIDA, J. E. M. & MACHADO, A. L. Fungos entomopatogênicos. In: BATISTA-FILHO, A. Boletim Técnico. São Paulo: Instituto Biológico, v. 15, p. 1-27, 2006. ALVES, S. B. Perspectivas para a utilização de fungos entomopatógenicos no controle de pragas de pragas no Brasil. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v. 27, p. 77-86, 1992. ALVES, S. B. Controle microbiano de pragas na América Latina. Avanços e Desafios. Piracicaba, FEALQ, v. 14, p. 414, 2008. ANDALÓ, V.; MOINO JR, A.; MOLINA-ACEVEDO, J. P.; CAVALCANTI, R. S.; CARVALHO, F. A. Efeito da temperatura e concentração na sobrevivência de nematóides entomopatogênicos em condições de armazenamento, visando seu uso no controle microbiano de pragas. Boi. San. Veg. Plagas, v. 31, p. 253-265, 2005. BARCI, L. A. G.; ALMEIDA, J. E. M.; NOGUEIRA, A. H. C.; ZAPPELINI, L. O.; PRADO, A. P.Seleção de isolados do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Ascomycetes: Clavicipitaceae) para o controle de Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Acari: Ixodidae). Rev. Bras. Parasitol. Vet., Jaboticabal, v. 18 (1), p. 7-13, 2009. BATISTA-FILHO, A. Produção de nematoides entomopatogênicos “in vitro”. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 63, n. 1, p. 91-97, 1996a. BATISTA-FILHO, A.; LEITE, L. G.; RAGA, A.; SATO, M. E. Atração de Cosmopolites sordidus Germar (Coleoptera: Curculionidae) por iscas do tipo ”sanduíche” e “telha”. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 57, n. 5, p. 9-13, 1990. BATISTA-FILHO, A.; LEITE, L. G.; RAGA, A.; SATO, M. E.. Enhanced activity of Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. associated with mineral oil against Cosmopolites sordidus (Germar) adults. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v. 24, n. 2, p. 405-408, 1995. BATISTA-FILHO, A.; LEITE, L. G.; ALVES, E. B.; AGUIAR, J. C. Controle de Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) por Fipronil e seu efeito sobre Beauveria bassiana. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 63, n. 2, p. 47-51, 1996b. 34 BATISTA-FILHO, A.; LEITE, L. G.; RAGA, A.; SATO, M. E.; OLIVEIRA, J. A. Utilização de Beauveria bassiana no manejo de Cosmopolites sordidus Germar, 1824, em Miracatu, SP. O Biológico, São Paulo, v. 57, p. 47-51, 1996c. BATISTA-FILHO, A.; SATO, M. E.; LEITE, L. G.; RAGA, A.; PRADA, W. A. Utilização de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill no controle do moleque da bananeira Cosmopolites sordidus Germar, 1824 (Coleoptera: Curculionidae). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 13, n. 4, p. 35-40, 1996d. BATISTA-FILHO, A.; TAKADA, H. M.; CARVALHO, A. G. Brocas da Bananeira. Anais da VI Reunião Itinerante de Fitossanidade do Instituto Biológico. São Paulo: Instituto Biológico. 