RELATÓRIO FINAL
DA
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE INÊS DE CASTRO
2011 – 2012
RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA
ANO LETIVO 2011/2012
Sendo objetivos gerais da avaliação interna desenvolver em permanência a avaliação, quer como instrumento de diagnóstico regulador e promotor da qualidade, quer
enquanto instrumento de reflexão crítica partilhada, assim como consolidar o processo
de autoavalição, de acordo com o previsto no seu Regimento Interno (RI), a Comissão
de Avaliação Interna (CAI) da Escola Secundária de Inês de Castro (ESIC )elaborou o
Relatório Final relativo ao ano 2011/2012, que será apresentado a toda a comunidade
escolar depois de posto à consideração do Conselho Geral (CG) e do Conselho Pedagógico (CP).
Importa salientar que as linhas orientadoras do presente Relatório são as decorrentes do Referencial de Autoavaliação Interna da ESIC, depois de acordados com o Diretor
os “Domínios”, ”Campos de análise” e “Parâmetros” a analisar. Nesse sentido, ao longo
do ano 2011/2012 e já início do presente ano letivo, esta Comissão desenvolveu o seu
trabalho de acordo com a metodologia que a seguir se especifica.
1. No que respeita ao domínio Resultados, procedeu à análise documental relativa
a dois campos:
1.1 resultados académicos, de acordo com o previsto no critério “Percentagem de
sucesso” e em função dos indicadores “Alunos que transitaram/admitidos a
exame” e “Diferencial entre avaliação interna/externa”;
1.2 resultados sociais, considerando os critérios “Percentagem de sucesso pessoal”
e “Cumprimento de regras”, segundo os indicadores “Alunos que entraram no
ensino superior” e “Dados do Gabinete de apoio ao aluno” (GAA).
2. Por outro lado, o foco de análise centrou-se também no domínio Prestação de
serviço educativo, para o que se aplicaram questionários a professores e a alunos no âmbito dos campos:
2.1 planeamento e articulação, de acordo com critério “Trabalho colaborativo” e
em função dos indicadores “Elaboração de planificações/fichas/testes” e “Grau
de satisfação dos docentes”;
2.2 monitorização e avaliação das aprendizagens, com vista à aferição do critério
“Adequação” no âmbito dos indicadores “Diversidade de técnicas e métodos de
avaliação” e “Grau de satisfação dos alunos”.
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ANO LETIVO 2011/2012
Graças à formação obtida pelos elementos da equipa no ano letivo transato, assim
como à colaboração da Consultora Externa, e atendendo a que o seu plano de ação prevê
a consolidação dos mecanismos de autoavalição, a
CAI
procurou desenvolver uma me-
todologia com características de investigação/ação para, através de conhecimento fundamentado, produzir intervenções mais adequadas e eficientes, de modo a criar as condições necessárias a uma mudança da realidade. Porém, parece-nos ser importante referir que, para além da análise documental e dos questionários aplicados, também os contactos não intencionais e informais são uma metodologia a considerar (e considerada),
na medida em que permitem, em situações muito específicas, ter uma visão mais alargada do “complexo” que é qualquer escola. Por isso mesmo, algumas das sugestões
apresentadas resultam, precisamente, da aplicação desta metodologia.
Saliente-se ainda a existência de um ou outro constrangimento, como seja o facto
de a aplicação de questionários, particularmente aos alunos, ser um processo bastante
moroso e depender da disponibilidade de tempo de aulas por parte dos diretores de turma, assim como os resultados do acesso ao ensino superior serem divulgados junto das
escolas apenas no final de outubro/início de novembro, o que atrasa consideravelmente
a prossecução do trabalho desenvolvido. Simultaneamente, há um outro constrangimento que é também necessário salvaguardar e que se prende com o próprio tempo disponível da equipa de docentes da CAI que, embora tendo tempo previsto no horário para estas atividades, nem sempre podem dispor de todo o que necessitariam e gostariam, em
benefício de um trabalho que deve ser aturado e permanente.
