Garrafão e Serra do Lenheiro
Montanhismo - RJ
BOLETIM
MURAL CEG
Joaquim e Marcinha na entrada do lance do suplício chinês, na "Chaminé Stop" (foto: Seblen Mantovani)
www.guanabara.org.br
Out/2006 a Jan/2007 - 600 exemplares
IMPRESSO
CEG Folia • Aniversário do Guanabara • Exposição Fotográfica
PROGRAMAÇÃO - JANEIRO / 2007
1234
1234
5234647893
4
5234647893
4
3384
3384
234
234
12
123456789
272
23288
9
272
2328
7843725788
225289998
4
788738 !8
8
12
"#8$325889
272
2328
7843725788
22528998
%2357848&2'788
(7)4848928
8
12
$
78(736788
9
272
2328
7843725788
*2+'2528448
&34588&3278
23228
8
342
342
*3
78*754,-28
28*2432881.,8
*2+'2528448
%7/43
78'+5
8
562
562
(733785287280
288
132'28
7843725788
*2+'2528"448
&327823228
562
562 4+8(4814388132'28
7843725788
225282908
!8
562
562 1278548&23288132'28
7843725788
225282908
(7)48
562
562
$348234++88
132'28
7843725788
2252848
738
562
562
572288132'28
7843725788
225289998
928
Os locais e horários de encontro são combinados nas quintas-feiras anteriores às excursões.
Procure o guia responsável nas reuniões sociais, ou ligue para o clube quinta-feira à noite: Tel.: 3285-8653
CEG - 48 anos
O Centro Excursionista Guanabara completará mais um ano no dia 14 de fevereiro. Até o fechamento deste boletim ainda não havia nada programado para a
comemoração. Mas, se tratando de guanabarenses, a data certamente não passará em branco. Fiquem ligados na lista de discussão do Guanabara ou apareçam
nas reuniões para mais informações.
CEG Folia
Tirem suas fantasias do armário e aqueçam os tamborins.
No dia 10 de fevereiro, “Só o cume interessa”. O tradicional bloco carnavalesco de montanhistas, promete entrar com
tudo nas ruas da Urca.
Neste ano, consagrados ritmistas e passistas aguardam você,
amigos e familiares para o grito de Carnaval.
Concentração às 11h, na van da Dna. Maria, na Praia Vermelha, Urca.
2
janeiro/2007
Aniversariantes do mês
1234
1234
12
32
32
42
42
52
52
62
62
62
62
72
72
82
82
192
192
192
192
112
112
112
112
132
132
132
132
1
2
1
2
1
2
1
2
142
142
142
142
152
152
162
162
162
162
123
123
123
123
123
123
123
123
453
453
453
453
413
413
413
413
443
443
443
443
443
443
443
443
443
443
443
443
463
463
463
463
463
463
473
473
483
483
483
483
483
483
493
493
4
3
4
3
4
3
4
3
423
423
53
53
13
13
13
13
13
13
13
13
13
13
13
13
13
56784
56784
1234562789
4567479277
2797479454277
27672577
973456277747 5!"2777
#57$55%"77#!77
&522747#2977
9'7895'%277#!7777
(2747$5527 25547#!777
974272)474554572477
82786"497712%"777
14254
77#!7$562777
*257247464777
+6
772747354974777
17 95!42747842,777
47$522-77
797$4"777
9"454747#.77
895274/262747#6072577
#257727#6277
527577#!77
857 73919451947#!77
12345627#%"67474777
1467825475%4%"77
927*95647777
85%274/5472!54727#6277
92746672)477 "77
5472954,27 6577
278.5%2795477
1234567895
385155
37593755755755
3255383755578555
737525 785
35!5"85#755
3575155
$5
3355
12435$5732855%3355
&2875'75&7#85(3755
$875)33513855
623535
55
1*573755255
7573245#+755
5'5,2855
3-353#.853755
7385
55
!325
35(3755
355
3#557328578755
$35''5/7+8055
7755755755
#5(7755
85355
57345517555
34'587555
1335&5785572455
3+585355
55475753855
5385(7755
12345
75275(3#55
678951234578578517455
9375785(3755
123#513#57857855
6751855
2375&3752355
www.guanabara.org.br
Expediente
Presidente
Vice Presidente
Tesoureiro
Secretária Geral
Diretor Técnico
Diretor Social
Dir. Meio Ambiente
Diretor Divulgação
Roberto Schmidt
Paulo Jorge R.Gaspar
Bóris Flegr
Monique Corrêa
Seblen Mantovani
Irini Petro E. Rodrigues
Nicole Ingouville
Carla Vieira e
Rodolfo Campos
Colaboraram nesta edição:
Textos: Francisco Saraiva, Ivan de Azevedo
e Roberto Schmidt
Fotos: Seblen Mantovani
Edição e Diagramação:
Carla Vieira
Reuniões Sociais do CEG
Todas as quintas-feiras, a partir das 19h.
