FeSBE 2012
Resumo: 19.001
Effects of chronic treatment with corticosterone and imipramine on fos immunoreactivity and
adult hippocampal neurogenesis.
1
DINIZ, L. 2, SANTOS, T. B. 3, BRITTO, L. R. G. 2, CÉSPEDES, I.C. 2, GARCIA, M. C. 2,
SPADARI-BRATFISCH, R. C. 2, MEDALHA, C. C. 2, CASTRO, G. M. 1,2, VIANA, M. B. 1
Autores
Psiquiatria Psicologia Médica - UNIFESP, 2 Departamento de Biociências - UNIFESP, 3 Departamento
de Fisiologia e Bifisica - USP
Apoio Financeiro:
Fapesp/CNPQ
Resumo
Objetivos
In a previous study we showed that rats chronically treated with corticosterone (CORT) display anxiogenic behavior,
evidenced by facilitation of avoidance responses in the elevated T-maze (ETM) model of anxiety. Treatment with the
tryciclic antidepressant imipramine significantly reversed the anxiogenic effects of CORT, while inhibiting ETM escape, a
response related to panic disorder. To better understand the neurobiological mechanisms underlying these behavioral
effects, in the present study, analysis of fos protein immunoreactivity (fos-ir) was used to map areas activated by chronic
CORT (200 mg pellets, 21-day release) and imipramine (15 mg/kg, IP) administration. We also evaluated the number of
cells positive for the neurogenesis marker doublecortin (DCX) in the hippocampus and measured plasma CORT levels on
the 21st day of treatment.
Métodos
The study was approved by the research ethics committee of Universidade Federal de São Paulo (CEP 2179/08). Male
Wistar rats (250g - 300 g in weight) were surgically implanted with CORT pellets (200 mg, 21-day release). Sham animals
were submitted to the same surgical procedure with the exception that a pellet was not implanted. One day after surgery,
animals were further divided into two groups and chronically treated (21 days, IP injections) either with IMI (15 mg, ip) or
saline (SAL). Four groups were then formed: Sham/SAL, CORT/SAL, Sham/IMI, CORT/IMI. On the morning of the 21st day,
blood was collected from tail nick for CORT measurements (ELISA). After that, animals were anesthetized and intracardiacally perfused. Brains were then removed, post-fixed and 30 µm-thick frozen sections were cut in the frontal plane for
determination of fos-ir and measurements of DCX cells.
Resultados
Results showed that CORT increased ( p < 0,05) fos-ir in the medial amygdala (CORT/SAL: 31,33±6,99; SHAM/SAL:
6,88±1,71) and dorsal raphe (CORT/SAL: 3,17±0,87; SHAM/SAL: 2,38±0,92) and decreased ( p < 0,05) for-ir in the
basolateral amygdala (CORT/SAL: 1,33±0,33; SHAM/SAL: 3,00±0,33). Imipramine, on the other hand, increased ( p < 0,05)
fos-ir in the ventral hippocampus ( p < 0,05) (SHAM/IMI: 1,00±0,38; SHAM/SAL: 0,71±0,42), dorsolateral ( p < 0,05)
(SHAM/IMI: 5,12±0,9; SHAM/SAL: 6,38±1,81), dorsomedial ( p < 0,05) (SHAM/IMI: 5,63±1,46; SHAM/SAL: 4,38±1,43) and
ventrolateral (p=0,001) (SHAM/IMI: 4,75±1,11; SHAM/SAL: 3,50±1,393) columns of the periaqueductal grey and median
raphe (SHAM/IMI: 2,63±0,50; SHAM/SAL: 2,13±0,67), and decreased ( p < 0,05) fos-ir in the anterior hypothalamus
(SHAM/IMI: 11,38± 3,33; SHAM/SAL: 44,43±11,53) and medial amygdala (SHAM/IMI: 9,75± 2,51; SHAM/SAL: 6.88±1.71).
CORT treatment also decreased ( p < 0,05) the number of positive cells for DCX in the ventral and dorsal hippocampus
(Dorsal: SHAM/SAL: 19,4 ± 0,4; CORT/SAL: 8,1 ± 1,1; Ventral: SHAM: 19,7 ± 0,7; CORT: 9,3 ± 0,6). Imipramine reversed
the neuroplastic effects of CORT in ventral hippocampus ( p < 0,05) (Ventral: CORT/IMI: 17,1 ± 0,3; CORT/SAL: 9,3 ± 0,6)
and maintained serum levels of this glucocorticoid significantly higher throughout treatment ( p < 0,05) (CORT: 331,6 ± 61,5
ng/ml; SHAM: 43,9 ± 17,5 ng/ml).
Conclusão
This data suggests that the behavioral effects of CORT and imipramine are mediated through specific, at times overlapping,
neuronal circuits, what might be of relevance to a better understanding of the physiopathology of generalized anxiety and
FeSBE 2012
panic disorder.
FeSBE 2012
Resumo: 19.002
INVOLVEMENT OF ADRENORECEPTORS IN THE BED NUCLEUS OF THE STRIA TERMINALIS
ON THE EXPRESSION OF CONTEXTUAL FEAR CONDITIONING
1
Autores
HOTT, S. C. 1, GOMES, F. V. 1, FABRI, D. R. D. S. 1, REIS, D. G. D. 1, CRESTANI, C. C. 1,
MORAES, L. R. B. 1, CORRÊA, F. M. D. A. 1, RESSTEL, L. B. M. 1 Farmacologia - USP
Apoio Financeiro:
Faepa, Fapesp, Capes
Resumo
Objetivos
The bed nucleus of the stria terminalis (BNST) seems to be involved in the expression of anxiety-like responses as
contextual fear conditioning. Among the numerous neural inputs to the BNST, noradrenergic synaptic terminals are
prominent and some evidences suggest an activation of this BNST neurotransmission during aversive situations. Thus, we
investigated the involvement of local BNST noradrenergic system on the modulation of behavioral and autonomic responses
induced by contextual fear conditioning in rats.
Métodos
Male Wistar rats, weighing 230-270 g, were implanted bilaterally into the BNST and were submitted to a 10 min conditioning
session (6 footshocks, 1.5 mA, 3 s). Twenty-four h later, the behavioral and autonomic responses, mean arterial pressure
(MAP) and heart rate (HR), evoked by aversive context were measured during test session (test) for 10 min. Moreover,
cutaneous temperature (CT) was recording using a infrared camera. It was administered 10 min before test 0.1µL of saline
(n=6), a non-selective β-adrenergic receptor antagonist L-propranolol (n= 6/group; 7,5 and 12,5 nmol), or a non-selective αadrenergic receptor antagonist phentolamine (n= 6/group; 10 and 20 nmol); CGP-20702 (n=5; 4,5 nmol) or ICI-118,551
(n=6; 34,5 nmol), selective β1 and β2-adrenoceptor antagonist, respectively and WB4101 (n=5; 1.7 nmol) or RX821002
(n=6; 2.3 nmol), selective α1 and α2-adrenoceptor antagonist, respectively.The Institution’s Animal Ethics Committee
approved the housing conditions and experimental procedures (process number: 119/2010).
Resultados
L-propranolol, a non-selective β-adrenoceptor antagonist, and phentolamine, a non-selective α-adrenoceptor antagonist,
reduced both freezing (L-propranolol: F2,15= 13, P < 0.001; Phentolamine: F2,17= 14, P < 0.001) and autonomic responses
induced by aversive context (L-propranolol: MAP: F2,225= 24.8, P < 0.001 and HR: F2,225= 30.6, P < 0.001; Phentolamine:
MAP: F2,240= 82, P < 0.001 and HR: F2,240= 90.6, P < 0.001). Similar results were observed with CGP20712, a selective
β1-adrenoceptor antagonist (Freezing: F2,15 =18,3, P < 0,001; MAP: F2,210= 106,3, P < 0,001 and HR F2,210= 37,6, P <
0,001; CT: F2,210= 61,3; P < 0,0001), and WB4101, an α1-selective antagonist (Freezing: F2,12= 18,4, P < 0,001; MAP:
F2,165= 28,7, P < 0,001 and HR: F2,165= 27,9, P < 0,001; CT: F2,165= 10,7 P < 0,0001), but not with ICI118,551, a
selective β2-adrenoceptor antagonist, and RX821002, an α2-selective antagonist.
Conclusão
These findings support that noradrenergic neurotransmission in the BNST, specifically the α1 and β1-adrenoceptors, are
involved in the expression of contextual fear conditioning.
FeSBE 2012
Resumo: 19.003
Expressão da proteína c-fos na amigdala basolateral mas não da amígdala medial, após
tratamento repetido com cocaína sobre o contexto ambiental: um estudo etológico e
estereológico.
1
SANTOS, R. 1, MARINHO, E. A. V. 1, HOLLAIS, A. W. 1, YOKOYAMA, T. S. 1, ARAMINI, T. C.
, BALDAIA, M. A. 3, LIMA, A. J. O. 4, SILVA, A. V. 1, FRUSSA-FILHO, R. 2, LONGO, B. M. 1
Autores
Farmacologia - UNIFESP, 2 Neurofisiologia - UNIFESP, 3 Ciências da Saúde - UESC, 4 Biociências UNIFESP
2
Apoio Financeiro:
FAPESP, AFIP, CNPQ e CAPES
Resumo
Objetivos
A dependência química tornou-se na última década um dos principais problemas da sociedade moderna. Diante disso, tem
sido o foco de pesquisas em diversos segmentos da antropologia. Estudos epidemiológicos demonstram que o consumo
de algumas drogas tem tido um crescimento progressivo ao longo dos anos, fato este que serve como motivação para
pesquisas biológicas que buscam caracterizar este fenômeno. Além disso, o tratamento com drogas de abuso tais como a
cocaína, está intimamente relacionada às neuroadaptações no sistema dopaminérgico meso-accumbens com influência de
outras estruturas límbicas, como a amígdala. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar os efeitos
comportamentais da resposta condicionada à cocaína, modelo animal amplamente conhecido de condicionamento
pavloviano. Além disso, buscou-se caracterizar o possível envolvimento dos núcleos basolateral e medial da amígdala no
fenômeno de resposta condicionada, por meio da quantificação estereológica da proteína c-fos
Métodos
CEP 1947/10 - UNIFESP. Utilizou-se camundongos swiss, fêmeas (30-35 gramas), que foram distribuídos em três grupos:
Sal-Sal, Coc-Sal, Sal-Coc. Todos os animais foram habituados por três dias consecutivos no aparelho de campo aberto. No
dia seguinte, iniciou-se o processo de condicionamento. Assim, os animais do grupo Sal-Sal receberam uma primeira
injeção i.p. de solução salina e em seguida expostos ao campo aberto por 10 minutos e devolvidos a caixa moradia. Duas
horas após, os animais receberam uma segunda injeção de salina e imediatamente devolvidos a caixa moradia. Com os
animais do grupo Coc-Sal procedeu-se da mesma forma, no entanto, a primeira injeção foi de cocaína 10 mg/kg e a
segunda injeção foi de salina. Assim como nos animais do grupo Sal-Coc, sendo, a primeira injeção de salina e a segunda
de cocaína. De forma que foram contemplados os grupos cocaína pareado e não pareado ao contexto ambiental. Esse
tratamento deu-se de forma intermitente por 15 dias. Após intervalo de 12 dias, todos os animais foram desafiados com
salina. Para todas as comparações, o valor de p < 0,05 foi considerado para revelar diferenças estatísticas. O teste
estatístico utilizado foi Análise de Variância de uma via (ANOVA) seguida pelo teste post hoc de Duncan quando
necessário.
Resultados
Os resultados comportamentais indicaram que os animais que tiveram o tratamento com cocaína pareado ao contexto
ambiental - Coc-Sal -, apresentaram acentuada resposta condicionada no desafio salina (155±82) quando comparado ao
grupo não pareado - Sal-Coc - (68±36) e ao grupo controle - Sal-Sal - (78±59). Quanto à expressão de c-fos, foram
avaliadas as regiões da amígdala basolateral e medial. Assim, foi verificada uma maior expressão de c-fos na amígdala
basolateral dos animais tratados com cocaína sob o contexto ambiental (8012±1779) quando comparados ao grupo
controle (4637±536). Na amígdala medial não foram verificadas diferenças significativas em relação ao grupo controle.
Conclusão
Assim, sugere-se que o contexto ambiental exerce papel importante no fenômeno de resposta condicionada sendo que a
amígdala basolateral, mas não a amígdala medial, tem importante contribuição neste fenômeno.
FeSBE 2012
Resumo: 19.004
THE BLOCKAGE OF CRFR1 RECEPTORS IN THE MEDIAL AMYGDALA EXERTS ANXIOLYTIC
EFFECTS IN THE ELEVATED T-MAZE
1
Autores
VICENTINI, J. E. 2, NASCIMENTO, J. O. G. 1, VIANA, M. B. 1 Departamento de Biociências UNIFESP, 2 Psiquiatria e Psicologia Médica - UNIFESP
Apoio Financeiro:
CNPq and FAPESP
Resumo
Objetivos
CRF(corticotropin releasing factor)-mediated neurotransmission is a possible pathophysiological factor involved in stressrelated disorders, such as anxiety and depression. It has been suggested that CRF contributes to the development of
anxiety disorders by activating receptors in the neocortex, amygdala, hippocampus and brainstem nuclei. CRF exerts its
biological effects by binding to two receptors subtypes: CRFR1 and CRFR2. The amygdala is an important structure related
to the modulation of fear / anxiety. Nevertheless, the role of CRFergic neurotransmission in this region needs to be better
explored. The purpose of the present study is to investigate if and how the intra-medial amygdala administration of
antalarmin, a CRFR1 antagonist, alters anxiety-related responses in rats.
Métodos
The study was subimitted to the ethics committee of Universidade Federal de São Paulo and approved through the 0064-12
number. Male Wistar rats (280g-300g) were bilaterally implanted with guide cannulae in the medial amygdala. Six days after
surgery, each animal was pre-exposed to one of the open arms of elevated T-maze (ETM) model of anxiety for 30 minutes.
This pre-exposure procedure shortens escape latencies, reducing behavioral responses to novelty. On the next day, the
CRFR1 antagonist antalarmin (25 ng/0.2 ul) was administered and 10 min later, the rat was tested in the ETM. Control
animals were treated with a vehicle solution (sterile saline with 2% Tween 80, 0.2 ul). The ETM generates in the same rat
two types of behavioral defensive responses: one related to behavioral inhibition (avoidance; measured in 3 subsequent
trials: baseline, avoidance 1 and 2) and the other related to motor activation (escape, also measured in 3 subsequent trials:
escape 1, 2 and 3). These responses are respectively related, in clinical terms, to Generalized Anxiety Disorder (GAD) and
Panic Disorder. For the evaluation of motor activity, after the ETM each animal was placed for 5 min in an open field for
measurements of the number of crossings and rearings. After the experiments, the rats were perfused through the left
ventricle of the heart, and their brains removed and prepared for histological identification of cannulae placements. Only
animals with injection sites located inside the medial amygdala were included in the statistical analysis
Resultados
Results showed that treatment with antalarmin significantly impaired avoidance 1 and 2 latencies when compared to the
control group (Avoidance 1: vehicle: 152.43 +/- 53.09;antalarmin: 15.17 +/- 4.28; Avoidance 2: vehicle: 300 +/- 0 ;
antalarmin: 139.33 +/- 57.60). Neither the escape response nor the measurements performed in the open field were altered
by pharmacological treatment.
Conclusão
The results of this study suggest that the blockage of CRFR1 receptors of the medial amygdala impairs a defensive
behavioral response related to GAD, an anxiolytic effect. These results contribute to a better understanding of the
physiopathology of this subtype of anxiety disorder.
FeSBE 2012
Resumo: 19.005
EFFECTS OF CHRONIC CORTICOSTERONE AND IMIPRAMINE ADMINISTRATION ON
EMOTIONAL CONDITIONING
1
Autores
SANTOS, T. B. 2, DINIZ, L. 1, CASTRO, G. M. 1, MEDALHA, C. C. 1, VIANA, M. B. 1
Departamento de Biociências - Unifesp, 2 Departamento de Psiquiatria - Unifesp
Apoio Financeiro:
CNPq and FAPESP (Brazil)
Resumo
Objetivos
Previous evidence suggests that corticosterone (CORT) is critically involved in memory regulation. Nevertheless, results are
contradictory indicating either enhancing or inhibitory properties of CORT on memory. A recent study from our research
group has shown that chronic CORT facilitates elevated t-maze avoidance performance, a defensive response related to
emotional conditioning and behavioral inhibition, without changing escape responses. In order to better understand the role
played by chronic CORT on the consolidation of emotionally arousing experiences, the present study investigated the
effects of chronic CORT on memory consolidation measured in the step-down inhibitory avoidance test. Since the tricyclic
antidepressant imipramine (IMI) is successfully used to treat clinical conditions also related to emotional conditioning, such
as anxiety and affective disorders, the effects of the combined treatment with CORT and IMI were also investigated.
Métodos
Male Wistar rats (250g - 300 g in weight) were surgically implanted with CORT pellets (200 mg, 21-day release). Sham
animals were submitted to the same surgical procedure with the exception that a pellet was not implanted. One day after
surgery, animals were further divided into two groups and chronically treated (21 days, IP injections) either with IMI (15 mg,
ip) or saline (SAL). Four groups were then formed: Sham/SAL, CORT/SAL, Sham/IMI, CORT/IMI. On the 19th day of
treatment, the animals were exposed to the model during 10 min for habituation. On the 20th day, immediately before the
injections, the animals were submitted to the training procedure and the step-down training latency was computed. Stepdown inhibitory avoidance uses an elevated platform from which animals will step down onto a grid floor. This triggers an
electrified shock delivery (0.8-mA, 2 s) inducing an escape response to the platform. Twenty four hours after training the
step-down test latency was also computed. The cutoff time used was 300 s. Animals were also evaluated in an open field
for locomotor activity measurements. The study was approved by the Ethics Committee for Animal Research of
Universidade Federal de São Paulo under protocol number 2179/08.
Resultados
The data obtained showed that both CORT and IMI increased inhibitory avoidance latencies on the test day ( p < 0.05)
(mean ± SEM – SHAM/SAL: 94.6 ± 40.2; CCT/SAL: 213.5 ± 32.9; SHAM/IMI 300 ± 0 CCT/IMI: 300 ± 0). Nevertheless,
unlike chronic CORT, IMI also decreased locomotor activity in the open field (mean ± SEM – Crossings: Sham/SAL: 36.7 ±
3.6; Sham/IMI: 29.4 ± 3.1; Rearings: Sham/SAL: 16 ± 3.0; Sham/IMI: 9.2 ± 0.9).
Conclusão
These results suggest that chronic CORT, in the dose administered, enhances memory consolidation of an emotionally
arousing experience, what might be of relevance to a better understanding of the physiopathology of anxiety and affective
disorders, in which there is activation of the hypothalamus-pituitary-adrenal axis with a greater release of glucocorticoids in
the blood. The results observed with IMI corroborate previous evidence and are indicative of the neurosedative activity of
the drug.
FeSBE 2012
Resumo: 19.006
EFEITOS DO ÓLEO PURO DE LARANJA-AMARGA (Citrus aurantium L.) NO COMPORTAMENTO
DO ZEBRAFISH (Danio Rerio Hamilton, 1822) SUBMETIDO AO MODELO DA CAIXA
CLARO/ESCURO.
Autores
1
SIQUEIRA, B. V. L. 1, GOUVEIA Jr, A. 1, JUNIOR, A. G. 1 Instituto de Ciências Biológicas - UFPA
Apoio Financeiro:
Resumo
Objetivos
O óleo de laranja-amarga ( < i>Citrus aurantium) é conhecido na medicina popular pelo seu efeito calmante e sedativo.
Alguns poucos trabalhos de farmacognosia do óleo de laranja, os quais foram realizados em ratos, sugerem que este óleo
inalado demonstra efeito depressor do sistema nervoso central devido a seus componentes químicos: Limoneno e Mirceno.
O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento de Zebrafish ( < i>Danio rerio)submetidos ao modelo de ansiedade
baseado no protocolo para escototaxia (Nat. Protoc. 5:209, 2010) sob diferentes doses do óleo de laranja ( < i>Citrus
aurantium)e compará-los com base no tempo despendido no ambiente escuro, alternância e latência.
Métodos
24 sujeitos de sexo indefinido, comprados em pet shop locais e divididos em grupos (n=6) segundo a dose diluição em
água destilada do óleo de laranja puro (0 ppm, 25 ppm, 50 ppm e 100 ppm). Para a aplicação, cada sujeito era submetido a
10 minutos de exposição à suspensão e, imediatamente após, inserido na caixa para o teste. Para o teste de ansiedade, foi
utilizada uma caixa branca e preta (15x10x45 cm) dividida em dois ambientes (Claro e escuro) delimitados por portas
deslizantes que geravam um compartimento inicial (5 cm). Após 5 min de habituação no compartimento central, as portas
eram removidas e o animal tinha 15 min para exploração do aparato. Foram registrados os dados sobre tempo despendido
no ambiente escuro, alternância, latência, além do peso. Os dados for analisados por ANOVA de duas vias. Seguimos as
recomendações éticas do Conselho americano de experimentação Animal e do COBEA.
Resultados
As variáveis tempo despendido no ambiente escuro (F(3,20) =1,679; p=0,204), alternância (F(3,20)= 0, 347; p=0,792) e
peso (F(3,20)= 0, 854; p=0,481) não obtiveram diferenças estatísticas significativas entre os grupos por dose. A variável
Latência (F(3,20)= 7, 351; p=0,002) diferiu entre o controle e todos os outros grupos por dose.
Conclusão
A latência significativamente maior no grupo controle em relação aos outros grupos-dose pode estar correlacionada com a
diminuição do comportamento de levantamento de risco, relacionado com a ansiedade, tornando, deste modo, a
propriedade do óleo de laranja característico de aumento de impulsividade/ diminuição da ansiedade nos sujeitos testados,
embora se considere esse um efeito ansiolítico. Maior número amostral por dose, doses maiores e modos de diluição do
óleo diferentes podem corroborar futuramente com esses resultados.
FeSBE 2012
Resumo: 19.007
Alpha2 but not alpha1 and beta adrenoceptors in the lateral septal area modulates
cardiovascular responses evoked by restraint stress in rats.
Autores
1
SCOPINHO, A. A. 1, RESSTEL, L. B. M. 1, CORRÊA, F. M. A. 1 Farmacologia - USP
Apoio Financeiro:
CAPES and FAEPA
Resumo
Objetivos
The lateral septal area (LSA) is involved in cardiovascular responses associated with emotional behavior. Restraint stress
(RS) causes hypertension and tachycardia, and these responses are significantly reduced by microinjection of cobalt
chloride (inhibitor synaptic) in LSA. RS also causes increased expression of c-fos in LSA, suggesting that this structure is
involved in the modulation of cardiovascular responses evoked by the RS. Microdialysis studies showed that the levels of
noradrenaline (NA) are increased during RS in several limbic regions involved in behavioral and autonomic responses,
including LSA. Therefore, the aim of our study was to investigate the involvement of the noradrenergic system of LSA on the
cardiovascular responses caused by the RS.
Métodos
Experimental procedures were carried out following protocols approved by the Ethical Review Committee of the School of
Medicine of Ribeirão Preto (113⁄ 2010). Wistar rats were used (240-280g). Guide-cannulae were implanted bilaterally in the
LSA for microinjection of alpha2-receptor antagonist RX821002 (10nmol/100nL), alpha1-receptor antagonist WB4101
(10nmol/100nL), beta receptor antagonist propranolol (10nmol/100nL) or vehicle artificial cerebrospinal fluid (aCSF). A
catheter was implanted in the femoral artery to record arterial pressure and heart rate. Ten minutes after the microinjection
of drugs, the animals were submitted to the RS for an hour.
Resultados
Acute restraint caused significant increases in both MAP (F35,360=5.2; P < 0.001) and HR (F35,360=7.56; P < 0.001).
RX821002 treatment significantly reduced the MAP increase (F1,360 = 32.66, P < 0.0001; n=7) and tachycardiac response
(F1,350 = 84.96, P < 0.0001, n=7) evoked by RS. In contrast, WB4101 did not change the MAP increase (F1,280=2.1; P=
0,1452, n=5) and tachycardia (F1,280=0.68; P= 0,4091, n=5) evoked by RS. Also, propranolol did not change the MAP
increase (F1,315=3.5; P= 0,0589, n=5) and tachycardia (F1,315=2.9; P= 0,0853, n=5) evoked by RS.
Conclusão
These results suggest that noradrenergic alpha2- adrenoceptors in the LSA has facilitatory role in controlling cardiovascular
responses to RS. Moreover, alpha1 and beta adrenoceptors does not seem to be involved in these responses.
FeSBE 2012
Resumo: 19.008
SYSTEMIC ADMINISTRATION OF TEMPOL, AN ANTIOXIDANT AGENT, ATTENUATES THE
EXPRESSION OF CONDITIONED EMOTIONAL RESPONSE
1
Autores
FEDOCE, A. D. G. 1, LISBOA, S. F. 2, PINTO, N. C. S. 1, RESSTEL, L.B.M 1 Farmacologia - USP, 2
Bioquímica - IQ.USP
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FAEPA, FAPESP
Resumo
Objetivos
Stress is a risk factor for the development of affective disorders, such as anxiety and depression. The organism response to
stress leads to neurochemical and behavioral changes that may be associated with oxidative stress. Recent evidences
suggest that anxiolytic drugs may have antioxidant properties. However, the therapeutic potential of antioxidants as
anxiolytic drugs has not been systematically investigated. The target of the present study, was evaluate the hypothesis that
4-hydroxy-2, 2, 6, 6-tetramethylpiperidine 1-oxyl oxil (Tempol), a superoxide dismutase (SOD) mimetic, prior to re-exposure
to the aversive context attenuated the fear-conditioned responses in animals previously stressed.
Métodos
The Institution’s Animal Ethics Committee approved housing conditions and experimental procedures (process number:
170-2011). Male Wistar rats (230-270 g) were divided in two groups: control or restrained for 3 h (acute stress). These
animals received Tempol (5 or 20 mg/kg, i.p.) 30 minutes before the restraint-stress (RS). Twenty four hours later animals
were submitted to the contextual fear conditioning (3 electrical foot shocks, 0.8 mA, 2 s). After this, a polyethylene catheter
was implanted in the femoral artery for cardiovascular recordings. 24h later the animals were re-exposed to the chamber
previously paired with shock, but without shock presentation, and during this period the freezing behavior was manually
counted and the cardiovascular activity was continuously acquired by a system.
Resultados
The RS increased freezing behavior during re-exposition to the aversive chamber (non-stressed vehicle: 55 ± 1.5 % vs
stressed vehicle: 86 ± 2.7%; F1,29=6.4, p < 0.02, two-way ANOVA). In addition, there was significant effect of treatment
(F2,29=100.7, p < 0.001) and interaction between treatment and condition (F2,29=74.4, p < 0.001). One-way ANOVA of
these data showed that the drug in both doses attenuated freezing behavior in stressed rats (veh: 86.4±2.7%; 5 mg/Kg: 29.2
± 1.1%; 20 mg/Kg: 22.5 ± 3.4%; F2,14=171.4, p < 0.0001, Duncan, n=5-6/group), but not in non-stressed (veh: 55.3±1.5%,
5 mg/Kg: 48.7±3.1%, 20 mg/Kg: 52.2 ± 3.7%; p > 0.05, n=2-6/group). The RS also altered the cardiovascular response
during re-exposure to the chamber. The re-exposure to the conditioning chamber increased mean arterial pressure
(MAP):(F14,10=21.75, p < 0.0001, MANOVA), which was increased by RS(F14,10=2.4, p=0.08, n=5-6/group; MANOVA). In
addition, treatment with tempol attenuated this effect (F28,18=2.14, p < 0.05, MANOVA). There was also an increase in the
heart rate (HR) during re-exposition to the aversive chamber (F14,10=33.7, p < 0.0001, MANOVA). However, neither RS
nor treatment altered this parameter ( p > 0.05).
Conclusão
The present results showed that administration of an antioxidant agent before RS prevented the increase induced by this
stress in behavioural and cardiovascular measures during re-exposure to an aversive context. These results suggest that
acute stressors could sensitize the animal to a subsequent aversive condition by increase oxidative state.
FeSBE 2012
Resumo: 19.009
PADRONIZAÇÃO DE UM MICROMÉTODO PARA QUANTIFICAÇÃO DE LAMOTRIGINA
PLASMÁTICA.
1
COSTA, A. C. 1, JOAQUIM, H. P. G. 1, TALIB, L. L. 1, SOUZA, M. S. T. D. 1, MACHADOAutores VIEIRA, R. 1, GATTAZ, W. F. 1 Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo - LIM - 27
Apoio Financeiro:
FAPESP e ABADHS
Resumo
Objetivos
Padronizar um micrométodo para quantificar lamotrigina, um fármaco anticonvulsivante, bastante utilizado para tratamento
de epilepsia e, atualmente, como estabilizador de humor, por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC).
Métodos
O modelo do equipamento de HPLC utilizado foi Shimadzu, com temperatura do forno de 30ºC, coluna C18 (250mm x
4,6mm) e absorbância por ultravioleta com comprimento de onda 240 nm. A partir de 250 uL de plasma, fez-se uma
extração líquido-líquido em meio alcalino (hidróxido de sódio 2M), utilizando acetato de etila como solvente extrator. A fase
móvel foi constituída por tampão dihidrogênio fosfato de potássio (50mM, pH 4,5), acetonitrila e metanol (65 : 26,2 : 8,8
v/v/v), eluída a um fluxo de 0,8 mL/min (método isocrático). Foi utilizado um Pi de lamotrigina cedido por Sigma Aldrich. Pi
consiste num analito quimicamente semelhante ao analito de interesse, que passa pelas mesmas etapas de extração e
separação, sendo detectável pelo mesmo método, importante para o controle interno do experimento.
Resultados
O método se mostrou linear de 2,5 a 40 ug/mL de lamotrigina. Os limites de quantificação e detecção foram 2,5 e 1,0
ug/mL, respectivamente. O tempo de retenção da lamotrigina foi de 8 minutos e do Pi de 4,9 minutos.
Conclusão
As vantagens desse método são volume reduzido da amostra e baixo custo. A facilidade de extração e o baixo tempo de
corrida tornam o método acessível para exames de rotina e monitorização terapêutica. Os parâmetros exatidão, precisão e
recuperação para validação do método serão os próximos passos.
FeSBE 2012
Resumo: 19.010
EFFFECT OF SCOPOLAMINE AND KETAMINE ON RECONSOLIDATION OF A CONTEXTUAL
FEAR MEMORY IN RATS
1
Autores
Scoz-Silva, R. ** 1, Somensi, T. M. * 1, Sant'Anna, F. C. M.* 1, Bertoglio L. J. 1 Departamento de
Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq and CAPES (Brazil)
Resumo
Objetivos
The process of reconsolidation allows the maintenance and/or update of an established memory. This event occurs shortly
after retrieving and reactivating the memory, making it once more susceptible to interference. Accordingly, memories fail to
reconsolidate when drugs with amnesic-like effects, such as the benzodiazepine midazolam, are administered immediately
after their reactivation. It is of note that cholinergic muscarinic and glutamatergic NMDA receptors modulate the memory
process and, thus, may possibly be recruited during reconsolidation. The present study sought to investigate if their
pharmacological antagonism with scopolamine and ketamine, respectively, could disrupt the reconsolidation of a contextual
fear memory in rats.
Métodos
In each experiment we used different groups of male Wistar rats, aged 3 months (n=8-12/group). The general protocol
consisted of familiarization (3 min), conditioning (0.7 mA, 3 s, inter-shock interval: 30 s), reactivation (3 min) and test (3 min)
in the context chamber A. To evaluate a possible generalization process, on the next day animals were exposed to the
context B, a neutral chamber that was also used in the non-reactivated protocol. Contextual fear memory was inferred from
the percentage of freezing. In experiment 1, animals were treated with vehicle (VEH; NaCl 0.9%) or scopolamine (SCO;
0.175-3.0 mg/kg i.p.) immediately after reactivation, and re-exposed to the context A 24 h later. In experiment 2, animals
received SCO or VEH after being exposed to the neutral context B (non-reactivation groups), and on the next day were reexposed to context A. In experiment 3, animals received a systemic administration of VEH or ketamine (KET; 10-60 mg/kg
i.p.) just after reactivation, and were re-exposed to the context A 24 h later. Data were analyzed using analysis of variance
(ANOVA). The Newman-Keuls test was used for post-hoc comparisons. The statistical significance level was set at p < 0.05.
The experimental design aforementioned was approved by the local Ethical Committee in Animal Research
(23080.016341/2010-30/CEUA/PRPe/UFSC).
Resultados
Repeated-measures ANOVA showed that animals administered with 0.75, 1.5 or 3.0 mg/kg of SCO after memory
reactivation expressed significantly less freezing than controls when re-exposed to the context A 24 h later [F(4,33) = 3.8; p
< 0.05; VEH (mean ± S.E.M) = 78 ± 5 %, SCO 0.175 = 67 ± 10 %, SCO 0.75 = 46 ± 7 %, SCO 1.5 = 51 ± 8 % and SCO 3.0
= 42 ± 7 %]. However, when memory reactivation was omitted (experiment 2), the disruptive effect of SCO on
reconsolidation was no longer observed [F(1,14) = 1.7; p = 0.21; VEH = 72 ± 6 % and SCO 1.5 = 75 ± 6 %]. Repeatedmeasures ANOVA showed that KET-treated animals froze equally to controls when re-exposed to the context A 24 h later
[F(4,34) = 0.62; p = 0.65; VEH = 62 ± 4 %, KET 10 = 63 ± 3 %, KET 20 = 75 ± 4 %, KET 40 = 76 ± 6 % and KET 60 = 76 ± 5
%].
Conclusão
Present results suggest that a fear memory is vulnerable to disruption induced by SCO, but not KET, through
reconsolidation blockade, with a consequent attenuation in contextual fear-induced freezing.
FeSBE 2012
Resumo: 19.011
Análise dos efeitos do tratamento crônico de Ayahuasca sobre a memória e a ansiedade de
ratos.
1
Autores
FAVARO, V. M. 2, YONAMINE, M. 1, OLIVEIRA, M. G. M. D. 1 Psicobiologia - UNIFESP, 2
Análises Clínicas e Toxicológicas - USP
Apoio Financeiro:
FAPESP e AFIP
Resumo
Objetivos
A ayahuasca é uma bebida alucinógena produzida a partir de duas espécies vegetais. Ela combina a ação agonista
serotoninérgica da N,N-dimetiltriptamina (DMT) com a inibição da monoamina oxidase (MAO) induzida pelas betacarbonilas. Nos últimos anos observou-se um aumento do consumo de ayahuasca no mundo todo, chamando a atenção do
meio científico acerca dos efeitos da bebida sobre o sistema nervoso central. Com isso, esse trabalho investigou os efeitos
do tratamento crônico de ayahuasca sobre memória e ansiedade de ratos por meio de diferentes modelos
comportamentais.
Métodos
Foram utilizados ratos machos Wistar, de 3 meses de idade, pesando 250-350g, CEP (0793/11).A bebida foi cedida
mediante a um termo de consentimento assinado por membro responsável de uma seita que faz o uso religioso da
ayahuasca. A bebida passou por análise fitoquímica e foi liofilizada. As doses utilizadas foram 120, 240 e 480 mg/kg,
calculadas com base na concentração de DMT, e água como controle (N=12/grupo). O tratamento crônico baseou-se na
administração de uma dose diária do chá por 30 dias. Os animais foram colocados no Labirinto em cruz Elevado (LCE)
para exploração por 5 minutos, 48 horas após a ultima administração do chá. Após um intervalo de 30 minutos, os animais
foram submetidos ao treino da tarefa de condicionamento de medo ao contexto (CMC) e ao som (CMS), para isso foram
colocados na caixa de condicionamento e receberam 5 pareamentos de som (5s – 80dB) + choque (1s – 0.6 mA) por 6
minutos; 24 horas após o treino, os animais foram expostos ao mesmo contexto de treino e tempo de congelamento dos
animais foi registrado minuto a minuto por 5 minutos; e 48 horas após o treino, os animais foram colocados em um
contexto diferente onde o som (5s – 80dB) foi apresentado 5 vezes aos animais durante 6 minutos. O paradigma do
Labirinto aquático de Morris (LAM) – versão espacial, foi iniciado 48 horas após a ultima administração de ayahuasca com
um novo grupo de animais e baseou-se em 5 dias de treino (4 trials – 1min/animal), seguido por um dia de teste (1 trial –
1min/animal) no qual a plataforma era retirada. Para análise estatística do LAM e LCE foi feita ANOVA de uma via e para
análise do CMC e do CMS foi feita a ANOVA de duas vias, seguido pelo teste pos-hoc de Tukey quando p < 0,05.
Resultados
No LCE não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos no tempo de permanência e nem no número de
entradas nos braços abertos ( p > 0,05). No CMC, os animais que receberam a dose de 120 mg/kg [média: 228,6 ± e.p:
10,2] tiveram um maior tempo total de congelamento quando comparado com os demais grupos [F(3,42)=3,80, p < 0,05],
sendo água [144,3 ± 17,7], 240 mg/kg [175,7 ± 22,6] e 480 mg/kg [177,3 ± 17,3]. No CMS não foram encontradas
diferenças significativas no tempo de congelamento entre os grupos ( p > 0,05). No LAM não houve diferenças
significativas no desempenho entre os grupos ( p > 0,05).
Conclusão
Os dados comportamentais obtidos sugerem que a administração crônica de ayahuasca possa estar agindo sobre a
comunicação entre as regiões da amígdala e hipocampo, provocando uma alteração na emocionalidade dos animais.
Apesar das tarefas do LAM e CMC serem dependentes do hipocampo, é possível que apenas o CMC evoque no animal
um componente emocional no qual amígdala exerceria o controle central, e somado a isso, não houve alteração nos níveis
de ansiedade, nem no teste de CMS, o qual não depende da integridade do hipocampo.
FeSBE 2012
Resumo: 19.012
“Estudo dos efeitos da administração de ácidos graxos poliinsaturados (PUFAS) na
dependência de nicotina”
Autores
1
ZAPAROLI, J. X. 1, RAMOS, A. C. 1, GALDURÓZ, J. C. F. 1 Psicobiologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
FAPESP, AFIP
Resumo
Objetivos
Analisou-se o efeito da suplementação alimentar com ácidos graxos poliinsaturados (PUFAS) da série ômega-3 e 6 no
tratamento da dependência de nicotina.
Métodos
Estudo clínico, duplo-cego, randomizado, paralelo (1:1), placebo controlado conduzido em dependentes de nicotina
avaliados pelo Teste de Fagerström (FTND). Os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
UNIFESP (#:1616/10). O tratamento consistiu na administração de cápsulas de placebo (parafina líquida + corante
alimentar #2, 2g/dia) ou óleo de linhaça (2g/dia - Naturalis Nutrição & Farma Ltda) durante 60 dias. O seguimento clínico
realizou-se através da aplicação de escalas: FTND para avaliar a dependência de nicotina, Inventário de Ansiedade (BAI) e
Depressão (BDI) de Beck para a ansiedade e depressão e Teste de Richmond (TR) que avalia a motivação para cessar o
uso de tabaco. As avaliações ocorreram antes, durante e após término da intervenção. Os dados foram avaliados pela
análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas com nível de significância adotado p < 0,05. Foi usado o teste a
posteriori de Bonferroni quando aplicável.
Resultados
36 sujeitos de pesquisa concluíram a pesquisa (tabagistas de ambos os sexos de 20 a 60 anos), distribuídos igualmente
entre os grupos (n=18). Verificou-se mudança de dependência elevada para baixa nos grupos placebo (escore
FTNDi=6,3±1,6 FTNDf=4,7±2,3; média ± erro padrão) e ômega (escore FTNDi=6,72±1,2 FTNDf=4,5±2,4; média ± erro
padrão) ao término da intervenção, porém esta diferença não foi significante entre os grupos ( p > 0,05). Não foram
encontradas diferenças significativas ao longo do tempo ou entre os grupos na ansiedade e depressão ( p > 0,05). Os
sujeitos apresentaram motivação média para parar de fumar (escore TR: placebo=7,6±1,7 e ômega=7,7±2,0; média ± erro
padrão). Não foi identificada diferença significante de motivação entre os grupos ( p > 0,05).
Conclusão
O protocolo em estudo resultou em uma diminuição da dependência, contudo, esta não foi significante em relação ao
tratamento ou grupos. Neste estudo, devido ao fato de que todos os pacientes diminuíram o grau da dependência do
tabaco nada se pode afirmar sobre os possíveis efeitos benéficos dos PUFAS. Os resultados observados são,
provavelmente, decorrentes da boa motivação prévia ao tratamento. Outros estudos mais amplos avaliando-se também a
incorporação dos PUFAS em nível celular são necessários para se determinar possíveis benefícios desses ácidos graxos
no tratamento da dependência do tabaco, assim como alguns estudos sugerem.
FeSBE 2012
Resumo: 19.013
INTERFERÊNCIA DO PERFIL ANSIOSO NO DESENVOLVIMENTO DE FOLÍCULOS OVARIANOS
EM RATAS
1
Autores
ALMEIDA**, C. D. A. 1, OLIVEIRA*, D. R. 1, GOES**, T. C. 1, PEREIRA, V. M. 1, TEIXEIRASILVA, F. 1 Fisiologia - UFS
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Resumo
Objetivos
A relação entre ansiedade e função reprodutiva ainda não está clara. Evidências apontam para uma relação negativa entre
estresse e número de ovócitos retirados de mulheres participantes de programa de reprodução assistida (Hum. Reprod.
24:2173, 2009). Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar se os diferentes níveis de ansiedade-traço
influenciam nos eventos do ciclo ovariano de ratas.
Métodos
Foram utilizadas 27 ratas Wistar adultas (2-3 meses de idade), com ciclo estral regular, e pesando entre 200 e 250 g.
Primeiramente, os animais foram submetidos ao Paradigma da Exploração Livre (PEL), um teste de ansiedade traço
(estável ao longo do tempo). Os animais permaneceram em um dos dois ambientes do aparato do PEL por 24 h para
familiarização. Após esse período foi permitida a exploração de todo o aparato por 15 min, durante os quais foram feitas as
avaliações comportamentais. Os resultados obtidos serviram para categorizar os animais, de acordo com o parâmetro
Porcentagem de Tempo no Ambiente Novo (%TAN), em alta (%TAN < %TAN < 3o quartil; grupo MA), e baixa (%TAN >3o
quartil; grupo BA) ansiedade-traço. Após a exposição ao PEL, as ratas foram eutanasiadas na fase de estro, os ovários
foram removidos, imediatamente fixados em paraformaldeído 4% e preparados para análises histológicas, nas quais foram
observadas as seguintes estruturas: folículos em desenvolvimento, folículos antrais, folículos atrésicos, corpos lúteos
funcionais, corpos lúteos em regressão e cistos. Os dados obtidos foram analisados por ANOVA de uma via e com nível de
significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal de
Sergipe (CEPA 78/2009).
Resultados
Os resultados de %TAN apresentaram-se da seguinte forma: 1º quartil = 43,74% e 3º quartil = 74,83%. Assim foram
considerados de alta ansiedade os animais com valores inferiores a 43,74 (n = 9); de média ansiedade os animais com
valores entre 43,74 e 74,83 (n = 12); e de baixa ansiedade, os animais com valores superiores a 74,83 (n = 6). Em relação
aos dados da histologia ovariana, representados por média e desvio padrão, a ANOVA revelou diferenças significativas,
entre os grupos de diferentes níveis de ansiedade, somente no número de folículos em desenvolvimento, sendo que as
ratas de média ansiedade (14,5 ± 2,9) apresentaram um número maior desses folículos em comparação com as ratas de
baixa (11,6 ± 4,0) e alta ansiedade (10,4 ± 2,0). Não foram encontradas diferenças no número de folículos antrais (AA = 8,0
± 3,2; MA = 9,4 ± 3,4; BA = 8,0 ± 1,0); no número de folículos atrésicos (AA = 5,8 ± 1,9; MA = 8,9 ± 5,8; BA = 6,6 ± 3,5); no
número de corpos lúteos funcionais (AA = 10,3 ± 2,0; MA = 10,1 ± 2,8; BA = 9,0 ± 2,4); no número de corpos lúteos em
regressão (AA = 13,4 ± 4,0; MA = 14,6 ± 3,2; BA = 11,8 ± 3,1) e no número de cistos ovarianos (AA = 0,2 ± 0,7; MA = 0,0 ±
0,0; BA = 0,0 ± 0,0).
Conclusão
Os resultados indicam que o traço ansioso influencia no desenvolvimento de folículos ovarianos, sendo que parece haver
um nível ótimo de ansiedade para uma maior produção de folículos.
FeSBE 2012
Resumo: 19.014
ALTO TRAÇO ANSIOSO = BAIXO DESEJO SEXUAL? UM ESTUDO EM ANIMAIS DE
LABORATÓRIO.
1
Autores
MELO, A. L. L. 1, URSULINO, F.R.C. 1, RAMIRO-OLIVEIRA, D. 1, TEIXEIRA-SILVA, F. 1
Departamento de Fisiologia - UFS
Apoio Financeiro:
Nenhum.
Resumo
Objetivos
Na população geral, altos níveis de ansiedade parecem ser um fator de risco para problemas sexuais (J. Epidemiol.
Commun. H. 53; 144, 1999). Nesse contexto, o estudo da relação entre ansiedade e função sexual é de grande interesse
científico. Uma vez que, dentre os problemas sexuais mais comuns, está o transtorno do desejo sexual hipoativo (Int. J.
Androl. 28; 46, 2005), e que o comportamento sexual apetitivo de ratos guarda certa homologia com o humano (Horm.
Behav. 30; 187, 1996), o objetivo do presente estudo foi investigar a possível correlação entre níveis de ansiedade-traço e
níveis de motivação sexual em ratos Wistar.
Métodos
A experimentação animal foi aprovada pelo comitê de ética local, sob protocolo nº 74/2011. Quinze ratos Wistar machos
adultos (de 2 a 3 meses de idade), pesando cerca de 250 g, foram primeiramente testados no Paradigma da Exploração
Livre (PEL), que avalia ansiedade-traço, e uma semana depois, no Teste de Preferência por Parceiro (TPP), que avalia
motivação sexual. Para o PEL, os animais permaneceram em um dos dois ambientes do aparato por 24 h para
familiarização. Após este período, foi permitida a exploração de todo o aparato por 15 min durante os quais foi avaliado o
parâmetro “porcentagem de tempo no ambiente novo” (%TAN). Para o TPP, os animais foram observados, por 15 min, em
uma arena onde teriam a chance de escolher entre dois animais estímulos [sexual (fêmea Wistar receptiva) ou social
(macho Wistar)], sem que a interação sexual fosse permitida. O parâmetro avaliado foi “porcentagem de tempo nas
proximidades do estímulo sexual” (%TSEX). Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente através de teste de
Pearson, com nível de significância de 5%.
Resultados
A %TAN (média ± DP: 67,32 ± 15,65) não se correlacionou significativamente (r = -0,03; p = 0,91) com a %TSEX (média ±
DP: 67,9 ± 24,17).
Conclusão
Os resultados obtidos indicam não haver uma correlação entre traço ansioso e motivação sexual em ratos. Estudos futuros
poderão explorar outros aspectos da ansiedade, como ansiedade-estado e/ou outros aspectos da função sexual, como
resposta erétil.
FeSBE 2012
Resumo: 19.015
FEAR EXPRESSION IS REDUCED AFTER UPDATING A CONTEXTUAL FEAR MEMORY
2,1
HAUBRICH, J. 2,1, ALVARES, L. D. O. 2,1, CASSINI, L. F. 2,1, SANTANA, F. 2,1, SIERRA, R. O.
2,1
, CRESTANI, A. P. 2,1, DUTRA, F. D. 2,1, DURAN, J. M. 2,1, ZANONA, Q. K. 2, BOOS, F. Z. 1,2,
Autores
QUILLFELDT, J. A. 1 Programa de Pós-Graduação em Neurociências - UFRGS, 2 Departamento de
Biofísica - UFRGS
Apoio Financeiro:
CNPq
Resumo
Objetivos
Memory retrieval triggers a number of processes that may impair, reinforce or alter stored information through two distinct
processes, extinction or reconsolidation. Extinction suppression of aversive memories usually does not persist due
spontaneous recovery, limiting its clinical efficacy. It is thought that reconsolidation allows modification of previously stored
information in a process called memory updating. Updating an aversive memory in order to make it non-aversive may be an
effective and long-lasting way to reduce fear expression in some pathologies such as PTSD. In this study, we investigated if
reactivation of a contextual fear memory paired with an appetitive component can alter fear expression and different
parameters that influence it, as shock intensity of training and length, quantity and time (recent or remote) of memory
reactivations.
Métodos
Female wistar rats with 2 months of age, previously habituated in consuming chocolate, were trained on day 1 in Contextual
Fear Conditioning (0,5mA or 0,7 mA footschock). Animals where reexposed to the training context for 3 or 9 minutes (long
or short reactivation session) in the presence of chocolate bars (Update groups) or not (Control groups). Reactivations took
place at day 6 (1 recent reactivation), on days 4, 6 and 8 (multiple recent reactivations) or on days 30, 32 and 34 (multiple
remote reactivations). On day 11, on the recently reactivated groups, or on day 37 on the remotely reactivated group, rats
where tested for 4 minutes in the training context without chocolate. A retest session was conducted 20 days after test in
order to evaluate spontaneous recovery.
Resultados
Rats from Update group submitted to one long recent reactivation and multiple short recent reactivations showed
significantly less freezing during reactivations, test and retest compared to controls (Student’s T test, p < 0,05, n= 19 and
13, respectively). Rats from Update group submitted to one short reactivation or multiple remote reactivations showed
significantly less freezing during reactivation compared to controls (Student’s T test, p < 0,05, n= 20 and 16, respectively)
but did not differed on test and retest. Rats form the update group did not differ from controls in reactivations and test when
footshock intensity during training was 0,7mA (n = 14). Projeto Nº: 21913.
Conclusão
Our results showed that the presence of an appetitive stimulus during reconsolidation altered memory content in a long
lasting way, making it less aversive and avoiding spontaneous recovery of fear response. Memory update occurred only on
specific parameters (weak footshock training, one recent long reactivation or multiple short recent reactivations and not on
old and more aversive memories). In conclusion, memory updating induced by reconsolidation makes the memory trace
able to add new information that alters its content and emotional meaning and is a potential treatment for fear-related
disorders.
FeSBE 2012
Resumo: 19.016
EFEITO DO AROMA DE LARANJA DOCE (Citrus sinensis) NA ANSIEDADE EXPERIMENTAL EM
HUMANOS.
Autores
1
GOES, T. C.** 1, ANTUNES, F. D. 1, TEIXEIRA-SILVA, F. 1 Departamento de Fisiologia - UFS
Apoio Financeiro:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
Resumo
Objetivos
A aromaterapia é o uso de óleos essenciais para o tratamento complementar de diversas doenças. Já foi demonstrado, em
animais de laboratório, que a inalação do óleo essencial de laranja doce ( < i>C. sinensis) diminui os níveis de ansiedade
(Prog. Neuropsychopharmacol. Biol. Psychiatry. 34; 605-609, 2010). Com base nisso, o presente estudo teve por objetivo
avaliar o potencial efeito ansiolítico do aroma de laranja doce em voluntários saudáveis submetidos a um modelo
experimental de indução de ansiedade.
Métodos
Protocolo de aprovação no comitê de ética–CAAE–0031.0.107.000-07. Quarenta voluntários saudáveis, do sexo
masculino, com idade entre 18 e 30 anos, foram selecionados. Nesse experimento, de caráter duplo-cego e randomizado,
os sujeitos foram alocados em cinco diferentes grupos (n=8) para inalação do óleo essencial de laranja doce (LD – aroma
teste: 2,5; 5 e 10 gotas), do óleo essencial de Melaleuca alternifolia (MA – controle aromático: 2,5 gotas) ou de água
destilada (controle não aromático: 2,5 gotas). Imediatamente após a inalação, cada voluntário foi submetido à situação
ansiogênica do Teste de Stroop Monitorado por Vídeo (TSMV), sendo que antes, durante e depois do TSMV foram
avaliados os níveis de ansiedade-estado (Inventário de Ansiedade-Traço/Estado) e frequência cardíaca (bpm). Ambos os
parâmetros também foram avaliados previamente ao tratamento (pré-tto). Os níveis de ansiedade-estado foram analisados
por ANOVA de Friedman, para cada grupo de tratamento, seguido de teste a posteriori tipo Tukey. Já os resultados da
frequência cardíaca foram analisados por ANOVA de duas vias para medidas repetidas, seguido de teste a posteriori de
Tukey. Ambas as análises estatísticas foram realizadas com nível de significância de 5%.
Resultados
A existência de efeito ansiolítico deveria refletir-se nos resultados na forma de ausência de diferenças significativas entre
as situações de teste. Assim sendo, diferentemente dos grupos controles, o grupo tratado com 10 gotas do óleo essencial
de laranja doce não apresentou alterações significativas ( p > 0,05) nos níveis de ansiedade-estado (escores) ao longo do
TSMV: LD 10 [mediana e intervalo interquartis (Q1-Q3): pré-tto= 32,5 (30,7-36,2); antes TSMV= 32,0 (27,5-33,2); durante
TSMV= 39,0 (35,2-41,2); depois TSMV= 33,0 (32,5-34,5)], MA [mediana e intervalo interquartis (Q1-Q3): pré-tto= 30,0
(27,0-33,2); antes TSMV= 28,0 (24,0-29,2); durante TSMV= 36,5 (31,7-39,0); depois TSMV= 28,5 (26,2-34,2)] e H2O
[mediana e intervalo interquartis (Q1-Q3): pré-tto= 32,5 (30,5-36,0); antes TSMV= 32,5 (30,5-35,8); durante TSMV= 41,0
(32,3-43,3); depois TSMV= 36,0 (30,3-42,3)]. No entanto, esse efeito não foi observado em relação à frequência cardíaca
(bpm) – LD 10 (média ± dp: pré-tto= 76,5 ± 5,2; antes TSMV= 74,9 ± 5,3; durante TSMV= 107,1 ± 10,8; depois TSMV= 74,5
± 5,0), MA (média ± dp: pré-tto= 80,3 ± 7,0; antes TSMV= 79,5 ± 7,4; durante TSMV= 127,1 ± 20,8; depois TSMV= 75,1 ±
4,9) e H2O (média ± dp: pré-tto= 69,5 ± 2,9; antes TSMV= 69,9 ± 3,9; durante TSMV= 103,1 ± 10,3; depois TSMV= 70,6 ±
2,5) – assim como ocorreu com o clássico ansiolítico, diazepam, em estudo anterior (Physiol. Behav. 82; 215-230; 2004).
Conclusão
Embora mais estudos sejam necessários para constatar a relevância clínica da aromaterapia no tratamento dos transtornos
de ansiedade, os resultados do presente estudo demonstraram um efeito ansiolítico agudo do aroma de laranja doce,
trazendo certo apoio científico para sua utilização como tranquilizante pelos aromaterapeutas.
