INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE FUNORTE Diego Ataide Luquini da Silva INTER-RELAÇÃO ORTODONTIA E APNEIA DO SONO Salvador 2014 Diego Ataide Luquini da Silva INTER-RELAÇÃO ORTODONTIA E APNEIA DO SONO Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do ICS – FUNORTE NÚCLEO SALVADOR, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Especialista. ORIENTADOR: Prof. Ricardo Lôbo Salvador 2014 Ficha Calográfica Silva, Diego Ataide Luquini da Inter-relação Ortodontia e Apneia do Sono. Salvador: IAPPEM, 2014. 29 p. Monografia (Especialização em Ortodontia) – IAPPEM 1. Apneia 2. Apneia do sono tipo obstrutiva 3.Aparelhos ortodônticos 4. Ronco CDU: TERMO DE APROVAÇÃO Diego Ataide Luquini da Silva INTER-RELAÇÃO ORTODONTIA E APNEIA DO SONO COMISSÃO EXAMINADORA Examinadores Titulares 1. Prof. Ricardo Lôbo 2. Prof. Jorge Luis Ribeiro 3. Profa. Monica Corbacho de Mello Salvador 2014 “Aprenda a viver dentro das suas possibilidades. Buscar uma vida de aparências, fora da sua realidade só o levar para um abismo sem volta. Construa a sua vida aos poucos, lutando a cada dia e extraindo da vida o que ela tem de melhor: a Simplicidade.” Chico Xavier Resumo A apneia e a hipopneia do sono é uma doença crônica que atinge uma grande porcentagem da população que ronca, essa doença tem um grande potencial para acarretar problemas sociais, psicológicos e socioeconômicos. Neste contexto a participação do Cirurgião Dentista é de suma importância já que as confecções de aparelhos intra-orais, quando bem indicados, são benéficos para a saúde do paciente. Nesta revisão de literatura existem vários tipos de aparelhos intra-orais (AIOs) para o tratamento da apneia e hipopneia do sono (SAOS) como reposicionamento da língua, reposicionamento da mandibular, dispositivos de elevação e reposicionamento do palato mole e da úvula e a aplicação de pressão verbal positivo. Palavras chaves: Apneia; Apneia do sono tipo obstrutiva; Aparelhos ortodônticos; Ronco. Abstract The sleep apnea and hypopnea is a cronical disease that occurs in a large percentage of snorers, this illness has a large potential to inflict social, psychological and socioeconomics problems. In this context the participation of dentist is paramount important thus that the making of intra oral appliances, when correctly indicated, is beneficial to patient health. This literature review have many types of intra oral appliances to the sleep apnea and hypopnea treatment with the tongue repositioning, mandibular repositioning, raises appliances and soft palate and uvula repositioning and positive verbal pressure device. Keywords: Apnea; Sleep apnea, obstructive; Orthodontic appliances; Snoring. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AIOs: Aparelhos intra-orais CPAP : Continuous Positive Airway Pressure FDA: Food and Drug Administration IAH: Índice de Apneia e Hipopneia OMS: Organização Mundial de Saúde REM: Movimento rápido dos olhos SAHOS: Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono SAOS: Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono PSG: Polissonografia TRD: Tongue Retaining Device SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................10 2 PROPOSIÇÃO........................................................................................................11 3 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................12 3.1 APARELHO DE REPOSICIONAMENTO DA LÍNGUA ........................................16 3.1.1 TRD (Tongue Retaining Device ®) ................................................................16 3.2 DISPOSITIVOS DE REPOSICIONAMENTO DA MANDÍBULA .........................17 3.2.1 KLEARWAY® ..................................................................................................17 3.2.2 Snore Guard® ................................................................................................18 3.2.3 Bionator de Balters ........................................................................................19 3.2.4 Placas Oclusais ..............................................................................................20 3.2.5 Aparelho PLG .................................................................................................20 3.2.6 Órtese Lingual ................................................................................................21 3.2.7 Aparelho de Herbst Modificado.....................................................................21 3.3 DISPOSITIVOS DE ELEVAÇÃO E REPOSICIONAMENTO DO PALATO MOLE E DA ÚVULA .............................................................................................................22 