O Arranjo 7 H. M. Ward Disponibilização: Soryu Revisão Inicial: Valentina VS Revisão Final: Hirano Leitura Final: Éli Almeida Formatação: Valentina VS 2 O Arranjo 7 H. M. Ward RESUMO Quando Avery descobre o segredo sombrio de Sean, tudo muda. Sean tem um passado obscuro, ela sabia desde o início, mas isso é muito pior do que ela pensava. Há um lado perigoso em Sean. É atraente e assustador ao mesmo tempo. Avery tem que decidir se o amor pode superar qualquer coisa ou se ela deve proteger seu coração. 3 O Arranjo 7 H. M. Ward INFORMAÇÃO DA SÉRIE O ARRANJO – VOLUME 1 - DISTRIBUÍDO O ARRANJO – VOLUME 2 - DISTRIBUÍDO O ARRANJO – VOLUME 3 - DISTRIBUÍDO O ARRANJO – VOLUME 4 – DISTRIBUÍDO O ARRANJO – VOLUME 5 – DISTRIBUÍDO O ARRANJO – VOLUME 6 – DISTRIBUÍDO O ARRANJO – VOLUME 7 – LANÇAMENTO O ARRANJO – VOLUME 8 – A LANÇAR O ARRANJO – VOLUME 9 – EM REVISÃO 4 O Arranjo 7 H. M. Ward “A tradução em tela foi efetivada pelo Grupo Pégasus Lançamentos de forma a propiciar ao leitor o acesso à obra, incentivando‐o à aquisição integral da obra literária física ou em formato e‐book. O grupo tem como meta a seleção, tradução e disponibilização apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausentes qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. No intuito de preservar os direitos autorais e contratuais de autores e editoras, o grupo, sem prévio aviso e quando julgar necessário poderá cancelar o acesso e retirar o link de download dos livros cuja publicação for veiculada por editoras brasileiras. O leitor e usuário fica ciente de que o download da presente obra destina‐se tão somente ao uso pessoal e privado, e que deverá abster‐se da postagem ou hospedagem do mesmo em qualquer rede social e, bem como abster‐se de tornar público ou noticiar o trabalho de tradução do grupo, sem a prévia e expressa autorização do mesmo. O leitor e usuário, ao acessar a obra disponibilizada, também responderão individualmente pela correta e lícita utilização da mesma, eximindo o grupo citado no começo de qualquer parceria, coautoria ou coparticipação em eventual delito cometido por aquele que, por ato ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da presente obra literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do art. 184 do código penal e lei 9.610/1998.” 5 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Um Eu pisco para Sean quando meu estômago bate em meus sapatos. A maneira como ele me olha faz com que os cabelos na parte de trás do meu pescoço formiguem. Arrepios sobem por meus braços. Parece que eu pisei em um freezer. Eu me viro. — Isso não é verdade. Como poderia... O olhar escuro de Sean trava com o meu por um momento. Cada pensamento na minha cabeça diz para correr. Em algum nível, sabia que havia algo de errado com ele, porque Sean tinha essa escuridão que pairava sobre ele. Eu pensei que fosse dor. A maneira que ele age grita luto mal resolvido sobre a morte de sua esposa, por ter perdido o seu único filho. Mas isso, essa revelação, sufoca-me em silêncio. Meus pés estão colados no chão. Sean observa-me por um segundo. É quase como se ele esperasse que eu fosse correr e nunca olhar para trás, mas não me movo. Eu não vou. Por um momento, não há ar. Estou caindo através do espaço, perdida em seus olhos. Sean não pode ser um assassino. Penso isso uma e outra vez, mas a torção do meu estômago não vai parar. Suas palavras são verdadeiras. Posso sentir o peso de sua confissão e isso me assusta. Venho lutando muito duro para me manter viva e este homem diz que ele apagou duas vidas. Eu não desvio o olhar. Não é que não acredite nele, é que vejo alguma coisa lá. A escuridão está ligada à morte, mas isso não foi um terrível assassinato. Eu sinto isso em meus ossos, como se a premonição fosse parte de mim. Sean finalmente olha para o lado e se transforma. 6 O Arranjo 7 H. M. Ward — Você não está fugindo. — Sim, eu sou um pouco louca. —tento me equilibrar, mas não consigo. Meu pulso está batendo nos meus ouvidos e meu corpo está tenso, pronto para correr. Eu tento parecer calma. — Você quer me dizer o que aconteceu? Sean me olha por cima do ombro, e olha na direção do bar do outro lado do quarto do hotel. Ele para. A maneira como seus olhos dobram nos cantos, um breve olhar de soslaio, como dor subindo de dentro e tentando consumi-lo. Ele engole-o de volta. — Tem certeza que você quer saber? — sua voz é firme, fria e totalmente imparcial. Parece que as mãos geladas de um fantasma atrás de mim estão tocando meus ombros. Eu chupo ar e vou à direção dele. — Diga-me. Ele não esperava essa resposta. Eu posso ver isso em seus olhos. Ele se vira para longe de mim e vai em direção ao bar. Depois de derramar uma bebida, pega seu laptop. Pisca a tela para a vida. Bate as teclas e clica antes de virá-lo em minha direção. —Leia. Olho para baixo, para o título de um dos maiores jornais do país: SEAN FERRO ACUSADO DE ASSASSINAR ESPOSA E FILHO ANTES DE NASCER. Chego perto do computador e examino o artigo, mas não vejo o que estou procurando. É mais do que Gabe me contou sobre Sean parecendo frio e distante, sobre como ele não parecia agoniado. O artigo termina com um link para um acompanhamento da história. Clico através dos artigos, um por um, observando as imagens da idade dele como anos passando, em vez de meses. Eu sinto seu olhar no lado do meu rosto, mas não olho para cima. Inclino-me contra o bar e ajusto o computador para baixo. Eu clico para outro artigo. Fico olhando para a foto dele, com as palavras e acusações, e engulo em seco. Clico no final da última história. FERRO ABSOLVIDO. 7 O Arranjo 7 H. M. Ward Meu coração está acelerado, batendo no meu peito. Estou doente. Tento apagar todas as emoções e pensar. Eu não entendo como eles não encontraram o culpado. O jornal fez soar como se fosse um caso fechado. Sean Ferro brutalmente assassinou sua esposa em um ataque de ciúmes. Ele a deixou em sua cama, sangrando até a morte e foi trabalhar. Quando ele voltou para casa naquela noite, chamou a polícia. Todos disseram que a chamada para 911 foi uma farsa e que a sua mulher havia morrido horas antes de voltar para casa naquela noite. Não havia outros suspeitos. Quando terminei de ler, olho para ele. O seu olhar encontra o meu e o medo dá reviravoltas dentro de mim. Tenho o julgado mal, tão mal que não posso dizer que um cara confuso é um Sociopata? Será que ele realmente fez isso? Sean não mostra emoção, mas isso não quer dizer nada. Nem eu, bem, não na frente de pessoas que não confio. Eu tinha aquele olhar de pedra fria no meu rosto quando baixei os meus pais para o chão. Lembro-me de pessoas dizendo que não era certo para mim, não chorar, mas eu não fiz. Não então. Eles não viram as minhas lágrimas nem ouviram meus soluços. Sean é da mesma maneira. Eu sei que ele e por isso a falta de emoção não significa que os jornais dizem o que isso significa. — Isso não é verdade. — empurrei para baixo a tela do laptop e mantive meu olhar fixo nele. É uma afirmação, um fato. Há falta de informação dos jornais, é claro. Mas também há coisas que Sean nunca compartilhou sobre isso. Eu vejo os segredos queimando em seus olhos. Vejo espasmos em suas sobrancelhas. Ele balança a cabeça e olha para baixo. O cabelo escuro cai em seus olhos. — Você é ingênua, Avery. — Você está escondendo alguma coisa, Sean. Você prefere deixar as pessoas pensarem que você matou sua esposa do que dizer a verdade? Sean olha para mim. Minhas palavras parecem dominá-lo de uma maneira que faz ele ansioso. Estou muito perto e ele não pode suportar. — A verdade está aí em preto e branco. Eu a matei. Eu sou um homem ciumento. Todo mundo sabe disso. Sei que já ouviu falar que posso ser dissimulado, que posso ser 8 O Arranjo 7 H. M. Ward mais do que convincente quando as coisas não saem do meu jeito. — ele dá um passo em minha direção, roçando seu peito no meu. Engulo em seco, mas não recuo. — Quando você vai colocar na sua cabeça que não sou o cara que acha que sou? — Você é exatamente o que eu acho que você é. Você está se escondendo por trás disso... — estou gritando, gesticulando minhas mãos em volta enquanto falo. — Isto é manifestação de mentiras. Ele ri. O som escuro me dá um arrepio na espinha. — Sim, continue dizendo isso a si mesma. — Diga-me a verdade. — A verdade está impressa. — Esta é apenas parte da história. Os casos omissos são mentiras. As sobrancelhas de Sean levantam. — Você vai puxar essa merda filosófica sobre mim agora? Inacreditável. Me aceite pelo que eu sou e pare de olhar para as coisas que não estão lá. — Sean balança a cabeça como se estivesse irritado e bate o copo sobre o balcão. Quando ele respira, seu peito se expande. Seus ombros estão tão tensos. Seus dedos estão ficando branco quando agarra a bancada em granito. Ele me envolve com os lábios pressionados firmemente juntos. — Eu não sou o seu salvador, Avery. Não há nenhum cavaleiro, nenhum cavalo, nenhum final feliz, e não comigo. Essa merda não é real. — Eu nunca disse que queria o cavaleiro branco. — Está escrito em seu rosto. Merda. O pensamento é bom. Quero dizer, quem não sonhou em ser resgatado quando a sua vida vira merda. É o epítome de todos os contos de fadas lá fora, o desejo de ser salvo, mas eu aprendi a verdade há muito tempo. Enrolo meus dedos em meus lados. Este assunto está além de atingir um nervo comigo, porque vivo isso, vivo a vida aonde ninguém vem e a heroína é deixada completamente sozinha. — Tudo bem. — jogo de volta admitindo. — Mas você só disse metade do que quero. Eu acredito em cavalos brancos, mas o único cavaleiro nessa história sou eu. Ninguém me salvou. Eu caí tão longe que não posso nem ver o caminho para sair mais. Estou no fundo do inferno e encontrei você, que está perdido, danificado e 9 O Arranjo 7 H. M. Ward completamente fodido. Você não gosta de mim, mas quer gostar. A diferença entre nós é que eu ainda tenho a esperança e você perdeu a sua há muito tempo. — engulo em seco, imaginando como sou louca por dizer isso. —Eu não vou sair, não importa o que diga que aconteceu com Amanda. Pelo menos, sou sua amiga. Seus olhos azuis estão tão estreitos, mas por uma fração de segundos, eles se alargam. Sean pisca e o olhar de choque está desaparecido. Ele dá um passo mais perto, fechando o espaço entre nós. — Você tem um desejo de morte? Sean me irrita mais do que qualquer outra coisa. Sua resposta, a recusa absoluta de falar sobre o que aconteceu com sua esposa me diz muito, mas eu ainda não sei o que aconteceu. Eu faço um som no fundo da garganta e digo: — Pare de fazer perguntas estúpidas. Derrame tudo ou vamos continuar com as coisas. — estúpida, estúpida, estúpida. De onde veio isso? Eu seriamente disse isso? Ele não esconde sua surpresa desta vez. De olhos arregalados, recua e olha-me mais uma vez. — Você está falando sério? Você ainda confia em mim? O que diabos está errado com você? — Eu? O que há de errado comigo? Você está perguntando sério? Você estragou tudo bastardo. — eu bato palmas e minhas mãos enfiam em seu peito, mas ele mal se move. — Você é um maldito hipócrita, maldito, e não pode mesmo dizer. Ele agarra meus pulsos e mantém-me firme. Sua respiração lava o meu rosto quando ele exala. — Esclareça-me, Sra. Smith. Olho para ele por um momento e depois cuspo isso. — Você está me dizendo para fugir, que não há nada que vale a pena salvar, que não tem mais nada para dar, mas então você tem a coragem de vir e dizer que se importa comigo. Eu não posso voltar de onde eu fui. As pessoas não se recuperam de coisas como esta. Eu sei disso. Você sabe disso, por isso não me ampare com sua falsa empatia, porque isso é o que é, se você não sente nada, é tão oco quanto eu, se... 10 O Arranjo 7 H. M. Ward Antes que eu possa tomar outra respiração, a boca de Sean desaba sobre a minha, cortando o meu fluxo de palavras. Puxa-me contra seu peito e emaranha seus dedos em meus cabelos, puxando com força. O beijo é exigente e consumindo tudo. Ele não quer que eu fale. Estou dizendo coisas que ele não quer ouvir. Estou ofegando entre os lábios, beijando-o de volta, imaginando o quão longe estou disposta a ir. Não há volta deste lado do inferno. Eu sei da sua agonia, ele sabe a minha. Eu sei que há mais do que a morte de sua esposa, ele está escondendo algo maior e usando as acusações de homicídio para mascarar isso. Sinto isso no meu interior. Havia fotos de Amanda Ferro lá, sorrindo ao lado de um sério Sean. Em uma imagem, seu braço estava ao redor dela com uma mão protetora sobre sua barriga. Sean se preocupava com ela e o bebê. Ele os queria. Eu sei que ele não pode viver com a sua perda. Eu vejo isso no rosto dele e ouço isso em sua voz cada vez que ele fala. Há dor correndo através de suas veias até o ponto de ficar dormente. Eu entendo. Queria estar onde ele está e não sentir nada mais, mas isso... o fato de que prostitutas podem fazer coisas que trazem Sean de volta... significa algo. Sean não quer ficar nas profundezas do tormento mais, mas como eu, ele não consegue encontrar o caminho para fora. Muito tempo já passou. Muitas feridas ainda estão abertas e se recusam a cicatrizar. Ele traz à tona o desespero, a necessidade enlouquecedora de se apegar à vida, mesmo quando não há nada para segurar mais. Há uma versão mais escura dele que nunca tinha visto. Se eu permitir que as coisas continuem, se ficar aqui com ele vou ficar cara a cara e ver o replay de horror diante de seus olhos, como se ele estivesse perdido em um pesadelo que nunca termina. Quero libertá-lo desse mal, mas ninguém pode salvar Sean, não quando ele está assim. Nem mesmo eu. Seus beijos se tornam mais exigentes. Ele me empurra de volta contra o bar e me levanta em cima do balcão. Suas mãos são duras quando deslizam sobre minhas coxas, empurrando meu vestido até meus quadris. Ele dá um passo entre as minhas pernas e mergulha a cabeça nos meus lábios novamente. Emaranho meus dedos em seu cabelo. O calor espalha em toda a minha pele, sua mão direita move ao longo do meu corpo. Ele 11 O Arranjo 7 H. M. Ward alisa a curva da minha bunda, me segurando em sua mão quando seus beijos crescem cada vez mais quentes. Sua língua está sobre meus lábios esmagando-os. Respirações irregulares escapam dele, como se não pudesse abrandar, mesmo se quisesse. Pego sua camisa e desabotôo em cima, o suficiente para deslizar minhas mãos por dentro. Quando passo para tocar os ombros e mergulhar as mãos em seu peito, Sean me empurra de costas. Agarra meus pulsos e os bate na parede. Suspiro meio excitada e meio assustada. Seus olhos de safira, escuros como a noite, deram luz dentro de mim. Sean não pisca. É como se ele esqueceu-se por um momento. A tensão em sua mandíbula desaparece depois de um segundo, e se inclina e pressiona os lábios contra meu pescoço enquanto me prende contra a parede. Eu deixei. Deixei que ele me segurasse lá mesmo que cada grama do meu ser quer lutar para se libertar. Eu odeio sentir-me presa e do jeito que ele pressiona contra meu pescoço e sustenta faz-me sentir como se eu não pudesse me mover. Normalmente eu iria lutar de volta, mas não luto. Eu inclino a cabeça para trás e fecho os olhos, permitindo que o medo e o desejo percorram em de mim, em ondas implacáveis. Chupo em uma respiração irregular e Sean empurra-me mais duro. Eu me pergunto se ele está fazendo isso de propósito, se isso é parte do que ele queria. Quero Sean, todo ele, em todos os termos que eu possa tê-lo. Seus beijos quentes param e observam como extremamente intoxicada me sinto. Meus olhos piscam abertos e olho para Sean. Ele ainda está se inclinando para mim, ainda segurando meus pulsos na parede. Sua voz é rouca, toda ar e calor. — É a sua vez, você não vai me deter? 