Finalmente, cabe aqui salientar que o Relatório que se apresenta não é, naturalmente, definitivo nem absoluto, apenas abre perspetivas que podem vir a ser enriquecidas com o contributo e colaboração de todos. Por isso mesmo, e em função dos dados
que se seguem e se considerado necessário, será sugerido ao Diretor que solicite propostas conducentes a planos de melhoria para os domínios analisados.
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RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA
ANO LETIVO 2011/2012
1. RESULTADOS ACADÉMICOS E SOCIAIS DOS ALUNOS
1.1 Da análise dos resultados académicos dos nossos alunos do ensino regular, e
tendo em conta quer as taxas de sucesso na
ESIC
e a nível nacional, quer a per-
centagem de sucesso estipulada pela escola (melhoria de 10%/ano), pode concluir-se estarem os resultados dos nossos alunos um pouco distantes do desejável
no ensino básico e no 10º ano. De resto, e em relação ao ensino básico, o mesmo
se passa quando considerados os dados das escolas TEIP, universo em que a ESIC
está incluída. Também aqui, os nossos resultados se situam abaixo da média,
como se pode ver no quadro abaixo. Pelo contrário, nos 11º e 12º situam-se claramente acima da taxa de sucesso nacional. No que respeita aos cursos qualificantes poderemos perceber que a taxa de sucesso se situa um pouco acima da
média nacional. Vejamos, então (Anexo 1):
(Nota: nos 9º, 11º e 12º anos foram considerados os resultados após os exames)
ENSINO REGULAR – BÁSICO
PERCENTAGEM DE SUCESSO POR
ANO DE ESCOLARIDADE
7º
ESIC
8º
ESIC
NAC
77,06 82,07 76,11
% GLOBAL DE
META A
SUCESSO
ATINGIR
9º
NAC
ESIC
86,91
73,74
NAC
ESIC
TEIP
NAC
82,25 75,64 79,25 83,7
88,27
ENSINO REGULAR – SECUNDÁRIO
PERCENTAGEM DE SUCESSO POR
ANO DE ESCOLARIDADE
10º
%
SUCESSO
12º
11º
GLOBAL DE
ESIC
NAC
ESIC
NAC
ESIC
NAC
ESIC
NAC
70,67
84,5
91,87
86,82
73,44
64,22
78,49
78,5
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ANO LETIVO 2011/2012
CURSOS QUALIFICANTES – CEF’S
PERCENTAGEM DE SUCESSO
POR CURSO
TIPO 2
%
GLOBAL DE
SUCESSO
TIPO 3
ESIC
NAC
ESIC
NAC
ESIC
NAC
97,33
89,08
100
92,32
97,85
89,25
CURSOS QUALIFICANTES – EFA’S E PROFISSIONAIS
%
PERCENTAGEM DE SUCESSO
POR CURSO
1º ano
EFA
2º ano
GLOBAL
DE
3º ano
SUCESSO
ESIC
NAC
ESIC
NAC
ESIC
NAC
ESIC
NAC
ESIC
NAC
85,71
83,81
98,95
97,46
100
99,09
61,9
63,83
86,95
86,79
Consideremos agora os anos/disciplinas de exame, por forma a tentar perceber
qual o diferencial entre a avaliação interna e a externa.