FeSBE 2012
Resumo: 19.017
Beta-adrenoceptors in the medial amygdaloid nucleus modulate the cardiovascular responses
to acute restraint stress in rats.
1
Autores
FORTALEZA, E. A. T. 1, SCOPINHO, A. A. 1, CORRÊA, F. M. A. 1, CORRÊA, F. 1 Farmacologia FMRP-USP
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAEPA
Resumo
Objetivos
Aim: Restraint stress (RS) causes cardiovascular responses such as increased blood pressure and heart rate. RS causes
increased expression of c-fos in Medial amygdaloid nucleus (MeA), suggesting that this structure is involved in the
modulation of responses evoked by the RS. MeA local neurotransmission has an inhibitory influence on restraint-evoked
cardiac response, without affecting blood pressure increase. Moreover, microdialysis studies showed that the levels of
noradrenaline (NA) are increased during RS in several limbic regions involved in behavioral and autonomic responses,
including MeA. Therefore, the aim of the present study was to investigate the involvement of the beta-adrenoceptors into the
MeA on cardiovascular responses to acute RS in rats.
Métodos
Methods: We used male Wistar rats weighing (240-280g). Guide cannulae were implanted bilaterally in the MeA for
microinjections of drugs or artificial cerebrospinal fluid (aCSF) vehicle. Two days after, animals were anesthetized with
tribromoethanol and a polyethylene catheter was implanted into the femoral artery for blood pressure and heart rate
recording. The Institution’s Animal Ethics Committee approved the housing conditions and the experimental protocol (no.
057/2009).
Resultados
Results: We microinjected the non-selective beta-adrenoceptor antagonist propranolol in the MeA in the doses of (10 15
and 20nmol/100nL), and submitted the animals to acute RS. Acute RS caused BP and HR increases in aCSF treated
animals (n=6). Pre-treatment with propranolol (15nmol) significantly enhanced restraint-evoked tachycardiac response
(&DeltaHR, Interaction: F5,60= 5,108, P= 0,0006; Treatment: F1,60= 11,45, P= 0,0013; Time: F5,60= 33,84, P < 0,0001;
two-way ANOVA, n=6) without significant effect on the pressor response (&DeltaMAP, Interaction: F5,60= 0,05960, P=
0,9976; Treatment: F1,60= 0,06577, P= 0,7985; Time: F5,60= 32,13, P < 0,0001; two way ANOVA, n=6), when compared
with aCSF-treated animals. However, the pre-treatment of the MeA with propranolol in the doses of the 10 and 20 did not
change the restraint-related cardiovascular responses: 10nmol (&DeltaMAP Interaction: F5,78= 0,1934, P= 0,9642;
Treatment: F1,78= 0,5864, P= 0,4461; Time: F5,78= 37,52, P < 0,0001, and &DeltaHR, Interaction: F5,78= 0,5912, P=
0,7067; Treatment: F1,78= 1,831, P=0,1799; Time: F5,66= 20,41, P < 0,0001; two-way ANOVA n=9); 20nmol (&DeltaMAP,
Interaction: F5,60= 1,089, P= 0,3760; Treatment: F1,60= 1,040, P= 0,3120; Time: F5,60= 35,75, P < 0,0001, and
&DeltaHR, Interaction: F5,60= 0,6126, P= 0,6906; Treatment: F1,60= 0,8730, P= 0,3539; Time: F5,60= 9,810, P < 0,0001;
two-way ANOVA n=6).
Conclusão
Conclusion: Our results suggest an inhibitory influence of the beta-adrenoceptors into the MeA on the HR increase evoked
by RS.
FeSBE 2012
Resumo: 19.018
PUBERTAL CANNABIDIOL TREATMENT PREVENTS THE EMERGENCE OF BEHAVIORAL
ABNORMALITIES IN AN ANIMAL MODEL OF SCHIZOPHRENIA
1,2
PERES, F. F. 1,2, LEVIN, R. 1,2, SUIAMA, M. A. 1,2, ALMEIDA, V. 1,2, VENDRAMINI, A. M. 1,2,
DIANA, M. C. 3, ZUARDI, A. W. 3, HALLAK, J. E. 3, CRIPPA, J. A. 1,2, ABÍLIO, V. C. 1 Department
Autores
of Pharmacology - UNIFESP, 2 Departament of Psychiatry - UNIFESP, 3 Department of Neurosciences
and Behavior - USP
Apoio Financeiro:
Fapesp, CNPq and Capes
Resumo
Objetivos
Schizophrenia is a severe mental illness associated to the neurodevelopmental process whose pharmacological treatment
remains unsatisfactory. Developing preventive strategies is, therefore, of extreme importance. Cannabidiol, a nonpsychotomimetic compound of Cannabis sativa, has been reported to present an antipsychotic profile in rodents
(Neuropsychopharmacology; 31:795-803, 2006) and humans (Braz J Med Biol Res; 39(4):421-9, 2006); however, so far no
study has investigated its possible preventive role. Recently we have characterized the SHR ( < i>Spontaneously
Hypertensive Rats) strain as a potential animal model of schizophrenia: it presents decreased social interaction,
hyperlocomotion and deficits in pre-pulse inhibition (PPI) and contextual fear conditioning (CFC) tasks, thus mimicking
negative, positive and cognitive schizophrenia symptoms. Those behavioral alterations are specifically ameliorated by
antipsychotics and potentiated by proschizophrenia manipulations (Schizophr Bull 35(4):748-759, 2009; Behav Brain Res.;
20;225(1):15-22, 2011; Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 15;35(7):1748-52, 2011). The aim of this study was to
evaluate the potential preventive effect of a chronic pubertal treatment with cannabidiol on the behavior abnormalities
presented by adult SHR strain as well as its possible collateral effects.
Métodos
Male SHR and Wistar rats (WR) (10/strain/drug) were treated with vehicle, 0.5, 1.0 or 5.0 mg/kg canabidiol (CBD) from 30 to
60 postnatal days. Four weeks after treatment cessation, the rats were submitted to the evaluation of locomotor activity,
CFC, PPI and social interaction. Some potential side effects were analyzed during the pubertal treatment (body weight gain
and catalepsy), forty-eight hours after the last injection (oral dyskinesia) and one month after treatment interruption (oral
dyskinesia and psychostimulant-induced behavioral sensitization). All experimental procedures were approved by the ethics
committee of UNIFESP (CEP: 1728/11). Data were analyzed using two-way ANOVA followed by Duncan’s post-hoc test.
Resultados
SHR rats treated with vehicle presented a decrease in social interaction time, an increase in locomotion, a deficit in PPI and
an impairment in CFC (111,10 ± 15,64; 85,70 ± 4,63; 15,84 ± 6,64; 48,25 ± 9,47, respectively) when compared to WR
(142,30 ± 21,73; 63,70 ± 7,14; 42,41 ± 8,10; 79,50 ± 18,35, respectively). The administration of 0.5 mg/kg cannabidiol
during adolescence prevented hyperlocomotion as well as deficits in PPI and CFC in the SHR strain (66,50 ± 5,94; 50,76 ±
6,64; 79,00 ± 11,78, respectively), although it didn’t modify social interaction time (94,90 ± 11,41). In addition, pubertal
cannabidiol treatment didn’t induce any of the side effects evaluated.
Conclusão
Our results indicate that cannabidiol can prevent the emergence of positive and cognitive schizophrenia symptoms without
inducing extrapiramidal and metabolic side effects commonly seen with antipsychotics.
FeSBE 2012
Resumo: 19.019
EVALUATION OF OPRM1, OPRK1 AND OPRD1 OPIOID GENE EXPRESSION IN LATERAL
PERIAQUEDUCTAL GREY OF FEMALE RATS TREATED CHRONICALLY WITH MORPHINE,
DAMGO, DPLPE AND U69593.
1,2,3
CEZAR, L. C. 1,2,3, CRUZ, W. S. 1,2,3, PEREIRA, L. A. 1,2,3, HERNANDES, J. R. A. 2,
Autores PROSDOCIMI, F. C. 2, CAMARINI, R. 1,2, FELICIO, L. F. 3,1,2, TEODOROV, E. 1 FMVZ-USP USP, 2 ICB - USP, 3 4Centro de Matemática, Computação e Cognição - UFABC
Apoio Financeiro:
FAPESP
Resumo
Objetivos
Aim: this study evaluated the effects of chronic opioid agonist drugs treatment on opioid gene expression in lateral
periaqueductal grey of female lactating rats.
Métodos
Methods and Results: 120 female rats with 90 days of life and 220 g of body weight were used. These animals were divided
into ten similar groups with 6 animals. The animals mated with experienced male rats and the presence of spermatozoa in
vaginal smear is indicative of pregnancy. From 17 to 21 days of gestation the animals received one injection of saline
(0,9%), morphine (3,5 mg/kg) or DAMGO, DPLPE and U69593 (0,15 mg/kg). The delivery was considered day 0 of
lactation. On the 5th day thirty minutes after injections (saline, morphine 3,0 mg/kg or DAMGO, DPLPE and U69593 0,10
mg/kg, SC) the animals were decapitated, the periaqueductal gray placed on ice and treated for RNA total extraction for
further gene expression investigation (Oprm1, Oprd1 and Oprk1 from mu, kappa e delta opioid receptors respectively).
CEUA: 112.
Resultados
The results showed that morphine treatment increased Oprm1 and Oprk1 gene expression and U69593 (acute and
challenger dose) only increased Oprk1 gene expression.
Conclusão
Conclusion: the treatment with opioidergic agonist drug was able to change molecular expression for genes that encoding
opioid receptors and this role can promote physical and behavior modulation in lactating female rats.
FeSBE 2012
Resumo: 19.020
THE OPIOID SYSTEM IN PRELIMBIC PORTION OF VENTRAL MEDIAL PREFRONTAL CORTEX
MODULATES CARDIOVASCULAR RESPONSES CAUSED BY RESTRAINT STRESS IN RATS
Autores
1
FASSINI, A. 1, SCOPINHO, A. A. 1, CORRÊA, F. M. A. 1 Department of Pharmacology - FMRP
Apoio Financeiro:
CAPES e FAEPA
Resumo
Objetivos
Objective: The ventral medial prefrontal cortex (vMPFC) is a limbic structure that is involved in the modulation of autonomic
responses associated with aversive reactions. The vMPFC is divided in prelimbic (PL) and infralimbic (IL) portions .
Electrical or chemical stimulation of vMPFC causes defensive responses and autonomic changes such as cardiovascular
response, depending on the region stimulated. The restraint stress (RS) causes hormonal and autonomic responses such
as increased blood pressure and heart rate. Microinjection of the unspecific synaptic blocker in the PL increased HR
response to RS, without significant effect on the BP response, suggesting that PL synaptic mechanisms have an inhibitory
influence on restraint-evoked HR changes. Furthermore, this aversive situation activates neurons in the PL, which indicates
the involvement of this structure in the modulation of the RS responses. Hence, the objective of this study was to investigate
the role of opioid system in PL on the cardiovascular responses of increase mean arterial pressure (MAP) and heart rate
(HR) caused by RS.
Métodos
Methods: Experimental procedures were carried out following protocols approved by the Ethical Review Committee of the
School of Medicine of Ribeirão Preto (n. 173⁄ 2011). Male Wistar rats (240-280g) were used. Guide cannulae were
implanted bilaterally in the PL for drug injection of naloxone (non-selective antagonist of opioid receptors in the doses of
0.03, 0.3 and 3nmol/100nL) or vehicle (artificial cerebrospinal fluid, aCSF, 100nL) and a polyethylene catheter was
implanted inthe femoral artery for MAP and HR records, using a computerized acquisition system. 10 minutes before
microinjection of drugs or vehicle into the PL, rats were subjected to RS. The autonomic variation was statistical analyse by
two-way ANOVA. The significance level was set at P < 0,05 in GraphPad Prism software.
Resultados
Results: The RS caused increase in MAP (F35,360=5.2; P < 0.001) and HR (F35,360=7.56; P < 0.001), n=8. Bilateral
microinjection of naloxone at dose of 0.03 reduced the tachycardia caused by RS (n=7; MAP: F1,468=152.1; P < 0.0001
and HR: F1,468=234.0; P < 0.0001). The dose of 0.3nmol did not cause alterations on MAP and HR caused by RS (n=6;
MAP: F1,432=74.95; P < 0.0001 and HR: F1,432=6.403; P=0.0117). The dose of 3nmol/100nL reduced the increase of
MAP and tachycardia caused by RS (n=8; MAP: F1,504=270; P < 0.0001 and HR: F1,504=229.1; P < 0.0001).
Conclusão
Conclusion: The current results demonstrated that the opioid system in PL modulates the cardiovascular responses
caused by RS, suggesting a facilitatory role of this structure in aversive responses.
FeSBE 2012
Resumo: 19.021
QUINONE REDUCTASE 2 INCREASES DOPAMINE LEVELS IN THE RETINA
1
Autores
MESQUITA, F. P. 1, SAMPAIO, L. F. S. 1 Lab. de Bioquímica do Desenvolvimento do Sistema
Nervoso, ICB - UFPA
Apoio Financeiro:
CNPq, PIBIC/FAPESPA
Resumo
Objetivos
Dopamine is an important neuromodulator secreted by retinal neurons in the presence of light. In the CNS, it is related to
anxiety and neurological diseases such as Schizophrenia, Parkinson and Alzheimer. It also plays an important role in the
cognitive process. It is extremely sensitive to oxidation, forming unstable products, highly reactive and toxic to the organism
such as dopamine quinone. The present study aims to establish a proposal of the physiology for the enzyme Quinone
reductase 2 (QR2), which participates in the metabolism of unstable quinones, investigating if it acts in the metabolism of
dopamine. We use 5-methoxycarbonylamino-N-acetyltryptamine (5-MCA-NAT) as a putative inhibitor of the QR2 to be
tested; the canonic inhibitor benzo[a]pyrene, the QR2 co-substrate N-methyldihydronicotinamide (NMH), and non-selective
melatonin binding sites antagonist luzindole were also tested in chick retina.
Métodos
Retinas from post-hatched chicks of three days were used for essays. Animals obtained from a local hatchery, were
sacrificed by decapitation and had their eyes removed (Cepae-UFPA: BIO021-11). Retinas were dissected at 4 ºC in a
buffer solution containing glucose then the reaction occurred in DMEM supplemented with ascorbic acid 1 mM, and buffered
with HEPES during 20 minutes, when it was stopped by transferring the retinas to cold PBS solution and then to Tris-EDTA
50 mM. Extractions and quantification were done by commercial protocols (GenWay, dopamine EIA). We use ANOVA to
statistical analysis, which was done by the same software used for curves adjusting (GRAPHPAD PRISM).
Resultados
Our results showed that 5-MCA-NAT (3 nM) increases endogenous dopamine levels (43.17 ± 5.5 ng/ml) by about 3 times
(125.72 ± 19.12 ng/ml), which returned to the control values when the retinas were pre-incubated with luzindole (5 μM) (N =
5, *** p < 0.0001). The benzo[a]pyrene inhibited concentration dependently (- log IC50 = 4.33 ± 0.20 mM, R2 = 0.82, N = 3)
the endogenous dopamine levels (Emax = 65.31 ± 4.17 %). While NMH increases concentration dependently (- log EC50 =
3.48 mM, R2 = 0.99, N = 3) the endogenous dopamine (Emax = 88.04 ± 9.77 %), if compared with control values.
Conclusão
Results shows that 5-MCA-NAT in nM concentrations, selective for the melatonin binding site in the enzyme QR2, called
MT3, increases endogenous dopamine accumulation in the retina of post-hatched chick. An effect such that observed by
the known co-substrate NMH, proving that 5-MCA-NAT is a co-substrate, not an inhibitor as have been proposed. This
statement can be confirmed by the concentration dependent inhibition of the endogenous dopamine accumulation when
benzo[a]pyrene was applied.
FeSBE 2012
Resumo: 19.022
Avaliação do efeito farmacológico da sinvastatina em modelo animal da Doença de Parkinson.
1
SCHAMNE, M. G. 1, MIYOSHI, E. 1, MINARDI, M. V. K. 1, LARA, D. V. D. 1, OLIVEIRA, B. M.
T. D. 1, MAGNANI, M. 2, FERRO, M. M. 3, BERTUCCI FILHO, D. C. 1 Departamento de Ciências
Autores
Farmacêuticas - UEPG, 2 Departamento de Biologia Geral - UEPG, 3 Departamento de Medicina UEPG
Apoio Financeiro:
Fundação Araucária, UEPG
Resumo
Objetivos
Avaliar o efeito da administração crônica de sinvastatina no comportamento rotatório induzido pela administração de
apomorfina em ratos com lesão unilateral da via nigroestriatal.
Métodos
O projeto foi aprovado pelo Comitê de ética no uso de animais da UEPG CEUA – 05/2011. Utilizou-se ratos Wistar machos,
pesando entre 280-330g no início dos experimentos. O animais foram divididos de forma aleatória em 8 grupos:
SHAM+veículo (N= 8), SHAM+SIN1 (N= 8), SHAM+SIN5 (N= 8), SHAM+SIN25 (N= 8), 6-OHDA+veículo (N= 8), 6OHDA+SIN1 (N= 8), 6-OHDA+SIN5 (N= 8) e 6-OHDA+SIN25 (N= 8). Uma hora antes do procedimento cirúrgico, os
animais receberam a administração de sinvastatina nas doses de 0, 1, 5 ou 25 mg/Kg, por via oral. Esta administração
ocorreu diariamente até 28 dias após a cirurgia. Os animais passaram pelo procedimento de cirurgia estereotáxica onde os
grupos 6-OHDA receberam a administração unilateral de 6-OHDA (8 μg) no feixe prosencefálico medial (FPM). Os animais
dos grupos SHAMs passaram pelo mesmo procedimento, mas com a administração de salina no FPM. No 7º, 14º, 21º e
28º dias após a cirurgia, os animais foram submetidos ao teste de rotação induzida pela administração de apomorfina (1
mg/Kg, s.c.). Os dados mostram a média ± erro padrão da média. Os resultados foram analisados por ANOVA de uma via
seguido do teste post hoc de Duncan, com nível de significância de 0,05.
Resultados
Não houve diferença estatisticamente significante, entre os grupos, no número de rotações ipsilaterais em nenhum dos
dias avaliados e nas rotações contralaterais nos dias 7, 14 e 21 (ANOVA de duas vias). No 28º dia, houve diferença entre
os grupos no número de rotações contralaterais (F(7,56)= 2,82; p < 0,05; ANOVA). O grupo 6-OHDA+veículo apresentou
um número de rotações contralaterais maior (185,7 ± 81, p < 0,05, teste post hoc de Duncan) quando comparado com o
grupos SHAM+veículo (10,4 ± 5). Os grupos 6-OHDA+SIN1 (60.4 ± 49) e 6-OHDA+SIN5 (8,3 ± 4) apresentaram menos
rotações contralaterais quando comparados com o grupo 6-OHDA+veículo ( p < 0,05 e p < 0,01, respectivamente, teste
post hoc de Duncan).
Conclusão
A administração de sinvastatina nas doses de 1 mg/Kg/dia e 5 mg/Kg/dia, durante 28 dias, diminuiu o número de rotações
contralaterais nos animais lesados pela administração unilateral de 6-OHDA. Isso é indicativo de menor intensidade de
lesão, corroborando com a hipótese de um efeito neuroprotetor da sinvastatina.
FeSBE 2012
Resumo: 19.023
RECEPTORES OPIÓIDES NA SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL E SEU PAPEL NA
SELEÇÃO DE COMPORTAMENTOS DURANTE A LACTAÇÃO
1,2
Autores
KLEIN, M. O. 2, CRUZ, A. D. M. 2, FELICIO, L. F. 1 Departamento de Farmacologia - ICB-USP, 2
Departamento de Patologia - FMVZ-USP
Apoio Financeiro:
FAPESP (2010/06774-0)
Resumo
Objetivos
Estudo de nosso laboratório revelou que injeções de morfina na substância cinzenta periaquedutal rostro-lateral (rPAGl) de
ratas no período de lactação, interferem na expressão do comportamento materno, mas não no comportamento predatório,
no paradigma de seleção comportamental. Ainda, a morfina parece agir em mais de um tipo de receptor opióide para
causar a inibição do comportamento materno. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a importância dos receptores
opióides μ e κ na presença de morfina na seleção de comportamentos durante a lactação.
Métodos
47 ratas da linhagem Wistar com cerca de 90 dias de idade, com cânula guia implantada unilateralmente na rPAGl foram
separadas aleatoriamente em 4 grupos: MOR (n=12), que recebeu 7,91nmol de sulfato de morfina; NμM (n=11), que
recebeu 10nmol de antagonista do receptor opióide μ, CTAP, seguido de 7,91nmol de sulfato de morfina; NκM (n=12), que
recebeu 10nmol de antagonista do receptor opióide κ, nor-Binaltorphimine, com consecutiva injeção de 7,91nmol de sulfato
de morfina; e CS (n=12), que recebeu 0,6μL de solução salina. O teste comportamental foi realizado nos dias 5 ou 6 de
lactação, e uma hora antes do teste as mães foram separadas dos filhotes. O teste teve início 30 min depois da
administração da droga/salina. No início do teste, foram introduzidos 8 filhotes e 5 baratas na caixa teste, e os seguintes
parâmetros foram analisados durante 30 min: número de baratas capturadas, latência (s) para captura da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª
baratas, percentual de fêmeas que capturou cada inseto, latência (s) para busca do 1º, 5º e 8º filhotes e percentual de
fêmeas que buscaram o 1º, 5º e 8º filhotes. CEUA-FMVZ (1960/2010)
Resultados
A ANOVA de uma via seguida pelo teste de Tukey mostrou que o número de baratas capturadas pelo grupo NμM foi menor
comparado aos grupos CS e MOR, p≤0,05 (CS: 3,5±0,66; MOR: 3,8±0,49; NμM: 1,0±0,59*; NκM 2,3±0,68) e que a latência
para captura da 2ª (CS: 858,6±205,2; MOR: 806,3±166,3; NμM: 1546,2±170,9*; NκM 1321,1±155,5) e 3ª (CS:
1026,8±186,7; MOR: 993,0±174,6; NμM: 1571,6±153,5*; NκM 1459,4±134,1) baratas do grupo NμM foi maior se
comparado ao grupo controle, p≤0,05. A latência para captura dos demais insetos não foi estatisticamente significante. O
percentual (%) de fêmeas do grupo NμM que capturaram a 1ª (CS: 83.3; MOR: 91,7; NμM: 36,4*; NκM: 58,3), 2ª (CS: 75,0;
MOR: 83,3; NμM: 18,2*; NκM: 50,0), 3ª (CS: 66,7; MOR: 75,0; NμM: 18,2*; NκM: 41,7) 4ª (CS: 66,7; MOR: 66,7; NμM:
18,2*; NκM: 41,7) e 5ª (CS: 66,7; MOR: 58,3; NμM: 18,2*; NκM: 33,3) baratas foi menor comparado aos grupos CS e MOR
(p≤0,05 – Teste de Fisher). A latência (escore) para busca do 1º (CS: 2,0±0,52; MOR: 4,9±0,75*; NμM: 5,9±0,73*; NκM
5,0±0,85*), 5º (CS: 2,6±0,69; MOR: 5,6±0,69*; NμM: 6,2±0,58*; NκM 5,2±0,80*) e 8º (CS: 3,9±0,69; MOR: 6,3±0,40*; NμM:
7,0±0,0*; NκM 5,6±0,69*) filhotes foi maior em todos os grupos que receberam injeção de morfina, comparados ao controle
(p≤0,05), assim como o percentual (%) de mães que os buscaram (1º: CS: 100,0, MOR: 50,0*, NμM: 18,2*, NκM: 33,3*; 5º:
CS: 91,7, MOR: 33,3*, NμM: 18,2*, NκM: 33,3* e 8º: CS: 66,7, MOR: 25,0*, NμM: 0,0*, NκM: 33,3*; Teste de Fisher
p≤0,05).
Conclusão
Como o bloqueio de apenas um dos receptores não foi capaz de reverter a inibição do comportamento maternal induzida
pela morfina, isso sugere que essa droga age em mais de um tipo de receptor opióide para causar inibição do
comportamento materno. Os dados sugerem também que o receptor opióide µ tem importante papel no tônus opióide
FeSBE 2012
endógeno para a manutenção do comportamento predatório.
FeSBE 2012
Resumo: 19.024
AVALIAÇÃO DO EFEITO AGUDO DA FLUOXETINA NO PERFIL ANSIOSO DE RATOS WISTAR
Autores
1
SOUZA, T. H. A. 1, GOES, T. C. 1, TEIXEIRA-SILVA, F. 1 Fisiologia - UFS
Apoio Financeiro:
POSGRAP/PROEST/UFS
Resumo
Objetivos
Para a investigação de substâncias com ação ansiolítica, a comunidade científica dispõe de modelos animais de
ansiedade-estado (Pharmacol Ther. 46: 321,1990) e de ansiedade-traço (Physiol Behav. 96: 729, 2009). Estudos têm
demonstrado que o diazepam, um clássico ansiolítico, é eficaz em ambos os tipos de modelos (Behav Pharmacol. 4: 637,
1993). Contudo, a fluoxetina, utilizada clinicamente em alguns transtornos de ansiedade, apresenta resultados
controversos em modelos de ansiedade-estado(Physiol Behav. 67: 315, 1999), enquanto há pouca informação a respeito
de seu efeito no traço ansioso de animais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito agudo da fluoxetina em ratos
submetidos ao Paradigma da Exploração Livre (PEL) – um modelo de ansedade-traço.
Métodos
Sessenta ratos Wistar machos, adultos (2 – 3 meses de idade), entre 250 e 300 g, foram primeiramente submetidos ao
PEL (J Neurosci Methods. 30: 216, 2011) para que fossem selecionados apenas os de média ansiedade-traço, ou seja,
apresentando entre 54,3% (1º quartil) e 80,9% (3º quartil) de tempo no ambiente novo. Duas semanas após esta
exposição, os animais foram novamente submetidos ao PEL e receberam uma dose única de fluoxetina (Experimento I: 5
mg/kg; Experimento II: 0,5 mg/kg; i.p.) ou veículo (salina,i.p.) 30 min. antes da avaliação comportamental. Os parâmetros
avaliados foram: distância total percorrida (DTP), analisada por ANOVA, e porcentagem de tempo no ambiente novo
(%TAN) analisada por ANCOVA (covariada: DTP), com nível de significância de 5%. Os procedimentos foram aprovados
pelo comitê de ética local (Protocolo CEPA 81/2011).
Resultados
No Experimento I (n=8/grupo) houve diferença significativa entre os grupos testados em DTP (média ± DP: Fluoxetina =
10,3 ± 3,9; Veículo = 19,4 ± 7,2), enquanto não houve diferença em %TAN (média ± DP: Fluoxetina = 50,3 ± 26,6; Veículo
= 74,6 ± 13,5). No Experimento II (n=6/grupo) não houve diferença significativa em DTP (média ± DP: Fluoxetina = 21,0 ±
5,3; Veículo = 18,5 ± 5,0), enquanto houve diferença significativa em %TAN (média ± DP: Fluoxetina = 82,0 ± 11,1; Veículo
= 64,5 ± 15,8).
Conclusão
A administração aguda de 5 mg/kg da fluoxetina, embora tenha diminuído significativamente a atividade locomotora, não foi
capaz de influenciar o perfil ansioso dos animais. Já a dose de 0,5 mg/kg apresentou um efeito ansiolítico.
FeSBE 2012
Resumo: 19.025
EFEITO TIPO-ANTIDEPRESSIVO DO PROTÓTIPO LQFM008, UM DERIVADO PIPERAZÍNICO, EM
CAMUNDONGOS
3,1
GALDINO-CARVALHO, P. M. 1, FAJEMIROYE, J. O. 2, MENEGATTI, R. 1, COSTA, E. A. 3, De
Autores LIMA, T. C. M. 1 Departamento de Ciências Fisiológicas - UFG, 2 Faculdade de Fármacia - UFG, 3
Centro de Ciências Biológicas - UFSC
Apoio Financeiro:
CAPES (Procad 014/2007), CNPq, FUNAPE/UFG, FAPEG
Resumo
Objetivos
O protótipo LQFM008, sintetizado pelo Laboratório de Química Farmacêutica e Medicinal, é um derivado piperazínico com
atividade tipo-ansiolítica (Brito et al., Fesbe 2011, res. 23.082). Continuando a caracterização dos efeitos desta molécula
sobre o SNC, o nosso objetivo foi avaliar o efeito tipo-antidepressivo de LQFM008, buscando caracterizar o envolvimento
dos sistemas serotoninérgico, noradrenérgico e dopaminérgico neste efeito.
Métodos
Foram utilizados camundongos albinos machos Swiss (n = 9 por grupo), pesando entre 30 e 35 g fornecidos pelo Biotério
Central da UFG. Os animais foram mantidos sob condições controladas de temperatura (24 ± 1°C) e iluminação (ciclo
claro/escuro de 12 h, luzes ligadas às 7:00 h). Os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UFG (104/11). Sessenta min após os tratamentos com veículo (Tween 2%, 10 mL/kg), LQFM008 12, 25, 50,
100 e 200 μmol/kg p.o., os animais foram submetidos ao teste do nado forçado. Para avaliar o envolvimento do sistema
serotoninérgico os animais foram pré-tratados durante 4 dias com PCPA 100 mg/kg (inibidor da triptofano hidroxilase) ou
salina 0,9 % 10 mL/kg i.p. e, 1h após a ultima injeção, os animais foram tratados com veículo 10 mL/kg ou LQFM008 50
μmol/kg p.o. e, após 60 min, submetidos ao teste do nado forçado. Para avaliar o envolvimento dos sistemas
noradrenérgico e dopaminérgico os animais foram pré-tratados (4 h) com AMPT 100 mg/kg (inibidor da tirosina hidroxilase)
ou salina 0,9 % 10 mL/kg i.p.; 60 min após o tratamento com veículo 10 mL/kg ou LQFM008 50 μmol/kg p.o. os animais
foram submetidos ao teste do nado forçado. Para avaliar a atividade motora dos animais, estes foram submetidos ao teste
do campo aberto imediatamente antes do teste do nado forçado. Os resultados foram expressos como média ± EPM e
analisados utilizando ANOVA seguida do pós-teste de Student-Newman-Keuls.
Resultados
O tratamento com LQFM008 (50, 100 e 200 μmol/kg p.o.) reduziu o tempo de imobilidade em 24, 22 e 15 % (226,80 ± 6,46
s para 170,84 ± 10,02, 176,26 ± 9,70 e 192,51 ± 9,54 s), e aumentou o tempo de nado em 28, 24 e 23 % (124,30 ± 7,41 s
para 159,02 ± 8,93, 153,79 ± 5,68 e 152,52 ± 8,03 s). A dose de 50 μmol/kg foi então escolhida para o estudo do
envolvimento das monoaminas no efeito tipo-antidepressivo de LQFM008. O pré-tratamento com PCPA aboliu a redução
no tempo de imobilidade (PCPA + LQFM = 238,96 ± 10,84 s) e o aumento no tempo de nado (PCPA + LQFM = 138,34 ±
10,99 s) produzido pelo LQFM008. O pré-tratamento com AMPT também aboliu a redução no tempo de imobilidade (AMPT
+ LQFM = 235,45 ± 7,15 s) e o aumento no tempo de nado (AMPT + LQFM = 133,41 ± 8,75 s) promovido pelo composto
em estudo. Nenhum dos tratamentos alterou o número de quadrados invadidos no teste do campo aberto.
Conclusão
Estes resultados sugerem que LQFM008 possui um efeito tipo-antidepressivo dependente do sistema monoaminérgico
(serotoninérgico, noradrénergico e dopaminérgico) e, excluem um possível efeito falso-positivo do composto decorrente de
alteração na função motora.
FeSBE 2012
Resumo: 19.026
Efeito ansiolítico do aroma de capim-limão (Cymbopogon citratus) em animais de laboratório.
Autores
1
URSULINO, F. R. C. 1, GOES, T. C. 1, TEIXEIRA-SILVA, F. 1 Departamento de Fisiologia - UFS
Apoio Financeiro:
Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe
(FAPITEC).
Resumo
Objetivos
A aromaterapia destaca-se entre as terapias complementares para o tratamento da ansiedade. Neste contexto, o óleo
essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus) vem sendo utilizado pelos aromaterapeutas para alívio dos sintomas
ansiosos, e teve seu efeito ansiolítico comprovado em camundongos através de administração oral (Phytomedicine, 16;
265, 2009). Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi verificar a potencial ação ansiolítica deste óleo quando
administrado aguda e subcronicamente, por via inalatória/olfatória, a animais de laboratório.
Métodos
Foram utilizados ratos Wistar machos, adultos (de 2 a 3 meses de idade), com cerca de 250 g. Dois experimentos foram
realizados. No primeiro, foram testadas três doses do óleo essencial de capim-limão (12,5; 25 e 50 µl) administradas
agudamente por via inalatória/olfatória. No segundo, a dose de maior efeito agudo (50 µl) foi utilizada para avaliação
subcrônica (administração por 5 dias consecutivos). A administração deu-se em uma câmara de inalação, onde um fluxo
de ar promovido por bomba de vácuo disseminava o aroma. Em ambos os experimentos, animais expostos somente ao ar
serviram como controles. Cada grupo de tratamento foi composto por 10 animais. O modelo animal utilizado foi o labirinto
em cruz elevado, sendo avaliados três parâmetros: distância total percorrida (DTP), porcentagem de tempo nos braços
abertos (%TBA) e porcentagem de entradas nos braços abertos (%EBA). Os resultados foram analisados pelo teste de
Kruskal-Wallis e teste a posteriori tipo Newman-Keuls, com nível de significância de 5%, bicaudal. Os procedimentos foram
aprovados pelo comitê de ética local (CEPA/UFS), sob protocolo no 76/2009.
Resultados
Os resultados, representados por mediana e intervalo interquartis x (Q1-Q3)], mostraram, valores de %TBA e %EBA
significativamente maiores para os grupos tratados agudamente com as doses de 12,5 [%TBA: 11,2 (6,9 - 22,1); %EBA: 28
(12,5 – 36,5)] e 50 µl [%TBA: 11,3 (6,8 – 15,8); %EBA: 25 (20 – 28,8)] em relação ao grupo controle [%TBA: 8,1 (4,5 –
10,7); %EBA: 17,5 (9,8 – 21,3)], enquanto o grupo tratado com 25 µl [%TBA: 4 (0 – 7,1); %EBA: 13,4 (0 - 25)] apresentou
valores significativamente menores. Após administrações repetidas, os animais tratados com a dose de 50 µl [%TBA: 9,4
(7,3 – 19,5); %EBA: 28 (23 – 33,3)] também apresentaram valores significativamente maiores que os do grupo controle
[%TBA: 5,1 (1,7 - 10); %EBA: 16,7 (8,3 - 20)]. Em nenhum experimento foram encontradas diferenças significativas na
DTP.
Conclusão
Os dados apresentados indicam que o aroma de capim-limão possa apresentar atividades tanto ansiolítica (doses de 12,5
e 50 µl), quanto ansiogênica (dose de 25 µl), trazendo, ao mesmo tempo, um apoio científico e um alerta para seu uso na
aromaterapia. Como o efeito ansiolítico foi observado após administrações repetidas, é possível que o óleo estudado possa
ser útil não somente para alívio agudo da ansiedade, mas também para tratamentos à médio prazo.
FeSBE 2012
Resumo: 19.027
SOCIAL INTERACTION WITH AN UNFAMILIAR CONSPECIFIC REDUCES THE REWARDING
EFFECTS OF COCAINE IN ADOLESCENT BUT NOT ADULT MICE
1
MÁRI-KAWAMOTO, E. 1, FUKUSHIRO, D. F. 1, ARAMINI, T. C. F. 2, SAITO, L. P. 1, COSTA, J.
Autores M. 2, FERNANDES-SANTOS, L. 1, WUO-SILVA, R. 1,2, FRUSSA-FILHO, R. 1 Farmacologia UNIFESP, 2 Psicobiologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FAPESP
Resumo
Objetivos
The early age in which drugs of abuse are first introduced leading to addiction is alarming. In parallel, it has been
demonstrated that the social context in which drugs of abuse are used may critically influence drug addiction in both
humans and rodents. We have previously demonstrated that when adult and adolescent mice interact with a familiar
conspecific (same age), they display enhanced cocaine-induced conditioned place preference (an animal model to evaluate
the rewarding properties of drugs). In the present study we investigated the effects of social interaction with an unfamiliar
conspecific (same age) on the development of cocaine-induced conditioned place preference in adult and adolescent mice.
Métodos
Twenty-four adolescent (30 days old) and 24 adult (90 days old) male Swiss mice were used. These animals were allocated
to 4 groups (N=12): (ADU)COC-ISO, (ADU)COC-INT, (ADO)COC-ISO and (ADO)COC-INT. Mice were submitted to the
place conditioning procedure with 20 mg/kg cocaine. Briefly, they received an i.p. injection of cocaine and were immediately
confined for 10 min in one compartment of the apparatus (half of the animals of each group was confined in the
compartment A and the other half in the compartment B – unbiased design). Six hours later, these animals received an i.p.
injection of saline and were confined for 10 min in the other compartment (different from the one where they had received
cocaine). The order of cocaine and saline injections was counterbalanced in each group and across the days of
conditioning. A total of 4 sessions with cocaine and 4 sessions with saline were performed. While the ISO groups were
conditioned alone, the INT groups were conditioned in the presence of an unfamiliar (originating from a different home cage)
conspecific of the same age. Thus, the (ADO)COC-INT group consisted of adolescent mice conditioned with cocaine in the
presence of an unfamiliar adolescent mouse which was also conditioned with cocaine and the (ADU)COC-INT group
consisted of adult mice conditioned with cocaine in the presence of an adult mouse which was also treated with cocaine.
Twenty-four hours after the conditioning procedure, animals were given free access to all the compartments of the
apparatus and the time spent in each compartment was quantified for 15 min. Within-groups comparisons were performed
using the T-test for paired samples. CEUA 0714/10.
Resultados
The (ADU)COC-ISO mice presented preference for the cocaine-paired compartment at all the time intervals [t(11) = 4.0; 5.8;
3.7; p < 0.05, at the 0-5, 0-10 and 0-15 min intervals], as well the (ADU)COC-INT group [t(11) = 3.1; 3.5; 2.9; p < 0.05, at
the 0-5, 0-10 and 0-15 min intervals]. In contrast, while the (ADO)COC-ISO group showed cocaine-induced conditioned
place preference at all the time intervals [t(11)= 3.9; 2.5; 2.4; p < 0.05 for 0-5, 0-10 and 0-15 min intervals], the (ADO)COCINT group presented no conditioned place preference for cocaine.
Conclusão
Social interaction with an unfamiliar conspecific impairs the development of cocaine-induced conditioned place preference
in adolescent but not adult mice. This result is different from those found earlier, when mice were allowed to socially interact
with a familiar peer of the same age, suggesting that different social contexts may have opposite effects on the development
of cocaine addiction, especially for adolescents.
FeSBE 2012
Resumo: 19.028
INFLUÊNCIA DA HISTAMINA INTRA-AMÍGDALA NA ANSIEDADE E MEMÓRIA EMOCIONAL DE
CAMUNDONGOS.
Autores
1
DAHER, F. P. 2, MATTIOLI, R. 1 PSICOLOGIA - USP, 2 FISIOTERAPIA - UFSCar
Apoio Financeiro:
CNPq e FAPESP
Resumo
Objetivos
Considerando o importante papel do sistema neural histaminérgico na aprendizagem e memória, e a influência das
emoções moduladas pela amígdala nesses processos (Behav. Brain Res. 215: 209, 2010), o presente estudo investigou o
efeito da histamina (HA) microinjetada no complexo amigdalóide pré-exposição e pré-reexposição sobre os
comportamentos de camundongos submetidos ao labirinto em cruz elevado (LCE).
Métodos
Foram utilizados 24 machos (25-35 g) da espécie Mus musculus, linhagem Suíço albino, idade entre 5 e 7 semanas
(protocolo 018/2011/ processo 028/2011 - Comissão de Ética no Uso de Animais da UFSCar). Foi realizada implantação
bilateral de cânulas-guia 1,0 mm acima da amígdala; passados três dias de recuperação, os animais receberam infusões
centrais pré-testes de salina (SAL) ou HA na dose de 0,5 μg e volume de 0,1 μl. Realizados em dois dias consecutivos, os
testes consistiram na exposição dos camundongos ao LCE (T1) durante 5 minutos e, após 24 horas, na sua reexposição
(T2), sendo registradas as medidas convencionais: número de entradas nos braços abertos e fechados (EBA, EBF), tempo
nos braços abertos (TBA); porcentagem de entradas e de tempo nos braços abertos (%EBA, %TBA). EBA, TBA e suas
porcentagens em T1 foram considerados medidas para inferir ansiedade e em T2 para inferir memória; EBF foi a medida
relativa à atividade locomotora. Ao final dos experimentos, quatro grupos experimentais foram formados: SAL-SAL (n=9);
SAL-HA (n=8); HA-SAL (n=7) e HA-HA (n=2). O sítio de microinjeção foi confirmado através de análise histológica. A
análise estatística para os grupos SAL-SAL, SAL-HA e HA-SAL compreendeu a ANOVA de duas vias seguida pelo teste
post hoc de Student Newman-Keuls. O nível de significância adotado foi p < 0,05.
Resultados
Houve uma diminuição de EBA (F(1,47)= 23,59; p < 0,0001) durante T2 em relação a T1 para o grupo SAL-SAL (T1:
8,56±1,14; T2: 4,56±0,9) e de %EBA (F(1,47)= 26,31; p < 0,0001) para os grupos SAL-HA (T1: 49,15±5,04; T2:
34,24±5,24) e HA-SAL (T1: 50,47±5,45; T2: 31,60±6,35). TBA e %TBA (F(1,47)= 57,33; p < 0,0001) reduziram durante a
reexposição nos três grupos estudados [(TBA SAL-SAL T1: 100,06±18,37; T2: 47,35±10,97; SAL-HA T1: 122,54±21,03;
T2: 45,96±14,58; HA-SAL T1: 146,74±18,99; T2: 44,44±9,51) (%TBA SAL-SAL T1: 33,35±6,12; T2: 15,78±3,66; SAL-HA
T1: 40,85±4,86; T2: 15,32±7,01; HA-SAL T1: 48,91±6,33; T2: 14,81±3,17)]. Na comparação entre grupos em T1, a
exploração dos braços abertos não mostrou alterações significativas. EBF não apresentou alteração significativa ( p >
0,05), indicando que não houve prejuízo na atividade locomotora (SAL-SAL T1: 9,89±0,82; SAL-HA T1: 8,50±1,36; HA-SAL
T1: 5,86±0,94).
Conclusão
A análise dos grupos em T1 evidenciou que a HA não teve efeito sobre a ansiedade. A HA exógena não alterou os
processos de aprendizagem e memória. Tendo em vista resultados anteriores em nosso laboratório de que o precursor
histaminérgico l-histidina causou déficit estado-dependente na evocação da memória emocional em camundongos, há
necessidade de compararmos os dados coletados com o grupo HA-HA, que está sendo realizado.
FeSBE 2012
Resumo: 19.029
EFFECTS OF ETHANOL AND AMINOPHYLLINE INTERACTIONS IN MOUSE ANXIETY MODELS.
1,2
SOARES, P. M. 2, ESCUDEIRO, S. D. S. 2, LOBATO, R. D. F. G. 1, VIEIRA, L. L. 1, SANTOS, M.
Autores L. G. D. 1, OLIVEIRA, M. O. M. D. 2, VASCONCELOS, S. M. M. 1 Instituto Superior de Ciências
Biomédicas - UECE, 2 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC
Apoio Financeiro:
This work was supported by Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (FUNCAP).
Resumo
Objetivos
The aim of this study was to assess the effects of ethanol (E), aminophylline (A) and their interaction (A/E and E/A) in rodent
models of anxiety.
Métodos
The experiments were performed according to the Guide for the Care and Use of Laboratory Animals of the US Department
of Health and Human Services and were approved by the Ethics Committee for Animal Use of the State University of Ceará
(protocol #08476336-1). Male Swiss mice (2–4 months old, 25–35 g) were used in the experiments. The mice were treated
with ethanol (groups E: 2, 4 or 6 g/kg, orally) for 5 consecutive days, or with distilled water for 4 days, followed by a single
dose of aminophylline (groups A: 5 or 10 mg/kg, intraperitoneally) on the fifth day. For the association protocols, one group
(E/A) received ethanol for 4 days, and on the fifth day, the animals received aminophylline 30 min after the last ethanol
administration. In the second group (A/E), the animals also received ethanol for 4 days, and on the fifth day, the animals
received aminophylline (10 mg/kg), followed by ethanol (6 g/kg) 30 min later. Both the isolated and associated effects of
ethanol and aminophylline were studied in mouse behavioral models (elevated plus maze and hole-board tests) 30 min after
the last drug administration. All of the results are presented as means ± SEM. The data were analyzed by one-way analysis
of variance followed by the Tukey post-hoc test. The results were considered significant at p < 0.05.
Resultados
In the hole board test, the E4 and E6 groups decreased head dipping behavior compared to the controls (E4: 4.5 ± 1.1; E6:
4.5 ± 1.0; C: 25.4 ± 3.9). Aminophylline increased head dipping at lower dose administered (A5: 46.5 ± 5.1); E6/A10
increased head dipping (E6/A10: 17.5 ± 2.1) compared to E6 and A10/E6 (A10/E6: 3.00 ± 0.7; A10: 25.1 ± 1.5). In the
elevated plus maze test, the E2 and E4 treatments increased the number of entries into the open arm (NOA) compared to
the controls (E2: 14.4 ± 1.5; E4: 11.7 ± 1.2; C: 3.3 ± 0.8). The E6/A10 association increased the NOA compared to the A10
treatment (E6/A10: 8.1 ± 1.6; A10: 1.4 ± 0.4) [F7,89 = 14.63, P < 000.1]. The E2, E4, E6 groups and the A10/E6 association
resulted in increases to the time of permanence in the open arms (TOA) compared to the controls (E2: 153.5 ± 10.8; E4:
204.4 ± 12.8; E6: 193.9 ± 24.7; A10/E6: 143.2 ± 41.9). A10/E6 increased the TOA compared to A10, while E6/A10 reduced
the TOA compared to E6 (A10: 15.0 ± 5.6; E6/A10: 25.0 ± 4.0).
Conclusão
In conclusion, this study suggests that the administration sequence of aminophylline may interfere with the anxiety-like
behavior observed following chronic ethanol administration.
FeSBE 2012
Resumo: 19.030
SEDAÇÃO INDUZIDA POR NOVOS ANÁLOGOS DO ZOLPIDEM (LASSBio-1424 e LASSBio-1640)
1
HAMMES, N. 2, NASCIMENTO-JUNIOR, N. M. 2, FRAGA, C. A. M. 2, BARREIRO, E. J. 1,
Autores SUDO, R. T. 1, ZAPATA-SUDO, G. 1 Farmacologia básica e clínica - UFRJ, 2 Faculdade de Farmácia
- UFRJ
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPERJ, FUJB, CAPES, INCT, PRONEX, PENSA RIO
Resumo
Objetivos
Novos derivados pirazolo pirrolo piridínicos foram sintetizados a partir do zolpidem para avaliação de sua atuação no
sistema nervoso central. No presente trabalho avaliou-se possível atividade sedativa dos derivados LASSBio-1424 e
LASSBio-1640 e os prováveis mecanismos ação envolvidos.
Métodos
Os protocolos experimentais utilizados foram aprovados pelo Comitê de Ética e de Uso de Animais da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (DFBCICB 012). A atividade motora foi avaliada em camundongos Swiss machos (18-25 g)
através da observação dos movimentos num campo aberto (LE 8811, Letica) medindo 45 x 45 cm que emite raios
infravermelhos a cada 2,5 cm. O número de movimentos do animal foi determinado durante 40 min após a injeção i.p. do
veículo (DMSO), de LASSBio-1424 (15, 20 e 25 μmol/kg) e de LASSBio-1640 (15, 20 e 25 μmol/kg) (10 animais/grupo). As
prováveis vias envolvidas para ação sedativa foram avaliadas através do pré-tratamento com: atropina (2 mg/kg), um
antagonista muscarínico; naloxona (1 mg/kg), um antagonista opióide e flumazenil (10 mg/kg), um antagonista
benzodiazepínico. O relaxamento muscular foi avaliado utilizando-se o teste de rota rod, no qual foi determinado o tempo
de permanência dos animais quando colocados numa barra giratória por 3 min. A permanência foi observada 15, 30, 60 e
120 min após a injeção i.p. do veículo (DMSO), do diazepam (2 mg/kg), do LASSBio-1424 (25 μmol/kg) e do LASSBio-1640
(25 μmol/kg).
Resultados
LASSBio-1424 reduziu significativamente a atividade motora controle de 209,2 ± 26,2 para 121,5 ± 21,8; 112,0 ± 14,3 e
78,7 ± 9,6 movimentos/minuto (mov/min, P < 0,05) nas doses de 15, 20 e 25 μmol/kg, respectivamente. LASSBio-1640
também promoveu redução significativa da atividade motora controle para 76,7 ± 17,5; 84,6 ± 19,1 e 58,1 ± 12,8 mov/min (
P < 0,05) nas doses de 15, 20 e 25 μmol/kg, respectivamente. O pré-tratamento com flumazenil e naloxona não reverteu o
efeito sedativo do LASSBio-1424, permanecendo a atividade motora em 95,8 ± 12,2 e 63,6 ± 10,4 mov/min. No entanto, a
ação sedativa do LASSBio-1424 foi revertida pela atropina, com o aumento da atividade motora para 167,8 ± 16,1
mov/min. Ao contrário, o pré-tratamento com atropina não reverteu a sedação induzida pelo LASSBio-1640 cuja atividade
motora permaneceu reduzida em 91,8 ± 31,9 mov/min. Resultado semelhante foi observado após pré-tratamento com
flumazenil e naloxona porque a atividade motora foi de 104,2 ± 30,3 e 63,8 ± 15,4 mov/min, respectivamente. Após 30 min
da administração de diazepam, o tempo de permanência na barra giratória foi significativamente reduzida de 180,0 ± 0,1
(controle) para 28,1 ± 15,1 s. Ao contrário, tanto LASSBio-1424 como LASSBio-1640 não promoveram alteração do tempo
de permanência dos animais.
Conclusão
LASSBio-1424 e LASSBio-1640 apresentaram atividade sedativa que no caso do LASSBio-1424 parece estar relacionada
com a via muscarínica. Nenhum dos derivados promoveu relaxamento muscular.
FeSBE 2012
Resumo: 19.031
Efeito do resveratrol em um modelo crônico de discinesia induzido por flufenazina
2
BUSANELLO, A. 1, FREITAS, C. M. 2, PEROZA, L. R. 1, RODRIGUES, J. R. 1, REIS, E. M. 1,
Autores FACHINETTO, R. 1, BAUERMANN, L. 2, BARBOSA, N. V. 1 DEPARTAMENTO DE
FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA - UFSM, 2 DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - UFSM
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERGS
Resumo
Objetivos
O tratamento crônico com neurolépticos clássicos pode causar, em humanos, graves efeitos colaterais motores, como a
discinesia tardia, a qual tem sido associada a alterações no sistema dopaminérgico. Neste trabalho, nós investigamos o
possível efeito protetor do resveratrol, um composto polifenólico presente em uvas vermelhas e no vinho tinto, em um
modelo de discinesia orofacial (representado pelo número de movimentos de mascar no vazio, MMV) crônica induzido por
flufenazina em ratos. Além disso, investigamos se o desenvolvimento dos MMV está relacionado a alterações na atividade
da monoaminoxidase (MAO).
Métodos
Foram utilizados 30 ratos Wistar machos divididos em 4 grupos experimentais: controle, resveratrol, flufenazina e
flufenazina+resveratrol. O enantato de flufenazina foi administrado via intramuscular (i.m.) na dose de 25 mg/Kg a cada 21
dias a partir do 1º dia do período experimental e seu veículo consistiu de óleo de soja 1 mL/Kg, i.m. O resveratrol foi
administrado na água de beber na dose de 20 mg/Kg durante 20 semanas. O resveratrol foi dissolvido em etanol/água
0,1% e o veículo consistiu de etanol 0,1%, administrados na água de beber. No final do período experimental, foi realizada
avaliação comportamental para determinação da intensidade e prevalência de MMVs. Além disso, também avaliamos a
atividade da enzima MAO-A e MAO-B em tecido estriatal por método fluorimétrico utilizando a kinuramina como substrato.
Os dados foram analisados por ANOVA de duas vias, seguidos pelo teste de Tukey quando apropriado. Este protocolo
experimental foi aprovado pela Comissão de Ética da UFSM sob protocolo 051/2011.
Resultados
A administração de flufenazina aumentou o número de MMVs em 80% dos ratos tratados ( p < 0,05). O tratamento com
resveratrol diminuiu a prevalência dos MMVs para 40%, mas não alterou a intensidade dos MMVs. Além disso, nos animais
tratados com flufenazina e que apresentaram aumento dos MMVs, houve uma redução significativa da atividade da MAO-B
( p < 0,05). No entanto, nos animais que receberam co-tratamento com resveratrol, não observamos diferenças entre o
grupo que desenvolveu e o que não desenvolveu MMVs. Com relação à atividade da MAO-A, nenhuma alteração
significativa foi verificada.
Conclusão
Com base em nossos dados, podemos concluir que o resveratrol reduziu a prevalência dos MMVs induzidos por
flufenazina em ratos, mas não foi capaz de alterar a intensidade dos MMVs, naqueles animais que apresentaram a
desordem motora. Além disso, a atividade da MAO não parece estar relacionada ao desenvolvimento da discinesia
orofacial, uma vez que, em ratos que receberam flufenazina e resveratrol concomitantemente não observamos diferenças
entre aqueles que apresentaram ou não aumento nos MMVs.
FeSBE 2012
Resumo: 19.032
Combined exposure to cocaine and propranolol in adolescent mice differentially modulates
anxiety levels: influence of animal sex
1
Autores
CARVALHO, M. P. 1, FREITAS, I. G. D. 1, PECINALLI, N. R. 1, KUBRUSLY, R. C. C. 1
Departamento de Fisiologia e farmacologia - MFL - UFF
Apoio Financeiro:
FAPERJ, CNPq, INNT, PROPPi, PRONEX
Resumo
Objetivos
Cocaine is widely known as an abusive drug that has rewarding and aversive properties after repeated exposure, including
addiction and craving behavior. In this work we verify whether the administration of a single dose of cocaine is able to
modify the locomotor activity and anxious levels in adolescent mice. We also investigated if these parameters can be
modulated by B-Adrenergic receptors in a short time of cocaine exposure.