Caso queira contribuir com esse boletim,
envie seus artigos, notícias, comentários e sugestões
para Rua Washington Luiz, 9 - cobertura Rio de Janeiro - RJ - Cep 20230-020 ou
por e-mail: [email protected]
Tel.: 3285-8653
As matérias aqui publicadas não representam
necessariamente a posição oficial do Centro
Excursionista Guanabara. Ressaltamos
que o boletim é um espaço aberto àqueles
que queiram contribuir.
Tabela de Preços
Mensalidade*:
Mensalidade - casal*:
Matrícula ou Descongelamento:
Curso Básico de Montanhismo:
Curso Avançado de Escalada:
R$ 17,00
R$ 27,00
R$ 45,00
R$ 390,00
R$ 240,00
*Preços especiais para anuidade
11
dor e a impossibilidade de andar para cima
(com o pé em ângulo agudo em relação à
canela).
Francisco e eu estávamos fechando o
grupo naquele momento (11h40) e eu disse que não seria possível seguir adiante.
Procuramos uma sombra num local em que
pudesse descansar e o Francisco seguiu
para o cume para avisar ao Luiz sobre o
meu problema.
Assisti às comemorações do Dedo de
Deus e a passagem do helicóptero que
estava filmando os participantes nos respectivos cumes. De vez em quando eu me
levantava para sentir com estava a perna
e percebi que o problema era subir; descer (colocar o pé em ângulo mais aberto
em relação à canela) não estava dando
sinais de dificuldade.
Tentei uma ligação celular com o Francisco e funcionou (dei uma tranqüilizada
na turma). Às 13h40 vi chegar o Luiz Alberto
e iniciamos os procedimentos de descida,
com o Luiz abrindo os rapéis e eu o acompanhando, ora usando o ATC, ora utilizando a técnica do Salomith (a corda por dentro da perna), quando a declividade permitia. Com isso, chegamos na estrada às
15h55. Após arrumarmos nosso material,
e antes que a perna esfriasse, iniciamos o
duro caminho de volta (em subida) até o
posto Paraíso das Plantas. Aí a coisa engrossou, pois a perna doía mesmo. Por
sorte, um senhor de Teresópolis (que tem
um filho que também pratica montanhismo)
parou para nos oferecer carona até o Paraíso das Plantas. Isso nos garantiu um bom
descanso para aguardar os demais (chegamos ao posto aproximadamente 16h20),
e ainda encontramos o Seblen e o Dolly
que haviam voltado da Cabeça de Peixe
(não haviam encontrado a trilha e tinham
ido parar nos Dedinhos de Nossa Senhora). Tomamos nosso banho lusitano e fomos iniciar as beberagens comemorativas.