3.3.1 Lifter Ajustável ® ..........................................................................................22 3.3.2 Equalizer ®......................................................................................................23 3.4 APLICAÇÃO DE PRESSÃO VERBAL POSITIVA ..............................................24 4 DISCUSSÃO ..........................................................................................................25 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................27 REFERÊNCIAS ......................................................................................................28 10 1 INTRODUÇÃO A apneia do sono é uma doença crônica que, para ser diagnosticada, o paciente deve passar por um exame de polissonografia que consiste em uma avaliação das funções corporais como atividade elétrica do cérebro, movimentos dos olhos, esforço respiratório, ritmo cardíaco, nível de oxigênio no sangue e fluxo de ar, acometendo mais o sexo masculino do que o feminino. A partir dos cálculos realizados pelo exame de polissonografia, pode-se ter os índices de apneia ou hipopneia, facilitando, assim, o diagnóstico e o tipo de tratamento a ser traçado. Na REM (movimentos rápidos dos olhos), ocorre o relaxamento da musculatura corporal, assim pacientes que tem apneia do sono por já apresentar anomalias das estruturas do trato respiratório, com o relaxamento das musculaturas adjacentes obstrui a passagem de ar causando um decréscimo da saturação de oxihemoglobina. O conhecimento sobre os tipos e a fisiologia da apneia do sono e seus tratamentos é de suma importância já que o mesmo pode levar a problemas fisiológicos e até mesmo a morte. Atualmente pacientes que apresentam a SAOS podem ser tratados tanto pelo Médico como pelo Cirurgião Dentista. A doença acomete uma boa porcentagem da população que ronca. Os aparelhos intra-orais podem minimizar ou até eliminar a apneia, funcionam como uma tração dos tecidos da garganta liberando as vias aéreas superiores fazendo com que o ar chegue aos pulmões, assim os pacientes eliminam a causa. As cirurgias ortognáticas, realizadas pelo cirurgião Bucomaxilofacial podem eliminar a causa da apneia do sono, sendo a mais utilizada e efetiva. A técnica consiste em um deslocamento da maxila e mandíbula para anterior desobstruindo as vias aéreas superiores facilitando assim a respiração do paciente. O tratamento envolve diversas medidas terapêuticas como a mudança de hábitos (ingestão de bebidas alcoólicas), uso de aparelhos de pressão continua (CPAP), aparelhos intra-orais (AIOs), procedimentos cirúrgicos, procedimentos protéticos, sendo o uso dos AIOs menos invasivo e de simples tratamento (FROES, 2011). 11 2 PROPOSIÇÃO Esta revisão de literatura tem o objetivo de apresentar os dispositivos ortodônticos como proposta de facilitar o trabalho do ortodontista na sua escolha. 12 3 REVISÃO DE LITERATURA O sono desempenha uma função vital no organismo humano, as funções cerebrais e orgânicas são por ele influenciadas, mas observa-se que a principal função ainda não foi totalmente esclarecida pela comunidade cientifica (ALBERTINI; SIQUEIRA, 2001). Fisiologicamente, o homem necessita dormir algumas horas sendo a qualidade do sono mais importante que a quantidade, quando a qualidade é comprometida, alguns transtornos de comportamento pode ocorrer, como alteração no humor e no desenvolvimento de tarefas diárias (WADI et al., 2002 ). O ronco e a síndrome da apneia e hipopneia do sono obstrutiva (SAHSO) tem sido um assunto muito discutido no Brasil e no mundo atual, esse problema além de transtornos sociais e psicológicos trás consequências físicas para o paciente (GODOLFIM, 2002), afetando sete milhões de brasileiros com problemas de ronco e sono (LORIATO, 1999). Estima-se que 35% dos roncadores habituais possam desenvolver a SAHOS e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 40% da população brasileira ronca (ITO et al., 2004). É uma condição comum que afeta 2% das mulheres adultas e cerca de 3% dos homens adultos (KHOURY, 2010). Segundo Ravelli e colaboradores (1999), quando chega á idade de 40 á 60 anos, aumenta a prevalência de 20% em homens e de 15% em mulheres. Caram e Quintela (2013) afirmam que os distúrbios respiratórios do sono tem sido objetivo de intenso estudo nos últimos 30 anos. A síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crônica que pode ter consequências ameaçadoras sobre o potencial de vida. Ela é caracterizada por uma obstrução total ou parcial das vias aéreas superiores durante o período do sono. A síndrome da Apneia do sono tem como sinais e sintomas o ronco, interrupção respiratória, agitação no sono, sonolência diurna, impotência sexual, cefaleia, irritabilidade dentre outros (PRATO et al., 2010). Fatores agravantes incluem o consumo de álcool, tabagismo e posição supina para dormir (CASCANTE; EGUÍA, 2007). 