Agosto de 2015 - Pg. 12
Agosto de 2015 - Pg. 13
Mar
avilhosa pescaria oceânica em Itacaré: O par
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peixes
esporti
tiv
Depois de um longo tempo
organizando e planejando a pescaria com
amigos, pelo Facebook, enfim chegou o
grande dia de conhecer e poder realizar a
primeira pescaria oceânica em Itacaré,
localizada a 455 km ao sul de Salvador,
Bahia. A viagem de São Paulo até a
pousada foi tranquila e reservei a tarde
para descansar e arrumar as tralhas.
Estava muito ansioso para enfrentar os
grandes peixes esportivos que frequentam
a região de plataforma continental, que é
formada por uma grande extensão das
paredes rochosas íngremes.
Em Itacaré, a plataforma continental
está próxima da costa, sendo frequentada
por grandes peixes oceânicos, como
chernes, badejos, cavalas, barracudas,
atuns, guarajubas, xaréus e o olho-de-boi,
que é o mais cobiçado troféu da pesca
esportiva oceânica baiana.
No primeiro dia de pesca, acordarmos
às 6h30 e após um café reforçado,
seguimos para a embarcação do prestativo
guia Hélio, em direção ao belo mar de
águas azuis. Preparamos as carretilhas
elétricas com linha multifilamento de 60
lbs e jigs de 250 até 400 gr. Quando
chegamos ao pesqueiro, começamos a
jigar e apareceram os primeiros atuns, que
com o seu formato fusiforme nadavam
rapidamente, tomando muita linha e
demorando muito para se entregar.
A equipe estava toda animada
“brigando” com os atuns, até que o guia
Hélio fisgou um peixe diferente e muito
forte. Depois de um bom tempo, entre
muitas tomadas de linha, apareceu na
superfície um grande olho-de-boi. Toda
a embarcação entrou em festa. Já com os
braços cansados de tanto jigar,
resolvemos separar um atum para fazer
um sashimi no barco e usar o restante de
isca.
Carlos, guia Hélio e Adênio
com saramunetes pegos
em locais profundos.
Carlos com o grande
cherne capturado no
mar de Itacaré.
Carlos com o
veloz atum.
No início da tarde, o guia Hélio nos
levou a um ponto com quase 200 metros
de profundidade, muito bom para
grandes chernes e peixes de fundo. Na
primeira descida das pargueiras para o
fundo, os peixes já começaram a morder
as iscas. Meu parceiro e amigão Adênio
fez a festa, era muito comum sair dublês
e até triplês de saramunetes.
A pescaria com pargueiras
continuava animada, até que de repente
recebi uma pancada mais forte na minha
vara, que envergou até o limite. Logo
pensei: “É peixe bom tenho que manter
a calma”. A briga foi enorme, o peixão
não saia do fundo de modo algum, e meu
coração já estava quase saindo na boca
de tanta adrenalina. No visor da
carretilha elétrica marcava mais de 180
m de profundidade; depois de alguns
minutos, comecei a vencer a briga e o
gigante foi subindo aos poucos. Para
nossa alegria apareceu um belo cherne,
que deixou todos a bordo muito eufóricos.
Sem dúvidas, esse peixe valeu a viagem.
Foi dessa forma que terminou o primeiro
dia de pesca em Itacaré.
No segundo dia, seguimos para pescar
nas proximidades de um navio plataforma
que estava perfurando a 20 milhas da
costa. Nesse navio, realizei a melhor
pescaria da minha vida, superando meus
recordes e pegando dezenas de atuns
entre 8 e 30 kg. Foi adrenalina geral.
Tinha um cardume enorme próximo do
navio e os peixes atacavam tudo que caía
na água. Todos os pescadores ficaram
com os braços com “câimbras” de tanto
brigar com os fortes atuns. O terceiro e
último dia de pesca também foi excelente
com belos peixes capturados.
Nessa pescaria fiz muitos amigos e
Carlos com
o cobiçado
olho-de-boi.
Adênio com um
grande atum.
não faltou espírito de companheirismo e
colaboração entre todos os participantes.
No final de cada dia separávamos alguns
peixes para saborear e tomar cerveja
gelada entre os amigos. O guia Hélio foi
fantástico, muito alegre, esforçado e
sempre prestativo com todos os
pescadores.
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Carlos Souza (Severo) é pescador
esportivo e colaborador do site:
www.semrumopesca.com.br
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