Métodos
To evaluate the anxiety behavior and locomotor activity in Swiss mice of 40 days postnatal (P40), we use the apparatus
elevated plus maze, which consists of two open arms, 30cm above the floor, and two enclosed arms arranged, 12
centimeters from the center, in plus orientation. Animals were first treated with propranolol (5 mg/kg/ip) or saline for 10
minutes and then cocaine (10 mg/kg/ip) or saline for 20 minutes, according to protocol of no CEA/026/2010, after we placed
the animal in the apparatus facing the open arms. The animals were free to explore the apparatus for 10 minutes. The
representation of the time percentage was % time OA for open arms and % time CN for center time; and the number of
entries in open and closed arms was represented as entries OA + CA to indicate the locomotor activity. All the experiments
were performed between 2-6 pm (dark cycle) and recorded. The results were analyzed using one-way ANOVA followed by
Bonferroni post-test and expressed as mean ±SEM. Statistical significance was achieved when p < 0.05.
Resultados
In female animals, cocaine group shows a decrease in % of time elapsed in OA (10,4±0,6%, n=5) when compared to saline
group (15±2,3%, n=5). In male mice, we do not observe any significant difference in % of time elapsed in OA for isolated or
combined treatment. The female group exposed to both cocaine and propranolol increased the % of time in OA (28±2,3,
n=5) compared to the cocaine group (10,4±0,6%, n=5). However, it is not observed in male group. Cocaine, either isolated
or combined with propranolol, increased the % of time CN when compared to saline (28±5,8%, n=5) and propranolol groups
(28±3,3%, n=5 ), for both sexes. The locomotor activity was higher in cocaine group (29,3±5,8, n=5) when compared to
saline (17,33±0,3, n=5 ) or propranolol group (13,33±2,3, n=5). However, propranolol together with cocaine wasn’t able to
prevent this effect in female (26±2,8, n=5).
Conclusão
The results indicate that acute cocaine administration is able to induce an anxious states only in female animals. Anxiety
induced by cocaine was prevented by propranolol. However, the decision making were affected by cocaine and wasn’t
prevent by propranolol. This effect was observed in both genders. Moreover, cocaine increased the locomotor activity and
propranolol wasn’t able to prevent it.
FeSBE 2012
Resumo: 19.033
Título: Efeitos da sarcosina – um inibidor do transportador de glicina – em um modelo animal
de esquizofrenia - a linhagem SHR (Spontaneously Hypertensive Rats).
1,2
GOUVÊA, D. A. 1,2, DIANA, M. C. 1,2, LEVIN, R. 1,2, ALMEIDA, V. 1,2, NIIGAKI, S. T. 2,
Autores LIBÂNIO, T. C. 2, CALZAVARA, M. B. 1,2, ABÍLIO, V. C. 1 Farmacologia - UNIFESP, 2 Psiquiatria UNIFESP
Apoio Financeiro:
FAPESP
Resumo
Objetivos
A fisiopatologia da esquizofrenia está associada a uma hipofunção de receptores glutamatérgicos NMDA (Javitt, D.C. e
Kantrowitz, J.T. Brain Res Bull. 83:108, 2010). A modulação deste receptor pela glicina é fundamental para seu
funcionamento, e drogas que aumentem a disponibilidade de glicina são sugeridas como potenciais agentes terapêuticos
(Iasevoli, F. et al., Eur J Pharmacol. 682:1, 2012). Este trabalho tem como objetivo verificar as possíveis propriedades
benéficas de um inibidor do transportador de glicina – a sarcosina (SARC) – sobre as alterações comportamentais
observadas na linhagem SHR e que mimetizam sintomas da esquizofrenia (Calzavara, M.B. et al., Behav Brain Res.
225:15, 2011.; Calzavara, M.B. et al., Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 35:1607, 2011; Levin R. et al., Prog
Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 35:1748, 2011; Calzavara M.B. et al., Schizophr Bull. 35:748, 2009):
hiperlocomoção (modelo de sintomas positivos), déficit na interação social (modelo de sintomas negativos) e medo
condicionado ao contexto (modelo de déficits cognitivos).
Métodos
Foram utilizados ratos machos adultos (3 meses de 300 a 400g) das linhagens Wistar e SHR (CEP-UNIFESP: 1692/11).
Os animais foram tratados com salina ou 10, 50 ou 100mg/kg de SARC (n=10/linhagem/tratamento). Trinta minutos após,
os animais foram: colocados em pares (animais desconhecidos, de mesma linhagem e tratamento) em um campo aberto
por 10 minutos para quantificação da locomoção concomitantemente a avaliação da interação social (experimento 1);
submetidosao treino da tarefa de medo condicionado ao contexto (exposição a choques de 0,4 mA a cada 30 s em uma
caixa previamente desconhecida durante os últimos 150 s de uma sessão de 5 minutos) e, 24h após, ao teste
(quantificação do tempo de congelamento nesse mesmo contexto sem apresentação dos choques por 5 minutos)
(experimento 2). O teste estatístico utilizado foi a Análise de Variância de Duas Vias, seguida de teste de Duncan.
Resultados
A linhagem SHR apresentou um aumento de locomoção (125±11) e de levantamentos (58±4) e um déficit de interação
social (117±15,2) e de medo condicionado ao contexto (70,6±14) quando comparada aos animais Wistar (77±13; 21±3;
233,6±34,8; 132,2±28; respectivamente). A SARC não atenuou essas alterações e até mesmo promoveu uma diminuição
da interação social em ambas as linhagens.
Conclusão
A SARC não foi capaz de atenuar as alterações comportamentais associadas à esquizofrenia apresentadas pela linhagem
SHR. Esses resultados não corroboram dados prévios da literatura que indicam uma ação benéfica desta droga para o
tratamento da esquizofrenia (Hashimoto, K., Curr. Pharm. Des. 17:112, 2011; Lane et al, J Neuropsychopharmacol. 13:451,
2010; Tsai et al., Biol Psychiatry 55: 452, 2004).
FeSBE 2012
Resumo: 19.034
Aumento da liberação de dopamina estriatal em ratos SHR (Spontaneously Hypertensive Rats)
– um novo modelo animal para o estudo da esquizofrenia
1
SANTOS, C. M. 3, ARAÚJO, L. F. S. 3, CASTRO, E. F. 3, MAZZACORATTI, M. G. N. 3,
Autores FERNANDES, M. J. S. 1,2, ABÍLIO, V. C. 1 Departamento de Psiquiatria - LiNC - UNIFESP, 2
Departamento de Farmacologia - UNIFESP, 3 Departamento de Neurologia/ Neurocirurgia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
Fapesp e CNPq
Resumo
Objetivos
Recentemente verificamos que a linhagem SHR ( < i>Spontaneously Hypertensive Rats) apresenta alterações
comportamentais associadas à esquizofrenia que são especificamente revertidas por antipsicóticos e agravadas por
manipulações “pró-esquizofrênicas”, indicando que essa linhagem possa ser utilizada como um bom modelo para o estudo
da esquizofrenia (Calzavara, M.B. et al., Behav Brain Res. 225:15, 2011.; Calzavara, M.B. et al., Prog
Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 35:1607, 2011; Levin R. et al., Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry.
35:1748, 2011; Calzavara M.B. et al., Schizophr Bull. 35:748, 2009). Uma das principais alterações descritas em portadores
desta doença é o aumento da liberação de dopamina estriatal tanto basal quanto induzida por anfetamina e sua correlação
com os sintomas positivos apresentados (Laruelle et al., PNAS. 93(17): 9235-40, 1996; Abi-Dhargam et al., Biol Psychiatry
65(12): 1091-1093, 2009). Assim, o objetivo do presente trabalho foi investigar se a linhagem SHR também apresentaria
um aumento da liberação basal de dopamina no núcleo accumbens (estriado ventral, associado aos sintomas positivos).
Métodos
Foram utilizados ratos machos (4 a 5 meses) das linhagens Wistar (n=5; 390-440g) e SHR (n=4; 300-370g). Os animais
foram submetidos à cirurgia estereotáxica para implantação de cânula guia na região shell do núcleo accumbens com base
nas coordenadas fornecidas por Paxinos e Watson (2004). Após a recuperação (3 a 5 dias), os animais foram submetidos
à coleta do dialisato. As amostras foram coletadas a cada 30 minutos e armazenadas em freezer -80oC até serem
quantificadas pelo método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência ( < i>High Performance/Pressure Liquide
Chromatography - HPLC). Após a microdiálise, os animais foram decapitados e tiveram o cérebro retirado para verificação
da posição da cânula por histologia. Apenas animais que apresentaram localização correta da cânula foram incluídos nos
resultados. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de São
Paulo (0114/09).
Resultados
O teste t de student revelou um aumento da liberação basal de dopamina na região shell do núcleo accumbens na
linhagem SHR (17,53±4,69 ng/mL) em comparação com a linhagem Wistar (5,76±1,64 ng/mL; p < 0,05). Com relação aos
metabólitos de dopamina, foi observado na linhagem SHR um aumento na quantidade de DOPAC (5,69±2,03 ng/mL), mas
não de HVA (18,45±1,79 ng/mL), em comparação com a linhagem Wistar (5,69±2,03 ng/mL, p < 0,05 e 14,34±2,33 ng/mL
respectivamente).
Conclusão
A linhagem SHR apresenta liberação e metabolização basais de dopamina aumentadas na região shell do núcleo
accumbens. Os dados encontrados estão de acordo com o que é observado na esquizofrenia, reforçando essa linhagem
como um bom modelo animal para o seu estudo.
FeSBE 2012
Resumo: 19.035
The role of amygdala and hippocampus in morphine-induce state-dependence
1
GIRARDI, B. A.* 1, ROSA, M. M. D.** 1, SCHOFFER, A. P. * 1, RIBEIRO, D. A.** 1, SIGNOR,
Autores C.** 2,1, RUBIN, M. A. 1 Programa de Pós-graduação em Bioquímica Toxicológica - UFSM, 2
Programa de Pós-graduação em Farmacologia - UFSM
Apoio Financeiro:
CCNE, CNPq, CAPES
Resumo
Objetivos
Morphine, an opioid agonist, induces amnesia in rats. Amnesia produced by morphine administration post-training is
reversed by morphine given 30 min before the inhibitory avoidance test. This phenomena is denominated state
dependence. Nonetheless, the involvement of brain structures specially, amygdale and hippocampus on morphine-induced
state-dependence is not well described. Regarding this point, the current study investigates the importance of amygdale and
hippocampus on morphine-induced state dependence in rats.
Métodos
Adult male Wistar rats (200–250 g) were positioned in a stereotaxic device. Two different sites in each brain hemisphere
were implanted with 27-g guide cannulae aimed 1.0 mm above the following structures: the CA1 region of the dorsal
hippocampus and into-amygdalae. Four cannulae were implanted in a different group of rats, two into-hippocampi and two
into-amygalae. Seven days after to the scheduled day of surgery the animals were trained in a one-trial step-down inhibitory
avoidance paradigm (IA). During training, animals were placed on a platform in inhibitory avoidance apparatus and,
immediately after stepping down with their four paws on the grid, the animal received a 4-s 0.4 mA scrambled foot shock.
Immediately after training, they were returned to their home cage. Memory retention was evaluated in a testing session
carried out 24 h after training, in which trained animals were placed on the platform again, and the step-down latency was
measured. A cutoff time of 300 s was imposed on step-down latency during testing session. In order to analyze morphineinduce state dependence, immediately post-training and 30 min before testing rats received bilateral infusions of morphine
(Morph - 0.5 nmol/site, 0.5 µl/min over 1 min) intra-hippocampi or intra-amygdalae. To verify the cross state-dependence
induced by morphine between hippocampus and amygdale, one group of rats received post-training into-amygdalae
injection of morph or Saline (Sal) and 30 min before testing into-hippocampi injection of morph. Another group received the
same administrations however, in an opposite brain structure on training and test. All experimental procedures were in
accordance with the Institutional and National regulations for animal research (process 068/2011).
Resultados
Statistical analysis (Kruskal–Wallis H test) revealed a significant effect of treatment (H[3]=20.75; p < 0.001 to amygdala and
H 3]=21.42; p < 0.001 to hippocampus). Post hoc analysis (Dunn’s test) showed that morphine-induces state-dependence
into-amygdalae and into-hippocampi. In addition, Statistical analysis of step-down latencies (three-way ANOVA) revealed a
significant interaction between drug injected intra-amygdala into-hippocampi immediately post-training (Sal or Morph) by
drug injected pre-test (Sal or Morph) by brain structure injected pre-test (amygdala or hippocampus) interaction:
F(1,89)=14.18, p < 0.001. Post hoc analysis revealed that pre-test into-amygdala injection of morph but not into-hippocampi
reverted the deleterious effect of the post-training into-amygdalae or into-hippocampi injection of morphine. Data are
expressed in median and interquartile range with 12–13 animals in each group.
Conclusão
These results suggest that morphine only induces cross state-dependence between amygdale and hippocampus, but not
between hippocampus and amygdale. Herewith, these results demonstrated a fundamental hole of amygdale in morphineinduces state-dependece in rats.
FeSBE 2012
Resumo: 19.036
Os níveis hormonais endógenos e a administração aguda de estrógeno: influência sobre o
déficit cognitivo induzido pela escopolamina em ratas intactas.
1
Autores
MEDEIROS, A. M. 1, IZÍDIO, G. S. 1, SILVEIRA, D. S. 1, MACÊDO, P. T. 1, CABRAL, A. 1,
RIBEIRO, A. M. 1, SILVA, R. H. D. 1 Fisiologia - UFRN
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN, Propesq/UFRN
Resumo
Objetivos
Embora já se conheça a íntima relação entre os processos cognitivos e a transmissão colinérgica, atualmente tem se
destacado a relação dos efeitos do estrógeno sobre este sistema em estudos associados com doenças
neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer. Eles sugerem que oscilações nos níveis de estrógeno podem
influenciar o desempenho de animais durantes tarefas comportamentais que avaliam aspectos cognitivos. Em modelos
animais, é possível induzir um quadro de déficit cognitivo através da administração de antagonistas colinérgicos, e dessa
forma, pesquisar o envolvimento entre o estrógeno e o sistema colinérgico sobre a memória. Porém, a maioria desses
modelos utilizam fêmeas ovariectomizadas, não considerando as variações hormonais naturalmente presentes em animais
intactos. Dessa forma, procuramos avaliar a ação fisiológica e suprafisiológica do estrógeno sobre os déficits cognitivos
produzidos pela escopolamina em uma tarefa de esquiva discriminativa em labirinto de cruz elevado (ED-LCE), a qual
avalia simultaneamente as respostas de ansiedade e memória aversiva.
Métodos
Ratas Wistar com 3 meses de idade (250-300g) foram alojadas com livre acesso a comida e água, em condições
controladas de temperatura (23-24 °C) e 12/12 h ciclo claro/escuro. Os animais foram tratados de acordo com
procedimentos da lei brasileira para o uso de animais em pesquisa científica (Lei 11.794) e todos os procedimentos
descritos foram aprovados pelo comitê de ética local (CEUA/UFRN nº 036/2010). Foram realizados três experimentos: (I)
Ratas em diferentes fases do ciclo estral receberam escopolamina i.p. (ESC; 1 mg/kg) ou salina (SAL) 20 minutos antes do
treino na ED-LCE; (II) Ratas em diestro (menores níveis hormonais) receberam o mesmo tratamento, como descrito no
experimento I, mais valerato de estradiol i.m. (VE; 1 mg/kg) ou óleo de gergelim (VEH) 45 minutos antes do treino; (III)
Ratas em diestro receberam o mesmo tratamento, como descrito no experimento I, mais VE ou VEH pós-treino. Em todos
os experimentos, o teste foi realizado 24 horas depois do treino. O ciclo estral foi avaliado durante 15 dias antes dos testes
comportamentais através da análise microscópica por esfregaço vaginal.
Resultados
Os principais dados (média±EP) mostram que: (1) ESC induziu amnésia, independentemente da fase do ciclo estral
(42,6±8,6 metaestro, 38,4±6,3 diestro, 45,1±5,2 proestro, 41,4±9,4 estro para % tempo nos braços aversivos (%TAV) na
sessão de teste); (2) prejudicou a aquisição da tarefa apenas para os animais na fase de diestro (27,0±6,6 Bloco 1,
24,6±10,4 Bloco 2, 27,2±11,6 Bloco 3 para %TAV ao decorrer da sessão de treino); (3) produziu um efeito ansiolítico
(30,3±8,9 metaestro, 30,6±10,1 diestro, 16,0±6,6 proestro, 18,5±8,2 estro para % tempo nos braços abertos na sessão de
treino). Além disso, a administração pré-treino de VE preveniu a ação da ESC sobre a aquisição (14,6±2,7 Bloco 1,
17,2±9,0 Bloco 2, 1,3±0,9 Bloco 3 para %TAV ao decorrer da sessão de treino) e comprometeu o processo de
consolidação da memória (5,2±2,3 SAL/VEH, 40,4±12,8 ESC/VEH, 19,1±10,1 SAL/EV, 69,6±7,7 SCO/EV para %TAV na
sessão de teste) potencializando o efeito amnéstico da ESC.
Conclusão
Os resultados sugerem que alterações nos níveis de estrógeno endógeno e exógeno podem exercer um papel na
modulação da transmissão colinérgica.
FeSBE 2012
Resumo: 19.037
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO Hypericum perforatum NO COMPORTAMENTO ROTATÓRIO DE
RATOS EM UM MODELO ANIMAL DE DOENÇA DE PARKINSON
1
VECCHIA, D. D. 2, FERRO, M. M. 1, OLSZEWSKI, J. 1, SOBRERA, G. C. 1, SANTOS, A. F. 1,
Autores MIYOSHI, E. 1, PLODEK, C. K. 2, MARIN, F. N. 2, BAPTISTA, C. S. D. 1 Ciências Farmacêuticas UEPG, 2 Biologia Celular - UEPG
Apoio Financeiro:
CAPES, FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA, UEPG
Resumo
Objetivos
Avaliar os efeitos do Hypericum perforatum (Hp) no comportamento rotatório, em um modelo animal de doença de
Parkinson, induzido pela administração intracerebral unilateral de 6-OHDA.
Métodos
Este projeto foi aprovado pelo Comitê de ética no uso de animais da UEPG, nº de Processo CEUA 14/2011/Protocolo
UEPG-7821/2011. Utilizaram-se ratos Wistar machos com 3 meses e peso variando entre 250 e 330g. Os animais foram
separados aleatoriamente em 8 grupos: SHAM+veículo (N= 7), SHAM+Hp100 (N= 7), SHAM+Hp200 (N= 7), SHAM+Hp400
(N= 6), 6-OHDA+veículo (N= 12), 6-OHDA+Hp100 (N= 7), 6-OHDA+Hp200 (N= 8) e 6-OHDA+Hp400 (N= 8). O tratamento
consistiu na administração por gavagem de Hp (0, 100, 200 ou 400 mg/Kg) durante 28 dias antes do procedimento
cirúrgico e mais 7 dias pós cirurgia. Os animais do grupo SHAM foram submetidos aos mesmos procedimentos cirúrgicos
dos animais 6-OHDA, exceto pela infusão de 6-OHDA no feixe prosencefálico medial. No 7º, 14º e 21º dias após a cirurgia,
os animais foram submetidos ao teste de rotação induzido pela administração de apomorfina (1 mg/Kg, s.c.). O
comportamento rotatório foi observado em um cilindro de fundo cônico, onde as rotações (giros de 360•) ispilaterais e
contralaterais à lesão foram contadas durante 60 min. Os dados são apresentados em média ± erro padrão da média e
foram analisados por Análise de Variância (ANOVA) seguida de teste post hoc de Newman-Keuls.
Resultados
Os resultados mostram uma diferença estatística no número de rotações contralaterais entre os grupos no 7º (F(7,54) =
14,1, p≤0,001, ANOVA), 14º (F(7,54) = 49,4, p≤0,001, ANOVA) e 21º dias (F(7,54) = 36,1, p≤0,001, ANOVA). Os animais
do grupo 6-OHDA+veículo (145,1 ± 25) apresentaram um número de rotações contralaterais maiores que o grupo
SHAM+veículo (2,7 ± 1) no 7º. Esta diferença permaneceu no 14º (181,7 ± 16 vs 3,8 ± 1, respectivamente) e 21º dias
(177,7 ± 18 vs 4,1 ± 1, respectivamente). Os animais dos grupos 6-OHDA tratados com Hp (100, 200 e 400 mg/Kg)
apresentaram um número de rotações contralaterais menores (21,3 ± 9; 27,4 ± 5 e 12,0 ± 4, respectivamente) que o grupo
6-OHDA+veículo (145,1 ± 25). Isto foi observado também no 14º e 21º dia. O número de rotações ipsilaterais não difeririu
entre os grupos em nenhum dos dias analisados ( p > 0,05, ANOVA).
Conclusão
Os resultados mostram que o tratamento com Hp reduziu o número de rotações contralaterais nos animais com lesão
unilateral induzida pela administração de 6-OHDA. Isto sugere que a lesão induzida pela 6-OHDA foi menor nos animais
tratados com Hp, indicando um possível efeito neuroprotetor.
FeSBE 2012
Resumo: 19.038
ANXIOGENIC EFFECT OF ABSTINENCE TO CHRONIC ETHANOL IS ATTENUATED AFTER
BLOCKADE OF NITRIC OXIDE SYNTHESIS IN THE DORSAL RAPHE NUCLEUS
1
GONZAGA, N. D. A. 2,1, TIRAPELLI, C. R. 3,4, PADOVAN, C. M. 1 Farmacologia - FMRP-USP, 2
Autores Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas - EERP-USP, 3 Psicologia - FFCLRP-USP, 4
Neurociências e Comportamento - INeC
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq and FAPESP.
Resumo
Objetivos
Chronic consumption of ethanol (EtOH) and abstinence to it has been associated to disorders such as anxiety and
depression. Several brain structures and neurotransmitter systems seem to be involved in mediating this effect such as
Nitric Oxide (NO). NO is synthesized from L-arginine (L-Arg) throught the action of Nitric Oxide Sinthetase (NOS) which in
turn has three different isoforms: two constitutive (endothelial –eNOS, and neuronial -nNOS) and an inducible one (iNOS).
In animal models non-specific blockade of Nitric Oxide Synthetase (NOS) periferically (ip injections) or in the Dorsal Raphe
Nucleus (DRN) attenuated the anxiogenic effects induced by abstinence to chronic ethanol. Thus, the purpose of this study
was to determine whether blockade nNOS attenuate the anxiogenic effects induced by abstinence to chronic ethanol
evaluated using the Elevated Plus Maze (EPM) Test.
Métodos
Male Wistar rats with guided cannulas aimed at the DRN were submitted to two different protocols in this study. The first
one aimed to determine a non-effective dosage of NPLA on basal levels of anxiety. Rats received an intra-DRN injection of
saline (Sal, 0,2µl) or NPLA (nNOS inhibitor, 1, 3 or 10 nmoles/0,2µl) or saline (0,2µl) and five minutes later were tested in
the EPM. Percentage of entries and time spent in open (%EOA and %TOA, respectively) and enclosed arms were
registered and analyzed by ONEWAY ANOVA ( p < 0.05). On the second protocol rats received an acute (1 day, AEC –
Acute Ethanol Consumption) or chronic treatment (21 days, CEC – Chronic Ethanol Consumption) with 6% ethanol (EtOH,
volume/volume) followed by discontinuation of treatment for 48 h. Control rats received water (WATER) and all data from
AEC and CEC groups were put together. After this period the animals received an intracerebral injection of NPLA (nNOS
inhibitor, 10nmoles/0,2µl) or saline (0,2µl) and five minutes later they were tested in the EPM. Data was analyzed by a
Three-WAY ANOVA, being the factors drink, time of drinking and intra-DRN treatment (trat). CEUA 07.1.992.53.2.
Resultados
A significant increase in the %EOA was detected after NPLA treatment on the dose of 3nmoles (38.8±6), but not 1nmol
(5.4±0.7) or 10 nmoles (8.6±1.6), when compared to saline treated-rats (%EOA=19.2±5.2; F3,24=2.6; p < 0.05). NPLA 3
nmoles also tended to increase %TOA (19.9±3.2; F3,24=1.4), but this effect did not reach significance when compared to
saline (12.3±6.3) and other NPLA doses used (1nmol=10.5±1.3) or 10 nmoles (13.6±2.9). No differences were seen on the
number of enclosed arms entries (Sal=6.6±1.1; 1nmol=5.4±0.8; 3nmoles=6.7±1.2; 10nmoles=8.6±1.6; F3,24=1.2; p > 0.05).
In saline treated rats abstinence to CEC did decrease open arm exploration, but this decrease was significant only on time
spent (Chronic/%TOA: WATER/Sal=14.5±7.6; EtOH/Sal=2.7±2.7; Acute/%TOA: EtOH/Sal=1.5±1.5; EtOH/NPLA=4.7±1.5;
F1,32=9.91; p < 0.05), but not on the %EOA (Acute: WATER/Sal=18.9±6.7; EtOH/Sal=9.5±9.5; Acute/%EOA:;
EtOH/Sal=20.0±18.6; EtOH/NPLA=20.4±4.6; F1,32=0.2; p > 0.05). On the other hand, NPLA treatment slightly attenuated
the effects of abstinence on %EOA (WATER/NPLA=26.0±2.9; EtOH/NPLA=30.6±2.8; F1,32=3.0; 0.1> p > 0.05), but did not
change %TOA (WATER/NPLA=14.2±3.3; EtOH/NPLA=4.9±1.2; F1,32=0.1; p > 0.05). No significant interactions were
observed between factors for these variables. A significant decrease was observed on the number of entries in the enclosed
arms of the EPM only after abstinence to acute ethanol in saline-treated rats (EtOH/Sal=2.7±0.3; EtOH/NPLA=5.3±0.9)
(drink effects F1,32=4.3; p < 0.05; drink X time drinking X trat F1,32=3.3; 0,1> p > 0.05) but not after CEC
(WATER/Sal=7.3±1.2; WATER/NPLA=7.7±1.6; EtOH/Sal=9.0±2.0; EtOH/NPLA=5.3±0.9).
FeSBE 2012
Conclusão
Although further experiments are necessary to increase the number of animals per group, it seems that anxiogenic effects
induced by abstinence to chronic ethanol involve increases in NO formation through activation of the neuronial isoform of
NOS.
FeSBE 2012
Resumo: 19.039
Caracterização comportamental e validação farmacológica do modelo de ansiedade traço
induzida por pilocarpina
1
Autores
GUARNIERI, L. O. 1, SILVA, N. M. 1, MARCHETTE, R. C. N. 1, LIMA, D. T. C. M. D. 1
Departamento de Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.
Resumo
Objetivos
A administração de doses elevadas de pilocarpina em roedores é utilizada como modelo de epilepsia do lobo temporal,
porem pouco se sabe das alterações comportamentais causadas. Estudos prévios mostraram possíveis mudanças no
comportamento de ratos que receberam dose subconvulsivante de pilocarpina. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar
alterações comportamentais relacionadas ao perfil tipo-ansioso de ratos Wistar, tratados com única dose subconvulsivante
de pilocarpina e possível aplicação desse modelo no estudo da ansiedade traço.
Métodos
Ratos Wistar machos (2 meses), divididos em dois grupos: Controle (SAL solução salina 0,9% i.p.) e Pilocarpina (PILO 150
mg/kg i.p.). Um mês após o tratamento os animais de cada grupo foram subdivididos em 5 subgrupos: diazepam (DZP 1
mg/kg), flumazenil (FMZ 15 mg/kg), buspirona (BSP 5 mg/kg), pentilenotetrazol (PTZ 10 mg/kg), ou salina (SAL 0,9%) i.p. e
submetidos ao teste do labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto (CA) e neofagia (NEO) para avaliação
comportamental relacionada à ansiedade. O peso dos animais e a ração ingerida foram mensurados para a avaliação da
eficácia calórica, durante o mês de espera. Os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética da UFSC (Proc.#
23080.006511/2011-59). Os dados do LCE e do CA foram analisados por ANOVA de 2 vias seguida do teste de Bonferroni.
Os dados para a NEO, ganho de peso, ingesta e eficácia calórica foram analisados pelo teste t de Student não pareado.
Para todas as análises, o nível de significância foi p < 0,05.
Resultados
Os animais tratatos com pilocarpina apresentaram menor ganho de peso (47,00±3,20; n=12), quando comparados ao
grupo controle (75,46±4,46 n=12). Quanto à ingesta (g), houve uma redução nos animais tratados com pilocarpina
(330,80±7,83 n=3), em relação aos animais controle (649,80±27,74 n=3). A eficácia calórica, medida pela relação do ganho
de peso e ração ingerida, mostrou ser similar para ambos os grupos (T(4)=1,67; p > 0,05). Na NEO, ocorreu uma redução
na quantidade de alimento ingerido (g) pelo grupo pilocarpina (3,47±0,66 n=8), em relação ao grupo controle (5,37±0,59
n=8), com aumento na latência (s) para o inicio da ingestão entre os grupos pilocarpina (281,4±45,98 n=7) e controle
(121,3±28,32 n=7) e no número de bolos fecais do grupo pilocarpina (2,25±0,56 n=8), em relação ao grupo controle
(0,63±0,26 n=8). No LCE observamos uma diminuição nas entradas nos braços abertos para o grupo PILO-SAL
(19,87±1,86 n=10) em relação ao grupo SAL-SAL (32,77±2,21 n=11). O tratamento com DZP aumentou no número de
entradas nos braços abertos no grupo controle (SAL-SAL) O DZP também aumentou em média o tempo despendido nos
braços abertos, em relação ao grupo controle (17,228±3,131; n=11), com concomitante redução da avaliação de risco, em
relação ao controle (6,36±0,56 n=11). No CA não há alteração no número de quadrantes percorridos, embora o grupo
controle apresente maior exploração central que o PILO-SAL (17,18±1,41 n=10 e 4,97±1,17 n=10, respectivamente), e o
DZP aumente este parâmetro em todos os outros grupos, inclusive no PILO-DZP (8,986±0,470; n=8). Quanto ao parâmetro
tempo na área central, o DZP aumenta este tempo em relação ao grupo controle (6,76±0,87 n=10), que, por sua vez,
mostra um tempo aumentado em relação ao grupo PILO-SAL (3,30±0,32 n=10).
Conclusão
A administração sistêmica única de pilocarpina produz alterações comportamentais condizentes com um perfil
comportamental do tipo-ansioso nos diferentes testes comportamentais aqui avaliados. Além disso, os animais todo grupo
FeSBE 2012
controle e do tratado com pilocarpina responderam de forma esperada às drogas-padrão, ansiolíticas e ansiogênicas, no
LCE, mostrando que este modelo pode ser utilizado no estudo de ansiedade-traço, em ratos, como proposto anteriormente,
pois o presente estudo valida o modelo farmacologicamente. Estudos seguindo mesmo protocolo experimental estão em
andamento com fêmeas Wistar para comparação e avaliação das influências de gênero no modelo proposto.
FeSBE 2012
Resumo: 19.040
Espermidina aumenta a síntese de óxido nítrico através do receptor NMDA em hipocampo de
ratos.
1
SHOFFER, A. P. 1, CARVALHO, F. B. 1, GIRARDI, B. A. 2, MARISCO, P. D. C. 1, RIBEIRO, D. A.
Autores 1, SIGNOR, C. 1, TONELLO, R. 1,2, RUBIN, M. A. 1 Programa de Pós Graduação em Bioquímica
Toxicológica - UFSM, 2 Programa de Pós Graduação em Farmacologia - UFSM
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPERGS e CAPES
Resumo
Objetivos
Espermidina (SPD) é uma poliamina endógena que possui uma estrutura policatiônica o qual lhe confere a propriedade de
interagir com resíduos de aminoácidos negativos em biomoléculas. Além disso, SPD possui um sítio de ligação no receptor
N-metil-D-aspartato (rNMDA) modulando-o de maneira bifásica. Sabe-se que baixas concentrações de poliaminas
aumentam as correntes de Ca2+ por este receptor ativando diferentes vias de sinalização intracelulares. A ativação do
rNMDA está relacionada com a síntese de óxido nítrico (NO) através da enzima óxido nítrico sintase. Tendo em vista que
SPD modula o rNMDA e que a ativação deste receptor estimula a síntese de NO, o objetivo deste estudo foi investigar se a
poliamina SPD estimula a síntese de NO em fatias de hipocampo e se este efeito se dá através do rNMDA.
Métodos
Vinte ratos Wistar machos (250-300g) foram decapitados e o hipocampo foi dissecado e utilizado para a confecção das
fatias. As fatias foram incubadas com um fluído cérebro-espinhal artificial contendo (em mM): 1,25 NaH2PO4; 22
NaH2CO3; 1,8 MgCl2; 129,0 NaCl; 1,8 CaCl2; 3,5 KCl; 10 D-glicose, e o pH foi ajustado para 7,4 com solução
carbogênica. A viabilidade das fatias de hipocampo foram maiores que 60 minutos, sendo avaliadas através da atividade
da enzima lactato desidrogenase. O efeito das drogas na síntese de nitratos e nitritos (NOx, um marcador da síntese de
NO) foi investigado pela incubação de 10-12 fatias por 30 minutos a 37ºC. Após as incubações, o meio de ensaio foi
descartado e as fatias foram lavadas e homogeneizadas com Zn2SO4 (200 mM) e acetonitrila (96%, HPLC grade). Após, o
homogeneizado foi centrifugado durante 20 minutos, 16.000g a 4ºC e o sobrenadante foi separado para a análise do
conteúdo de NOx como previamente descrito (Nitric Oxide 5: 62-71, 2001). O precipitado resultante foi ressuspendido com
NaOH (6 M) para a quantificação de proteínas. Este estudo foi aprovado pelo Comite de Ética e Bem Estar Animal da
Universidade Federal de Santa Maria (protocolo 068/2011). Os dados foram analisados por ANOVA de uma ou duas vias.
A análise post hoc foi feita através do Teste de Student–Newman–Keuls, quando apropriado. Todos os dados foram
expressos µmol de NOx/mg de proteína (média ± SEM).
Resultados
A incubação das fatias de hipocampo com SPD (0,5 e 1,0 µM) durante 30 minutos aumentou o NOx (Controle: 3,10 ±0,26;
SPD 0,5: 6,01± 0,42; SPD 1,0: 4,33 ± 1,40). Além disso, a co-incubação de SPD (0.5 µM) com MK-801 (100 µM), um
bloqueador do rNMDA, e arcaína (0,5 µM), um antagonista das poliaminas para o rNMDA, preveniram o aumento do NOx
induzido pela SPD (Controle: 5,27±0,65; SPD 0,5: 8,28±1,07; MK-801: 5,66±0,50; SPD+MK-801: 4,74±0,74) (Controle: 5,70
±0,80; SPD 0,5: 9,20 ±0,99 ; arcaína: 4,80 ± 0,69; SPD+arcaína: 4,59±0,92).
Conclusão
Estes resultados mostram que SPD aumenta a síntese de NO em fatias de hipocampo de ratos, e este efeito se dá através
da ativação do rNMDA.
FeSBE 2012
Resumo: 19.041
HARMINE, AN AYAHUASCA COMPONENT, IMPAIRS MEMORY OF UNTREATED CONSPECIFICS
1,2
LIBÂNIO, T. C. 1,2, EUFRÁSIO, R. Á. 1,2, NIIGAKI, S. T. 1,2, CALZAVARA, M. B. 3, CRIPPA, J.
Autores A. 3, HALLAK, J. E. 1,2, ABÍLIO, V. C. 1 Departament of Pharmacology - UNIFESP, 2 Departament of
Psychiatry - UNIFESP, 3 Department of Neurosciences and Behavior - USP
Apoio Financeiro:
Fapesp, CNPq, CAPES
Resumo
Objetivos
Animal studies reveal that emotional states are able to interfere not only on the individual’s behavior but also on memory
performance of conspecifics (Knapska et al., Learn. Mem. 17: 35-42, 2010; Olsson & Phelps, Nat Neurosci. 10: 1095–1102,
2007). This effect seems to reflect a phenomenon called emotional contagion, providing individuals with emotion-related
environment information. Therefore, bearing in mind the role of drugs on social contexts and the influence of conspecific on
other animals’ behaviors, this study sought to evaluate the effect of β-carboline harmine, an ayahuasca component, on the
discriminative avoidance task performance (a learning/memory paradigm that also evaluates motor and anxiety-like
behaviors simultaneously – Silva & Frussa-Filho, J. Neurosci. Methods 102; 117, 2000) of animals kept in homogeneousand heterogeneous-drug treatment cages.
Métodos
This study was approved by the Animal Experimentation Ethics Committee (CEP 0485/10). Male Wistar adult rats (3 months
old, n=80) were treated with saline or 5, 10 or 15 mg/kg harmine and kept in homogeneous (animals of the same drug
treatment) or heterogeneous (animals with different drug treatments) cages (n=10/treatment/cage type). After 60 min, the
animals were trained for 10 min in the plus-maze discriminative avoidance task: they were placed individually in the center
of the plus-maze, which had two open arms and two closed arms, in one of which an aversive stimulation (light and noise)
was produced each time the animal entered the arm. A test session (10 min) (without aversive stimuli) was performed 24h
later. Variables analyzed were time spent in the aversive and non-aversive arms, total distance travelled (locomotor
behavior) and percent time spent in the open arms (%TOA – anxiety-like behavior measurement). To evaluate the enclosed
arms preference, pared student’s t test was used to compare time in the aversive- and non-aversive enclosed arms. For the
analyses of the total distance travelled and %TOA, two-way ANOVAs followed by Duncan’s post-hoc tests were applied.
Resultados
The main results were: (1) no differences were found in task acquisition (evaluated by aversive arm exploration along the
training); (2) in the test session, only homogeneous saline group [aversive arm (48.7±9.1)/ non-aversive arm (108.7±11.7)]
showed significant discrimination ( p < 0.05), indicating that only the animals of this group evoked the task; (3) in the training
session, homogeneous saline group showed increased total distance travelled (16.1±2.6) when compared to heterogeneous
group of same treatment (5.3 ±1.26), but there were no differences in the test session; (4) for the %TOA, no differences
were found in the training session, and homogeneous saline group showed lower %TOA (3.4 ±1.2) than heterogeneous
saline group (11.3 ±4.7) in the test session.
Conclusão
Our data reveal that harmine impaired memory. However, more importantly, the presence of harmine-treated animals
induced memory impairment in control animals kept in heterogeneous cages. The social effects observed in this study could
be explained by social contagion, originated by vocalization, pheromone influence or imitation.
FeSBE 2012
Resumo: 19.042
Efeito da privação de sono total na sensibilização comportamental induzida por injeção única
de modafinil em camundongos
1
SILVA, R. W. D. 1, BORÇOI, A. R. 1, MARI-KAWAMOTO, E. 1, ARAMINI, T. C. F. 1, JESUS, P.
Autores F. 1, FILHO, R. F. 1, SAITO, L. P. 1, CECCON, L. M. B. 1, FRUSSA-FILHO, R. 1 Farmacologia UNIFESP
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FAPESP, AFIP
Resumo
Objetivos
Modafinil é um agente que promove o aumento do alerta, sendo utilizado no tratamento da sonolência excessiva presente
na narcolepsia. Estudos recentes demonstraram que o modafinil é capaz de produzir sensibilização comportamental por
injeção única em camundongos. Ainda, tem sido extensivamente estudo que a privação de sono total promove o
desenvolvimento de supersensibilidade dopaminérgica, o que poderia aumentar os efeitos das drogas de abuso e também
levar a um aumento da hiperatividade locomotora em camundongos. Dessa forma, objetivo do presente estudo foi
investigar se o efeito da privação de sono total por um período de 6 horas é capaz de potencializar o efeito estimulante,
bem como a sensibilização comportamental induzida por injeção única de modafinil na dose de 64 mg/kg em
camundongos.
Métodos
Foram utilizados 40 camundongos Swiss machos, 3 meses de idade, distribuídos em 4 grupos: Sal, Sal/Priv, Mod64 e
Mod64/Priv. Todos os animais foram habituados no campo aberto (CA) por 3 dias (10 minutos) antes de iniciar o
tratamento com drogas. No quarto dia, os animais dos grupos Sal/Priv e Mod64/Priv, inicialmente, foram privados de sono
total (PST) por um período de 6 horas pelo método de gentle handling (GH), que consiste em manter os animais acordados
tocando-os suavemente com uma escova macia, toda vez que estes apresentavam sinais comportamentais de sono. Trinta
minutos antes do término da PST, os animais do grupo Mod64/Priv receberam uma injeção ip de modafinil na dose de 64
mg/kg e os animais do grupo Sal/Priv receberam uma injeção ip de salina. Os animais dos grupos não PST (Sal e Mod64)
receberam o mesmo tratamento. Nessa fase, os animais permaneceram em suas gaiolas de moradia. Após o término do
período de 6 horas de PST, os animais foram colocados no CA onde a sua atividade locomotora (AL) foi quantificada por
um período de 10 minutos. Após 7 dias, todos os animais foram desafiados com uma injeção ip de modafinil na dose de 64
mg/kg e, após 30 minutos, foram expostos ao CA e sua AL foi quantificada por um período de 10 minutos. O experimento
foi realizado de acordo com o Comitê de Ética e Pesquisa nº 1724/08.
Resultados
Na primeira injeção de modafinil, os animais dos grupos Mod64 e Mod64/Priv (305 ± 145 e 506 ± 149) apresentaram uma
atividade locomotora significantemente maior em relação aos grupos Sal e Sal/Priv (117 ± 80 e 123 ± 34). Ainda, a PST
aumentou significantemente o efeito estimulante dos animais do grupo Mod64/Priv quando comparado aos animais não
PST do grupo Mod64. No desafio modafinil, os animais dos grupos Mod64 e Mod64/Priv (514 ± 111 e 557 ± 163)
apresentaram uma AL significantemente maior em relação aos animais dos grupos Sal e Sal/Priv (253 ± 140 e 256 ± 93).
Ainda, o teste T pareado demonstrou que apenas o grupo Mod64 apresentou o fenômeno de sensibilização
comportamental (t= 3,930; p < 0,05).
Conclusão
Os presentes dados revelam que a PST por 6 horas foi capaz de potencializar o efeito estimulante induzido pelo modafinil,
mas não a sensibilização comportamental induzido pelo mesmo. Essa não potencialização da sensibilização
comportamental pode ser devido a um efeito-teto induzido pela interação entre a PST e o modafinil
FeSBE 2012
Resumo: 19.043
AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DA ASSOCIAÇÃO DA AYAHUASCA COM DROGAS
ANTIDEPRESSIVAS
Autores
1
AMARAL, W. C. 1, MENDES, F. R. 1 BIOSSISTEMAS - UFABC
Apoio Financeiro:
UFABC
Resumo
Objetivos
Avaliar as possíveis interações entre ayahuasca e duas drogas antidepressivas: sertralina (inibidor seletivo da recaptação
de serotonina) e imipramina (tricíclico), através do teste da natação forçada (tNF) e do teste da inibição a hipotermia
induzida por apomorfina (tHIP).
Métodos
Foi utilizado chá de ayahuasca gentilmente cedido por integrante da União do Vegetal, liofilizado e armazenado em
dessecador a 10°C. Dosagens por HPLC confirmaram teores de DMT e β-carbolinas correspondentes aos descritos na
literatura. O estudo consistiu em avaliar previamente o efeito da administração isolada de ayahuasca (120-1200 mg/kg,
v.o.) e dos antidepressivos (doses diversas, via i.p.) em animais submetidos a modelos de depressão e em seguida o efeito
da associação de doses sub-efetivas destes. Para o tNF foram utilizados ratos Wistar machos de 2-3 meses, pesando de
250 a 530g, submetidos a 15 minutos de natação e 24 horas depois resubmetidos a 5 min de natação para avaliação do
tempo de imobilidade, em seg. As drogas foram dadas em 3 doses: 24, 5 e uma hora antes do teste de avaliação. No tHIP
(10 mg/kg) foram utilizados camundongos Suíços machos de 2-3 meses, pesando de 34 a 55g. Igualmente ao tNF, no tHIP
primeiro foi determinada as doses sub-efetivas da ayahuasca e dos antidepressivos isolados, para posteriormente avaliar o
efeito da associação destes, da seguinte forma: pré-tratamento com água ou ayahuasca; 30 min depois os antidepressivos
ou salina; 30 min depois apomorfina; e 30 min depois avaliação da temperatura retal dos animais. O projeto foi aprovado
pela CEUA da UFABC (011/2011).
Resultados
Os dados estão apresentados como média e erro padrão da média e foram analisados estatisticamente pela ANOVA de
uma via, seguida pelo teste de Duncan. No tNF não houve diferença estatística entre os tempos de imobilidade do grupo
ayahuasca 120 mg/kg associado a sertralina 2,5 mg/kg (133 ± 23), bem como do grupo ayahuasca 120 mg/kg associada a
sertralina 10 mg/kg (160 ± 20) em relação ao grupo controle água + salina (144 ± 20): F(4,34) = 1,0760, p = 0,3836, n=7-8.
Também não houve diferença estatística entre o grupo ayahuasca 120 mg/kg associado a imipramina 3,75 mg/kg (172 ±
15) em relação ao grupo controle água + salina (201 ± 16): F(3,23) = 1,1201, p = 0,3614, n=6-8. No tHIP houve diferença
estatística entre o grupo ayahuasca 120 mg/kg associado a sertralina 5 mg/kg (-3,6 ± 0,7) em relação ao grupo ayahuasca
120 mg/kg associado a salina (-5,5 ± 0,4): F(3,26) = 3,0011, p = 0,0487, n=8; mas não em relação ao grupo controle água
+ salina (-4,1 ± 0,2). Por sua vez, o grupo de animais que recebeu ayahuasca 120 mg/kg associado a imipramina 1 mg/kg
(-2,1 ± 1,0) foi estatisticamente diferente do controle água + salina (-4,8 ± 0,3): F(3,28) = 3,5823, p = 0,0261, n=8, embora
não tenha diferido do grupo que recebeu apenas imipramina 1 mg/kg (-2,2 ± 0,6) – dose que não tinha sido efetiva no teste
piloto.
Conclusão
Os resultados obtidos até o momento não indicaram potencialização do efeito de doses sub-efetivas de sertralina e
imipramina pela ayahuasca no tNF. Por outro lado, os resultados do tHIP são controversos e necessitam de maior
investigação.
FeSBE 2012
Resumo: 19.044
Protective effects of anthocyanin on the impairment of ectonucleotidases activity in the cerebral
cortex and hippocampus of rats induced by scopolamine.
1
RIBEIRO, D. A. ** 1, CARVALHO, F. B. ** 1, GUTIERRES, J. M. ** 1, SIGNOR, C. ** 1,
SCHOFFER, A. P. * 1, GIRARDI, B. A. * 2, SPANEVELO, R. 1, SCHETINGER, M. R. C. 1 PósAutores
Graduação em Bioquímica Toxicológica - UFSM, 2 Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de
Alimentos - UFPEL
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPERGS, CAPES
Resumo
Objetivos
The aim of this study is to define if: i) Pre-treatment with Antho i.p (200 mg/kg, 7 days) has the ability to prevent memory
deficits found in a model of mnemonic deficit induced by scopolamine (1 mg/kg); ii) Pre-treatment with Antho i.p has an
ameliorative effect via ectonucleotidase activities through of NTPDase, 5’-nucleotidase and adenosine deaminase, both in
supernatant cerebral cortex (CC) and hippocampus (HC).
Métodos
Rats Wistar male (250-300g) were divided into 4 different groups: control (vehicle), anthocyanin (Antho, 200mg/kg, i.p.),
scopolamine (SCO, 1mg/kg i.p.), and scopolamine plus anthocyanin (SCO+Antho). After seven days of treatment with
Antho (intraperitonial), the animals received SCO and they were submitted to euthanasia. The CC and the HC were
collected for the preparation of the synaptossomes as previously described (J Neurochem 43:1114-1123,1984). The
synaptossomes were used for biochemical assays: NTPDase, 5’-nucleotidase and adenosine deaminase activities.
Enzymatic activities were analyzed by one- or two-way ANOVA, followed by Tukey's multiple range tests and expressed
with mean± SEM. Experiments were conducted in accordance with the Institutional Ethical Committee of the Federal
University of Santa Maria (protocol number 23081.003601/2009-63).
Resultados
The treatment with SCO increases the NTPDase activity in the CC (Control: 69.6±9.63; SCO: 112.40±10.74 nmol of
pi/min/mg of protein) and HC (Control: 51.01± 9.30; SCO: 107.60±16.07 nmol of pi/min/mg of protein). Antho prevented the
increase of NTPDase activity in CC (Antho: 75.66±13.14; Antho+SCO: 76.76±7.12 nmol of pi/min/mg of protein) and HC
(Antho: 67.68±7.78; Antho+SCO: 70.42±9.38 nmol of pi/min/mg of protein) induced by SCO. Furthermore, the treatment
with anthocyanin prevented the decrease in 5’-nucleotidase activity (Control: 39.94±8.34; SCO: 14.60±2.67;
Antho:42.50±6.87; Antho+SCO: 62.44±7.08 nmol of pi/min/mg of protein) and the increase in adenosine deaminase activity
induced by SCO in HC (Control: 5.19±0.79; SCO: 6.64±1.15; Antho: 4.81±1.00; Antho+SCO: 5.50±1.32 U/L).
Conclusão
Our results show that scopolamine may affect ectonucleotidase activities and caused memory deficits. In contrast to Antho,
it was effective to reverse these effects suggesting a neuroprotective effect of Antho on memory via ectonucleotidase
activities.
FeSBE 2012
Resumo: 19.045
Ameliorative effect of anthocyanin on behaviour alteration and acetylcholinesterase activity
caused by streptozotocin-induced Alzheimer’s disease like features
1
SIGNOR, C. ** 1, GUTIERRES, J. M**. 1, CARVALHO, F. B**. 1, RIBEIRO, D. A. ** 1,
MARISCO, P. D. C.** 1, SCHOFFER, A. P. * 1, RUBIN, M. A. 2, SPANEVELLO, R. 1,
Autores
SHETIENGER, M. R. . C. 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica
Toxicológica - UFSM, 2 Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos - UFPEL
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPERGS, CAPES
Resumo
Objetivos
The aim of this study is to define if: i) Pre-treatment with Antho i.p (200 mg/kg, 7 days before STZ injection) has the ability to
prevent memory deficits found in a model of sporadic dementia induced by STZ i.c.v (3 mg/kg); ii) Pre-treatment with Antho
i.p has an ameliorative effect via cholinergic pathway through of AChE activity, both in supernatant (S1) and synaptosomes
(Syn) of cerebral cortex (CC) and hippocampus (HC); iii) Antho alters the activity of important enzymes for
neurotransmission as, Na+,K+-ATPase and Ca2+-ATPase in CC and HC.
Métodos
Rats Wistar male (250-300g) were divided into 4 different groups: control (vehicle), anthocyanin (Antho, 200mg/kg, i.p.),
streptozotocin (STZ ICV, 3mg/kg), and streptozotocin plus anthocyanin (STZ+Antho). After seven days of treatment with
Antho (intraperitonial), the lesioned groups received bilateral ICV injection of STZ (3 mg/kg, body weight) was dissolved in
citrate buffer (pH 4.4) (coordinates for lateral ventricle as anterio-posterior -0.8mm, lateral 1.5mm and dorso-ventral, -4.5mm
relative to bregma and ventral from dura). The CC and the HC were collected for the preparation of the synaptossomes or
S1 as previously described (J Neurochem 43:1114-1123,1984). The synaptossomes or S1 were used for biochemical
assays: AChE, Ca+-ATPase and Na+,K+-ATPase activities. Enzymatic activities were analyzed by one- or two-way
ANOVA, followed by Tukey's multiple range tests and expressed with mean± SD. Experiments were conducted in
accordance with the Institutional Ethical Committee of the Federal University of Santa Maria (protocol number
23081.003601/2009-63).
Resultados
Statistical analysis showed that treatment with Antho reversed the impairment of memory induced by STZ ( P < 0.05). STZ
increased ( P < 0.05) the AChE activity in the S1 of CC (2.9±0.19) and HC (1.97±0.15). Antho prevents the increase ( P <
0.05) in AChE activity in S1 induced by STZ only in CC (2.3±0.59). STZ treatment also increased ( P < 0.05) the AChE
activity in the Syn of CC (6.80±0.89) and HC (4.25±0.60), but Antho only prevent this effect in the Syn of HC (3.34±0.21).
STZ decreased ( P < 0.05) the Na+,K+-ATPase activity in CC (107.1±26.54) and HC (82.28±24.08), and Antho treatment
prevented these effects in CC (163.1±18.03) and HC (131.2±24.03). STZ increased ( P < 0.05) only the Ca2+-ATPase
activity in the CC (72.72±13.88), and Antho in CC (51.54±9.04) prevented this effect.
Conclusão
In this context, we have shown that Antho could protect against STZ-induced memory deficits. According to our results, the
cholinergic pathway may be affected by STZ due to inhibition of AChE in both Syn and S1 fractions; so we propose that the
treatment with Antho leads to the up-regulation of cholinergic system. In addition, Antho also prevented the inhibition and
activation of Na+,K+-ATPase and Ca2+-ATPase, respectively, suggesting that this compound is involved in the
neuroprotection.
FeSBE 2012
Resumo: 19.046
ESCITALOPRAM E DULOXETINA MODULAM O ESTRESSE OXIDATIVO NO HIPOCAMPO DE
CAMUNDONGOS SUBMETIDOS AO ESTRESSE DE CONTENÇÃO
1
Autores
ZOMKOWSKI, A. D. E. 1, BUDNI, J. 1, ENGEL, D. 1, SANTOS, D. 1, ANTUNES, A. 1, FARINA,
M. 1, GABILAN, N. H. 1, RODRIGUES, A. L. S. 1 Bioquimica - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq, PROCAD-CAPES
Resumo
Objetivos
A duloxetina é um inibidor da recaptação de serotonina (5-HT) e noradrenalina e o escitalopram é um inibidor da
recaptação de 5-HT, ambos usados no tratamento da depressão. Vários estudos têm mostrado evidências do envolvimento
do estresse oxidativo na patogênese da depressão. No presente estudo foram avaliados os efeitos da duloxetina e do
escitalopram no teste do nado forçado (TNF) e no teste do campo aberto (TCA), bem como parâmetros de estresse
oxidativo em camundongos submetidos ao estresse de contenção agudo. Além disso, foi investigado o possível efeito
protetor destes antidepressivos nos parâmetros de estresse oxidativo.
Métodos
Este resumo apresenta dados obtidos com o projeto aprovado no Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA/UFSC) sob o
número de protocolo PP0578. Camundongos fêmeas Swiss (30-40 g, n= 4-6/grupo) foram utilizados. A duloxetina (10
mg/kg), o escitalopram (3 mg/kg) ou o veículo foram administrados por via oral (p.o.), 1 h antes do estresse de contenção
agudo. Após 7 h de contenção os animais foram liberados e 40 min após foram submetidos ao TNF ou do TCA.
Imediatamente após os testes comportamentais os animais foram sacrificados, os encéfalos foram removidos, sendo
dissecado o hipocampo para as análises bioquímicas. Os parâmetros bioquímicos analisados foram a lipoperoxidação
lipídica, as atividades da catalase (CAT), glutationa peroxidade (GPx) e glutationa redutase (GR) e os níveis de glutationa
(GSH). Os dados foram analisados por ANOVA de duas vias, seguido pelo teste de Duncan (dados significantes quando P
< 0,05).