9º ANO (cf. Anexos 2)
Sendo de 161 o número de alunos admitidos a exame, não se poderá dizer que
os resultados obtidos tenham sido dos melhores, uma vez que foram muitos os
alunos que tiveram um desempenho negativo, de acordo com o que se segue:
PORTUGUÊS
(UNIVERSO DE 161 ALUNOS)
ADMITIDOS A EXAME
CLASSIFICAÇÃO DE EXAME
NÍVEL POSITIVO
NÍVEL NEGATIVO
NÍVEL POSITIVO
NÍVEL NEGATIVO
137
24
95
66
% DE NÍVEIS
NEGATIVOS
EM EXAME
41%
MATEMÁTICA
(UNIVERSO DE 161 ALUNOS)
ADMITIDOS A EXAME
CLASSIFICAÇÃO DE EXAME
NÍVEL POSITIVO
NÍVEL NEGATIVO
NÍVEL POSITIVO
NÍVEL NEGATIVO
100
61
60
101
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% DE NÍVEIS
NEGATIVOS
EM EXAME
63%
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ANO LETIVO 2011/2012
Para além destes dados, outros importa também considerar – os que dão conta
do número considerável de alunos que, em cada turma, embora tendo sido admitidos a exame com nível igual ou superior a 3, obtiveram depois resultados inferiores. No caso de Português, tal foi particularmente notório nas turmas E (10
de 19 alunos), F (4 de 10 alunos), G (5 de 15 alunos), H (8 de 20 alunos) e I (7
de 9 alunos); na disciplina de Matemática verifica-se o mesmo nas turmas D (6
de 17 alunos), E (7 de 13 alunos), F e H (5 de 9 alunos) e I (4 de 8 alunos).
Observemos agora os dados relativos à 1ª chamada dos exames dos nossos alunos (o GAVE não forneceu dados relativos à 2ª chamada, por esta ser considerada
“residual”), enquadrando-os com os “regionais” e com os nacionais (cf. Anexos
3):
9º ANO – RESULTADOS DOS EXAMES NACIONAIS
1ª CHAMADA
ESIC
GRANDE PORTO
NORTE
NACIONAL
PORTUGUÊS
49,2
55,7
54.1
53,7
MATEMÁTICA
42,4
56,5
55,0
54,4
Embora sabendo que o desempenho dos alunos em exame nem sempre é o que
se espera, visto que depende de muitas variáveis, será importante, quer parecernos, não menosprezar estes dados e sim refletir sobre eles de forma séria. No
fundo, é a imagem de todos nós que acaba por estar em jogo. Por outro lado, importa aqui ressalvar o facto de, nas disciplinas alvo de exames, estarem a ser utilizadas técnicas e abordagens que visam preparar os alunos para as provas nacionais. Porém, e de acordo com os dados apresentados, os resultados não estão a
corresponder ao esperado.
11º ANO (cf. Anexos 4):
De entre as várias disciplinas de 11º ano em que os nossos alunos estiveram sujeitos a exame no ano letivo 2011/2012, destacam-se Literatura Portuguesa,
Economia e MACS, pelo facto de os resultados terem sido bastante positivos,
visto que não houve quaisquer reprovações; no pólo oposto encontram-se parti-
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ANO LETIVO 2011/2012
cularmente Filosofia e Física e Química A, mas também Biologia e Geologia,
assim como Geografia A.
REPROVAÇÕES
(1ª E 2ª FASES)
FÍSICA E QUÍMICA-A
BIOLOGIA E GEOLOGIA
FILOSOFIA
1ª FASE
2ª FASE
30%
75%
1ª FASE
2ª FASE
31,5%
1ª FASE
47,4%
2ª FASE
9,2%
27,3%
GEOGRAFIA-A
1ª FASE
2ª FASE
2,4%
12,5%
Quando se analisam os resultados considerando agora a diferença entre a Classificação interna final (CIF) e a Classificação de exame (CE) nas duas fases, verifica-se haver um diferencial em todas as disciplinas, especialmente na 1ª fase de
Filosofia, na 2ª de Biologia e Geologia e nas duas fases de Física e Química A,
de acordo com o quadro que se segue:
DIFERENÇA ENTRE CIF E CE
LIT PORT
FILOSOFIA
(1ª E 2ª FASES, EM PONTOS)
ECONOMIA
BIOLOGIA
GEOGRAFIAE GEOL
A
FÍS E QUÍMICA-A
MACS
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
2
3,1
6,4
1,9
2
0,3
4,6
6,7
2
1,1
6,5
6,8
3,2
4,4
Destas oscilações resultam, naturalmente, pequenas diferenças percentuais entre
a CIF e a classificação final da disciplina (CFD) que se registam:
DIFERENÇA ENTRE CIF E CFD
(1ª E 2ª FASES)
LIT PORT
FILOSOFIA
ECONOMIA
BIOLOGIA
E GEOL
GEOGRAFIAA
FÍS E QUÍMICA-A
MACS
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
1ª
2ª
0,6
0,7
1,4
0,5
0,4
0
1,2
1,3
0,4
0,1
1,6
1,5
0,7
0,7
Atentando agora nos dados da 1ª fase dos exames nacionais (cf. Anexos 5), verifica-se ter sido, de facto, considerável, pela negativa, o diferencial ocorrido particularmente na disciplina de Filosofia, mas também na de Física e Química A,
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ANO LETIVO 2011/2012
situando-se as restantes ou em linha com a média nacional ou até um pouco
acima desta, o que, naturalmente, nos deixa muito satisfeitos.