12 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Dois Sua pergunta me surpreende. Eu posso ouvir a tensão na sua voz, como a ideia de estar comigo nos meus termos assusta o inferno fora dele. Concordo com a cabeça, olhando em seus olhos. — Eu vou levar o que eu quero de você. Espero que você faça o mesmo. Não se segure. Sean está congelado. Por um momento ele não se move. Eu me pergunto o que ele quer fazer, o quanto quer que as coisas caminhem. Flashes de ansiedade aparecem em seu rosto e vão embora. Sean acena com a cabeça uma vez e libera minhas mãos. Elas caem para os meus lados, doloridas. O lugar que ele me segurou queima e minha axila dói. Ele me tira fora do balcão e me leva para a cama. O medo começa a escorrer através de mim. A princípio é pequeno e controlável, depois se transforma em excitação nervosa. Sean me coloca na cama. Estou deitada de costas, olhando para o seu belo rosto. Eu estou com medo. Não sei se posso fazer isso, mas quero. Há um muro entre nós e eu quero que ele venha a desabar. Não, é mais que isso. Eu quero ser tudo para suas necessidades. — Você tem certeza que quer fazer isso? — Sean pergunta. Minha garganta está tão apertada que mal consigo engolir. Concordo com a cabeça. Sena olha para o lado e 13 O Arranjo 7 H. M. Ward passa as mãos pelo cabelo. Ele suspira como se esperasse que eu dissesse que não. Sean fica lá, olhando para mim, perdido em pensamentos. Empurro para cima em meus cotovelos. — Você precisa disso? — seus olhos estão fixos nos meus. Sean concorda. A expressão de seu rosto é tímida e tão diferente dele, mas há algo no fundo de seus olhos, que diz que ele precisa disso como precisa de ar. Sem isso, ele vai perder o que resta de si mesmo. Eu o observo por um momento. Eu quero ser o que ele precisa e confia em tudo. Eu poderia recuar e ele me deixar. Poderia deixá-lo continuar fazendo esses atos com rostos sem nome, mas não posso fazer isso com ele. Ele precisa de mim e eu preciso tanto dele. Minha decisão se solidifica. — Então, eu quero ser a única a dar-lhe isso. Isso vai funcionar uma vez que você me conhece? — gostaria de saber sobre essa parte. Sean já hesitou quando me perguntou. Isso já dizia que não seria a mesma coisa. — Eu acho que descobri uma coisa. Mas, não tem como parar, Avery. Uma vez que começarmos... Eu o interrompi. — Então não pare. Sean quebra o meu olhar e acena. Sua garganta está apertada. Ele engole em seco. — Role. — eu faço o que diz. Sean agarra meus tornozelos e me puxa para baixo, na borda da cama de modo que minhas pernas estão no chão. Ele separa meus tornozelos e amarra cada um ao pé da cama. Eu tento não pensar nisso, mas o pânico está construindo dentro de mim. A outra correia é pior. Ele se inclina duro nas minhas costas, batendo o ar dos meus pulmões quando amarra os pulsos. Em questão de segundos estou limitada à cama, de bruços e não posso me mover. Meu coração bate mais rápido. Eu não posso controlar isso, mas tento. Tomo uma respiração lenta e solto. Sean arruma uma câmara de vídeo sobre a cômoda. Liga e a luz vermelha pisca, me dizendo que está gravando. Eu não gosto disso e me assusta tanto quanto ser amarrada. 14 O Arranjo 7 H. M. Ward — O que você está fazendo? — Você vai ver isso mais tarde. Eu rio, como se isso fosse a coisa mais ridícula que eu já ouvi. — Não, eu não vou. — Você vai. Você vai me implorar para ver isso. — seu olhar está tão escuro, tão intenso. O medo está esmagando dentro de mim. Minha voz treme. — Não, eu não vou. Ele sorri e senta-se ao lado da minha cabeça. — Última chance, Smitty. — Eu não vou parar, Jones. Sean toca meu rosto suavemente. — Tudo bem. Eu verei quando isso acabar. — ele puxa uma venda do bolso. Meu coração explode no peito quando ele amarra nos meus olhos e o mundo fica preto. Faz a claustrofobia pior. Sean sabia disso. Ouço sua voz, mas parece longe. Meu pulso bate mais forte. Sean é delicado neste momento. Eu me pergunto quanto tempo vai ficar desta forma. Sua voz está mais perto quando finalmente registra. — Abra sua boca. Eu faço o que ele pede, não tenho certeza do que esperar. Nervos vibram através do meu estômago, fazendo-me enjoada. Minha mente está gritando comigo, me dizendo que vou morrer. Eu tento ignorar, mas parece que elas estão queimando em minha pele. Não há como esquecer que estou amarrada, mesmo que tente ignorar isso. Respiro pela boca quando sinto o deslizamento da mordaça entre os meus lábios. Ele puxa apertado e o tecido suave fica rente à parte de trás da minha boca. Sean amarra-a com força. A quantidade de tecido na minha boca faz sentir como se não houvesse ar, como se não conseguisse respirar. O pânico surge através de mim, mais forte dessa vez. Mentalmente, eu sei que posso respirar, mas sinto que não posso. Meus músculos contraem, fazendo as tiras puxarem com mais força. Eu não posso atrasar o meu batimento cardíaco. Não posso imaginar um prado e mentalmente fugir para outro lugar. Sean levou todo o medo que tenho e rolou-os juntos. Eu não consigo me acalmar. Ansiedade corre através de mim 15 O Arranjo 7 H. M. Ward em uma avalanche. Eu tento bater e me afastar, mas a única coisa que consigo fazer é movimentar minha cabeça. Sua voz vem atrás de mim. Ele diz algo que eu não consigo ouvir quando o sinto subir minha saia. Suas mãos massageiam minha bunda e ele sente minha pele lisa antes de pressionar seus quadris contra minha bunda. — Acalme-se ou você vai hiperventilar. Você pode respirar Avery. Vá mais devagar. Concentre-se no meu toque, em minhas mãos. O medo está me estrangulando. Eu tento parar, tento fazer o que ele diz. O rugido em meus ouvidos fica muito pior. Odeio ser confinada. Você está presa. Você está presa. Você está presa. As palavras foram se repetindo desde que ele me amarrou. Eu nem percebi que estava pensando, até que tentei me concentrar em seu toque. As palavras soam ocas em minha mente enquanto tento me concentrar em suas mãos. Cada uma delas está ao lado das minhas coxas, deslizando lentamente até o lado de fora da minha perna. Ele deve estar ajoelhado ao meu lado, porque posso sentir sua respiração em minhas pernas. Sean esfrega as mãos para cima e para baixo, um dedo de cada vez. Eu ganho o controle da minha respiração novamente. O pânico se afasta. A única coisa que posso sentir é o medo frio que está congelado no meu estômago e seu toque quente em minha bunda. Algo frio toca o meu quadril e estremeço. Sean arrasta seu dedo sobre o meu quadril, raspando suavemente a pele. É afiado, mas isso não me corta. A ameaça está lá, o fato de que eu estou à sua mercê não está perdido para mim. Eu não confio em ninguém, mas de alguma forma eu me ofereci para ser amarrada à cama de Sean e deixar fazer isso comigo. Ele me ama. O metal bate na minha pele um pouco e vai embora. — Respire. — ordena Sean. Sua mão está sobre minhas costas, esperando por mim para fazer isso. Lentamente, eu inspiro e deixo o ar encher meus pulmões. Eu solto lentamente e faço isso de novo. — Boa menina. Sua mão desapareceu. Eu tento me concentrar na respiração e esquecer todo o resto, mas é difícil. Quero arrancar meus braços para fora das restrições. Linhas de energia nervosa transpassam meus braços e pernas. Isso está derramando em meu 16 O Arranjo 7 H. M. Ward estômago como uma onda. Eu esqueço o que vai acontecer e puxo meus braços. O cabo aperta os quatro apoios. Eu choramingo na mordaça e pisco freneticamente atrás da venda. Por um momento, penso que Sean me deixou amarrada à cama sozinha, mas então eu sinto a mão no meu quadril. Ele desliza a mão sobre minha pele nua e alisa seus polegares ao redor da minha calcinha. Ouço um recorte metálico, depois outra, e o pequeno pedaço de tecido está desaparecido. Estou tão tensa que não sei o que quero. Eu deveria ter perguntado quanto tempo isso levaria. Eu pensei que poderia fazer isso, mas agora não sei. Meu pulso acelera mais forte, mais rápido. Eu mal posso respirar. Minha língua está empurrando a mordaça, tentando ganhar mais espaço na minha boca. A palma quente da sua mão alisa lentamente o V das minhas pernas. No começo mal posso sentir o seu toque, mas quando ele fica mais perto do topo das minhas coxas, eu contorço. Meus quadris puxam para o lado. Ainda estou em meus calcanhares, com meu vestido espalhado ao meu redor puxado para cima, me expondo. Eu não tenho nenhuma ideia do que vai acontecer a seguir, mas de repente, tudo toma um rumo. A mão de Sean cai dura na minha bunda, ardendo minha pele. O golpe inesperado me faz gritar na mordaça. Minhas mãos enrolam em punhos, mas não consigo me mover. Não estou acostumado a ser atingida. Não gosto disso. Meu instinto é bater de volta, mas não consigo. Antes de ter tempo para pensar, o cotovelo de Sean está nas minhas costas. O ar é forçado a sair de meus pulmões ao mesmo tempo em que sua mão agarra a minha boceta. Ele encontra-me rapidamente e força os dedos dentro. Estou seca, não estou pronta para ele. Sean empurra outro dedo, me esticando. Ele empurra e sai rápido, uma e outra vez, enquanto me esforço para respirar. É a pior coisa que ele poderia ter feito. Parece que estou em fogo por dentro e por fora. Minha mente está gritando para lutar com ele, mas não consigo me mover. Ele desliza outro dedo e empurra para dentro, empurrando cada vez mais profundo. Sean me acotovela e chupo em uma respiração afiada, mas assim que eu faço isso, ele bate o vento fora de mim novamente. Seus dedos se movem mais rapidamente entre as minhas pernas, fazendo meu corpo reagir. O calor úmido cobre os dedos, tornando-os 17 O Arranjo 7 H. M. Ward lisos. Ele empurra para dentro de mim até os nós dos dedos, enquanto luto por ar. Segurando sua mão lá por um momento, ele se inclina duro nas minhas costas. Luto para respirar e, de repente, ele puxa para fora e eu posso respirar. Por um momento, a única coisa que posso ouvir é a minha respiração. Em seguida, a porta é aberta. Horror me lava. Alguém está aqui. Sean está falando suavemente e ouço a outra voz. O que ele está fazendo? Espero que o outro homem vá embora, mas ele não vai. Sean diz: — Isso só levará um minuto. Outra voz diz: — Isso é mais do que justo. O medo me consome. Ele vai me compartilhar e não posso me mover. Eu não posso fazer nada. Bato minha cabeça na cama, tentando tirar a venda. Eu grito sob a mordaça e balanço a cabeça. Eu sei que disse que faria qualquer coisa, mas nunca imaginei que ele faria isso. Antes que eu possa pensar, há uma mão na minha bunda e eu ouço um zíper aberto. Pânico sobe dentro de mim. Não é Sean. Ele está de pé na minha frente. Eu ouço sua voz sussurrando no meu ouvido para continuar respirando. Mas, eu não posso. Eu não consigo. Eu não consigo. Medo torce dentro de mim. Eu quero matá-lo. Antes de ter tempo para pensar, eu sinto o comprimento duro do homem. Ele se inclina para mim, empurrando profundamente. Ele suspira e fica parado por um momento antes de começar a balançar. Ele empurra para dentro uma e outra vez, cada vez empurrando mais profundo. Minhas mãos agarram na cama, e cerro os dentes, tentando suportar, quando algo pressiona duro nas minhas costas. É pesado, como uma mala. Isso torna mais difícil para eu respirar. O cara enfia com mais força, mais descontroladamente. Suas mãos agarram minha bunda. Ele me cavalga até que estou tão dolorida que não suporto. Meus joelhos começam a abrir para fora. Ele puxa para fora depois que goza e anda pela sala. Ouço o som de seus sapatos, sua voz. — Ela é apertada. — diz ele. 18 O Arranjo 7 H. M. Ward Ouço Sean concordar e ele retira a coisa que estava nas minhas costas. — Muito. Eles falam, mas não estou ouvindo. Estou pensando em rasgar seu rosto logo que ele me desamarrar. Uma mão bate em meu rosto e me puxa para fora dos meus pensamentos. — Respire. Meu queixo está doendo. Estou mordendo a mordaça tão duro quanto posso. Devo estar segurando a minha respiração, porque sinto meus pulmões como se estivessem em chamas. Eu puxo as restrições, ignorando as advertências de Sean, puxando-as mais e mais. Minhas pernas se abrem mais, e meu rosto está sendo esmagado no colchão, mas não paro. Eu não consigo. Eu tenho que me libertar. Tenho que fazer. Tenho que fazer. A voz de Sean se move através da sala até ficar atrás de mim. Seus dedos empurram para dentro e relaxa. — Empurre na minha mão. — eu não me movo. Ele retira sua mão. Por um momento, nada acontece então sua mão me bate duro. — Faça isso. — ele empurra para dentro de novo e empurro de volta. Eu não posso respirar. Não consigo me mover. Eu não posso fazer isso. Meu corpo está coberto de suor. Meus pulsos doem. Eu sou uma bola de incoerência de raiva e medo. E luxúria. Eu não entendo a última parte. Eu não entendo por que estou molhada ou porque quero que Sean me toque. Não faz sentido, mas meu corpo responde a ele. Eu não consigo evitar. Eu empurro de volta em suas mãos, sentindo-o dentro de mim e eu quero mais. Sean me toca de novo, me acariciando, me fazendo gemer. Não consigo me concentrar por muito tempo. Eu sinto os laços me apertarem. Minha mente pisca para imagens de ser presa em um caixão, presa sob camadas de sujeira. Não consigo me mover. Não tem ar. Eu agarro na cama, mas estou presa. O medo me consome engolindo-me toda. Eu balanço novamente, ou tento, mas não há nenhuma folga. Minhas unhas agarram a cama. Eu não aguento mais. A voz de Sean está no meu ouvido, mas não consigo distinguir. Grito sob a mordaça, mas sei que não acabou. Isto é o que ele queria me ter completamente fora de controle. É o que 19 O Arranjo 7 H. M. Ward