Lá pelas 17h30 chegaram o Bernardo
Colares e a Cristiane que haviam feito a
Infinita, no Escalavrado. Luiz perguntou pela
turma e eles disseram que eles estavam
descendo bem devagar (era um grupo bem
grande e com uma corda a menos). Resolvemos ir com os nossos carros até a saída
da trilha para trazê-los até o posto, pois já
era 18h e estava escurecendo muito rápido. Somente pelas 19h é que ouvimos os
primeiros a chegar. À medida que iam chegando, eu os levava para o Paraíso das
Plantas e retornava para pegar mais (fiz três
viagens e na última o Luiz também carregou o restante). Voltamos bem de
Teresópolis e eu não tive grandes problemas para dirigir até o Rio.
A panturrilha me deu um pouco de trabalho, mas com o tempo e os cuidados fisioterápicos ela voltou ao normal (foi no
período que eu operei o olho esquerdo para
colocar uma lente intra-ocular).
Roberto Schmidt
(Continua no próximo boletim.)
Novidades no CEG
O computador que foi colocado junto à TV já está em rede com o do balcão. Quem quiser mostrar suas fotos não
precisa mais ficar na fila, de pescoço junto ao balcão, dentro e fora dele! Para
isso foi colocado um cabo USB que re10
ceberá os pendrives e máquinas, sem a
necessidade de ginásticas maiores.
Outra novidade é que a internet já
está à disposição. Foi instalado também
o Google Earth e a TV foi otimizada para
ajustar a nitidez.
janeiro/2007
EDITORIAL
Os avanços de 2006 e as perspectivas de 2007
Quando olhamos retrospectivamente 2006, é possível perceber que, apesar das grandes dificuldades por que
passa uma agremiação pequena, houve, no CEG, um avanço significativo em
termos de qualificação de seus guias e
de ampliação das atividades para o seu
quadro social.
Em resposta a um quase marasmo em
termos de excursões oficiais, que quase
comprometeu o CBM, foi implementada
a Escola Técnica de Guias que ainda
está em andamento.
A atuação de Beto e de Fred na condução das atividades da ETG e do curso
de resgate CRAVA, foi o fato mais importante do CEG em 2006. Importância
que aponta para o futuro de nosso clube, ao preparar a futura geração de
guias e, ao mesmo tempo, garantir excursões para os demais sócios. As atividades do Estágio Supervisionado deram
uma boa sacudida no quadro social e,
se somadas à “invasão” de Itamontes/
Itatiaia, foram cruciais para que o sócio
não se sentisse parado no tempo.
Um outro ponto importante foi a condução de Luiz Alberto, Eliel e Alex à condição de guias oficiais do CEG, fato que
ocorreu no início de 2006 e que também garantiu por parte do Luiz uma série de caminhadas de alto nível no PNSO
e por parte do Alex, uma grande colaboração na fase pós CBM, ao convidar
e levar alguns alunos já formados a diversas vias novas para eles, tentando
consolidar neles o gosto pela pedra.
Seblen assumiu o encargo da diretoria técnica para 2007 e já é um ativo
participante da lista da FEMERJ. Fala em
www.guanabara.org.br
dar ênfase em grandes caminhadas, atividade que possui um forte atrativo e já
iniciou uma campanha de pescaria para
o CBM de 2007. CBM esse que será organizado e operacionalizado pelos alunos aprovados na ETG.
No campo das melhorias materiais,
o retorno do Schmidt foi também providencial, pois através de suas doações:
prateleiras que desafogaram incrivelmente a guarda dos documentos e equipamentos, TV e computador, que somados à aquisição de um DVD e a troca do
antigo VHS por um mais moderno, vieram a dar aos sócios a oportunidade de
assistir filmes de montanha e shows musicais. Além disso, é possível agora ver
pela TV os arquivos do computador, podendo fazer apresentações em Power
Point e ver fotos que poderão ser armazenadas nele.
Um grupo de sócios também organizou o planejamento e a colocação da
estrutura de um toldo que irá dar mais
conforto aos associados nos dias de chuva. Flavinho, Luiz Alberto, Rodolfo,
Schmidt e Boris estiveram à frente dessa
empreitada que contou com a ajuda financeira dos sócios atuantes e dos antigos (convocados pela incansável Suelly).
O trabalho ainda não terminou, mas o
pior já passou.