2002. p. 1-10. BÉLAIR, G. & BOIVIN, G. Susceptibility of the Carrot Weevil (Coleoptera: Curculionidae) to Steinernema feltiae, S. bibionis, and Heterorhabditis heliothidis. Journal of Nematology, v. 17, n. 3, p. 363-366, 1985. BORGES, A. L. & SOUZA, L. S. O Cultivo da Banana. Cruz das Almas: Embrapa, 2004. BORTOLUZZI, L. Avaliação do potencial de nematóides entomopatogênicos para p controle da broca-da-bananeira Cosmopolites sordidus. UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, p. 1-53, Dissertação, 2009. CARBALLO, M. Opciones para el manejo del picudo negro del plátano. Manejo Integrado de Plagas, Costa Rica, v. 54, p. 01-04, 2001. COLLINS, P. J.; TREVERROW, N. L.; LAMBKIN, T. M. Organophosphorus insecticide resistance and its management in the banana weevil borer, Cosmopolites sordidus (Germar) (Coleoptera: Curculionidae), in Australia. Crop Protection, v. 10, p. 215-221, 1991. CORDEIRO, Z. J. M.; MATOS, A. P.; MEISSNER-FILHO, P. E. Doenças e Métodos de Controle. In: BORGES, A. L.; SOUZA, L. S. O Cultivo da Bananeira. Cruz da Almas: EMBRAPA, 2004. p. 146-182. CRUZ, B. P. B. Pragas de culturas e controle biológico. Campinas: Fundação Cargill, 1988, p. 26-28. DIAS-ARIEIRA, C. R.; FURLANETTO, C.; Santana, S. M.; BARIZÃO, D. A. O.; RIBEIRO, R. C. F.; FORMENTINI, H. M. Fitonematoides associados a frutíferas.Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 32, n. 4, p. 1064-1071, 2010. DÍAZ, M. P.; MACÍAS, A. F.; NAVARRO, S. R.; TORRE, M. Mecanismo de acción de los hongos entomopatógenos. Interciencia, Caracas, v. 31, n 12, p. 856-860, 2006. FANCELLI, M. Pragas e seu controle. In: BORGES, A. L.; SOUZA, L. S. O Cultivo da Bananeira. Cruz das Almas: [s.n.], 2004. p. 195-208. FANTI, A. L. P. Seleção de isolados de fungos entomopatogênicos visando ao controle da broca da erva-mate (Hedypathes betulinus) Kluger (Coleoptera: Cerambycidae). UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, p. 1-54, Dissertação, 2011. FAO. Ranking Prouction Crops. Faostat, 2010. Disponivel em: <http://faostat.fao.org/>. Acesso em: 07 agosto 2012. FERRI, D. V. Variabilidade genética de Beauveria bassiana e desenvolvimento de marcador isolado específico. UEL, Londrina, p. 1-90, Dissertação, 2010. 35 GALLO, D. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. GIOMETTI, F. H. C.; LEITE, L. G.; TAVARES, F. M.; SCHMIT, F. S.; BATISTA-FILHO, A.; DELL’ACQUA, R. Virulência de nematóides entomopatogênicos (Nematoda: Rhabditida) à Sphenophorus levis (Coleoptera: Curculionidae). Bragantia, Campinas, v. 70, n. 1, p. 81-86, 2011. GLAZER, I. & LEWIS, E. E. Bossays of Entomopathogenic Nematodes. In: NAVON, A. & ASCHER, K. R. S. Bioassays of Entomopathogenic Microbes and Nematodes. Hardback, Bet Dagan, Israel. p.336, 2000. GOITÍA, W. & CERDA, H. Hormigas y otros insectos asociados a musáceas (Musa spp.) ysu relación conCosmopolites sordidus GERMAR (Coleoptera: Curculionidae). Agronomía Tropical, v. 48, n. 2, p. 209-224, 1998. GOLD, C. S. Biology and integrated pest management of banana weevil, Cosmopolites sordidus (Germar). Advancing banana and plantain R & D in Asia and the Pacific, Los Baños, 2001. 28-33. GOLD, C. S.; OKECH, S. H.; MCINTYRE, B. D.; KAGEZI, G.; RAGAMA, P. E.; NIGHT, G. Effects of mulch on banana weevil Cosmopolitessordidus (Germar) populations and damage in Uganda. Crop Protection, v. 25, p. 1153-1160, 2006. GOLD, C. S.& MESSIAEN, S. El picudo negro del banano Cosmopolites sordidus. INIBAP. International Network for the Improvement of Banana and Plantain. France, p. 14. 