estava esperando. Enquanto minha mente se encaixa, ele esfrega o pau na minha bunda. Ele pressiona contra o local errado e estou tão assustada que ele vai tentar foder minha bunda. Eu espero por isso. Ele empurra contra mim mais duro desta vez, mas, no último segundo, ele se desloca. Seus quadris batem no meu e sinto sua ereção em mim. Seus dedos estão emaranhados no meu cabelo. Ele puxa forte, arranca minha cabeça para trás enquanto me fode. Eu me sinto como um animal. Não há amor nas suas ações, nenhum homem no monstro. Ele me cavalga até estremecer e enche-me de gozo. Meu coração está acelerado, pronto para estourar. Sinto-me usada, enganada e completamente louca. Ele me quebrou. Eu não consigo pensar. Minha mente não vai processar nada. Lentamente, pensamentos ressurgem através da neblina. Havia outro homem. Minha mente gira em volta desse pensamento por um momento. Sinto mais consciente, como se eu estivesse acordando. O pânico cego está limpando. Convidar outro cara não fazia parte do plano. Eu nem mesmo sabia quem ele era. Inspiro lentamente, marcando os minutos em meus dedos, esperando ele desatar-me, mas ele não faz. A cama ao meu lado afunda e ouço sua voz no meu ouvido. — Muitas mulheres fantasiam sobre estar com dois homens, mas esse pensamento te assusta. Não vendo seu rosto, sem saber o seu nome. Isso é muito. — seus dedos tocam meu rosto e eu pulo. Ele retira sua mão. — Mas você precisava disso. Você mantém sua mente tão cuidadosamente sob controle, que eu precisava disso. Os nós desatam a venda e eu posso vê-lo. Sean está sem camisa. Sua calça pendura baixo em torno de seus quadris. Ele está deitado de lado ao meu lado, me observando. Ele chega para mim, escovando o cabelo longe dos meus olhos. Estou puxando as restrições tão forte quanto posso. Eu quero gritar para ele, mas ele não me desbloqueia. — O medo é como o amor. Tem as mesmas profundidades, a mesma intensidade. — ele está me observando, correndo o dedo ao longo da minha bochecha. Está preocupado que me empurrou para longe e rápido demais. Sean continua. — Assim como a dor. Você usa a dor do jeito que eu uso o medo para esquecer. — olha para mim 20 O Arranjo 7 H. M. Ward por um momento e, em seguida, sai da cama. Os laços em meus tornozelos são desamarrados em primeiro lugar e, em seguida, os pulsos. Antes que tenha tempo para olhar para cima, eu vôo para ele, rasgando a mordaça longe quando faço isso. Eu bato nele duro, batendo nas suas costas. Ele bate no chão. Antes que ele tenha tempo de piscar, estou nele. Meu joelho está sobre sua garganta, mas não pressiono. Estou tão louca, tão irritada, que manchas vermelhas piscam brilhantes e brancas, como luzes de Natal. — Que porra lhe dá o direito de convidar alguém aqui! Eu disse que estava me dando a você! VOCÊ! — eu quero machucá-lo, quero, mas não posso. Eu espero muito tempo. Sean vê a chance e pega. Ele chega por trás de mim e me derruba. Rola em cima de mim, prendendo-me ao chão com todo o seu corpo. — Era o que eu queria. — ele está tão calmo, uma maldita calma. Eu grito e tento agarrá-lo, mas Sean agarra cada mão e bate-as no chão. Inclinase para perto de mim. — Eu quero você tão quebrada que não possa confiar em si mesma. Eu quero que você dê tudo de si para mim. — Você disse que me amava! Como você pode me compartilhar? — eu ainda estou lutando com ele, tentando me libertar. — Como você pode... — seus lábios desabam sobre os meus antes que eu possa começar a questão. Mas não o beijo de volta. Eu chupo o lábio em minha boca e mordo. Sean se afasta, e uma gota de sangue pinga de seu lábio e no meu rosto. Ele não vai me largar. — Eu te amo. Eu amo tudo sobre você. Não posso acreditar que me mordeu. — ele pisca para mim várias vezes, como se eu fosse estranha. Debato com ele e quase me liberto, mas ele firma em cima de mim, me acalmando. —Avery, não havia mais ninguém. O rugido em meus ouvidos é tão alto. Eu não acho que ouvi direito. — O quê? — Essa é a hora em que você pedirá para ver o vídeo. — observando-me, à espera da racionalidade voltar, mas isso não acontece. Ele explica: — Eu não vou compartilhar 21 O Arranjo 7 H. M. Ward você. Eu nunca vou compartilhar você. Isso fazia parte do que eu queria... você completamente vulnerável a qualquer coisa e tudo o que eu possivelmente poderia desejar... assim te fiz pensar que havia outra pessoa aqui, mas não havia. — Sean para por um segundo e assiste a informações entrar em meu cérebro. — Eu não acho que você é o tipo de garota para dois caras. — eu balancei minha cabeça, olhando-o, perguntando se poderia ser verdade. Meus olhos passam para a mesa de cabeceira... Para a câmera de vídeo. — Você quer assistir isso. Não. Mas tenho que fazer. O bastardo. Ele planejou isso. A coisa toda. Meu queixo está aberto. Eu não o entendo. Eu não sei por que ele me faria pensar isso. Estou tão brava. Eu deveria saber, mas não havia nenhuma maneira de saber, não isso. Ele é tão confuso. Eu resmungo: — Isso foi uma mente fodida. Isso é o que você queria de mim, corpo, mente e alma. Tudo de mim. — Sim. — ele balança a cabeça, lentamente admitindo. — Eu quero tudo de você, em todos os sentidos. Eu quero te possuir. Eu quero que implore para mim, rasteje em suas mãos e joelhos e implore-me para tomá-la. Quero que você se renda à mim, aos meus desejos, e me dê tudo e qualquer coisa. — Você não quer me dar nada. Você só quer tomar. — Talvez. — eu dou-lhe um olhar. — Tudo bem, você está certa. Não é a mesma coisa se não há luta. Quero te derrubar e te fazer minha. Fazendo isso, deixando-me foder com você em todos os sentidos possíveis, e Deus, eu quero isso mais do que qualquer coisa. — ele se inclina e pressiona um leve beijo em meus lábios. Quando ele se senta, Sean solta os meus pulsos. — Assista ao vídeo comigo. Eu quero que você veja. — Sean se levanta e oferece sua mão. Eu pego-a e ele me puxa para ficar em pé. Suas mãos deslizam em volta da minha cintura até que ele encontra o zíper. Ele o puxa para baixo e meu vestido cai de novo no chão. Eu estou de pé na frente dele usando um sutiã preto. Ele abre o fecho. Sean tira o sutiã e joga-o no chão. Estou nua. Seus olhos varrem em cima de mim, antes de me puxar para o sofá do outro lado da sala. Puxa-me para o seu colo e reproduz o 22 O Arranjo 7 H. M. Ward vídeo. Suas mãos vagam enquanto vemos, e eu não posso esconder o quão excitada estou. O que diabos há de errado comigo? Sean não fala muito. Ele só me observa, vendo minha reação. Assisto seus quadris movendo em mim enquanto me fode. Eu achava que era outra pessoa, mas não há ninguém. Há um gravador perto da minha cabeça. Eu não vi isso antes. Sean deve ter colocado depois que me vendou. Meu estômago vira. Assisto ao vídeo e me contorço. O medo é palpável. Eu nunca pensei que faria algo assim. Assistir isso após o fato apenas parece errado, mas não consigo desviar o olhar. Eu deixo escapar: — Eu desejaria que pudesse ter visto seu rosto. — eu me pergunto o que os seus olhos parecem quando faz isso comigo. Eu me pergunto o quanto ele está lá quando está assim. Seu corpo é lindo, coberto por uma camada de suor. Seus músculos tensos quando empurra para dentro de mim. Eu o vejo empurrar uma e outra vez. Sua cabeça pende para trás quando olha para o teto enquanto goza. A tensão rola para fora de suas costas e ele relaxa antes de retirar-se de mim. Deus, isso me excitou. Eu já estou dolorida, mas meu corpo não parece se importar. Sean me observa durante todo o vídeo. Depois que acaba, olho para ele. Não sei o que dizer. Ele está confuso, assim como eu e estou tão excitada. Eu o quero tanto. Sean acaricia minha perna. Encosto-me contra seu peito. Eu fecho meus olhos quando ele me toca lá. Sean esfrega gentilmente, fazendo um redemoinho de luxúria dentro de mim. Eu quero girar e escarranchar nele. Um sorriso se arrasta no meu rosto quando percebo uma coisa, é a minha vez. 23 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Três Eu ainda estou tremendo, ainda no limite do que ele fez para mim. Olho para Sean em seu jeans e pés descalços. Ele mudou em algum ponto e abandonou o terno de antes. Eu não vejo isso no chão. Meu olhar vai até o peito e o abdômen perfeitamente esculpidos. Eu posso fazer o que eu quiser. Esse era o nosso acordo. Estendo minha mão para ele que a pega. Eu o puxo levantando do sofá e ele me acompanha em todo quarto. Sean para de andar. Puxa meu braço e olho para ele. Está tenso, como se eu fosse machucá-lo. — Você pode me dizer o que vamos fazer? Pelo menos me dar uma pista? Sorrio suavemente e balanço a cabeça. Cabelos escuros caem sobre meus ombros. Estou nua e de pé sobre pétalas de rosas na frente da porta do banheiro. Uma fresta de luz brilha através da sala escura. — Eu não vou te machucar. — Eu sei, é só que... — Sean passa os dedos pelo cabelo e, em seguida, para baixo em seu pescoço. Ele se alonga, mostrando o corpo sarado. — Eu não sou bom com essas coisas. — Você está retirando sua parte do acordo, Mr. Jones? Sean sorri para mim cada vez que o chamo assim. Isso evoca memórias da primeira noite quando o conheci. — Não, claro que não, mas... — Então, não se preocupe com isso. Confie em mim um pouco, tudo bem? — sou cautelosa com ele. Por alguma razão, Sean parece frágil, como fosse quebrar em minhas mãos, se eu não tomar cuidado. Eu não quero quebrá-lo. Não o quero em mais dor do que já tem, mas acho que isso vai ajudar. 24 O Arranjo 7 H. M. Ward Começo a falar de coisas... Mel, graduação, enquanto esperamos a banheira encher. Tenho minhas mãos em sua pele, mantendo o contato entre nós. Sean olha desconfiado, mas não foge. Quando desligo a água procuro sua cintura e deslizo o botão através do buraco na calça. Eles afrouxam. Puxo-o para mim e olho em seus olhos. — É tudo ou nada, Ferro. — Eu não vou a lugar nenhum, Stanz. — ele se inclina e pressiona os lábios contra minha testa. O beijo é tão gentil, tão incerto. Isso me faz derreter. Há um lado mais suave que Sean mantém escondido. A única vez que eu vi foi na primeira vez em que estivemos juntos. Talvez tenha sido um acidente, mas hoje eu não estou pedindo para acidentes. Estou pedindo tudo dele. Olhando para baixo, desço o zíper da calça lentamente. Deslizo a roupa fora de suas pernas longas e fortes. Pegando suas mãos, damos passos para a banheira. Sean se senta e olha para mim. Hesito antes de me sentar em frente a ele, o que não era o meu plano original. Ele pergunta. — Qual é o problema? Eu sorrio suavemente. — Nada, apenas cansada, eu acho. — Você disse que não iria mentir para mim, Smitty. — pega meu tornozelo e puxa o meu pé em seu colo. Ele esfrega pequenos círculos na parte inferior do meu calcanhar. — Eu não quero dizer isso. Parece ganancioso e eu tenho o bastante. — Diga-me. — Isso não parece justo. Eu não conheço todos os cantos de sua mente, mas você acha que eu deveria deixar você entrar na minha. — estou na defensiva. Eu não quero compartilhar tudo se ele não vai. Sean sorri. — Já sei o que está incomodando você, só quero ouvir você dizer isso. Sorrio. Não há nenhuma maneira que ele saiba. — É? Então me diga. O que você já sabe? 25 O Arranjo 7 H. M. Ward Sean olha para cima sob cílios escuros. Seus olhos deslizam sobre meu rosto e arrasta no meu pescoço e meus seios que desaparecem sob a água. Quando seu olhar retorna para encontrar os meus, ele diz: — Você quer que eu faça amor com você suavemente e lentamente. Você quer um pedaço meu que ninguém tem acesso. Quer que eu permita e dê-lhe tudo o que quiser. Eu desvio o olhar. Meu coração acelera. Sean lê os meus pensamentos perfeitamente, não falta nada. É o que eu estava pensando, quase palavra por palavra. Assusta-me que ele me conheça tão bem. Eu quero afundar-me abaixo da superfície da água e pedir-lhe para sair. Sean puxa meu tornozelo mais forte dessa vez. Minha bunda escorrega e eu tenho que segurar na banheira antes que deslize para abaixo. O movimento faz com que me esqueça por um segundo e olho para ele. Ele diz: — Você está errada sobre isso, você sabe. Essa parte já se foi. — Não, não estou. — minha voz é um sussurro. Parece que estou afundando e o mar está congelando. Estou me afogando novamente. — Está. Eu continuo tentando dizer-lhe isso. É uma maravilha que eu não vire cinzas quando você me toca. Mal estou respirando, mal vivo. Eu não mereço você, mas você está aqui oferecendo tudo. Eu daria isto para você, Avery, mas... Eu não quero ouvir mais. Sean não parece saber. Se o seu coração se foi, destruiu completamente a forma como ele pensa, então isso não iria incomodá-lo em tudo. Seria chato ou inconveniente, mas não tudo isso. Intimidade o assusta. Eu me movimento na banheira e rastejo em direção a ele. Sean para de falar. Eu coloco a mão em seu ombro e enrolo as pernas em volta da sua cintura antes de me abaixar em seu colo. Seus ombros estão tão duros, tão tensos. Suas mãos encontram minha cintura. Seu toque é suave. Quando olho em seus olhos, digo: — Respire. Sean concorda e toma uma respiração longa e lenta. Seu peito incha sob meus dedos. Eu não vou empurrá-lo longe demais, rápido demais. Eu sei que me sentar frente a frente assim é difícil para ele. Estou supondo que isso o faça lembrar-se de sua 26 O Arranjo 7 H. M. Ward esposa. Talvez seja algo que costumavam fazer e eu estou conjurando fantasmas. Eu não sei. Eu só sei que ele ainda está lá em algum lugar, e da forma como os seus olhos piscam pra vida quando estamos assim, é impossível de perder. Eu paro meus dedos ao longo de seus ombros antes de pegar o sabão. Esfrego entre as palmas das mãos e aperto minha mão em seus ombros levemente. Eu esfrego em círculos lentos, deixando um rastro de espuma quando passo pelo seu corpo com as mãos. Quando termino, dou-lhe o sabonete e ele faz o mesmo comigo, me lava cuidadosamente com toques suaves. Meus olhos se fecham por um segundo quando Sean esfrega as mãos sobre meus seios, abaixo, e pelos lados. O toque é bom, suave, mas firme. Eu sinto-o endurecer debaixo quando ele o faz. Meus olhos ficam abertos. Sean está me observando com lábios entreabertos, respirando um pouco forte. Eu me inclino para frente e pressiono um beijo em seus lábios. Suas mãos escorregam para fora da água até a minha volta, sentindo as curvas do meu corpo. Eu me inclino para frente, movendo os quadris e o beijo. Quando mexo em seu colo novamente, ele está muito duro. Sean me move em seu colo para alinhar perfeitamente, e em seguida, empurra para dentro de mim. É uma sensação completamente diferente de antes, quando tinha me amarrado. Aquilo foi frenético, mas isso me faz sentir inebriada, como um feliz zumbido, mas muito mais. Suas mãos passam pelas minhas costas e aperta minha bunda. Ele empurra-me suavemente fazendo o chapinhar na água da banheira. Seus olhos estão presos nos meus. É tão bom e meu corpo quer a libertação que tanto precisa, mas não cedo às sensações. Em vez disso, eu me solto dele. Ele parece surpreso. — Avery? Fico em pé e ofereço minha mão. Sean a pega e permanece parado. Água rola de seu belo corpo em cascata de volta para a banheira. Eu o pego em meus braços e puxo-o contra mim. Sean me envolve em seus braços e mantém-se firme. Nós ficamos assim. Tenho medo de deixar ir, mas Sean faz isso, então não preciso fazer. Ele me arrasta em seus braços. — Eu gostaria de poder te salvar. Não é que eu não quero... 