Resultados
O estresse de contenção agudo produziu comportamento tipo depressivo no TNF (117,52,4%, em relação ao grupo
controle), o qual foi revertido pelo tratamento agudo com duloxetina e escitalopram (60,36% e 73,21,5%),
respectivamente, em relação ao grupo estressado, sem alterar a atividade locomotora no TCA. O estresse de contenção
aumentou significativamente a lipoperoxidação lipídica (239,52±31,6%), a atividade da CAT (213,2±25,4%), da GPx
(133,7±75,9%) e da GR (146,5±10,5%) no hipocampo em relação ao grupo controle (100%). O tratamento agudo com a
duloxetina e com o escitalopram diminuiu significativamente a lipoperoxidação lipídica (52,7±2,1% e 45,8±3,7%,
respectivamente), a atividade da CAT (63,5±4,9% e 39,9±5,9%, respectivamente), da GPx (73,3±2,6% e 63,7±3,9%,
respectivamente) e da GR (75,8±2,6% e 69,5±10,3%, respectivamente) no hipocampo em relação ao grupo estressado
(100%). Os níveis de GSH não foram alterados pelo estresse de contenção e nem pelos antidepressivos.
Conclusão
A administração aguda de duloxetina e de escitalopram reverteu o comportamento tipo depressivo induzido pelo estresse
de contenção agudo. Além disso, o tratamento agudo com estes antidepressivos preveniu os danos oxidativos induzidos
pelo estresse de contenção no hipocampo.
FeSBE 2012
Resumo: 19.047
EFEITOS SOBRE PROCESSO MNEMÔNICO NO HIPOCAMPO DECORRENTE DO TRATAMENTO
CRÕNICO COM ETANOL EM RATOS DA ADOLESCÊNCIA À FASE ADULTA
1
PEREIRA, M. C. S.** 1, DIAS, R. G.* 1, OLIVEIRA, G. B.** 1, CARVALHO, S. D.* 1, SILVA, J. B.
Autores D.* 1, FERNANDES, L. D. M. P.* 2, LIMA, R. R. 1, MAIA, C. D. S. F. 1 Instituto Ciências da Saúde UFPA, 2 Instituto Ciências Biológicas - UFPA
Apoio Financeiro:
CAPES/Fapespa
Resumo
Objetivos
O etanol (EtOH) interfere com processos cognitivos, o que depende de tempo, período e intensidade da exposição,
considerando que o início de consumo de bebidas alcoólicas está cada vez mais precoce, este trabalho buscou avaliar os
efeitos deletérios da exposição ao EtOH em fases iniciais da vida (adolescência). Desta maneira, este trabalho visa
contribuir com estudos que demonstram experimentalmente, em modelos animais, o efeito deste agente no sistema
nervoso central (SNC). O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da exposição crônica ao EtOH sobre os processos
mnemônicos.
Métodos
Aprovado pelo comitê de ética em pesquisas envolvendo animais da UFPA (BIO-CEPAE-UFPA: BIO 007-09). Foram
utilizados ratos Wistar, fêmeas, n=30 animais, (15animais/grupo; peso 100-250g) que receberam por gavagem EtOH (6,5
g/kg/dia) do 35º ao 90º dia de vida. Após esse período os animais foram submetidos a ensaios comportamentais através do
campo aberto, reconhecimento social e esquiva inibitória do tipo step-down. Todos os dados dos testes comportamentais
foram analisados pela ANOVA de uma via. Para a comparação entre os grupos utilizou-se o teste t de Student. A
construção gráfica e a análise estatística foram realizadas no programa GraphPad Prism 5.0.
Resultados
Os animais expostos cronicamente ao EtOH apresentaram redução na locomoção (nº total de quadrantes cruzados) em
relação ao controle (63,53±3,14; 83,33±2,39, respectivamente). No teste do reconhecimento social, observou-se um
aumento no tempo empregado para a investigação social do rato juvenil pelo rato adulto exposto ao EtOH, quando este é
reexposto após 30 min da 1ª investigação ao mesmo animal juvenil (1ª investigação= 8,19±1,34; 2ª
investigação=10,74±1,142, tempo em segundos), comportamento oposto ao observado no grupo controle (1ª
investigação=25,97±2,06; 2ª investigação=4,52±0,60). No teste da esquiva inibitória, foi observado que o grupo EtOH
demorou mais tempo (4,76±0,32, tempo em segundos) para sair plataforma que o grupo controle (2,43±0,22). Depois de 24
h os animais receberem um estímulo aversivo (choque) e após 90min, avaliou-se o tempo gasto para sair da plataforma e
observou-se que o grupo EtOH saia mais rápido da plataforma que o grupo controle (23,46±2,53; 125,7±18,00,
respectivamente). Quando avaliados 24 h após o estímulo aversivo, verificou-se que o grupo EtOH ainda empregava
menor tempo para sair da plataforma que o grupo controle (18,19±3,17; 99,06±18,77, respectivamente).
Conclusão
A exposição crônica ao EtOH promove alterações nos processos de aprendizado e memória. Este achado é de grande
relevância, uma vez que o período de vida analisado neste estudo representa, em humanos, a uma fase da vida de intensa
maturação do SNC, interferências neste processo podem originar danos que se repercutirão diretamente na vida do
individuo.
FeSBE 2012
Resumo: 19.048
CREATINE EXERTS AN ANTIDEPRESSANT-LIKE EFFECT DEPENDENT ON NMDA RECEPTOR
BLOCKADE AND ENHANCES CELL VIABILITY IN HIPPOCAMPAL SLICES IN MICE.
1
Autores
OLIVEIRA, Á. 1, CUNHA, M. P. 1, PAZINI, F. L. 1, ROSA, J. M. 1, BUDNI, J. 1, BETTIO, L. E. B. 1,
LUDKA, F. K. 1, TASCA, C. I. 1, RODRIGUES, A. L. S. 1 Bioquímica - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, UFSC, IBN-Net (01.06.0842-00)
Resumo
Objetivos
Creatine is a guanidine-like compound with antidepressant and neuroprotective properties. In this study, we investigate the
involvement of NMDA receptors in the antidepressant-like effect of creatine in the Tail Suspension Test (TST) in mice.
Furthermore, the effect of the in vivo treatment with creatine on cell viability of hippocampal slices challenged with
NMDA+Glycine or L-glutamate was evaluated.
Métodos
The experiments were performed after approval of the protocol by the Ethics Committee of the Institution (protocol
PP00570). Female Swiss mice (30-35 g, 45-60 days) were used (n=7-9, per group). The involvement of NMDA receptors
was investigated by the administration of creatine (10 mg/kg, p.o.) and NMDA (0.1 pmol/site, i.c.v.) or D-serine (30 µg/site
i.c.v.), a potent agonist at the glycine site of the NMDA receptor. To investigate synergic effect of creatine with NMDA
receptor antagonists, creatine (0.01 mg/kg, i.p.) and MK-801 (0.01 mg/kg, p.o.) or ketamine (0.1 mg/kg, i.p.) were
administered. TST is a predictive test of antidepressant-like action where mice were suspended by the tail. Immobility time
was recorded during 6 min. To assess the possible effects of creatine on locomotor activity, mice were submitted to the
open-field test. The number of crossing was registered during 6 min. Moreover, creatine (10 mg/kg, p.o.) was administered
60 min before the decapitation of the animals, hippocampi were dissected and slices were prepared. Slices were exposed
for 4 h to glutamate (100 µM) or NMDA (50 µM) + Glycine (10 µM) diluted in the incubation medium (50% Krebs solution,
50% DMEM and 20 mM of HEPES) and hippocampal cells viability was evaluated through the MTT reduction assay.
Hippocampal slices were incubated with MTT (0.5 mg/ml) in KRB for 30 min at 37°C. The formazan produced was
solubilized by adding 200 µl DMSO resulting in a colored compound whose optical density was measured in an ELISA
reader (540 nm).
Resultados
The antidepressant-like effect of creatine in the TST was prevented by the treatment of mice with NMDA (102.8% + 5.4% as
compared with control group) or D-serine (92.6% + 10.2%). The administration of sub-effective doses of NMDA receptor
antagonists MK-801 (64.3% + 8.8%) and ketamine (67.5% + 5.5%) in combination with a sub-effective dose of creatine
reduced the immobility time in the TST test. No alteration in locomotor activity of mice was observed in the open field test.
The administration of creatine per se increased cell viability in hippocampal slices (119.6% + 8.2%), effect abolished by
addition of L-glutamate (110.2% +-3.5%) and NMDA + Glycine (97.3% +- 7.4%) in non-toxic concentrations.
Conclusão
Our findings provide evidence that the effect of creatine in the TST involves an interaction with NMDA receptors,
contributing to the understanding of the mechanisms underlying the antidepressant-like effect of this compound. Moreover,
creatine increases cell viability through a mechanism dependent on NMDA receptor inhibition.
FeSBE 2012
Resumo: 19.049
RAPID RECURRENCE OF MANIA-LIKE BEHAVIOR FOLLOWING WITHDRAWN OF LONG-TERM
LITHIUM TREATMENT IN MICE
1
Autores
ARMANI, F. 1, ANDERSEN, M. L. 2, FRUSSA-FILHO, R. 3, QUEVEDO, J. L. 1, GALDURÓZ, J. C.
F. 1 Psicobiologia - UNIFESP, 2 Farmacologia - UNIFESP, 3 Laboratório de Neurociências - UNESC
Apoio Financeiro:
FAPESP, CAPES, CNPq e Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP)
Resumo
Objetivos
The remission of the debilitating symptoms of Bipolar Disorder (BD) depends crucially on the patient’s adherence to
treatment. However, the lack of preclinical studies willing to explore recurrence of mania-like behaviors after lithium
discontinuation impairs a better understanding of this drug management. Thus, the aim of this study was to evaluate the
behavioral effects of lithium withdrawn after long-term treatment in an animal model of mania.
Métodos
Adult male C57BL/6J mice (n=8 mice/group) underwent to a protocol based on Reversal followed by Maintenance
treatment. In the Reversal treatment, we intend to assess lithium’s ability to exert reversal effects against the hyperactivity
induced by amphetamine. Then, animals were randomly distributed to receive saline or amphetamine (1mg/kg/day, i.p.) for
13 days, and between the 4th and 8th days they were treated with vehicle or lithium (65 mg/kg/twice daily, i.p.). Thereafter,
the Maintenance treatment was addressed to verify reappearance of the mania-like behavior after lithium cessation. Mice
were subjected to this treatment from 9th to 13th days, in which they were assigned to continue or interrupt lithium
treatment. Locomotion frequencies were assessed in automated activity chambers. Data analysis was conducted using
ANOVA with repeated measures followed by the Tukey post-hoc test ( p < 0.05), and results are presented as mean ±
standard error mean. All experimental procedures were approved by the University's Ethical Committee for animal
experimentation (#1821/10).
Resultados
Amphetamine significantly increased locomotor activity (vehicle-treated group compared with amphetamine-treated group:
8219.8±4.3 vs 1965.6±1.6), which was reversed by 5 days of lithium administration (vehicle amphetamine-treated group
compared with lithium amphetamine-treated group: 8219.8±4.3 vs 4276.6±2.9; p < 0.05). Nevertheless, this reversal effect
was rapidly rolled back after the 1st day of lithium discontinuation (lithium vehicle amphetamine-treated group compared
with lithium lithium amphetamine-treated group: 7711.2±5.2 vs 3895.0±8.3).
Conclusão
Our findings corroborate the importance of maintenance therapy with lithium to avoid the recurrence of manic symptoms.
Indeed, the interruption of treatment by patients during the manic phase is able to reinstall the signs of BD. In this sense, the
Reversal and Maintenance treatment paradigms represent a functional animal model to investigate alternative treatments or
managements for individuals who do not respond to lithium as a continuation treatment.
FeSBE 2012
Resumo: 19.050
EFEITOS NEUROMOTORES DA MINOCICLINA, EM RATOS SUBMETIDOS À ISQUEMIA FOCAL
NO CÓRTEX MOTOR, EXPOSTOS CRONICAMENTE AO ETANOL DA ADOLESCÊNCIA À FASE
ADULTA
1,1,1,1
OLIVEIRA, G. B. 1,1,1,1, CARVALHO, S. D. 1,1,1,1, SILVA, J. B. D. 1,1,1,1, JÚNIOR, E. D. A. F.
1,1,1,1
, FERNANDES, L. D. M. P. 1,1,1,1, LIMA, R. R. 1, MAIA, C. D. S. F. 1 Laboratório de
Autores
Farmacologia da Inflamação e do comportamento – ICS - UFPA, 2 Laboratório de Farmacologia da
Inflamação e do comportamento – ICS - UFPA, 3 Farmácia - UFPA
Apoio Financeiro:
CAPES e FAPESPA
Resumo
Objetivos
O consumo excessivo de etanol (EtOH) tem sido identificado como um potencial fator de risco para o AVC durante várias
décadas. Este estudo visa contribuir na busca de fármacos com potenciais efeitos anti-inflamatórios para os danos
isquêmicos acentuados pelo consumo precoce e crônico de EtOH, para isto se investiga os efeitos neuromotores da
minociclina (MNC), em ratos expostos cronicamente ao EtOH da adolescência à fase adulta e em seguida submetidos à
isquemia focal no córtex motor.
Métodos
Aprovado pelo comitê de ética em pesquisas envolvendo animais/UFPA (BIO-CEPAE-UFPA: 007-09). Utilizou-se ratos
Wistar, fêmeas (n=50; 5 grupos com 10 animais/grupo; peso 100-250g), que receberam por gavagem EtOH ou água
(H2O), dose de 6,5g/kg/dia, do 35º ao 90º dia de vida. 24 h após o término da gavagem os animais foram submetidos à
microinjeções, 40 pmoles, de endotelina-1(ET-1) para indução de isquemia focal em área motora, córtex cerebral
(coordenadas estereotáxicas, córtex motor: 2,3 médio-lateral; 1,2 ântero-posterior; 0,4 dorso-ventral). O tratamento com
MNC iniciou 2h após a isquemia: duas doses (i.p.) diárias de 50mg/kg, nos primeiros 2 dias, e cinco aplicações diárias
únicas de 25mg/kg (i.p.). Testes comportamentais: atividade locomotora espontânea, plano inclinado e rota-rod. Os dados
dos testes foram avaliados pela ANOVA de uma via. Para comparações múltiplas post hoc utilizou-se o teste de Tukey. Os
dados são expressos como a média ± erro padrão da média. A construção gráfica e análise estatística: realizadas no
programa GraphPad Prism 5.0.
Resultados
Os grupos isquêmicos tratados com MNC locomoveram (nº total de quadrantes cruzados) similar ao grupo controle
(H2O+ET-1+MNC= 97,6±2,94; EtOH+ET-1+MNC=96,5±4,23; Controle=93,5±5,64) e mais que os grupos H2O e EtOH
isquêmicos/não tratados (73±1,10; 50,10±4,44, respectivamente). No teste do plano inclinado o ângulo de queda dos
grupos tratados com MNC foi semelhante ao controle (H2O+ET-1+MNC= 46±0,67; EtOH+ET-1+MNC=46,5±1,63;
Controle=43±1,05, ângulo em graus) e superior aos grupos H2O e EtOH isquêmicos/não tratados (32±1,33; 34±0,67,
respectivamente). No teste do rota-rod, fase de adaptação grupos tratados com MNC permaneceram mais tempo sobre o
cilindro giratório (H2O+ET-1+MNC= 46±7,45; EtOH+ET-1+MNC=31,46±7,2, tempo em s) que os grupos controle
(22,6±4,47), H2O e EtOH isquemizados/não tratados (8,22±1,83; 12,87±2,33). Na 1ª fase teste os grupos tratados com
MNC e o controle atingiram o tempo total permitido sobre o cilindro giratório (180s), superando os grupos H2O e EtOH
isquêmicos/não tratados (102,91±13,84; 110,44±8,67, respectivamente). Na 2ª e 3ª fase, os grupos tratados com MNC e o
controle permaneceram 180s sobre o aparato, tempo similar obteve o grupo H2O isquêmico/não tratado (2ª
fase:165,86±8,49, 3ª fase:179,51±0,37), já o grupo EtOH isquêmico/não tratado permaneceu menos tempo sobre aparato
(104,97±13,54; 168,29±6,67, respectivamente).
Conclusão
O EtOH exarcebou os déficits motores decorrentes da isquemia cerebral, porém a MNC foi capaz de revertê-los, mesmo
FeSBE 2012
em presença do EtOH.
FeSBE 2012
Resumo: 19.051
The traumatic brain injury as a predisposing factor for Parkinson´s disease: Evidence obtained
in an experimental model.
1
OLIVEIRA, P. A. D. 3, BEN, J. 3, MOREIRA, E. L. G. 2,3, SCHWARZBOLD, M. L. 2,3, WALZ, R.
Autores
, PREDIGER, R. D. S. 1 FARMACOLOGIA - UFSC, 2 Departamento de Clínica Médica - CeNAp,
3
Programa de Pós-Graduação em Neurociências - UFSC
1,2,3
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPESC (PRONEX - Project NENASC), FINEP (IBN-Net
#01.06.0842-00), UFSC
Resumo
Objetivos
The primary cause of Parkinson’s disease (PD) remains unknown, although an increasing number of genetic and
environmental factors have been proposed, including the traumatic brain injury (TBI). In the present study, we investigated
whether TBI may represent a predisposing factor to PD-related alterations in mice submitted to the systemic administration
of 6-hydroxydopamine (6-OHDA), a neurotoxin unable to cross the blood-brain barrier (BBB).
Métodos
Swiss Mice (3 months old), were submitted to a moderate TBI on left hemisphere by free weight-drop device (12.5 g) which
was confirmed 1 h later through a neurological severity score (NSS) evaluation. Then, 5 h after TBI induction, some mice
were sacrificed for the analyses of BBB permeability, while others were divided into four groups ( < b>A=control + vehicle,
B=control + 6-OHDA, C=TBI + vehicle, D=TBI +6-OHDA, n= 8-10 mice per group). 6-OHDA(100 mg/kg) was injected
intraperitoneally (i.p.). During a period of 4 weeks the animals were submitted to a battery of behavioral tests including the
NSS, open field, rotarod, and challenge with acute L-Dopa treatment and then they were sacrificed for the analysis of
striatal tyrosine hydroxylase (TH) expression through western blot. All procedures aforementioned were approved by local
Ethical Committee in Animal Research (CEUA PP00451/2010).
Resultados
The moderate TBI increased ipsilateral BBB permeability (Evans Blue overflow (ng/g tissue), group control/left =
45.39±11.54; control/right= 52.24±11.28; TBI/left= 135.9 ±28.53*; TBI/right= 20.92±2.72). On the 4th week after TBI
induction, significant motor and neurological impairments were observed in the animals from the TBI plus 6-OHDA group in
the open field (distance travelled (m), group A= 22.65± 1.76; B= 23.5± 2.00; C= 20.44± 2.05; D= 13.73± 1.57*), rotarod
(latency to fall (s), group A= 35.33± 2.54; B= 31.00± 2.99; C= 26.10± 2.46; D= 18.55± 3.05*) and NSS (median Ʃ scores,
group C= 2.00; D= 4.00*) tests. Acute treatment with L-Dopa (25 mg/kg, i.p.) improved the motor impairments observed in
the open field (distance travelled (m), group A= 18.80± 1.61; B= 17.97± 2.10; C= 13.89± 0.80; D= 17.34± 1.69) and rotarod
(latency to fall (s), group A= 26.75± 3.0; B= 24.33± 3.68; C= 14.22± 1.53; D= 19.22± 1.62). Remarkably, TBI plus 6-OHDA
group displayed significant reduction in striatal TH levels ( < b>A= 100%; B= 102%; C= 86%; D= 73%*).
Conclusão
Altogether, the current findings indicate that a previous moderate TBI event can disrupt the BBB, increasing the
susceptibility to motor, neurological and neurochemical alterations induced by systemic administration of the dopaminergic
neurotoxin 6-OHDA in mice. These results corroborate and extend previous epidemiological studies indicating that TBI may
represent a relevant predisposing factor for PD.
FeSBE 2012
Resumo: 19.052
TRANSIENT RECEPTOR POTENTIAL VANILLOID TYPE 1 CHANNEL IN DORSAL AND VENTRAL
HIPPOCAMPUS MODULATES THE RAT BEHAVIOR IN FORCED SWIM TEST
1
Autores
VANVOSSEN, A. C. 1, LINO-DE-OLIVEIRA, C. 1, BERTOGLIO, L. J. 1 Departamento de
Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES and FAPESC (Brazil).
Resumo
Objetivos
The hippocampus has long been related to emotional and cognitive processing. The transient receptor potential vanilloid
type 1 (TRPV1) channel is expressed in several brain regions, even though its central function is still a matter of
investigation. After confirming the TRPV1 channel expression along the dorsoventral axis of the hippocampus, the present
study sought to investigate if its local pharmacological antagonism could interfere with behaviors displayed by rats exposed
to forced swim test (FST).
Métodos
Male Wistar rats aged three-months were bilaterally implanted with guide cannulas aimed at the dorsal hippocampus (DH)
or the ventral hippocampus (VH). One-week after surgery, animals were exposed to a pretest session of forced swim for 15
min. On the next day, they were bilaterally infused with the TRPV1 channel antagonist SB366791 (SB; 0.1-3.0 nmol/side) or
its vehicle solution (VEH; 15% of dimethyl sulfoxide plus 5% of tween 80 in PBS) into the DH or the VH, and 10 min later
submitted to the test session of 5 minutes. The behavioral parameters scored were the duration of passive (immobility) and
active (swimming) behaviors, whose decrease and increase, respectively, indicates an antidepressant-like effect. The
frequency of climbing, an index of locomotor activity in this test, was also recorded. Data were analyzed using analysis of
variance (ANOVA). The Duncan test was used for post-hoc comparisons. The statistical significance level was set at p <
0.05. The experimental design aforementioned was approved by the local Ethical Committee in Animal Research
(23080.013799/2009-01).
Resultados
Two-way ANOVA showed a significant interaction between drug treatment and its site of infusion for immobility time [F(3,68)
= 6.3; p < 0.001] and swimming time F(3,68) = 8.4; p < 0,0001]. Duncan’s post-hoc test revealed that the former parameter
was significantly increased while the latter one reduced, relative to receptive controls after TRPV1 antagonism into the DH
[immobility time: VEH (mean ± S.E.M.) = 36 ± 13 s, SB 1.0 nmol = 85 ± 14 s; swimming time: VEH = 247 ± 13 s, SB 1.0
nmol = 200 ± 14 s] and the VH (immobility time: VEH = 25 ± 10 s, SB 3.0 nmol = 75 ± 21 s; swimming time: VEH = 260 ± 10
s; SB 3.0 nmol = 195 ± 18 s). In either case, as evidenced by min-by-min analysis, the SB366791-treated group differed
from vehicle-treated group from the third to the fifth min of behavioral testing. Importantly, these results were observed in
the absence of changes in climbing frequency [F(3,68) = 1.7; p > 0,05; DH: VEH = 0.7 ± 0.3, SB 0.1 nmol = 0.6 ± 0.2, SB
1.0 nmol = 0.7 ± 0.3, SB 3.0 nmol: 1.2 ± 0.5; VH: VEH = 1.0 ± 0.3, SB 0.1 nmol = 1.4 ± 0.5, SB 1.0 nmol = 0.8 ± 0.4, SB 3.0
nmol = 2.1 ± 0.6].
Conclusão
The present results provide evidence that hippocampal TRPV1 channels modulate the rat behavior in the FST.
FeSBE 2012
Resumo: 19.053
REPEATED TREATMENT WITH A LOW DOSE OF RESERPINE: A MODEL FOR THE STUDY OF
THE PROGRESSIVE FEATURES OF PARKINSON´S DISEASE
1
SANTOS, J. R. 1, CUNHA, J. A. S. 1, DIERSCHNABEL, A. L. 1, CAMPÊLO, C. L. C. 1, LEÃO, A.
H. F. F. 1, ENGELBERTH, R. C. G. J. 1, CAVALCANTE, J. S. 2, ABÍLIO, V. C. 1, IZÍDIO, G. S. 1,
Autores
RIBEIRO, A. M. 1, SILVA, R. H. D. 1 Departamento de Fisiologia - UFRN, 2 Departamento de
Farmacologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN, PPg-Psicobiologia UFRN
Resumo
Objetivos
Our goal was to develop an animal model of chronic progressive PD in rats to better understand the progression of
symptoms in the course of the disease.
Métodos
Twenty-two seven-month-old male Wistar rats were used. The animals received 10 injections of vehicle s.c. (control group =
CTR, n = 7) or 0.1 mg/kg reserpine s.c. (reserpine treated - RESt and reserpine withdrawn – RESw, n = 8 and 7,
respectively), every other day. During treatment, rats were submitted to the following procedures: (a) duration of catalepsy
behavior; (b) assessment of oral movements (OM) – duration of oral twitching, tong protrusions and vacuous chewing
movements – and (c) object recognition test. After thirty days (48h after the 10th injection) CTR and RESw rats were
submitted to intracardiac perfusion, brains were removed and processed using immunohistochemical methods for tyrosine
hydroxylase (TH). Animals used in this study were handled according to Brazilian law for the use of animals in scientific
research (Law Number 11.794) and with guidelines of the committee on care and use of laboratory animal resources
(Protocol: 025/2010).
Resultados
Animals treated with reserpine showed impaired short-term memory in object recognition task 48h after the 4th injection,
preceding the motor alterations. Motor alterations were detected only 48h after the 6th and 7th injection in relation to OM
(oral twitching CTR = 20.4 ± 8.3s and RES = 63.9 ± 11.0s; tong protrusion CTR = 2.1 ± 1.3 and RES = 8.5 ± 1.9; and
vacuous chewing movement CTR = 16.4 ± 3.1 and RES = 35.1 ± 4.8) and catalepsy (CTR = 5.1 ± 1.3s, RESt = 17.0 ± 4.2s
and RESw = 19.6 ± 3.6s). A decrease of 45% of TH levels in the striatum was observed in RESw animals compared to
CTR. After 30 days without treatment, RESw animals showed normal levels of TH, catalepsy behavior and OM similar to the
control group, however the memory impairment was still observed in this group.
Conclusão
Repeated administration with a low dose of reserpine in rats induces progressive alterations in cognitive, motor and
neuronal functions, indicating a possible application of this model in the study of the progressive nature of PD.
FeSBE 2012
Resumo: 19.054
Efeitos do tratamento crônico com lítio na memória e comportamentos relacionados à
ansiedade e depressão
1
PONTES, I. M. O.** 1,2, BARBOSA, F. F. 1, MELO, T. G.** 1, MEDEIROS, A. M.** 1, IZÍDIO, G.
Autores S. 1, RIBEIRO, A. M. 1, SILVA, R. H. 1 Departamento de Fisiologia - UFRN, 2 Departamento de
Psicologia - UFPB
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN, Propesq-UFRN
Resumo
Objetivos
O estabilizador do humor lítio é a droga de escolha no tratamento do transtorno bipolar. Uma série de artigos mostram seu
papel neuroprotetor e antiapoptótico e que o tratamento crônico com lítio aumenta a neurogênese hipocampal em
roedores. Estudos anteriores apontam o efeito neuroprotetor do lítio na melhora de alguns aspectos cognitivos como, por
exemplo, a memória, e efeitos contra a ação tóxica de outros íons e doenças neurodegenerativas. Neste contexto,
pretendemos avaliar os efeitos do tratamento crônico com lítio na memória aversiva e ansiedade através da tarefa da
esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado (ED). Além disso, um possível efeito antidepressivo foi investigado
através do teste do nado forçado (NF).
Métodos
Neste estudo, ratos Wistar machos de 3-4 meses pesando entre 250g-320g foram submetidos ao tratamento com
carbonato de lítio na dose de 50 mg/kg (n=6) ou veículo (n=8), intraperitonealmente, durante 21 dias e submetidos às
tarefas da esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado (ED) e teste de nado forçado (NF). Ambas tarefas consistem
em duas sessões, uma de treino e uma de teste. A tarefa da ED é uma tarefa que avalia simultaneamente ansiedade,
através da avaliação da exploração dos braços abertos na sessão treino, e memória, pela avaliação da exploração do
braço aversivo na sessão teste. No NF os ratos são colocados em um cilindro contendo água. A exposição de roedores a
este estímulo estressor resulta em um período inicial de vigorosa atividade, seguida de um aumento na quantidade de
imobilidade. O nível de imobilidade mensurável no teste é considerado como a representação do “desamparo aprendido”,
utilizado para avaliar o efeito antidepressivo de diversas drogas. Todos os parâmetros avaliados foram comparados através
do teste t para amostras independentes. O trabalho foi realizado de acordo com a lei nº 11.794 e foi aprovado pelo comitê
de ética local sob o protocolo nº 005/2011.
Resultados
Os resultados mostraram que ratos tratados com lítio (2,3 ± 2,3; média ± erro padrão) apresentaram uma menor
porcentagem de tempo no braço aversivo na ED quando comparado ao grupo controle (24,6 ± 9,0) na sessão de teste.
Nenhuma diferença significativa foi encontrada na porcentagem de tempo gasto nos braços abertos, assim como o
tratamento com lítio não induziu efeitos significativos no NF.
Conclusão
Desta maneira, nós sugerimos que o tratamento crônico com lítio pode apresentar um efeito cognitivo benéfico, já que
melhorou o desempenho da memória aversiva em ratos. No entanto, em oposição ao que mostra a literatura, este mesmo
tratamento não induziu efeitos nos comportamentos relacionados à ansiedade e depressão.
FeSBE 2012
Resumo: 19.055
RECONSOLIDATION CAN PROMOTE THE CONSOLIDATION OF A PARALLEL, WEAK MEMORY
THROUGH A SYNAPTIC TAGGING AND CAPTURE PROCESS.
1,2
CASSINI, L. F. 1,2, SIERRA, R. O. 1,2, ALVARES, L. D. O. 1,2, SANTANA, F. 1,2, CRESTANI, A.
Autores P. 1,2, HAUBRICH, J. 1,2, DUTRA, F. D. 1,2, DURAN, J. M. 1,2, ZANONA, Q. K. 1, BOOS, F. Z. 1,2,
QUILLFELDT, J. A. 1 Departamento de Biofísica, IB. - UFRGS, 2 PPG Neurociências, ICBS - UFRGS
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FINEP, FAPERGS, IFS.
Resumo
Objetivos
It was recently proposed that long-term memory (LTM) formation requires two dissociable events: synaptic tag setting and
the synthesis of diffusible plasticity-related proteins (PRPs). PRPs are then captured by the tagged synapses allowing the
maintenance of LTM. By this synaptic tagging and capture (STC) process, a weak learning that induces only short-term
memory (STM) can capture PRPs provided by a concomitant strong experience (Novelty) and also succeed in establishing
a LTM. Memory reconsolidation, even without being a novel experience, is able to induce new protein synthesis. Therefore,
the main goal of the present study was to evaluate whether reconsolidation could allow the consolidation of another weak
memory through a STC process.
Métodos
Project UFRGS#21915 (number of approval of this project in the ethics committee in animal experimentation). Male Wistar
Rats were first trained in a Contextual Fear Conditioning (CFC) task (Hippocampus. 22:1092, 2012). Three days later they
were trained in a Spatial Object Recognition task (Proc Natl Acad Sci. 106:14599, 2009) using a weak protocol (wSOR) that
can induce STM but not LTM. The training session consisted of 4 min exploration of two identical objects located in a
familiar arena (previous habituation of 20min/2days). One or four hours before wSOR training, or one or four hours after it,
animals were reexposed to the previously conditioned context during 3min to induce reconsolidation of CFC memory.
During test session of wSOR, performed one day latter, one of the objects was switched to a new position and animals were
allowed to explore for 2 min. N = 8 per group.
Resultados
Exploration percentage of the new location object is expressed as mean ± SEM. Animals exposed to CFC reconsolidation
1h before wSOR training (69.48 ± 3.66), or 1h after it (71.39 ± 2.24), expressed significant SOR-LTM (p ≤ 0.001, training x
test, paired t-test). These groups were statistically different from other ones, as shown by Tukey post-hoc test (p < 0.05)
performed after One-Way ANOVA (p = 0.002). Control animals that were not exposed to CFC reconsolidation (49.70 ± 5.87)
and those groups that were exposed 4h before wSOR training (48.87 ± 3.87) or 4h after it (55.16 ± 6.42), did not express
LTM (p > 0.4, training x test, paired t-test).
Conclusão
Our results demonstrate for the first time that memory reconsolidation, besides novelty, can also promote the consolidation
of a parallel weak learning through a mechanism that may actually be the synaptic tagging and capture process.
FeSBE 2012
Resumo: 19.056
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE METILFENIDATO PELAS VIAS INTRAPERITONEAL,
SUBCUTÂNEA E ORAL SOBRE O COMPORTAMENTO E A TEMPERATURA DE RATAS
1
GONÇALES*, T. A. 1, SOUZA**, M. F. D. 1, BISOGNIN**, K. M. 1, PEREIRA**, N. D. S. C. 1,
Autores FREESE**, L. 1, NIN**, M. S. 1, BARROS, H. M. T. 1, CALETTI**, G. 1 CIÊNCIAS BÁSICAS E
DA SAÚDE/FARMACOLOGIA - UFCSPA
Apoio Financeiro:
UFCSPA/CAPES/CNPQ
Resumo
Objetivos
O metilfenidato (MF) é um psicoestimulante utilizado como droga de escolha no tratamento do Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH). As vias de administração apresentam diferentes velocidades de elevação dos níveis
plasmáticos da droga e de concentração da dopamina extracelular. O presente estudo buscou avaliar e demonstrar o efeito
da administração aguda de MF pelas vias intraperitoneal, subcutânea e oral sobre o comportamento no campo aberto e
temperatura de ratas.
Métodos
Foram utilizados 40 ratas Wistar (200-250g) adultas, separados em 4 grupos (n=10/grupo). O grupo 1 recebeu solução
salina via intraperitoneal (SAL). Os demais grupos receberam solução de MF 5mg/ml conforme o grupo: Grupo 2 via oral
(MF-GAV); Grupo 3 via subcutânea (MF-SC) e o grupo 4 via intraperitoneal (MF-IP). Após as administrações foi aferida a
temperatura anal das ratas (T0). Passados 15min, os animais foram colocados no campo aberto por 5min. Os
comportamentos avaliados foram: andar, levantar, coçar e bolos fecais. Após o teste inicial, a temperatura anal das ratas
foi novamente aferida (T20). Trinta minutos após a administração da droga, os animais foram recolocados no campo aberto
por 5min. O teste estatístico utilizado foi ANOVA, seguido de teste complementar de Bonferroni. Os valores de p foram
considerados estatisticamente significativos quando P < 0,05. Este estudo foi aprovado pelo CEUA-UFCSPA protocolo
1034/10.
Resultados
A avaliação do comportamento de andar após 15min revelou que o MF pela via IP apresentou aumento (101 ± 47) em
relação às demais vias: SAL (27 ± 14; P < 0,0001), GAV (50 ± 25; P < 0,0001) e SC (65 ± 26; P=0,0001). A via SC mostrou
aumento de quadrantes percorridos em campo aberto comparando-se com o grupo controle ( P < 0,0001). O
comportamento de levantar após 15min da administração de MF também não mostrou diferença significativa entre os
grupos. Não houve significância na variável de estresse após 15min, bem como não houve diferença relevante entre as
vias de administração. Em relação ao comportamento de andar após 30min da administração do MF, a via IP (80 ± 40) e
SC (74 ± 35) são semelhantes, sendo ambas maiores que a GAV (41 ± 25, P=0,003) e SAL (17 ± 15; P < 0,0001). Na
avaliação do comportamento de levantar após 30min, a via IP (30 ± 21) e SC (34 ± 20) são semelhantes (P=1,0), e ambas
são semelhantes em relação a GAV (21 ± 16; P=0,401 IP; P=0,073 SC), mas maiores que a SAL (10 ± 8; P=0,001 IP; P <
0,0001 vs SC). Em relação as variáveis bolos fecais e ato de coçar após 30min, não houve significância entre as vias de
administração. Quando se comparou as vias SC/GAV, verificou-se que 15min após a administração do fármaco, não
apresentaram diferença em andar e levantar. A via SC demonstrou maior efeito do que a GAV para as variáveis andar e
levantar, após 30min.
Conclusão
As variáveis de temperatura não apresentam diferença significativa entre o grupo controle e as diferentes vias de
administração do MF. No que tange as variáveis comportamentais, houve diferença estatística significativa. Destaque
especial para o aumento dos comportamentos analisados pela via IP quando comparada à via oral e a similaridade entre
as vias IP e SC aos 30 minutos, fornecem substrato para concluir que a partir das vias de administração utilizadas ocorrem
modificações na velocidade de absorção da droga.
FeSBE 2012
Resumo: 19.057
SINGLE EXPOSURE TO COCAINE IMPAIRS ASPARTATE UPTAKE IN MOUSE HIPPOCAMPUS
ON A SHORT- AND LONG-TERM MANNER AND PRODUCES CONDITIONED EFFECTS
1
Autores
GOMES, G. M. A. 1, SATHLER, M. F. 1, PECCINALLI, N. R. 1, KUBRUSLY, R. C. C. 1,
KUBRUSLY, R. C. C. 1 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFF
Apoio Financeiro:
Cnpq, Faperj, Pronex, INCT
Resumo
Objetivos
We examined if a single dose of cocaine would induce conditioned place preference and alter the availability of excitatory
amino acids on mouse hippocampus.
Métodos
METHODS: Swiss mice of 16 days post natal (P16) received a single injection of cocaine (10mg/kg, i.p.) and were
sacrificed 24h or 20 days after the exposure. Hippocampus was dissected and samples were incubated for 1h in 1 ml of
Minimum Essential Medium (MEM) containing 1µCi [3H]-D-Aspartate (1.2 x 10-6M) buffered to pH 7.4 with 20mM HEPES at
37°C, in order to evaluate the [3H]-D-Aspartate uptake. To measure de cAMP levels in saline and cocaine groups, samples
were dissected and incubated with 500µM phosphodiesterase inhibitor (IBMX 500µM; 30min). The reaction was stopped
with trichloroacetic acid (final concentration 10%) and cAMP accumulation was assayed. In order to evaluate place
preference after cocaine exposure, we used the CPP (Condionated Place Preference) apparatus, which consisted of two
main compartments with differences in visual (wall patterns) and tactile (floor texture) cues, separated by a neutral
compartment. The time spent in each compartment was recorded. On day 1, mice were placed in the central compartment
and allowed free access to the entire apparatus in order to habituate. On day 3 (the conditioning phase) mice received
injection of cocaine (10 mg/kg i.p.), dissolved in saline, or equivalent doses of saline on day 2 and were immediately
confined into one of the two conditioning compartments for 30 min. Unbiased allocation was used: mice with a neutral
preference (45–55% for either side) were randomly allocated on their drug paired side. On day 3 or day 22 (test day) mice
were once again allowed free access to all three compartments. CPP was assessed over 15 min and determined as a
positive difference between time spent in the drug-paired compartment on test day compared to the saline-paired
compartment. Ethical committee approval: (CEA/026/2010)
Resultados
We show that a single intraperitoneal administration of cocaine produces, after 24h, significant decreases in [3H]Daspartate uptake in the mouse hippocampus (1,298± 0,09464 pmol/mg/hour n=5 control versus 0,8750 ± 0,06627
pmol/mg/hour n=6, cocaine). This decrease in [3H]D-aspartate uptake is also shown 20 days after the exposure (2,680 ±
0,1407 pmol/mg/hour n=4 control versus 1,697± 0,1267 pmol/mg/hour n=4, cocaine). cAMP levels were also assayed after
treatment (71,40± 10,06 pmol/mg/hour n= 5 control versus 134,0± 3,055 pmol/mg/hour n= 4, cocaine). The conditioned
effects of cocaine are observed 24h after a single exposure (54,67± 2,377 preference score specified cocaine (CS+) versus
33,75± 1,758, saline (CS-) n=10 ).
Conclusão
A single dose of cocaine can produce conditioned place preference and alter the excitatory amino acids levels on
hippocampus 24h or 20 days after drug exposure, indicating long-term changes in glutamatergic system after cocaine
administration.
FeSBE 2012
Resumo: 19.058
Efeitos do Etanol e da Dietilpropiona no modelo de preferência claro/escuro no peixe dourado
(Carassius auratus).
1
Autores
MESQUITA, C. S. 2, GOUVEIA JUNIOR, A. 1 laboratório de Neurociências e Comportamento UFPA, 2 laboratório de Neurociências e Comportamento - UFPA
Apoio Financeiro:
parcial da cnpq
Resumo
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos do Etanol e da Dietilpropiona no modelo de ansiedade denominado
Preferência claro/escuro, utilizando peixes dourados (Carassius auratus), que possuem aversão natural a ambientes
claros.
Métodos
Foram utilizados 72 peixes dourados, espécie Carassius auratus, com idade e sexo indeterminados. Os animais foram
divididos em grupo Etanol e grupo Dietilpropiona, cada um com trinta e dois sujeitos. Os sujeitos do grupo Etanol foram
divididos em quatro grupos (n = 8) conforme a dose de droga recebida: controle (0 g/ml), grupo 1 (0,5g/ml), grupo 2
(1,2g/ml) e grupo 3 (4g/ml); os sujeitos do grupo Dietilpropiona também foram divididos em quatro grupos (n = 8) conforme
a dose de droga recebida: controle (0 mg/l), grupo 1 (2 mg/l), grupo 2 (4 mg/l) e grupo 3 (8 mg/l). O procedimento de
preferência claro/escuro consistiu em, inicialmente, colocar o animal no compartimento central para habituação por 5min,
decorrido este tempo, este compartimento era aberto o animal tinha 15 minutos de livre acesso ao aparato, foram
registrados a primeira latência de cruzamento (para o lado branco ou preto), o tempo de permanência em cada lado e o
número de cruzamentos entre os lados, a sessão era constituída de uma única tentativa para cada animal. Os dados foram
organizados em termos de média e erro padrão e analisados através de ANOVA de uma via (dose da droga) seguido de
teste de Tukey quando necessário.
Resultados
Quanto à primeira latência, a analise estatística não identificou diferença significativa entre os grupos: Dietilpropiona
(ANOVA [F(4,35)= 0,383, p=0,819]) e Etanol (ANOVA [F(4,35)=0,398,=0,809]). Quanto ao tempo de permanência em cada
lado do aparato a analise estatística não identificou diferença significativa entre os grupos: Dietilpropiona: (ANOVA
[F(4,35)=1,981, p=0,134]) e identificou diferença significativa entre os grupos Etanol (ANOVA [F(4,35)=15,3296, p <
0,001]). E quanto ao número de cruzamentos entre os lados, tanto o grupo Dietilpropiona (ANOVA [F(4,35)=0,35, p=0,842])
quanto o Etanol (ANOVA [F(4,35)=1,419, p=0,248]), não apresentaram diferenças significativas.
Conclusão
Os resultados indicaram que apenas o Etanol exerceu efeito ansiolítico nas maiores doses e ansiogênico nas menores
doses no teste de preferência claro/escuro e nesta espécie utilizada. Porém nenhuma das duas drogas alterou a
aversividade ao ambiente claro da espécie, permanecendo todos os grupos mais tempo no ambiente escuro. Portanto
novos estudos devem ser realizados com outras doses de dietilpropiona, visando alcançar os efeitos desejados e da
validação farmacológica do modelo, e principalmente por não haver estudos realizados com esta droga em modelo de
ansiedade. Trabalho parcialmente financiado pelo CNPQ.
FeSBE 2012
Resumo: 19.059
RELAÇÃO ENTRE PERFIL ANSIOSO E DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
1
Autores
LEAL, P. C. 1, GARCEZ, F. B. 1, SOARES, A. P. S. 1, URSULINO, F.R.C. 1, GOES, T. C. 1,
SANTOS, M. R. V. 1, Teixeira-Silva, F. 1 FISIOLOGIA - UFS
Apoio Financeiro:
Resumo
Objetivos
A hipertensão arterial é uma condição de etiologia multifatorial, envolvendo fatores genéticos, biológicos e psicossociais.
Entre os fatores psicossociais que mais contribuem para a elevação da pressão arterial parece estar a ansiedade. No
entanto, em estudos clínicos, torna-se muito difícil saber quem veio primeiro, os sintomas hipertensivos ou ansiosos
(Psychosom. Med. 64; 758, 2002). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar, em ratos, a relação entre a ansiedade-traço e
o desenvolvimento da hipertensão arterial induzida por L-NAME (L-nitro-arginina-metil-éster).
Métodos
Os procedimentos foram aprovados pelo comitê de ética local (CEPA/UFS) sob o protocolo No 12/2010. Foram utilizados
60 ratos Wistar machos, adultos (de 2 a 3 meses de idade), pesando entre 250 e 300 g. Os animais foram primeiramente
avaliados no Paradigma da Exploração Livre (PEL) a fim de que, de acordo com o parâmetro “porcentagem de tempo no
ambiente novo” (%TAN), pudessem ser categorizados em baixa (> 81,67%), média (entre 57,98 e 81,67%) e alta
ansiedade-traço ( < 57,98%). Após esta avaliação, os animais de alta (n=12) e baixa ansiedade-traço (n=8) foram alocados
em dois grupos, sendo que a um foi administrado L-NAME cronicamente (20mg/kg), para a indução da hipertensão, e a
outro foi administrado veículo. Subsequentemente, a pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial média (PAM) de
cada animal foram monitoradas por sete dias, tendo sido calculada a porcentagem de aumento da pressão arterial no dia 7
em relação ao dia 0 (antes da administração). Ao final, os indivíduos foram avaliados pela segunda vez no PEL. Os
resultados obtidos, representados por média ± desvio padrão, foram analisados através de ANOVA, com nível de
significância de 5%.
Resultados
Dos grupos com alto traço ansioso, o tratado com L-NAME apresentou %TAN = 36,16 ± 18,41 (PEL 1) e 55,93 ± 33,97
(PEL 2) e o controle apresentou %TAN = 27,35 ± 29,40 (PEL 1) e 45,08 ± 35,21 (PEL 2). Dos grupos com baixo traço
ansioso, o tratado com L-NAME apresentou %TAN = 85,24 ± 4,13 (PEL 1) e 77,02 ± 42,39 (PEL 2) e o controle apresentou
%TAN = 86,04 ± 2,66 (PEL 1) e 87,59 ± 38,88 (PEL 2). A ANOVA de duas vias para medidas repetidas mostrou que não
houve interação significativa entre tratamento e teste/reteste no PEL, tanto para o grupo de alta como para o de baixa
ansiedade. Em relação à pressão arterial, a ANOVA revelou que animais de alta ansiedade tiveram um aumento
significativo da PAS (141,6 ± 12,05) e da PAM (120,4 ± 10,7) em relação aos valores basais, o que não ocorreu com os
animais de baixa ansiedade PAS (138,0 ± 14,7) e PAM (115,0 ± 6,5).
Conclusão
Embora estes dados devam ser interpretados com cautela, devido ao pequeno tamanho da amostra, eles indicam que
enquanto a hipertensão não interfere no traço ansioso, este facilita o desenvolvimento da hipertensão.
FeSBE 2012
Resumo: 19.060
Effects of chronic and acute Fluoxetine on exploratory behaviors of pigeons withdrawn to a
different environment.
1
MELLEU, F. F. 2, CENTURION-WENNINGER, C. F. 1, LINO-DE-OLIVEIRA, C. 1,3, MARINOAutores NETO, J. 1 Departamento de ciências Fisiológicas - UFSC, 2 Faculdad de Medicina - UNA, 3 Instituto
de Engenharia Biomédica - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq, Fapesc, Capes, IBRO
Resumo
Objetivos
Birds withdrawn from their home cage and placed in a different environment (DE), or submitted to other conflict-related
situations (e.g. novelty, isolation), present intense ballistic (“peeping”) and angular head movements. These exploratory
behaviors in birds are thought to be fear-motivated and appear to increase in conditioned scenarios where there is an
anticipation of noxious stimuli. In this study we investigate the effects of chronic and acute administration of Fluoxetine
(FLX) on these exploratory behaviors in pigeons exposed to a different, unusual environment.
Métodos
18 adult pigeons (Both sexes, 400-500g BW) were lodged for 7 days in individual cages (50x50x50cm) containing a peck,
water and food ad libitum. On the 7th day (Pre-test) they were exposed for 15 min to a DE consisting of a rectangular
Plexiglas arena (80x50x30), situated in a isolated room illuminated by white artificial light. 7 days later the animals received
an injection (s.c) of Saline, FLX 2.5mg/Kg or FLX 10mg/Kg (n=6 each) and were reintroduced to the arena (E2) 30min later
in the same conditions as the pre-test. After the E2, animals received 1 daily injection of the same doses of FLX or saline for
14 days. On the 14th day (E3) they were once again exposed to the DE. The 3 exposures of 15min were filmed and all
exploratory behaviors were quantified for their duration, frequency and latency and statistically analyzed by Kruskall-Wallis
ANOVA followed by Mann-Whitney’s post test. All procedures described here were approved by the university’s committee
for animal use (CEUA/UFSC) under the protocol nº 23080.037851/2010-41.
Resultados
There were no significant differences on the exploratory behaviors between groups on the pre-test. Furthermore, the acute
administration of FLX left unchanged the behaviors as compared to saline treatment. On E3, the total duration of peeping
was significantly higher (p=0,004) on animals injected with FLX 10 mg/Kg (94,98±41,79) when compared to the saline group
(0,51±0,13). On both Saline (73,14±39,20) and FLX 2.5mg/Kg (214,23±90,92) groups the duration of peeping behavior was
significantly higher (p=0,02) on the pre-test when compared to E3. This difference could not be observed of the FLX
10mg/Kg group.
Conclusão
Chronic FLX administration was capable to abolish the decrease of exploratory behavior caused by repeated exposures of
pigeons to a different environment. This effect might be comparable to the decrease of immobility seen in rats and mice on
tests like the FST after SSRI treatment.
FeSBE 2012
Resumo: 19.061
Caracterização comportamental do modelo de ansiedade traço induzida por pilocarpina –
estudo temporal
Autores
1
SILVA, N. M. 1, GUARNIERI, L. O. 1, LIMA, T. C. M. D. 1 Departamento de Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
(PIBIC-UFSC).
Resumo
Objetivos
Investigar possíveis alterações comportamentais relacionadas à ansiedade em ratos tratados com única dose subconvulsivante de pilocarpina, quando submetidos aos testes do Campo Aberto (CA) e da Neofagia (NEO), 6 meses após o
tratamento sistêmico.
Métodos
Foram utilizados ratos Wistar machos, com dois meses, pesando em média 300 g. Os animais foram alojados em caixas
plásticas até o dia do experimento, em uma sala com temperatura (21 ± 1ºC) e ciclo de luz 12/12 h (luzes ligadas às 7:00 h)
controlados, recebendo água e ração ad libitum. Os animais foram divididos em dois grupos: Controle e Pilocarpina (PILO).
Os animais do grupo Controle receberam uma injeção intraperitoneal (i.p.) de solução salina 0,9%, enquanto os outros
receberam PILO na dose sub-convulsivante de 150 mg/kg por via intraperitoneal (i.p.), ambas precedidas da administração
subcutânea (s.c.) de brometo de metilescopolamina 1 mg/kg para evitar os efeitos autonômicos. Seis meses após o
tratamento, os animais foram submetidos aos testes do CA e da NEO. Os experimentos foram aprovados pelo Comitê de
Ética da Universidade Federal de Santa Catarina (Proc. No.: 2010.1147). Os dados foram analisados pelo teste t de
Student bi-caudal não pareado, e os parâmetros foram considerados significativos quando p < 0,05.
Resultados
No teste do CA não houve mudança no número total de quadrantes percorridos (T(20)=0,614; p > 0,05); porém, o grupo
PILO percorreu um menor número de quadrantes centrais (4,01 ± 0,99 n=10) e permaneceu menos tempo no centro do
aparato (0,73 ± 0,18 n=10) que o grupo controle (9,98 ± 2,22 n=12 e 2,56 ± 0,70 n=12, respectivamente). Também houve
diferença significativa quanto à latência (s) para a entrada na área central do CA, sendo esta medida maior para o grupo
PILO (221,80 ± 69,90 n=8) em relação ao controle (22,81 ± 7,88 n=8). O tratamento com o agonista colinérgico não alterou
a frequência e o tempo dos parâmetros: congelamento (freezing), levantamentos (rearing) e autolimpeza (grooming). Na
NEO houve uma redução na quantidade de ração ingerida (g) pelo grupo PILO (3,71 ± 0,57 n=10) em relação ao controle
(5,19 ± 0,42 n=12) e um aumento na latência (s) para início da ingestão no grupo PILO (223,1 ± 34,83 n=9) em relação
controle (131,80 ± 24,35 n=10). Não houve diferenças significativas no número de bolos fecais em ambos os grupos
(T(20)=1,229; p > 0,05).
Conclusão
Estes resultados mostram que o perfil tipo ansiogênico produzido pela injeção sistêmica única de uma dose
subconvulsivante de pilocarpina persiste por até 6 meses, confirmando resultados anteriores de 15, 30 e 90 dias. O mesmo
protocolo está sendo avaliado em animais um ano após a administração única da mesma dose sub-convulsivante de PILO.
FeSBE 2012
Resumo: 19.062
PARTICIPAÇÃO DO RECEPTOR DE SEROTONINA 5HT1A NO EFEITO ANSIOLÍTICO DA
INALAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE LAVANDA EM CAMUNDONGOS.
1
Autores
CHIOCA, L. R. 2, FERRO, M. M. 3, LOSSO, E. M. 1, ANDREATINI, R. 1 Farmacologia - UFPR, 2
Biologia Geral - UEPG, 3 Odontologia - UP
Apoio Financeiro:
Fundação Araucária, CNPq, CAPES
Resumo
Objetivos
A inalação do óleo essencial de lavanda (Lavendula angustifolia) tem apresentado efeito ansiolítico em modelos animais,
porem o seu mecanismo de ação não é completamente conhecido. Logo, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do
óleo essencial de lavanda (OEL) na síndrome serotoninérgica e a participação do receptor de serotonina 5HT1A na
mediação do seu efeito ansiolítico.
Métodos
OEL (5%) ou água destilada foram administrados por inalação em camundongos Swiss machos (30-40 g). A síndrome
serotoninérgica foi induzida pela administração de fluoxetina (40 mg/kg, i.p.) e 5-hidroxitriptofano (5-HTP) (80 mg/kg, i.p.). A
inalação de OEL ou água foi feita por 15 min após a administração da fluoxetina. A avaliação da síndrome foi feita pela
análise de 5 vídeos de 1 min cada, com o intervalo de 5 min entre cada um, através da escala de 0 (ausente) a 4 (máximo),
para avaliação dos comportamentos de movimentos da cabeça, movimentos para trás, abdução dos membros traseiros,
cauda de Straub, tremor, entre outros. Na avaliação da participação do receptor 5HT1A, grupos diferentes de
camundongos foram pré-tratados com pindolol (32 mg/kg, i.p.), antagonista 5-HT1A, ou 8-OH-DPAT (0,5 mg/kg, i.p.),
agonista 5-HT1A, 30 min antes da inalação do OEL ou água e pós 15 min de inalação os animais foram submetidos ao
teste de esconder esferas. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da
UFPR (protocolo 407).