11º ANO – RESULTADOS DOS EXAMES NACIONAIS
1ª FASE
ESIC
GRANDE PORTO
NORTE
NACIONAL
LITERATURA
PORTUGUESA
FILOSOFIA
11,8
11,8
10,6
10,9
6,0
8,6
8,4
8,9
ECONOMIA-A
12,3
12,6
11,8
11,7
BIOLOGIA E
GEOLOGIA
GEOGRAFIA-A
9,6
10,3
9,9
9,8
10,2
10,5
10,5
10,7
7,3
8,7
8,1
8,1
10,6
11,2
10,6
10,6
FÍSICA E
QUÍMICA-A
MACS
12º ANO (cf. Anexos 6):
Em relação ao 12º, destaque-se o facto de, por um lado, não terem ocorrido
quaisquer reprovações em exame na disciplina de História A e, por outro, de a
percentagem global de reprovações em Geometria Descritiva A ter sido muito
elevada, como se pode verificar no quadro abaixo.
REPROVAÇÕES
(1ª E 2ª FASES)
PORTUGUÊS
MATEMÁTICA-A
GEOMETRIA DESCRITIVA-A
1ª FASE
2ª FASE
1ª FASE
2ª FASE
1ª FASE
2ª FASE
3,7%
14,3%
7,6%
14,3%
11,1%
25%
De resto, da análise comparativa entre a Classificação interna final (CIF) e a classificação das duas fases dos exames (CE) percebe-se ter ocorrido um diferencial
considerável em quase todas as disciplinas, particularmente na de Geometria
Descritiva A.
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RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA
ANO LETIVO 2011/2012
DIFERENÇA ENTRE CIF E CE
(1ª E 2ª FASES, EM PONTOS)
MATEMÁTICA-A
PORTUGUÊS
1ª FASE
2ª FASE
3,3
2,3
1ª FASE
2,3
HISTÓRIA-A
2ª FASE
1ª FASE
2,5
1,8
GEOMETRIA DESC-A
2ª FASE
1ª FASE
1,4
2ª FASE
6.9
1,6
Pelo que fica dito, fácil será concluir a existência de algumas diferenças percentuais entre a CIF e a classificação final da disciplina (CFD), de que se dá conta no
quadro seguinte:
DIFERENÇA ENTRE CIF E CFD
(1ª E 2ª FASES)
MATEMÁTICA-A
PORTUGUÊS
1ª FASE
2ª FASE
0,6
0,5
1ª FASE
0,5
HISTÓRIA-A
2ª FASE
1ª FASE
0,6
0,3
GEOMETRIA DESC-A
2ª FASE
1ª FASE
0,3
2ª FASE
1,1
0,3
No que aos resultados da 1ª fase dos exames diz respeito (cf. Anexos 7), comprova-se terem estes sido bastante positivos, à exceção dos da disciplina de Geometria Descritiva A, situando-se os restantes acima da média nacional.
12º ANO – RESULTADOS DOS EXAMES NACIONAIS
1ª FASE
ESIC
GRANDE PORTO
NORTE
NACIONAL
PORTUGUÊS
10,6
11,1
10,7
10,4
MATEMÁTICA-
11,9
10,7
10,4
10,4
HISTÓRIA-A
12,1
12,2
11,7
11,8
GEOMETRIA
DESCRITIVA- A
9,7
11,2
10,5
10,7
A
Em síntese, quer parecer-nos que o desempenho global dos alunos da
ESIC
em
exame é particularmente preocupante a nível do 9º ano, não o sendo tanto no secundário, à exceção de uma ou outra disciplina, o que, naturalmente, deverá ser
alvo de reflexão por parte dos grupos disciplinares envolvidos.
