VIGILÂNCIA À SAÚDE
CONCEITO
Trata-se
da elaboração de um diagnóstico através de
busca ativa dos condicionantes e dos determinantes das
doenças e dos agravos à saúde que existem no município.
Um
conjunto de processo de trabalho relativos a situações
de saúde, a preservar riscos, danos, seqüelas e incidentes
sobre indivíduos, famílias, ambientes coletivos, grupos
sociais e meio ambiente.
OBJETIVOS


Vigiar a saúde de grupos específicos em
áreas territoriais delimitadas em função
da distribuição social dos problemas de
saúde;
Envolve operações que tentam identificar
as necessidades sociais de saúde da
população,os grupos de risco, situações
de exposição, indícios de exposição,
indícios de danos, causa dos óbitos, de
seqüelas e dos agravos;
As ações de vigilância a
saúde
Controle das causas
Condicionantes e determinantes

Modos de vida- estilo de vida
Condiçoes sócio-ambientais

controle dos riscos e danos
Cura
Riscos
Exposiçao
Casos
Sequelas
Morte
COMO IMPLEMENTAR A
VIGILÂNCIA A SAÚDE
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
Identificar os problemas de saúde de acordo com a
área de abrangência;
Descrição dos problemas segundo informações
demográficas,
epidemiológica,
sócio-cultural
e
econômica;
Priorização dos problemas;
Análise dos problemas para identificar os fatores
condicionantes e determinantes;
Identificação das áreas críticas que deve ser objeto
de intervenção;
Definição e operacionalização das ações.
Atividades
de Vigilância à saúde
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
Levantamento e análise dos riscos e dos recursos
relevantes aos problemas de saúde;
Atividades de promoção e prevenção a saúde;
Atividades de controle do meio ambiente;
Atividades de controle de alimentos;
Controle sobre os ambientes comunitários;
Controle de águas;
Controle de emissão de poluentes.
Ações de Vigilância a saúde
no SUS – (Lei 8080/90)

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Vigilância
Vigilância
Vigilância
Vigilância
epidemiológica;
sanitária;
à saúde do trabalhador;
alimentar e nutricional.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA



As primeiras intervenções estatais no campo da
prevenção e controle de doenças datam do século
XX com vistas ao controle das doenças que
comprometiam as atividades econômicas;
Na década de 50 os estudos epidemiológicos foram
propostos para dar conta do modelo monocausal das
enfermidades, tratava-se de vigilância às pessoas com
base em medidas de isolamento ou quarentena aplicadas
individualmente;
Nos anos 60 houve uma verdadeira revolução na história
da epidemiologia com o programa de erradicação da
varíola, campanhas de vacinação em massa, introdução
da computação eletrônica e a matematização da área e
foi instituído um sistema de notificação semanal em um
boletim quinzenal com algumas doenças selecionadas;



Na década de 70 e 80 ocorreu o aperfeiçoamento da
tecnologia para tratamento dos dados e instituiu-se o
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
que tornou obrigatória a notificação de doenças
transmissíveis selecionadas ;
Na fase contemporânea a epidemiologia apresenta
novas tendências, reafirmando a historicidade do
processo saúde/doença e a raiz econômica e política
de seus determinantes;
Em 1977 o Ministério da Saúde elaborou o primeiro
manual de vigilância epidemiológica.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA

Definido em seu texto constitucional (lei 8080/90)
Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção
de quaisquer mudanças nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças e agravos.

PROPÓSITOS:
- Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das
ações de prevenção, controle e tratamento das doenças;
- Identificar as fontes etiológicas na gênese das enfermidades;
- Fornecer orientaçao técnica permanente para os profissionais que têm a
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e
agravos.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA

Funções:
1.Coleta de dados
Tipos de Dados:
- Demográficos – habitantes, nascimentos e óbitos;
- Ambientais - aspectos climático e ecológico;
- Socioeconômico – ocupação, escolaridade;
- Morbidade- são os mais utilizados em epidemiologia por permitirem
a identificação imediata ou precoce de problemas sanitários;
- Mortalidade - são de fundamental importância como indicadores de
gravidade do fenômeno vigiado;
- Surtos e epidemias – possibilita a constatação de qualquer indício
de elevação do número de casos de uma patologia.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Fontes de dados:
Notificação – é a comunicação da ocorrência de determinada
doença ou agravo à saúde;
Laboratórios – Os resultados laboratoriais vinculados à
rotina de vigilância epidemiológica complementam o
diagnóstico de confirmação;
Imprensa e população - Informações oriundas da imprensa e
da comunidade são fontes importantes de dados;
Investigação epidemiológica – Os achados de investigações
epidemiológicas de casos e de surtos complementam as
informações de notificação no que se refere a fontes de
infecção e mecanismos de transmissão, dentre outras
variáveis;



Inquérito epidemiológico – levado a efeito quando
as informações existente são inadequadas ou
insuficientes;
Levantamento epidemiológico – estudo realizado
com base nos dados existentes nos registros dos
serviços de saúde ou de outras instituições;
Sistema
Sentinela- Informações capazes de
monitorar indicadores chaves da população em
geral que sirvam de alerta precoce para o sistema
de vigilância.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
2- Processamento de dados coletados;
3 - Análise e interpretação dos dados;
4- Promoção das ações de controle;
5- Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
6- Divulgação de informações pertinentes;
7- Descrever a magnitude e a distribuição dos problemas de
saúde na população humana.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Potencialidades e limites
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Fluxo lento de Informações;
Subnotificações de casos;
Ausência de sistematização das informações;
A má qualidade dos dados;
A não utilização das informações para subsidiar o planejamento das
ações;
As ações são restritas as doenças de notificações compulsórias;
Ações isoladas;
Recursos materiais e equipamentos insuficientes;
Falta de motivação dos profissionais.
Doenças de Notificação
Compulsória
PORTARIA Nº 5, DE 21 DE FEVEREIRO
DE 2006

