Ostra Vos falarei agora, peixes, das vossas irmãs, não peixes, mas também habitantes do mesmo elemento. Vede, observai as lindas criaturas! Não são nada bonitas, dizeis vós! Procurai mais longe, vede o seu interior! A ostra esconde, debaixo da sua feia faceta, uma beleza de proporções épicas! A pérola, a pérola é para onde deveis olhar. Vêem o feio exterior e supõem que não é bonita! Oh, peixes, tal afronta esperava eu dos homens! Os homens, aqueles seres vaidosos, esses é que não vêem o interior! Mas, afinal, o que vêem eles? O que se dão ao trabalho de ver? Apenas avaliam a concha, não procuram pérolas! Sim, peixes, nada como a vossa irmã para mostrar como podem ser superficiais tais julgamentos! Tal ignorância merece ser castigada! Libertai-vos dessa prisão, ultrapassai esse vosso pecado: tal superficialidade, isso é lá para os homens. Filipe Cardoso Tiago Silva 11º B