Clipping + São Carlos Empreendimentos - 25/09/2008
1. Aposta na oferta de produtos comerciais movimenta setor
25/09/2008 • Gazeta Mercantil • Jornal • Setor
Salvador, 25 de Setembro de 2008 - Não é só o segmento residencial que está aquecendo o mercado imobiliário baiano. Os
imóveis empresariais também estão em alta. Das 1.705 salas lançadas no primeiro semestre deste ano, 80% foram
vendidas no período, segundo pesquisa da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA).
"Praticamente tudo que foi lançado foi comercializado, revelando uma demanda reprimida por essa tipologia de imóvel na
cidade", diz o diretor técnico da Ademi-BA, Luciano Murici.
Quem apostou no segmento comercial não se arrependeu e já prepara novos lançamentos para atender as novas empresas
que se instalam na capital baiana, além de profissionais liberais em busca de locais para escritórios e consultórios. É o caso
da construtora Syene. Lançou no final do ano passado o Salvador Prime, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 87
milhões, e, em seis meses, vendeu 90% das 300 unidades empresariais. Agora, depois de adquirir novo terreno de 7,8 mil
metros quadrados, já prepara projeto de novo empreendimento empresarial com 700 salas e VGV de R$ 150 milhões.
O diretor da Syene, Alberto Lorenzo, destaca que os novos lançamentos empresariais se adaptam à demanda atual voltada
para espaços maiores, acima de 150 metros quadrados, principalmente na região da Avenida Tancredo Neves, centro
financeiro e empresarial da capital baiana. Segundo ele, curiosamente o aluguel se valoriza quanto maior for a área do
imóvel, principalmente pela escassez de espaços amplos na localidade.
"A economia se dinamizou em Salvador nos últimos dois anos e movimentou o segmento de imóveis empresariais que
estava estagnado, com muitas salas vazias e aluguéis baixos", explica Luciano Murici. O cenário agora é outro.
"Independentemente de bom para a compra, o segmento empresarial está bom para aluguel também", afirma Luiz Augusto
Amoedo, diretor da corretora Brito & Amoedo.
Alberto Lorenzo, da Syene, diz que a valorização do metro quadrado para a locação empresarial, este ano, gira em torno de
10% a 14%. Segundo ele, 60% das vendas do Salvador Prime foram para investidores. De acordo com Luiz Amoedo, a
Petrobras reforçou a demanda e contribuiu para o aquecimento do segmento ao alugar dois novos prédios inteiros para
instalar seu departamento financeiro e universidade corporativa. "A demanda por locação cresceu e muitos investidores
estão comprando andares inteiros", diz.
Os novos empreendimentos empresariais estão sendo projetados integrados a residências e atividades de serviços e
comerciais. O Salvador Prime segue esta linha, assim como o Salvador Shopping Business, da Cyrela Andrade Mendonça.
Lançado no final de junho, as duas torres empresariais, com VGV de R$ 110 milhões, tiveram 90% de 800 salas vendidas
em três meses.
O resultado foi além da expectativa do diretor da Cyrela Andrade Mendonça, Antonio Andrade Jr. "O plano era vender este
ano 90% apenas da primeira torre e, em novembro, lançar a segunda", diz. Ele destaca as características do
empreendimento, justificando o sucesso. "Além de estar integrado a um complexo ancorado pelo Salvador Shopping, com
torres residenciais e empresariais, dentro do conceito multiuso, no qual se busca morar, trabalhar e viver no mesmo lugar, o
Salvador Shopping Business tem academia com piscina e área para relaxar dentro do condomínio empresarial". A Cyrela
Andrade Mendonça já planeja um novo empreendimento empresarial voltado para o setor de saúde, que deve ser lançado
até o final do ano, na Avenida Paralela.
O responsável por vendas e marketing da Odebrecht Empreendimentos Imobiliários, Franklin Mira, observa que a
necessidade de diversificação das aplicações dos recursos tem estimulado os investidores a apostar no mercado imobiliário.
Segundo ele, com R$ 80 milhões de VGV, a torre empresarial do Boulevard Side, empreendimento lançado pela Odebrecht
neste segundo semestre, já teve 60% das 560 salas vendidas, sendo que 50% para investidores. O projeto também abrange
outra torre residencial que se integra à empresarial por meio de um boulevard. "É uma área de convivência e lazer,
formando um verdadeiro lounge urbano. Um oásis, arborizado, sombreado e seguro", explica.
A construtora Nova Dimensão, do grupo espanhol Volconsa, em parceria com a baiana Garcez Engenharia, estréia no
Brasil, lançando um arrojado empresarial em Salvador. O empreendimento com 128 salas e VGV de R$ 50 milhões, em um
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mês de lançado, já está 70% vendido. Na avaliação do diretor Luciano Carneiro, o sucesso é motivado pelo estilo e
localização do empreendimento.
Todo em vidro verde semitransparente nas fachadas, o Vitraux, segundo Carneiro, foi projetado em conformidade com os
novos padrões globais de preservação e respeito ao meio ambiente. "A novidade está sendo tão bem recebida pelos
baianos, que, ainda na fase de pré-lançamento, o empreendimento teve 80% de suas unidades reservadas para compra",
diz.
Localizado na avenida Garibaldi, região próxima ao centro tradicional de Salvador e onde há quatro anos não são lançados
edifícios comerciais, o projeto do Vitraux segue os novos padrões globais de preservação e respeito ao meio ambiente. "Os
recursos naturais serão otimizados ao máximo, com aproveitamento de luz solar, reaproveitamento de água da chuva e
possibilidade de o condomínio adotar a política de coleta seletiva de resíduos", afirma Carneiro. O empreendimento também
será dotado de diversos mecanismos inteligentes para o consumo de energia elétrica em equipamentos como elevadores e
iluminação das áreas comuns. "Tudo isso para garantir mais qualidade de vida no trabalho e menos impacto ao meio
ambiente."
(Gazeta Mercantil/relatorio - Pág. 5)(José Pacheco Maia Filho)
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