27 O Arranjo 7 H. M. Ward — Eu sei o que você quer dizer. Nossos olhos travam e o mundo para. Por um momento, parece que está tudo bem, que tudo vai dar certo. Talvez eu seja ingênua, porque mesmo pensar em algo como isso é insano. Digo a Sean onde nos levar. Ele sai do banheiro e vai para a cama. Ainda estou úmida, então quando ele me enrola no lençol. Eu bato levemente o local perto de mim. Ele se deita. Estamos nariz com nariz. Enfio meus dedos em seus cabelos e brinco com os cachos na nuca de seu pescoço. Estamos em silêncio por um tempo, então ele fala. Sua voz é suave. — Você me surpreende Avery Stanz. Eu sorrio sonolenta. — Da mesma forma, Sean Ferro. Parece que somos opostos, não é mesmo? Quero dizer, você gosta de coisas cem por cento diferentes do meu ponto de vista, quando o assunto é sexo de qualquer maneira. Ele sorri. — E provavelmente entre outras coisas também. Você não se transformou em uma pedra. Eu sim. Nós somos tão diferentes... — E mesmo assim iguais. Sean pressiona a testa na minha. — Eu amo você, Avery. — ele me toma em seus braços, embalando-me e eu adormeço. Quando eu sonho, é ainda o mar e não me puxa. Há um raio de sol perfurando através do vasto céu cinzento e eu finalmente sinto um pouco de paz. 28 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Quatro Abri meus olhos tentando focar. Olho em volta e sinto que alguém está me observando. Eu pisco, tentando espantar o sono. Dois olhos azuis estão presos nos meus. — Ei, amante. — Sean diz, enquanto acaricia a minha bochecha com as costas da mão. Ele parece que está acordado há um tempo. Eu sorrio sonolenta para ele. — Não me chame assim. — é uma sensação muito íntima. Acho que é verdade, em uma espécie de forma factual, mas ele me comprou. Não é a mesma coisa. — Então do que devo chamá-la? — seus dedos fazem cócegas na minha bochecha. — Eu realmente gosto de menina do carro spray. Esse é o meu favorito. — É um pouco grande para dizer na cama. — Sean sorri. — Algo mais curto, talvez? Gatinha? — eu tremo e faço uma careta. — Sexy? — Esse pode ficar. Continue trabalhando nisso. — seu peito está nu. Ele está apoiado de lado com o cotovelo. Sua cabeça repousa sobre sua mão. Isso faz com que os músculos do peito pareçam tão perfeitos. Eu quero tocá-lo e deslizar os dedos sobre cada músculo e curva dura. Quero memorizar seu corpo, mas eu hesito. Eu não quero estragar o que temos. Sean nota que estou olhando para seu peito. — Algumas meninas ficariam ofendidas com isso. Meus olhos agitam até seu rosto. — O quê? — Meus olhos estão aqui em cima. — brinca. Sorrio. — Você é um... — Um o quê? Eu sei que você gosta do que vê. Estou apenas falando o que vejo. Eu dou-lhe um olhar misterioso. É como se ele tivesse incorporado Mel. 29 O Arranjo 7 H. M. Ward — Você é tão... — Tão incrivelmente atraído por você. Sim, eu sou. — ele sorri calorosamente e continua traçando as curvas suaves do meu rosto. Primeiro o dedo arrasta sobre meu queixo e, em seguida, até a minha bochecha. Isso faz um mergulho no estômago. Eu amo seu toque. Nunca vou ter o suficiente dele. — A propósito é ainda sua vez. — É? — ele balança a cabeça. — Mas, eu adormeci e é um novo dia. — Então, isso não muda as coisas. Você tinha mais em mente, e eu percebi isso. Hoje o dia é seu. Faremos tudo o que quiser. E a noite é minha. — Sean se inclina e beija o lado do meu rosto suavemente. Isso me faz querer gritar. Minha mente começa a desviar e logo estou revivendo o que ele fez para mim na noite passada. E não sei se posso fazer isso de novo, e duvido que ele queira fazer a mesma coisa. — O que está acontecendo na sua cabeça? Eu conheço esse olhar. Diga-me, Avery. Olho para ele e balanço minha cabeça. — Nada. — minto, sou uma péssima mentirosa. Eu olho para longe dele e enrolo o lençol entre os dedos. Sean chega mais perto. Pressiona seu corpo nu ao meu lado. Quando olho para o seu rosto não consigo respirar. — Diga-me, menina do carro spray. Isso me faz rir. Sean sabe como puxar as cordas do meu coração. Gostaria de saber se ele está jogando comigo, porque ele poderia. Seria fácil para ele. A maneira como sabe sobre o que me faz vibrar, e, em seguida, manipular isso, ele poderia ser o meu melhor amigo ou o meu pior inimigo. Isso me assusta, ele me assusta. Fico quieta por muito tempo. — Um segredo de um segredo? — ele pergunta. Isso me surpreende. Olho para ele e posso dizer que está sério. Talvez por estar me tocando. É muito fácil para ele pescar os pensamentos da minha cabeça, mas não consigo transmitir isso e ele sabe. — Tudo bem. Pergunte-me novamente. — O que você está pensando? 30 O Arranjo 7 H. M. Ward Engoli o caroço na minha garganta. Olhando para baixo nos lençois em minhas mãos, digo: — Ontem à noite, quando fizemos as coisas à sua maneira... foi quase além de mim. Quer dizer, não sei se eu poderia fazer isso de novo. — Sean está quieto. Eu sinto seu olhar no lado do meu rosto, mas ele não diz nada. — Eu gostaria de poder apenas dar-lhe o que quiser. Eu gostaria você sabe. — eu olho-o sob meus cílios. — Eu sei. — ele respira. — Mas não é algo para dar. É algo a ser tomado. Eu não tenho certeza que você entende o que é, ou o que significa para mim você se oferecer assim... e você permaneceu comigo. — Sean pega a minha mão e aperta-o contra o peito. Sinto seu coração acelerado sob a palma da mão. Quanto mais tempo a minha mão está lá, mais rápido corre. — Isso é o que você faz para mim. Pode sentir isso? Você sabe o que isso significa não é? Não tenho certeza. Sua pele está tão quente, tão suave, mas a batida frenética de seu coração está errada. Eu olho para o rosto dele e vejo isso. Tudo o que está tentando esconder, o quanto eu o assusto, o quanto ele quer fugir de mim e nunca mais voltar. Mas algo o prende aqui. Sean não quer sair. Seu coração parece que vai explodir sob minha mão. Abaixo meu olhar para o peito e levanto a palma da mão, deixando apenas um dedo. — Você está com medo de mim. Ele fica quieto. Ele não quer contrariar as minhas palavras. Ao contrário, ele olha para o dedo. O coração continua a correr como se estivesse fugindo de um urso raivoso. Eu não sei o que fazer. Meu pulso acelera mais. Engulo em seco e inclino-me para pressionar os meus lábios no seu coração. Sean endurece, como se eu estivesse indo para esfaqueá-lo. Eu paro antes que meus lábios toquem sua pele. Respiro por um momento e decido que não posso fazer isso com ele, ainda não. Essas coisas virão por conta própria, dado tempo suficiente. Mas não há tempo. Nós temos hoje e depois vou para Henry. Depois disso Black vai contratar-me para outra pessoa. Eu me sinto tão rasgada. A indecisão me congela no lugar. É quando Sean chega para mim. Ele desliza os dedos sobre a lateral do meu 31 O Arranjo 7 H. M. Ward rosto e na parte de trás do meu pescoço. Toma a decisão por mim me puxando para frente dando um suspiro. Minha boca toca sua pele. Seu corpo endurece como se eu o estivesse machucando, mas sua mão fica no meu pescoço me incentivando a beijá-lo do jeito que eu quiser. Quero beijar seu peito ao longo do coração, então faço isso. Meus lábios escovam contra a sua pele, uma vez, duas vezes e então pressiono mais duramente. Meus lábios se partem e toco minha língua contra ele, quando pressiono meus lábios contra o peito. Eu fico ali por um momento, demorando-me, querendo mais quando eu me afasto. Olho para Sean. Ele está respirando tão forte, tão irregular. Uma pergunta surge em minha mente e não posso afastá-la. Eu tenho que perguntar, tenho que saber. — Por que estamos fazendo isso? — minha pergunta o surpreende. — Parece que estamos torturando um ao outro. — Não vai ser assim para sempre. — Não vai? Ele balança a cabeça. — Vamos nos adaptar um ao outro, dando tempo suficiente. Podemos até aprender a apreciar isso. Será que vai haver mais tempo, Avery? Você ainda vai estar aqui, ao meu lado. Você decidiu ficar? Eu quero jogar meus braços em volta dele e dizer que sim, mas não posso. Não é que eu não o ame, eu amo. É Black. É uma curta distância da capacidade de me sustentar. Eu não vou ter essa chance de volta. Se as coisas não derem certo com Sean, não vou ter nada. Além disso, não posso aceitar dinheiro dele assim. Meu cérebro quebrado está tudo bem com sendo pago para fazer sexo, mas recebendo dinheiro só porque sou sua namorada parece errado. Sou vaga. — Ou seja, dois segredos e eu não tenho sequer chegado a um ainda. Ele sorri: — Pergunte. 32 O Arranjo 7 H. M. Ward Quero saber o que aconteceu com a sua esposa. Eu quero saber por que é tão escuro e atormentado. Quero saber que parte está tão mal, mas eu não posso fazer essa pergunta. Não posso tirar isso dele. Sean tem que me dar. Olho para ele e vejo o nascer do sol através do céu cinzento. Pequenos pedaços de brilho flutuam suavemente pela janela e eu sorrio. Uma questão diferente aparece em minha mente. — Qual é a sua coisa favorita para fazer na neve? Ele pisca como se estivesse me ouvido errado. Rindo, pergunta: — O quê? — Você me ouviu, Ferro. Patinação no gelo, esqui, trenó ou o quê? — Desculpe, eu esperava que você perguntasse outra coisa. — ele sorri o mais doce sorriso torto que eu já vi. Faz uma covinha aparecer em seu rosto. Eu resisto à vontade de lambê-lo e espero por sua resposta. — Trenó, eu suponho. — Nós podemos fazer qualquer coisa que eu quiser, certo? — ele balança a cabeça. — Então eu quero te levar no trenó. Quero fazer algo que te faça rir. Eu quero ver este pequeno sorriso peculiar em seus lábios durante todo o dia. Quero ir para Cardiac Hill com você e fazer um boneco de neve em um tobogã. O que você diz Jones? Você está pronto para isso? — enquanto falo, empurro-me na cama. No momento que termino de falar, estou ajoelhada e praticamente pulando para cima e para baixo. Eu posso ver a cidade depois de sentar-me. A neve está presa. Isso significa que Long Island deve estar sob uma camada de branco. Estou tão tonta e animada que eu não lembro que estou nua. O olhar de Sean me devora quando faço a minha dancinha feliz em meus joelhos. — O inferno, Smitty. Eu vou fazer o que você quiser, mas se continuar a saltar assim vou ter o meu caminho com você em primeiro lugar. Eu congelo. Meu queixo cai aberto. Minhas mãos cobrem meus seios e dou um sorriso radiante. Sean fecha os olhos e sorri. — Você não acabou de fazer isso. Agora, eu tenho que ter você. — ele empurra até os joelhos e se move em minha direção. Tomando-me em seus braços, pressiona seu 33 O Arranjo 7 H. M. Ward corpo duro contra o meu. — Faça amor comigo, Avery. Por favor. Não me faça esperar até hoje à noite. Vertiginosas explosões de exultação aparecem no meu rosto, e então eu faço o que ele pede. 34 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Cinco Sean deixa-me demorar no chuveiro. Estou dolorida, mas de um jeito bom. Ele me faz sorrir. Enxáguo, saio do chuveiro e pego uma toalha. Eu esfrego uma escova no meu cabelo com o secador e, em seguida, puxo-o para trás em um rabo de cavalo alto. Eu trouxe uma bolsa porque Sean pediu-me para dois dias. Procuro em volta e pego um par de calças jeans surradas, meias grossas e uma camiseta de grandes dimensões. Estou tão confortável. Miss Black teria um acidente vascular cerebral se soubesse o que eu estava vestindo. Está completamente errado para uma menina do meu calibre. Além disso, ela não está aqui e eu duvido que as outras garotas de programa saiam com seus clientes para passear de trenó. Eu preciso ligar-lhe e obter permissão para sair do hotel, logo que eu estiver pronta para ir. Quando sai do banheiro fui atingida com o cheiro de bacon e café. Olho ao redor como um cão faminto, seguindo o meu nariz para o outro lado da cama. Há uma bandeja com tampas de prata sobre vários pratos. Eu olho em volta, querendo saber onde Sean está quando espreito debaixo de uma bandeja e roubo uma fatia de bacon. Sinto uma brisa fria meu rosto, fazendo-me virar. As portas da varanda estão abertas em uma fresta. Eu ando mais devagar. Sean está do lado de fora, o telefone na mão, conversando com alguém. Sorrio em suas costas. Eu não posso esperar para envolver meus braços em volta dele e descer a colina louca no trenó. Estou pensando em rir como uma maníaca e provavelmente cair do trenó algumas vezes também. Quando ando em direção à porta, a voz de Sean se torna mais clara. — Não, eu não vou. Você está por sua conta, Pete. Eu tenho problemas suficientes. Lide com isso sozinho. — ele fica quieto por um momento. Sean inclina a cabeça e esfrega suas têmporas. Quem está falando o está forçando seriamente. A pequena veia no lado de sua cabeça está latejando. Eu quero saber quem é ou o que eles querem. Sean nunca deixa ninguém chegar até ele qualquer coisa. Mesmo quando 35 O Arranjo 7 H. M. Ward estava à mesa com Henry, Sean foi tão legal e atencioso. Eu não tinha ideia de como ele era ciumento até mais tarde. Eu sei que não deveria ouvir que deveria me afastar, mas não consigo. Isto parece pessoal e Sean joga suas cartas perto de seu peito. Eu quero um vislumbre dele. Eu preciso disso. Chego mais perto. Ele balança a cabeça e puxa o casaco fechado. Flocos de neve se mantêm no cabelo escuro e nos ombros do casaco. — Você está cometendo um erro. Pare de rir, inútil pedaço de merda, e eu tenho todo o direito de dizer isso. Eu sei tudo bem. Você não quer ter nada a ver com essa merda e se você for pego, bem, eu estive lá. Não estou te ajudando. Se você quiser isso, você vai ter sem mim. — Sean balança a cabeça, irritado e termina a ligação. Quando se vira, ele me vê através do vidro. — Avery. — sua voz está tensa, como estivesse com medo do que eu ouvi. Empurro as portas abertas sobre o batente da porta. Uma rajada de vento frio me bate no rosto. Dobrando os braços sobre o peito, eu pergunto: — Quem é Pete? — Ninguém importante. — ele olha para o nosso café da manhã. — Será que você comeu? — Não, ainda não. — fico olhando para ele. Mentiroso. Pete é alguém muito importante. Está escrito no seu rosto. — Você pode me dizer coisas, sabe. Eu não vou partilhar os seus segredos. Na verdade, é parte do que faz com que todo esse arranjo seja menos estranho e mais normal. Você sabe que pode me dizer algo que te incomoda e eu te dizer uma coisa que me irrita. Sean não pisca. Ele não desvia o olhar ou vai dar desculpas. A neve continua a cair do céu, enquanto nós dois estamos tendo uma competição de encarar como duas crianças de cinco anos de idade. Sean finalmente sorri e olha para longe. — Tudo bem, eu vou te dizer, mas vamos lá para dentro. Eu posso ouvir seu estômago roncando daqui. 