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ANO LETIVO 2011/2012
1.2 No que aos resultados sociais diz respeito, e centrando a nossa análise, num
primeiro momento, nos resultados do Concurso Nacional de Acesso 2012 (cf.
Anexos 8), poderemos concluir que, de acordo com o quadro abaixo, os alunos
da ESIC que reuniram condições para se candidataram ao ensino superior na primeira fase foram quase todos colocados, o mesmo não se podendo dizer dos que
o fizeram na segunda:
COLOCADOS
FASE
CANDIDATURAS
TOTAL
Nº
%
POR OPÇÃO
1ª opção
2ª opção
Nº
%
Nº
%
1ª
100
88
88%
46
52%
22
25%
2ª
39
14
36%
5
36%
3
21%
Outro dado se salienta – o número de alunos que, na primeira fase, tencionava
candidatar-se era substancialmente superior ao dos que efetivamente o fizeram
(196/100, respetivamente), traduzindo uma redução de 51%, o que dá que pensar, embora seja difícil saber exatamente a razão pela qual não levaram por diante a sua pretensão.
Ainda no âmbito dos resultados sociais, agora no que concerne ao critério
“Cumprimento de regras”, a análise dos dados do
GAA
revela resultados pouco
animadores (cf. Anexos 9), na medida em que, por comparação com o ano transato, verificou-se um agravamento, quer a nível do número de ocorrências, quer
a nível da tipologia mais frequente (“Comportamento”). Senão, vejamos:
TOTAL
E
TIPOLOGIA
DE OCORRÊNCIAS
2010/11
2011/12
NÚMERO TOTAL
273
365
+33,7%
COMPORTAMENTO
245
345
+40,8%
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% DE
AUMENTO
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ANO LETIVO 2011/2012
Simultaneamente, a observação dos documentos permite ainda verificar que cinco dos alunos que no ano anterior tinham mais ocorrências continuam a ser alvo
de registos por comportamento inadequado no ano 2011/12, o que deverá sugerir, no mínimo, uma ponderação conducente a intervenções mais aturadas.
2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO
2.1 No que a este domínio diz respeito, foi aplicado um questionário aos docentes
(cf. Anexo 10), no âmbito do trabalho desenvolvido a nível de ano de escolaridade, ao qual responderam 58 docentes, de acordo com os dados que se seguem:
MASCULINO
FEMININO
5
53
QUADRO
CONTRATADO
37
21
SEXO
SITUAÇÃO
PROFISSIONAL
TEMPO DE
SERVIÇO
TOTAL
< 10
11-25
+ 25
16
25
17
58
ANOS DE SER-
ATÉ 5
5-10
10-15
15-20
+ 20
VIÇO NA ESIC
25
9
4
8
12
Vejamos agora aquele que nos parece o dado fundamental a que se chegou a partir dos resultados destes questionários (cf. Anexo 11) – a esmagadora maioria
dos professores atribui nível igual ou superior a 4 a praticamente todos os itens
de funcionamento sobre os quais foi inquirida, salientando-se os que se referem
a objetivos claros destas coordenações, a saber: “Selecionar e/ou elaborar os materiais pedagógicos” (81%), “Elaborar o Plano anual e as Planificações das unidades didáticas” (88%) e “Analisar os resultados dos alunos” (90%). Também
no domínio dos objetivos das coordenações, salientem-se aqueles em que o trabalho se revela menos eficiente – são eles os referentes aos itens “Elaborar testes
ou outros materiais de avaliação” e “Organizar atividades de enriquecimento
curricular” (62%), “Discutir as estratégias de diferenciação pedagógica” (69%),
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RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA
ANO LETIVO 2011/2012
“Analisar e refletir sobre práticas educativas” e “Avaliar a eficácia das estratégias de ensino utilizadas” (74%).