13 Os episódios obstrutivos recorrentes são considerados eventos apnéticos, quando ocorre a cessão total do ar, e hipoapnéticos quando há um decréscimo em 50% do fluxo total de ar, sendo que ambos diagnosticados como pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) (FURUYAMA, 2010). A apneia Obstrutiva do sono pode ser dividida em três tipos: apneia central, apneia obstrutiva, e apneia mista. A primeira é caracterizada pela ausência do esforço respiratório quanto ao fluxo aéreo, onde não há estimulo neurológico para os músculos respiratórios; na segunda o fluxo aéreo é cessado na presença do esforço respiratório. Já a apneia mista é quando há uma combinação de ambos, onde primeiramente ocorre uma apneia central seguida de um esforço respiratório sem fluxo aéreo (ABI-RAMIA, 2009). Frequentemente, os pacientes portadores desta síndrome estão associados a indivíduos portadores de obesidade, com pequeno desenvolvimento mandibular, macroglossias, obstrução nasal, aumento dos tecidos dos tecidos linfonoides na região oronasofaringea, alongamento do palato mole, entre outros fatores, entretanto o fator etiológico mais comumente encontrado é o desabamento da língua na região orofaringeana, ocasionando obstrução da via aérea superior (VINHA et al., 2010). Numerosos estudos têm mostrado que a SAOS está associada a doenças cardiovasculares e cerebrovasculares tanto quanto a ocorrência de acidentes automobilísticos pela sonolência diurna (DOMÍNGUEZ; FERNÁNDEZ; MARÍN, 2007). Na maioria dos pacientes, o primeiro sintoma clínico observado é o ronco alto, associado a períodos de silêncio (períodos apnéicos) de dez segundos ou mais. Outros sintomas comuns são o comportamento anormal durante o sono, movimentação noturna, sonambulismo, cefaleia matinal e sonolência diurna (FURQUIM; RAMOS, 2004). A faringe é um órgão muscular que se sustenta nos ossos da face do crânio, dividindo-se em oro, naso e hipofaringe podem ser consideradas um tubo colabável que atende o sistema digestivo e respiratório, participando da respiração, deglutição e fonação. Sua conformação anatômica permite que fatores como obesidade, hipotonia muscular e deficiência mandibular favoreçam sua obstrução, podendo gerar a síndrome da apneia obstrutiva do sono (GONÇALVES, 2006). No exame de polissonografia, é registrado durante a noite o estágio e continuidade do sono, esforço respiratório, a saturação de oxigênio, a posição do 14 corpo, movimentos corporais e o numero de apneias e hipopneia. O IAH (índice de apneia e hipopneia) é considerado o fator principal para a confirmação e controle do quadro da SAOS (TEIXEIRA, 2008). De acordo com Baptista (2007), os estudos de polissonografia podem ser classificados pela sua gravidade de acordo com o índice de apneia e hipopneia (IAH), podendo ser: - Leve 10 ≤ IAH < 20; - Moderado 20 ≤ IAH < 40; - Grave > 40 IAH. O tratamento da apneia obstrutiva do sono é multidisciplinar e indispensável, podendo ser realizado de diversas formas, tanto conservadoras como cirúrgicas, depende de inúmeros fatores como a gravidade da doença, as alterações anatômicas da via aérea superior, idade e condições sistêmicas do paciente, diante desses fatores para o uso de aparelhos intra-bucais os casos leves e moderados são de primeira escolha (PRATO et al., 2010). Embora a polissonografia ainda seja a técnica mais completa para o diagnóstico de SAHOS, a técnica cefalométrica ainda é útil, avaliando o estado das vias aéreas superiores, a permeabilidade do espaço aéreo posterior, e até mesmo as mudanças que ocorrem quando os pacientes são submetidos a vários tratamentos. É uma exploração minimamente invasiva caracterizada por apenas requerer a cooperação do paciente, tem um baixo custo e de fácil interpretação clínica (FELIX et al., 2002). Segundo Emilio e colaboradores (2002), o tratamento médico mais comumente usado para os pacientes diagnosticados com hipopneia obstrutiva do sono (SAOS) é a ventilação nasal continuous positive airway pressure (CPAP nasal). O sistema de CPAP nasal age como um verdadeiro pneu passivo na abertura da via aérea superior evitando a obstrução durante o próprio sono. No entanto, a dificuldade para alguns pacientes tolerarem o CPAP nasal criou uma demanda por soluções terapêuticas não-cirúrgico tanto SAOS como ronco. Desta forma, vários dispositivos foram