A energia do apocalipse
PowerPoint: Ricardo Lyra
Música: Kitaro
Investir em usinas nucleares sempre foi arriscado. O que acontece agora no Japão é só mais
um exemplo do perigo que a insistência de governos pode causar à humanidade.
Por alguns instantes me coloquei no lugar dos moradores das cidades afetadas com os atuais
acidentes da radiação nuclear do Japão e, imaginei uma situação hipotética em cinco capitais
brasileiras, onde tenho parentes e amigos, imaginei também, que uma usina nuclear estaria
absurdamente instalada no centro destas capitais, depois, tracei um raio de 20 Km em torno
da usina, demarcando assim, uma área de total evacuação de toda população, agora, reflitam
um pouco debruçados sobre os mapas de suas cidades.......
RECIFE
RAIO DE 20 Km
JOÃO PESSOA
RAIO DE 20 Km
RIO DE JANEIRO
RAIO DE 20 Km
BELO HORIZONTE
RAIO DE 20 Km
SÃO PAULO
RAIO DE 20 Km
A USINA VAGA-LUME BRASILEIRA
Em 1969 0 Brasil comprou da empresa americana Westinghouse Electric
Company seu primeiro reator nuclear. Três anos mais tarde foram iniciadas
as obras da Usina Nuclear Angra I. Foi inaugurada em 1981 e ao longo
desses anos vem apresentando constantes defeitos e funcionamento
Intermitente, sendo por isso apelidada de “usina vaga-lume”
Existem no mundo 557 usinas atômicas (440 em funcionamento
e 117 desligadas) e, 42 em fase de construção.
Um grande número de acidentes tem frustrado as perspectivas
futuras para a energia nuclear, vejamos alguns.
1957 - Kyshtym
No dia 29 de setembro de 1957, uma falha no sistema de refrigeração causou uma
explosão em um tanque com 80 toneladas de material radioativo. As partículas liberadas
contaminaram a região de Mayak e cidades próximas num raio de 800km. Como a cidade
de Ozyorsk, sede da tragédia, não integrava oficialmente o mapa soviético, o acidente
nuclear ficou conhecido como "O Desastre de Kyshtym", em referência à cidade vizinha.
1986 - Chernobyl
O acidente no reator de Chernobyl contaminou uma área de aproximadamente 150.000
km² (corresponde mais de três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro), sendo que
4.300 km² possuem acesso interditado indefinidamente. Até 180 quilômetros distantes do
reator situam-se áreas com uma contaminação de mais de 1,5 milhões de Becquerel por
km², o que as deixa inabitáveis por milhares de anos.
1979 - Three Mile Island
O maior acidente nuclear da história dos Estados Unidos, com nível 5 na Escala
Internacional de Eventos Nucleares, ocorreu na usina de Three Mile Island, na
Pensilvânia. Em 28 de março de 1979, uma pequena válvula foi aberta para aliviar a
pressão do reator nuclear, mas, por uma falha técnica, a válvula não voltou a fechar e
causou o vazamento de água fervente dentro do núcleo, já superaquecido.
1957 - Windscale
Um acidente fruto da negligência com a segurança, dessa vez no Reino Unido. Durante a
corrida armamentista nuclear, após a Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra resolveu construir
uma bomba atômica o mais rápido possível, na cidade de Windscale.
O acidente ocorreu no dia 10 de outubro de 1957, com um incêndio no núcleo do reator
britânico, que levou ao vazamento de material radioativo para a atmosfera das regiões
vizinhas. Temendo manchar a imagem do seu programa nuclear, o governo inglês tentou
esconder o acidente, que teria causado centenas de casos de câncer entre as comunidades
vizinhas.
1999 - Tokaimura,
Tokaimura fica a 140 km de Tóquio, foi palco de um dos piores acidentes envolvendo usinas
de energia atômica no Japão.
Funcionários de uma fábrica de reprocessamento de urânio usaram quantidades excessivas
do elemento metálico radioativo em um reator. Mais de 600 pessoas foram expostas à alta
taxa de radiação liberada após uma reação nuclear descontrolada no reator.
1977 - Bohunice
Classificado como de grau 4, o acidente na usina de Bohunice, na Tchecoslováquia, ocorreu no
dia 22 de fevereiro de 1977. Após uma mudança de combustível nuclear, alguns absorventes
de umidade que cobrem as barras de combustível não foram removidos corretamente.
Com isso, a ação do gás refrigerante que atua na manutenção da temperatura do reator foi
afetada e o combustível sofreu um superaquecimento, que levou à corrosão do reator. Gases
radioativos se espalharam por toda a área da usina. Não existem estimativas adequadas sobre
feridos ou mortos porque, na ocasião, o acidente teria sido encoberto pelo governo.
2008 - França
Líquido contendo vestígios de urânio enriquecido vazou de uma central nuclear, no Sul da
França, e uma parte escorreu para dois rios, o Gaffiere e o Lauzon.
As autoridades proibiram o consumo de água dos poços em três localidades vizinhas e a rega
de cereais a partir dos dois rios. A proibição estendeu-se aos banhos, desportos e à pesca.
Foram trinta mil litros de uma solução que continha urânio que vazaram da central nuclear de
Tricastin, a cerca de 40 quilômetros da histórica cidade de Avignon.
A agência de segurança nuclear disse que as concentrações de urânio no Rio Gaffiere eram
cerca de mil vezes superiores aos níveis normais.
CONSEQUÊNCIAS
A OMS (Organização Mundial da Saúde) têm feito estudos sobre
os acidentes nucleares e eles ainda não são conclusivas, pois não existem dados
transparentes,por parte dos governos.
Contudo, já foram detectadas várias doenças relacionadas a estes acidentes: câncer
de tiróide, muitos abortos nos meses subseqüentes, stress, e já se notam mutações
nos animais e vegetais ao redor das regiões afetadas, porém, é necessário aguardar
por mais cem anos para se ter dados mais reais e concretos sobre o impacto
causado ao meio ambiente.
Outro dado lamentável é saber que a população das áreas dos acidentes se sentem
rejeitada e abandonada pelas autoridades.
ENERGIA NUCLEAR
FIM
ATÉ QUANDO?
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