Relativamente ao funcionamento das reuniões propriamente ditas (nas quais, de
acordo com 83% dos docentes, “É cumprido o previsto no Regimento Interno do
grupo disciplinar”), todos as avaliam muito positivamente, destacando-se como
mais positivo o item “É dada oportunidade de participação a todos os docentes”
(90%), o que revela uma prática de paridade assinalável. Por outro lado, é de salientar que apenas 74% dos inquiridos considera que as reuniões de coordenação
propiciam um efetivo trabalho colaborativo entre docentes, o que deve conduzir,
quer parecer-nos, a uma profunda reflexão e mudança de práticas.
No que a sugestões apresentadas diz respeito (cf. Anexo 12), saliente-se aquela
que muitos dos inquiridos consideraram como prioritária – «Marcação no horário dos professores de um tempo destinado a reuniões de coordenação por
ano/disciplina», mas também três outras, a saber: «Maior uniformização na periodicidade das reuniões», «Sensibilização dos colegas para a importância do trabalho colaborativo» e «Disponibilização de uma tarde sem aulas para reuniões e
trabalho colaborativo por ano/disciplina». Quer parecer-nos que haverá, também
aqui, matéria para reflexão, que a seu tempo retomaremos.
2.2 Antes de centrarmos a nossa atenção nos dados apurados a partir da aplicação de
um questionário aos alunos (cf. Anexo 13), importa esclarecer o seguinte:
a) por razões de logística, não foi possível aplicar o questionário a alunos de
todos os anos de escolaridade até ao final do ano letivo 2011/2012. Por isso
mesmo, optou-se por aplicá-lo aos de 12º ano num primeiro momento (em
junho último) e aos restantes anos de escolaridade já durante o ano letivo em
curso. No entanto, e atendendo a que com este questionário se pretendeu aferir, como foi inicialmente dito, o critério “Adequação”, no âmbito dos indicadores “Diversidade de técnicas e métodos de avaliação” e “Grau de satisfação dos alunos”, não foi o mesmo aplicado aos alunos que agora frequentam o 7º ano de escolaridade uma vez que, na sua maioria, ainda não se encontravam a frequentar a ESIC;
b) uma outra advertência se impõe – ao contrário do que agora acontece, no ano
letivo 2011/12 estavam em funcionamento a Sala de estudo e os laboratórios
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ANO LETIVO 2011/2012
de Matemática e de Ciências Físico-Químicas, pelo que o hiato temporal entre o período a que reporta o questionário e o da efetiva resposta da generalidade por parte dos alunos levanta alguns problemas, mas foi entendimento
da CAI não “adaptar” o questionário original à nova realidade da escola para
que a base de trabalho fosse igual em relação a todos os alunos;
c) os pouco mais de 300 discentes inquiridos responderam de forma individual
e anónima, como seria de esperar, o que conduziu a alguns imprevistos, nomeadamente a não indicação da idade ou do género, assim como a opção pelos dois sexos; simultaneamente, vários itens ficaram sem resposta, o que dificulta a análise dos dados, visto que em muitos dos casos não é possível obter percentagens corretas. Espera-se que estas atitudes, que nos parecem configurar alguma falta de hábito deste tipo de práticas avaliativas, vão sendo
ultrapassadas, para o que contribuirá a frequência com que tais práticas passarão a processar-se, ajudando assim os nossos alunos a “corrigir” estes
comportamentos.
Considerando os dados obtidos (cf. Anexo 14), é curioso verificar que, sendo
pouco mais de metade os alunos que dizem conhecer o Regulamento Interno da
ESIC,
são bastantes os que costumam consultar o site da escola, que assim se afi-
gura como um veículo privilegiado para, por exemplo, fazer chegar a todos informação considerada pertinente.