concebidos com o objetivo de modificar a anatomia intra-oral das vias aéreas superiores e evitar o entupimento e / ou o colapso durante o sono nestes pacientes. No entanto, o uso de dispositivos intra-orais para o tratamento da obstrução das vias respiratórias superiores não é um conceito novo, 15 em 1934, Pierre Robin aconselhava utilizar o monobloco com o objetivo de fazer uma mudança funcional da mandíbula para uma posição anterior, aumentando o tamanho da via aérea superior e impedindo glossoptose em crianças com grave micrognatismo mandibular. As opções de tratamentos atualmente disponíveis para SAOS são múltiplas. A decisão de como tratar um paciente com SAOS, uma vez confirmados e avaliados por PSG depende de quatro pilares: a gravidade clínica, PSG, complicações e etiologia da obstrução que tem as seguintes medidas terapêuticas à nossa disposição: médico e odontológico. Na especialidade médica inclui procedimentos como o CPAP, perda de peso, tratamento postural, o tratamento medicamentoso, medidas de higiene, traqueostomia, septoplastia, uvulopalatoplastia e na especialidade odontológica inclui ortopedia, medidas de higiene, perda de peso e osteotomias faciais (MAREQUE BOA et al., 2005). Atualmente, o termo aparelho intra-oral é uma designação genérica bastante utilizada na medicina do sono para se referir a vários modelos de aparelhos que, inseridos no interior da cavidade oral durante o sono alteram a posição da mandíbula, aumentam o tônus muscular da língua, do palato mole e outras estruturas moles (CARNEIRO, 2013). Segundo Felix e colaboradores (2002), os dispositivos intra-orais têm sido considerados como uma alternativa válida para certos tipos de patologias obstrutivas das vias aéreas superiores. Atualmente, existem várias patentes para dispositivos diferentes. Os mais usados são os dispositivos de avanço mandibular (fixo e ajustável). O seu papel pode ser resumido como um aumento na área da faringe e impedir o colapso do palato mole e língua durante o sono. Com esses dispositivos são alcançados reduções no índice de apneia e hipopneia em torno de 60%, a taxa de resposta é de 60% e a adaptação dos pacientes é superior a 80%, os valores que os tornam comparáveis com o aparelho de pressão positiva (CPAP) para reduzir desordens respiratórias durante o sono é superior ao CPAP em termos de aceitação pelos pacientes e menos efeitos colaterais. Os aparelhos intra-bucais de avanço mandibular previnem e minimizam o colapso das vias aéreas superiores durante o sono, pois promovendo seu aumento, permitem uma maior passagem de ar. Dentre os efeitos adversos dessa terapia, citase: o desconforto na articulação têmporomandibular e musculatura facial; salivação ou secura excessiva da boca; aumento do ângulo do plano mandibular; diminuição 16 de sobremordida e sobressaliência; retroinclinação dos incisivos superiores; protusão dos incisivos inferiores; aumento da altura facial inferior; inclinação para distal dos molares superiores e inclinação mesial dos molares inferiores. (CALDAS et al., 2009 ). Essas alterações dentoesqueléticas são progressivas e resultantes de tratamentos muito longos, sendo necessário o acompanhamento com radiografias cefalométricas, modelos de estudos e fotografias intra e extra-bucais, com o objetivo de minimizar esses efeitos ( CALDAS et al., 2009 ). De acordo com seu mecanismo de ação, podemos dividir os dispositivos em quatro tipos: 3.1) Aparelho de reposicionamento da língua; 3.2) Dispositivos de reposicionamento da mandíbula; 3.3) Dispositivos de elevação e reposicionamento do palato mole e da úvula; 3.4) Aplicação de pressão verbal positivo. 3.1 Aparelho de reposicionamento da língua 3.1.1 TRD (Tongue Retaining Device ®) Foi um dos primeiros dispositivos desenvolvidos para o tratamento da apneia do sono e ronco. Mantém a língua numa posição avançada por sucção, graças à existência de uma protuberância em forma de lâmpada feita de acrílico em uma posição anterior, que cria uma pressão negativa no interior, introduzindo a língua durante o sono. Recebeu aprovação do FDA apenas para o tratamento do ronco. Devido ao seu mecanismo de ação e design, TRD seria o único dispositivo adequado para pacientes desdentados (EMILIO et al., 2002). 17 Figura 1 – TRD ( Tongue Retaining Device®) Fonte: EMILIO et al., 2002. 