Na área social a Ana (que estará nos
deixando por apenas dois anos) foi incansável ao conciliar sua pesada agenda na Petrobrás com as atividades sociais do CEG, mas a Irini já aceitou a nova
incumbência e já estamos em
confabulação para que a nossa festa
junina seja realizada em Sana (com uma
3
subida ao Peito de Pombo), além da nossa clássica festa de aniversário em fevereiro.
Giuliano e Boris foram os esteios administrativos do CEG em 2006. Cuidar
das contas a pagar, documentação burocrática e financeira, e de quebra, algumas coisinhas jurídicas foram as pedreiras que esses dois quebraram no ano
que passou.
Juliana, que foi a nossa diretora de
meio ambiente, transferiu-se para a
Paulicéia Desvairada, desvairada de
amor por um austríaco boa praça, que
já estava se transformando em carioca.
Nicole aceitou assumir a incumbência e
vamos dar um apoio para que as atividades ambientais possam se tornar mais
sistemáticas no CEG.
Lula em 2006 tornou-se o vice-diretor de paisagismo (suas plantas estão
indo bem apesar da falta de regas sistemáticas) e foi o principal difusor da
melhoria das cordas dos guias através
de seus consórcios e rifas. Não é nada,
não é nada, ele está garantindo a segurança das cordadas em 2007. Ele,
juntamente com o Rodolfo e o Luiz
Alberto estão planejando montar um
painel de cerâmica com o logo do CEG
num dos muros da sede.
A parte mais complicada de um clube de montanha é, sem dúvida alguma,
a confecção dos boletins mensais. Tivemos problemas em 2006 e por isso mesmo, decidimos montar uma equipe, ao
invés de deixar tudo nas mãos de um
só, mas mesmo assim a Carlinha e o
Rodolfo serão os elementos chave dessa parada. Se não houver possibilidade
de imprimir o boletim sairá na Grande
Rede no site do CEG, pelo menos isso!
Mas tem o seguinte! Cobraremos maté4
ria dos guias e sócios e seremos chatos
na cobrança!
Tivemos uma entrevista com o síndico
do prédio Sr. Márcio Martins (Giuliano,
Boris e Schmidt) e nos pareceu que é uma
pessoa sem idéias pré-concebidas e muito
objetivo. Ele está interessado em resolver
de uma vez por todas a questão do horário do prédio até as 22h todos os dias,
de segunda a sexta. Talvez seja possível
negociar algumas obras no terraço em
futuro próximo. Só o tempo dirá.
Temos um preito de gratidão com o
melhor churrasqueiro do CEG, o Biglu ou
Lindinho para os íntimos. Luiz Alberto tem
sido infatigável na confecção das melhores carnes que passaram pelas churrasqueiras fajutas CEG. Temos a obrigação
moral de garantirmos uma boa churrasqueira em 2007, para que Biglu possa
trabalhar com conforto e garantir a qualidade das maminhas, contra-filés e
alcatras, sem falar nas lingüiças
calabresas e lombinhos de porco que
povoam nossos sonhos!
Na última reunião senti que o Rodolfo
também está na competição para se tornar da equipe de churrasqueiros do CEG.
O Giuliano e o Lula também estão no
páreo!
Sentimos falta de uma presença mais
sistemática do mascate montanhista Altair
e suas ofertas irrecusáveis, mas esperamos
sua presença (com seus ritimistas
Paracambienses) no Carnaval, em fevereiro, e na ATM, em maio.
Espero que tenhamos um ótimo 2007,
com muitas escaladas, caminhadas, churrascos, cervejas e afins!
Que os Deuses da montanha nos guiem!
Roberto Schmidt
janeiro/2007
estava aparentemente seguro. O Francesco
Castagnaro foi na frente, atravessou a ponte
e chegou sem sobressaltos do outro lado.
Atravessamos em seguida, um de cada vez,
para não comprometer o outro cabo. Saímos da trilha e pegamos a estrada em direção à entrada do Parque. Às 18h20 chegamos na portaria, onde o portão estava
encostado e saímos para a praça.