36 O Arranjo 7 H. M. Ward Horror lava o meu rosto. Minha barriga estava resmungando desde que senti o cheiro da comida. Eu não acho que ele conseguia ouvir, não com o barulho da rua. Sean ri e coloca o braço por cima do meu ombro enquanto me puxa para dentro. — Você é tão bonita, tão absolutamente adorável. Você também é uma terrível bisbilhoteira. — ele me vira na frente dele e beija a ponta do meu nariz. Então, esmaga minha bunda, me empurrando em direção a comida enquanto fecha as portas e retira seu casaco. Sean já está vestido. Ele está usando uma camiseta azul que tem um encaixe perfeito com uma calça jeans e botas de motociclista. — Eu não estava bisbilhotando. Você pediu comida e depois não estava por perto. Não é como se fosse comê-la sem você. — Sean olha para mim e levanta uma sobrancelha enquanto levanta a tampa do bacon. A comida foi mexida. — Ok, eu comi isso. — Eu vejo. — ele ri e me puxa para o sofá. Ele pega um prato e um pouco de café. E senta-se ao meu lado e pega um pedaço de bacon do meu prato. Enquanto come, ele fala. — Esse era o meu irmão. Ele queria me ver. Eu lhe disse que não. — Por quê? — estou chocada. Eu não esperava que me dissesse nada. Lembro-me dele dizendo algo sobre um irmão, mas Sean nunca fala sobre ele. — Quero dizer, o que há de tão ruim vê-lo? — Se eu vê-lo vou ceder. Você pode pensar que sou um idiota insensível. — Sua bunda1 não é insensível. — eu pisco para ele e brindo a minha caneca de café com a dele. Sean sorri novamente. É uma coisa tão grande, fazer o homem sorrir. — Estou feliz que você reparou. — ele pisca para mim e então o olhar pensativo retorna ao seu rosto. — O que você acha que eu devo fazer? — puta merda. Ele realmente está me pedindo conselhos? Congelo com meu copo aos meus lábios. Eu baixo-o e pergunto: —Isso é um truque? — O quê? — ele ri. 1 Trocadilho feito com a palavra ass que pode tanto significar idiota como bunda. 37 O Arranjo 7 H. M. Ward — Parece apenas uma enorme coincidência, isso é tudo. Eu lhe pergunto sobre coisas pessoais, não para que eu diga que você faça alguma coisa. Isso se encaixa com o seu tipo de louco, não? Sean pressiona os lábios muito fortes. Seus ombros começam a tremer, enquanto ele tenta não rir, mas faz um trabalho horrível. — Meu tipo de louco? — Louco, louco. — eu corrigi. — Extremamente louco à segunda potência. Completamente insano. Louco, louco. — Sim, eu não estou dizendo sempre, mas sim. — Sean começa a rir de novo. Eu reviro os olhos e saboreio meu café como uma adulta. — Parecia uma questão lógica. — A lógica deixou esta conversa há um tempo. — Sean enxuga uma lágrima no canto do olho. Eu posso ver linhas de risos antigos em seu rosto. Ele deve ter ficado feliz em algum momento. As linhas finas ao redor dos cantos dos olhos e da boca são lembranças fantasmagóricas do homem que ele costumava ser. Eu me pergunto se ele ainda existe. Às vezes me sinto tão perdida, como se fosse tão longe que nunca vou ser feliz novamente. Então, coisas como estas acontecem e Sean está rindo mais do que eu achava possível. — Cale a boca, louco, louco e me conte sobre o seu irmão. — bato seu ombro com o meu e termino a comida no meu prato. — Pete sumiu da face da terra um tempo atrás, cortou todo o contato. Ele estava passando por algumas coisas. Eu entendo isso, então não tentei encontrá-lo. Às vezes, você tem que resolver as coisas por conta própria. De qualquer forma, ele queria vir me ver. Está perguntando sobre coisas que não deveria. Eu não quero que ele faça o que está pensando em fazer. Vai foder com ele de novo. — O que ele quer? — A arma. — seus olhos estão vidrados. Ele está perdido em uma memória. A arma? Os pelos do meu braço arrepiam como um mau presságio. Eu quero o que é melhor para Sean e ele está muito isolado. Ao mesmo tempo... é seu irmão. — Ele não vai conseguir uma de alguém se você não ajudá-lo? 38 O Arranjo 7 H. M. Ward — Talvez. — Sean olha para mim. — Você acha que eu deveria vê-lo? Concordo com a cabeça. — Sim, eu acho. Ele precisa de você. Talvez realmente não queira uma arma, talvez só queira sua ajuda. Sean considera o que eu disse. Quando olha para mim, ele diz: — Venha comigo. Certifique-se de que eu não dou a ele. Concordo com a cabeça. Parte de mim se pergunta por que Sean tem uma arma e porque seu irmão não consegue com outra pessoa. Por que tentar conseguir de Sean? Eu não sei muito sobre a sua família, só que Sean é distante deles. Conversar com o seu irmão é um grande negócio. Espero que esteja incentivando a coisa certa. Eu só acho que ele não deveria estar sozinho. Viver a vida assim é muito, muito difícil. Perguntas circulam em minha mente, sobre ele e sua família. — Sean? — Sim, bebê? — ele está perdido em seus pensamentos. Esfrega as mãos sobre o rosto e olha para mim. — Será que você vai ser capaz de me dizer o que aconteceu? — eu não digo o resto. Não consigo obter as palavras. Ele não os matou, não há nenhuma maneira. Nossos olhos bloqueiam e a dor que eu despertei é visível em seus olhos. Eu quero segurá-lo em meus braços e tirar tudo. Não tenho nenhuma ideia do que aqueles olhos azuis viram, o que viveu, mas ele não é o monstro que pensa que é, ele só não é. Sean quebra o olhar e olha para longe. Depois de um momento, ele diz: — Algum dia, Avery. Só, não agora. Este era para ser o seu dia. Eu tenho um dia para conquistá-la e puxá-la para longe de Black. Eu sinto que estou perdendo isso. — Você não vai desperdiçar. — eu coloco minha mão em seu joelho e me inclino para ele. Sean coloca seu braço sobre minhas costas e me puxa para perto. — A arma tem algo a ver com a morte dela, não é? Sean concorda. É quase imperceptível. — Eu não disse uma palavra sobre qualquer coisa a qualquer um. Falando sobre isso é como enfiar farpas nos meus olhos. Eu não aguento mais. Isso arrasta tudo, que tão difícil estou tentando esquecer. Minha vida acabou naquela noite. Eu não ligo para 39 O Arranjo 7 H. M. Ward o que eles queriam fazer para mim. — ele pisca e olha para frente quando seus olhos reabrem. — Havia muito sangue. As pessoas não cometem erros como esse... Eu aperto-lhe o braço para silenciá-lo. Eu sinto quão frágil ele está, como um pedaço de corda desfiada com apenas alguns fios deixados. Sean se inclina para mim e eu envolvo meus braços em volta dele. Ele me permite. Todas as vezes que o toco ele está tenso. Não desta vez. Depois de um momento, ele se afasta. — Onde você está indo? — eu pergunto. — Estou convidando Pete para jantar. 40 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Seis — Não. — a voz de Miss Black é firme. Eu liguei para lhe dizer que estamos saindo do hotel por um tempo. — Eu proíbo Avery. Se você sair, Gabe vai fazer você se arrepender. — Então, estou presa aqui até domingo de manhã? — Sim, isso foi escrito em seu contrato. Estava explícito. O Sr. Ferro tem a sua posse até aquele momento. Você deve fazer o que ele pede com a condição de permanecer no mesmo local. Eu não posso ter você passeando por toda Nova York e ainda protegê-la. Como eu faria isso? — Gabe nos conduzi. — eu ofereço. Sean está me vendo enquanto falo com Black. Ele faz uma careta, como se fosse uma péssima ideia. — Não, fique no hotel com o Sr. Ferro. Essa conversa acabou. — ela ficou irritada. Parece que tenho um talento especial para chateá-la. A linha cai antes que possa dizer outra palavra. — Ela desligou na minha cara! Sean se aproxima e desliza as mãos em volta da minha cintura. Ele se inclina e beija meu pescoço. — Nós poderíamos ir para a cama. — Não, ainda não. Isso é importante, Sean. — eu agarro minhas têmporas, tentando afastar a dor de cabeça que está crescendo por trás dos meus olhos. É importante porque isso o libertará, eu sei que vai. É a única conexão que eu posso fazer. 41 O Arranjo 7 H. M. Ward Sean é diferente quando se esquece, quando faz coisas que ele não tinha feito antes. O trenó vai levá-lo de volta, antes de ser casado, antes de sua vida virar merda. Eu quero dar isso a ele, quero que ele faça isso tão seriamente, que não consigo imaginar ficar neste quarto o dia todo, atormentando-o com os meus toques. Eu quero gritar. Sean segura meus pulsos e puxa minhas mãos do meu rosto. — Eu vou cuidar disso. Você vai pedir cobertores e duas garrafas térmicas de chocolate quente. — Mas... — Faça isso. — ordena e aperta a minha bunda enquanto me empurra. — Ela não vai ouvir o que você quer. — eu amuo e caminho para o telefone ao lado do sofá. Sean me dá um sorriso malicioso antes de sair para a varanda. Fica lá por um tempo. Quando entra de novo, ele escova a neve fora de seus ombros e sorri para mim. — Concluído. Pegue seu casaco e vamos embora. — e caminha em direção à porta, retirando a camiseta úmida. Inclino-me para frente, olhando para seu peito. Ele sorri para mim antes de pegar outra camiseta preta. — Fico feliz que você goste. Eu gosto. Ele é pura gostosura quando está seminu e sorridente como se fosse dono do mundo. Não consigo entender como ele conseguiu fazer Black concordar. Ela soou como se quisesse arrancar minha cabeça. — Como você...? Sean me empurra para a porta. — O dinheiro fala Avery. Eu contratei esse bandido que dirige para você. Ele estará aqui em poucos minutos com trenós. Eu tenho que dizer que este é o negócio mais estranho que já fiz. Eu só contratei um cara para chutar a minha bunda se eu não conseguir tirar as mãos de você. Ou dobrar seu pagamento se ele levar muito tempo para me dar um soco? Ou devo apenas provocá-lo o inferno o tempo todo? — Gabe te odeia. Isso é um plano muito ruim. Sean beija minha testa e acrescenta: — Todo mundo me odeia, querida. Você é uma exceção deliciosa. 42 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Sete Sean faz Gabe me comprar um casaco, enquanto esperamos no carro. Toda vez que vejo os olhos do cara no espelho, vergonha lava no meu rosto. Gabe acha que eu sou uma idiota. Ele observa-me sentada ao lado de Sean e vê através de mim. Gabe sabe como ferida fico quando estou com Sean. Gabe tem uma careta natural gravado em seu rosto. Acho que ele pode atirar Sean ao inferno. Gabe para o carro e olha para Sean, como ele não deveria nos deixar em paz. —Eu vou ficar bem. — digo a ele. Sean me corta. — Ela vai ficar congelada se você não trouxer o casaco. — Não roube meu carro. — Gabe murmura. — Eu poderia comprar uma frota deles, velho. Suas preocupações são em vão. — Sean sorri para Gabe, e depois a porta bate na cara dele. — Bem, não é encantador? — Ouvi dizer que você gosta de homens mal-humorados. — Eu gosto de homens que não irritam Gabe. Eu gosto de homens que mantêm suas belas cabeças em seus ombros. — Você acha que ele poderia me bater? — olha surpreso. Gabe é um bruto, mas Sean é mais jovem. — Eu acho que Gabe poderia bater em você e jogá-lo no porta-malas, sim. Então pare de tentar irritá-lo. A única razão pela qual ele entrou é porque está querendo que eu vista um casaco, também. — Awh, ele gosta de você! O velho Gabe tem uma queda pela minha garota. — Sean sorri amplamente. Eu reviro os olhos e sorrio. 43 O Arranjo 7 H. M. Ward — Você é tão estúpido. — Provavelmente. Ok, definitivamente. Especialmente quando se trata de você. Você me deixa louco. Uma risada escapa da minha garganta. Eu tapo minhas mãos sobre minha boca e viro para olhar para ele. Eu começo a gargalhar quando vejo o sorriso em seu rosto. —Fazer você rir é muito fácil. Avery. — eu continuo a rir e inclino-me para ele. — Então, quais são as chances que eu tenho para mantê-la depois de tudo isso acabar? Eu sorrio para ele. Eu quero dizer que sim, mas não posso. Ainda não. — Eu não sei, Sean. O que vamos dizer quando as pessoas perguntarem como nos conhecemos? — Nós dizemos a eles a verdade, que nos conhecemos em Deer Park Avenue quando algum idiota roubou seu carro. Ninguém precisa saber de mais nada. — Você não tem medo que eles possam descobrir? Sean me dá um olhar estranho. — Quem? A imprensa? Minha mãe? De quem estamos falando, Avery? Não é como se comprar uma prostituta fosse arruinar a minha reputação. O sorriso desliza do meu rosto. — Há uma linha tênue entre realidade e ficção. Você não quer saber de que lado você está fazendo nessa pergunta? Eu fiz coisas que não posso desfazer. Não importa o que você faça, sempre vou ser a pessoa que foi comprada e vendida, não interessa se estava perdida. Ninguém vai desculpar, como sempre. — Nós não precisamos de ninguém para perdoar qualquer coisa, Avery. Se você quiser estar comigo. Somente comigo. — eu olho em seus olhos azuis deslumbrantes. — Eu queria que fosse assim tão simples. — É. — Não, não é. Eu preciso deste emprego, mas não quero isso. Preciso de dinheiro para viver, mas... — Eu vou te dar isso... — Mas o que isso faz de mim, Sean? Eu vou passar de sua prostituta para ser sua... o que... garota de programa privada? Tiro seu dinheiro, em vez de Black? Isso não 44 O Arranjo 7 H. M. Ward está certo. — parece errado. Eu olho para fora da janela. Eu quero um relacionamento real. Sou gananciosa, mas quero as coisas do jeito que eu quiser. Quero trabalhar em um escritório e poder pagar minhas contas. Eu quero ser capaz de ir a um encontro com Sean e não ter que me preocupar, se ou não, preciso foder o cara sentado ao nosso lado no dia seguinte. Quero normalidade, mas a minha vida é tudo, menos normal. — Avery... — Sean abaixa a voz antes que diga outra coisa. Eu olho para cima e vejo o porque. Gabe está do lado de fora da minha porta com uma bolsa de roupas. Bate, e abre a porta. — Senhorita Stanz, seu casaco. — ele abre o zíper do saco e retira o casaco do cabide. Eu sorrio quando vejo o que ele escolheu. É uma jaqueta azul com uma faixa reflexiva púrpura sobre os ombros e para baixo dos braços. Ele segura-o e eu o coloco. —Ele serve. — e isso é bom. Eu puxar para cima o colarinho e aconchego nele. Droga é macio. Olho para baixo no preço e meus olhos saltam da minha cabeça. — Eu não posso usar isso! Custou mais do que meu carro! — Sr. Ferro comprou. Grite com ele. — Gabe