3.2 Dispositivos de reposicionamento da mandíbula 3.2.1 KLEARWAY® Foi descrito e desenvolvido por A. Lowe. É constituída de duas talas acrílicas juntas pelos braços de um parafuso de disjunção dispostos ântero-posterior da tala superior. As ponteiras de Lower têm dois acessórios de metal, tubos imersos no acrílico, a fim de acomodar as extensões dos braços acima da disjunção do parafuso. Este sistema permite, através da ativação do parafuso disjuntor, uma progressão da mandíbula para obter o necessário grau de saliência. Apresenta, também, vários ganchos Adams, a fim de torná-lo mais retentivo na boca. Sua principal vantagem reside na regulação e ativação progressiva, que pode ser feita pelo próprio paciente (EMILIO et al., 2002). 18 Figura 2 - KLEARWAY® Fonte: EMILIO et al., 2002. 3.2.2. Snore Guard® É confeccionado em uma placa de acrílico autopolimerizável este aparelho intra-oral é provido de retenção mandibular em posição anterior e com aumento de dimensão vertical durante o sono para facilitar a desobstrução da via aérea superior (ARAUJO et al., 2011). Figura 3 - Snore Guard® Fonte: ARAUJO et al., 2011. 19 3.2.3 Bionator de Balters A mordida construtiva de trabalho é obtida com o avanço da posição mandibular, permitindo a realização do mecanismo de ação do Bionator – o que levaria a língua a uma posição mais anteriorizada, juntamente com a mandíbula. Esta obtenção da mordida construtiva foi executada com uma lâmina de cera nº 7 que é dobrada em três partes no sentido do maior comprimento. Com o auxílio de uma lamparina a álcool, obtinha-se uma forma semelhante à de uma ferradura, sendo levada à boca do paciente para realizar a impressão da oclusão em uma posição mais anteriorizada, avançando a mandíbula em 5mm, inicialmente, podendo-se chegar até 75% da protusão máxima. O conjunto de modelos de trabalho em gesso superior e inferior, ocluídos através da mordida em cera, é enviado a um laboratório de prótese para montagem em articulador para a confecção do aparelho Bionator de Balters com resina acrílica termopolimerizável e fios de aço (NABORRO; HOFLING, 2008). Figura 4 - Bionator de Balters Fonte: NABORRO; HOFLING, 2008. 20 3.2.4 Placas Oclusais Sua confecção consiste em manter as vias aéreas superiores com bom fluxo de ar, retraindo a base da língua e o palato mole, mantendo-os distantes da orofaringe. A função do aparelho é adquirir abertura e protusão mandibular e assim posicionar o palato mole e a língua mais anteriormente, liberando as vias aéreas superiores (WADI et al., 2002). Figura 5 – Placas Oclusais Fonte: WADI et al., 2002. 3.2.5 Aparelho PLG O aparelho é composto por duas placas acrílicas encapsuladas cobrindo as arcadas superiores e inferiores no seu terço oclusal, que se conectam através das pistas indiretas e dos conjuntos de arcos dorsais e tubos telescópios, que possibilitam a mobilidade mandibular liberando a língua para uma posição anterior permitindo uma abertura das vias aéreas superiores (GODOLFIM, 2002). 21 Figura 6 - Aparelho PLG Fonte: GODOLFIM, 2002. 3.2.6 Órtese Lingual Consiste em um aparelho com avanço mandibular associada com uma mecânica direta sobre a língua. Agrega o controle indireto sobre a mandíbula e direto sobre a língua em um aparelho bibloco articulado por meio de arcos vertibulares helicoidais (CARAM; QUINTELA, 2013). Figura 7 - Órtese Lingual Fonte: CARAM, QUINTELA, 2013. 3.2.7 Aparelho de Herbst modificado Aparelho utilizado por dentistas com grande eficácia no tratamento da Classe II esquelética. A componente horizontal do dispositivo é que promove o avanço mandibular para tratamento da apneia obstrutiva do sono. Confeccionado com talas 22 de acrílico por duas hastes telescópicas que atua como guia de protusão. As modificações são introduzidas, tais como: a presença de dois ganchos superior entre caninos e pré-molares, com dois elásticos, uma de cada lado, entre a parte superior e inferior tala. A sua finalidade é a de manter ambas as arcadas na posição fechada durante o sono. Sugere-se a realização de posicionamento da mandíbula acima de 75% de sua máxima protrusão (EMILIO et al., 2002). Figura 8 - Aparelho de Herbst modificado Fonte: EMILIO et al., 2002. 3.3 Dispositivos de elevação e reposicionamento do palato mole e da úvula 3.3.1. Lifter ajustável ® Desenhado por H. Paskow para levantar delicadamente o palato mole evitando sua vibração durante o sono. Consiste em uma placa de acrílico removível onde sua parte traseira se localiza sobre a linha média, sendo que sua ativação consiste em um deslocamento de um botão acrílico para distal através de um parafuso de ativação. Para aumentar a sua taxa de retenção, são fornecidos com vários ganchos Adams e bola. O dispositivo é ativado pelo mesmo paciente com 1/8 “de volta a cada noite. Recebeu a aprovação da FDA para tratar ronco (EMILIO et al., 2002). Figura 9 – Aparelho de Herbst modificado 23 Fonte: EMILIO et al., 2002. 