Resultados
A inalação do OEL 5% reduziu a síndrome serotoninérgica, na somatória dos comportamentos observados, sendo que o
score total para o controle positivo foi de 78±10 e para o grupo OEL 65±15 (valores de média±DP, t(2,31), p < 0,05
n=13/grupo). Não houve diferença significativa nos comportamentos isolados. OEL 5% reduziu o número de esferas
escondidas no teste de esconder esferas, indicando um efeito ansiolítico (controle11±0,8 / lavanda 2±0,5*), e esse efeito foi
bloqueado pela pré-adminstração de pindolol (32 mg/kg) mesma dose que foi capaz de reverter também o efeito do 8-OHDPAT (3 mg/kg) (pindolol 12±1,5 / 8-OH-DPAT 3±1,7* / Pindolol+8-OH-DPAT 9±2,6 / Pindolol+Lavanda 8±1,7). A préadministração de uma dose não efetiva de 8-OH-DPAT (0,5 mg/kg) em combinação com a inalação de uma concentração
inefetiva de OEL (0,1%) reduziu o número de esferas escondidas (8OHDPAT 9±1,2 / Lavanda 9±0,8 / 8-OHDPAT+Lavanda 3±0,8*), mostrando um efeito ansiolítico pela combinação das duas substancias. Valores de média±EPM.
ANOVA seguida de Newman-Keuls. n=9-12/grupo. *p≤0,05 em relação ao grupo controle.
Conclusão
O óleo essencial de lavanda apresentou efeito ansiolítico no teste de esconder esferas, que foi revertido pelo bloqueio do
receptor 5HT1A pelo pindolol. Além disso uma concentração não efetiva do óleo essencial de lavanda teve seu efeito
potencializado pela combinação com dose inefetiva do agonista 5HT1A 8-OH-DPAT. A observação de que a inalação do
OEL 5% foi capaz de reduzir a síndrome serotoninérgica indicou uma possível efeito serotoninérgico do OEL. Em conjunto,
estes indicam a participação do receptor 5HT1A no efeito ansiolítico do óleo essencial de lavanda.
FeSBE 2012
Resumo: 19.063
EFEITOS DA MODAFINILA E DA PRIVAÇÃO DE SONO SOBRE O COMPORTAMENTO, O
ESTRESSE OXIDATIVO E OS NIVEIS DE MONOAMINAS EM TECIDO CEREBRAL
1
Autores
LIMA, A.M.A. 2, RIOS, E. 2, Lima, F.A.V. 1, BRUIN, V. 1 Programa de Pós Graduação em Ciências
Médicas - UFC, 2 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC
Apoio Financeiro:
CAPES
Resumo
Objetivos
Avaliar os efeitos diferenciais da privação de sono (PS) de 48h(G48) e 72h(G72) sobre o comportamento, o estresse
oxidativo e os níveis de monoaminas em tecido cerebral e a ação da Modafinila(GM) sobre o comportamento em um
modelo de PS em camundongos.
Métodos
Foi induzida a PS através do método das plataformas múltiplas; foram utilizados camundongos Swiss, machos, 2-3 meses,
peso variando entre 30-40g (N=8) (CEPA 67/09-UFC, CE). Um grupo controle (C) sem PS foi utilizado. Um grupo com PS
72h foi tratado com Modafinila (GM, 16mg/kg/dia, 5 dias), Os animais foram testados através dos testes de campo aberto,
Labirinto em Cruz Elevado e Teste de Suspensão da Cauda. Após experimentação, os animais foram decapitados e
amostras de tecido cerebral correspondentes ao Córtex Prefrontal (CPF), Corpo Estriado (CE) e Hipocampo (H) foram
retiradas. Foram avaliados os níveis de nitrito e Thiobarbituric Acid Reactive Substances (TBARS) (Espectrofotometria) e
de Dopamina, DOPAC, Norepinefrina e Serotonina (HPLC-Detecção Eletroquímica). Comparações entre os grupos foram
feitas através de ANOVA seguido de Teste t de Student ou Kruskall-Wallis seguido de teste de Mann-Whitney, quando
adequado
Resultados
Observou-se uma redução da atividade locomotora maior no G72 (C=66,0±4,4; G48=59,7±6,7; G72=27,1±4,3, p=0,0003)
que foi parcialmente revertida pela Modafinila (49,8±7,4,Gm vs G72 p=0,03). Os comportamentos de Rearing diminuíram
com a PS (C=18,5±2,4; G48=6,2±1,6; G72=4,8±1,6, p=0,0001) e Grooming aumentaram (C=2,7±0,3; G48=13,7±2,3;
G72=15,8±1,6, p < 0,0001); a Modafinila reverteu parcialmente o efeito da PS sobre o grooming (9,2±0,8,Gm vs G72
p=0,003). O Labirinto em Cruz Elevado revelou que o numero de entradas nos braços abertos aumentou com a PS
(C=4,3±1,0; G48=10,3±0,6;G72=9,7±1,2, p=0,0009); o número nos braços fechados aumentou no G48
(C=8,7±0,9;G48=13,8±1,1;G72=8,8±1,4, p=0,008). O teste de suspensão da cauda mostrou que a PS reduziu a latência
(C=112,3±10,0; G48= 42,8±9,3; G72= 72,8±10,7, p < 0,0001) e aumentou o tempo total de imobilidade (C=33,8±6,2;
G48=77,8±15,1; G72=100,5±13,9, p < 0,003). No CPF, a PS reduziu o nitrito (C=107,9±7,3; G48=58,5±6,5; G72=69,3±5,3,
p < 0,0002) e aumentou o TBARS (C=8,2±1,3; G48=37,2±3,9; G72=39,8±2,0, p < 0,0001). No H, a PS reduziu o nitrito
(C=92,6±5,5; G48=65,6±5,5; G72=75,6±6,2, p < 0,03) e aumentou o TBARS (C=10,7±2,6;G48=40,9±3,5;G72=38,3±4,2, p
< 0,0001). No CE observou-se que os níveis de nitrito não apresentaram diferença e TBARS foi aumentado (C=11,7±2,2;
G48=50,1±3,4; G72=37,5±4,6, p < 0,0001). No CE, houve uma elevação dos níveis de Serotonina após 48h de PS, porém
não houve alteração após 72h de PS (C=0,32±0,08; G48=0,91±0,22; G72=0,55±0,06; G48 vs C p < 0,03). Ocorreu uma
diminuição de Dopamina no CPF quando comparados controles com os grupos com PS (C=4,4±1,7; G48=0,19±0,11;
G72=0,06±0,02, p < 0,01).
Conclusão
Os efeitos da PS de 48h e 72h no comportamento, estresse oxidativo e monoaminas em tecido cerebral são diferenciados.
A Modafinila melhorou a atividade locomotora. A PS provocou alterações do CPF e CE envolvendo a neurotransmissão
dopaminérgica e serotonérgica.
FeSBE 2012
Resumo: 19.064
REATIVIDADE ADRENÉRGICA EM MUSCULATURA LISA DE DUCTO DEFERENTE DE RATOS
ADULTOS EM PERÍODO DE ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA.
1
Autores
BOMFIM, G. H. 1, VERDE, L. F. 1, JURKIEWICZ, A. 1, JURKIEWICZ, N. H. 1 Farmacologia UNIFESP/EPM
Apoio Financeiro:
Fapesp e Capes
Resumo
Objetivos
A síndrome de abstinência alcoólica caracteriza-se como um conjunto de sinais e sintomas desencadeados pela redução
ou retirada abrupta do consumo de etanol EtOH(MAJCHROWICZ, 1975), que ocasiona hiperatividade adrenérgica
culminando com excessiva liberação de catecolaminas (NUTT et al., 1988), podendo acarretar alterações nos sistemas
periféricos. Objetivou-se estudar os possíveis efeitos da abstinência alcoólica na neurotransmissão autonômica nos
períodos de 1h, 24h, 48h e 120h.
Métodos
Utilizamos como modelo experimental, o ducto deferente (DD) de rato que possui rica inervação adrenérgica. Realiazaramse contrações isométricas induzidas “in vitro” por drogas adrenérgicas e contração estimulada eletricamente por pulsos de
2,0 Hz, 60 V por 1ms. Através destas curvas, foram mensurados os parâmetros de afinidade aparente (pD2), efeito máximo
(Emax) dos fármacos e os valores da resposta fásica e tônica, respectivamente. ANIMAIS: Foram utilizados ratos adultos
da linhagem Wistar macho com 80 ± 5 dias e peso corpóreo de 250 ± 50 g. TRATAMENTO: Administrou-se nos tratados
(T) por via intragástrica (gavagem) respectivamente 7g, 8g, 9g e 10g de EtOH, totalizando 10g/kg/dia, no 4º dia de
tratamento, através de soluções de 50%, 40% e 30% (p/v) sendo suplementados diariamente com 0,5 ml/kg/dia de
polivitaminicos e veículo (H2O) nos controles (C). EXPERIMENTOS FUNCIONAIS: Os animais foram sacrificados por
decapitação, seu DD foi removido cirurgicamente e montado em banho de orgãos isolado para registro das contrações
isométricas. Inicialmente, realizaram-se curvas concentração-efeito cumulativas com agonistas adrenérgicos: dopamina,
fenilefrina e noradrenalina na presença de cocaína (6µM), corticosterona (10µM) e propranolol (0.1 µM) 30’ antes da curva,
formando um “coquetel” bloqueador de recaptação neuronal, extraneuronal e β - bloqueador, respectivamente.
Significancia: * p < 0.05 minimo 8 experimentos. Teste estatístico t student não paramétrico. O presente trabalho foi
submetido e aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da UNIFESP e encontra-se sob o número: 1168/2011
Resultados
Verificamos perda de peso no grupo tratado com EtOH no último dia de tratamento: (C) 299.55 ± 4.48g e (T) 245.00 ±
5.24*g, cerca 18% de redução. Alteração essa que não foi observada no peso do DD: (T) 45,2 ± 06 mg e (T) 47,3 ± 15 mg.
Observou-se alteração na afinidade aparente (pD2) para os agonistas adrenérgicos, essencialmente no período de 24h e
48h. Com 24h: dopamina (C) 5.51 ± 0.03 e (T) 5.37 ± 0.07*; noradrenalina + “coquetel (C) 7.11 ± 0.05 e (T) 7.30 ± 0.07*. E
com 48h: dopamina (C) 5.51 ± 0.03 e (T) 5.05 ± 0.02*; noradrenalina + “coquetel (C) 7.11 ± 0.05 e (T) 6.78 ± 0.07*. Para o
parâmetro de Emax no período de 24h: dopamina (C) 1.48 ± 0.04 e (T) 1.79 ± 0.11*; fenilefrina (C) 1.60 ± 0.03 e (T) 1.92 ±
0.06*. E com 48h: dopamina (C) 1.48 ± 0.04 e (T) 1.98 ± 0.07*; fenilefrina (C) 1.60 ± 0.03 e (T) 2.04 ± 0.08*; noradrenalina
+ “coquetel (C) 2.06 ± 0.09 e (T) 2.51 ± 0.13*. Não houve diferenças estatisticas no pD2 e Emax no período de 120h. Para
os resultados de estímulo elétrico observaram-se diferenças na resposta fásica nos períodos de 1h e 24h: (C) 1.38 ± 0.06 e
(T) 0.68 ± 0.10*; (T) 1.03 ± 0.09*. E também tônica nos períodos de 1h, 24h e 48h: (C) 0.71 ± 0.04; (T) 0.34 ± 0.04*; (T)
0.42 ± 0.04* e (T) 0.40 ± 0.04*.
Conclusão
Sugere-se que o período de abstinência alcoólica desencadeia alterações funcionais na neurotransmissão autonômica
devido mudanças na afinidade e efeito máximo, caracterizando assim, a exacerbação de alguma via de sinalização e um
possível envolvimento de receptores α-1 nesse fenômeno, sendo evidente que no período de 24h e 48h ocorre uma
FeSBE 2012
hipereatividade autonômica.
FeSBE 2012
Resumo: 19.065
ESTUDO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DA ESPÉCIE Bellis perennis L.
(ASTERACEAE) NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DE CAMUNDONGOS
1,2
Autores
MARQUES, T. H. C. 1, MELO, C. H. S. 1, CARDOSO, K. M. F. 1, ALMEIDA, A. A. C. 1,
CARVALHO, R. B. F. 1, FREITAS, R. M. D. 1 Bioquímica e Farmacologia - UFPI, 2 Saúde - IFPI
Apoio Financeiro:
CNPQ e FAPEPI
Resumo
Objetivos
A família Asteraceae compreende o gênero Bellis e a espécie Bellis perennis, conhecida como margarida comum. O
objetivo do trabalho é avaliar as propriedades farmacológicas do extrato etanólico das flores (EEF) de Bellis perennis no
Sistema Nervoso Central (SNC) de camundongos.
Métodos
Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da UFPI (CEEA/UFPI nº 077/10). Animais:
camundongos machos albinos ( < i>Mus musculus), variedade Swiss, adultos, com 2 meses de idade e peso de 25-30 g.
Obtenção do EEF: flores da planta (310 g) foram secas em estufa a 50 ◦C e, posteriormente, submetidas à extração à
temperatura ambiente com álcool etílico a 30%, sucessivamente. O solvente foi evaporado sob pressão reduzida, obtendose então o EEF com rendimento de 3,2%. Tratamentos: por via intraperitoneal. Testes: atividade antioxidante in vitro
(conteúdos de substâncias ácidas reativas com o ácido tiobarbitúrico ou TBARS, remoção do radical hidroxila e do óxido
nítrico), anticonvulsivante (convulsão induzida por pilocarpina), ansiolítica (campo aberto), antidepressiva (nado forçado) e
enzimática (acetilcolinesterase ou AChE). Análise estatística: dados são média ± erro padrão da média, analisados por
Análise de Variância (ANOVA One-way) seguido do teste de Student-Neuman-Keuls. Diferenças significativas se p≤0,05.
Resultados
O EEF (10, 25, 50, 100, 150 mg/mL) produziu significativa e respectivamente, redução na produção de TBARS (24, 24, 28,
33 e 67%) e remoção do radical hidroxila (13, 17, 19, 31 e 41%) e nitrito (35, 41, 47, 48 e 48%) em comparação ao meio
reacional. O EEF (50, 100 e 150 mg/kg) causou redução nos índices de tremores (0, 0 e 50%), convulsões (0, 67 e 72%),
estado de mal epiléptico ou EME (25, 67 e 72%) e mortalidade (14, 23 e 100%) dos animais em comparação ao grupo
tratado com pilocarpina (400 mg/kg). Os animais que receberam EEF 50 mg/kg e estímulo convulsivo tiveram redução de
58% no número de animais com lesão cerebral e, nos animais que apresentaram convulsão e EME, detectou-se alteração
histopatológica em 16% no corpo estriado e 25% no hipocampo, e redução de dano de 42% no corpo estriado e 49% no
hipocampo. Os grupos tratados com EEF (100 e 150 mg/kg) e estímulo convulsivo não apresentaram alteração
histopatológica nestas áreas. O EEF (50, 100 e 150 mg/kg) causou inibição significativa da atividade de AChE,
respectivamente, de 81, 83 e 82% em comparação ao grupo veículo e 81, 83 e 82% em comparação ao grupo controle
pilocarpina. Os grupos tratados EEF (50, 100 e 150 mg/kg) e estímulo convulsivo produziram aumentos significativos na
atividade da AChE de 177, 114 e 96%, respectivamente, em comparação ao grupo veículo. No teste de campo aberto, EEF
(50, 100 e 150 mg/kg) mostrou diminuição significativa, respectivamente, no número de rearings (59, 55 e 56%) e
cruzamentos (57, 58 e 55%) em comparação ao grupo controle. No teste de nado forçado, o EEF (50, 100 e 150 mg/kg)
apresentou decréscimo significativo, respectivamente, de 58, 56 e 68%, no tempo de imobilidade dos animais em relação
ao grupo controle.
Conclusão
Os resultados sugerem que o EEF apresenta propriedade antioxidante in vitro e efeitos anticonvulsivante, antidepressivo,
ansiolítico e neuroprotetor, bem como regula a atividade da AChE. Palavras chave: Ansiedade, Antioxidante, Bellis
perennis, Convulsão, Depressão.
FeSBE 2012
Resumo: 19.066
Caracterização Celular da Circuitaria Hipocampo-Córtex Pré-Frontal em Modelo Animal de
Autismo
1
Autores
SOUSA, J. A. B. M. 1, SOUSA, C. A. 1, FERNANDES, P. B. 1, ROMCY-PEREIRA, R. N. 1 Instituto
do Cérebro - UFRN
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FAPERN
Resumo
Objetivos
O modelo animal de autismo induzido por valproato de sódio (VPA) é um modelo com alta validade de face (Rodier et al.,
1996). Com o propósito de estudar circuitarias disfuncionais nesse modelo, decidimos neste trabalho caracterizar a
sobrevivência e distribuição de neurônios inibitórios e excitatórios no córtex pré-frontal de animais pré-puberes expostos ao
VPA durante o período embrionário e, em paralelo, validar o modelo através de testes comportamentais.
Métodos
Todos os procedimentos experimentais realizados com os animais foram previamente aprovados pela Comissão de Ética
no Uso de Animais em Pesquisa (CEUA/UFRN) sob protocolo 044/2011. Para a geração do modelo de autismo, ratas
Wistar com controle de ciclo estral foram postas para acasalar, e ao 12º dia de gestação (E12) receberam uma dose única
de VPA (500mg/kg; i.p.) e do marcador de atividade mitótica, BrdU (50mg/kg; i.p.). Animais controle receberam injeções de
salina e BrdU. Para avaliaҫão do desenvolvimento pós-natal, acompanhamos o peso (P7-P35) e o tempo de abertura dos
olhos (P12-16). Os animais foram submetidos a testes comportamentais durante P30 a P35: atividade locomotora e
exploratória, para quantificar a distância percorrida, número de explorações em orifícios nas paredes do aparato e o
número de explorações por levantamento; reconhecimento de novos objetos, no qual quantificamos a razão do tempo de
exploração do objeto novo com relação ao objeto antigo - parâmetro indicativo de memória; e interação social, onde
animais foram expostos a uma arena dividida em 3 compartimentos conectados. Em um dos compartimentos foi colocado
um animal desconhecido isolado por uma gaiola, enquanto na zona oposta havia um objeto. Foi avaliado o tempo que o
animal permaneceu em cada zona, assim como o tempo de exploração do objeto e do animal. Ao fim dos testes
comportamentais, os animais foram perfundidos e seus cérebros processados para imunofluorescência. Para avaliar o
padrão de migração neuronal, foram utilizados anticorpos anti-BrdU, anti-NeuN, anti-GFAP, anti-parvalbumina e antiGAD67. Para análise estatística dos dados, foram utilizados o teste t-Student e a análise de variância (ANOVA Two-Way)
com pós-teste de Bonferroni. O grau de significância para ambos foi de 5%.
Resultados
(1) a dose de VPA aplicada interfere no desenvolvimento dos embriões, pois, por duas vezes, ratas que receberam dose
de VPA 600mg/kg não tiveram a gestação a termo. Todos os animais usados nesse trabalho foram oriundos de ratas
grávidas que receberam dose de VPA 500mg/kg; (2) filhotes VPA apresentaram redução de peso corporal de P21 a P35
(P21- VPA: 38,50 ± 0,82g, n=11; CTL: 47,10 ± 0,78g, n=17, p < 0,001) (P28– VPA: 62,05 ± 1,80g, n=11; CTL: 85,21 ±
1,65g, n=17, p < 0,001) (P35- VPA: 91,70 ± 2,97g, n=11; CTL: 125,30 ± 3,02g, n=16; p < 0,001); (3) houve atraso na
abertura de olhos no grupo VPA (E13- VPA: 2,00 ± 0,85 ratos, n=2; CTL: 7,30 ± 2,86 ratos, n=3, p < 0,001) (4) animais
VPA apresentaram uma maior atividade locomotora quando comparados a animais controle (VPA: 25,91 ± 2,02m, n=11;
CTL: 14,99 ± 1,65m, n=11; p < 0,05); (5) animais VPA não diferiram dos animais controle tanto na atividade exploratória
quanto no teste de reconhecimento de novo objeto e (6) animais VPA apresentaram um menor tempo de exploração do
objeto com relação ao tempo de exploração do grupo controle (VPA: 55,55 ± 9,62s, n=11; CTL: 145,14 ± 30,71s, n=5; p <
0,05).
Conclusão
O VPA foi capaz de alterar o desenvolvimento pós-natal dos animais VPA, gerando perda de peso e hiperatividade, mas
sem afetar a capacidade dos animais de interagir socialmente. O grupo VPA apresentou um maior tempo de interação com
o animal desconhecido quando comparado com o controle.
FeSBE 2012
Resumo: 19.067
INTERFERÊNCIA DO RECEPTOR GABA-B SOBRE A EXPRESSÃO DO EFEITO ANSIOLITICO DO
ETANOL
1
Autores
WILLE, C. M. 1, ZAMBONI, C. G. 1, SOARES, A. M. R. 1, GARCIA, R. E. 1, SUGUINO, R. K. 1,
SCHEFFER, B. E. 1, COSTA, T. R. D. 1, LACERDA, R. B. D. 1 Farmacologia - UFPR
Apoio Financeiro:
CNPq, Fundação Araucaria
Resumo
Objetivos
O efeito ansiolítico do etanol tem sido relacionado às suas propriedades reforçadoras assim como no desenvolvimento de
dependência. O conhecimento do papel dos diferentes sistemas de neurotransmissores na neurobiologia da dependência
pode fornecer subsídios para a terapia farmacológica do alcoolismo. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da
administração de um agonista do receptor GABAérgico subtipo B, baclofeno, sobre a expressão do efeito ansiolitico do
etanol.
Métodos
Número do CEEA:462. Foram utilizados 79 camundongos Swiss machos (±10 por grupo) com 45 dias ao início do
experimento e peso de 20 a 30 gramas. Os animais tiveram seus comportamentos basais avaliados no labirinto em cruz
elevado (LCE). Sete dias após, os animais foram distribuídos aleatoriamente para tratamento intraperitoneal diário com
salina (S) ou etanol (E; 2g/kg) durante 28 dias. No 28o dia, os animais foram novamente submetidos ao teste
comportamental para avaliação da resposta de ansiedade no LCE. Após esse tratamento, os animais tiveram suas injeções
suspensas durante seis dias e no 7º dia foram submetidos ao teste comportamental após administração aguda de salina,
etanol (2 g/kg), etanol + baclofeno 1,25 mg/kg (E+B1) ou baclofeno 2,5 mg/kg (E+B2), constituindo os seguintes grupos:
SS, SE, SB1+E, SB2+E, EE, ES, EB1+E, EB2+E, com o objetivo de avaliar o efeito da administração do baclofeno sobre a
expressão do efeito ansiolítico do etanol. Os dados estão apresentados pela média e erro padrão e foram analisados por
ANOVA seguida do teste de Duncan.
Resultados
No desafio de expressão, os animais previamente tratados com etanol crônico apresentaram efeito ansiolítico quando
desafiados somente com etanol ou com a associação B2+ E (%TA LCE: ES=19±5,5; EE=42±4,5; EB1+E=28±4,4;
EB2+E=42±7,0), enquanto os animais previamente tratados com salina crônica não apresentaram qualquer alteração da
ansiedade quando desafiados com salina, etanol ou a associação de B1+E ou B2+E (SS=23±4,7; SE=41±6,0;
SB1+E=46±9,7; SB2+E=35±13,0).
Conclusão
Os dados sugerem que a dose maior do baclofeno não impediu o efeito ansiolítico do etanol o qual sempre se expressa
quando o etanol é administrado aguda ou cronicamente. No entanto, a dose menor bloqueou o efeito ansiolítico do etanol.
FeSBE 2012
Resumo: 19.068
Efeito tipo-antidepressivo do tratamento repetido com creatina no teste de suspensão pela
cauda em camundongos: envolvimento de proteínas associadas com apoptose.
1,1,1,1
Autores
ROSA, J. M. 1,1,1,1, CUNHA, M. P. 1,1,1,1, PAZINI, F. L. 1,1,1,1, OLIVEIRA, A. 1,1,1,1, BETTIO, L.
E. B. 1,1,1,1, BERNARDES, D. G. 1,1,1,1, RODRIGUES, A. L. S. 1 Bioquímica - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, UFSC, IBN-Net (01.06.0842-00
Resumo
Objetivos
Considerando que a depressão está associada com alterações no metabolismo energético, o presente estudo investigou o
efeito tipo-antidepressivo do tratamento repetido com creatina. Tendo em vista que a creatina inibe processos apoptóticos,
o presente estudo também verificou se o tratamento repetido com creatina modula a expressão de proteínas antiapoptótica e pró-apoptótica no córtex cerebral de camundongos.
Métodos
Os experimentos foram realizados depois da aprovação no comitê de ética com uso de animais da Universidade Federal
de Santa Catarina (Protocolo PP00478). Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas (30-40 g). Os animais foram
tratados por 21 dias consecutivos com uma dose diária de creatina (0,1-10 mg/kg, p.o.) ou com o antidepressivo
bupropiona (1 e 10 mg/kg, p.o., controle positivo). Decorridas 24 horas do último tratamento, os animais foram submetidos
a um teste preditivo de ação depressiva, o teste de suspensão pela cauda (TSC) e ao teste do campo aberto (TCA). No
TSC, os camundongos foram suspensos 50 cm acima do chão e o tempo de imobilidade foi cronometrado durante 6 min.
No TCA, os animais foram colocados individualmente em uma caixa com a base dividida em 12 retângulos iguais. O
número de cruzamentos, levantamentos e auto-limpeza foram registrados durante 6 min no TCA. Após os testes
comportamentais, os animais foram mortos por decapitação e o córtices cerebrais dos mesmos foram removidos para
posteriores análises bioquímicas. O imunoconteúdo da proteína anti-apoptótica Bcl-2 e da proteína pró-apoptótica BAX,
bem como a relação entre essas duas proteínas (BAX/Bcl-2), foi avaliado por Western Blot e quantificado através da
densidade óptica , utilizando a β-actina como padrão.
Resultados
Comparações entre os grupos experimentais e controle foram realizadas por ANOVA de uma via, seguida pelo teste de
Newman-Keuls quando apropriado. Um valor de P < 0,05 foi considerado significativo. A administração de creatina nas
doses de 1 e 10 mg/kg diminuiu o tempo de imobilidade no TSC (69,1±6,0%, 76,6±7,4, respectivamente, em relação ao
grupo controle 100%) e o número de auto-limpeza no TCA (53,0±19,4%; 56,8±10,6%, respectivamente, em relação ao
grupo controle 100%). A administração de bupropiona nas doses de 1 e 10mg/kg diminuiu o tempo de imobilidade no TSC
(71,2±8,0%; 72,7±11,1% em relação ao grupo controle 100%). Além disso, o tratamento repetido com creatina (1 mg/kg) e
bupropiona (1 mg/kg) diminuiu o imunoconteúdo de BAX (26,0 ±10,3% e 61,0±2,8%, respectivamente, em relação ao grupo
controle 100%), bem como a relação entre BAX/Bcl-2 (16,6±1,2% e 30,0±5,8%, respectivamente, em relação ao grupo
controle 100%) no córtex cerebral de camundongos. Não houve alteração na expressão de Bcl2 no cortex cerebral.
Conclusão
Os resultados indicam que a creatina administrada cronicamente em camundongos produz efeito tipo-antidepressivo no
TSC associado com uma diminuição da expressão da proteína pró-apoptótica BAX no córtex cerebral.
FeSBE 2012
Resumo: 19.069
Interferência do receptor GABA-B na reversão dos efeitos ansiolítico e estimulante do etanol
em camundongos.
1
Autores
SOARES, A. M. R. 1, ZAMBONI, C. G. 1, WILLE, C. M. 1, SHIMIZU, G. N. 1, MUNCINELLI, J. F.
G. 1, HIGAKI, M. H. I. 1, ROMPKOSKI, J. 1, LACERDA, R. B. D. 1 Farmacologia - UFPR
Apoio Financeiro:
CNPq, Fundação Araucaria
Resumo
Objetivos
Avaliar a influência do baclofeno na reversão dos efeitos estimulante e ansiolítico do etanol, pois há evidências de que
essa droga é capaz de impedir o desenvolvimento de sensibilização induzida pelo etanol em camundongos e de impedir a
expressão do efeito ansiolítico do etanol em ratos.
Métodos
Número de aprovação do CEEA: 462. Camundongos ingênuos machos (n=80), pesando 20-30g; com 45 dias ao início do
experimento, tratados i.p. durante 28 dias com salina (S, n=37) ou etanol (E, 2g/kg, n=39). Esses animais foram expostos,
após 10 minutos das suas injeções, ao labirinto em cruz elevado (LCE), ao campo aberto (CA) e à caixa de movimentação
espontânea (CME) nas situações basal (sem droga) e após o tratamento crônico (28º dia). Então, os tratamentos foram
suspensos durante 7 dias e no 8º dia os animais foram subdivididos para receber salina, etanol (2 g/kg) ou baclofeno (2
doses: 1,25 ou 2,5 mg/kg), durante 7 dias, constituindo os seguintes grupos: SS (n=10), SB1(n=10), SB2(n=8), EE (n=10),
ES (n=10), EB1 (n=8), EB2 (n=11). No 8o dia todos os animais foram desafiados com etanol (2g/kg) e, 10 minutos após,
expostos aos testes LCE, CA e CME.
Resultados
Os dados estão apresentados em média e erro padrão e foram analisados por teste “t” de Student (teste do 28º dia) e por
ANOVA (teste de reversão). Primeiramente, observou-se no teste do 28º dia que os animais tratados cronicamente com
etanol desenvolveram sensibilização para o efeito estimulante na CME (S= 83±7,2; E= 185±7,9, t=8,30, p < 0,001) e no CA
(S= 66±5,4; E=217±17,9, t=8,62, p < 0,001) e apresentaram efeito ansiolítico no LCE (S=24±2,2; E=52±2,9, t=7,25, p <
0,001). O tratamento durante 7 dias com baclofeno não modificou nem o efeito estimulante na CME (SS=136±12,7;
EE=135±14,5; ES=135±17,1; SB1=168±24,5; EB1=154±16,2; SB2=98±8,2; EB2=136±17,2) e no CA (SS=163±14,4;
EE=175±15,7; ES=183±35,1; SB1=228±35,9; EB1=166±20,4; SB2=155±19,6; EB2=176±19,9) nem o ansiolítico no LCE
(SS=47±3,2; EE=54±4,8; ES=39±6,8; SB1=45±5,4; EB1=51±6,8; SB2=45±7,0; EB2=42±6,7).
Conclusão
Os dados sugerem que o a ativação do receptor GABA-B não reverte os efeitos estimulante e ansiolítico do etanol, pelo
menos durante esse período de tratamento.
FeSBE 2012
Resumo: 19.070
INTERFERÊNCIA DO RECEPTOR GABA-B SOBRE O EFEITO EXCITATÓRIO DO ETANOL NA
EXPRESSÃO DA SENSIBILIZAÇÃO.
1
Autores
ZAMBONI, C. G. 1, SOARES, A. M. R. 1, WILLE, C. M. 1, PRADO, A. D. D. 1, DIAS, A. M. 1,
SANTOS, C. F. D. 1, MOREIRA, M. M. 1, LACERDA, R. B. D. 1 Farmacologia - UFPR
Apoio Financeiro:
CNPq, Fundação Araucaria
Resumo
Objetivos
Existem evidências de que o baclofeno, um agonista GABA-B, é capaz de impedir o desenvolvimento de sensibilização
induzida pelo etanol em camundongos e de impedir a expressão do efeito ansiolítico do etanol em ratos. Porém, a
interferência desse receptor nos efeitos do etanol e nas suas propriedades reforçadoras ainda não está bem esclarecida.
Nesse sentido, esse estudo objetivou avaliar a participação do receptor GABA-B na expressão da sensibilização
desenvolvida para o efeito estimulante do etanol. Psychopharmacology.141:197,1999.; Alcohol Clin Exp Res. 31:582,2007
Métodos
Este trabalho foi aprovado de acordo com o código de experimentação animal número 462. Foram utilizados 80
camundongos Swiss machos (±10 por grupo) com 45 dias ao início do experimento e peso de 20 a 30 gramas. Os animais
tiveram seus comportamentos basais avaliados na caixa de movimentação espontânea (CME). Sete dias após, os animais
foram distribuídos aleatoriamente para tratamento intraperitoneal diário com salina (S) ou etanol (E; 2g/kg) durante 28 dias.
No 28o dia, os animais foram novamente submetidos ao teste comportamental para avaliação de desenvolvimento de
sensibilização. Após esse tratamento, os animais tiveram suas injeções suspensas durante seis dias e no 7º dia foram
submetidos ao teste comportamental após administração aguda de salina, etanol (2 g/kg), etanol + baclofeno 1,25 mg/kg
(E+B1) ou baclofeno 2,5 mg/kg (E+B2), constituindo os seguintes grupos: SS, SE, SB1+E, SB2+E, EE, ES, EB1+E,
EB2+E, com o objetivo de avaliar o efeito da administração do baclofeno sobre a expressão dos efeitos estimulante do
etanol. Os dados estão apresentados pela média e erro padrão e foram analisados por ANOVA seguida do teste de
Duncan.
Resultados
No desafio de expressão, o etanol 2g/kg estimulou tanto os animais previamente tratados com etanol crônico como os com
salina quando comparados aos tratados com etanol e desafiados com salina (Ambulação CME: SE=109±19,3;
EE=117±10,9; ES=65±9,6). Quando o baclofeno foi administrado juntamente com o etanol no desafio, o efeito estimulante
do etanol foi antagonizado numa relação dose-efeito, prevalecendo o efeito depressor do baclofeno (SB1+E=81±17,2;
EB1+E=79±12,3; SB2+E=30±9,7; EB2+E=56±12,7).
Conclusão
Os dados sugerem que o baclofeno impede a expressão do efeito estimulante do etanol. Como o efeito estimulante é
sugerido como propriedade reforçadora positiva contribuindo para o desenvolvimento de dependência, pode-se inferir que
o baclofeno possa ser útil no tratamento da dependência ao álcool.
FeSBE 2012
Resumo: 19.071
Effects of caffeine treatment in memory consolidation and learning
1
TOMÉ, I. 1, PILDERVASSER, J. V. N. 1, GOMES, G. M. A. 2, OLIVEIRA, E. 2, MOURA, E. G. 2,
Autores LISBOA, P. C. 2, FILGUEIRAS, C. C. 2, ABREU-VILLAÇA, Y. 1, KUBRUSLY, R. C. C. 1 Fisiologia
e Farmacologia - UFF, 2 Fisiologia e Farmacologia - UERJ
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPERJ, Pronex, INCT
Resumo
Objetivos
We examined whether chronic treatment of caffeine (50 mg/kg; s.c.) alters memory consolidation and learning, analyzing
animal behavior and [³H]-D-aspartate uptake.
Métodos
Swiss male mice of 25 days post natal were treated with caffeine (50mg/kg s.c.) during 20 days. Hippocampus was
dissected and samples were incubated for 1h in 1mL of Minimum Essential Medium (MEM) containing 0,2µCi of [³H]Dopamine or 0,1µCi of [³H]-D-Aspartate (1.2 x 10-6M) buffered to pH 7.4 with 20mM HEPES at 37°C. To measure the
cAMP levels in saline and caffeine groups, samples were dissected and incubated with phosphodiesterase inhibitor (IBMX
500µM; 30min). The reaction was stopped with trichloroacetic acid (final concentration 10%) and cAMP accumulation was
assayed by methods previously described (MATSUZAWA & NIRENBERG, 1975). Stepdown test was performed in order to
observe short-term memory formation and long-term memory consolidation. Latency for the animal to step down of the
platform was measured, with a following shock stimulation (0.2A, for 3s). The same procedure was made twice: 3h (to
observe short-term memory) and 24h (long-term memory) after the trial. The results were analyzed by GraphPad software
with t test or ANOVA for 3 or more experimental groups followed by Bonferroni test. The values were expressed as
Mean±SEM and the significance levels were considered as p-value < 0 .05. This experimental protocol is registered and
approved by the ethical committee under the register (CEA/026/2010).
Resultados
We show that chronic administration of caffeine (CAF) significantly decreased [³H]-D-aspartate uptake in mice hippocampus
compared to the control group (C) (C=2010±80.00 fmol/mg/min ptn, n=2 ; CAF=1040±88.88 fmol/mg/min ptn, n=3). In
addition, chronic administration of caffeine produced a significant decrease in cAMP levels on hippocampus
(C=226.4±40.27 pmol/mg/min, n=5; CAF=98.47±24.70 pmol/mg/min, n=7). Behavioral tests show that mice under chronic
administration of caffeine have a shorter latency (C=68.3s, n=4; CAF=10.0s, n=4) to step down of the platform on the first
test (3h after the trial), while the second test (24h) showed no significant changes between the 2 groups.
Conclusão
Caffeine’s effects are mediated via reduction of cAMP levels and ³H]-D-Aspartate uptake. The shorter latency observed on
the first behavioral test suggests that mice treated chronically with caffeine might have impairment in short-term memory.
FeSBE 2012
Resumo: 19.072
DULOXETINA E MIRTAZAPINA ALTERAM A EXPRESSÃO GÊNICA DE PROTEÍNAS
ENVOLVIDAS NA APOPTOSE NO HIPOCAMPO E CÓRTEX CEREBRAL DE CAMUNDONGOS
1
Autores
ENGEL, D. 1, ZOMKOWSKI, A. D. E. 1, LIERBERKNECHT, V. 1, RODRIGUES, A. L. S. 1,
GABILAN, N. H. 1, GABILAN, N. H. 1 Bioquímica - UFSC
Apoio Financeiro:
FAPESC, CNPq, INCT-EN, CAPES-PROCAD, REUNI
Resumo
Objetivos
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento crônico com os antidepressivos duloxetina e mirtazapina na
expressão gênica (RNAm) de fatores envolvidos na sobrevivência (BDNF, Bcl-2 e Bcl-xL) e na morte celular (Bax, Bad e
p53) no hipocampo e córtex cerebral de camundongos.
Métodos
Camundongos Swiss fêmeas (30-40 g, n = 6-8/grupo) foram tratados cronicamente durante 21 dias (v.o.) com duloxetina
(10 mg/kg) ou mirtazapina (3 mg/kg) (Protocolo aprovado pelo Comitê de Ética, CEUA-UFSC PP185). Após 24 horas da
última administração, os animais foram avaliados no teste do nado forçado (TNF), modelo animal de depressão, para
verificar o efeito antidepressivo do tratamento crônico. O córtex cerebral e o hipocampo dos animais foram dissecados para
extração de RNA total e este utilizado para síntese de DNA complementar. A expressão gênica (RNAm) foi determinada
por Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-PCR), utilizando “primers” específicos para BDNF, Bcl-2, BclxL, Bax, Bad e p53. A expressão dos animais controle foi considerada como 100%. Os dados foram analisados por teste t
de Student e os valores considerados significativos quando p≤0,05.
Resultados
O tratamento crônico com duloxetina e mirtazapina durante 21 dias produziu efeito antidepressivo no TNF. O tratamento
com duloxetina aumentou a expressão gênica no córtex cerebral de BDNF (131&plusmn5%), Bcl-2 (152&plusmn10%) e de
Bcl-xL (128&plusmn7%). No hipocampo apenas o BDNF foi aumentado (119&plusmn4%) pela duloxetina. A mirtazapina
também aumentou a expressão de BDNF no córtex (132&plusmn8%) e hipocampo (152&plusmn6%); mas reduziu a
expressão hipocampal de Bcl-xL (49&plusmn4%). A expressão gênica das proteínas pró-apoptóticas Bax (68&plusmn3%)
e p53 (33&plusmn4%) foram reduzidas no hipocampo de animais tratados com duloxetina; esta também reduziu a
expressão da proteína pró-apoptótica Bad (81&plusmn6%) no córtex cerebral. A mirtazapina reduziu a expressão das
proteínas pró-apoptóticas no córtex e no hipocampo, respectivamente: Bax (83&plusmn4% e 69&plusmn9 %), Bad
(57&plusmn6% e 59&plusmn5%) e p53 (70&plusmn5% e 74&plusmn6%).
Conclusão
Os resultados mostram que o tratamento crônico com duloxetina ou mirtazapina foi capaz de aumentar a expressão gênica
de proteínas envolvidas na sobrevivência celular (neurotrofina BDNF e anti-apoptóticas Bcl-2 e Bcl-xL) e também de
reduzir as proteínas indutoras de morte celular (pró-apoptóticas Bax, Bad e p53). Portanto, os dados sugerem que os
efeitos na expressão destas proteínas podem estar envolvidos no efeito neuroprotetor destes compostos antidepressivos,
modulando a neuroplasticidade e a sobrevivência celular.
FeSBE 2012
Resumo: 19.073
Protocolo de tratamento crônico variável com cocaína induz aumento do consumo alimentar.
1
SILVA, H. R.** 1,3, BARBOSA*, S. A. 1,3, LOPES, C. 1,2, TIEPPO, C. A. 1,2, TIEPPO, C. A. 1
Autores Ciências Fisiológicas - FCMSCSP, 2 Faculdade de Ciências Humanas e Saúde - PUC-SP, 3 Faculdade
da Saúde - UMESP, 4 Faculdade de Nutrição - FEFISA
Apoio Financeiro:
Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho
Resumo
Objetivos
O tratamento crônico e contínuo com cocaína (COCA) provoca efeitos anorexígenos, como a redução da busca de
alimento em animais, e a redução do apetite em humanos. Entretanto, a maioria dos protocolos de tratamento com COCA
modelados em animais não contemplam os períodos de abstinência usualmente presentes no uso recreacional por
humanos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o consumo alimentar e evolução da massa corpórea de animais submetidos
ao protocolo de tratamento crônico com COCA, que simula o uso recreativo dessa droga por humanos.
Métodos
Quarenta ratos Wistar machos com aproximadamente 200 g foram divididos em 4 grupos e submetidos a 2 protocolos de
tratamentos distintos: protocolo de uso variável de COCA (VAR) e protocolo de uso contínuo de COCA (CONT). No VAR,
10 animais receberam doses variadas de COCA (2 - 15 mg/kg, i.p.) e outros 10 igual volume de solução salina (SAL)
durante 45 dias, alternando períodos de abstinência e tratamento entre 2 a 7 d., sendo o período de tratamento e as doses
determinados por números aleatórios gerados numa planilha de Excel. No CONT, 10 animais receberam diariamente 4
mg/kg (i.p.) (dose média utilizada no VAR) de COCA durante 45 dias e outros 10 animais receberam igual volume de SAL.
Durante o tratamento do VAR, foi realizada a aferição da massa corpórea no início e término dos períodos de abstinência e
tratamento, e no CONT a massa corpórea foi aferida semanalmente. O controle de consumo alimentar foi realizado
diariamente através da aferição da massa inicial de ração ofertada menos a massa final. Parecer do CEUA – Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo – n° 05/2010.
Resultados
No período de tratamento VAR, os animais COCA expressaram maior consumo alimentar total (COCA: 511,67± 25,39 g;
SAL: 466,72±15,28; p≤0,0001) e maior ganho de massa corpórea (COCA: Δ Massa Corporal 305±36,06g; SAL:
277,4±24,86; p≤0,010) em relação ao SAL. Entretanto os animais COCA submetidos ao CONT expressaram consumo
alimentar total menor que o SAL (COCA: 453,67±17,93 g; SAL: 491,5±22,37; p≤0,0001), sem diferenças significantes no
ganho de massa corpórea.
Conclusão
Os resultados de aumento de consumo alimentar e ganho de massa corpórea, dos animais tratados com cocaína em
protocolo de doses variadas e períodos de abstinência, evidenciam a ausência do efeito anorexígeno classicamente
observado em tratamentos crônicos com cocaína. A ocorrência de períodos de abstinência intermitentes e administração
de doses variadas podem ser responsáveis, por mudanças plásticas nos sistemas catecolaminérgicos relacionados ao
controle da ingesta alimentar. Uma vez que o protocolo de tratamento variável com cocaína foi desenvolvido para
mimetizar o padrão de consumo recreacional de drogas por seres humanos, este resultado indica que o protocolo pode ser
útil, na investigação dos fenômenos neuroplásticos presentes no período de abstinência a drogas psicoestimulantes.
Financiamento: Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho Mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa SP
FeSBE 2012
Resumo: 19.074
CANNABINOIDS DISRUPT MATERNAL BEHAVIOR DURING LACTATION
Autores
1
VILELA, F. C. 1, GIUSTI-PAIVA, A. 1 Department of Physiological Sciences - UNIFAL-MG
Apoio Financeiro:
FAPEMIG, CAPES, CNPq, FINEP
Resumo
Objetivos
It has been shown that cannabinoids can modulate oxytocin secretion. Therefore, we investigated the effect of cannabinoids
agonist (WIN 55,212-2) on maternal behavior and on oxytocinergic cells cluster in paraventricular (PVN) and supraoptic
(SON) hypothalamic nucleus of lactating female rats.
Métodos
Lactating female rats were treated with saline (1 ml/kg, i.p.) or WIN (1 or 3 mg/kg, i.p.) 30 min before each experiment. To
evaluate maternal behavior (MB), after 12 h of separation, 8 pups were returned to their home cage at the opposite side of
the previous nest and filmed for 30 min. Aggressive behavior (AB) was evaluated with the placement of a male rat in the
home cage and all animals were filmed for 10 min. The activation of oxytocinergic neuron was evaluated by
immunohistochemistry. After 90 min maternal behavior evaluation the brains were perfused. Free-floating sections were
incubated with biotin-labeled anti-rabbit followed by avidin–biotin-peroxidase complex. The blue-black labeling of cell
nucleus was detected using diaminobenzidine hydrochloride (DAB) intensified with cobalt and nickel. For double labeling,
sections were incubated with an anti-OT. Thereafter, sections were submitted to same protocol described for c-Fos labeling,
using appropriate secondary biotinylated antibodies. The brown cytoplasmic color was detected using non-intensified DAB
solution. All experiments were conducted with the approval of the Ethics Committee of Federal University of Alfenas
(255/2009).
Resultados
With respect to MB, WIN (3 mg/kg) increased latency for the female rat to secure the first pup by 38.0±11.0 to 405±110
seconds ( p < 0.01) and decreased period of licking pups by 455±51.7 to 189±60.0 seconds ( p < 0.01) compared with
control treatment. Treatment with WIN 1 or 3 mg/kg decreased percentage of permanency in the arched-nursing position by
53.1±4.56 to 38.0±2.88 ( p < 0.05) and 53.1±4.56 to 21.9±5.42% ( p < 0.001) respectively, compared with control treatment.
With respect to AB, WIN 3 mg/kg treatment produced increase in latency to first attack of 84.1±17.9 to 305±79.2 seconds (
p < 0.05) compared with control treatment. Treatment with WIN 1 or 3 mg/kg decreased the number of front attacks of
5.30±0.98 to 2.40±0.60 ( p < 0.05) and 5.30±0.98 to 0.54±0.24 ( p < 0.001), respectively, compared with control treatment.
WIN 1 or 3 mg/kg treatment induced decreases in the number of c-Fos/OT double labeled magnocelular neurons in the
PVN from 4.20±0.37 to 0.40±0.24 ( p < 0.001), from 4.20±0.37 to 1.00±0.40 ( p < 0.001) and SON from 5.20±0.80 to
1.40±0.24 ( p < 0.01), from 5.20±0.80 to 1.25±0.47 ( p < 0.001) respectively, when compared with control treatment.
Conclusão
The changes during lactation appear to be involved in appropriate neuroendocrine and behavioral responses to suckling
because cannabinoids agonist treatment reduces the number of c-Fos/OT double labeled neurons in PVN and SON and
attenuates MB and AB in lactating female rats.
FeSBE 2012
Resumo: 19.075
O IMPACTO DA PRIVAÇÃO MATERNA NOS COMPORTAMENTOS TIPO-DEPRESSIVO INDUZIDO
PELO ESTRESSE CRÔNICO MODERADO E TIPO-ANSIOSO.
1
Autores
DORSA, K. K. 1, MACHADO, D. C. 1, BUNSCHEIT, M. V. 1, SUCHECKI, D. 1 Psicobiologia UNIFESP
Apoio Financeiro:
AFIP, FAPESP
Resumo
Objetivos
Visto que adversidades na infância aumentam a vulnerabilidade individual para o desenvolvimento de transtornos
psiquiátricos induzidos pelo estresse na idade adulta, como transtornos ansiosos e de humor, a proposta do presente
estudo é avaliar a influência da privação materna em diferentes idades sobre os comportamentos tipo-depressivo e ansioso
de ratos machos adultos.
Métodos
Neste estudo foram utilizados 39 ratos Wistar machos, aos 3 meses de idade, derivados de 26 ninhadas, cujas mães foram
provenientes do CEDEME da UNIFESP. As ninhadas foram distribuídas em três grupos: 1) privado da mãe no terceiro dia
(PM3); 2) privado da mãe no décimo primeiro dia (PM11); 3) sem nenhuma manipulação (CTL). A ninhada foi removida e
alojada em outra gaiola contendo a forração da gaiola-moradia sobre uma manta térmica por 24 h. Após esse período, os
filhotes foram reunidos às suas mães, sem qualquer outra manipulação até o desmame, no dia 21. Aos 90 dias de vida,
metade dos animais de cada grupo foi submetida ao paradigma do estresse crônico moderado (ECM) e a outra metade,
mantida como controle desse paradigma (NECM), por 28 dias, e o índice de preferência pela sacarose (IPS=volume de
sacarose/volume de sacarose+volume de água, consumidos durante 1 h) foi medido semanalmente, bem como o peso dos
animais. Ao final do período de ECM, os animais foram submetidos ao labirinto em cruz elevado (LCE) para avaliação do
comportamento do tipo-ansioso. Os resultados do IPS e do peso corporal foram analisados por ANOVA de duas vias para
medidas repetidas (Grupo x Estresse x Semana) e os do LCE, por ANOVA fatorial de duas vias (Grupo x Estresse). Este
trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP 1418/10).
Resultados
A análise do peso corporal dos animais detectou efeito principal do tempo [F(4, 184) = 56,99; p < 0,0001]: ([Basal
(324,3±28,7 g) = Semana 1 (325,2±50,7 g)] < Semana 2 (353±30,6 g) (p < 0,05) < [Semana 3 (363,9±31,8 g) = Semana 4
(367,9±31,7 g)] (p < 0,05), agregado para todos os animais. Para o IPS, a ANOVA detectou interação tempo X estresse
[F(4, 184) = 84,37; p < 0,0001]. O consumo dos animais ECM foi menor do que os NECM. Para os animais ECM: (Basal
(0,78±0,12) > Semana 1 (0,68±0,15) (p < 0,05) > Semana 2 (0,41±0,28) (p < 0,05) > [Semana 3 (0,23±0,10) = Semana 4
(0,23±0,10)] (p < 0,05). Para os animais NECM: (Basal (0,77±0,09) < [Semana 1 (0,88±0,07) = Semana 2 (0,90±0,04) =
Semana 3 (0,90±0,04) = Semana 4 (0,90±0,06)] (p < 0,005). A análise do LCE não revelou diferenças entre os grupos.
Conclusão
Os resultados parciais permitem concluir que: 1) o ECM produziu anedonia em todos os animais, independente da
manipulação neonatal; 2) todos os animais apresentaram aumento do peso corporal ao longo do protocolo de ECM; 3) não
houve alterações significativas nos comportamentos avaliados no LCE em função da manipulação neonatal ou do ECM.
FeSBE 2012
Resumo: 19.076
EFFECTS OF ELEVATED PLUS-MAZE SESSION LENGTH ON THE LEVEL OF INHIBITORY
AVOIDANCE DISPLAYED BY RATS
Autores
1
LINARTEVICHI, V. F. 1, BERTOGLIO, L. J. 1 Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
CNPq
Resumo
Objetivos
It has been shown that rodents (rats and mice) tested in the elevated plus-maze (EPM) express gradually more inhibitory
avoidance to open-arms as the experimental session goes by. As this behavioral response is maintained in a subsequent
EPM retest, it is thought to reflect a learned strategy. The objective of the present study was to investigate the minimal
amount of time exploring the EPM required to induced further avoidance to open-arms on retest, by comparing the level of
inhibitory avoidance displayed by animals that underwent a test session of varying duration.
Métodos
Independent groups (n=8-10) of male Wistar rats aged three months were exposed to the EPM for 1, 2 or 5 min (groups A,
B and C, respectively). On the following day, all groups were retested in the EPM for 5 min. Behavioral measures scored by
min-by-min analysis in both sessions were the percentage of open-arms time (%OAT), the percentage of open-arms entries
(%OAE), stretched-attend postures (SAPs) and enclosed-arms entries (EAE). These data were analyzed by repeatedmeasures analyses of variance (ANOVA). When appropriate, post-hoc comparisons were performed using the NewmanKeuls test. The level of statistical significance adopted was p < 0.05. The experimental design aforementioned was
approved by the local Ethical Committee in Animal Research (23080.009260/2011-64).
Resultados
Repeated-measures ANOVA showed a significant session length versus time-bin interaction for %OAT and %OAE [(F8,84)
= 2.6 p < 0.01] and [(F8,84) = 4.1 p < 0.001], respectively. Post-hoc comparisons showed that the group A expressed
further avoidance to open-arms after the second min of the EPM retest [%OAT (mean ± S.E.M.): 1st min = 23 ± 11, 2nd min
= 2 ± 2; %OAE: 1st min = 53 ± 12, 2nd min = 9 ± 7), while groups B and C already presented it during the first min of retest
session when compared to the first min of testing (%OAT: group B, from 45 ± 6 to 5 ± 1 and group C, from 26 ± 10 to 1 ± 1;
%OAE: group B, from 59 ± 3 to 28 ± 6; group C, from 48 ± 16 to 1 ± 1). Moreover, no statistically significant changes were
detected for EAE [(F8,84) = 2.0 p > 0.10], and SAPs [(F8,84) = 0.7 p > 0.5)].
Conclusão
Present results suggest that the expression of further inhibitory avoidance to open-arms requires at least two min of
previous exploration of the EPM apparatus.
FeSBE 2012
Resumo: 19.077
EFEITO DO Hypericum perforatum NO TESTE DE RECONHECIMENTO SOCIAL EM UM MODELO
ANIMAL DE DOENÇA DE PARKINSON.
1
Autores
FERRO, M. M. 1, VECCHIA, D. D. 1, OLSZEWSKI, J. 1, SOBREIRA, G. C. 1, CHAVES, A. F. 1,
PLODEK, C. K. 1, FERRO, M. M. 1, MIYOSHI, E. 1 Biologia Geral - UEPG
Apoio Financeiro:
CAPES, Fundação Araucária, UEPG
Resumo
Objetivos
Avaliar o efeito do extrato de Hipericum perforatum (Hp) no teste de reconhecimento social e no teste de preferência à
sacarose, em um modelo animal de doença de Parkinson.