2000. HASTIE, E.; BENEGAS, A.; RODRÍGUEZ, H. Inventario de ácaros depredadores asociados a fitoácaros en plantas de las familias Arecaceae Y Musaceae. Protección Vegetal, v. 25, n. 1, 2010. HASYIM, A.& SYAFRILD, A. Evaluation of natural enemies in controlling of the banana weevil borerCosmopolitessordidus Germar in West Sumatra.Indonesian Journal of Agricultural Science, v. 10, n. 2, p. 43-53, 2009. IBGE. Pesquisa Agrícola Municipal - Produção Agrícola Municipal. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, p. 129. 2009a. IBGE. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, p. 21 - 23. 2009b. IBGE. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, p. 82. 2011. IRAC. Insecticide Resistence Action Committee. acessado em: 15/04/2013. http://www.irac-online.org/. Site JENKINS, N.E.; HEVIOFO, G.; LANGEWALD, J.; CHERRY, A.J.; LOMER, C.J. Development of mass production technology for aerial conidia for use as mycopesticides. Biocontrol News and Information, v.31, n.2, p.21-31, 1998. JORDÃO, A. L.; BATISTA-FILHO, A.; LEITE, L. G.; BERIAM, L. O. S.; ALMEIDA, J. E. M. Caracterização e eficiência de isolados de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. No controle de Cosmopolites sordidus. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 66, n. 2, p. 107-111, 1999. 36 KIGGUNDU, A.; PILLAY, M.; VILJOEN, A.; GOLD, C.; TUSHEMEREIRWE, W.; KUNERT, K. Enhancing banana weevil (Cosmopolitessordidus)resistance by plant genetic modification: A perspective. African Journal of Biotechnology, v. 2, n. 12, p. 563-569, 2003. LARA, F. M.; SARGO, H. L. B.; Campos, A. R.; Barbosa, J. C. Preferência de Cosmopolites sordidus Germ. por genótipos de bananeira em condições de laboratório. Ecossistemas, Espiríto Santo do Pinhal, 2000. 35-38. LEITE, L. G.; TAVARES, F. M.; BOTELHOS, P. S. M.; BATISTA FILHO A., POLANCZYK, R. A.; SCHMIDT, F. S. Eficiência de nematoides entomopatogênicos e inseticidas químicos contra Sphenophorus levis e Leucothyreus sp. em cana-de-açúcar. Pesquisa. Agropecuária. Tropical, Goiânia, v. 42, n. 1, p. 40-48, 2012. LEITE, L. G.; TAVARES, F. M.; GINARTE, C. M. A.; CARREGARI, L. C.; BATISTAFILHO, A. Nematóides entomopatogênicos no controle de pragas. In: SENE-PINTO, A. Contole Biológico de Pragas na Prática. Piracicaba: FEALQ, 2006. p. 45-53. LICHTEMBERG, L. A. & LICHTEMBERG, P. S. F. Avanços na bananicultura brasileira. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. E, p. 29-36, 2011. LISEI-DE-SÁ, M. E. & BRAGA, M. F. Avaliação de protocolo para obtenção de mudas micropropagadas de bananeira cv. Prata-anã (Subgrupo AAB).Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 236-239, 2002. LÓPEZ, E. A. L.; JANEIRO, P. M. O.; ALMEIDA, V. P.; TAMIOZZO, G.; FANCELLI, M. Métodos de inoculação e virulência de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. a Cosmopolites sordidus (Germar) (Coleoptera: Curculionidae) em laboratório. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 31, n. 1, p. 67-74, 2010. MARQUES, R. P.; MONTEIRO, A. C.; PEREIRA, G. T. Crescimento, esporulação e viabilidade de fungos entomopatogênicos em meios contendo diferentes concentrações de óleo de Nim (Azadirachta indica). Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, n. 6, p. 16751680, nov-dez 2004. MARTÍNEZ, N. B. & ROSALES, C. Control químico del gorgojo negro del plátano Cosmopolites sordidus Germar (Coleoptera: Curculionidae) en musáceas en Aragua, Venezuela. Agronomía Tropical, v. 43, n. 5-6, p. 311-317, 1993. MASANZA, M.; GOLD, C. S.; HUIS, A. Distribution, timing of attack, and oviposition of the banana weevil, Cosmopolites sordidus, on banana crop residues in Uganda. Entomologia Experimentalis et Applicata, v. 117, p. 119-126, 2005. MICHEREFF-FILHO, M.; FARIA, M.; WRAIGHT, S. P.; SILVA, K. F. A. S. Micoinseticidas e micoacaricidas no Brasil: como estamos após quatro décadas? Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 76, n. 4, p. 769-779, 2009. MONTEIRO, R. C.; LAURENCE, A. M.; ROBERTO, A. Z. Espécies de Frankliniella (Thysanoptera: Thripidae) de Importância Agrícola no Brasil. Neotropical Entomology, v. 1, p. 65-72, 2001. MOLINA-ACEVEDO, J. P. & LÓPEZ-NÚÑEZ, J. C. Efeito da Aplicação de Nematoides Entomopatogênicos sobre Frutos Infestados com Broca-do-café, Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae). Nematologia Brasileira, Piracicaba, v. 33, n.2, p.115-122, 2009. 37 MUSABYIMANA, T. et al. Effects of Neem Seed Derivatives on Behavioral and Physiological Responses of the Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae). JOURNAL OF ECONOMIC ENTOMOLOGY, v. 94, n. 2, 449-454 2001. MWAITULO, S.; HAUKELAND, S.; SAETHRE, M. G.; LAUDISOIT, A.; MAERERE, A. P. First report of entomopathogenic nematodes from Tanzania and their virulence against larvae and adults of the banana weevil Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae). International Journal of Tropical Insect Science, v. 31, n. 3, p. 154161, 2011. NAKINGA, C. M. & MOORE, D. Reduction of Banana Weevil Populations Using Different Formulations of the Entomopathogenic Fungus Beauveria bassiana. Biocontrol Science and Technology, Abingdon, v. 10, n. 5, p. 645-657, 2000. NAVA, D. E.; SILVA, E. S.; GUIMARÃES, J. A.; RODRIGUEZ, G. I. D.; GARCIA, M. S.; BATISTA-FILHO, A.; LEITE, L. G.; RAGA, A.; SATO, M. E. Controle Biológico de pragas das frutíferas. In: SENNE-PINTO, A. Controle Biológico de Pragas na Prática. Piracicaba: FEALQ, 2006. p. 287. NEVES, P. J. & ALVES, S. B. Selection of Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. and Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. Strains for Control of Cornitermes cumulans (Kollar). Braz. Arch. Biol. Technol, 43 (4), Curitiba, 2000. NEVES, P M O J & HIROSE, E. Seleção de Isolados de Beauveria bassiana para o Controle Biológico da Broca-do-Café, Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera: Scolytidae). Neotropical Entomology, v. 34, n. 1, p.77-82, 2005. NOGUEIRA, E. M. C. Principais doenças da bananeira. O Biológico, São Paulo, 2008. 920. NOMURA, E. S.; LIMA, J. D.; GARCIA, V. A.; RODRIGUES, D. S. Crescimento de mudas micropropagadas da bananeira cv. Nanicão, em diferentes substratos e fontes de fertilizante. Acta Sci. Agron., Maringá, v. 30, n. 3, p. 359-363, 2008. OTTATI-DE-LIMA, E. L.; BATISTA FILHO, A.; ALMEIDA, J. E. M.; GASSEN, M. H.; WENZEL, I. M.; ALMEIDA, A. M. B.; ZAPELLINI, L. O. Produção semissólida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana em diferentes substratos e efeito da radiação ultravioleta e da temperatura sobre propágulos desses entomopatógenos. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.77, n.4, p.651-659, 2010. OLIVEIRA, S. O.; ALVES, E. J.; SHEPHERD, K.; DANTAS, J. L. L.A cultura da banana: aspectos técnicos, socioeconômicos e agroindustriais. Embrapa. Cruz das Almas, p. 85-105. 1999. PADILLA-CUBAS, A.; HERNÁNDEZ, A. C.; GARCÍA-DEL-PINO, F. Laboratory efficacy against neonate larvae of the banana weevil Cosmopolites sordidus of two indigenous entomopathogenic nematode species from the Canary Islands (Spain). International Journal of Pest Management, v. 56, n. 3, p. 211-216, Jul-Set 2010. PAULI, G; LOPES, R. B.; ALVES, S. B.; DAMATTO-JUNIOR, E; R.; MASCARIN, G. M. Falsa broca aumenta disseminação de Beauveria bassiana em populações de campo da. Ciência Rural, Santa Maria, v. 41, n. 11, p. 1867-1870, 2011. 38 PAVIS, C.& LEMAIRE, L. Resistance of Musa germplasm to the banana borer weevil, Cosmopolites sordidus Germar(Coleoptera: Curculionidae). Infomusa, v. 5, n. 2, p. 3-9, 1997. PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2000. Disponivel em: <http://www.pnud.org.br>. Acesso em: 04 agosto 2012. PRESTES, T. M. V. Dinâmica populacional de Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) em bananal, cv. nanicão, em São Miguel do Iguaçu, PR, e sua susceptibilidade a isolado de Beauveria bassiana. UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, p. 1-53, Dissertação, 2009. RITZINGER, C. H. S. P.& COSTA, D. C. Nematóides e Alternativas de Manejo. In: BORGES, A. L. & SOUZA, L. S. O Cultivo da Bananeira. Cruz das Almas: EMBRAPA, 2004. p. 183-194. RITZINGER, C. H. S. P.& FANCELLI, M. Manejo integrado de nematóides na cultura da bananeira. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 28, n. 2, p. 331-338, 2006. ROCHA-JÚNIOR, O. M,; CÂMARA, M. P. S.; MICHEREFF, S. J.; OLIVEIRA, M. J.; MORA-AGUILERA, G.; RUIZ-GARCÍA, N. L..Caracterización espacial de la Sigatoka Amarilla del banano e implicaciones en el muestreo.AGROCIÊNCIA, v. 44, n. 3, p. 351361, 2010. RODRIGUEIRO, T.S.C.; GINARTE, C.M.A.; LEITE, L.G.; TAVARES, F.M.; GOULART, R.M.; GIOMETTI, F.H.C. Eficiência de Heterorhabditis indica IBCB-N05 (Rhabditida: Heterorhabditidae) no controle de Alphitobius diaperinus (Coleoptera: Tenebrionidae) sob comedouros de granja avícola. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.75, n.3, p.279-284, 2008. ROSALES, L. C. & SUÁREZ, Z. H. Nematodos entomopatógenos como posibles agentes de control del gorgojo negro del plátano Cosmopolites sordidus (Germar 1824) (Coleoptera: Curculionidae).Boletim Entomologico da Venezuela, v. 13, n. 2, p. 123140, 1998. SCHMITT, A. T.; GOWEN, S. R.; HAGUE, N. G. M. Baiting Techniques for control of Cosmopolites sordidus Germar (Coleoptera: Curculionidae) by Steinernema carpocapsae (Nematoda: Steinermatidae). Nematropica, v. 22, n. 2, 1992. SEBRAE/ ESPM. Banana - Estudos de Mercado. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. São Paulo, p. 37. 