Comecemos por centrar a nossa atenção no grau de satisfação dos alunos com o
ensino ministrado na ESIC, cuja qualidade 82% avalia com nível igual ou superior a 4 – pelas respostas dadas, é notória a satisfação no que respeita aos docentes, 99% dos quais dá a conhecer os Critérios de avaliação, que são respeitados
por 98%, percentagem que corresponde também aos que esclarecem as dúvidas
dos alunos; simultaneamente, 88% dos docentes diversifica os métodos de ensino, 83% utiliza critérios diferenciados, situando-se nos 80% o grau de exigência
nas avaliações.
Em relação às aulas propriamente ditas, elas são predominantemente expositivas
(78%), em detrimento das experimentais (13%) e das laboratoriais (5%) – no entanto, parece-nos ser importante ter em consideração que os próprios curricula
conduzem, por natureza, a aulas tendencialmente expositivas. Provavelmente
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ANO LETIVO 2011/2012
por isso mesmo, o instrumento da avaliação “dominante” é o teste escrito (50%),
logo seguido de perto pelas apresentações orais (45%) e pelos trabalhos de grupo (42%), situando-se os trabalhos escritos individuais (38%) e outros não especificados (24%) no “final da tabela”.
Considerando agora outros aspetos ligados com o funcionamento da escola, no
que à segurança diz respeito é de salientar que apenas 77% dos alunos considera
ser a ESIC uma escola segura, o que deverá conduzir a uma ponderação por quem
de direito. Do mesmo modo, outras realidades do dia a dia da escola se perfilam
para uma ponderação aturada, a saber: as condições de limpeza interior e exterior (mais de metade dos inquiridos consideram-nas entre os níveis 1 e 3) e a cantina, que 65% dos alunos avalia também entre os níveis 1 e 3. Por outro lado, em
relação à Sala de estudo e aos laboratórios de Matemática e de Ciências FísicoQuímicas a opinião dos inquiridos não é muito positiva, o que, eventualmente,
poderá estar ultrapassado, na medida em que estes espaços sofreram alterações
substanciais.
Relativamente às condições materiais da ESIC, e como seria de esperar, o grau de
satisfação dos alunos é considerável, visto que 83% destaca com níveis 4 e 5 as
condições da Biblioteca e os recursos multimédia, 78% avalia com os mesmos
níveis o bar e 75% o material didático; finalmente, 79% dos alunos considera
boas ou muito boas as condições físicas da escola.
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ANO LETIVO 2011/2012
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
No que aos resultados académicos concerne, e em função do diferencial avaliação interna/avaliação externa, parece importante que os diferentes grupos disciplinares
levem a cabo uma reflexão aprofundada, com vista a uma aplicação cada vez mais rigorosa dos Critérios de avaliação. Porém, é justo salientar o trabalho que tem sido desenvolvido em várias disciplinas, no sentido de, em tempo letivo e/ou de apoio, exercitar e
treinar tipologias textuais e exercícios específicos, com vista à preparação para o exame.
Os resultados, pelo menos no básico, como vimos, é que não têm sido muito encorajadores, mas tenhamos a convicção de que é esse o caminho e ele há de dar frutos.
Entretanto, convirá salvaguardar alguns aspetos:
a) por um lado, o facto de, quer nas línguas portuguesa e estrangeiras, quer nas disciplinas de caráter mais experiencial, estar definida por lei uma percentagem fixa
a atribuir à oralidade e à componente laboratorial, que, naturalmente, não tem
cabimento na avaliação externa;
b) por outro, e de acordo com os Critérios de avaliação definidos pela
ESIC,
até ao
final do ano letivo a que reporta este relatório, a percentagem a atribuir a testes e
fichas de avaliação no ensino básico era de 50%, sendo que no secundário 80%
da avaliação final devia abranger o “domínio cognitivo” e os restantes 20% as
“atitudes e valores”;
c) finalmente, importará também referir que a meta que a escola se propôs atingir
poderá afigurar-se demasiado ambiciosa, mesmo quando cotejada com os resultados nacionais. Talvez não fosse despropositado repensá-la, embora, como é
óbvio, sem pôr de lado a excelência enquanto objetivo que deverá ser subjacente
a qualquer percurso humano. No entanto, e para que este percurso não se torne
frustrante, importa também ter a noção da “massa” com que se trabalha. De resto, a intervenção da IGE, como sabemos, lado a lado com os resultados obtidos,
teve sempre em conta os resultados esperados, aqueles que são expectáveis em
função do meio social em que cada escola se insere.