Métodos
Os estudos foram realizados utilizando-se ratos Wistar machos, com 3 meses de idade e peso variando de 250 a 330g
(Processo Comitê de Ética No 14/2011 - UEPG). Foram estudados grupos de animais controle (SHAM) tratados com
veículo (N= 4) e com extrato de Hp (100 (N= 3), 200 (N= 4) e 400 mg/Kg (N= 3)), animais com lesão bilateral por 6-OHDA
(8 Μg) tratados com veículo (N= 4) e com extrato de Hp (100 (N= 3), 200 (N= 4) e 400 mg/Kg (N= 2)). Os animais foram
tratados com veículo ou Hp durante 28 dias antes da cirurgia e 7 dias após. No sétimo dia, os ratos foram isolados e
mantidos assim por mais 3 dias. Foi realizado o teste de reconhecimento social que consistiu em 2 apresentações
sucessivas, de 5 minutos cada, em que um rato jovem (1 mês) foi introduzido na caixa do rato adulto, sendo contado o
tempo que o animal adulto permaneceu investigando o animal jovem. Após esse tempo, o rato jovem foi retirado, mantido
em caixa separada por 30 minutos e em seguida reapresentado ao rato adulto, contando-se novamente o tempo de
investigação. Os dados são apresentados em média + erro padrão da média e foram analisados por Análise de Variância
(ANOVA) seguida de teste post hoc de Duncan.
Resultados
No teste do reconhecimento social, houve diferença entre os grupos testados no tempo de investigação (F(7,19)= 5,53; p <
0,01, ANOVA de duas vias). O grupo SHAM+veículo apresentou um tempo menor de investigação na segunda exposição
(49,7 + 8 s) quando comparado com a primeira exposição (86,5 + 9 s) ( p < 0,05, teste post hoc de Duncan). No grupo 6OHDA+veículo não houve diferença estatística entre a primeira (91,5 + 6 s) e segunda exposição (82,5 + 2 s). O tratamento
com Hp nas doses de 100 e 200 mg/Kg nos animais com lesão induzida por 6-OHDA, apresentaram uma redução no
tempo de investigação na segunda exposição (42,6 + 5 e 34,7 + 8, respectivamente) quando comparado com a primeira
(81,0 + 6 e 72,5 + 6, respectivamente, ANOVA de duas vias). Os grupos SHAM+Hp 100 e SHAM+Hp 200 também
apresentaram um tempo de investigação menor na segunda exposição (46,0 + 2 e 39,5 + 4, respectivamente) quando
comparado com a primeira (81,7 + 8 e 85,2 + 10, respectivamente, ANOVA de duas vias).
Conclusão
Os resultados sugerem que o tratamento com Hp pode prevenir e/ou reverter o prejuízo de memória social nos animais
com lesão induzida por 6-OHDA.
FeSBE 2012
Resumo: 19.078
ANTIOXIDANT AND ANTINOCICEPTIVE EFFECTS OF CITRUS LIMON ESSENTIAL OIL
1
PIRES, L. F. 1, CAMPÊLO, L. M. L. 1, ALMEIDA, A. A. C. D. 1, COSTA, J. P. 1, SALDANHA, G.
Autores B. 1, FREITAS, R. M. D. 1, FREITAS, R. M. D. 1 Programa de Pós-graduação em Farmacologia UFPI
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq e FAPEPI
Resumo
Objetivos
A Citrus limon é uma planta brasileira cujas folhas são usadas na medicina popular para tratar obesidade, diabetes,
dislipidemias, doenças cardiovasculares e neurológicas (Agric. Food Chem. 45;4619, 1997). Igualmente, as propriedades
antioxidantes contra radicais livres são postuladas em testes in vitro. Considerando o reduzido número de evidências
experimentais e científicas sobre a possível atividade terapêutica e antioxidante, bem como os prováveis efeitos
antinociceptivos do óleo essencial obtido através das folhas de Citrus limon (OE), o propósito deste estudo foi avaliar estas
propriedades por meio de métodos in vitro e in vivo.
Métodos
Experimento aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal do Piauí CEEA/UFPI Nº
013/11. Com a finalidade de evidenciar a ação antioxidante do OE em diferentes concentrações, utilizou-se um meio para a
produção de substâncias reativas com ácido tiobarbitúrico (TBARS), empregadas para quantificar a peroxidação lipídica;
testou-se o efeito do OE contra o radical hidroxila antes da adição de Fe2+ e mensurou-se a inibição do OE sobre a
geração do oxido nítrico (NO). Para testar seu potencial antinociceptivo, utilizou-se o modelo de contorção induzida por
acido acético em camundongos Swiss, de 25-30g, machos, com dois meses de idade, comparando-se o OE 50; 100 e
150mg/kg com controle e morfina 5 mg/kg (MOR), bem como o teste com formalina, equiparando-se OE nas três doses
com controle, MOR e aspirina 200 mg/kg e, também, o teste da placa quente, analisando-se o tempo para
desencadeamento de resposta comportamental dolorosa do OE nas 3 doses e mensurando-se o efeito do pré-tratamento
por via intraperitoneal com naloxona 1.5 mg/kg sobre a antinociceptção produzida pelo OE 150mg/kg e pela morfina 5
mg/kg. Pretendendo-se testar efeito sobre a coordenação motora, os camundongos foram submetidos a o teste do rota rod,
sendo comparadas as três doses de OE com diazepam 3mg/kg. Os dados obtidos foram avaliados por meio da one-way
analysis of variance (ANOVA), seguido pelos testes de Dunnett e Tukey.
Resultados
Valores expressos como a média ± erro padrão da média. TBARS: OE varreu radicais peroxil, num sistema com fonte de
radicais2,2’-azobis-dicloridrato de 2-metil propionamidina (AAPH) (1; 10 e 100 μg/mL OE, F=-45,00 q=84,61 p < .01)
comparado ao grupo AAPH; OE 1 mg/mL (F=-2,80 q=5,265 p < .01 comparado ao AAPH e às outras doses de OE). O OE
varreu NO (F=-27,20 q = 33,48 p < .001 comparando 1; 10; 100 μg/mL e 1 mg/mL com o meio reacional e (F=-14,40
q=17,73 p < .001) quando se compararam as maiores com as menores doses de OE. Varreu radical hidroxila (F=-27,20
q=33,48 p < .001) quando se compararam 1; 10; 100 µg/mL e 1 mg/mL de OE ao controle positivo e a maior concentração
de OE com as menores. Reduziu número de contorções no teste com ácido acético a 50; 100 (F=24,32 q=3,765 p < .01
comparadas aos veículo) e 150 mg/kg (F=21,96 q=5,941 p < .01 comparada aos veículo e às menores doses) (3.7±0.6;
3.5±0.82; 2.9±0.9), similarmente a MOR (1.6±0.5 F=24,43 q=4,152 p < .01 comparada ao controle (14.6±2.7). Naloxona
antagonizou a antinociceção do OE 150 mg/kg (10.5±1.7 F=22,31 q=4,837 p < .01) comparada ao controle e F=23,76
q=5,612 p < .01 comparada ao OE 150 mg/kg sozinho. OE reduziu o número de lambidas nas patas no teste com formalina
para a fase precoce a 50; 100 e 150 mg/kg (55.1 ±6.6; 39.9±9.8 e 11.8±1.9,resp.) comparado ao controle (62.0±6.2) e, a
100 e 150 mg/kg, inibiu a segunda fase (9.1±4.4; 5.2±0.4: F=27,15 q=4,238 p < .01), comparados ao controle (64.0±11.2).
Conclusão
FeSBE 2012
Neste estudo, sugeriu-se que o OE possui intensa atividade antioxidante, além de ação sobre a coordenação locomotora,
e, também, clara atividade antinociceptiva, provavelmente secundária a mecanismos inibitórios, através do sistema opióide.
FeSBE 2012
Resumo: 19.079
O VENENO BRUTO DE CROTALUS DURISSUS TERRIFICUS INDUZ ALTERAÇÕES NOS NÍVEIS
DE ANSIEDADE E PREJUÍZOS DE MEMÓRIA OPERACIONAL EM RATOS WISTAR
1
Autores
BRINCAS, H. M. 1, SANTOS, M. R. S. 1, PEREIRA, L. H. G. 1, SILVA, F. A. C. 1, SALLAI, C. M. 2,
CARVALHO, D. 1 Fisiologia - UFPR, 2 Fisiologia - IBUSP
Apoio Financeiro:
CNPq, PRAE UFPR
Resumo
Objetivos
Acidentes com serpente Cascavel sul-americana ( < i>Crotalus durissus terrificus - Cdt) são comuns no Brasil. O veneno
acomete o fígado, rins, músculos esqueléticos, sangue a o sistema nervoso. Outros trabalhos têm mostrado que o veneno
e suas toxinas são promovem alterações comportamentais. Utilizando o paradigma de teste e re-teste do labirinto em cruz
elevado e a repetição dos testes após 5 dias, foi avaliado as alterações nos níveis de ansiedade e memória em ratos
Wistar, submetidos a inoculação sistêmica do veneno bruto de Cdt.
Métodos
Foram utilizados 19 ratos Wistar machos (200-250g) divididos em dois grupos: um grupo experimental (n=9), inoculados
com 1200µg/kg de veneno bruto de Cdt intra-peritonealmente (IP); outro grupo (n=10) que recebeu solução salina por via
IP. Sete dias após a inoculação, os animais foram submetidos ao paradigma de teste e re-teste do labirinto em cruz
elevado (LCE), com intervalo de 5 minutos entre as exposições. Cinco dias depois os animais foram submetidos aos
mesmos procedimentos anteriores, porém com 3 minutos de intervalo entre exposições. Esta etapa objetivou avaliar a
retenção da informação do aparato no primeiro dia de exposição. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPR
(Certificação nº537).
Resultados
Os animais do grupo experimental apresentaram valores de porcentagem de entradas nos braços abertos do LCE
(F(1,26)=5,7561; p < 0,2389) e tempo de permanência nestes braços (F(1,26)=3,9940; p < 0,0562) significativamente
menores que os animais controle, estes parâmetros são indicativos dos níveis de ansiedade dos animais. Os grupos
diferem também quanto as exposições no mesmo dia no parâmetro de porcentagem de entrada nos braços abertos
(F(1,26)=6,0703; p=0,0206). Comparando-se estes mesmos parâmetros nos diferentes dias de exposição não há
diferenças entre os grupos. Não houve diferença entre o número de entrada nos braços fechados e tempo de permanência
no quadrado central entre os grupos. Houve diferença, no tempo de permanência nos braços abertos, entre os dias de
exposição ao LCE somente para o grupo controle ( p < 0,0095).
Conclusão
O veneno da serpente Crotalus durissus terrificus demonstrou ter uma ação ansiogênica, o que pode ser observado pelas
diferenças entre as entradas e tempo de permanência nos braços abertos do LCE durante o primeiro dia de exposição.
Nota-se também um possível prejuízo de memória operacional evidenciado pela ausência de diferença nestes parâmetros
para as diferentes exposições no grupo experimental. A ausência de diferença entre as entradas nos braços demonstra
que os animais envenenados não exibiam prejuízos motores que os impedissem de realizar a tarefa.
FeSBE 2012
Resumo: 19.080
Antioxidant activity of Citrus limon essential oil in mice hippocampus
1
Autores
OLIVEIRA, G. A. L.* 1, CAMPÊLO, L. M. L. 1, NETO, J. D. N. 1, COSTA, D. A. 1, OLIVEIRA, F.
R. A. M. 1, FREITAS, R. M. 1 Bioquímica e Farmacologia - UFPI
Apoio Financeiro:
FAPEPI, CNPq e CAPES
Resumo
Objetivos
Pharmacological studies with essential oil (EO) of Citrus limon can reveal its effects on lipid peroxidation level, nitrite
content, glutathione reduced (GSH) concentration and antioxidant enzymes of superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT)
and glutathione peroxidase (GPx) activities. Once those effects are established, they may justify the use of this essential oil
in preclinal and clinical studies. Thus, the aim of this study was to investigate the effects of Citrus limon essential oil on lipid
peroxidation level, nitrite content, GSH concentration and antioxidant enzymes activities in mice hippocampus.
Métodos
The project was previously approved by the Animal's Ethics Committee, of the Federal University of Piauí (CEEA/UFPI #
013/11). Male Swiss mice (25-30 g; 2 months of age) were treated with the suspension of 0.5% Tween 80, in distilled water
used as vehicle (i.p., control group) and with EO in three different doses (0.05, 0.1 or 0.15 g/kg, i.p.). For all of the
experimental procedures, 10% (w/v) homogenates of the area of the brain investigated were prepared for all groups.
Determination of lipid peroxidation levels and nitrite content: Were analyzed by determination of malondialdehyde (MDA) /
wet tissue. To determine nitrite was determined based on the Griess reaction. Determination of SOD activity: The
homogenates were centrifuged and the supernants used to assay SOD, CAT and GPx activities. Determination of CAT: The
method that uses H2O2 to generate H2O and O2. To determination of GSH and GPx the hippocampus was homogenized in
0.02 M EDTA and the protein concentration was measured. Statistical analyses: Results of neurochemical determinations
were compared using ANOVA and the Student Newman Keuls test as post hoc test. In all situations statistical significance
was reached at p ≤ 0.05.
Resultados
Lipid peroxidation was markedly decreased 12, 13 and 27% in EO 150, EO 100 and EO 50 mean ± SEM (0.09442 ±
0.1541; 0.1144 ± 0.1741; 0.2659 ± 0.3256) [ p < 0.001] groups, when compared with control group, respectively. No group
that received injections of EO (0.1 g/kg) or (0.15 g/kg) showed alterations in lipid peroxidation level, when compared with
the EO 50 group, mean ± SEM (0.01167 ± 0.05167) [p > 0.05]. However, the group treated with EO (0.15 mg/kg) showed
decreases of 17 and 15% in lipid peroxidation level, when compared to the EO 50 and EO 100 mean ± SEM (12.56 ± 17.44;
2.762 ± 7.638) [ p < 0.001] groups, respectively. CAT activities in mice hippocampus were markedly increased [18 and 29%]
in EO 50 and 100 groups, mean ± SEM (9.548 ± 2.188; 11.97 ± 0.2337) [ p < 0.01], when compared with the control group.
Post hoc comparison of means indicated significant increases of 59, 36 and 24% in hippocampus of mice pretreated with
EO 150 in catalase activities, mean ± SEM (18.40 ± 6.659) [ p < 0.001], when compared to control, EO 50 and 100 groups.
GPx activities in mice hippocampus were not markedly changed in EO 50 and EO 100 groups [p > 0.05], when compared
with the control. Post hoc comparison of means indicated significant increases of 10, 9 and 7% in hippocampus of mice
pretreated with EO 150 in GPx activities [ p < 0.001], when compared to control, EO 50 and 100 groups.
Conclusão
Our findings strongly support the hypothesis that oxidative stress in hippocampus can occur during neurodegenerative
diseases, proving that hippocampal damage induced by oxidative process plays a crucial role in brain disorders, and also
imply that a strong protective effect could be achieved using essential oil of Citrus limon as an antioxidant.
FeSBE 2012
Resumo: 19.081
mRNA EXPRESSION OF MELATONIN RECEPTORS IN RAT HIPPOCAMPUS DURING THE
ACUTE PERIOD OF PILOCARPINE-INDUCED STATUS EPILEPTICUS
1
Autores
ROCHA, A. K. A. D. A. 1,2, LIMA, E. D. 2, PERES, R. 2, NETO, J. C. 1, SCERNI, D. A. 1 Neurologia
e Neurocirurgia - UNIFESP, 2 Departamento de Fisiologia e Biofísica - USP
Apoio Financeiro:
CAPES; CNPq; FAPESP and INNT
Resumo
Objetivos
Previous study from our laboratory (Epilepsy Behav. 20:607,2011) showed a neuroprotective effect of melatonin in
pilocarpine-induced status epilepticus. In order to verify if the status epilepticus causes changes in melatoninergic system,
the mRNA expression of membrane receptors (MT1, MT2) and the nuclear receptor (ROR-alpha) for melatonin in the
hippocampus from adult Wistar rats in acute phase of the model was analysed.
Métodos
All experimental procedures were approved by the Ethics Committee of UNIFESP (protocol number 0403/11). Experiments
were performed on adult male Wistar rats weighing 200–250 g. Animals were housed under a 12:12-h light–dark cycle (light
on 7:00 h) and a room temperature of 21 ± 2°C. These animals received a systemic injection of pilocarpine (350 mg/kg ip)
or saline (control group). Scopolamine methylnitrate (1 mg/kg sc) was injected 30 minutes before pilocarpine or saline to
prevent peripheral cholinergic effects. Animals from both groups were euthanized in the acute phase of the model (24 hours
after the establishment of status epilepticus) at 07:00h, 10:00h, 13:00h, 16:00h, 19:00h, 22:00h, 01:00h, 04:00h (n=3 for
each time). The mRNA expression of melatonin receptors was quantified by real time PCR in rat hippocampal tissue. The
2xDCT values were expressed in Mean ± SD in an order of magnitude of 10-5 to MT1 and MT2 receptors or 10-3 to RORalpha. Statistical analysis two-way ANOVA followed by Bonferroni for multiple comparisons were used and a significance of
P < 0.05 was accepted.
Resultados
The hippocampal tissue from rats submitted to pilocarpine-induced status epilepticus (SE) showed an increase in mRNA
expression of MT1 receptor when compared to control (C) at 16:00h (C: 0.6±0.1; SE: 2.45±0.6; P < 0.001) and 19:00h (C:
0.75±0.05; SE: 4.2±0.3; P < 0.001). The mRNA expression of MT2 receptor was increased at 19:00 h (C: 1.6±0.1; SE:
2.7±0.3; P < 0.01) and 22:00 (C: 1.37±0.05; SE: 2.25±0.15; P < 0.05) and diminished at 7:00h (C: 2.4±0.2; SE: 1.45±0.15; P
< 0.01) and 10:00h (C: 2.7±0.3; SE: 1.3±0.2; P < 0.01). Additionally, mRNA expression of nuclear receptor ROR-alpha was
markedly decreased in period (07:00h= C: 4,0±2,3; SE: 0,8±0,1, 10:00h= C: 3,9±1,2; SE: 0,8±0,1, 19:00h= C: 4,6±2,1; SE:
1,5±0,8, 22:00h= C: 4,2±0,1; SE: 1,4±0,9; 01:00h = C: 3,3±0,2; SE: 1,3±1,0; 04:00h= C: 4,0±1,2; SE: 1,2±0,1; P < 0.001) of
the circadian cycle.
Conclusão
The pilocarpine-induced status epilepticus was able to modify the mRNA expression of melatonin receptor in acute period of
this model. These data support the hypothesis of melatoninergic receptors involvement on epileptogenesis.
FeSBE 2012
Resumo: 19.082
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIDEPRESSIVA DA ASSOCIAÇÃO ENTRE OS
FITOCANABINÓIDES DELTA-9-TETRAHIDROCANABINOL E CANABIDIOL EM CAMUNDONGOS:
DADOS PRELIMINARES
1
Autores
MAIA, L. O. 1, SUCHECKI, D. 1,2, CARLINI, E. A. 1 Departamento de Psicobiologia - UNIFESP, 2
Departamento de Medicina Preventiva - UNIFESP
Apoio Financeiro:
CAPES, FAPESP, AFIP
Resumo
Objetivos
Avaliar a atividade antidepressiva da associação entre os fitocanabinóides delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol
(CBD) purificados, utilizando modelos animais para a avaliação de drogas com atividade antidepressiva.
Métodos
Camundongos Swiss machos (90 dias; 30-40g) foram distribuídos em diferentes grupos experimentais e receberam THC,
CBD, ou a associação THC+CBD (1:1) nas doses de 0,625, 1,25, 2,5, 5 e 10 mg/kg, por via i.p. Imipramina (5-30 mg/kg) foi
utilizada como controle positivo. Foram realizados os seguintes testes comportamentais: (I) Atividade Locomotora; (II)
Teste do Nado Forçado (TNF); e (III) Inibição da Hipotermia induzida por Apomorfina. Os parâmetros avaliados foram: (I)
número de cruzamentos de feixes fotoelétricos na caixa de atividade locomotora (unidades); (II) tempo de imobilidade (s); e
(III) temperatura retal (ºC). Dados paramétricos foram analisados por ANOVA e dados não paramétricos analisados pelos
testes de Kruskal-Wallis ou Friedman. O nível de significância foi de p < /i> ≤ 0,05 e os dados foram expressos em média ±
erro padrão. Os procedimentos experimentais foram conduzidos segundo as Normas Internacionais de Pesquisa
envolvendo Animais e foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP (#1811/10).
Resultados
Os resultados obtidos até o momento demonstraram que a administração de THC na dose de 10 mg/kg induziu uma
diminuição significativa na atividade locomotora dos animais (Controle: 798,3 ± 62,7; THC: 203,4 ± 48,1; p < /i> < 0,001;
N=10 animais/grupo). No TNF observou-se aumento no tempo de imobilidade dos animais que receberam a dose de 10
mg/kg de THC (Controle: 93,3 ± 13,7 s; THC: 184,3 ± 15,7 s; p < /i> < 0,001; N=10 animais/grupo). Não houve diferença
significativa para estes parâmetros nos grupos que receberam THC nas doses de 0,625, 1,25, 2,5 ou 5 mg/kg. No teste da
Inibição da Hipotermia induzida por Apomorfina, os fitocanabinóides estudados não demonstraram efeito inibitório nas
doses utilizadas (Teste (a): Controle: 33,8 ± 0,3 ºC; THC 2,5 mg/kg: 33,2 ± 0,3 ºC; p < /i> > 0,05; N=4 animais/grupo. Teste
(b): Controle: 34,0 ± 0,3 ºC; THC 1 mg/kg: 34,3 ± 0,25 ºC; CBD 1 mg/kg: 34,2 ± 0,4 ºC; THC+CBD 1 mg/kg: 34,2 ± 0,3 ºC; p
< /i> > 0,05; N=10 animais/grupo).
Conclusão
Os resultados dos testes comportamentais realizados até o momento revelam limitações para a aplicação do THC nos
modelos animais utilizados, sendo que efeitos secundários aos parâmetros analisados prejudicaram a avaliação da
atividade antidepressiva. Esta substância teve per se atividade farmacológica que interferiu de modo dose-dependente com
o desempenho locomotor dos animais e não mostrou efeito inibitório sobre a hipotermia induzida pela apomorfina. Em
relação ao teste da hipotermia, não houve interação farmacológica capaz de alterar os efeitos das duas substâncias
quando administradas isoladamente, nas doses e condições experimentais utilizadas.
FeSBE 2012
Resumo: 19.083
Ação sedativa e ansiolítica dos derivados N-acilidrazônicos em camundongos
1
MONTES, G. C. 1, SANTOS, A. S. P. 1, BAMBIRRA, B. V. 3, KUMMERLE, A. E. 4, FRAGA, C. A.
M. 1, SUDO, G. Z. 4, BARREIRO, E. J. 1, SUDO, R. T. 1, ZAPATA-SUDO, G. 1 Programa de
Autores
Desenvolvimento de Fármacos - UFRJ, 3 Departamento de Química - UFRRJ, 4 Instituto de Ciências
Biomédicas - UFRJ, 5 Instituto de Ciências Biomédicas - UFRJ
Apoio Financeiro:
CAPES, INCT-INOFAR, PRONEX, PENSARIO, INCT, FAPERJ, CNPq
Resumo
Objetivos
Investigar a atividade sedativa e ansiolítica e determinar os possíveis mecanismos envolvidos nos efeitos destes
compostos.
Métodos
Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética do CCS (DFBCICB 013) da UFRJ. Camundongos
suíços machos foram tratados via i.p com: veículo (DMSO, controle), LASSBio-1289 (2; 5 ou 7,5 mg.kg-1), LASSBio-1359
(1, 2 ou 5 mg.kg-1), midazolam (2 mg.kg-1) e diazepam (2 mg.kg-1) e colocados num campo aberto para avaliação da
ação sedativa num período de 50 min. Além disso, o tempo de permanência dos animais tratados, numa barra giratória
durante 3 min foi determinado através da utilização do rota rod. A atividade ansiolítica foi investigada utilizando-se o
labirinto elevado onde os animais tratados permaneciam por 5 min. A análise estatística foi realizada usando-se o
programa GraphPad Prism® 5.0 e empregou-se a análise de variância ANOVA, seguido pelo teste de Dunnett’s.
Resultados
Após 10 min da administração i.p dos derivados, os animais apresentaram redução dose dependente do número de
movimentos no campo aberto. LASSBio-1359 e LASSBio-1289 diminuíram o número de movimentos de 252,5 ± 17,65 para
178,2 ± 25,32 e 182,2 ± 9,73 mov/min, respectivamente, na dose de 5mg.kg-1. Ocorreu reversão do efeito sedativo de
LASSBio-1359 após pré-tratamento com sulfato de atropina. Após 30 min da administração i.p. de 5 mg.kg-1 de LASSBio1359, houve recuperação de 97,3 ± 24,7 para 227,5 ± 53,5 mov/min no campo aberto. Resultado semelhante foi observado
com LASSBio-1289 porque a ambulação dos animais tratados com o antagonista muscarínico aumentou o número de
movimentos de 182,2 ± 9,7 para 264,4 ± 22,9 mov/min. O pré-tratamento com um antagonista muscarínico seletivo M1
(cloridrato de pirenzepina) reverteu o efeito de LASSBio-1289 aumentando a atividade motora para 226,6 ± 11,2 mov/min.
Ambos os derivados não demonstraram efeito de relaxamento muscular já que não alteraram a permanência dos animais
no rota rod. No entanto, LASSBio-1359 e LASSBio-1289 promoveram ação ansiolítica, já que aumentaram
significativamente a porcentagem do número de entrada e o tempo de permanência nos braços abertos do labirinto
elevado. Após tratamento com LASSBio-1359 e LASSBio-1289 (2 mg.kg-1), as entradas aumentaram de 16,5 ± 4,8 % para
48,2 ± 6,6 % e 44,7 ± 3,7%,respectivamente. LASSBIo-1359 (2 mg.kg-1) aumentou o tempo de permanência nos braços
abertos de 37,0 ± 5,4 s para 87,4 ± 23,0 s e diminuiu o tempo nos braços fechados de 249,0 ± 7,0 para 146,3 ± 18,3 s. A
ação ansiolítica de LASSBio-1359 foi revertida com pré-tratamento com cloridrato de ioimbina (2,5 mg.kg-1) com redução
na porcentagem de entrada nos braços abertos para 29,0 ± 5,0 %. Por outro lado, o pré-tratamento com sulfato de atropina
(5 mg.kg-1) reverteu o efeito ansiolítico de LASSBio-1289 reduzindo a porcentagem de entrada nos braços abertos de 44,7
± 3,7 para 29,5 ± 3,1 % e aumentando dos braços fechados de 55,2 ± 3,7 para 71,0 ± 3,1 %.
Conclusão
Os derivados N-acilidrazônicos promovem ação sedativa e ansiolítica possivelmente mediada pelos sistemas muscarínico
e alfa-adrenérgico.
FeSBE 2012
Resumo: 19.084
Estudo do potencial neuroprotetor do Hypericum perforatum em células neuroniais em cultivo.
1
Autores
MARIN, F. N. 1, BAPTISTA, C. S. D. 1, VECCHIA, D. D. 1, PLODEK, C. K. 1, MIYOSHI, E. 1,
FERRO, M. M. 1, FERRO, M. M. 1 Departamento de Biologia Geral - UEPG
Apoio Financeiro:
Fundação Araucária, UEPG
Resumo
Objetivos
O Hypericum perforatum (Hp) é uma planta medicinal popularmente conhecida por sua atividade antidepressiva.
Entretanto, estudos já realizados vendo demonstrando seu efeito antioxidante e neuroprotetor, relacionado com a presença
de muitos compostos polifenólicos, ou seja, flavonóides e ácidos fenólicos. Sabendo que a Doença de Parkinson é
principalmente caracterizada por dano/perda de neurônios dopaminérgicos, o presente estudo teve por objetivo avaliar o
efeito neuroprotetor dose-dependente do extrato de Hp em células neuroniais em cultivo.
Métodos
Células de neuroblastoma de camundongo (N2A) foram cultivadas em meio DMEM com 10 % de soro fetal bovino e
semeadas em microplaca de 96 poços em densidade de 5 x 10 4 células/poço. Os poços receberam então meio ou meio
com DMSO 0,2% ou meio contendo Hp nas concentrações de 0,01/0,1/1/10 μg/ml. Após 24 horas, metade dos poços foi
exposta a 100 μM de 6-OHDA por 15 minutos. Após lavagem dos poços com meio, a viabilidade celular foi quantificada
pelo método do MTT. Os resultados representam a média ± erro padrão da média de dois ensaios.
Resultados
O extrato de Hp não apresentou toxicidade para a célula N2A em nenhuma das concentrações testadas. Não houve
diferença entre a viabilidade celular das células expostas à 6-OHDA (50,9 % ± 12,7) e as tratadas com 6-OHDA mais Hp
(Hp 0,01 μM 34,2% ± 3,57; Hp 0,1 μM 37,5% ± 0,3; Hp 1 μM 33,9% ±3 e Hp 10 μM 37,1% ± 5,6), (ANOVA de uma via
seguida de pos hoc de Newman-Keuls).
Conclusão
Não foi observado nenhum efeito neuroprotetor nas doses analisadas, diferente do que é relatado na literatura. A diferença
pode se dever á concentração utilizada ou a célula testada. Serão realizados ensaios subsequentes aumentando-se a
concentração do extrato de Hp.
FeSBE 2012
Resumo: 19.085
Abstinência após tratamento crônico com cocaína induz aumento da atividade motora geral em
ratos
1
Autores
SILVA, H. R.** 1, BARBOSA, S. A.* 1, LOPES, C. 1, TIEPPO, C. A. 1 Departamento de Ciências
Fisiológicas - FCMSCSP
Apoio Financeiro:
Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho
Resumo
Objetivos
O desenvolvimento de modelos animais para o estudo de patologias humanas é de grande valia no desenvolvimento de
estratégias terapêuticas. O uso crônico de cocaína (COCA) pode provocar dependência química e um dos aspectos mais
destacados desta dependência é o aparecimento de agitação psicomotora durante os períodos de abstinência. Se este
fenômeno apresentar um componente neuronal relevante pode, provavelmente ser modelado em animais. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a atividade motora geral em animais submetidos a tratamento crônico com COCA e submetidos a
abstinência de 7 dias após tratamento crônico com COCA.
Métodos
Vinte ratos Wistar machos com aproximadamente 200 g foram divididos em 2 grupos: 10 animais foram submetidos
durante 45 d ao protocolo de administração diária de 4 mg/kg (i.p.) de COCA (grupo COCA) e outros 10 animais receberam
igual volume de solução salina (grupo SAL). Após 45 d de tratamento, os animais dos grupos COCA e SAL foram
submetidos a avaliação da atividade motora geral em campo aberto (arena circular medindo 1 m de diâmetro, circundada
por paredes de 30 cm de altura, na cor branca). O animal foi colocado no centro da arena e os parâmetros de locomoção,
levantar, tempo de parado e grooming foram mensurados a cada 1 min durante 5 min, considerando-se o número de
quadrados percorrido para a medida de locomoção e os eventos de retirada completa dos membros anteriores do solo para
o evento de levantar. Após período de abstinência de 7 dias, a atividade motora geral dos animais foi novamente avaliada
por 5 min em actômetro (UGO BASILE; 50X50X37cm), que possui em suas paredes dois conjuntos de feixes de
infravermelho que são interrompidos à medida que os animais realizam atividade como locomoção e levantar sobre as
patas traseiras. Os dados obtidos foram comparados com o grupo controle pelo Teste t de Student com p < 0,05. Parecer
do CEUA – Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – n° 05/2010.
Resultados
A avaliação de atividade motora geral realizada após 45 d de tratamento, não evidenciou diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos. Entretanto, após 7 d de abstinência, na avaliação de atividade motora geral no actômetro, os
animais COCA expressaram maior locomoção total no terceiro min (COCA: 139±15 ; SAL: 92±14 p=0,036) e no quarto min
(COCA: 132±11 ; SAL: 95±10 p=0,024) em relação aos animais SAL, bem como maior frequência do levantar no quarto
min (COCA: 28±5 ; SAL: 13±4 p=0,038) e quinto min (COCA: 30±6 ; SAL: 11±3 p=0,015). Os dados são médias±SEM.
Conclusão
A atividade motora geral de ratos tratados cronicamente com cocaína aumentou após o período de abstinência, revelando
uma maior atividade exploratória já que o comportamento de levantar apresentou-se aumentado juntamente à atividade
locomotora. Esses dados obtidos em animais podem ser de especial relevância para o estudo das mudanças
comportamentais e neuroplásticas que são observadas em usuários de cocaína que apresentam agitação psicomotora na
vigência da abstinência. Apoio Financeiro: Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho
FeSBE 2012
Resumo: 19.086
Efeito de inibidores da sintase de óxido nítrico nos déficits na inibição pré-pulso causados pelo
psicoestimulante metilfenidato
1
Autores
DE PAULA, R. C. V. 1, BROSCO, M. C. 1, SALUM, C. 1, SALUM, C. O. R. 1 Centro de
Matemática,Computação e Cognição - UFABC
Apoio Financeiro:
Universidade Federal do ABC
Resumo
Objetivos
A hiperfunção do sistema ascendente dopaminérgico é a teoria mais aceita para se explicar o mecanismo patológico da
esquizofrenia. A inibição pré-pulso(IPP) consiste na diminuição da resposta de sobressalto em relação a um pulso(P),
quando este é apresentado imediatamente antes de um pré-pulso (PP) de menor intensidade. A IPP se encontra deficiente
na esquizofrenia e o metilfenidato induz prejuízos na IPP em camundongos. O objetivo do presente estudo foi investigar os
efeitos do metilfenidato na IPP em ratos Wistar e verificar se inibidores da sintase de óxido nítrico (NOS) são capazes de
reverter estes efeitos.
Métodos
Foram utilizados 120 ratos Wistar machos, entre 180-250g(aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal
da UFABC, proc. 003/2010). Foram utilizados os inibidores da NOS,NG-nitro-L-arginine (LNO, 40 mg/ kg) ou 7Nitroindazole (7NI, 30 mg/ kg)e o agonista indireto dopaminérgico, metilfenidato (metil) ou salina (sal). A sessão de IPP
constou de 5 min de aclimatização (apenas com ruído branco de 57dB), 10 apresentações de P (ruído branco, 120dB) com
intervalo entre elas de 30s, seguidas do teste de IPP, 64 apresentações pseudo-aleatórias de 8 tipos diferentes de
estímulos sonoros apresentados com intervalo de 30s: P, PP (69, 73 ou 81dB; 3000 Hz), P precedido por PP
(PP+P)(100ms entre estímulos) e nulo (ruído de fundo 57dB). A IPP foi calculada como a porcentagem da amplitude de
resposta de sobressalto (ARS) ao PP+P em relação à ASR ao P. No primeiro experimento, animais receberam metil i.p. (5,
10 ou 20mg/kg) ou sal 30 min antes do teste. No segundo, animais receberam uma injeção i.p. de LNO ou sal 1hr antes do
teste e outra injeção i.p. de metil (10mg/kg) ou sal 30 min antes do teste. No terceiro,animais receberam duas injeções i.p.,
1h e 30 min antes do teste, respectivamente, sendo a primeira de 7NI ou sal e a segunda de metil (10mg/kg) ou sal.
Resultados
Experimento1: Houve um efeito geral significativo de tratamento na %IPP (ANOVA, P=0,006) e o teste post-hoc revelou
que o metil (10mg/kg) reduziu significativamente a %IPP em todas as intensidades de PP (Duncan, P <
0,05).Experimento2: Houve efeitos gerais significativos de intensidade (ANOVA, P=0,008) e tratamento (ANOVA, P=0,006)
na %IPP. O teste post-hoc revelou que o LNO reverteu o déficit na IPP causado pelo metil, sendo que a %IPP do grupo
sal-metil (%IPP(81dB)=16±6,51)foi significativamente menor que o grupo sal-sal(%IPP(81dB)=59±8)e a %IPP do grupo
LNO-metil (%IPP(81dB)=59±7,99) foi significativamente maior que os do grupo sal-metil na intensidade 81dB( P <
0,05).Experimento 3: A ANOVA da %IPP indicou um efeito geral significativo de tratamento (P=0,003). A análise post-hoc
revelou que o grupo 7NI-metil (%IPP=44±4,75) apresentou uma %IPP significativamente maior em relação ao grupo salmetil (%IPP=9±4,47)nas intensidades 69,73 e 81dB( P < 0,05).
Conclusão
Os presentes resultados corroboram dados anteriores de nosso grupo sugerindo que o óxido nítrico modula
neurotransmissão dopaminérgica na mediação do filtro sensório-motor. Esses dados corroboram também com a hipótese
do filtro sensório motor ser homólogo em diferentes espécies e demonstram pela primeira vez a reversão dos efeitos
induzidos pelo metil na IPP por inibidores da NOS em ratos.
FeSBE 2012
Resumo: 19.087
EFEITO DA ANFETAMINA INTRA-ACCUMBENS NO PARADIGMA DE INIBIÇÃO PRÉ-PULSO
1
Autores
BROSCO, M. C. 2, NEVES, J. P. 1, SALUM, C. 1 Centro de Matemática, Computação e Cognição UFABC, 2 Psiquiatria - UNIFESP
Apoio Financeiro:
Fapesp, UFABC
Resumo
Objetivos
O paradigma da inibição pré-pulso (IPP) é um modelo utilizado para avaliar o filtro sensório motor. Tal modelo consiste na
redução da resposta de sobressalto ao pulso quando este é precedido por um pré-pulso (PP) de menor intensidade em um
curto intervalo de tempo (100 ms). Sabe-se que esquizofrênicos possuem déficits no filtro sensório motor, refletidos no
déficit da IPP. Uma das hipóteses da esquizofrenia é a hiperfunção dopaminérgica, a qual pode ser mimetizada em animais
submetendo-os a tratamentos com agonistas dopaminérgicos. Visto isto, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos de
agonistas dopaminérgicos administrados via s.c. ou intra-accumbens.
Métodos
30 ratos machos Wistar pesando entre 300g e 450g provenientes do biotério da USP Ribeirão Preto foram utilizados.
Experimento I: Animais foram tratados com apomorfina s.c. (APO) nas doses de 0,25, 0,5 ou 1 mg⁄ kg e após 5 minutos
foram submetidos ao teste de IPP. Experimento II: Os animais foram submetidos a cirurgia estereotáxica para colocação
de cânula intra-accumbens bilaterais (AP: +2,7, Lat: ±1,4, PROF: -6,0). Após 5 dias, receberam microinjeções de
anfetamina (30µg⁄0,5µl) e após 15min foram submetidos ao teste de IPP, que consistiu num período de 5 min de
aclimatação (ruído de fundo de 57dB), seguido de 10 pulsos (P, 120dB) e, logo depois, 8 blocos com 8 estímulos cada,
apresentados de forma pseudoaleatória a cada 30 s: nulo (apenas ruído de fundo), P, pré-pulsos (PP, 69, 73 ou 81dB) e
PP+P. A %IPP foi calculada pela fórmula: %IPP =100-(100*PP+P⁄P). Todos os procedimentos experimentais foram
aprovados pela Comissão de Ética em Uso de Animais, UFABC 003⁄2010.
Resultados
Experimento I: A ANOVA de medidas repetidas da %IPP com os fatores intensidade e tratamento mostrou um efeito geral
significativo do tratamento ( P < 0,001) e interação entre os fatores ( P < 0,001). A análise post hoc mostrou que tiveram
%IPP significativamente inferior ao controle os animais tratados com APO na dose de 0,25mg (Média ± EPM: %IPP(69dB)=
-54±23, %IPP(73dB)= -35±24, %IPP(81dB)= 15±13) ao grupo controle (%IPP(69dB)= 33±12, %IPP(73dB)= 41±13,
%IPP(81dB)= 51±7) em todas as intensidades de PP, e aqueles tratados com 1,0 mg de APO comparados ao grupo
controle, nas intensidades de 69 e 73 dB (%IPP(69dB)= -55±23, %IPP(73dB)= -35±24, %IPP(81dB)= 74±13). Experimento
II: A ANOVA de medidas repetidas da %IPP com os fatores intensidade e tratamento mostrou um efeito geral significativo
do tratamento (P=0,037), sendo que animais tratados com anfetamina tiveram %IPP significativamente menor
(%IPP(69dB)= -24±11, %IPP(73dB)= 5±11%, %IPP(81dB)= 8±15) que o grupo controle (%IPP(69dB)= 18±11,
%IPP(73dB)= 55±11, %IPP(81dB)= 52±15).
Conclusão
Estes resultados demonstram que a IPP é um bom modelo para o estudo da esquizofrenia, já que a administração de
agonistas dopaminérgicos causam déficits semelhantes aos observados em pacientes esquizofrênicos. A administração
sistêmica de APO indicou efeitos dose-dependentes já que apenas a dose mais baixa e a mais alta provocaram déficits no
filtro sensório-motor. Os resultados da administração intra-accumbens de anfetamina corroboram dados da literatura
indicando que o aumento de dopamina no núcleo accumbens prejudica a IPP, fortalecendo a hipótese de que déficits
cognitivos na esquizofrenia podem ser causados pela hiperfunção dopaminérgica na via mesolímbica.
FeSBE 2012
Resumo: 19.088
CONDITIONED PLACE PREFERENCE STRENGTH PREDICTS THE TIME REQUIRED TO RETURN
TO INITIAL PREFERENCE LEVELS IN ETHANOL TREATED MICE
1
Autores
PILDERVASSER, J. V. N.** 1, ABRAHAO, K. P. 1, SOUZA-FORMIGONI, M. L. O. 1
Departamento de Psicobiologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
FAPESP, AFIP, CNPq
Resumo
Objetivos
Environmental cues associated with drug use have an important role in the development of addictive behaviors and drug
relapse. Conditioned place preference (CPP) represents a good model to study this association, being largely used to
evaluate different types of drugs, among them alcohol, that after nicotine is the psychoactive drug responsible for the
highest number of deaths and years of incapacity. However, it is clear that some individuals, even under influence of
environmental cues paired with the drug, do not show a preference for the drug paired environment, indicating the existence
of intrinsic protection factors in some subjects but not in others. In our study we investigated individual variability of Swiss
albino mice treated with ethanol in the CPP paradigm.
Métodos
We used Swiss albino 60 day-old male mice (35 – 45 g). The CPP followed an unbiased protocol developed in four phases:
habituation (Day 1), conditioning (Days 2 – 9), post-conditioning test (Day 10) and conditioned persistence tests (Days 11 –
25). During the habituation, post-conditioning test and conditioned persistence tests, mice had free access to the CPP
apparatus during 15 min. During the conditioning phase mice were i.p. administrated with saline (n = 9) or 2.2 g/kg ethanol
(n = 22) and immediately placed in the paired conditioned compartment of the CPP apparatus. Student t tests for
independent samples and Pearson correlation tests were used. The project was approved by the Committee of Ethics on
Research from UNIFESP (CEP 1809/11).
Resultados
Ethanol group presented higher place preference than saline treated mice for the paired compartment (mean ± SEM:
ethanol = 148.7 ± 35 s; saline = 31.6 ± 32.4 s) in the post-conditioning tests (p < 0.05). Correlation analyses conducted with
ethanol group data detected significant positive correlation between conditioned persistence (days required to return to the
95% confidence interval of habituation levels) and the time spent in the conditioned environment minus the time spent in the
unconditioned environment in the post-conditioned test (Pearson´s r value = 0.70, p < 0.05).
Conclusão
The present study indicated that ethanol is able to induce conditioned place preference in Swiss albino mice. However, the
conditioning strength varies among ethanol treated mice. Exposure to the conditioned cue in the post-conditioning test still
promotes preference that decays in different times for different individuals. Animals with high conditioning levels tend to
have longer periods of preference than animals with low conditioning levels. As well as observed in our previous studies in
the behavioral sensitization protocol, we have demonstrated that important individual variability is observed in the CPP
paradigm.
FeSBE 2012
Resumo: 19.089
EFEITO DO INIBIDOR DA SINTASE DE ÓXIDO NÍTRICO NA RESPOSTA AO SOBRESSALTO E
NA INIBIÇÃO PRÉ-PULSO DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS (SHR)
1
Autores
TUNES, G. C. 1, SANTOS, N. H. D. 1, BROSCO, M. C. 2, ABILIO, V. 1,2, SALUM, C. O. R. 1
CMCC - UFABC, 2 PSIQUIATRIA - UNIFESP
Apoio Financeiro:
UFABC, FAPESP (2011/09548-3)
Resumo
Objetivos
O teste inibição pré-pulso (IPP) é um paradigma amplamente utilizado para o estudo de deficits no filtro sensório motor, tal
como ocorre na esquizofrenia e no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). A IPP é uma forma de
plasticidade da resposta ao sobressalto, modulada por um estímulo de menor intensidade. Este efeito é modulado pela
neurotransmissão de dopamina, glutamato e recentemente pelo óxido nítrico (NO), que participa da regulação, da liberação
e da transmissão da dopamina e do glutamato. Os ratos espontaneamente hipertensos (SHR) são utilizados como modelo
de TDAH e de esquizofrenia, visto que apresentam deficit na IPP. O presente estudo investigou o efeito de um inibidor da
sintase de óxido nítrico (NOS), o N-Nitro-L-arginine, LNO, na IPP em SHR.
Métodos
(Comissão de Ética em Uso de Animais, UFABC, protocolo 001/2011). Foram utilizados 10 ratos, 5 Wistar e 5 SHR
machos, entre 350 e 500g. Os animais foram submetidos ao teste de IPP e sete dias depois receberam uma injeção i.p de
LNO (40 mg/ kg), 1h antes do teste de IPP. O teste de IPP consistiu em 5 minutos de aclimatação (57 dB), seguidos por 10
apresentações de pulso (P, ruído branco de 110 dB com 30s de intervalo entre os estímulos) para habituação, e então um
teste constituído por 64 apresentações aleatórias: P, pré-pulso (PP 69, 73 e 81 dB, 3000 Hz), PP+P (100ms entre
estímulos) e nulo (sem estímulo).
Resultados
A ANOVA de duas vias com medidas repetidas da %IPP indicou um efeito geral significativo de linhagem (P=0,033). O
teste-t de student revelou que houve diferença significativa na %IPP entre as linhagens (P=0,041) no primeiro dia na
intensidade de PP de 81 dB, onde %IPP do grupo SHR (Média±EPM, %IPP= -6 ±12,50) foi significativamente menor que a
do grupo Wistar, (%IPP=33±9,67). No entanto, após o tratamento com LNO, não foi observada diferença significativa entre
os grupos (P=0,615; %IPPWistar=42±19,3; %IPPSHR=54,2±13,2). Uma ANOVA de três vias para resposta de sobressalto
(ARS) indicou efeitos gerais significativos de linhagem (P=0,012), dia (P=0,001) e uma interação entre os dois fatores
(P=0,023). Os testes-t de student mostraram que no primeiro dia os estímulos P, P+PP81, P+PP73 e P+PP69
apresentaram efeito de linhagem, sendo respectivamente, P=0,005, P=0,035, P=0,007, P= 0,005 (PSHR=100±10,29,
P+PPSHR(69)=61±9,66%, P+PPSHR(73)=79±7,86, P+PPSHR (81)=102±8,86, PWistar= 356±67,1
,P+PPWistar(69)=184±30,16, P+PPWistar(73)= 177±26,1, P+PPWistar(81)=240±53,79). No segundo dia após o tratamento
com LNO, não se observou diferença significativa entre as linhagens exceto na ASR ao P+PP81, (P=0,031),
(P+PPSHR=38±3,19, P+PPWistar=139±38,84).
Conclusão
Os presentes resultados corroboram dados anteriores de déficits espontâneos na IPP em SHR e ainda sugerem que a
inibição de óxido nítrico pode reverter tais déficits. Futuras investigações nesta direção poderão esclarecer o papel do
óxido nítrico nesta linhagem.
FeSBE 2012
Resumo: 19.090
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO ETANÓLICO DE P. SABULOSA
SOBRE A NOCICEPÇÃO INDUZIDA POR AGONISTAS DE RECEPTORES DE POTENCIAL
TRANSIENTE
1
Autores
BORGES, F. R. M. 2,1, MACK, J. M. 1, DOMINGUES, K. 3, PIZZOLATTI, M. G. 1, SANTOS, A. R.
S. D. 1 Ciências Fisiológicas - UFSC, 2 Farmacologia - UFSM, 3 QuÃmica - UFSC
Apoio Financeiro:
CnPq
Resumo
Objetivos
Avaliar a antinocepção periférica induzida pelo extrato de P. sabulosa Em modelos animais de nocicepção, utilizando-se
agonistas de receptores de potencial transiente (TRPV1; TRPA1 e TRPM8).
Métodos
Protocolo CEUA – UFSC nº PP00745. Camundongos com aproximadamente 2 meses de idade, mantidos em ciclo claroescuro de 12h (06h-18h), com ração e água ad libitum, provenientes do biotério central da UFSC, foram submetidos a um
período de adaptação de 7 dias junto ao biotério do LANDI - UFSC ; decorrido este período, os animais foram levados ao
procedimento experimental, que consistiu na administração por via oral (v.o) do extrato etanólico de P. sabulosa (300
mg/kg), 1h anterior à injeção intraplantar (i.pl.) (pata traseira direita) de agonistas dos receptores TRPV1(capsaicina –
5,2nmol/pata)(n=6 a 11animais); TRPA1(cinamaldeído – 10nmol/pata)(n=5 a 9 animais) e TRPM8 (mentol – 1,2
μmol/pata)(n=7 animais). Foram utilizados como controles positivos os respectivos antagonistas TRPV1 (vermelho de
rutênio – 3 mg/kg intraperitonial) e TRPA1 (cânfora -50 μmol/kg – subcutânea); 30 min antes da injeção i.pl. do agonista,
sendo avaliado o tempo que o animal permanecia lambendo e/ou mordendo a pata injetada pelo período de 5 min (TRPV1
e TRPA1) ou 20 min (TRPM8). Para análise estatística utilizou-se o teste ANOVA de uma via, seguido pelo teste de
Dunnet.
Resultados
A administração do extrato etanólico de P.sabulosa (300 mg/kg, v.o) mostrou ser capaz de prevenir a nocicepção induzida
pela administração dos agonistas TRPA1 (cinamaldeído) e TRPM8 (Mentol), com valores de médias ± erro padrão da
média de 28.67±4.86 e 113.3±30.74, respectivamente ( p < 0,05). O extrato não foi capaz de prevenir a nocicepção
induzida pela administração do agonista TRPV1 (capsaicina).
Conclusão
O extrato de P. sabulosa preveniu a nocicepção periférica induzida pela administração i.pl de agonistas TRPA1 e TRPM8,
mas não pelo agonista TRPV1, corroborando dados prévios do nosso grupo de pesquisa (Basic. Clin. Pharmacol. Toxicol.
2008 Jul; 103(1):43-7). Maiores estudos se mostram necessários a fim de elucidar o mecanismo de ação envolvido na
antinocicepção induzida pela P. sabulosa.
FeSBE 2012
Resumo: 19.091
Efeitos mnemônicos da selegilina em ratos hígidos.
1
Autores
SILVA, H. R.** 1, BARBOSA, S. A.* 1, LOPES, C. 1, TIEPPO, C. A. 1 Departamento de Ciências
Fisiológicas - FCMSCSP
Apoio Financeiro:
FAP - Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho
Resumo
Objetivos
A selegilina (SELE) está relacionada a fenômenos neuroprotetores, neuroplásticos e também à expressão de BDNF. Este
por sua vez, apresenta uma função crítica na neuroplasticidade em funções dependentes do hipocampo, como
aprendizado e memória. O objetivo deste trabalho foi avaliar o aprendizado e a memória em ratos tratados
prolongadamente com SELE.
Métodos
Foram utilizados 20 ratos machos Wistar com peso entre 190-220g, divididos em 2 grupos iguais. Todos os animais foram
submetidos à esquiva ativa de duas vias (ESQ2; parâmetros: número de choques e fugas, latência para cada fuga, número
de esquivas e cruzas interprovas – durante 50 testes) e no dia seguinte iniciaram o tratamento com 10 mg/kg de SELE ou 1
mL/kg de solução salina 0,9% (SAL) por 15 dias. No 7º dia de tratamento, os animais de ambos os grupos foram avaliados
quanto a sua atividade motora em teste de campo aberto, que consiste em uma arena circular medindo 49 cm de raio,
circundada por paredes de 30 cm de altura, todas de madeira pintada na cor branca. O animal foi colocado no centro da
arena e os parâmetros de locomoção, levantar, tempo de parado e grooming foram mensurados a cada 1 min por 5 min,
considerando-se o número de quadrados percorrido para a medida de locomoção e os eventos de retirada completa dos
membros anteriores do solo para frequência do levantar. Em seguida os animais foram submetidos novamente à ESQ2. No
15º dia de tratamento, a atividade motora foi avaliada em actômetro por 5 min, que consiste em uma caixa acrílica fechada
medindo 50 x 50 cm, 37 cm de altura, que possui em suas paredes dois conjuntos de feixes de infravermelho que são
interrompidos à medida que os animais realizam atividade como locomoção e levantar-se sobre as patas traseiras. Logo
após a medida de atividade motora, os animais foram novamente submetidos à ESQ2. Foi utilizado o teste t de Student
para analisar os resultados obtidos. CEUA 157/2007.
Resultados
As avaliações de atividade motora não revelaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos SELE (n=10) e
SAL (n=10). Também não houve diferenças significantes entre os grupos no primeiro dia de teste na ESQ2. Entretanto na
avaliação em ESQ2, após 7 dias de tratamento, o grupo SELE apresentou menor tempo de latência para cada fuga (SELE:
135,9±10,62; SAL: 178,7±4,54; p=0,006), maior número de cruzas durante a campanhia (SELE: 11,89 ± 3,75; SAL: 2,00 ±
0,61; p=0,014), maior número de cruzas durante o choque (SELE: 22,56 ± 3,81; SAL: 11,70 ± 3,04; p=0,031) e menor
quantidade de choque total (SELE: 16.11 ± 4.98; SAL: 36,30 ± 3,20; p=0,0029) comparado ao grupo SAL. No 15º dia o
grupo SELE apresentou menor tempo de latência para cada fuga (SELE: 123,2±12,96; SAL: 158,0±10,49; p=0,044), menor
número de choque total (SELE: 16,9 ± 5,15; SAL: 30.7 ± 4.25; p=0,044) e maior número de cruzas durante choque (SELE:
30,78 ± 5,01; SAL: 17,20 ± 3,55; p < 0,047) quando comparados aos animais do grupo SAL. Os dados são médias±SEM.