Não conseguimos fazer os treze picos. Faltaram, na ordem: o Archer; o
João Antonio; o Bico do Papagaio; o
Morro da Taquara e os Castelos da
Taquara. A preocupação nossa era de
sair do Parque antes do escurecer. Se não
tivéssemos demorado tanto em alguns
trechos, em parte por errar algumas trilhas, em parte porque as trilhas estavam
escorregadias, talvez tivéssemos conseguido fazer todos os cumes. Eu só não
concordo com a subida pela Serrilha,
pois é muito íngrime.
A excursão pode ser feita primeiro indo
ao Bico do Papagaio, depois descendo a
Serrilha e voltando a subir a trilha do Bico
do Papagaio para ir até a Cocanha. Dessa forma, podemos evitar o esforço de subir a Serrilha. Mas a experiência foi ótima, pois nos permitiu conhecer as trilhas
e os cumes das principais montanhas desta parte da Floresta.
Francisco Saraiva
Escalavrado: duas visões de um participante
Escalavrado I
Aproveitando o dia de concentração no
PNSO ou PARNASO (se assim quiserem
os literatos do século XXI), o CBM-I do CEG
marcou uma subida ao Escalavrado em
27/05/2006. Luiz Alberto era o guia e os
auxiliares eram Francisco Saraiva, Luciano
(Lula), PJ, Giuliano, Altair e Schmidt. A galera do CBM era composta por Julio
Guedes, Carlos Eduardo, Daniela
Andrade, Frederico Yale, Renato Nabingen
e Rodrigo de Santis.
O dia estava lindo e iniciamos a subida
às 8h55. A trilha estava escorregadia e, por
isso, fomos bem devagar. O terreno apresentava um forte aclive, misturando áreas
de escalaminhada e de trilha em vegetação arbustiva de médio porte. O plano era
chegar ao cume até às 13h.
Após uma parada no mirante, o Luiz
Alberto e o Francisco se adiantaram para
colocar as cordas no primeiro trecho de
escalada.
www.guanabara.org.br
Os demais foram se preparando (colocando seus equipamentos de escalada) e,
a medida que ficavam prontos, iam subindo esse trecho. As cordas colocadas pelo
Luiz Alberto faziam a turma se desenvolver
bem rápido.
Ao chegar na cumeeira principal (o trecho é percorrido na maioria das vezes em
rocha de grande aclive), eu resolvi trocar a
bota pela sapatilha de escalada, o que me
deu uma segurança muito grande, mas em
compensação eu não medi o esforço que
essa troca causou à minha musculatura das
pernas (andei muito mais rápido, e com isso
forcei além do limite, tendo então um
estiramento da musculatura da panturrilha).
Não houve dor no primeiro momento, e sim
um ruído estranho como se tivesse quebrado um graveto. A perna retesou e eu senti
uma elevação estranha na batata da perna direita (era como um longo calombo
saindo debaixo da junção do joelho e indo
até o meio da perna). A partir daí veio a
9
mos a trilha à esquerda que dá para a
estrada do Excelsior. Às 11h22 chegamos
ao cume do Anhangüera (4º cume). Não
demoramos nada neste cume. Então, descemos e pegamos a trilha para o Excelsior.
Ao atingir a estrada, pegamos pela direita
e vimos o mirante, mas a indicação do mapa
era uma curva acentuada na estrada do
Excelsior, onde veríamos a trilha que leva
aos cumes seguintes: Andaraí, Tijuca-mirim
e Pico da Tijuca. Voltamos pela estrada e
chegamos à curva assinalada no mapa com
a indicação do início da trilha para o
Andaraí Maior. Após uma subida, passamos pelos escombros de uma casa. Recomendação para não entrar, pois a laje está
para cair. Paramos na bifurcação, em que,
à direita vai para o andaraí Maior e, à esquerda, para o Tijuca-Mirim. Após um pequeno descanso, seguimos para o Andaraí.
