Seminário Anual de Saúde 2013 Sustentabilidade dos programas de saúde: desafios e oportunidades Leandro Fonseca ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar 16 de maio de 2013 © 2013 Towers Watson. Todos os direitos reservados. Sustentabilidade do Setor de Saúde Suplementar Leandro Fonseca Diretor Adjunto de Normas e Habilitação de Operadoras - DIOPE Despesas com Saúde Gastos públicos e privados com saúde/PIB Fonte: Valor Setorial Saúde – outubro/2012. 3 Despesas com Saúde Despesas com saúde comprometiam 7,2% do consumo médio mensal familiar no Brasil em 2009 ante 6,5% em 2003 A distribuição média mensal dos gastos com saúde evoluíram da forma abaixo: Fonte: POF/IBGE 4 Despesas com Saúde Como financiar? • Sistema Público - Orçamento seguridade social + Transferências para Estados e Municípios - EC 29 • Sistema Privado - 5 Mutualismo Operação de Planos de Saúde Setor com vários agentes Consumidor/ Beneficiário Demanda por acesso aos serviços médicos Prestadores (Hosp./méd./SADT) Produtores (Equipamentos Medicamentos) Operadoras Regulação: cobertura, acesso, precificação ANS 6 e Principais Parâmetros da Regulação Peculiaridades em relação a outros tipos de seguro • Semelhanças: – Captação de recursos das famílias e empresas e administração destes recursos em regime mutualista – Necessidade de provisões e gestão de risco para honrar coberturas contratadas de sinistros • Diferenças: – Probabilidade maior de sinistros – Sem limite financeiro – Cobertura variável e incorporação de novas tecnologias em saúde 7 Principais Parâmetros da Regulação Precificação não-ajustada ao risco • Normas limitam as possibilidades da precificação perfeitamente ajustada ao risco, visando garantir o acesso/cobertura de pessoas de alto risco • Mutualismo com solidariedade intergeracional – Prêmio varia apenas por faixa etária – Dentro do grupo etário → saudáveis subsidiam menos saudáveis – Entre grupos etários → jovens subsidiam idosos 8 Operação de Planos - Competências Competências em diferentes dimensões Subscrição Determinação de riscos e prêmios aceitáveis Comercialização Força de vendas (própria ou terceirizada) Serviços de saúde Prestados direta ou indiretamente (rede própria, credenciada ou referenciada) 9 Gestão (de risco; financeira; comercial; operacional; assistencial; da rede; de custos; de acesso; de comunicação; da saúde dos beneficiários) Setor de Saúde Suplementar Setor em Números: • 66 milhões de vínculos a planos de saúde - Cobertura de cerca de ¼ da população brasileira - 48 milhões de vínculos PMH - 18 milhões de vínculos a Odontológicas • Número de operadoras: 1.500 (aprox.) - 372 Odontológicas com registro Ativo • Receita: 10 - R$ 83 bilhões em 2011: +11,7% - R$ 93 bilhões em 2012: +12,0% Vínculos a planos de saúde Houve crescimento significativo na base de beneficiários de planos privados de assistência à saúde nos últimos 10 anos: + 16,4 milhões de PMH e + 14,9 milhões de OD. 11 Setor de Saúde Suplementar O crescimento recente foi associado à expansão da classe média • O somatório das classes ABC no Brasil (147,5 milhões) equivale à população da França e da Alemanha somadas 12 Setor de Saúde Suplementar Parâmetros Macro: PIB e Benef.(1); Benef. e Emprego(2) 16.0% 14.6% 12.9% 11.2% 12.0% 8.0% 5.2% 10.8% 6.3% 9.4% 5.1% 9.3% 4.2% 4.0% 0.8% 0.0% 1º Tri 2007 ‐4.0% 1º Tri 2008 1º Tri 2009 ‐2.7% Beneficiários de planos coletivos novos 1º Tri 2010 1º Tri 2011 PIB 1º Tri 2012 Fonte : IBGE e ANS Nota: Valor do PIB a valores constantes de 1995 600,000 400,000 200,000 0 Jan/03 Jul/03 Jan/04 Jul/04 Jan/05 Jul/05 Jan/06 Jul/06 Jan/07 Jul/07 Jan/08 Jul/08 Jan/09 Jul/09 Jan/10 Jul/10 Jan/11 Jul/11 Jan/12 ‐200,000 ‐400,000 ‐600,000 ‐800,000 13 Beneficiários de planos de assistência médica RAIS ‐ Emprego formal Fontes: CAGED/MTE ‐ 04/2012 e SIB/ANS/MS ‐ 04/2012 Setor de Saúde Suplementar Pirâmide Etária: Núm. Benef.(E); Percentual Benef.