Forum Permanente: Desafios do
Magistério
juventude e emprego: educar
para qual trabalho?
“A construção da carreira docente na
educação infantil através da luta
sindical.”
Joseane Bufalo
Pedagogia que envolve 3 atores:
criança, familia e docente;
Profissão de genero feminino;
Caracteriza-se pelo atributo de
cuidar e educar;
Caracteriza-se por outro atributo
muito especial: o brincar.
Nem só de salário vivem as
docentes de creche:
Em foco as lutas do Sindicato dos
Trabalhadores no Serviço Público
Municipal de Campinas
(STMC- 1988- 2001)
Materiais analisados
Pautas, atas, revistas da educação, caderno de poesias
(STMC) ;
Período: 1988-2001
Cadernos Creche Urgente (1987-1988);
Programa ao governo do Estado de SP (1982);
Todas as publicações do MEC (1994-2007);
3 entrevistas: membro MIEIB, sindicalista Dinamarca,
coordenadora Rosa Sensat;
O protagonismo docente no contexto da luta
“Cemei Sol”
Reivindicação dos funcionários
1. Redução da jornada do monitor, sem redução de salário.
2. Fazer uma lei amparando o monitor, onde ele possa ter Planos de carreira dentro
da sua função, sendo valorizado em nível de escolaridade, avaliação de desempenho
do trabalho. Sendo que o professor tem valorização no salário através de pontuação:
Exemplo: Professor I, II, III etc, conforme a graduação da escolaridade e cursos.
3. Que o monitor tenha também esta graduação através de escolaridade, cursos e
avaliação de desempenho do trabalho. Que a Prefeitura dê condições através de
cursos e subsídio para o monitor.
4. Direito ao subsídio da Unimed.
5. Direito ao auxílio transporte.
6. Incorporação do Abono 62,50 ao salário.
7. Auxílio alimentação.
8. Demissão dos aposentados que tem cargos de chefia sem recontratação posterior.
9. Cortes dos contratos de terceirização, inclusive da merenda escolar.
10. Garantia de todos os direitos já adquiridos a todos os servidores sem limite de
teto de salário.
Reunião de representantes sindicais,
Campinas, 22 de julho 1999.
Quando as monitoras de creche dizem: somos docentes sim senhor!
“CEMEI Lua”
“Assunto: Carreira do monitor Infanto-juvenil”
1. Como será de fato a formação profissional do monitor para obter uma carreira?
2. Qual será a escolaridade mínima exigida? Se em nível superior, quais serão as condições
dadas para que isso ocorra e de que maneira se dará isso?
3. Será dado um curso de especialização ou será um curso regular, ministrado em Institutos
Superiores de Educação ou Faculdades?
4. A jornada de 6 horas diárias opcional, com 2 horas para se estudar completando 8 horas ou
não? Haverá redução de salários?
5. Como vai ser dada essa especialização ou capacitação, será em local de trabalho ou em área
externa especificada?
6. Qual prazo será dado para os profissionais se adequarem a essas mudanças?
7. Como serão aproveitadas as experiências já vivenciadas?
8. Os cursos ministrados pelos grupos de formação serão aproveitados como experiências?
9. Existe atualmente alguma lei ou emenda constitucional que dê direito ao monitor de
ingressar ou ser incluído no Estatuto do Magistério?
10. Os profissionais que já possuem o 2º grau completo poderão cursar somente as matérias
específicas?
Reunião do Conselho de Representantes Sindicais
Campinas, 22 de julho de 1999.
[...]Sem mudanças fundamentais no modo de reprodução
social, não se poderão dar sequer os primeiros passos em
direção à verdadeira emancipação das mulheres, muito além
da retórica da ideologia dominante e de gestos de legislação
que permanecem sem a sustentação de processos e
remédios materiais adequados. Sem o estabelecimento e a
consolidação de um modo de reprodução sociometabolica
baseado na verdadeira igualdade, até os esforços legais mais
sinceros voltados para a “emancipação das mulheres” ficam
desprovidos das mais elementares garantias materiais;
portanto, na melhor das hipóteses, não passam de simples
declaração de fé. Jamais se enfatizará o bastante que
somente uma forma comunitária de produção e troca social
pode arrancar as mulheres de sua posição subordinada e
proporcionar a base material da verdadeira igualdade.
(Mészáros, Para além do capital, p.303)
Download

Forum Permanente: Desafios do Magistério juventude e emprego