Às 12h42, depois de passar por trechos com muita lama, chegamos ao cume
do Andaraí maior (5º cume). Não chegamos a ir ao mirante. Voltamos para a bifurcação e depois continuamos em direção ao Tijuca-Mirim. Quando chegamos
à base deste, estávamos cansados e conversamos sobre o prosseguimento da excursão aos cumes seguintes. Mas, todos
concordaram que só decidiríamos o que
fazer na chegada ao Pico da Tijuca. Às
13h25 chegamos ao cume do Tijuca-Mirim (6º cume). Com o cansaço, ficamos
um pouco mais. O Francesco Castagnaro
(Play) e o Carlos Arruzzo (Xuxu) reclamaram de estar com carrapatos. Eles encontraram muitos carrapatos em seus corpos.
Não conseguimos determinar onde eles
pegaram os carrapatos e porque só eles
tiveram essa “sorte”.
Às 14h08, chegamos no Pico da Tijuca
(7º cume). O Rodolfo alegou que tinha tido
febre durante a semana e não estava em
condições de progredir. Conversamos com
o João que concordou em reduzir o número de cumes da excursão, mas que deveríamos tentar mais alguns na descida.
Descemos o Pico da Tijuca e, ao chegar na bifurcação que desce para o Bom
Retiro, o Rodolfo desceu e os demais seguiram em direção aos cumes do Bico do
Papagaio e Cocanha. Decidimos não subir pela Serrilha, e ir direto ao Cocanha,
sem passar pelo Archer e pelo Papagaio.
Às 16h05, chegamos ao Cocanha (8º
cume) e depois descemos em direção à
Cova da Onça. A trilha estava muito escorregadia, mas não nos causou maiores
problemas. Continuamos a descer e passamos pela entrada do Morro da Taquara
e Castelos da Taquara, sem subir ao cume.
Vimos o aviso que a ponte pênsil estava
interditada, mas pensávamos em atravessar um pouco acima da descida de águas.
Ao chegarmos à ponte, vimos que um dos
cabos estava partido, mas o outro cabo
VEM AÍ O CURSO BÁSICO
D E M O N TA N H I S M O
www.guanabara.org.br
8
janeiro/2007
Uma manhã na encosta do Pão de Açúcar com Sávio
e seu fiel escudeiro: uma lição de preservação
Por ocasião do planejamento do CBM
de 2006 no CEG foi proposta uma atividade que contemplasse algo referente à preservação ambiental. Poderia ser um mutirão
de reflorestamento, uma palestra com algum especialista, atividades para reforçar
os cuidados com o meio ambiente com crianças, treinamento de atitudes visando o
mínimo impacto em escaladas ou outras
ainda não tentadas.
Nossa diretora de Meio Ambiente,
Juliana Fell, ficou encarregada de definir
qual seria a melhor atividade e determinar
a data aproximada.
Durante o mês de agosto Juliana propôs uma palestra sobre o projeto de reflorestamento do complexo de encostas do
Pão de Açúcar que está sendo
implementado pelo Sávio, do CERJ, e que
foi documentado num DVD, que também
seria apresentado.
Por conflitos de horário com as aulas
da ETG, esse evento não pôde ser apresentado na sede do CEG e foi marcada
sua apresentação na residência do diretor
Técnico Roberto Schmidt. Talvez por ser uma
atividade realizada na noite de um dia da
semana (terça-feira) não houve um grande
comparecimento por parte dos alunos do
CBM.
Sávio explicou sua metodologia de trabalho detalhando os tipos de vegetação que
devem ser retiradas, as espécies que são
introduzidas em caráter provisório (para
combater espécies daninhas) e espécies da
vegetação autóctone que devem ser
reintroduzidas. O trabalho é orientado por
botânicos, inclusive tendo sido alvo de um
artigo técnico em periódico especializado.
www.guanabara.org.br
Ao final da palestra foi passado o DVD,
que mostra alguns aspectos do reflorestamento, além de colher depoimentos de
escaladores que habitualmente percorrem
as trilhas de acesso às vias de escaladas.