se inclina para dizer alguma coisa, mas pensa melhor. Ele pega a maçaneta da porta e gesticula para eu entrar. Depois de me sentar ao lado de Sean, Gabe fecha a porta, bato no peito de Sean com as palmas das minhas mãos. — Você me comprou um casaco de $ 1.200? Que diabos, Ferro? Sean ri e me empurra de volta. Gabe fez um barulho na parte de trás de sua garganta, como um aviso. Sean ignora. — Sim, eu disse a ele para pegar algo que era tão suave e roxo que você não poderia resistir. É mais azul do que roxo, apesar de tudo. Você poderia reclamar com o velho. — Sean olha para Gabe. Gabe segura o volante mais apertado e range os dentes. Eu dou uma tapa no braço de Sean, então ele para de insultar Gabe. — Sean, você não pode me comprar coisas como esta. — Mas eu quero. — Mas você não pode. É muito. Você consertou meu carro e eu não disse nada, mas isso... 45 O Arranjo 7 H. M. Ward — É quase o suficiente. Eu sei. Eu vou comprar mais coisas. — Sean. — advirto. — Avery. — ele sorri para mim. Ele está amando isso. Deixei escapar uma onda de ar e olho para ele com o canto do meu olho. —Discutir com você é inútil, não é? — ele balança a cabeça. — Você sabe que eu não vou usá-lo, certo? Eu ainda vou andar por aí a maioria dos dias sem casaco. — Eu entendo. — ainda sorrindo. Ele está usando aquele sorriso maroto. — Então isso é um desperdício de dinheiro... —Nada é um desperdício para você. Pare de arrumar confusão e diga obrigada. — Não. — faço beicinho e cruzo os braços sobre o peito do meu casaco inchado. Não consigo encontrar meus seios sob esta coisa. Eu empurro para baixo, tentando descobrir onde meus braços cruzados deveriam ir. Sean arqueia uma sobrancelha para mim. — Não? Será que você me disse não? — ele sorri e se inclina para mim, para o banco com o seu corpo prendendo, enquanto suas mãos encontram o seu caminho sob as minhas roupas para a minha pele, então ele faz cócegas. Seus dedos se movem na quantidade perfeita. Faz me ziguezaguear e eu grito. Acho que Gabe vai nos matar quando eu deslizo para fora do assento e caio no chão, mas ele não diz nada. Na verdade, ele levanta o divisor. Sean me puxa para cima do banco e desliza a mão por baixo do casaco e, em seguida, sob a minha camiseta. Seus olhos estão fixos nos meus, enquanto sua mão desliza para cima ao longo da minha cintura ao meu lado. Ele diminui conforme se aproxima do meu peito e escova a pele nua. Seus olhos ampliam. — Onde está seu sutiã, senhorita Smith? — Eu realmente não sei, Sr. Jones. Eu não encontrei esta manhã, então não estou usando. Um olhar de pura luxúria pisca em seus olhos. Isso me faz contorcer no meu lugar. Sua mão desliza para o botão da minha calça jeans. — E quanto a isso? — seus olhos se viram para o seu dedo na minha cintura e, em seguida, mais baixo. Ele quer saber se estou usando calcinha. 46 O Arranjo 7 H. M. Ward — E quanto a elas? — Você está usando alguma? — Sean me observa, esperando por uma resposta. Dou-lhe um sorriso torto e digo: — Por que você não descobre? Sean olha para a janela e vê que temos um caminho a percorrer. Ele se inclina para mim, e desliza o botão através do buraco. Minhas calças jeans afrouxam e ele aperta a mão contra a minha barriga. Seu olhar está sobre os meus, me olhando, enquanto sua mão se move mais e mais. Quando ele toca o V no topo das minhas pernas, eu fecho meus olhos. Sean não pergunta. Ele só faz isso. Seus dedos deslizam entre as dobras delicadas e dentro de mim. Sua mão trabalha lentamente, me provocando, movendo-se em círculos até que eu estou dizendo coisas más em seu ouvido. Ele beija meu pescoço enquanto trabalha a sua magia. Meu corpo responde a ele instantaneamente. Cada toque envia-me mais e mais. Inclino a cabeça para trás e fecho meus olhos enquanto eu empurro meus quadris para sua mão. Eu quero que ele me empurre sobre a borda. Quero sentir as bobinas apertadas dentro de mim se descontrair, mas Sean me mantém lá, bem no auge. Ele continua assim. Brinca comigo, me tocando em todos os lugares, até que estou ofegante, implorando para a libertação. Eu lamento o seu nome e peço-lhe, mas Sean apenas sorri. Só quando acho que não posso suportar isso por mais um segundo, acrescenta outro dedo e empurra-me duro. Eu suspiro e levanto meus quadris para sua mão. Ele empurra mais e mais rápido, esfregando meu clitóris enquanto faz isso. Eu sinto seus olhos no meu rosto, me assistindo. De repente, estou muito consciente do carro e que já parou de se mover, mas não me importo. Meus quadris resistem em sua mão e eu grito. As sensações atiram através do meu estômago e no meu peito. Eu quero suas mãos em mim. Eu faria qualquer coisa para gozar agora. Freneticamente, eu pego a camisa e puxo-o para o meu rosto. — Por favor... — Por favor, o quê? Diga-me o que você quer bebê. — seus dedos. Sua respiração lava no meu rosto. Ele cheira tão bem e eu o quero muito. 47 O Arranjo 7 H. M. Ward — Faça-me gozar. Por favor, Sean. Ele sorri. Seu toque muda e envia uma onda de luxúria direta em minhas veias. Eu jogo minha cabeça para trás e grito. Meus quadris batem em sua mão e ele empurra mais profundo dentro de mim. Ele faz isso uma e outra vez, mais rápido e mais forte. Desejo que meu jeans não fosse tão apertado. Eu gostaria que estivéssemos nus e minhas pernas em volta de sua cintura. Eu nunca quis ser fodida tanto na minha vida. Eu não tenho nenhuma idéia do que ele está fazendo, mas é tão bom. Sean leva-me mais e mais alto. Meu corpo ao redor dos dedos, querendo liberação O balanço de Sean torna-se rítmico. Ele empurra mais e mais rápido até que eu não posso ver. Branco ofusca minha visão. Eu tento manter meus olhos abertos, mas não consigo. Minha mão agarra meu peito enquanto eu grito seu nome. Sean empurra mais uma vez, firme e seguro. Quando ele faz isso, começa a pulsar. Ele empurra novamente até que eu gozo. Estou respirando tão forte. Meu corpo fica rígido enquanto o êxtase me consome. Sean mantém a mão entre minhas pernas até eu abrir meus olhos. Em seguida, ele puxa para fora lentamente e levanta a mão aos lábios. Ele suga cada dedo, um de cada vez. — Você é absolutamente deliciosa. Eu observo-o através de olhos semicerrados. Ele se inclina e pressiona a ponta de seu dedo em meus lábios. Sua mão tem o meu cheiro. Fico tímida, mas ele não me deixa fugir. — Abra. Eu faço o que diz e ele coloca um dedo na minha boca. Fecho meus olhos e chupo. Sean se inclina para mim e leva a mão. — Você gosta disso? — concordo com a cabeça lentamente. Eu me sinto como se eu estivesse flutuando. Eu pisco algumas vezes e olho pela janela. Estamos no parque. Ele pergunta: — Você está pronta? Concordo com a cabeça lentamente. Antes de Sean virar-se para abrir a porta, eu o impeço. 48 O Arranjo 7 H. M. Ward — Espere. — eu coloco meus lábios nos seus e o beijo devagar e suavemente, até que estou tão satisfeita que não consigo parar de sorrir. 49 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Oito A neve está misturada com gelo. E estala sob os nossos pés. Gabe puxa o trenó do porta-malas e menciona algo sobre o quão fácil um corpo caberia lá atrás, quando entrega a Sean. Gabe me assusta, porque ele não está brincando. O velho acena com a cabeça para mim como se estivesse me fazendo um serviço e, em seguida, desliza para dentro do carro, onde está quente. Estou de pé na frente de Sean com a minha jaqueta aberta. O estacionamento é um manto de gelo. Ele ainda não foi limpo. Estou rindo como uma louca, pronta para correr em todo o parque do estacionamento até a colina. Há uma razão de ser chamada pelas pessoas de Cardiac Hill, pois pode dar-lhe um ataque cardíaco, se você tentar levá-la muito rápido. A coisa é assustadoramente íngreme, você somente pode acreditar quando tiver certeza de estar nela. Corredores passam por esses bosques no verão e saem nesta clareira entre as árvores e a colina. É um belo local. Eu estou querendo saber o quão difícil vai ser manter o trenó entre os pinheiros gigantescos. Sean me observa por um momento, antes de colocar as mãos no meu casaco e fechá-lo até o pescoço. — Você realmente precisa superar aquela coisa fria. Eu levanto uma sobrancelha para ele. — Você precisa seriamente acabar com essa coisa de dominação. — Não é a dominação. — ele parece ofendido. — Oh? Então o que é? — Controle, isso é tudo. Totalmente diferentes. — Sean olha para a colina coberta de neve. 50 O Arranjo 7 H. M. Ward — Sim, no reino da loucura. — murmuro e começo a andar, puxando os trenós atrás de mim. Gabe não conseguiu enfiar um tobogã no porta-malas, por isso temos um dois trenós de disco de plástico. Gabe comprou-os no caminho antes de nos pegar, por instruções de Black. Eu me pergunto qual o negócio de Gabe, se ele está aqui para me proteger ou o quê. Eu meio que acho que ele vai bater a merda fora de mim se Black lhe disser. Essa parte me preocupa. Se eu decidir ficar com Sean, tenho que pagar-lhe todo o dinheiro que ganhei. Isso não parece justo, mas, novamente, este não é um trabalho que eu possa sair. Deixo a preocupação de lado quando vejo o rosto de Sean. Seus olhos são muito grandes e sua mandíbula está aberta. — O quê? — Não que eu... Eu não estou nessa merda bizarra. Eu só gosto de coisas de determinada maneira. É quase risível. Sean não tem idéia do quão longe se desviou para o excêntrico. Ele deixou para trás algumas bizarrices. —Ah, eu vejo. Subimos o morro enquanto falamos. Eu tento levar os trenós, mas ele pega-os de mim. — Você vê o quê? — Negação como sinais luminosos de néon. Você realmente não pode dizer? Sean balança a cabeça e, em seguida, olha para mim, como se não pudesse acreditar que eu diria algo assim. — Eu nunca pensei nisso dessa forma. Quero dizer, não faço a coisa toda de dom/sub. Você realmente acha que isso é o que estou fazendo? — eu aceno. Ele fica quieto. Eu vejo seus pensamentos processamento dentro de sua cabeça. Seus olhos estão vagos e ele está tocando seu rosto. Seus lábios se movem silenciosamente, tentando raciocinar. Finalmente, ele balança a cabeça e diz: — Puta merda, que porra. Ele acredita em mim agora. Pego sua mão e começo marcando as coisas. — Você quer controle total de confiança, dominação, submissão... — Sean empurra sua mão. Ele parece irritado. — Sinto muito, Sean. Eu pensei que você 51 O Arranjo 7 H. M. Ward soubesse. Não é nada para se envergonhar. Você gosta do que você gosta, mesmo que seja um pouco distorcido. Sean resmunga. Eu bato em seu ombro, mas ele não sorri. — Eu costumava ser... — ele suspira e empurra o cabelo de seu rosto. Pedaços brancos de neve estão se agarrando a seus cabelos escuros. Linha de barba por fazer em suas bochechas como sempre. — Diferente. Cuidadoso, você sabe. Agora, é quase como se eu tivesse que ser a porra de um predador para me sentir assim. — Que caminho? — quando chegamos ao topo da colina, nós dois estamos com falta de ar. Ele vira e olha para mim. — Eu não sei como ainda estou vivo. Estou dormente o tempo todo, Avery. Antes de te conhecer, eu quase não sentia mais nada. Ter relações sexuais é o que me traz de volta, mas não dura muito tempo. Então, eu preciso de mais. É como uma droga. Quanto mais tenho, mais eu quero. — ele olha para o espaço, perdido em pensamentos. — Você tem algo planejado para mais tarde? — ele balança a cabeça. Seus olhos gelados seguram os meus por um momento. — É como na noite passada? — Não, é mais intenso. Eu não me contive ontem à noite, mas não costumo fazer sexo com a mesma mulher duas vezes. Isso muda as coisas. Eu preciso da emoção crua, mas... — Mas o quê? — os trenós estão no terreno. Sean coloca-os para baixo quando chegamos ao topo do morro. Há um disco rosa para mim e um azul para ele. Eu não sei o que significa, ou o que ele quer fazer para mim mais tarde. Não tenho certeza se eu posso tolerar mais. A noite passada foi um tipo diferente de inferno para mim. Não posso imaginar o será. Nervos vibram através de mim só de pensar nisso. Mais intenso. Merda. Sean sai do silêncio. — Eu queria que você tivesse gostado. Eu sei que não, então isso me faz repensar as coisas. Sorrindo, eu balancei minha cabeça e expirei lentamente. Minha respiração forma uma nuvem branca no ar fresco. 52 O Arranjo 7 H. M. Ward — Nós somos dois idiotas. Você sabe disso, não é? Quer dizer, eu quero que você dê-se livremente para mim, e você praticamente quer me estuprar e qualquer que seja o cérebro que me resta. Sean dá passos em minha direção. — Você acha que eu ia te estuprar? — olhei para ele. Eu não tenho as palavras ou o coração para responder a essa pergunta. Será que ele não percebe que está fazendo? Que sua fantasia está jogando em um medo primal de ser dominada e abusada sexualmente. Isso se esconde no fundo da mente o tempo todo. Eu pisco duro e desvio o olhar. — Avery... — Sean, você precisa olhar no espelho e ver o homem que você se tornou. Eu não sei quem você era antes, mas o cara de pé ao meu lado está perdido e escuro. Ele ganha vida quando estou apavorada. Ele vive nesses momentos. — Eu preciso disso, Avery. — Você precisa de algo que eu não posso dar a você para sempre. Se você não direcionar sua alma para alguém, em breve, isso vai piorar. Você vai perder todo o pedaço que restou. Você está escondendo algo escuro, Sean, e isso está te comendo vivo. Eu vejo isso em seus olhos. Isso pesa em seus ombros e esmaga até que você mal consegue ficar em pé. — eu coloco a mão nele. Está tão frio. Ele engole em seco e tira suas luvas. — Você não quer se sentir vivo novamente? Você não quer sentir o amor e ser amado? — Honestamente não sei se eu consigo. As coisas estão tão longe. Eu sou... — ele balança a cabeça e para de falar. Eu me sinto tão mal por ter afundado seu humor assim. Pelo menos ele está falando. Tenho a ideia de que Sean tem muita coisa que precisa falar, mas não confia em ninguém o suficiente para fazê-lo. Ele está preso, revivendo o mesmo dia após dia em pesadelo. Eu oriento o dia de volta para onde ele precisa ir. Sean precisa disso também, ele só não sabe disso ainda. — Você vai andar de trenó, agora. Você vai rir e gritar como uma menina. Eu vou ter certeza disso. 53 O Arranjo 7 H. M. Ward Sean me dá um sorriso fraco. Ele não acredita em mim. Ele coloca o disco e se senta. Antes de subir no meu, dou um forte impulso no seu ombro. Sean desaparece no lado da colina. Eu o vejo tentar controlar o disco quando a curva para baixo se inclina. Ele ri alto quando pega a neve com suas luvas tentando parar. Na parte inferior do morro, ele pula do trenó e olha para mim. — Você não presta Smith! Eu sorrio. Hoje vai ser divertido. 