3.3.2 Equalizer ® Embora este equipamento provoque uma elevação do palato mole, devido à sua extensão posterior em acrílico é também concebido por provocar um avanço mandibular. No projeto original, tem dois tubos de plástico localizados anteriormente, a fim de corresponder ("equalizar"), a pressão de ar intra-oral e extra sem prejudicar a respiração nasal. Para aumentar a retenção são utilizados ganchos bola. Este dispositivo recebeu aprovação do FDA para uso apenas no tratamento da SAHOS (EMILIO et al., 2002). Figura 10 - Equalizer ® Fonte: EMILIO et al., 2002. 3.4 Aplicação de pressão verbal positiva 24 A referência deste aparelho fornece uma terapia de combinação entre um dispositivo de reposicionamento mandibular e um sistema de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). Assim, em pacientes com obstrução nasal com SAHOS grave, em que o uso de CPAP é essencial e onde o uso do CPAP nasal seria seriamente comprometido, o uso deste aparelho pode ser uma excelente alternativa. Além disso, tem como benefício adicional efeito sobre as vias aéreas superiores provocando avanço mandibular, recebeu aceitação FDA para o tratamento da SAHOS (EMILIO ET al., 2002). Figura 11 - Aplicação de pressão verbal positiva Fonte: EMILIO ET al., 2002. 25 4 DISCUSSÃO A Síndrome da Apneia e Hipopneia do Sono (SAHOS) são desordens subdiagnosticadas mais prevalentes, com maior morbi-mortalidade entre os distúrbios do sono. Os sintomas incluem roncos, pausas respiratórias e sono agitado com múltiplos microdespertares (CARNEIRO et al., 2011). Segundo Loriato (1999), é sabido universalmente que o ronco ocorre pelo relaxamento da musculatura da face e da faringe, que deixa a mandíbula em posição disto oclusal e leva a língua e a úvula a preencher o local onde o ar deveria passar, obstruindo as vias aéreas. Nesta última década, vários aparelhos ortodônticos funcionais têm sido desenvolvidos por dentistas para o tratamento do ronco e da apneia obstrutiva do sono, tendo como mecanismo de ação uma alteração na posição da mandíbula, língua e outras estruturas das vias aéreas superiores. A opção mais eficaz é um aparelho de pressão positiva contínua sobre a via aérea, mas o tratamento é relativamente invasivo e requer um alto nível de cooperação. Os splints de avanço mandibular têm sido propostos como uma alternativa em pacientes que apresentam apenas ronco ou SAOS suave. Quando um splint é utilizado, a mandíbula gira para baixo e para frente e a base da língua avança, permitindo a passagem do ar (FURQUIM, RAMOS, 2004). Segundo Albertini e Sirqueira (2001), é importante que o encaminhamento do paciente para o cirurgião dentista seja realizado pelo médico, após o diagnostico médico o dentista pode intervir no tratamento, portanto os aparelhos só podem ser confeccionados em casos de SAOS leve e moderada. O mesmo afirmam Ito e colaboradores (2004), que os aparelhos intra-orais só podem ser utilizados em casos de SAOS leve e que sua indicação deve ser em conjunto ao diagnóstico médico através do exame de polissonografia. Os casos graves de SAOS podem ser tratados como prioridade por procedimentos cirúrgicos, já que o problema tem uma associação não só muscular como esquelético Mello Filho e colaboradores (2008) apresentam técnicas cirúrgicas para a correção de deficiência maxilar e mandibular, portanto suas técnicas só podem ser realizadas quando bem indicadas, sendo só em casos graves de SAOS, reforçando as suas indicações. 26 Tanto Carneiro (2013) quanto Khoury e colaboradores (2010) concluem que o CPAP ainda é considerado padrão ouro no tratamento do SAHOS moderada e grave, portanto os aparelhos intra-orais tem se tornado viável aos distúrbios respiratórios do sono, principalmente daqueles leves e moderados. O CPAP é o que tem a melhor adesão do paciente aos aparelhos intra-orais pelo seu conforto. Em 2002, as indicações dos aparelhos intra-orais caminharam da marginalidade terapêutica para a outorgação como tratamento conhecido, assim que foi realizada a revisão aprovada pela Associação Americana das Desordens do Sono para inclusão dos aparelhos intra-orais no Standards of Practice Committe`s – órgão que estabelece os parâmetros para a prática da Medicina do Sono na América do Norte, recomendou-se, então, que os aparelhos de avanço mandibular fossem considerados de escolha para o ronco crônico e a SAOS leve (QUINTELA et al., 2009). Após avaliação das amostragens mais recentes, em 2006, a mesma Associação atualizou os fundamentos clínicos para melhor uso dos aparelhos intraorais, apesar de não terem sido tão eficazes como o CPAP, os aparelhos intra-orais também são indicados para doentes com SAOS