Em relação aos comportamentos sociais, quer parecer-nos que será de esperar
que o papel do
GAA
se torne mais eficiente se contar com uma colaboração mais próxi-
ma dos Serviços técnico pedagógicos (STP), o que se sugere. Do mesmo modo, também
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RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA
ANO LETIVO 2011/2012
o envolvimento dos
EE/famílias
dos alunos mais problemáticos seria de considerar, por
exemplo através de uma intervenção concertada entre o GAA, os STP e a APESCA.
No que ao funcionamento dos grupos disciplinares diz respeito, parece-nos importante refletir sobre alguns dos dados obtidos, por forma a procurar alterar hábitos
instalados e mais facilmente nos aproximarmos daquilo que o trabalho colaborativo
permite alcançar, com vista ao êxito de todos. Poderá, para isso, ser solicitado aos diversos grupos disciplinares um plano de intervenção, com vista à alteração de práticas e,
consequentemente, de melhoria em termos da prossecução de objetivos, que contemple
também, por exemplo, formação em domínios específicos dentro de cada grupo (o que,
de resto, alguns vêm já desenvolvendo).
Como forma de facilitar a prossecução das propostas apresentadas, e em convergência com as sugestões dos próprios docentes, talvez não fosse despropositado esperar
que a Direção envidasse todos os esforços no sentido de, a partir do próximo ano letivo,
“libertar” uma tarde para cada um dos departamentos ou grupos disciplinares. Deste
modo seria possível que todos se sentissem ainda mais predispostos a desenvolver trabalhos em grupo. Aliás, dos diversos contactos não intencionais e informais que as docentes da equipa da
CAI
foram tendo com os colegas, fácil foi aperceberem-se de que
não é o mesmo estar “livre” a partir das 17h ou poder contar com uma tarde semanal
para, a partir das 14.15h (ou das 15h) desenvolver trabalho diverso com os pares. Ainda
a este propósito, sugere-se que seja reposta a atribuição de um segmento destinado à
coordenação de ano e/ou de ciclo, uma vez que só assim estará assegurada uma efetiva
orientação das reuniões interpares.
Quanto aos resultados obtidos através do questionário aplicado aos alunos, parece importante que sejam repensadas as condições de segurança da escola, por forma a
que todos se sintam devidamente protegidos no espaço escolar. Para isso, quer parecernos, haverá que detetar as falhas em causa (o que poderá ser feito, por exemplo, através
de contactos informais com alunos e EE) e delinear depois um plano de efetiva melhoria.
Melhoria é também o que se impõe no que respeita à limpeza de todos os espaços escolares. Sendo certo que a
ESIC
se debate com problemas resultantes da falta de
assistentes operacionais, há, no entanto, que fazer um esforço para que a imagem negativa que as respostas dos discentes revelam deixe de ter razão de existir. Neste domínio,
sugere-se que também os alunos sejam chamados a desempenhar um papel relevante, no
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sentido de, através de comportamentos cívicos, evidenciarem hábitos de higiene e limpeza.
O bom funcionamento da cantina é outro desafio que se coloca à escola e cuja
resolução, sendo urgente, se afigura complexa, por envolver também a escola EB 2/3.
Dada a importância cada vez maior que tem vindo a caber aos refeitórios escolares, será
de todo vantajoso que, tão brevemente quanto possível, se encontre uma solução.
Finalmente, parece ter aqui cabimento uma última palavra de incentivo para a
importância que o site da escola pode vir a ter enquanto elemento facilitador da comunicação interna. Sendo frequentemente consultado por cerca de 76% dos nossos alunos,
seria interessante que igual percentagem de professores, funcionários e
sem a “visitá-lo”…
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EE
se habituas-
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Relatório Final 2011/2012 - Escola Secundária Inês de Castro