54 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Nove Quando Sean finalmente chega ao topo do morro novamente, ele vai direto para mim e descarta o trenó. Eu grito e tento fugir, mas a neve está muito profunda e minhas pernas são curtas demais. — Isso não foi bom, Smitty. Sorrio e olho por cima do ombro, quando Sean quase toca sua mão pela minha cintura. Ele quase me pegou. Eu torço para fora de seu alcance, saltitando na neve como um labrador sem me mover muito longe, mas evitando o seu alcance ao mesmo tempo. — Mas foi muito engraçado, Jones! — Você vai ser punida por isso. — Você tem que me pegar primeiro. — estou rindo tanto que meu rosto dói. Eu o contorno e pulo no meu trenó. O disco faz um cento e oitenta e eu voo descendo a colina. Eu cavo minha mão na neve de um lado e chicoteio a coisa ao redor. Pela primeira vez, eu tenho um bom timing. Uma árvore tentou abraçar o meu rosto, mas por pouco me esquivei. Um desastre evitado. Sean grita atrás de mim. Ele está em outro disco, descendo a colina atrás de mim. Ele está rindo, sorrindo tão amplamente que tenho um flash de seu sorriso deslumbrante, quando olho para ele. — Oh, eu planejo isso! — ele acerta em colisão e sua última palavra é ilegível com um vácuo, quando seu disco volta a descer. Sean agarra a lateral do disco, duro. Eu começo a estalar e não percebo a queda na minha frente. O disco cai em uma vala no sopé da colina. O trenó acaba perpendicular ao solo e as plantas em si como uma lápide depois de me jogar para fora. Eu rolo no meu lado várias vezes e, em seguida, deslizo. Parece que não para nunca. Estou quase no estacionamento pelo tempo que eu derrapo até parar. Meu cabelo está enrolado em volta do meu rosto, 55 O Arranjo 7 H. M. Ward formando um manto marrom. Fiquei ali por um segundo tentando recuperar o fôlego, enquanto o riso começa a construir na minha barriga. De repente, Sean está sobre mim. — Avery, você está bem? Diga alguma coisa. — ele freneticamente escova meu longo cabelo longe do meu rosto, tentando ver se estou machucada. Sento-me, rindo. Meu cabelo cai aos meus ombros e costas. Ele está coberto de neve. — Sou péssima no trenó. Sean sorri como se estivesse tentando não rir. Ele senta ao meu lado na neve, não conseguindo manter uma cara séria. — Isso é um pouco de eufemismo. Eu acho que seu trenó te odeia. — risos saem de mim até que eu não posso prendê-los mais. Logo estou gargalhando e mal conseguindo sentar-me. Eu rio mais alto e por mais tempo, segurando o estômago para que não explodir. Sean ri comigo. O som é tão milagroso. É rico e puro. Ele está feliz nestes momentos. Não há nada caindo sobre ele, nada o rasgando em pedaços. Ele gira de volta e fica ao meu lado na neve. Quando os risos desaparecem, estou olhando para o céu. Está cinza. Pequenos pedaços de neve continuam caindo, mas eles são menores agora. Está ficando cada vez mais frio. — Eu me preocupo com você, sabe? — Sean está olhando para mim. Eu viro meu rosto em direção a ele, realmente não conseguindo entender o que ele está pensando. — Essa coisa que você tem com o frio, é... — ele suspira e suas palavras desaparecem. — É o quê? — arrepio um pouco. É minha única falha louca, e também conversar com meus pais, mas eu preciso disso. Eu vou defender o que eu faço, como eu lido. Como Sean faz. Droga. Eu cerro os dentes. Uns bandos de outros pensamentos correm em minha mente, mas Sean corta-os quando chega mais perto. Empurra-se sobre o cotovelo e está em cima de mim. Ele tira uma luva e acaricia meu rosto congelado ao olhar nos meus olhos. 56 O Arranjo 7 H. M. Ward — Isso me assusta, porque isso é muito parecido comigo. Eu não quero que você fique entorpecida, Avery. É uma vida de merda, nunca sentir nada. E uma vez que separar-se dessa maneira, você pode nunca mais voltar. Você me preocupa, porque parece que ainda está atraída pela ideia. Sua mão é tão boa na minha bochecha. Eu fecho meus olhos e inclino-me em seu toque. O frio penetrou minhas roupas e o tremor parou. Este é o ponto onde as pessoas sãs entram e se aquecem, mas não eu. Adoro me sentir assim. Gosto quando a dormência se transforma em dor. Eu sei o que fazer com isso. Sei como reagir. Eu pressiono meus lábios nos seus e vejo a preocupação em seus olhos. — Sou atraída pela idéia. — admito. — Pelo menos um pouco. Mas não é apenas a dormência, é a dor. — meu coração está acelerado. A maneira como me olha poderia ferver a neve em um flash. Sean se inclina para dentro de uma polegada de meus lábios. Ele me observa através de olhos semicerrados. Seus olham correm para os meus lábios e, em seguida, de volta para os meus olhos. — Há maneiras mais seguras para fazer você sentir dor. Meu estômago vira. Quero que ele me beije. Ele está tão perto, mas não se move. — Como na cama com você, Mr. Jones? — Essa é uma maneira, sim. Pense nisso. É mais seguro do que esta. Você vai acabar congelando ou obtendo uma hipotermia. — para de falar, mas continua a olhar para os meus lábios. — Algo mais a dizer, Jones? — Não, nada a dizer. — ele fecha o espaço entre nós e uma rajada de energia elétrica atravessa meu corpo. Ele me tem tão carregada, tão no limite, quando ele me toca estou pronta para voar para longe. Quando os lábios pressionam nos meus, posso sentir seu calor e pela primeira vez me sinto melhor do que o frio. O beijo é gentil, cuidadoso. Ele lambe a abertura dos meus lábios e eu abro. Sua língua dança com a minha, borboletas explodem dentro de mim. Elas vibram através de todo o meu corpo até que eu chamo de volta à vida. Minhas costas estão congelando e minha frente está quente, porque Sean está em cima de mim. Um dos joelhos está entre 57 O Arranjo 7 H. M. Ward as minhas pernas. Empurro meus quadris contra o seu com o aprofundamento do beijo. Estamos ficando coberto de flocos de neve, mal nos movendo. Sean se afasta sem fôlego. — Vamos lá. Não podemos conduzir todo o caminho até aqui e só descer o morro uma vez. — Ele se levanta e escova a neve fora de seus jeans. — Por duas vezes. — eu corrigi, e levanto-me. Estou varrendo a neve, não prestando atenção como eu sorrio. — Bem, você caiu duas vezes. Sorrindo maliciosamente, Sean olha para mim. — Eu me esqueci disso. Devo-lhe um castigo. — o jeito que ele diz, faz meu estômago girar. Paro o que estou fazendo. Estou presa em seu olhar, como se fosse uma armadilha. Ele dá um passo em minha direção e eu engulo em seco. Suas mãos escorregam na minha cintura e ele bate o meu corpo em seus quadris. — Você quer isso agora ou mais tarde? O que diabos ele está falando? Eu pensei que estivesse brincando. De olhar em seus olhos, eu sei que ele não está. Sorrio, nervosamente. — Me punir? Você precisa levar isso um pouco menos a sério. — Sinto muito, o que foi isso? — ele alisa seu ouvido como um velho e se inclina mais perto da minha boca. — Você disse que quer que seu castigo agora? — Não! — sorrio e me afasto dele. — Eu acho que isso foi o que você disse. Era algo como isso, Sean eu sou realmente uma menina má e quero isso agora. — a forma como diz combinado com o olhar em seus olhos faz com que meus dedos enrolem. Por que ele parece mais quente quando está agindo como louco? Estou afastando-me dele com um enorme sorriso no meu rosto. — Eu acho que você me ouviu errado, velho. Sua mandíbula cai para a metade de um segundo, então ele corre me perseguindo. Seu ombro bate em mim e caímos no chão. Minhas costas atingem o solo, mas Sean agarra minha cabeça. Metade de uma batida depois, ele está sentado no meu peito e tem os meus braços presos acima da minha cabeça. — Velho. — ele zomba. —Você realmente sabe como transformar um cara. 58 O Arranjo 7 H. M. Ward Sorrio e tento manter distância. Quando isso não funciona, eu digo: — Eu quero o meu castigo depois. Mais tarde! Sean ri e balança a cabeça. Seu cabelo escuro está úmido da neve. — Oh, não penso assim. Vamos ver o que seria adequado por assustar a vida fora de mim e me empurrar morro abaixo? — O quê? Por que estou recebendo duas punições? — Deveriam ser três, você fugiu, também. — ele larga um dos meus braços e tenta me manter com o joelho. Eu posso mergulhar meu pulso para trás, então faço isso. Pego um punhado de neve e atiro em seu rosto. Ele me dá um olhar incrédulo. — Você não acabou de fazer isso. Antes que eu possa dizer qualquer coisa, ele vira-me mais, puxa para baixo a parte de trás da minha calça e bate-me três vezes. Eu grito e tento fugir, mas seu controle é muito bom. Quando a mão dele atinge a minha pele, o frio faz com que fique ardendo por mais tempo. Sean enfia a mão na parte de trás da minha calça e se afasta. Não é até que ele me libera e eu cambaleio para os meus pés percebendo o que ele fez. Eu grito e salto para cima e para baixo. Ele colocou uma tonelada de neve na minha calcinha. — Oh meu Deus! Você não presta! Você não presta! Você não presta! — eu danço em volta, golpeando a minha bunda, tentando retirar a neve. Sean sorri e cruza os braços sobre o peito, me observando. — Você mereceu. Há muita neve. A pele da minha bunda está queimando. Eu caio de costas e tento tirar a neve que não derreteu. Pego uma mão cheia de neve. Levanto e caminho diretamente para Sean. — Foi mal. Ele está sorrindo. Suas mãos vão para uma posição defensiva. — Eu não faria isso se fosse você. Você só vai acabar ficando presa ao chão e com a boca cheia de neve. — Eu como neve no café da manhã. — eu quis dizer com um som todo machão e assustador, mas isso não acontece. Sean ri alto. Seus olhos estreitam quando os ombros 59 O Arranjo 7 H. M. Ward tremem de tanto rir. Ele olha para o céu e ri mais. Eu arremesso minha bola de neve em sua direção quando ele se vira para o lado de seu rosto. Ele para de rir. Seus olhos estreitam e ele corre em minha direção. Corro até o morro com Sean em meus calcanhares. Ele me persegue e traz um dos trenós com ele. Quando me pega, ele está respirando com dificuldade. Em seus braços me sinto tão bem. Eu me inclino contra seu peito. Ele endurece em primeiro lugar e, em seguida, parece relaxar. Ele deixa-me agarrar a ele, embora tenho certeza que ele quer dar o troco. Eu olho para ele e digo. Eu não me importo o quão estúpido ele é. Eu sei como me sinto e isso é tudo o que importa naquele momento. — Eu amo você, Sean. Ele me segura mais apertado e beija em cima da minha cabeça. — Eu também te amo. 60 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Dez Nós fomos para o carro atrás da divisória, depois que ele ficou quase congelado. Eu não me importo, mas Sean insiste em nos aquecer. Pega as garrafas térmicas e ambos temos uma bebida quente. É estranho, mas Sean é uma pessoa diferente quando o sexo não está envolvido. Ele sorri e não guarda tanto os seus pensamentos. É como se ele tivesse sido preso em uma gaiola e de repente se soltou. Solta risos e sua provocação é leve e brincalhona. Eu amo essa versão dele. — O que você está pensando? — ele pergunta, em seguida, toma um gole do chocolate. Está insanamente quente. O hotel deu-nos quando saíamos. Está muito bom. — Estou me perguntando como seria estar com o Sean que eu vi lá fora. — eu aponto para o morro. Há pistas de onde estávamos, e alguns montes de neve, onde caí. Eu sou uma cadela, por falar isso. Seus lábios torcem em um sorriso estranho. Ele olha para mim depois de um momento. — Eu honestamente não sei. Quando estou com você e nós estamos fazendo esse tipo de coisa, trenó, empinando uma pipa, lutando com uma bola de neve, eu não me sinto como eu. É como se esquecesse de tudo o que aconteceu durante algum tempo e eu consigo respirar de novo. Não consigo segurar esse cara, Avery. Ele não apareceu até que você apareceu, quero dizer, eu não me senti dessa forma há muito tempo. — Eu sei o que você quer dizer. — enfio meu cabelo atrás da minha orelha. — Se você tivesse uma escolha, que cara que gostaria de ser? — Eu não acho que é tão simples assim. Eu não posso simplesmente esquecer tudo. Esse cara é uma sombra do que eu era. Você não pode ver isso, mas eu posso. Quando estou com você e estamos rindo assim, isso não me incomoda. Mas quando a noite vem... — ele balança a cabeça e não termina de falar. 61 O Arranjo 7 H. M. Ward Eu sei sobre a noite. Eu sei o que acontece com a minha cabeça quando o céu derrama a noite como uma garrafa de tinta. A escuridão paira sobre mim, me esmagando. Às vezes é tudo o que posso fazer é esperar chegar a manhã. Cada pensamento vem espontaneamente e me arrasta para frente da minha mente quando minha cabeça bate no travesseiro. Tento empurrá-los de volta para baixo, mas não ficam. Pensamentos escuros começam a rolar pela minha mente e desesperança engasga-me até eu desmaiar. Então, no dia seguinte vem e o ciclo começa novamente. Eu toco o joelho. Sean olha para mim. — Eu sei. Acredite em mim, eu sei o que você está falando. Seu telefone emite um sinal sonoro. Ele o puxa para fora do bolso e olha para a tela. — Está ficando tarde. Pete está quase na cidade. É melhor voltar. Concordo com a cabeça e sorrio com tristeza. Inclino-me no braço e seguro firme. — Tente segurar o sentimento dentro de seu peito. Segurá-lo o maior tempo possível. Eu sei que você ainda está lá, mesmo que você não saiba. Eu vejo isso, Sean. Não desista. Ainda não. Ele envolve seus braços em volta de mim e beija minha testa. — Você acha que podemos segurar um ao outro? Eu não sei. Quero dizer que sim, mas todo mundo acha que Sean está indo para baixo em chamas. Enfio para o lado esses pensamentos. Eles não o conhecem da forma que eu conheço. Eles não vivem a minha vida. — Sim, porque pessoas como nós já batemos no fundo. Para cima é a única direção para onde ir. 62 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Onze Gabe deixa-nos no hotel. Sean e eu temos tempo suficiente para nos trocarmos antes de ir para o restaurante. Eu levo meu tempo, fazendo minha maquiagem e meu cabelo. As chances são que Gabe vai relatar tudo para Black. Eu preciso parecer perfeita hoje à noite, para que ela não me estrangule amanhã. Passo uma última camada de rímel e puxo minhas meias até a coxa. O toque de renda nas meias é tão macio e bonito. Eu prendo-as nas ligas, em seguida, levanto e aliso meu vestido. Meu cabelo está solto, pairando sobre meus ombros em ondas suaves. Eu tive que colocar um monte de produto para torná-lo assim. Minha maquiagem ficou melhor do que o habitual. Eu tenho olhos esfumaçados e lábios cor de rosa pálido. Estão combinando com este vestido violeta. É seda... por instrução de Black com uma cintura estreita e um decote cavado. A saia é agarra o quadril e, em seguida, se abre ligeiramente. Ela mostra bem minhas características. Marty ficaria orgulhoso. Marty. Meu humor escurece. Eu não