Ao final da palestra, Sávio convidou os presentes a participar, num domingo, dessa
atividade. Ela se realiza sempre no primeiro domingo de cada mês e atualmente são
tarefas de manutenção e de preparação de
novas áreas para recebimento de espécies
da Mata Atlântica.
Na última semana de agosto, Juliana
repassou uma notificação do Sávio adiantando a atividade para sábado, dia 02 de
setembro, em virtude de uma comemoração do CERJ que aconteceria no domingo.
Repassei o convite aos alunos do CBM
e, no sábado às 9h, fui para a Praça General Tibúrcio encontrar o Sávio e seu fiel
escudeiro, o mateiro Márcio de
CoopBabilônia, carregando as mudas que
seriam plantadas.
Seguimos para a base do Pão de Açúcar, no trecho abaixo da entrada das vias
Galloti e Lagartão. É uma área com uma
inclinação bem forte (algo próximo de 400)
e o trabalho deve ser feito com muito cuidado.
O capim Colonião deve ser desbastado, mas não de todo arrancado, para não
facilitar a erosão em uma pendente muito
forte. Sua desbastagem garante o crescimento das mudas de exemplares da Mata
Atlântica e, ao mesmo tempo, protege o
solo (que naquelas condições é quase um
regossolo, isto é, solo oriundo diretamente
da rocha matriz). Em seguida inicia-se o
processo de plantio das mudas e depois a
5
proteção das covas com pedras e tocos.
Assim que chegamos começou a chover forte, o que facilitou nosso trabalho,
apesar da lameira em que ficamos metidos.
Trabalhei com Sávio e Marcio até às
13h, quando tive de voltar por conta de
compromissos familiares. Eles ainda ficaram até mais tarde.
Essa é uma experiência que todo guia
deve fazer alguma vez no ano, para dar
valor ao trabalho duro, quase invisível, que,
ao final, garante as boas condições de
acesso às vias de escalada, evitando desmoronamentos e perda da vegetação da
base das montanhas.
Parabéns Sávio e Marcio. Nossas montanhas agradecem!
Roberto Schmidt
Exposição Fotográfica
O nosso sócio-Colaborador Sobral
Pinto deu continuidade as suas exposições fotográficas, em preto e branco, nos
meses de novembro e dezembro de 2006
com um novo tema: “Agulha do Diabo”
(PNSO).
Infelizmente não foi possível publicar no nosso boletim informativo, de novembro de 2006, o anúncio daquela exposição, mas, devido a vários pedidos,
o Sobral resolveu continuar com esse
tema nos meses de janeiro e fevereiro
2007, na sede do CEG, renovando
TODAS as fotos que estavam expostas.
A “Agulha do Diabo” está localizada
no interior do P.N.S.O., em Teresópolis
(RJ), com seus 2.050 metros de altitude.
Sua conquista foi realizada pelo nosso co-irmão C.E.B., na data de 29 de
junho de 1941, pelos seus sócios Almy
Ulisses, Gunther Buchheister, José Toselli,
Raul Fiorati e Roberto Menezes de Oliveira.
Essa impressionante escalada tem
uma peculiaridade: a conquista de seu
último lance (crista) foi assistida por excursionistas que se encontravam no
cume do São João, melhor local para
se admirar a coragem e a técnica dos
“lagartixas” em galgar o topo d`Agulha
do Diabo.
Essa escalada conserva até hoje um
grande fascínio: é a mesma realizada
sempre em grandes precipícios, trazendo uma grande satisfação àqueles que
conseguem chegar até o seu cume, de
onde se descortina uma paisagem, com
as montanhas que a envolve.
Concurso de Logomarca da ATM 2007
Estão abertas as inscrições para o
concurso de logomarca da Abertura da
Temporada de Montanhismo – ATM
2007.
Os interessados devem enviar o desenho, sob o tema: “Montanhismo Solidário”, até o dia 5 de março de 2007.