Conclusão
Os resultados obtidos sugerem um melhor desempenho dos animais tratados com SELE em teste de ESQ2. Este melhor
desempenho não deve ser atribuído a aumentos na atividade motora geral do animal, uma vez que não foram verificadas
alterações neste parâmetro em nenhuma das avaliações realizadas. Nossos resultados sugerem que a SELE, quando
aplicada prolongadamente, promove melhora da memória e aprendizagem em ratos. Na literatura há estudos que
descrevem aumento de performance em animais com lesões neurológicas tratados com SELE. Os resultados obtidos no
presente trabalho sugerem que a SELE apresenta propriedades mnemônicas mesmo em animais hígidos. Apoio
Financeiro: FAP - Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho.
FeSBE 2012
Resumo: 19.092
Efeito do Resveratrol em células neuroniais em cultivo
1
Autores
BAPTISTA, C. S. D. 1, MARIN, F. N. 1, COSTA, N. S. 1, OLSZEWSKI, J. 1, MIYOSHI, E. 1,
FERRO, M. M. 1, FERRO, M. M. 1 Departamento de Biologia Geral - UEPG
Apoio Financeiro:
Resumo
Objetivos
Recentemente o resveratrol tem demonstrado ser um antioxidante potente que pode atuar no cérebro, medula espinal,
fígado e membrana de glóbulos vermelhos. Esta atividade antioxidante tem sido alvo de estudos no tratamento e
prevenção de doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP), que é caracterizada pela perda seletiva de
neurônios dopaminérgicos da substância negra do sistema nervoso central, perda essa resultante de um acúmulo de
espécies reativas de oxigênio resultante do metabolismo celular. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito neuroprotetor
do resveratrol em células neuroniais em cultivo.
Métodos
Células de neuroblastoma de camundongos (N2A) cultivadas em meio DMEM suplementado com L-glutamina 2mM,
penicilina/estreptomicina 10000 U.I/10 mg/ml e soro fetal bovino 10% foram plaqueadas em microplacas de 96 poços na
concentração de 0,5 X 10 5 células/poço. Um dia depois, o meio de cultivo de quatro linhas da placa foi removido e
substituído por meio contendo resveratrol, pré-dissolvido em DMSO, nas concentrações de 0,01; 0,1; 1 e 10 μmol/ml. Uma
linha ficou com meio sem droga e outra com DMSO 0,2% como controles. Vinte e quatro horas após a administração das
drogas, metade dos poços das placas foi exposta a 6-OHDA 100 μmol/l, por quinze minutos. Os poços foram então lavados
com meio de cultivo fresco e a viabilidade celular foi avaliada com ensaios de MTT.
Resultados
Os grupos que receberam resveratrol apresentaram viabilidade similar ao controle (Resv 10 μmol/ml = 111% ± 22).
Contudo, nas condições analisadas, os grupos resveratrol + 6-OHDA (10 µmol/ml = 42% ±7 em relação ao controle) não
foram estatisticamente diferentes do grupo 6-OHDA (63 % ± 03 em relação ao controle) (ANOVA de uma via seguida de
pos-hoc de Newman-Keuls).
Conclusão
Os dados indicam que, apesar de o resveratrol não ter se mostrado tóxico as células, no modelo de células N2A nas
nossas condições ele não parece ser neuroprotetor contra a lesão com 6-OHDA. Deve-se investigar se essa diferença
pode ser devida ao diferente tipo celular.
FeSBE 2012
Resumo: 19.093
DISSOCIAÇÃO ENTRE OBSERVAÇÃO E INTERAÇÃO NA MODIFICAÇÃO DO display
AGRESSIVO DO Betta splendens
1
Autores
CUNHA NETO, J. S. 1, SANTOS, B. R. 1, Gouveia Jr, A. 1 Teoria e Pesquisa do Comportamento UFPa
Apoio Financeiro:
CAPES
Resumo
Objetivos
O objetivo desse trabalho é identificar se e como a observação isolada ou associada a interação modifica a emissão do
display agressivo do Betta splendens
Métodos
Foram utilizados Betta splendens (N=28) machos em uma bateria de experimentos a fim de identificar se a observação de
um co-específico em situação de confronto modifica o display agressivo (Experimento I) ou se observação de um coespecífico em situação de confronto e posterior exposição ao mesmo modifica o display agressivo (Experimento II).
Inicialmente foi realizado uma classificação quanto a agressividade utilizando o teste de display agressivo com espelho.
Após esse processo foi realizado o EXPERIMENTO I – Efeito da observação de luta na modificação do display agressivo,
que tinha como objetivo identificar se a observação modificava o display agressivo. Após esse experimento foi realizado o
EXPERIMENTO II – Efeito da observação de luta e interação com co-específico na modificação do display agressivo, que
tinha como objetivo identificar se a observação de luta com espelho associada à interação ao co-específico modifica o
display agressivo. Os dados foram organizados em termos de média e erro padrão e analisados através de ANOVA e teste
não paramétrico de Kruskal-Wallis.
Resultados
Não foram encontradas diferenças estatísticas nos dados obtidos através do experimento I, entretanto, com relação aos
dados obtidos com o experimento II pode se identificar uma diferença estatística significativa (F(1,6)= 6,002; p= 0,05)
refletida em um aumento da latência do Display Horizontal.
Conclusão
A observação de luta de um co-específico em interação com o espelho parece não alterar a emissão do display agressivo
do espião. Já a observação de luta de um co-específico em interação com o espelho associada à posterior interação do
espião com o mesmo co-específico parece aumentar a latência de display agressivo com esse sujeito. Possivelmente, a
observação de luta de um co-específico em interação com o espelho associada à posterior interação do espião com o
mesmo co-específico permite uma melhor avaliação de seu oponente, gerando uma distribuição de elementos do display
mais econômica, permitindo assim a emissão dos comportamentos agressivos em momentos em que a sua eficiência
aumente, diminuindo o gasto energético do animal.
FeSBE 2012
Resumo: 19.094
Efeito ansiolítico comparativo de doses máximas por via oral e inalatória de óleo essencial de
Citrus limon em camundongos no teste do campo aberto
1
VIANA*, M. D. M. 1, MOURA*, R. C. 1, SILVA*, N. K. D. G. T. 1, FALCÃO**, M. A. P. 1,
Autores SILVA**, L. H. A. C. 1, MOREIRA, M. S. A. 1, CAMPESATTO, E. A. 1 Setor de Fisiologia e
Farmacologia - UFAL
Apoio Financeiro:
CAPES
Resumo
Objetivos
Avaliar e comparar o efeito ansiolítico do óleo essencial das cascas do fruto de limão siciliano ( < i>Citrus limon) em
camundongos submetidos ao teste do campo aberto, através da aromaterapia e da administração via oral na dose máxima
padrão.
Métodos
Os procedimentos experimentais foram realizados com o óleo essencial de Citrus limon na forma em que é comercializado
(Ferquima Com. e Ind. Ltda). Foram utilizados camundongos machos, da linhagem Swiss, de 6 a 8 semanas, pesando
entre 25–35g, obtidos do Biotério Central da Universidade Federal de Alagoas, sendo aclimatados a 22 ± 2ºC, em um ciclo
de 12h claro e 12h escuro e com livre acesso à ração e água para os que apenas inalaram o óleo, enquanto que os
submetidos à via oral ficaram em jejum por 8 horas. Os experimentos foram conduzidos em 5 grupos (n = 8): controle
positivo tratados com diazepam (1,5 mg/kg), i.p.; controle negativo utilizando-se salina 0,9% por inalação (em bolas de
algodão embebidos com 2 mL cada no interior do aparato de inalação), e oralmente na dose de 10 mL/kg; e os grupos da
substância teste foram submetidos a dois procedimentos distintos: de inalação, através de um aparato específico e padrão,
em volume máximo descrito na literatura de 400 µL; enquanto que por via oral, a dose do óleo foi de 900 mg/kg. Após 1
hora da administração do diazepam, 30 minutos via oral e 7 minutos da inalação do óleo, os animais foram submetidos
individualmente ao teste do campo aberto observando-se, durante 5 minutos, após 1 minuto de adaptação prévio, o
número de comportamentos de autolimpeza ( < i>grooming), de levantar ( < i>rearing), o número de passagens entre os
quadrados do fundo do campo ( < i>crossing), sua defecação, como índice de “emocionalidade” e o tempo de imobilidade.
A partir da análises de suas médias os grupos foram comparados por meio de testes não paramétricos considerando-se –
em todos os casos – significantes as diferenças associadas a p < 0,05. Todos os procedimentos experimentais foram
aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (nº 024094/2011-14).
Resultados
A percentagem de inibição para o óleo inalado, administrado oralmente e o diazepam foram respectivamente: 14,67%,
83,33% e 62,67%. Observa-se, portanto, a discrepância do efeito ansiolítico a depender de sua via de administração,
sendo a via oral a que a obteve melhor resultado. Dos parâmetros avaliados, baseando-se, até então, pelo controle
negativo inalado, obtivemos: crossing (44), rearing (28), grooming (11), bolos fecais (2), tempo de imobilidade (16
segundos). Comparando-o à via inalatória do óleo, notou-se efeito ansiolítico significante (p < 0,05) ao diminuir o número
de crossing (32 – 27,2%), rearing (14 – 50%), grooming (7 – 36,36%), bolos fecais (15 – 50%) e aumento de quase três
vezes no tempo de imobilidade (44 segundos). Adicionalmente, àqueles em que se administrou oralmente, os resultados
demonstraram-se muito mais significativos (p < 0,001) ao diminuir o número de crossing em mais de 90% (4), reduziu em
100% o número de rearing, grooming, bolos fecais e promoveu um aumento muito significativo no tempo de imobilidade
(250 segundos). Além do grupo controle positivo onde obtivemos os seguintes resultados: 27,1,1,1 e 188, respectivamente.
Conclusão
Nossas análises indicam que na via oral foram demonstrados melhores efeitos ansiolíticos quando comparados à via
inalatória. Esses achados nos motivam a continuar o estudo com outras doses menores, visando avaliar seu efeito dose-
FeSBE 2012
dependente ou não, afim de que, após estudos mais aprofundandos, viabilize-se como estratégia terapêutica para os
transtornos de ansiedade.
FeSBE 2012
Resumo: 19.095
ADMINISTRAÇÃO INTRACEREBROVENTRICULAR REPETIDA DE BAIXAS DOSES DE 6-OHDA:
UM NOVO MODELO ANIMAL PARA O ESTUDO DA PROGRESSÃO DA DOENÇA DE
PARKINSON.
1
CUNHA, J. A. S.* 1, SANTOS, J. R. ** 1, DIERSCHNABEL, A. L. ** 1, CAMPÊLO, C. L. C. ** 1,
LEÃO, A. H. F.F.** 1, SILVA, A. F. * 1, ENGELBERTH, R. C. ** 1, CAVALCANTE, J. S. ** 1,
Autores
IZÍDIO, G. S. 2, ABÍLIO, V. C. ** 1, RIBEIRO, A. M. 1, SILVA, R. H. 1 Fisiologia - UFRN, 2
Farmacologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN e PPg em Psicobiologia UFRN.
Resumo
Objetivos
O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um modelo animal crônico da DP através da administração repetida de 6OHDA visando mimetizar o caráter progressivo dos sintomas cognitivos e motores associados à patologia.
Métodos
Foram utilizados 30 ratos Wistar machos (350-500g) com idade de 6 meses. Os animais foram distribuídos em dois grupos
e receberam seis injeções i.c.v. (uma a cada 48h) de veículo (G1, n = 15) ou 10 µg de 6-OHDA (G2, n = 15). Durante o
tratamento os animais foram submetidos aos seguintes testes: duração de catalepsia (diariamente); movimentos orais
(duração de tremor oral, protrusão de língua e movimentos de queixo no vácuo; 48h após segunda, quarta, sexta injeções
e nos dias 10 e 20 após a última injeção) e ainda, reconhecimento de novos objetos (após segunda, quarta e sexta
injeções). Após 48h da segunda injeção cinco animais de cada grupo foram anestesiados e perfundidos com PFA 4%. Os
outros animais foram sacrificados somente 20 dias após a última injeção. Os cérebros de todos os animais foram coletados
e submetidos a imunohistoquímica para tirosina hidroxilase – TH e Nissl. Os animais utilizados nesse estudo foram
tratados de acordo com a lei brasileira para o uso de animais em pesquisas (Lei nº 11.794) e a pesquisa foi aprovada pela
comissão de ética no uso de animais - CEUA (Protocolo nº 025/2010).
Resultados
Os animais G2 (n = 15) mostraram prejuízo na memória de reconhecimento de objetos (reconhecimento de objeto novo:
G1 = 64,3 ± 4,7 e G2 = 53,1 ± 3,5) precedendo as alterações motoras, avaliadas através dos testes de catalepsia e
movimentos orais. Os animais do grupo do G2, quando comparados aos do G1 (n = 10 por grupo), apresentaram
alterações motoras progressivas que iniciaram 24h após a terceira injeção em relação ao comportamento de catalepsia
(G1 = 3,8 ± 0,3s e G2 = 9,2 ± 0,7s) e 48h após a quarta injeção nos movimentos orais (tremor oral G1 = 24,2 ± 4,6s e G2 =
51,4 ± 3,1s; protrusão de língua G1 = 11,0 ± 5,1 e G2 = 36,2 ± 2,7). O movimento de queixo no vácuo apresentou
alterações somente 48h após a sexta injeção (G1 = 32,1 ± 5,5 e G2 = 55,8 ± 4,3). Ainda, o tratamento repetido com 6OHDA promoveu uma diminuição de aproximadamente 30 e 65% dos níveis de TH no estriado após a segunda injeção (n
= 5 por grupo) e 20 dias após o término do tratamento (n = 10 por grupo), respectivamente. Também foi observada
diminuição de neurônios TH+ (G1 = 86,3 ± 10,1 e G2 = 29,7 ± 6,4) na substância negra parte compacta 20 dias após a
sexta injeção.
Conclusão
O tratamento repetido com baixas doses de 6-OHDA i.c.v. apresentou alteração cognitiva precedendo as alterações
motoras progressivas, acompanhadas da diminuição dos níveis de TH e neurônios TH+, indicando uma possível aplicação
desse modelo no estudo da natureza progressiva da Doença de Parkinson.
FeSBE 2012
Resumo: 19.096
Carbonato de lítio reduz o rebote de sono paradoxal e previne o prejuízo de memória em ratos
privados de sono
1
Autores
OTA, S. 1, MOREIRA, K. M. 1, OLIVEIRA, M. G. M. 2,1, TIBA, P. A. 1, SUCHECKI, D. 1
Psicobiologia - UNIFESP, 2 Centro de Matemática, Computação e Cognição - UFABC
Apoio Financeiro:
AFIP, FAPESP
Resumo
Objetivos
A privação de sono paradoxal (PSP) é uma estratégia usada para demonstrar a importância dessa fase nos processos
mnemônicos. Por exemplo, a PSP por 96h antes do treino da tarefa de esquiva inibitória por múltiplas tentativas (EIMT)
causa prejuízo em sua aquisição e retenção, testada 24 h após. Curiosamente, a PSP por 96 h induz um rebote de sono
paradoxal (SP) e redução de sono de ondas lentas (SOL) nas 24 h subsequentes ao término da privação de sono. Nossa
hipótese foi de que esse aumento de SP e/ou diminuição de SOL prejudique a consolidação da memória no período entre o
treino e o teste de EIMT. Logo, nosso objetivo foi reverter o prejuízo de memória causado pelo rebote de sono paradoxal
através da administração de lítio, uma substância que reduz o tempo de SP.
Métodos
Foram utilizados ratos Wistar machos, com 3 meses de idade (300-400g). Metade dos animais foi privada de sono pelo
método modificado das plataformas múltiplas (grupo PSP) e a outra metade foi mantida nas gaiolas-moradia (Controle de
Gaiola- CG) por 96h. O carbonato de lítio foi dissolvido em salina 0,9% (veículo - VEI) nas doses de 50, 100 e 150 mg/kg e
administrado 2 h antes da tarefa, a esquiva inibitória por múltiplas tentativas, cujo treino ocorreu imediatamente após a
PSP. Na primeira etapa do estudo, avaliou-se o efeito do lítio sobre a memória dos animais PSP e CG (n=15
animais/grupo/dose). Na segunda etapa, observamos os efeitos da dose efetiva em reverter o prejuízo sobre a memória no
padrão de sono/vigília de animais submetidos às mesmas condições (n=6 animais/grupo/dose). Os experimentos foram
aprovados pelo comitê de ética em pesquisa da UNIFESP 0076/10.
Resultados
Os animais PSP necessitaram de mais tentativas para adquirir a tarefa do que CG (2,7 ± 0,8 e 2,1 ± 0,4; F(1,97)= 26,7; p <
0.01), e no dia do teste todos animais CG apresentaram maior latência de passagem do que animais privados, exceto pelo
grupo privado de sono que recebeu a dose de 150 mg/kg de lítio (CG+VEI = 153,0s ± 28,6s; PSP+VEI = 26,7s ± 9,5s; p <
0,01; PSP+Li 150 = 114,0s ± 20,2s ). Quanto ao sono, houve interação entre Grupo e Dose (F(1,20)= 5,52; p=0,03), em que
o grupo PSP+VEI apresentou a maior quantidade de SP na primeira hora de registro e o grupo PSP+Li foi igual aos grupos
CG (CG+VEI = 0,1% ± 3,8%; CG+Li = 1,7% ± 4,2%; PSP+ Li = 11,4% ± 3,8%; PSP+VEI = 27,7% ± 3,5%; p < 0,05). Além
disso, para o sono de transição também foi observada uma interação entre Grupo e Dose (F (1,20)= 4,72; p=0,04), sendo que
o grupo PSP+VEI despendeu mais tempo nessa fase que seu grupo controle e o grupo PSP+ Li não diferiu dos outros
grupos (CTL+VEI = 0,0% ± 0,7%; PSP+VEI = 2,6% ± 0,6%; p=0,04; CG+Li = 0,8% ± 0,7%; PSP+Li = 0,6% ± 0,7%).
Conclusão
O rebote de SP após o treino da tarefa de EIMT prejudicou a consolidação da memória, e esse prejuízo foi prevenido pela
administração da dose de lítio que diminui o rebote dessa fase de sono.
FeSBE 2012
Resumo: 19.097
Efeito da associação entre álcool e tabaco sobre parâmetros bioquímicos, consumo alimentar,
hídrico e variação de peso em ratos
2
CALETTI**, G. 1, WIECZOREK**, M. G. 1, QUINTEIROS*, D. 1, FERREIRA, C. 1, SILVA, J. 1,
Autores LACERDA**, D. D. S. 1, SCHNEIDER, R. 1,2, GOMEZ, R. 1 Dep Farmacologia - ICBS - UFRGS, 2
Dep Farmacologia - UFCSPA
Apoio Financeiro:
UFRGS,CAPES
Resumo
Objetivos
Estudos mostram que mais de 90% dos indivíduos dependentes de álcool são fumantes e que alcoolistas pesados fumam
mais do que indivíduos não alcoolistas. Embora se reconheça que o abuso do álcool e do tabaco, individualmente,
apresentem efeitos deletérios sobre a saúde, poucos estudos avaliam o efeito de sua associação em ratos. Nosso objetivo
foi avaliar o efeito da exposição crônica ao álcool e à fumaça do cigarro sobre alguns parâmetros bioquímicos, consumo
alimentar, hídrico e variação de peso em ratos.
Métodos
# CEUA-UFRGS: 19566. Ratos Wistar, machos, adultos (n=40) foram divididos em grupo E: administrado com solução de
etanol, 2g/kg (20% p/v), via oral, 2 vezes ao dia; grupo T: exposto à fumaça da queima de 6 cigarros, em câmara
apropriada, no intervalo de 2 h, 2 vezes ao dia; grupo ET: administrado com etanol, 2g/kg e expostos à fumaça de 6
cigarros, 2 vezes ao dia e grupo C: administrado com salina, 10 mL/kg, via oral, 2 vezes ao dia. Os ratos não expostos à
fumaça também eram alocados em câmaras com circulação de ar ambiente. Após 30 dias da administração do etanol e/ou
exposição à fumaça do cigarro os animais foram sacrificados por decapitação e o sangue troncular foi coletado para
determinação de colesterol total, HDL, LDL, glicose, triglicerídeos, aspartato aminotransferase (AST), alanina
aminotransferase (ALT) e cretinina. Variações de peso, consumo alimentar e hídrico também foram monitorados ao longo
do experimento. Para determinação da diferença entre os tratamentos (P < 0,05) foi utilizado ANOVA-1via, seguida do
teste de Bonferroni.
Resultados
Associação de álcool e tabaco aumentou a concentração de triglicerídeos (C: 103,5 ± 12,3; E: 140,3 ± 11,8; T: 73,7 ± 9,8 e
ET: 207,7 ± 26,5 mg/dL, P = 0,002) e da enzima AST (C: 116,7 ± 1,8; E: 108,3 ± 4,2; T: 122,0 ± 3,5 e ET: 132,0 ± 3,1
mg/dL, P = 0,004) no plasma dos ratos. Porém aumentou o HDL (C: 22,7 ± 0,9; E: 20,7 ± 1,2; T: 20,2 ± 0,4 e ET: 26,0 ± 1,4
mg/dL, P = 0,009). A associação também aumentou o consumo hídrico (C: 15,7 ± 2,9; E: 17,9 ± 2,9; T: 15,6 ± 4,1 e ET:
20,3 ± 2,8 mL/rato/dia, P < 0,001). Para o grupo E, o aumento do consumo hídrico foi observado apenas nas primeiras 2
semanas (P < 0,001). Os ratos dos grupos C, T e ET ganharam cerca de 30g de peso ao longo dos 30 dias, porém os do
grupo E ganharam o dobro de peso (P = 0,005). Conforme esperado, o consumo de ração diminui com o tempo de
tratamento, porém os ratos do grupo T ingeriam mais comida que os ratos do grupo E na 3ª semana de tratamento (C: 18,5
± 0,3; E: 17,8 ± 0,5; T: 20,0 ± 0,6 e ET: 19,3 ± 0,3 g/dia/rato, P = 0,012). Os demais parâmetros não foram alterados pela
associação entre álcool e tabaco.
Conclusão
Nossos resultados mostram que a administração diária de álcool (2g/kg) e exposição à fumaça de 6 cigarros, 2 vezes ao
dia, por 30 dias altera parâmetros como triglicerídeos e AST, dando indicações de aumento de risco cardiovascular e dano
hepático. Embora o aumento do consumo hídrico possa ser explicado, em parte, pela associação com álcool, observamos
que os ratos tratados com associação álcool e tabaco, continuaram bebendo mais água após a 3ª semana do inicio do
experimento. Mais estudos são necessários para esclarecer as consequências das alterações bioquímicas, bem como as
causas das variações de peso, consumo hídrico e alimentar pela associação álcool e tabaco.
FeSBE 2012
Resumo: 19.098
A ADMINISTRAÇÃO REPETIDA DE ATORVASTATINA A CAMUNDONGOS PROMOVE EFEITO
TIPO-ANTIDEPRESSIVO E PREVINE A TOXICIDADE GLUTAMATÉRGICA
1,2
Autores
LUDKA, F. K. 1, DAL-CIM, T. 1, CONSTANTINO, L. C. 1, BINDER, L. 1, RODRIGUES, A. L. S.
1
, TASCA, C. I. 1 Bioquímica - UFSC, 2 Farmácia - UnC
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPESC, INCT-IEN, IBN-Net/CNPq
Resumo
Objetivos
O sistema glutamatérgico está implicado tanto na patofisiologia quanto no tratamento de doenças neurodegenerativas e
neuropsiquiátricas como a depressão. A atorvastatina é um fármaco hipocolesterolemiante, cujo efeito neuroprotetor está
sendo demonstrado. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito tipo-antidepressivo e neuroprotetor frente à toxicidade
glutamatérgica proveniente da administração de atorvastatina a camundongos.
Métodos
Parecer do Protocolo 0559 - Comitê de Ética no Uso de Animais/Universidade Federal de Santa Catarina, aprovado em
06/05/2011. Camundongos Swiss machos adultos (50 g) foram tratados com salina, atorvastatina (0,1-30mg/kg, p.o.) ou
fluoxetina (10mg/kg, p.o) 1h ou 7 dias antes das análises comportamentais ou bioquímicas. Os animais foram mortos por
decapitação, hipocampos e córtex frontal foram dissecados e fatias foram obtidas (0,4 mm). As fatias foram submetidas a
um protocolo in vitro de toxicidade com glutamato (Glu) 10mM por 1h, seguido de 4h em meio de cultura. A viabilidade
celular foi avaliada pelo método de redução do MTT. A liberação de Glu foi avaliada pela incubação de fatias hipocampais
com Glu 10mM por 15’ e a adição de 0,33 μCi/ml de D-[3H] aspartato. As fatias foram lavadas com HBSS gelado,
incubadas por 15’ em HBSS e o sobrenadante foi coletado para mensurar a quantidade de D-[3H] aspartato liberado. A
análise comportamental consistiu em submeter os animais ao teste de suspensão pela cauda (TSC) seguido do Teste do
Campo Aberto (TCA). Os resultados foram analisados por ANOVA de uma ou duas vias, seguida do teste de Tukey.
Resultados
A administração aguda de atorvastatina (ator), assim como de fluoxetina (fluox), desencadeou efeito tipo-antidepressivo
(controle: 192,7 ± 3,3; ator: 141,67 ± 6,6, fluox: 139 ± 7,2, n=10; p < 0,05) no TSC, porém não preveniu da toxicidade
induzida por Glu nas fatias hipocampais (glu: 72,7±9,5; glu+Ator:76,9±12,8; glu+fluox:70,6±5,7; n=8) e corticais
(glu:71,4±16,0; glu+ator:72,6±18,2; glu+fluox:81,4±8,5; n=8). Em contrapartida, o tratamento repetido (7 dias) dos animais
com ator, assim como com fluox foi capaz de prevenir da toxicidade induzida por Glu nas fatias hipocampais (glu:74,7±7,8;
glu+ator:93,5±9,7; glu+fluox:102,7±9,8; n=7; p < 0,05), porém não nas corticais glu:76,4±10,7; glu+ator:85,2±4,9; glu+fluox:
86,0±11,1, n=7). O tratamento repetido também foi capaz de diminuir a liberação de glu (controle: 14,1±6,0; glu:30,3±12,0;
glu+ator:18,4±3,9; glu+fluox:21,3±5,9; n=10; p < 0,05). O efeito tipo-antidepressivo da ator também foi observado com o
tratamento repetido (controle: 194,7 ± 7,5 ator: 131,0 ± 9,9; fluox:122,0±7,8; n=9; p < 0,01). O número de cruzamentos no
TCA não foi alterado por nenhum dos tratamentos.
Conclusão
Atorvastatina apresenta efeito tipo-antidepressivo e neuroprotetor, assim como a fluoxetina, um antidepressivo clássico. O
efeito tipo-antidepressivo aparece tanto no tratamento agudo, como no repetido, no entanto o efeito neuroprotetor da
atorvastatina só foi observado após 7 dias de tratamento.
FeSBE 2012
Resumo: 19.099
MEMÓRIAS TRAUMÁTICAS: ESTRATÉGIAS PARA A ATENUAÇÃO DE SEU COMPONENTE
AVERSIVO
1
BOOS, F. Z. 1,2, ALVARES, L. D. O. 1,2, CASSINI, L. D. F. 1,2, CRESTANI, A. P. 1,2, DURAN, J. M.
1,2
, DUTRA, F. D. 1,2, HAUBRICH, J. 1,2, SANTOS, F. S. D. 1,2, ORDOÑEZ, R. A. S. 1,2, ZANONA,
Autores
Q. K. 1,2, QUILLFELDT, J. A. 1 Biofísica - UFRGS, 2 Instituto de Ciências Básicas da Saúde - PPG
Neuro
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq,
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/CAPES,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul/FAPERGS e
Financiadora de Estudos e Projetos/FINEP
Resumo
Objetivos
Durante a evocação, uma memória pode tornar-se lábil, precisando ser reconsolidada para persistir: durante essa janela de
vulnerabilidade, é possível modificá-la. Memórias muito fortes, como traumas, são mais resistentes à labilização e a
alterações. Nesse trabalho, desenvolvemos um modelo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) em ratos com o
objetivo de investigar a influência de ferramentas comportamentais e farmacológicas para possibilitar a labilização da
memória traumática para que a mesma possa ser atenuada através da inibição de sua reconsolidação.
Métodos
Neste trabalho, parte integrante do projeto número 20065 e aprovado pelo comitê de ética no uso de animais da UFRGS,
foram utilizados 41 ratos Wistar machos (60 dias, 270-320g) em um protocolo de TEPT, que consistiu em uma caixa com
dois compartimentos: um claro (seguro) e outro escuro (com choques). Cada animal permaneceu 2min no compartimento
seguro, podendo, então, passar imediatamente para o compartimento escuro e, ali, receber 20 choques de 1mA/s cada.
Sete dias depois, os ratos foram reexpostos ao compartimento claro durante 3min (reativação da memória) e divididos em
4 grupos [nome do grupo] conforme o tratamento: (a) administração de salina logo após a reativação [controle reativado,
n=10], (b) administração de Midazolam (3mg/Kg) i.p. logo após a reativação [MDZ, n=11], (c) exploração de campo aberto
(habituação) por 20min, 1h antes da reativação com administração de Midazolam logo após a reativação [hab+MDZ, n=10],
e (d) adição de uma novidade (essência de baunilha) ao contexto de reexposição com injeção de Midazolam
imediatamente depois da reativação [nov+MDZ, n=10]. Sete dias após a reativação, a resposta de medo dos animais foi
avaliada durante 4min no mesmo contexto (claro). Já havíamos demonstrado que o Midazolam pós-reativação era capaz
de inibir a reconsolidação.
Resultados
Não houve diferença na sessão de reativação da memória entre os grupos (F(3,37)= 1,536; P=0,22, ANOVA de uma via).
Na sessão de teste, porém, houve diferença significativa na resposta de medo entre os grupos (F(3,37)=3,504; P=0,024,
ANOVA de uma via), sendo que somente o grupo hab+MDZ apresentou uma diminuição na resposta de medo (P=0,007,
post hoc SNK) em relação ao grupo controle.
Conclusão
Acredita-se que a função biológica do processo de labilização-reconsolidação de uma memória seja a atualização da
mesma. A memória traumática apenas conseguiu ser labilizada e atenuada com a ação conjunta de uma estratégia
comportamental (exposição ao campo aberto antes da reativação no contexto idêntico) e farmacológica (administração de
Midazolam). Esses resultados sugerem que, mesmo uma memória traumática pode ser alterada através da
reconsolidação, desde que se utilize a estratégia adequada para a desestabilização da mesma.
FeSBE 2012
Resumo: 19.100
ESTUDO DO POTENCIAL NEUROPROTETOR DA GENISTEÍNA EM CÉLULAS NEURONIAIS EM
CULTIVO
1
Autores
PORTES, M. A. M. 1, OLIVEIRA, B. M. T. D. 1, SCHAMNE, M. G. 1, SOBREIRA, G. C. 1,
MIYOSHI, E. 1, FERRO, M. M. 1, FERRO, M. M. 1 Departamento de Farmácia - UEPG
Apoio Financeiro:
Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Resumo
Objetivos
Estudos anteriores demonstraram que as isoflavonas, como a genisteína, podem apresentar benefícios em determinados
tipos de câncer, no diabetes mellitus, na osteoporose, em doenças cardiovasculares, no alívio dos sintomas relacionados à
menopausa e, ainda, potencial efeito neuroprotetor em uma variedade de injúrias e regulação da expressão de genes
antioxidantes através da interação com receptores de estrógeno. Este estudo visou avaliar o efeito da genisteína, uma das
isoflavonas presentes em maior quantidade na soja, na viabilidade de células N2A expostas à neurotoxina 6hidróxidopamina (6-OHDA).
Métodos
Células N2A derivadas de neuroblastoma murino foram cultivadas em meio Dulbecco modificado (DMEM) suplementado
com 10% de soro fetal bovino e 1 ml de solução de penicilina 10000 U.I e estreptomicina 10 mg/ml, e mantidas em estufa a
37°C e 5% de CO2. As células foram semeadas em placas de 96 poços (100 µL/poço) na densidade de 5 x 104
células/mL. Após 24 horas o meio foi substituído por meio contendo dimetilsulfóxido (DMSO) 0,2% ou genisteína nas
concentrações de 0,01 µM, 0,1 µM, 1 µM e 10 µM. Após 24 horas, as células foram expostas à toxina 6-OHDA 100 µM
durante 15 minutos. Então, as células foram lavadas com meio novo e o meio contendo genisteína foi reposto. Vinte e
quatro horas após a exposição à 6-OHDA, a viabilidade celular foi avaliada pelo método do MTT.
Resultados
Não houve diferença entre a viabilidade das células entre os grupos genisteína (G0,01 93% ± 8; G0,1 117% ± 51; G1 87%
± 8; G10 88% ± 17) e o grupo controle (100%). Também não houve diferença entre os grupos 6-OHDA (50% ± 6) e os
grupos genisteína + 6-OHDA (G0,01 49,8% ± 3; G0,1 40,5% ± 2; G1 41,1% ± 1; G10 43,7% ± 5). Os dados representam
um experimento em quintuplicata.
Conclusão
A genisteína não demostrou efeito neuroprotetor, porém, não apresentou toxicidade. Estes dados são contrários a dados
na literatura que demostram seu efeito neuroprotetor em uma variedade de injúrias e na regulação da expressão de genes
antioxidantes. Esta diferença pode ser devida ao fato de termos testado em células de neuroblastoma diferentes dos
descritos.
FeSBE 2012
Resumo: 19.101
PAPEL DO SISTEMA OPIÓIDE NAS REAÇÕES DE FUGA ORIENTADA E NA ANTINOCICEPÇÃO
INDUZIDA PELO MEDO INATO EVOCADAS PELO BLOQUEIO DE RECEPTORES GABA-A NO
HIPOTÁLAMO MEDIAL DE Rattus norvegicus.
1
Autores
FISCHER, I. R. 1, BIAGIONI, A. F. 1, FREITAS, R. L. D. 1, COIMBRA, N. C. 1 Farmacologia. - USP
- FMRP
Apoio Financeiro:
FAPESP
Resumo
Objetivos
O objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito do antagonismo de receptores opioides sobre o padrão de respostas de
fuga e de antinocicepção induzidas pelo bloqueio de receptores GABAérgicos do tipo A no hipotálamo medial.
Métodos
Ratos Wistar foram anestesiados e submetidos a uma cirurgia estereotáxica para a implantação de uma cânula-guia (15
mm) 1mm acima da divisão dorsomedial do núcleo ventromedial do hipotálamo (HVMdm). Cinco dias após a cirurgia, os
animais foram habituados por três dias em uma arena quadrangular, munida com toca artificial, e com água e alimento ad
libitum. Foi feita uma linha de base para o teste de retirada de cauda, e o comportamento defensivo foi eliciado por meio da
microinjeção de bicuculina no HVMdm. Após a eliciação do comportamento de fuga, registros de latência de retirada de
cauda foram determinados durante os 120 min subsequentes. Os animais foram divididos nos seguintes grupos
experimentais: (a) pré-tratamento com salina fisiológica por via intraperitoneal (IP) e tratamento com salina fisiológica no
HVMdm (n=6); (b) pré-tratamento com injeção IP de salina fisiológica e tratamento com microinjeção de bicuculina
(40ng/200nl) no HVMdm (n=6); (c) pré-tratamento com injeção IP de antagonista opioide não-seletivo (naloxone, na dose
de 0,5mg/kg) seguido, após 15 min do tratamento do HVMdm com bicuculina (40ng/200nl) (n=5). Os dados referentes ao
comportamento de defesa foram submetidos a uma análise de variância (ANOVA) de uma via, seguida pelo teste post hoc
de Tukey ou de Newman-Keuls; os dados referentes ao registro do limiar nociceptivo forma submetidos à ANOVA de
medidas repetidas, seguida pelo teste post-hoc de Duncan. O protocolo experimental foi aprovado pela Comissão de Ética
em Experimentação Animal (CETEA) da FMRP-USP (processo 194/2010).
Resultados
O antagonismo de receptores GABA-A no HVMdm induziu um expressivo comportamento de defesa, expresso por
avaliação de risco, alerta defensivo, imobilidade defensiva, e fuga seja explosiva, seja orientada para a toca. Houve
diferenças estatisticamente significantes em relação ao grupo controle das seguintes respostas comportamentais
(representadas como média e erro padrão da média): duração de alerta defensivo (18±3s; p < 0,05), frequência de
avaliação de risco (32±3; p < 0,05), frequência de imobilidade defensiva (1,8±0,9; p < 0,01), frequência de fuga orientada
para a toca (27± 6; p < 0,05) e frequência de fuga explosiva (22±5; p < 0,05). O bloqueio de receptores opioides causou
diminuição estatisticamente significativa da frequência do comportamento de avaliação de risco (18±4; p < 0,05), na
frequência de fuga orientada (12±3; p < 0,05) e de fuga não orientada (23±4; p < 0,05). Houve também diminuição do
número de cruzamentos (20 ± 3; p < 0,001), do número e duração de levantamentos (frequência: 9±5; Tempo: 10±3,8s; p <
0,05 em ambos os casos) e do número de entradas na toca (7±1; p < 0,05). Houve 10 min de antinocicepção após o
comportamento de fuga (tempo zero: 4,2±0,1s; 10 min: 4,3±0,3s), que diminuiu aos 10 min (3,5±0,1s; p < 0,05), após o
bloqueio opioide.
Conclusão
Esses dados sugerem que as vias GABAérgicas inibem tonicamente neurônios do HM que organizam o comportamento de
defesa, os quais se encontram sob modulação opioide fásica. Respostas de fuga orientada são seguidas por
antinocicepção mediada pelo sistema opioide.
FeSBE 2012
Resumo: 19.102
Effect of acute treatment with a crude extract of Erythrina SJT-210109 on fear memory
1,4
OLIVEIRA, D. R. D. 3, RÊGO, G. M. 1, CERUTTI, J. M. 2, CAVALHEIRO, A. J. 4, CERUTTI, S.
M. 1 Biologia Estrutural e Funcional / Laboratório de Bases Genéticas dos Tumores da Tireóide Autores UNIFESP, 2 Qímica Orgânica / -Núcleo de Bioensaios, biossíntese e Ecofisiologia de Produtos
Naturais (NuBBe) - UNESP, 3 Departamento de Pesquisa da Embrapa Florestas - EMBRAPA, 4
Biologia e Química / Laboratório de Farmacologia Comportamental e Etnofarmacologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
FAPESP
Resumo
Objetivos
The genus Erythrina (Fabaceae) includes numerous species distributed in tropical and subtropical regions of the world. In
traditional medicine, decoctions and tinctures from the leaves of genus Erythrina, has long been used as a natural sedative
and anti-anxiety. The characterization and identification of metabolomics profile of the extract crude of the Erythrina (SJT211009) as well as the neuromodulatory effects on fear memory will help to understand this issue. In this sense, this work
evaluated the effects of crude extracts from the leaves of Erythrina (SJT-211009) on one trial step-down inhibitory
avoidance (IA).
Métodos
Rats were trained in IA in which they received 0.5 mA foot shock after stepping from a small platform to a grid, except the
learning control group (LCG). All animals were tested for retention of fear memory 24 h after training session according
treatment, adult male Wistar rats were assigned to seven groups (n=10/group), namely: LGC, Positive (4 mg.Kg-1
Diazepam and 600 mg.Kg-1 SyntoCalm) and negative (12%Tween 80) control groups and SJT-211009 (250,0 mg.Kg-1 and
500,0 mg.Kg-1) respectively. An LC-MS, NRM and DAD-HPLC technique speeded up dereplication was used to
identification, the compounds from SJT-211009 . CEUA 0819/10.
Resultados
Our data showed that the treatment with SJT-211009, in both doses, had improvement in acquisition of fear memory
(245.0±1.3 and 220.0 ±1.6; p < 0.001).
Conclusão
Further, the data from dereplication showed the more copious compounds from SJT-211009 belong to flavonoid category,
which could have direct relationship with pharmacologic properties of the extract.
FeSBE 2012
Resumo: 19.103
ESTUDO DOS EFEITOS NEUROFARMACOLÓGICOS E TOXICOLÓGICOS DO FITOL VISANDO O
PLANEJAMENTO DE NOVOS PSICOFÁRMACOS
1
Autores
COSTA, J.P. 1, COSTA, D.A. 1, NETO, J. D.N. 1, MORENO, L. C. G. E. A.I. 2, SOUSA, D.P. 1,
FREITAS, R.M. 1 Bioquímica e Farmacologia - UFPI, 2 Fisiologia - UFS
Apoio Financeiro:
CAPES, ao CNPq e à FAPEPI
Resumo
Objetivos
Avaliar as propriedades psicofarmacológicas do fitol e investigar seus efeitos toxicológicos.
Métodos
Os testes realizados foram: toxicidade aguda (determinação da dose letal 50% (DL50), parâmetros bioquímicos,
hematológicos e análises histopatológicas do hipocampo e corpo estriado), ansiolítico (campo aberto, rota rod, labirinto em
cruz elevado (plus maze) e claro-escuro) e anticonvulsivante (convulsões induzidas por pilocarpina). Foram utilizados
camundongos Swiss machos albinos (Mus musculus) com 2 meses de idade e peso variando entre 25 a 30 g. Utilizou-se 7
a 10 animais por grupo. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais da UFPI
(CEEA/UFPI nº 013/2011). Os resultados foram expressos como a média ± o erro padrão da média (E.P.M.) e analisados
estatisticamente utilizando o teste de Análise de Variância (ANOVA) com uma classificação (one-way), seguido do teste “t”
de Student-Newman-Keuls como post hoc teste, e os valores foram considerados significativos quando p < 0,05.
Resultados
O valor da DL50 foi de aproximadamente 1.153,39 mg kg-1. A administração aguda com as doses de 25, 50 e 75 mg kg-1
do fitol, não induziu modificações nos parâmetros hematológicos. Por sua vez, na maioria dos parâmetros bioquímicos
houve uma diminuição dos valores em todas as doses testadas. Quanto ao estudo histopatológico, apenas os animais
tratados com a dose de 75 mg kg-1 apresentaram uma discreta vacuolização no corpo estriado e hipocampo, em apenas
um dos animais. No teste de campo aberto, o fitol diminuiu o número de cruzamentos 25 (28,89 ± 1,65), 50 (29,78 ± 1,81) e
75 mg kg-1 (30,25 ± 1,88), rearing e grooming em todas as doses testadas. No teste do labirinto em cruz elevado, o fitol na
dose de 75 mg kg-1, aumentou o número de entradas (18,97 ± 0,47) e o tempo de permanência nos braços abertos (220,4
± 12,05). No teste do claro-escuro aumentou o tempo de permanência no campo claro, nas doses de 25 (111,2 ± 8,80), 50
(115,6 ± 11,26) e 75 mg kg-1 (173,8 ± 5,31), indicando um efeito ansiolítico. No teste do rota rod, houve uma modificação
na coordenação motora dos animais apenas na dose de 75 mg kg-1 (170,0 ± 3,72). Todos estes efeitos foram revertidos
pelo pré-tratamento com flumazenil, sugerindo que o fitol, possui atividades psicofarmacológicas incluindo atividades
sedativa e ansiolítica, que podem envolver os receptores benzodiazepínicos. Os resultados revelaram que o fitol, aumentou
a latência para a primeira convulsão 25 (19,10 ± 3,83), 50 (24,25 ± 5,17) e 75 mg kg-1 (27,50 ± 6,36) e diminuiu o número
de animais que convulsionaram e que apresentaram estado de mal epiléptico, bem como reduziu a taxa de mortalidade 25
(58%), 50 (67%) e 75 mg kg-1 (83%) em todas as doses testadas.
Conclusão
O tratamento agudo com fitol mostrou ausência de toxicidade aguda, apresentou ausência de alterações hematológicas,
bioquímicas e histopatológicas cerebrais. Este diterpenóide possui atividade psicofarmacológicas incluindo atividades
sedativas, ansiolíticas e anticonvulsivantes.
FeSBE 2012
Resumo: 19.104
DEVELOPMENT, CHARACTERIZATION AND ACUTE TOXICITY STUDIES OF LIPOSOMAL
FORMULATION CONTAINING A DIHYDROPYRIDINE
1
OLIVEIRA, G. Z. S. 2, MORENO, L. C. G. A. I. 1, MENDES, M. C. S. 1, SILVA, A. P. S. C. L. 2,
Autores MAGALHÃES, N. S. S. 1, FREITAS, R. M. 1, SANTOS, H. M. L. R. 1 Departamento de Bioquímica e
Farmacologia - UFPI, 2 Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami - UFPE
Apoio Financeiro:
CNPq e CAPES
Resumo
Objetivos
Increasing concentrations of intracellular Ca++ cause contraction of vascular muscle cells and the heart. In this context,
some drugs act by binding these channels in order to promote a competitive inhibition. Thus, the channel blockers of Ca++
act to reduce the excitability rate of the heart and promote vasodilation. An example of blockers is dihydropyridines group.
These molecules have a high lipophilicity and readily cross the blood brain barrier, remaining in the brain. It is known that a
more effective cerebral circulation leads to improvements in many diseases. However, in order to produce beneficial effects,
these drugs should be administered at high doses, causing several side effects. These disconforts can be minimized by
using liposomes, since they promote a controlled release of the drug, increasing its bioavailability and reducing its toxicity.
In this context, the objective of this work was to prepare, characterize and to study the toxicity of a preparation containing
conventional liposomal dihydropyridine.
Métodos
The formulation (LCNa) was produced using the method of hydration of the lipid film. Subsequently, we evaluated the acute
toxicity of the formulation in biochemical and hematological parameters in 28 adult male Swiss mice, with average weight of
25 + / - 5 g (n=7/ group), and to promote the observation of possible changes in body weight management, water and food
consumption and production excreta of animals. After their characterization, the formulation was administered in three
groups of seven adult male Swiss mice at doses of 0.1 (LCNa 0.1), 1.0 (LCNa 1) and 10 (LCNa 10) mg/kg. A fourth group
was given 0.9% saline solution (control group). The research project was approved by the ethics committee with the number
014/11.
Resultados
LCNa had particle size of 107.17 ± 1.53 nm, polydispersity index of 0.303 ± 0.002, zeta potential -5.32 ± 1.29 mV, pH 7.4,
drug content of 100 ± 0.21% and the encapsulation rate of 100 ± 0.21%. The biochemical and hematological parameters of
28 mice treated with LCNa showed no significant changes when compared to controls. In addition, no change in water
consumption and the production of feed and excreta of mice treated with the formulation or weight loss.
Conclusão
The results indicate that LCNa is suitable for testing in vivo and had a high content and encapsulation rate. The
intraperitoneal administration of the formulation at doses of 0.1, 1 and 10 mg / kg in Swiss mice proved to be safe.
FeSBE 2012
Resumo: 19.105
O neuroléptico atípico aripiprazol não produz aversão condicionada por lugar em
camundongos: implicações para a adesão ao tratamento
1
COSTA, J. M. 1, ARAMINI, T. F. 1, FUKUSHIRO, D. F. 1, HOLLAIS, A. W. 1, MÁRIAutores KAWAMOTO, E. 1, SAITO, L. P. 1, CECCON, L. M. B. 1, FRUSSA-FILHO, R. 1 Farmacologia UNIFESP
Apoio Financeiro:
: CAPES, FAPESP, CNPq, AFIP e FADA
Resumo
Objetivos
Objetivo: Os neurolépticos são drogas utilizadas para tratar a esquizofrenia. Há uma estreita relação entre a qualidade de
vida dos pacientes esquizofrênicos tratados com neurolépticos e a taxa de adesão ao tratamento. Uma maneira de avaliar
experimentalmente a adesão ao tratamento seria investigar as propriedades aversivas desses medicamentos, utilizando o
modelo de condicionamento por lugar. Nesse modelo, pistas ambientais são repetidamente pareadas ao estímulo de forma
que os animais passam a evitar estas pistas quando o estímulo tem propriedades aversivas (aversão condicionada por
lugar - ACL). Estudos prévios já demonstraram que o haloperidol (um neuroléptico típico que atua como antagonista de
receptores D2) promove ACL em camundongos, indicando que piores índices de adesão poderiam ser encontrados com o
uso desse neuroléptico típico. O objetivo deste estudo foi avaliar se o novo neuroléptico atípico aripiprazol (que atua como
um estabilizador da transmissão dopaminérgica) poderia induzir ACL em camundongos, pressupondo assim a taxa de
adesão ao tratamento com esse medicamento.
Métodos
Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição nº 0818/10. Sessenta camundongos suíços, machos e de 3 meses
de idade foram aleatoriamente alocados para 5 grupos (n = 12): VEÍC, ARI 0,1, ARI 0,5, ARI 1,0 e ARI 5,0. Os animais
foram submetidos ao procedimento de condicionamento por lugar em um aparelho que contém dois compartimentos
principais (um com paredes pretas e uma grade branca sobre o piso e um com paredes brancas e um tapete de borracha
preto sobre o piso). As sessões de condicionamento foram realizadas duas vezes ao dia, em intervalos de 6 horas, durante
4 dias. Os camundongos receberam uma injeção i.p. de veículo (VEÍC) ou uma das 4 doses de aripiprazol e, 5 min após,
foram confinados em um compartimento do aparelho durante 15 min (metade dos animais de cada grupo foi confinado no
compartimento branco e a outra metade no compartimento preto). Seis horas após, os animais receberam uma injeção i.p.
de veículo e foram confinados durante 15 min ao outro compartimento (diferente daquele em que tinham recebido
aripiprazol). Quatro sessões com a droga e 4 sessões com veículo foram realizadas. O grupo controle (VEÍC) recebeu
veículo durante todas as sessões. Vinte e quatro horas após a última sessão de condicionamento, os animais foram
submetidos, individualmente, à sessão teste, com livre acesso a ambos os compartimentos durante 15 min. Os dados
foram analisados utilizando-se o teste T para amostras pareadas.
Resultados
Como esperado, o grupo controle não apresentou diferenças significativas nos tempos de permanência nos
compartimentos branco ou preto do aparelho. Os grupos condicionados com as diferentes doses de aripiprazol também
não apresentaram diferenças nos tempos de permanência no compartimento pareado com a droga e no compartimento
não pareado com a droga [ARI 0,1: t(11) = 0,8; p=0,5; ARI 0,5: t(11) = 0,6; p=0,6; ARI 1,0: t(11) = 1,1; p=0,3; ARI 5,0: t(11)
= 0,6; p=0,6].
Conclusão
Conclusão: O aripiprazol não foi capaz de produzir aversão condicionada por lugar em camundongos, indicando que uma
FeSBE 2012
melhor adesão poderia ser obtida por pacientes tratados com neurolépticos de 3ª geração estabilizadores dopaminérgicos
como o aripiprazol.
FeSBE 2012
Resumo: 19.106
Análise de genes de expressão imediata após o condicionamento de medo ao som.
1
Autores
ANTONIO, B. B. 2, LEE, K. S. 3,1, FERREIRA, T. L. 1, OLIVEIRA, M. G. M. 1 Psicobiologia UNIFESP, 2 Bioquímica - UNIFESP, 3 Centro de Matemática, Computação e Cognição - UFABC
Apoio Financeiro:
FAPESP, CAPES, AFIP
Resumo
Objetivos
Diversos estudos sugerem a existência de múltiplos sistemas de memória, que interagem entre si, de forma competitiva ou
comparativa. Existem evidências de que os processos de aprendizagem e memória dependem da integridade do
hipocampo (HPC), estriado (EST) e córtex pre-frontal (CPF). No presente estudo, o HPC foi inativado com AP-5
(antagonista de receptos NMDA), a fim de se verificar a possível interação entre essas estruturas cerebrais, através da
análise dos genes de expressão imediata (IEGs) c-fos, egr-1 e arc no HPC, EST e CPF após o condicionamento de medo
ao som, uma tarefa que avalia a memória emocional.
Métodos
Esse estudo foi aprovado pelo CEP-UNIFESP, número 0926/08. Ratos Wistar (3 meses de idade) foram submetidos a
cirurgia estereotáxica para implatação de cânulas-guia no hipocampo dorsal (AP:-3,5 mm; ML: ±2,5mm; DV: -3,2mm, em
relação ao bregma). Todas as tarefas comportamentais foram realizadas após um período de recuperação de 10 dias. No
dia do treino, os ratos foram divididos em 3 grupos: controle de injeção; não-pareado (exposição ao contexto e ao som,
nenhum choque foi apresentado); pareado (5 pareamentos de som (60dB, 5s) e choque (0,6mA, 1s); intervalo entre os
pareamentos de 30s). Cada grupo recebeu AP-5 (2,5 μg/μl) ou salina antes do treino. Após 30 ou 90 minutos do treino, os
animais foram eutanasiados e o HPC, EST e CPF foram dissecados para análise da expressão de c-fos, egr-1 e arc pela
técnica de western blot. Para análise estatística, foi utilizada ANOVA de duas vias, com test post-hoc de Bonferroni,
quando necessário
Resultados
Para análise das estruturas EST, HPC e CPF pela técnica de western blot, foram utilizados anticorpos anticorpos
específicos (ABCAM). Os membranas de nitrocelulose foram analisadas pelo programa LI-COR (Oddisey). Cada banda de
gene de expressão imediata era relativizada com sua banda de controle endógeno (beta-actina). O resultado dessa razão
foi utilizados para comparação estatística. Após 30 minutos do treino, A ANOVA mostrou que não houve diferença para cfos (Sal-SEM: 1,2 ± 0,2; AP5-SEM: 1,3 ± 0,3; Sal-SOM: 1,2 ± 0,2; AP5-SOM: 1,0 ± 0,1; Sal-PAREAM: 1,5 ± 0,1; AP5PAREAM: 1,1 ± 0,1) (F(2, 18)=0,60875, p=0,5549). Quando a proteína arc foi analisada por western blot, também não
observamos diferença (Sal-SEM: 1,2 ± 0,3; AP5-SEM: 0,9 ± 0,1; Sal-SOM: 0,9 ± 0,1; AP5-SOM: 0,8 ± 0,3; Sal-PAREAM:
0,8 ± 0,2; AP5-PAREAM: 0,6 ± 0,1) (F(2,18)= 0,26087, p=0,7732). Em relação a egr-1, houve diferença de expressão nos
animais dos grupos SOM e PAREAM em relação aos animais do grupo controle (Sal-SEM: 0,9 ± 0,1; AP5-SEM: 0,8 ± 0,04;
Sal-SOM: 0,7 ± 0,03; AP5-SOM: 0,5 ± 0,04; Sal-PAREAM: 0,6 ± 0,1; AP5-PAREAM: 0,7 ± 0,1) (F(2,24)=4,1252, p=0,0289).