sei o que fazer com ele. Toda vez que verifico meu telefone, há mais mensagens dele, mas não consigo ouvi-las. O que devo dizer? Ele me enganou. Eu me sinto como uma idiota. Sean continuou me dizendo que Marty tinha uma coisa para mim, mas eu não ouvi. Eu nunca vi isso. Há uma batida na porta do banheiro. — Está quase na hora de ir. Enfio de lado meus pensamentos e caminho até a porta. Quando eu abro-as e olho para Sean. Meu Deus, ele parece incrível. Está vestindo um terno preto que é cortado perfeitamente para acentuar sua estrutura. Não tem nenhuma gravata ao redor do 63 O Arranjo 7 H. M. Ward pescoço. Em vez disso, o botão de cima está aberto. Sua camisa é cor de carvão, o que faz com que seus olhos pareçam safiras. Minha respiração prende na minha garganta. Enquanto estou olhando-o, seu olhar viaja para cima e para baixo do meu corpo. Um sorriso malicioso se estende por seus lábios. — Você parece deliciosa, totalmente apetitosa, senhorita Smith. Olho para longe e sinto meu rosto vermelho em chamas. Surpreende-me depois de tudo o que fizemos como eu coro. Sean chega mais perto. Ele coloca o dedo embaixo do meu queixo e inclina meu rosto. — Você é incrível. Eu já te disse isso? — eu aceno, sorrindo suavemente. — Acho que você precisa ouvir isso novamente. Você é uma mulher incrível, Avery Stanz. — ele se inclina e passa os lábios em minha bochecha. O toque é tão leve que o meu estômago entra em erupção e vibra. — Eu te amo. Não consigo parar de sorrir. Tudo é perfeito. O pensamento de dizer que o a... foi algo que sempre me assustou, mas não faz mais. Eu gosto de dizer isso a ele. — Eu também te amo. Sean me puxa para o seu peito e ficamos lá, apenas abraçados. Sua respiração passa em minha bochecha e ouço o coração batendo em seu peito. Isso o assusta? Mas ele me mantém de qualquer maneira. Pego emprestado sua pergunta. — O que você está pensando? — Estou pensando que eu deveria dizer-lhe o que aconteceu. — suas palavras me atingiram como um caminhão de carga. Eu olho para ele e dou um passo para trás. — Sean, você não tem que... Ele pressiona o dedo nos meus lábios e me silencia. — Eu tenho, porque não é o que pensam. Você estava certa sobre os papéis. Eles não sabem o que aconteceu. Ninguém sabe. — a tensão pesa sobre o seu corpo. Cada músculo está como fio apertado. Seu olhar rompe com o meu e ele começa a andar. Passa as mãos pelo seu cabelo escuro e pescoço. Respira fundo e continua: — Eu nunca confessei ter matado ela, mas toda gente pensava que foi. Era a minha arma. Estávamos brigando antes de acontecer. Todo mundo sabia que ela estava infeliz. — ele 64 O Arranjo 7 H. M. Ward ri, mas parece miserável. —Bem, todo mundo, menos eu. Amanda me ligou naquele dia. Ela me pediu para voltar para casa. Disse que não se sentia bem, mas quando eu a pressionei ela não conseguia me dizer o que estava errado. Eu pensei que estivesse se sentindo sozinha. Eu disse que eu estava no meio de uma transação comercial e não podia sair que estaria em casa em breve. Minha vida era somente negócios naquela época, mais do que agora. Amanda entendia desde o início. Eu a amava. Queria passar mais tempo com ela, mas eu nunca tive a chance. Então, tudo mudou. Sean se vira e olha para mim. Ele engole em seco, como se mal conseguisse respirar. — Quando eu cheguei à casa do trabalho naquela noite, eu a encontrei. Ela pegou a minha arma e... — sua voz para, enquanto ele treme. Sean aperta os lábios, enquanto assisto seu rosto. — Ela atirou em si mesma. Eu não queria que fosse lembrada assim. Ninguém sabia. Amanda manteve tudo dentro. Ela sempre usava aquele sorriso educado e dizia a todos que estava bem, feliz mesmo. Aquele telefonema foi à única vez que pediu ajuda e eu não quis dar-lhe. — no momento em que ele para de falar, seus olhos estão vidrados. Há lágrimas que querem cair, mas ele segura-as. Meus olhos estão tão grandes. — Então, você os deixou pensar que você fez isso? — ele balança a cabeça e olha para longe. Oh meu Deus. Estou tremendo e não era mesmo a minha história. A dor em sua voz é fresca, como se tivesse acabado de acontecer. Ele andava com esse segredo durante anos, permitindo devorá-lo. A culpa que ele sente está gravada em seu rosto. Sean inala profundamente. Ando atrás dele. Eu quero tocá-lo, puxá-lo em meus braços, mas ele está mais vulnerável agora e vai machucá-lo mais. Falo em suas costas. — Ninguém te conhece. As pessoas que dizem que você é insensível não têm ideia do que estão falando. — Sean, olhe para mim. Quando não se move, eu toco o braço suavemente e o viro em minha direção. Seus cílios estão aglutinados, molhado de lágrimas que eu não vi caindo. — Não foi culpa sua. — Foi totalmente minha culpa. Se tivesse ido para casa, se eu... 65 O Arranjo 7 H. M. Ward — Você não pode viver dessa maneira. Você não pode questionar cada decisão que toma. Constantemente se perguntando vai te deixar louco. Você não sabia que ela iria tão longe. Você não sabia. Isto estava além de seu controle. — Awh caralho. Então é isso. É disso que o lado escuro dele é decorrente. Este é o ponto... O pontinho de minas terrestres. Eu sabia que a escuridão era decorrente da perda de sua esposa e filho, mas isso esclarece tudo. A culpa irá destruí-lo. É por isso que tudo o que toca vira cinzas, ele não pode aceitar que não foi culpa dele. Ele acredita que a matou. Sean vê as peças do quebra cabeças se encaixando nos meus olhos. — Você me deu algo que eu precisava desesperadamente ontem à noite. Falar sobre aquele dia torna pior. Gostaria de me livrar do meu irmão e ficar aqui com você. — Conversar sobre isso acabará por torná-lo melhor. Sean me dá um olhar estranho. — Isso é algo que um psiquiatra diria. Eu não sou uma psiquiatra. Sei o suficiente para não pressionar muito este ponto. A coisa toda pode explodir na minha cara e não quero magoar Sean mais do que eu já tenho feito. Sou o oposto. — É algo que um amigo iria dizer. Sean, não pode segurar tudo para você. Isso o deformará, tornando-o outra pessoa. — eu procuro sua mão e entrelaço nossos dedos. — Eu sei que você precisa de sexo dessa maneira. Entendo agora. Pegue qualquer coisa que você precisar de mim mais tarde. Eu quero você. Não reprima. Quero o meu Sean de volta. Quero o cara com o belo sorriso e o riso contagioso, o que você pensou que tivesse desaparecido. Ele ainda está aí. Se eu tenho alguma chance de estar com ele, eu vou aceitar. Sean acena com a cabeça lentamente. Ele passa a mão sobre a parte de trás do seu pescoço e olha para mim. — Eu gostaria de poder dizer não. — Eu não quero que você diga. — Avery, eu não posso prometer que você vai conseguir. 66 O Arranjo 7 H. M. Ward — Eu vou aceitar... o escuro, a luz e o monstro dentro de você. — sorrio para ele. — Você a protegeu de todos por anos, acolhendo sua morte. Você fez isso para seus amigos e família, apenas focando em sua vida, e eles devem odiá-lo por isso. Você a protegeu depois que ela se foi, a todo custo. Eu adoro esse homem e ele ainda está aqui. — eu pressiono minha mão em seu peito, mas ele não se move. — Você é um bom homem com uma fachada escura. Acredite, porque é a verdade. Sean pega a minha mão e levanta-a aos lábios. O beijo é suave e leve. — Eu amo você, Avery. Eu não posso perder você também. Parece que quanto mais eu tento agarrar você, mais rápido você escapa. Eu sinto muito que te machuquei. Eu nunca quis... — Shhh. Você já pediu desculpas e eu aceitei. Sean concorda e toma uma respiração profunda. Ele pisca para longe as emoções em seus olhos e diz: — É melhor chegar lá ou Pete vai pensar que não vou. Não me deixe fazer algo estúpido, ok? — Eu vou tentar. 67 O Arranjo 7 H. M. Ward Capítulo Doze Suas emoções estão bem contidas pelo tempo que estamos sentados à nossa mesa. Pete ainda não está aqui. Sean pede algo para nós no bar. Dou um gole no meu vinho, perguntando como é que Sean e seu irmão se relacionam. — Vocês brigam muito? Ele balança a cabeça e abaixa o copo. — Não, não é assim. Pete só tem sua própria merda para lidar e eu tenho a minha. Foi mais um isolamento natural. Eu não acho que ele faz isso de propósito, mas o cara mudou seu número de celular. Tentei localizá-lo para a nossa mãe quando ele desapareceu, mas Pete não queria ser encontrado. E isso que é estranho. Quando Sean fala, vejo Gabe caminhando e sentando no bar. Merda. Por que ele está me observando tão perto? Gabe faz um movimento sutil que me diz para ir vê-lo. Sean não o viu, ainda não. Eu não quero que esta noite fique mais difícil do que já está para ele, então eu me desculpo. — Eu já volto. — levanto, pego minha bolsa e caminho em direção ao banheiro. Gabe segue. Estamos na alcova para os banheiros. Gabe me dá uma nota. — De Miss Black. É indicações sobre o seu encontro com Henry Thomas amanhã. Ela não gostou da proeza de hoje. — Só ela? — Tudo bem, eu não gostei da merda que aconteceu hoje. Basta ler a nota. — Gabe aponta um dedo rechonchudo na carta. Eu abro-a e leio rápido. 68 O Arranjo 7 H. M. Ward Senhorita Stanz, Eu espero que você se vista adequadamente a partir de agora. Calças jeans rasgadas e blusas de mamute que ocultam a sua figura deveriam ser queimadas. Estou abaixando seu salário para me certificar de que você aprenda esta lição, uma vez que dizendo obviamente não é o suficiente. Mantenha o Sr. Ferro na coleira. Não dê a ele tudo o que ele quer. Ele é um produto que eu quero manter no jogo. Mr. Thomas está esperando seus serviços completos amanhã. Eu espero que você execute no seu melhor, o que é mais do que uma provocação. Eu sei que você ainda não teve relações sexuais com este cliente e você deve mudar isso imediatamente. Não há mais provocações. As nossas meninas não se comportam dessa maneira. Corrija o seu comportamento ou eu vou corrigi-lo para você. Dê esta carta de volta para Gabe quando você tiver lido. B. A mão de Gabe está aberta. Enfio o bilhete de volta em seu punho. Caralho. Olho para Gabe e pergunto: — O que vai acontecer se eu sair? — Você não me perguntou isso. — ele pega a nota e acende um isqueiro no canto. Ela queima rapidamente. Ele levanta a nota carbonizada e se desintegra em pó em sua mão. — Eu não posso fazer o que ela está me pedindo para fazer. — Você deveria ter pensado nisso antes de ir para Black. Ela não compartilha. Não a irrite. Termine seus contratos antes mesmo de considerar mencionar menos horas. Você pode tentar escapar dela lentamente, mas se Black pensar que você está aceitando caras por fora, ela não vai deixar você ir embora. E sei que você tem outro 69 O Arranjo 7 H. M. Ward contrato amanhã. Não tem nenhuma maneira de sair dessa. Você assinou garota. Você tem que ir ou ela vai tirar sua pele. Meu coração está batendo forte. A ameaça soa literal, mas ela não pode ser. Mel teria dito alguma coisa. — Tudo bem. Não diga a ela que eu disse qualquer coisa. Ele ri como eu fosse louca. — Eu já disse que gosto de você. Você parece ser uma boa garota. Devia ter saído quando teve a chance. Meu estômago vira. Gabe começa a se afastar. Corro ao lado dele e pergunto: — O que acontece se eu for embora agora? Se eu não aparecer amanhã? — Você não quer saber, garota. — Gabe continua a caminhar. Eu paro, com o coração na minha garganta. Eu disse a Sean que não iria deixá-lo. Droga. O que eu faço? Preciso descobrir como sair dessa. Volto para a mesa e sento-me. Eu sorrio, mas é muito fraco. Sean pergunta. — O que há de errado? — Nada. — ele me dá uma olhada. Deus, seus olhos são tão azuis. — Tudo bem, alguma coisa, mas não posso falar sobre isso aqui. Eu vou te dizer mais tarde. — É sobre o trabalho? Concordo com a cabeça. — Sim, eu... — minhas palavras morrem em minha boca. Um homem está andando em nossa direção. Ele tem uma construção muscular e um corpo elegante. O cabelo escuro cai em seus olhos azuis e há um sorriso torto nos lábios. Seu passo é confiante, mas danificado. Há uma mulher com ele. Ela tem grandes olhos castanhos e uma confusão de cabelo escuro encaracolado. O homem agarra-lhe a mão quando se aproximam. Eu inclino a minha cabeça em direção a eles e Sean se vira para ver o que eu estou olhando. — Bem, olhe para isso. — ele fica surpreso e estende a mão. O homem para ao lado de Sean e sacode a mão antes de puxá-lo mais perto e colocar um braço por cima do ombro. Ele bate nas costas de Sean algumas vezes. — É bom ver você, Sean. 70 O Arranjo 7 H. M. Ward — Pete. — Sean acena com a cabeça e se contorce para fora do abraço. Pete ri depois olha para mim. Meu queixo está aberto. — Ela é sempre assim? Quanto mais perto Pete se aproxima, mais claro se torna. Eles parecem clones. —Você tem um gêmeo? Pete sorri. Ele parece tão descontraído, tão oposto de Sean. — Não, isso é o que as pessoas sempre pensam quando vêem nós três juntos, bem, eles pensam que somos trigêmeos. Jonathan é o mais novo e esse cara é mais velho do que eu. Eu sou o filho do meio confuso. — Pete sorri para mim e depois para Sean. A mulher que estava atrás dele está em silêncio. Pete pergunta a Sean: — Bem, você vai me apresentar, ou eu tenho que fazer isso sozinho? Sean está tão tenso que parece que seu rosto vai rachar falar. — Avery, este é Peter Ferro meu irmão mais novo. Pete pega a minha mão e aperta. Ele sorri e olha nervosamente para seu irmão, como se Sean fosse reprovar. — Na verdade, eu abandonei a parte Ferro. É Dr. Peter Granz. Prazer em conhecê-la. Não pode esperar para o próximo livro?? Em breve lançaremos O Arranjo parte 8 71 O Arranjo 7 H. M. Ward AVISOS AVISO 1 POR FAVOR, NÃO PUBLICAR O ARQUIVO DO LIVRO EM COMUNIDADE DE REDES SOCIAIS, PRINCIPALMENTE NO FACEBOOK! QUER BAIXAR LIVROS DO PL? ENTRE NO GRUPO DE BATEPAPO, ENTRE NO FÓRUM, NO BLOG, LÁ VOCÊ ENCONTRARÁ TODA A BIBLIOTECA DO PL. OU ENVIE POR EMAIL A QUEM PEDIR. POSTAGENS DE LIVROS NO FACEBOOK PODEM ACARRETAR EM PROBLEMAS AO PL! AJUDE‐NOS A PRESERVAR O GRUPO! AVISO 2 GOSTOU DO LIVRO E QUER CONVERSAR COM SUA AUTORA FAVORITA? EVITA DE INFORMÁ‐LA QUE SEUS LIVROS EM INGLÊS FORAM TRADUZIDOS E DISTRIBUÍDOS PELOS GRUPOS DE REVISÃO! SE QUISER CONVERSAR COM ELA, INFORME QUE LEU OS ARQUIVOS NO IDIOMA PRINCIPAL, MAS, POR FAVOR, EVITE DE TOCAR O NOME DO PL, PARA AUTORES E EDITORAS! AJUDE A PRESERVAR O SEU GRUPO DE ROMANCE! A EQUIPE PL, AGRADECE! AVISO 3 CUIDADO COM COMUNIDADES/FÓRUNS QUE SOLICITAM DINHEIRO PARA LER ROMANCES, QUE SÃO DISTRIBUÍDOS E TRABALHADOS GRATUITAMENTE! NÓS DO PL SOMOS CONTRA, E DISTRIBUÍMOS LIVROS DE FORMA GRATUITA, SEM NENHUM GANHO FINANCEIRO, DE MODO A INCENTIVAR A CULTURA, E A DIVULGAR ROMANCES QUE POSSIVELMENTE NUNCA SERÃO PUBLICADOS NO BRASIL. SOLICITAR DINHEIRO POR ROMANCE, É CRIME, É PIRATARIA! SEJAM ESPERTO(A)S. 72