Inclui doenças na relação nacional de notificação
compulsória, define doenças de notificação
imediata, relação dos resultados laboratoriais que
devem ser notificados pelos Laboratórios de
Referência Nacional ou Regional e normas para
notificação de casos.
Doenças de Notificação
Compulsória

A notificação imediata deverá ser
realizada por um dos seguintes meios
de comunicação:
-
Serviço de notificação eletrônica de
emergências epidemiológicas;
- Serviço telefônico de notificação de
emergências epidemiológicas, 24 horas.

Os profissionais de saúde no exercício da profissão,
bem como os responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e
ensino, em conformidade com a Lei nº. 6259 de 30
de outubro de 1975, são obrigados a comunicar aos
gestores do Sistema Único de Saúde - SUS a
ocorrência de casos suspeitos ou confirmados das
doenças relacionadas nos anexo I, II e III desta
Portaria.
Doenças de Notificação
Compulsória
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Botulismo
Carbúnculo ou Antraz
Cólera
Coqueluche
Dengue
Difteria
Doença de Creutzfeldt – Jacob
Doenças de Chagas (casos agudos)
Hantavirose
Hepatites Virais
Doenças de Notificação
Compulsória
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Doença Meningocócica e outras Meningites
Esquistossomose (em área não endêmica)
Eventos Adversos Pós-Vacinação
Febre Amarela
Febre do Nilo Ocidental
Febre Maculosa
Febre Tifóide
Hanseníase
Doenças de Notificação
Compulsória
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
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de
transmissão vertical
Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Visceral
Leptospirose
Malária
Meningite por Haemophilus influenzae
Peste
Poliomielite
Paralisia Flácida Aguda
Doenças de Notificação
Compulsória
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Raiva Humana
Rubéola
Síndrome da Rubéola Congênita
Sarampo
Sífilis Congênita
Sífilis em gestante
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS
Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda
Síndrome Respiratória Aguda Grave
Tétano
Tularemia
Tuberculose
Varíola
Vigilância Sanitária
Segundo a lei 8080/90 - art.6. –
Um conjunto de ações capazes de eliminar ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e de
prestação de serviços de interesse da saúde.
Vigilância Sanitária
Importância


O controle de bens de consumo que,direta ou indiretamente, se
relacionam com a saúde, compreendendo todas as etapas e
processos de produção e consumo;
O controle da prestação de serviços que se relacionam direta e
indiretamente com a saúde.
AÇÕES
 Vigilância
sanitária sobre medicamentos, drogas, insumos
farmacêuticos e correlatos;
 Alimentos, bebidas e águas minerais;
 Portos aeroportos e fronteiras;
 Serviços que direto ou indiretamente relacionados com à saúde;
 Meio ambiente e ambiente de trabalho.
Vigilância Nutricional e
Alimentar

SISVAN
Sistema de informação que possibilitará o
monitoramento dos programas de intervenção na
área de alimentação e nutrição e na área social.
Tanto o ICCN (Incentivo ao Combate às Carências
Nutricionais)
quanto
o
Programa
BolsaAlimentação.

OBJETIVOS
Avaliar o estado nutricional
para obter o
diagnóstico precoce dos possíveis desvios
nutricionais,
seja
baixo
peso
ou
sobrepeso/obesidade, evitando as conseqüências
decorrentes desses agravos à saúde.
Vigilância a Saúde do
Trabalhador

Segundo a lei 8080/90 – Conjunto de atividades
que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção
da saúde dos trabalhadores, assim como visa a
recuperação e reabilitação dos trabalhadores
expostos aos riscos advindos das condições de
trabalho.
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


Ações de saúde do trabalhador:
Assistência ao trabalhador vítima de acidentes
de trabalho ou doenças relacionadas ao trabalho;
Ações de prevenção e promoção da saúde que
inclui a vigilância das condições e de ambientes de
trabalho;
Acesso dos trabalhadores segurados pelo
Seguro de acidentes de trabalho aos benefícios
previstos na legislação;
Capacitação e treinamento dos recursos
humanos ;
Informação e educação.
Vigilância a Saúde do
Trabalhador
Serviços de atenção a saúde do trabalhador:

Plano Nacional – Ministério do trabalho e Emprego –
Secretaria Nacional do trabalho - Secretaria de Segurança e
Saúde no Trabalho (SSST);

Plano Regional: Delegacia Regional do Trabalho;

Plano Empresarial: Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho, Serviço de Segurança
do Trabalho, Serviço de Saúde do Trabalho, Comissão
Interna de Prevençao de Acidentes.
Atividades do Fisioterapeuta
do trabalho



Assistencial- Desenvolver cuidados e ações que visam atender às
necessidades de proteçao e recuperaçao da saùde do trabalhador;
Administrativa – Planejamento, organização, direção, coordenação
e avaliação das atividades de fisioterapia e suas funções técnicas
e auxiliares;
Educativas – Ações relacionadas à educaçao para a saúde do
trabalhador (prevençao de adoecimento acidentes e estilo de vida
saudável);

Ação de integração – Elaborar trabalhos com áreas afins
(Segurança, meio ambiente e social),

Pesquisa - Estudos e pesquisas no âmbito do processo trabalhosaúde-adoecimento).
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VIGILÂNCIA A SAÚDE