moderado-severa que tenham substituído ou desistido do tratamento do CPAP e cirúrgicos pelos aparelhos intraorais (QUINTELA et al., 2009). Segundo RAVEL (1999), pacientes com SAOS graves foram submetidos a aparelhos de reposicionamento mandibular no tratamento, houve sucesso, sendo que o mesmo consiste em um tratamento alternativo conservador. Os aparelhos intra-orais são indicados para casos de SAOS leves e moderados, sendo que pela falta de tolerância dos CPAP e pela desistência de procedimentos cirúrgicos os SAOS graves podem ser tratados pelos aparelhos como tratamento alternativo, tendo como eleição os aparelhos intra-orais de avanço ou de reposicionamento mandibular (QUINTELA et al., 2009). 27 5 CONCLUSÃO A síndrome da apneia e hipopneia do sono é uma doença crônica que afeta diretamente o estado físico e psicológico do paciente acarretando problemas sociais, diante desse fato o cirurgião dentista deve estar atento para os seus sinais e sintomas como: ronco, interrupção respiratória, agitação no sono, sonolência diurna, impotência sexual, cefaleia, irritabilidade dentre outros, portanto saber tratar a SAOS é de suma importância, levando em consideração qual a indicação da apneia leve, moderada e grave. A SAHOS leves e moderadas podem ser tratadas com a intervenção dos aparelhos intra-orais e em caso de graves são eleitos procedimentos cirúrgicos e uso de CPAP, em alguns casos moderados e graves o tratamento com os AIOs são recomendados, não de forma corretiva mais alternativa e conservadora, isso se deve pela falta de tolerância dos pacientes ao CPAP ou por medo de procedimentos cirúrgicos. Antes de qualquer procedimento, os exames de polissonografia devem ser recomendados, pois o mesmo avalia a continuidade do sono, esforço respiratório, a saturação de oxigênio, a posição do corpo, movimentos corporais e o número de apneias e hipopneias e é a partir destes índices que são traçados os procedimentos odontológicos. Existem vários dispositivos intra-orais para o tratamento da apneia tais como: aparelho de reposicionamento da língua, dispositivos de reposicionamento e avanço da mandíbula, dispositivos de elevação e reposicionamento do palato mole e da úvula aplicação de pressão verbal positivo. O aparelho mais comumente utilizado é o de avanço da mandíbula. 28 REFERÊNCIAS ABI-RAMIA, L.B.P. Avaliação tridimensional da via aérea superior de pacientes com apneia do sono que utilizaram aparelho de avanço mandibular. 2009. 95f. Titulo de Mestre (Ortodontia) – Programa de Pós-graduação em Odontologia na Universidade do estado do Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 2009. ALBERTINI, R.; SIRQUEIRA, V.C. A Ortodontia e a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono. JBO, Curitiba, v.6, n.33, p.213-221, maio/jun. 2001. ARAUJO, L.G.; COELHO, P.R.; GUIMARÃES, J.G. Tratamento da síndrome de apneia hipopneia obstrutiva do sono por meio de placa protrusiva mandibular. RFO, Passo Fundo, v.16, n.1, p.100-104, jan./abr. 2011. BAPTISTA, P.M. A cirurgia como tratamento para a apnéia obstrutiva do sono Cirurgia para apnéia obstrutiva do sono. Seção de Otorrinolaringologista do Hospital de Navarra. 2007. Disponível em: HTTP://dx.doi.org/10.4321/S113766272007000200006. Acesso em 13 de nov. 2013. CALDAS, S.G.F.R.; RIBEIRO, A.A.; SANTOS-PINTO, L.; MARTINS, L.P.; MATOSO, R.M. Efetividade dos aparelhos intrabucais de avanço mandibular no tratamento do ronco e da síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS): revisão sistemática. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.14, n.4, p.74-82, July/Aug. 2009. CARNEIRO, V.S.M,; ALVES, J.; CATÃO, M.H.C.V.; RIBEIRO, R.A.; ROMULO, S.S. Perfil do paciente usuário de aparelho de protrusão mandibular. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v.15, n. 2, p.167-176, 2011. CARNEIRO, N.N. Tratamento de ronco e apnéia do sono – uma comparação entre CPAP e aparelhos tituláveis reposicionadores de mandíbula. R Odontol Planal Cent, v.3, n.1, p.61-70, jan./jul. 2013. CARAM, J.M.; QUINTELA, M.M. A Órtese lingual: uma nova proposta de aparelho intra-oral para apnéia do sono grave – relato de casos. Ortho Science, v.6, n.21, p.110-117, 2013. EGUIA, V.M.; CASCANTE, J.A. Sindrome da apneia e hipoapneia do sono. Conceito diagnóstico e tratamento médico. Seção de Pneumologia do Hospital de Navarra. 2007. Disponível em: HTTP://dx.doi.org/10.4321/51137662720070002000075. Acesso em 13 de Nov. 2013. EMILIO, M.C.; FELIX, C.V.; JOHN, C.P.; BELEM, D.E. Aparatologia intraoral para tratamento de apneia e hipoapneia do sono (SAHOS). RCOE 2002, v.7, n.4, p.391402, jul./ago. 2002. 