(D) 100 100 90 Homens 90 Mulheres 80 80 70 70 60 60 50 50 40 40 30 30 20 20 10 500,000 300,000 0 100,000 Coletivo 14 10 (número de beneficiários) 100,000 Individual 300,000 Mulheres Homens 500,000 (%) 0 1.5 1.0 0.5 0.0 Coletivo 0.5 Individual 1.0 1.5 Setor de Saúde Suplementar Bônus demográfico nos próximos 15 anos contribui positivamente para a perspectiva de crescimento do setor 2010 15 2030 Setor de Saúde Suplementar Número de operadoras 2,400 2,000 1,968 2,003 1,990 1,747 1,646 1,600 1,576 1,524 1,488 1,377 1,200 957 1,009 800 671 720 1,050 719 1,063 1,072 660 627 1,269 1,080 1,028 602 567 995 579 1,216 1,183 1,176 1,178 998 1,006 1,008 1,016 1,003 1,006 493 479 435 427 429 553 400 311 323 324 329 331 334 344 346 354 357 361 365 365 278 dez/99 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 mar/12 0 16 Médico‐hospitalares Médico‐hospitalares com beneficiários Exclusivamente odontológicas Exclusivamente odontológicas com beneficiários Setor de Saúde Suplementar Embora existam muitas operadoras, cerca de 180 possuem cerca de 80% do mercado em termos de beneficiários de planos médicos 1,005 100.0% 331 Percentual de beneficiários 90.0% 182 80.0% 105 70.0% 58 60.0% 49.9% 30 40.3% 16 30.3% 9 18.7% 4 10.9% 2 0 17 100 *Operadoras com mais de um milhão de beneficiários: Amil ; Bradesco; Intermédica; Hapvida; Sul América; Central Nacional Unimed 200 300 400 500 600 700 800 900 1,000 1,100 Setor de Saúde Suplementar O mesmo se observa no caso do segmento de planos odontológicos 18 Evolução de Receita e Despesa das OPS MédicoHospitalares O crescimento da base de beneficiários se reflete no incremento tanto da receita das operadoras quanto da despesa assistencial. Sinistralidade, por sua vez, teve ligeiro aumento. 19 Setor de Saúde Suplementar ROA e ROE são relativamente baixos em comparação com outros setores econômicos - PMH 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% 4ºtri09 1ºtri10 2ºtri10 3ºtri10 ROA - agregado 20 4ºtri10 1ºtri11 2ºtri11 ROE - agregado 3ºtri11 4ºtri11 ROA - G21 1ºtri12 2ºtri12 ROE - G21 3ºtri12 Regulação Econômica Objetivos principais: mitigar o risco de insolvência e promover a sustentabilidade da assistência médica Risco Sistêmico Sobrecarga do Sistema Público Hospitais/Laboratórios Risco de Insolvência Concentração Necessidade de Defesa da Concorrência 21 Beneficiário Risco de ficar sem assistência Regulação Econômica Regras de garantias e de intervenção • Constituição de reservas técnicas e ativos garantidores • Poder/dever de intervenção – Direção Técnica – Direção Fiscal – Alienação compulsória de carteira – Liquidação extrajudicial 22 Regulação de Garantias Financeiras Garantias Financeiras: - Proporcionais aos riscos assumidos; - Exigência de forma parcelada para operadoras que já atuavam no setor; - Possibilidade de aprovação de cálculo próprio Ativos Garantidores: - Parâmetros para aplicações em renda fixa, variável ou imóveis de acordo com critérios de liquidez e segurança; - Possibilidade de aplicação em fundos dedicados; - Ativos livres e desembaraçados de ônus ou gravames; - Dependem de autorização da ANS para movimentação (exceto PCR); 23 Regulação de Garantias Financeiras Registro nos Demonstrativos Financeiros: Transparência e segurança ATIVOS GARANTIDORES EFETIVAÇÃO FINANCEIRA PROVISÕES TÉCNICAS Obrigações Ativo Bens + Direitos Capital + Resultados Acumulados Passivo Patrimônio Recursos Próprios Mínimos Vinculação dos Ativos Garantidores: Não afeta a propriedade dos ativos Efetividade e transparência do lastro financeiro Movimentação depende de autorização da ANS 24 Principais Desafios e Oportunidades do ponto de vista econômico para o setor • Precificação • Demanda em expansão - Bônus e ônus demográfico • Custos crescentes – Preço, frequência e incorporação de tecnologias – Escala • Relação com a cadeia produtiva – Prestadores – Produtores de equipamentos, medicamentos e OPME • Iniciativas do Congresso 25 Agenda Regulatória 2013/2014 •Sustentabilidade do setor NOVO •Garantia de acesso e qualidade assistencial •Relacionamento entre operadoras e prestadores NOVO •Incentivo à concorrência •Garantia de acesso à informação •Integração da Saúde Suplementar com o SUS •Governança Regulatória NOVO 26 Obrigado! 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