2008. SEPÚLVEDA-CANO, P. A.; LÓPES-NÚÑEZ, J. C.; SOTO-GIGIRALDO, A. Efecto de dos nematodos entomopatógenos sobre Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Dryophthorinae). Revista Colombiana de Entomologia, v. 34, n. 1, 2008. SILVA, A. C.; BATISTA FILHO, A.; LEITE, L. G.; TAVARES, F. M.; RAGA, A.; SCHMIDT, F. S. Efeito de Nematoides Entomopatogênicos na Mortalidade da Mosca-doMediterrâneo, Ceratitis capitata, e do Gorgulho-da-goiaba, Conotrachelus psidii. Nematologia Brasileira, v. 34, n 1, p. 31-40, 2010. SILVA NETO, S. P.& GUIMARÃES, T. G. Evolução da cultura da banana no Brasil e no mundo. Embrapa Cerrados, Planaltina, 2011. Disponivel em: <http://www.cpac.embrapa.br/noticias/artigosmidia/publicados/287/>. Acesso em: 26 julho 2012. 39 SMILANICH, A. M.& DYER, L. A. Effects of Banana Plantation Pesticides on the Immune Response of Lepidopteran Larvae and Their Parasitoid. Insects, v. 3, p. 616-628, 2012. SOUZA, J. C. & REIS, P. R. Controle da traça-do-tomateiro em Minas Gerais, Brasília, v. 21, n. 4, p. 343-354, 1986. TAKADA, H. M. Patogenicidade e seleção de isolados de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin e Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. para o controle de Oryzophagus oryzae (Costa Lima, 1936) (Coleoptera: Curculionidae), Botucatu, p.1-75, Dissertação, 2002. TAVARES, F. M. Avaliação de nematóides entomopatogênicos contra o bicudo da canade açúcar Sphenophorus levis Vaurie, 1978, e efeito da associação desses agentes com inseticidas químicos. Botucatu, p. 1-10, Dissertação, 2006. TINZAARA, W.; GOLD, C. S.; KAGEZI, G. H.; DICKE, M.; VAN-HUIS, A.; NANKINGA, C. M.; TUSHEMEREIRW, W.; RAGAMA, P. E. Effects of two pheromone trap densities against banana weevil, Cosmopolites sordidus, populations and their impact on plant damage in Uganda. Blackwell Verlag, JEN, Berlin, v. 129, n. 5, p. 265-271, 2005. TREVERROW, N. L. & BEDDING, R. A. Development of a system for the control of the banana weevil Cosmopolites sordidus whith entomopathogenic nematodes. In: BEDDING, R.; AKHRUST, R.; KAYA, H. K. Nematodes and biological control of insect pests. Melbourne: CSIRO, 1993. p. 41-47. VALLEJO, L. F.; SÁNCHEZ, R.; SALGADO, M. Redescripción del adulto y descripción de los estados inmaduros de Cosmopolites sordidus germar, 1824 (Coleoptera: Curculionidae), el picudo negro barrenador del plátano en colombia. Boletín Científico Museo de Historia Natural, v. 11, p. 361-175, 2007. WATERHOUSE, D. F. The Major Arthropod Pests and Weeds of Agriculture in Southeast Asia: Distribution, Importance and Origin. Canberra: Australian Centre for Intlernational Agricultural Resarch, v. 21, 1993. WATERHOUSE, D. F. & NORRIS, K. R. Cosmopolites sordidus (Germar). Biological Control: Pacific Prospects, Melbourne, p. 152-158, 1987. YE, S. D.; YING, S. H.; CHEN, C.; FENG, M. G. New solid-state fermentation chamber for bulk production of aerial conidia of fungal biocontrol agents on rice. Biotechnol Lett, 28, p. 799–804, 2006. ZAPPELINI, L. O.; ALMEIDA, J. E. M.; GASSEN, M. H. Produção de Beauveria bassiana em arroz a partir do método bifásico. In: Congresso de Iniciação Científica em Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais, 4, São Paulo, IB, Resumos CD-ROM, 2006.