29 FELIX, C.V.; JOHN, C.P.; EMILIO, M.C.; BELEM, D.E. Tratamento da apneia obstrutiva do sono com posicionadores mandibulares. RCOE 2002, v.7, n.4, p.379386, jul./ago. 2002. FELIX, C.V.; JOHN, C.P.; MARIA PILAR, F.M.; BELEM, D.E. Relação entre maloclusão e aumento nas vias aéreas usando um dispositivo dental em pacientes com apneia do sono. RCOE 2002, v.7, n.4, p.345-452, jul./ago. 2002. FROES, T.C. Comparação entre o efeito do aumento da dimensão vertical de oclusão e do avanço de mandíbula na qualidade do sono em pacientes idosos portadores de próteses totais bimaxilares. 2011. 142f. Tese de Doutorado – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo na área de prótese dentaria, São Paulo, São Paulo, 2011. FURQUIM, L.Z.; RAMOS, L.V.T.R. Aparelho para apnéia obstrutiva do sono. R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v.3, n.2, p.21-26, abr./maio 2004. FURUYAMA, R.J. Influência do uso de prótese total durante o sono na síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. 2010. 78p. Tese de Doutorado – Programa de Pós Graduação em Ciências Odontológicas na área de prótese, Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. GOLDOFIM, L.R. O tratamento do ronco e apneia do sono com dispositivos intraorais. JBO, Curitiba, v.35, n.2, p.87-91, abr./jun. 2002. GONÇALVES, E.S. Estudo Cefalometrico computadorizado do espaço aéreo faríngeo de pacientes submetidos á cirurgia ortognatica para correção de prognatismo mandibular. 2006. 142f. Tese de Doutorado – Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo área de estomatologia, São Paulo, Bauru, 2006. ITO, F.A.; ITO, R.T.; MORAES, N.M.; SAKIMA, T.; BEZERRA, M.L.S. Mecanismo de ação dinâmico de aparelho anti-ronco: relato de um caso clínico. R Clin Ortodon Dental Press, v.3, n.1, p.41-50, fev./mar. 2004. JUNIOR, C.M.C.; DAL-FABBRO, C.; BRUIN, V.M.S.; BITTENCOURT, L.R.A. Consenso brasileiro de ronco e apneia do sono - aspectos de interesse aos ortodontistas. Dental Press J Orthod, Maringá, v.16, n.1, p.01-10, jan./fev. 2011. KHOURY, E.A.; GODOLFIM, L.R.; FEUSER, K.A.; MACHADO, A.V.L. Comparativo entre aparelho intraoral e CPAP no tratamento do ronco e apneia do sono: relato de um caso clínico. Ortho Sci Orthod Sci Pract, v.3, n.10, p.134-138, 2010. LORIATO, E.A. Dispositivo anti-ronco. RBO, Rio de Janeiro, v.56, n.12, p. 73-74, 1999. MAREQUE BOA, J.; MARTINEZ FUSTER, X.; GONZALEZ LAGUNAS, J.; BASSAS, J.; RASSPAL MARTIN, G. Genioglossus avanço no tratamento da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono. R Esp Oral e Maxillofac Surg, Madrid, v.27, n.3, p.480486 , maio/jun. 2005. 30 MARIN, B.; FERNANDEZ, B.; DOMINGUEZ, F.J. Hipopneia e Apneia do sono e doenças cardiovasculares. Seção de Pneumologia do Hospital de Navarra. 2007. Disponível em: HTTP://dx.doi.org/10.4321/51137-66272007000200007. Acesso em 13 de nov. 2013. MELLO-FILHO, F.V; FARIA, A.C.; RIBEIRO, H.T. Tratamento da síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) com avanço maxilomandibular: relato de dois casos. Rev Soc Bras Cir Craniomaxilofac, v.10, n.4, p.156-159, out./dez. 2007. NABARRO, P.A.D.; HOFLING, R.T.B. Efetividade do aparelho ortopédico Bionator de Balters no tratamento do ronco e apnéia do sono. R. Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.13, n.4, p.36-44, July/Aug. 2008. PRADO, B.N.; FERNANDES, E.G.; MOREIRA, T.C.A. Apneia do sono: Diagnostico e tratamento. Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo, v.22, n.3. p.233-239, set./dez. 2010. QUINTELA, M,M.; VEDOVELLO FILHO, M.; YOSHIDA, A.H.; FLÓRIO, F.M.; MOTTA, R.H.L. Aparelhos mandibulares para apnéia obstrutiva do sono: Evoluções, técnicas e protocolos clínicos. Ortodontia SPO, v.42, n.1, p. 50-58, 2009. RAVELI, D.B.; RAVELI, R.A.B.; CHIAVANI, P.C.R.; JACOB, H.B.; BARRETO, G.M.; SOUZA, M.A. Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) e ronco: relato de um caso clínico. JBO, Curitiba, v.4, n.20, p. 95-102, 1999. TEXEIRA, A.O.B. Uso de aparelho de protrusão mandibular como recurso para tratamento da síndrome da apnéia obstrutiva do sono. 2008. 122f. Titulo de Mestre (Ortodontia) - Programa de Pós-graduação em Odontologia na Universidade do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. VINHA, P.P.; SANTOS, G.P.; BRANDÃO, G.; FAGNANI FILHO, A. Ronco e Apneia do Sono: Apresentação de um novo dispositivo intra-oral e protocolo de tratamanto. Rev Gaúcha Odontol Porto Alegre, v.58, n.4, p.515-520, out./dez. 2010. WADI, M.H.A.; NETO, J.V.; FILHO, M.V.; NOUER, P.R.A.; SALLUM, E.J. Placas oclusais no tratamento da apneia obstrutiva do sono: uma alternativa conservadora. JBO, Curitiba, v.35, n.2, p.137-44, abr./jun. 2002.