O resultado será divulgado no dia 12
6
de março, no site da FEMERJ.
O vencedor ganhará uma mochila
cargueira, uma camiseta do evento e terá
seu nome divulgado nos cartazes da ATM.
O concurso é aberto a montanhistas
e simpatizantes do esporte em geral.
Inscrição gratuita. Informações e regulamento: www.femerj.org
janeiro/2007
Os treze cumes
O relato abaixo foi extraído do relatório da excursão aos treze picos da Floresta da
Tijuca, realizada em 12 de dezembro passado. Os participantes da excursão foram: Eu
(Francisco R. Saraiva); Francesco Castagnaro (Playboy); Carlos Arruzzo (Xuxu); Rodolfo
Campos e João Mollica, que foi o supervisor da caminhada.
Os treze picos são, na seqüência de caminhada: (1)Morro do Visconde; (2)Morro
da Bandeira; (3) Pedra do Conde; (4)Morro do Anhangüera; (5) Andaraí Maior; (6)
Tijuca Mirim; (7) Pico da Tijuca; (8)Morro do Archer; (9)João Antonio; (10)Bico do
Papagaio; (11) Cocanha; (12) Morro da Taquara; (13)Castelos da Taquara.
Cheguei no ponto de encontro, na Praça Afonso Vizeu, às 07h45. No meu carro
ia também o João Mollica, vindo da Praça Saenz Pena até a praça do alto. No
local, encontramos o Rodolfo e o Francisco Castagnaro, que foram sem carro. Logo
depois, chegou o Carlos Arruzzo. Deixamos os carros (meu e do Carlos) estacionados na praça e entramos na Floresta,
caminhando pelo asfalto. Pouco acima,
entramos pelo caminho dos estudantes.
Passamos pela entrada da trilha do Visconde e seguimos até o estacionamento
da Cascatinha. Percebemos o erro e voltamos pela trilha até a entrada da trilha
do morro do Visconde. A trilha segue com
algumas curvas de nível, mas logo desaparece, provavelmente por causa de
deslizamentos da encosta que é bem íngreme. Erramos um pouco o caminho e
fomos mais para à direita. Depois de algum tempo, o João foi mais para a esquerda e localizou novamente a trilha.
Às 09h chegamos no cume do Visconde (1º cume), onde daria para avistar a
cascata de Taunay, se não fosse a neblina. Em seguida, pegamos a trilha à esquerda do mirante e, depois de alguns
minutos, saímos no asfalto um pouco acima da capela Mayrink. Descemos até o
estacionamento de onde parte a trilha
www.guanabara.org.br
para a Pedra do Conde e Morro da Bandeira. Subimos a trilha em direção ao
morro da Bandeira. Esta trilha é a mesma
para os três cumes: Morro da Bandeira,
Pedra do Conde e Anhangüera. Chegamos à bifurcação onde seguimos pela direita para atingir o cume do morro da
Bandeira (2º cume), onde chegamos às
09h43. Com a neblina, não podemos ver
a paisagem do local. Descemos e seguimos para a Pedra do Conde. O caminho
estava úmido e o trecho final de subida,
nas pedras, estava escorregadio. Mas
nada muito difícil, pois colocaram escadinhas feitas de vergalhões de ferro nas pedras mais escorregadias.
A Pedra do Conde é um bom caminho
para levar as crianças maiores. Há dois
anos, eu levei a minha filha que estava
com 8 anos, quando ainda não haviam
os vergalhões.
Às 10h38 chegamos ao cume da Pedra do Conde (3º cume), mas, novamente, devido às nuvens, não conseguimos ver
o Pico da Tijuca e o Tijuca Mirim. Descemos e viramos à direita (de quem desce)
na bifurcação que leva até ao morro do
Anhangüera. Descemos a trilha contornando pela esquerda da Pedra do Conde até
atingir um colo entre os dois morros. No
início da subida para o Anhangüera, vi7
Download

MURAL CEG - Centro Excursionista Guanabara