Conclusão
Quando o condicionamento de medo ao som fosse realizado e o hipocampo estivesse inativado com AP-5, era de se
esperar que a participação contextual fosse menor; assim, a participação do estriado nesse tipo de condicionamento
poderia ser melhor estudada. Dessa maneira, se o estriado estivesse relacionado com as fases iniciais de aprendizagem
do condicionamento de medo ao som, era esperado que essa estrutura tivesse plasticidade neuronal, como um aumento
na expressão dos genes relacionados a memória, como c-fos, egr1 e arc. No entanto, os nossos dados sugerem que a
administração de AP-5 no hipocampo não interfere com a expressão proteica de c-fos, egr1 e arc no estriado, já que os
grupos de animais que receberam AP-5 são iguais aos seus grupos controles que receberam salina. Além disso, os dados
mostram que os grupos SOM e PAREAM apresentam uma menor expressão relativa de egr-1 quando comparado aos
animais SEM. O sistema dopaminérgico no estriado pode estar inibido quando o animal é apresentado a um novo
FeSBE 2012
ambiente, levando dessa maneira a uma menor expressão nesse gene.
FeSBE 2012
Resumo: 19.107
DIAZEPAM EFFECTS ON AVERSIVE MEMORY ARE INFLUENCED BY THE SEX AND ESTROUS
CYCLE FACTORS
1
Autores
SILVA, A. F. 1, SOUSA, D. S. 1, IZÍDIO, G. S. 1, MEDEIROS, A. M. 1, LEÃO, A. H. F. F. 1,
MACÊDO, P. T. 1, RIBEIRO, A. M. 1, SILVA, R. H. 1 Fisiologia - UFRN
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN.
Resumo
Objetivos
Studies in rodents suggest that sex and estrous cycle can influence memory and anxiety. Although anxiety disorders are
more prevalent in women, few animal studies investigating anxiety use female subjects. Then, we assessed the anxiolytic
effects of the diazepam (DZP) in male and female rats tested in the plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT). This
task concomitantly evaluates aversive memory (by discrimination of aversive and non-aversive enclosed arms) and anxiety
(by open arms exploration).
Métodos
We used three-month old male and female Wistar rats (n = 5-8/sex/treatment/estrous phase). Estrous cycle was monitored
by vaginal smears and only females with two regular cycles were used. Animals were administrated i.p. thirty minutes prior
to training session with saline (SAL), 1mg/kg, 2mg/kg or 4mg/kg DZP. The females were assigned to groups according to
the estrous cycle phase (proestrous = P; estrous = E; metestrous/diestrous = MD). Data from females in metestrous and in
diestrous were considered together for analysis due to behavioral and hormonal similarities. Thirty minutes after the
treatment, animals were submitted to the training session in the PMDAT performed in a modified plus-maze with two opens
arms (OA), one aversive enclosed arm (light and noise while upon entrance of the animal - AV) and one non-aversive
enclosed arm (NAV). The test session was performed 24h later, without pharmacological treatment. Memory was evaluated
by comparison between the time (s) spent in AV and NAV in the test session (by paired-samples t-test) and anxiety was
evaluated by percent time spent in the OA in the training session (analyzed by ANOVA and Duncan´s test). All procedures
were approved by the local ethical committee (CEUA/UFRN protocol number 018/2010).
Resultados
Memory - Paired-samples t-tests revealed significant differences between the two arm types in the test session for males
(SAL: 51.3 and 422.4s; DZP 1mg/kg: 133.8 and 292.8s; DZP 2mg/kg: 153.2 and 310.5s; for AV and NAV, respectively, p <
0.05). Males treated with 4 mg/kg DZP did not discriminate the arms (AV: 205.3s, NAV: 197.1s, p > 0.05). Discrimination
between the two enclosed arms was also demonstrated by all the female groups treated with SAL (E: 122.0 and 363.8s,
MD: 85.6 and 399.9s and P: 136.8 and 353.6s, for AV and NAV, respectively; p < 0.05). Similar to males, DZP 4mg/kg
induced retention deficits in all cycle phases (E: 154.5 and 312.3s, P: 243.9 and 212.3s, and M/D: 170.9 and 264.7s, for AV
and NAV, respectively, p > 0.05). On the other hand, treatment with DZP 2mg/kg (ineffective in males) induced lack of
discrimination between the arms in E (182.5 and 228.1s, p > 0.05) and M/D (188.6 and 265.9s, p > 0.05), but not in P (114.5
and 341.5s, p < 0.05) females. Anxiety - in the training session, DZP 2 and 4mg/kg promoted increased OA exploration
(anxiolytic effect) in all female groups regardless cycle phase (SAL: 17.8, DZP 2mg/kg: 26.7 and DZP 4mg/kg: 35.1%, p <
0.05) while in males only the highest dose (DZP 4mg/kg) induced an anxiolytic effect (SAL: 14.4 and DZP 4 mg/kg: 58.1%,
p < 0.05).
Conclusão
Diazepam induced retention deficits and anxiolytic effects in males and females in different dose ranges, suggesting gender
is relevant for the DZP effects on memory and anxiety. Additionally, the effects of diazepam on PMDAT performance vary
across the estrous cycle, suggesting a possible role of female hormones levels in this modulation.
FeSBE 2012
Resumo: 19.108
STUDIES OF ACTIVITY ANXIOLYTIC OF A LIPOSOMAL FORMULATION CONTAINING A DRUG
OF THE DIHYDROPYRIDINE GROUP (LCNA)
1,2
MORENO, L. C. G. E. A. I. 2, OLIVEIRA, G. Z. D. S. D. 2, COSTA, D. A. 2, COSTA, J. P. 2,
Autores FREITAS, R. M. D. 1, MAGALHÃES, N. S. S. 2, SANTOS, H. M. L. R. 1 Postgraduation Program in
Pharmaceutical Sciences - UFPE, 2 Postgraduation Program in Pharmaceutical Sciences - UFPI
Apoio Financeiro:
CAPES
Resumo
Objetivos
Anxiety is an emotional state naturally found in human existence, however it can also become a pathological picture when
there is so disproportionate to the event that the cause or when there is no apparent reason for their installation. The
administration of some selectives antagonists of calcium channels in the L-type here been widely investigated in the
treatment of many brain disorders. However, oral administration of this drugs are limited by their low aqueous solubility and
high first pass liver metabolism, which results in decreased bioavailability. This problem can be solved by the use of
nanometer-scale pharmaceutical carriers. The objective the present study was to develop a liposomal formulation
containing a vasodilator belonging to dihydropyridines class (LCNa) as well as to evaluated its anxiolytic potential.
Métodos
CEEA / UFPI N° 014/11. The preparation (LCNa) was produced by using soybean phosphatidylcholine lipids and
cholesterol by the method of forming lipid film followed by sonication. The characterization was performed using specific
techniques of quality control for determination of physicochemical parameters. After their characterization, the formulation
was administered in three groups of seven adult male Swiss mice weighing approximately 30 g, at doses of 0.1, 1.0 and 10
mg/kg. A fourth group was given 0.9% saline solution (control group) and a fifth received diazepam at a dose of 2 mg / kg
(positive control). After 30 min from administration, its anxiolytic effects were tested in three animal models of anxiety (openfield test, light and dark and elevated plus maze). Animal models of anxiety are applied to promote the evaluation of
anxiolytic or anxiogenic compounds, as well as identification of their mechanisms of action and study of the neurobiology of
disease.
Resultados
LCNa showed particle size of 121.93 ± 0.60 nm, polydispersity 0.297 ± 0.02, zeta potential -5.32 ± 1.29, pH 7.3, and yield
rate drug content of 100%. The test results indicate that administration of liposomal formulation containing a dihydropyridine
drug has no sedative or muscle relaxant in animals, since they did not reduce the number of crossings(LCNa 0.1: 70.14,
LCNa 1: 67.71 and LCNa 10: 97.86) and did not significantly alter the number of rearings(LCNa 0.1: 12.43, LCNa 1:7.0 and
LCNa 10: 5.57) and groomings (LCNa 0.1: 7.60,LCNa 1: 3.57 and LCNa 10: 6.80). The increased persistence of LCNa
groups in bright field (LCNa 0.1: 119,5 seconds,LCNa 1: 145,4 seconds and LCNa 10: 139,3 seconds) as well as the
increase in the number of entries (LCNa 0.1: 15.97 ± 0.57, LCNa 1: 16.47 ± 0.62 and LCNa 10: 14.69 ± 0.78 ), percentage
of entries (LCNa 0.1: 76.20 ± 2.36a, LCNa 1: 79.07 ± 2.72 and LCNa 10: 70.53 ± 3.35), length of stay (LCNa 0.1: 194.3 ±
5.32 , LCNa 1: 205.5 ± 7.81 and LCNa 10: 202.3 ± 4.76) and percentage of time (LCNa 0.1: 64.89 ± 2.43 , LCNa 1: 68.28 ±
3.21 and LCNa 10: 64.15 ± 2.19) in the open arms also suggest a possible decrease in anxiety levels of the animals treated
with the formulation, confirming the results observed in open-field test.
Conclusão
In conclusion we can say that the administration of liposomal formulation containing nimodipine (LCNa) did not produce
sedation and muscle relaxation in mice and showed anxiolytic activity.
FeSBE 2012
Resumo: 19.109
The Roman strains and the NIH-heterogeneous stock rats: comparing grooming behavior in the
home-cage and in its time course in response to novelty
1
ESTANISLAU, C. 2, DÍAZ-MORÁN, S. 2, CAÑETE, T. 2, BLÁZQUEZ, G. 2, TOBEÑA, A. 2,
Autores FERNÁNDEZ-TERUEL, A. 1 Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento - UEL,
2
Departament de Psiquiatria i de Medicina Legal - UAB
Apoio Financeiro:
MICINN (PSI2009-10532), “Fundació La Maratò TV3” (ref. 092630),
2009SGR-0051, CNPq (proc. 201456/2011-7)
Resumo
Objetivos
Grooming behavior comprises some acts directed to the skin/fur which curiously increase in response to novelty and other
stressors. Links between grooming response and stress have been reported for decades, however, this behavior is
frequently neglected in studies which investigate anxiety. Further, in works in which rat behavioral elements of anxiety were
investigated (for instance, by factor analyses), grooming was not found to be within them. As grooming is suggested as
being involved in dearousal, the test duration can be an important factor in finding useful information in grooming data. In
the present work, grooming was investigated in lengthy sessions in three rat strains with distinct emotional behavior. The
selective breeding of Roman high- (RHA) and low-avoidance (RLA) rats for rapid vs extremely poor acquisition of active
avoidance behavior in a shuttle-box has generated two phenotypes with different emotional profiles, the former being
characterized by novelty-seeking and the last by anxiety/stress.
Métodos
Here, adult male rats from these strains (RLA: n=9, RHA: n=10) were compared with rats from a heterogeneous stock (HS:
n=12) which was established in the 1980s in NIH and is descended from eight inbred progenitors. Rats were tested in a
round open-field (diameter, 83 cm) for 30 min. Two weeks later, their awake activity in the home-cage (rats were pair
housed) was recorded for 30 min. The ethical aspects were approved in the institution (PM12/01). Effects were explored
through ANOVAs followed by Duncan’s test.
Resultados
While locomotion showed significant differences between the Roman strains only during the 1st 5 minutes (Crossings: RLA,
58±9; RHA, 73±10) and the time in the center did not show differences, grooming activity distinguished the strains as
follows: The RHA strain groomed shorter than the RLA in 3 (RHA - 2nd, 3rd, and 5th blocks: 22±4, 34±6, 23±7s; RLA - 2nd,
3rd, and 5th blocks: 68±15, 77±16, 66±11s) out of the 6 5-min time blocks. The HS values were similar to those of the RLA
strain. The RLA (1.9±0.4) and the HS (1.4±0.3) strains showed peaks of presentations of cephalocaudal stereotyped chains
during the 2nd 5-min block, the RHA (0.8±0.2) strain did not present a similar increase. The RLA (2nd, 3rd, 4th, and 5th
blocks: 6.1±0.9, 5.9±0.5, 5.6±0.9, 4.9±0.6) strain showed greater numbers of interruptions per min of grooming than the
RHA strain in 3 (2nd, 3rd, and 5th blocks: 3.6±0.9, 3.7±0.8, 2.2±0.8) and the HS in 4 time blocks (2nd, 3rd, 4th, and 5th
blocks: 3.6±0.7, 2.3±0.6, 2.6±0.6, 1.2±0.4). In the session as a whole, the tendency of cephalocaudal sequencing of
grooming patterns was more disturbed in the RLA (% non cephalocaudal transitions: 50.0±2.0%) than in the RHA
(41.2±2.4%), the HS (46.5±1.5%) showing in-between values. By contrast, in none of these measures were found
differences when the rats were observed in the home-cage.
Conclusão
The results indicate: (1) grooming measures can be useful in phenotyping strains with different emotional profile; (2) in
longer sessions there appear differences in grooming activity which would not be clear in a 5-min long session; (3) the
absence of differences in the home-cage strengthen the notion that novelty induced grooming is related to the anxiety/stress
induced by the challenges of a potentially risky environment.
FeSBE 2012
Resumo: 19.110
O agonista CB1 exógeno, CP55.940, infundido no Hipocampo e no Córtex Infralímbico de ratos
modula negativamente a reconsolidação de memória aversiva ao contexto
2,3
ZANONA, Q. K. 2,3, SANTANA, F. 2,3, DE OLIVEIRA ALVARES, L. 2,3, SIERRA, R. O. 2,3,
CASSINI, L. F. 2,3, CRESTANI, A. P. 3, BOOS, F. Z. 2,3, DURAN, J. M. 2,3, HAUBRICH, J. 2,3,
Autores
DUTRA, F. D. 2,3, QUILLFELDT, J. A. 2 PPG Neurociências - ICBS, UFRGS, 3 Biofísica - IB,
UFRGS
Apoio Financeiro:
FINEP, CAPES, CNPQ, FAPERGS e IFS
Resumo
Objetivos
A evocação pode induzir a desestabilização da memória, necessitando a mesma ser reconsolidada para persistir.
Evidências anteriores sugerem que o receptor CB1 está envolvido com a labilização e posterior reconsolidação da
memória: o agonista anandamida pouco seletivo, que é facilitador pós-treino no hipocampo foi amnéstico pós-reativação. O
objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da microinfusão do agonista CB1 CP55.940 no hipocampo dorsal ou no córtex
infralímbico especificamente sobre o processo da reconsolidação da memória (que não é o mesmo que extinção).
Métodos
Ratos Wistar machos adultos (270 e 320 g) foram treinados na tarefa de condicionamento aversivo ao contexto (2 choques
0,7mA/2s). Após 48h, os animais passaram por uma sessão de reativação da memória por 3min, tendo sido infundidos
bilateralmente no hipocampo (Ns=6 a 8) ou no córtex infralímbico (Ns=8 a 10) com veículo ou CP55,940 (5µg/µl) 15min
após a sessão reativação. Depois de 24h (teste I) e 7 dias (teste II) registrou-se o % de tempo de congelamento dos
animais durante 4min. A análise estatística utilizada foi ANOVA de uma via com teste post hoc de Tukey para um nível de
significância de 0,05. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética de Uso de Animais da UFRGS (projeto No. 17.862).
Resultados
No hipocampo dorsal houve diferença significativa na sessão de teste I (P=0,026) entre os grupos droga (17,4% ± 5,2) e
controle (45,8% ± 5,0; Tukey P=0,020), o mesmo se dando no teste II (P=0,039) entre os grupos droga (9,4% ± 3,8) e
controle (42,0% ± 6,7; Tukey P=0,050). A infusão do CP55,940 no córtex infra-límbico apresentou diferença significativa na
sessão de teste I (P=0,003), entre os grupos droga (18,7% ± 4,5) e controle (50,4% ± 7,3; P=0,020), e também no teste II
(P=0,002), entre os grupos droga (12,7% ± 3,0) e controle (42,5% ± 8,0; P =0,003).
Conclusão
A ativação dos receptores CB1 pelo agonista CB1 CP55.940, tanto no córtex infralímbico, quanto no hipocampo dorsal,
promoveu um claro efeito amnéstico na reconsolidação da memória desta tarefa aversiva. O efeito difere daquele obtido
em nosso laboratório anteriormente, quando a anandamida intrahipocampal facilitou a memória da esquiva inibitória, porém
a anandamida se liga a muitos alvos farmacológicos - é muito inespecífica para receptores CB1 - e o estudo envolvia uma
tarefa aversiva distinta. Por outro lado, enquanto a anandamida é um agonista CB1 endógeno que opera em baixas
concentrações fisiológicas, a CP55.940 é um agonista artificial (exógeno) que afeta o sistema independente de quais sejam
os níveis locais dos endocanabinóides. Levando em consideração esses aspectos, a infusão de CP55.940 nestas duas
estruturas foi capaz de modificar um traço de memória recém-reativado que se encontrava lábil devido ao processo de
reconsolidação, que sabemos ser iniciado após uma reexposição ao contexto com essa exata duração de 3 minutos
(Neuroscience. 154(4); 1648, 2008), um achado totalmente novo, especialmente com relação a esta região do neocórtex.
Por fim, mostrou-se que tal modificação é duradoura, já que persistiu até pelo menos 7 dias após a reativação.
FeSBE 2012
Resumo: 19.111
ALTERATIONS OF DOPAMINERGIC ACTIVITY IN AN ANIMAL MODEL FOR ATTENTION
DEFICIT/HYPERACTIVITY DISORDER (AD/HD): NEUROCHEMICAL CHANGES INDUCED BY
CHRONIC USE OF METHYLPHENIDATE.
1
PEREIRA, M. S. 1, VENTURA, A. L. 2, MANHAES, A. C. 2, FRAGA-MARQUES, M.C. 2,
Autores FILGUEIRAS, C. C. 2, ABREU-VILLAÇA, Y. 1, KUBRUSLY, R. C. C. 1 FISIOLOGIA E
FARMACOLOGIA - UFF, 2 IBRAG - UERJ
Apoio Financeiro:
FAPERJ, CNPq, Pronex, INCT
Resumo
Objetivos
In order to evaluate chronical effects induced by methylphenidate (MPD) in Spontaneously Hypertensive Rats (SHR), an
animal model to AD/HD, during adolescence and adult life, we measured DAT activity, cAMP levels and membrane protein
expression after 30 days of MPD exposition.
Métodos
Wistar (W) and SHR rats in P25 were administrated daily with a single dose of MPD (2,5mg/kg/oral) for 30 days. Control
group received vehicle during this time. At P56 (24 hours after last dose) and P65 (10 days of abstinence), animals were
euthanasiated and their prefrontal cortex (PC) was dissected. P65 animals (abstinence) could also receive a single dose of
cocaine (10mg/Kg/i.p.) before euthanasia. Dopamine transporter activity was evaluated by [³H]-Dopamine uptake. Samples
were incubated for 1h in 1ml of Minimum Essential Medium (MEM) containing 1µCi [³H]-Dopamine buffered to pH 7.4 with
20mM HEPES at 37°C. To measure cAMP levels in saline and MPD groups, samples were dissected and incubated with a
phosphodiesterase inhibitor (IBMX 500µM; 1h). The reaction was stopped with trichloroacetic acid (final concentration 10%)
and cAMP accumulation was assayed. D1 receptor expression in cell membrane was evaluated using established protocol
for [³H]-SCH 23390 binding assay, where PC cells were disrupted, followed by centrifugation at 27,000 x g, for 30 min. The
resulting membrane pellet was resuspended in binding buffer. Samples were incubated with increasing concentrations of
[³H]-SCH 23390 in a final volume of 0.2 mL. SCH 23390 was added at the final concentration of 5 µM to determine
nonspecific binding. The results were analyzed using t test for comparison between two groups and one-way ANOVA
followed by Bonferroni post-test for three or more groups. Results were expressed as mean ±SEM. Statistical significance
was achieved when p < 0.05. Protocol number of Ethical Comittee Approval: 00134/09
Resultados
[³H]-Dopamine uptake is reduced in SHR control group compared to W control group in PC (182.3 ± 8.397 vs. 107.4 ± 9.082
; fmol/mg/h, n=6); the same reduction occurs in cAMP levels (43.23 ± 8.465 vs. 9.214 ± 0.6937; pmol/mg/h, n=6).
[³H]Dopamine uptake during acute treatment with MPD in P56 was reduced (52.67 ± 11.20 vs. 107.4 ± 9.082 fmol/mg/h, n =
6). After 10 days of abstinence to MPD, [³H]-Dopamine uptake levels are similar in PC for W and SHR (182.3 ± 8.397 vs.
177.3 ± 19.55; fmol/mg/h, n=6). cAMP levels were not altered during chronic treatment with MPD (22.98 ± 2.460 vs. 24.60 ±
3.946; pmol/mg/h, n=6); however, they are enhanced in SHR animals with 10 days of abstinence (8.827 ± 0.6738 vs. 16.38
± 1.204, pmol/mg/h, n=6), and parcially blocked by D1 receptor antagonist SCH23390 (16.38 ± 1.204 vs. 10.35 ± 0.6500,
pmol/mg/h, n=6). D1R expression was reduced in SHR during chronic treatment with MPD (205.9 ± 1.850 vs. 167.0 ± 5.900;
fmol/mg/h, n=6) and significantly enhanced after 10 days of abstinence (289.8 ± 21.35 vs. 454.4 ± 3.100; fmol/mg/h, n=6).
When SHR animals in abstinence to saline received a single dose of cocaine (10mg/Kg/i.p.), there was no difference in
dopamine uptake levels (14.95 ± 1.929 vs. 10.11 ± 0.7158; fmol/mg/h, n=6); however, SHR in abstinence of MPD showed a
significativaly reduction in these levels (41.78 ± 5.068 vs. 15.57 ± 1.631; fmol/mg/h, n=6).
Conclusão
FeSBE 2012
Abstinence of chronic exposure to MPD during adolescence results in neurochemical changes of dopaminergic circuitry
during adult life that might contribute to addiction to psychostimulants.
FeSBE 2012
Resumo: 19.112
INFLUÊNCIA DOS HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS NA RESISTÊNCIA À INSULINA, NA
GLICEMIA E NO CONSUMO ALIMENTAR DE RATAS
1
GELAIN, M. S. 1, SOUZA**, M. F. D. 1, BISOGNIN**, K. M. 1, FREESE, L. 1, PEREIRA, N. D. S.
Autores C. 1, NIN, M. S. 1, BOITA, Y. A. 1,2, GOMEZ, R. 1, CALETTI, G. 1, BARROS, H. M. T. 1 Ciências
Básicas da Saúde - UFCSPA, 2 Instituto de Ciências Básicas da Saúde - UFRGS
Apoio Financeiro:
UFCSPA, CAPES e CNPq
Resumo
Objetivos
Estudos demonstram que os hormônios sexuais femininos, em níveis aumentados artificialmente, estão envolvidos no
desenvolvimento da resistência à insulina, no aumento da glicemia e, conseqüentemente, na etiologia do diabetes mellitus.
Os esteróides gonadais também influenciam na ingestão alimentar em indivíduos do sexo feminino. Assim, o presente
estudo teve como objetivo avaliar a influência do progestogênio e do estrogênio, de forma isolada e combinada, sobre o
consumo alimentar e sobre a ação da insulina na glicemia de ratas.
Métodos
Foram utilizadas 44 ratas (n=11/grupo) Wistar fêmeas adultas (200-250g), com idades entre dois e três meses. Os animais
receberam pré-tratamento com diferentes hormônios sexuais femininos por seis dias. As ratas foram divididas em quatro
grupos, de acordo com o hormônio recebido: combinado – etinilestradiol 0,05mg + levonorgestrel 0,25mg (EE+LE),
progestógeno isolado – noretindrona 0,35mg (NE), estrógeno isolado – dietilestilbestrol 0,5mg/kg (DE) e óleo de milho
(CTR) pela via subcutânea (s.c.). No dia do experimento, os animais tiveram sua glicemia capilar basal analisada e, em
seguida, receberam insulina regular na dose de 5UI via s.c. Após, foram alocadas em gaiolas metabólicas contendo pellets
de ração pré-pesados, sendo retiradas após 15 minutos e avaliado o peso do alimento não consumido. Decorridos 20
minutos, nova determinação de glicemia capilar foi realizada. A resistência à insulina foi avaliada pela diferença entre os
níveis glicêmicos basais e níveis após a administração de insulina. Os dados foram analisados pelo programa Sigma Stat
3.0, utilizando ANOVA 2 Vias, seguido pelo Teste de Tukey. Consideramos diferença estatisticamente significativa se P <
0,05. Código da aprovação no Comitê de Ética de Experimentação Animal/UFCSPA: 1034/10.
Resultados
Não houve diferença na média de glicemia basal entre os grupos (P=0,49). Houve uma tendência de diminuição da
glicemia após administração de insulina nas ratas tratadas com hormônios (variação glicêmica basal subtraída da variação
após insulina: EE+LE 18,9&plusmn6,9; NE 22,5&plusmn11,1; DE 20,7&plusmn6,8 mg/dL) em relação ao controle
(10,6&plusmn15,0 mg/dL) (P = 0,059). Comparando os diferentes grupos, observou-se que os animais tratados com
EE+LE tiveram menor consumo de ração (0,27&plusmn0,65g) em relação aos tratados com NE (1,60&plusmn0,97g; P =
0,043) e DE (1,62&plusmn0,59g; P = 0,036).
Conclusão
Os resultados mostram que houve uma tendência ao aumento da sensibilidade à insulina nos ratos tratados com
hormônios, exceto quando combinados. O uso de anticoncepcional combinado reduz o consumo alimentar em relação ao
controle, a progestógenos e a estrógenos isolados e parece induzir resistência à insulina.
FeSBE 2012
Resumo: 19.113
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANSIOLÍTICO DE UM DERIVADO SINTÉTICO: A CIANO-CARVONA.
1
COSTA, D. A. 1, OLIVEIRA, G. A. L. D. 1, COSTA, J. P. 1, MORENO, L. C. G. E. A. I. 2, SOUSA,
Autores D. P. D. 1, FREITAS, R. M. D. 1 BIOQUIMICA E FARMACOLOGIA - UFPI, 2 Química de Produtos
Naturais e Sintéticos Bioativos - UFS
Apoio Financeiro:
CNPq
Resumo
Objetivos
Como alternativa para produção de novos fármacos, modificações estruturais podem ser propostas em um processo de
biotransformação de compostos orgânicos para a obtenção de uma grande diversidade de moléculas, havendo assim, um
aumento da perspectiva de novos fitomedicamentos. A ciano-carvona foi obtida a partir da substância R-(-)-carvona, um
monoterpeno análogo a vários compostos monoterpênicos como o limoneno, mentol, mentona, pulegona e
hidroxidihidrocarvona. Atualmente, a ansiedade é considerada a mais comum desordem psiquiátrica afetando entre 10 a
30% da população em geral (SEO et al., 2007). É uma doença debilitante que prejudica a qualidade de vida do indivíduo,
tornando-se um grave problema de saúde pública. Esse estudo teve por objetivo avaliar o potencial ansiolítico da cianocarvona, um derivado monoterpênico sintético da carvona.
Métodos
Os testes realizados foram: campo aberto, rota rod e labirinto em cruz elevado (plus maze). Foram utilizados camundongos
Swiss, machos albinos ,com 2 meses de idade e peso entre 25 e 30 g. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Experimentação com Animais, da Universidade Federal do Piauí (CEEA/UFPI nº 016/2011). Utilizou-se a ciano-carvona
nas doses de 25, 50 e 75 mg kg-1 , por via oral. Os resultados foram expressos como a média ± erro padrão da média
(E.P.M.) e analisados, estatisticamente, utilizando o teste da Análise de Variância (ANOVA) com uma classificação (oneway), seguido do teste “t” de Student-Newman-Keuls como post hoc teste, e os valores foram considerados significativos
quando p < 0,05.
Resultados
A ciano-carvona promoveu uma diminuição no número de cruzamentos nas doses de 25 (40,60 ± 9,61), 50 (42,60 ± 4,55) e
75 mg kg-1 (49,33 ± 5,01) quando comparado ao controle (88,86 ± 3,09; p < 0,001), como também promoveu uma
diminuição no número de rearings nas doses de 25 (6.80 ± 0.86), 50 (6.00 ± 0.70) e 75 mg kg-1 (5.00 ± 1.88) quando
comparado ao controle (35.38 ± 2.71), não havendo alteração no número de groomings em todas as doses testadas. Para
avaliação de efeito ansiolítico foi utilizado o teste labirinto em cruz elevado, padrão para análise de drogas ansiolíticas.
Com relação aos efeitos da ciano-carvona sobre a porcentagem de entradas nos braços abertos, na maior dose testada
(75 mg kg-1), houve um aumento significativo de 33,05%, quando comparado ao grupo controle. Ao revés, não houve
alteração significativa na porcentagem de entradas nos braços abertos nas menores doses (25 e 50 mg kg-1), quando
comparado ao grupo controle. Os efeitos sobre a exploração dos braços abertos, após o tratamento com a ciano-carvona
na maior dose, sugerem um possível efeito ansiolítico sobre o SNC. No teste do rota rod, em nenhuma das doses testadas
(25 mg kg-1: TP = 174,1 ± 3,19 s; 50 mg kg-1: TP = 174,9 ± 3,68 s; 75 mg kg-1: TP = 174,7 ± 1,66 s) houve alteração do
TP (tempo de permanência) em segundos (s) sobre a barra giratória, sugerindo que a ciano-carvona não provoca
mudanças na atividade locomotora dos animais, quando comparado ao grupo controle (TP = 175,3 ± 1,29 s; p > 0,05).
Conclusão
Este estudo sugere um possível efeito ansiolítico para a ciano-carvona, um derivado monoterpênico sintético da carvona.
Outros estudos devem ser realizados para melhor esclarecimento da atividade ansiolítica e mecanismos de ação da
substância.
FeSBE 2012
Resumo: 19.114
ESTÍMULO COGNITIVO EM AMBIENTE ENRIQUECIDO ALTERA A DISTRIBUIÇÃO E TAMANHO
DE PLACAS SENIS EM UM MODELO TRANSGÊNICO PARA DOENÇA DE ALZHEIMER (DA).
1
BALTHAZAR, J. 1, SCHOWE, N. M. 3, MONTEIRO, KC 3, CAETANO, A. L. 3, BUCK, H. S. 2,1,
Autores VIEL, T. A. 1 Farmacologia - ICB - USP, 2 Disciplina Fundamentos Biológicos - EACH-USP, 3
Ciências Fisiológicas - FCMSC-SP
Apoio Financeiro:
FAPESP, CAPES
Resumo
Objetivos
Em trabalho anterior foi mostrado que camundongos transgênicos para DA (PDGFB-APPSwInd), submetidos a ambiente
enriquecido (AE) por 4 meses, apresentaram melhora da memória relacionada à estímulo aversivo, quando comparados
com animais semelhantes não estimulados, sem apresentarem alteração da densidade de terminais sinápticos. O objetivo
desse trabalho foi avaliar a densidade e distribuição de placas senis no hipocampo desses animais.
Métodos
Registro sob nº 013, fls. 99, livro 2 (CEUA-USP). Camundongos transgênicos machos que superexpressam a proteína
precursora de amilóide, PDGFB - APPSwInd, machos, 30-40g, foram mantidos em ambiente enriquecido (TG-AE), dos 3
aos 7 meses de idade. Animais semelhantes foram mantidos em caixas regulares, como controle do experimento (TG-Ctrl).
Após o tempo de estimulação, os animais foram mortos por decapitação e os cérebros, congelados (-80ºC). Cortes
histológicos (20 micrometros) foram obtidos em criostato (-20 a -22ºC). As placas de β-amilóide foram identificadas por
coloração vermelho Congo e a densidade avaliada por análise digital em equipamento MCID. Foram analisadas a
densidade total de placas no hipocampo dos animais e a distribuição das mesmas em três diferentes porções da área
hipocampal, divididas segundo a localização ântero-posterior: -1,06 a -1,94 mm (porção 1), -2,06 a -2,92 mm (porção 2) e 3,08 a -3,88 mm (porção 3) em relação ao bregma. Os dados foram analisados por teste t de Student, dentro de cada
porção. Os valores foram considerados significativos quando P < 0,05.
Resultados
A submissão dos animais a ambiente enriquecido não alterou a densidade total das placas (TG-Ctrl: 13,0 ± 2,8 placas/
corte; TG-AE: 10,9 ± 2,9 placas/corte).Na análise da distribuição das mesmas foi verificada uma redução significativa de
48,39% na densidade de placas de animais TG-AE, na porção 1 do hipocampo, quando comparados com os animais
controles (15,50 ± 4,52 placas). Nas outras porções, o número de placas verificadas por corte histológico foi semelhante
{(porção 2: TG-Ctrl 15,00 ± 4,53 placas; TG-AE 18,75 ± 7,39 placas)(porção 3: TG-Ctrl 4,00 ± 1,00 placas; TG-AE 6,00 ±
1,73 placas)}. Adicionalmente, foi observado que as placas senis em cérebros de animais mantidos em ambiente
enriquecido apresentaram tamanho visualmente menor que as placas de amostras de animais controles.
Conclusão
Já havia sido verificada a manutenção da memória relacionada a estímulo aversivo nesse modelo transgênico, promovida
pela estimulação em ambiente enriquecido. A porção 1, descrita nesse trabalho, corresponde à área dorsal do hipocampo
que está envolvida com o processamento das funções cognitivas. A redução do número de placas nessa área, nos animais
TG-AE, sugere que o AE promoveu neuroproteção levando à melhora da memória.
FeSBE 2012
Resumo: 19.115
Administração pré-natal de POLI:IC em camundongos acelera o reforço causado pela
anfetamina na prole
1
Autores
BORÇOI, A. R. 1, WUO-SILVA, R. 1, HOLLAIS, A. W. 1, SANTOS, R. 1,2, FRUSSA-FILHO, R. 1
Farmacologia - UNIFESP, 2 Psicobiologia - UNIFESP
Apoio Financeiro:
FAPESP, CNPq, CAPES e FIPE
Resumo
Objetivos
Complicações obstétricas como infecções no período pré-natal, podem levar a alterações no desenvolvimento cerebral e
no comportamento na fase adulta. O objetivo do presente estudo foi investigar se a administração pré-natal de POLI: IC
modifica o reforço pela anfetamina (2,5 mg/Kg) na prole adulta, através do modelo de preferência condicionada por lugar.
Métodos
Cinco camundongos Swiss fêmeas receberam POLI:IC (Ácido poli-inosínico poli-citidílico sal potássio) i.p no nono dia de
prenhez (5 mg/kg). Da prole adulta (90 dias), vinte camundongos machos foram remanejados ao grupo POLI IC. Da
mesma forma, vinte machos, cujas mães receberam injeção pré-natal de solução salina i.p, formaram o grupo CTRL. Nas
sessões de condicionamento, todos os animais receberam injeções de salina (POLI IC-SAL e CTRL-SAL) ou anfetamina
(POLI IC-ANF e CTRL-ANF) intraperitoneal e, 20 minutos depois, confinados a um dos compartimentos do aparato de
preferência condicionada por lugar durante 10 minutos (n=10). O pareamento do tratamento e compartimento foi realizado
de forma ''unbiased''. Vinte quatro horas após o último dia de condicionamento,foi permitido aos animais livre acesso a
ambos os compartimentos do paradigma de preferência condicionada por lugar durante 15 minutos. A análise estatística foi
realizada através da análise de variância (ANOVA) de uma via, seguida do teste de Tukey e o teste t independente e
pareado. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Todos os experimentos foram aprovados pelo
comitê de ética em pesquisa da instituição pelo número 0164-12.
Resultados
O teste de T pareado evidenciou que os animais do grupo POLI IC-ANF permaneceram mais tempo no compartimento
pareado à anfetamina (364 ± 69s) em relação ao compartimento pareado à salina (273 ± 48s). Não foi desenvolvida a
preferência entre os grupos CTRL-SAL (317 ± 84; 334 ± 64), POLI IC-SAL (290 ± 59; 297 ± 51) e CTRL-ANF (288 ± 66;
324 ± 66). A ANOVA de uma via seguida pelo post hoc de Tukey, evidenciou diferença estatisticamente significante entre o
score da diferença do tempo no ambiente pareado e não pareado do grupo POLI:IC-ANF (91 ± 72) em relação ao grupo
CTRL-ANF (-35 ± 112) e POLI IC-SAL (-7 ± 73), indicando que houve preferência condicionada por lugar pelo grupo POLI
IC-ANF (F= 5,03).
Conclusão
O tempo de administração de anfetamina no grupo CTRL-ANF não foi suficiente para promover a preferência condicionada
por lugar na dose utilizada. Entretanto, a administração pré-natal de POLI-IC foi capaz de acelerar a preferência
condicionada por lugar provocada pela mesma dose de anfetamina.
FeSBE 2012
Resumo: 19.116
Tarefa de esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado com ratos de diferentes idades e
sexos de uma população derivada das linhagens isogênicas Lewis e SHR.
1
Autores
CAMPÊLO, C. L. C. 1, SILVA, A. F. 1, SANTOS, J. R. 1, LEÃO, A. H. F. F. 1, CUNHA, J. A. S. 1,
RIBEIRO, A. M. 1, SILVA, R. H. 1, IZÍDIO, G. S. 1 Fisiologia - UFRN
Apoio Financeiro:
CNPQ, CAPES.
Resumo
Objetivos
Diferenças relacionadas à idade e ao sexo têm sido muito estudadas em humanos e em modelos animais de memória. Em
geral, mostra-se melhor aprendizado em tarefas espaciais por machos e melhor desempenho em tarefas emocionais para
fêmeas. Este estudo avaliou o desempenho de machos e fêmeas de várias idades, provenientes do intercruzamento
(geração F2) das linhagens isogênicas de ratos Lewis e SHR (spontaneously hypertensive rats), no teste de esquiva
discriminativa em labirinto em cruz elevado (EDL), uma tarefa de memória aversiva.
Métodos
Foram utilizados ratos F2 (23 machos e 32 fêmeas) com 1 (n=20), 2 (n=20) ou 9 (n=15) meses de idade. Os procedimentos
foram aprovados pela comissão de ética no uso de animais – CEUA/UFRN (Protocolo nº 040/2011). A EDL consiste em um
labirinto em cruz contendo dois braços fechados em oposição a dois braços abertos. Sobre um dos braços fechados (braço
aversivo) são colocadas uma lâmpada de 100W e uma caixa de som (80dB). Durante a sessão de treino, o animal é
colocado no centro do labirinto, e cada vez que entra no braço aversivo o experimentador aciona o estímulo aversivo (ruído
e luz), até que o animal deixe o braço. Após 24 h, na sessão de teste, os animais podem explorar livremente o labirinto
sem que nenhum estímulo seja aplicado. Ambas as sessões tiveram duração de 10 min, durante os quais foram avaliados
parâmetros de atividade motora (distância total percorrida (m) - DT), memória (porcentagem de tempo no braço aversivo %TAV) e níveis de ansiedade (porcentagem de tempo nos braços abertos - %TBA). A geração F2, utilizada no estudo,
apresenta uma variabilidade genética mais restrita em relação a linhagem convencionais, o que diminui a variabilidade
comportamental. Os resultados obtidos foram expressos em média ± erro padrão, e foram considerados significativos os
resultados com o valor de p < 0,05 após as análises por ANOVA de duas vias (idade e sexo) seguida do teste de Duncan.
Resultados
Na sessão de treino, houve efeito significativo da idade nas seguintes variáveis: 1-DT: os animais de 9 meses se
locomovem menos (21,28±1,75m) quando comparados com os animais de 2 meses (23,05±1,75m); 2-%TAV: animais de 9
meses (13,6±2,0%) apresentam maior exploração que os animais de 1 (2,06±0,33%) e 2 (4,89±0,75%) meses; 3 -%TBA:
animais de 2 meses apresentam maior exploração (41,13±2,82%) em comparação aos animais de 1 mês (25,17±3,64%). A
análise para o fator sexo demonstrou que fêmeas apresentam maior %TAV (8,10±1,45%) quando comparadas aos machos
(4,08±0,7%). Para a sessão de teste observamos um efeito do fator idade para a DT (1 mês:10,54±1,1m; 2 meses:
23,38±1,65m; 9 meses: 18,75±1,52m). Para a %TAV, os animais de 9 meses apresentam maior exploração (46,0±3,76%)
quando comparados com animais mais jovens (1 mês: 22,40±9,04%, 2 meses: 18,67±3,66%). Para a %TBA, animais de 1
mês apresentam maior porcentagem (81,82±6,64%) em relação a animais de 2 meses (35,15±6,02%) e 9 meses
(31±9,4%). Ainda no teste, para o fator sexo, fêmeas (20,03±1,41m) se locomoveram mais do que os machos
(13,87±4,87m) e também apresentam maior %TAV (32,92±4,87%) quando comparadas aos machos (13,37±4,87%).
Conclusão
Nossos resultados demonstram que a idade dos animais machos e fêmeas da geração F2 influenciou o desempenho
comportamental na LCEM, pois animais de nove meses mostram um pior desempenho na aprendizagem da tarefa e
também na evocação da memória aversiva em comparação com animais mais jovens. Além disso, fêmeas de 9 meses
apresentaram prejuízos de evocação em relação aos machos da mesma idade. Ainda, animais de quatro semanas
mostraram menor exploração dos braços abertos, revelando uma menor ansiedade nesta tarefa comportamental. Cabe
ressaltar, que os animais utilizados neste estudo foram obtidos do cruzamento de duas linhagens isogênicas o que pode
FeSBE 2012
promover alterações fisiológicas sendo que estas podem estar correlacionadas com as alterações comportamentais
observadas.
FeSBE 2012
Resumo: 19.117
A extinção de uma memória aversiva ao contexto é sensível à infusão do agonista CB1 exógeno
CP55,940 no Córtex Infralímbico, mas não no hipocampo dorsal de ratos
1
DURAN, J. M. 1, SANTANA, F. 1, DEOLIVEIRA, L. A. 1, ZANONA, Q. K. 1, SIERRA, R. O. 1,
Autores CASSINI, L. F. 1, CRESTANI, A. P. 1, BOOS, F. Z. 1, HAUBRICH, J. 1, DUTRA, F. D. 1,
QUILLFELDT, J. A. 1 Biofísica - UFRGS
Apoio Financeiro:
FINEP, CAPES, CNPQ, FAPERGS e IFS.
Resumo
Objetivos
O sistema endocanabinóide tem um papel modulador retrógrado sobre a atividade neural excitatória e inibitória no sistema
nervoso central e periférico. Os receptores canabinóides CB1 têm uma alta concentração em áreas importantes na
modulação da memória, como no hipocampo - responsável pelo componente contextual, e no córtex infralímbico, envolvido
na manutenção da extinção. Em trabalho anterior de nosso grupo demonstramos o envolvimento do sistema
endocanabinóide na modulação da extinção (De Oliveira Alvares et al., 2008). O objetivo deste trabalho foi estudar os
efeitos da microinfusão do agonista do receptor CB1 - CP55,940 - no hipocampo dorsal ou no córtex infralímbico sobre
processo de extinção de uma memória aversiva
Métodos
Foram utilizados 57 ratos Wistar machos adultos com idade igual ou superior a 60 dias (pesos entre 250 e 350 g). Os
animais foram canulados bilateralmente no hipocampo dorsal ou no córtex infralímbico e treinados na tarefa de
condicionamento aversivo ao contexto (2 choques 0,7mA/2s). Após 48h, os animais passaram por uma sessão de
reativação da memória de longa duração (30min), apropriada para desencadear a extinção de memórias previamente
aprendidas. 15min após essa reexposição, os animais foram infundidos bilateralmente no hipocampo ou no córtex
infralímbico com veículo ou CP55,940 (5µg/µl). Testes foram realizados 24h (teste I) e 7 dias (teste II) depois, registrandose o % de tempo de congelamento dos animais durante 4min. A análise estatística utilizada foi ANOVA de uma via com
teste post hoc de Tukey para um nível de significância de 0,05. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética de Uso de Animais
da UFRGS (projeto No. 17.862).
Resultados
No hipocampo dorsal não houve diferença significativa na sessão de teste I (F(2,27)= 0,021; P=0,591) entre os grupos
droga (15%±6, n=10) e controle (11%±3, n=9), o mesmo tendo se verificado no teste II (P=0,618). Já no córtex infra-límbico
a infusão do CP55,940 apresentou diferença significativa na sessão de teste I (F(2,26)=; P=0,000), entre os grupos droga
(44%±6, n=10) e controle (18%±5, n=9, Tukey P < 0,001), mas não no teste II (F(2,18)= 0,463; P=0,637), entre os grupos
droga (39%±6) e controle (34%±7).
Conclusão
A ativação exógena dos receptores CB1 pelo CP55,940 no córtex infralímbico, mas não na área CA1 do hipocampo dorsal,
foi capaz de inibir a extinção dessa memória aversiva contextual num teste feito 1 dia após a reativação, mas o efeito foi
temporário, não se estendendo ao 7o dia. Esse efeito disruptor corrobora a conhecida participação dessa região cortical na
modulação da extinção, porém sugere um papel menos duradouro das ações do subsistema CB1, pelo menos sob a ação
de um agente artificial exógeno como a CP55.940, que age independentemente dos níveis locais de endocanabinóides.
Em trabalhos anteriores de nosso grupo, encontramos um efeito facilitatório da anadamida intrahipocampal em baixas
concentrações, porém a tarefa era diferente (esquiva inibitória) e este lipídio, um ligante muito inespecífico. Assim, a
CP55,940 tem um perfil de ação farmacológico bem diferente do da anandamida, porém ficou demonstrada a participação
da modulação canabinóide do córtex infralímbico dessa tarefa comportamental
FeSBE 2012
Resumo: 19.118
Efeito de doador de óxido nítrico em modelo de esquizofrenia.
1
Autores
LIMA, I. D. A. F. 1, OLIVEIRA, J. P. M. D. 1, RACHETTI, V. D. P. S. 1, ANDRÉ, E. 1, GAVIOLI, E.
C. 1, LOBÃO, B. 1, SOARES, B. L. 1 Departamento de Biofísica e Farmacologia - UFRN
Apoio Financeiro:
PPG em Psicobiologia - UFRN / CNPQ
Resumo
Objetivos
Verificar o efeito do nitroprussiato de sódio (NPS) no comportamento locomotor de um modelo animal de esquizofrenia
induzido por ação aguda de uma dose sub-anestésica de ketamina (antagonista NMDA). As injeções em roedores de
ketamina em dose sub-anestésicas induzem a um estado de hiperlocomoção e comportamentos estereotipados
compatíveis com um modelo de esquizofrenia.
Métodos
Ratos Wistar (39 machos;250-350g) foram submetidos a diferentes tratamentos. Grupos de animais receberam uma
injeção de ketamina (30 mg/kg; grupo 1; n=8) ou NPS (2mg/kg;grupo 2;n=5 e 4 mg/kg;grupo 3;n=7) ou salina 0.9% (grupo 4
ou grupo controle salina;n=8) e foram avaliados no campo aberto (distância percorrida durante 30 min). Outros grupos de
animais receberam uma injeção de NPS 2 mg/kg (grupo 7;n=5) ou 4 mg/kg (grupo 5;n=5 e grupo 6;n=7) e 12 horas (grupo
5) ou 24 horas (grupo 6 e grupo 7) após, receberam uma injeção de ketamina (30 mg/kg) e foram em seguida avaliados no
mesmo teste. Os grupos foram comparados entre si com testes ANOVA seguidos do pos-hoc de Tukey, considerando p <
0,05. Os animais utilizados nesse estudo foram tratados de acordo com a lei brasileira para o uso de animais em pesquisas
(Lei nº 11.794) e aprovada pela comissão de ética no uso de animais - CEUA (Protocolo nº 037/2011).
Resultados
As comparações revelaram que o comportamento hiperlocomotor induzido por doses sub-anestésicas de ketamina é
atenuado quando os animais são tratados previamente com NPS 4,0mg/kg 12h (grupo 5;média = 64,05;DP = 31,01) ou 24h
(grupo 6;média = 76,13;DP = 28,77) antes (p < 0,01 e p = 0,025 respectivamente) quando comparados com a variância
apresentada pelos animais do grupo 1 (DP = 63,83), em que os animais foram tratados apenas com ketamina (30mg/kg).
Conclusão
A administração de NPS mostrou atenuar o efeito hiperlocomotor em um modelo animal de esquizofrenia, mesmo quando
o referido modelo foi induzido 24 horas após o tratamento com NPS. Esse dado sugere que as drogas que tem como alvo
o sistema glutamato/óxido nítrico podem representar novas alternativas para o tratamento de alguns sintomas da
esquizofrenia.
FeSBE 2012
Resumo: 19.119
Long-term cholecystokinin treatment boosts stereotyped behavior in amphetamine-sensitized
rats
1
Autores
SANZOVO, P. S. 1, SILVA, H. R. 1, GOMES, A. M. S. 1, SANTOS, L. C. 1, RESTIVO, F. C. F. 1,
LOPES, C. 1, TIEPPO, C. A. 1 Departamento de Ciências Fisiológicas - FCMSCSP
Apoio Financeiro:
FAPESP 2010/11588-0
Resumo
Objetivos
The cholecystokinin(CCK)-induced modulation of behavior expressions related to dopaminergic stimulation revealed that
CCK effects depends on the drug used to elicit the stereotyped behavior. In our lab, the acute CCK icv administration
increased the stereotyped behavior expression induced by amphetamine (AMPH). Our goal was to evaluate the long-term
CCK ip treatment effects on the stereotyped behavior expression in rats submitted to an AMPH behavioral sensitization
protocol.
Métodos
Fifty-eight young male Wistar rats of approximately 280 g were divided in two groups and submitted to a seven-day AMPH
treatment (n=29; 10 mg/kg; ip) or saline (n=29). Simultaneously, the animals received, twice a day, CCK4 (12 nmol/kg; ip),
CCK8S (12 nmol/kg; ip) or saline. It was followed by a seven-day abstinence period. On the 8th day of the abstinence
period, all animals received AMPH (10 mg/kg; ip) and the stereotypy was evaluated by Setler’s score scale (10 s were
observed in every 10 min, during 60 min) as follows: 0 – asleep or still; 1 - active; 2 – predominantly active but with bursts of
stereotyped sniffing and rearing; 3 – constant stereotyped activity, but with locomotor activity still present; 4 – constant
stereotyped activity maintained at one location; 5 - constant stereotyped activity with bursts of licking and/or gnawing and
biting; 6 – continual licking of cage grids, and by Fray’s method, which measures the occurrence of stereotyped sniffing,
licking or biting of cage grids in each observation. Regarding Setler scores, the variance was analyzed by Mann Whitney U
test. The amount of data generated according to Fray’s method was plotted in contingency tables and was analyzed using
Fisher's Exact Test. Animal Experimentation Ethics Committee protocol number: CEUA 011/09.
Resultados
AMPH-treated animals presented an enhanced stereotypy expression when compared to saline-treated ones, according to
both Setler and Fray methods. A significantly enhanced stereotyped behavior expression was observed in AMPH-sensitized
rats that were treated with CCK4 and CCK8S, considering the licking behavior on the 30th min (AMPH-CCK4: 90% vs 44%,
p=0.05) (AMPH-CCK8S: 90% vs 44%, p=0.05) and on the 40th min (AMPH-CCK4: 90% vs 44%, p=0.05), when compared
to rats submitted to the AMPH-Saline treatment. Setler scores were not statistically significant.
Conclusão
The AMPH treatment protocol was able to induce sensitization to AMPH. The long-term treatment with the CCKergic
agonists promoted an enhanced AMPH-sensitization, revealing a potential role of the CCKergic system in the genesis or the
upkeep of the neuroplasticity phenomenon, since no other treatment but AMPH itself was given in the day that the
sensitization to AMPH was tested. Thus, the stereotyped behavior expression boost is likely due to the peptides treatment
only. It reveals the importance of a broader understanding of CCK modulation of the dopaminergic plasticity for the
treatment of dopamine-related disorders, such as addiction and impulsivity. Financial Support: FAPESP 2010/11588-0.
FeSBE 2012
Resumo: 19.120
ATIVAÇÃO DO RECEPTOR NMDA INDUZ EFEITO ANSIOGÊNICO MEDIADO PELO SISTEMA
NITRÉRGICO EM Danio rerio
1
BRASIL, A. ** 1, MAXIMINO, C. ** 2, BARBOSA, A. ** 2, FIM-PEREIRA, A. 2, WOLKERS, C.
C. B. ** 2, ALVES, F. L. 3, IDE, L. M. 2, HOFFMANN, A. 1, OLIVEIRA, K. R. M. 1, BATISTA, E. J.
Autores
O. 1, HERCULANO, A. M. 1 Laboratório de Neuroendocrinologia - UFPA, 2 Departamento de
fisiologia - USP, 3 Departamento de Ciências Naturais - UFSJ
Apoio Financeiro:
Capes, CNPQ, UFPA
Objetivos
Diversos trabalhos demonstram que o Danio rerio pode ser utilizado como um importante modelo comportamental e
farmacológico para estudo do comportamento tipo ansiedade. Da mesma forma, estudos revelam que a ativação de
receptores ionotrópicos de glutamato do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA) reconhecidamente aumenta a síntese do óxido
nítrico no sistema nervoso central. Embora reconhecido que óxido nítrico (NO) pode ser um mediador do efeito
comportamental aversivo induzido pelo glutamato, nenhum trabalho demonstra a possível relação da ativação nitrérgica via
NMDA com transtornos de ansiedade em Danio rerio. Nesse contexto, objetivamos avaliar os efeitos da ativação de
receptores NMDA no comportamento de ansiedade e a ação do sistema nitrérgico neste processo em Danio rerio adultos.
Métodos
Número da aprovação do presente projeto no comitê de ética em experimentação animal (cepaebio021-11). Foram
utilizados 24 peixes de 6 meses de idade pesando 0,5±0,1g, divididos em quatro grupos de seis animais cada: VEÍCULO (1
μl de solução de Ringer para teleósteos); NMDA (0,1 μl de N-metil-D-aspartato NMDA] (200 μM); L -NOARG: recebeu 0,1
μl inibidor da óxido nítrico sintase,Lω-nitro-arginina [L-NOARG] (100 μM); NMDA + L-NOARG: recebeu 0,1 μl de NMDA
(200 μM) e 0,1 µl L-NOARG (100 µM). Os peixes foram anestesiados por imersão em solução tamponada gaseificada de
tricaina metanossulfonato (MS222 0,2g/L, pH7,0) e, posteriormente, fixados em um dispositivo estereotáxico para peixes.
As drogas ou veículo foram microinjetados por injeção intracerebroventricular através de um segmento de uma agulha
Mizzy (OD 0,3 mm) conectada a uma microsseringa Hamilton de 2 μL a um tubo de polietileno PI10. A microinjeção foi feita
na superfície dorsal do ventrículo do telencéfalo na região da linha média por estimativa do ponto interorbital. Os animais
foram submetidos ao teste de preferência claro-escuro dez minutos após a injeção. Os parâmetros foram: tempo no
compartimento branco; velocidade angular; distância da parede e imobilidade. O número de entradas no compartimento
branco e a distância percorrida neste mesmo compartimento foram analisados para avaliar a locomoção e excluir qualquer
influência locomotora nas outras variáveis. A análise estatística foi realizada utilizando avaliação das médias e EP por
ANOVA de uma via com pós-teste Tukey. Foram aceitos como estatisticamente significativos valores de p < 0,05.
Resultados
Não houve diferença estatística entre a atividade de locomoção dos grupos (número de entradas no compartimento
branco,p=0,83; distância percorrida no compartimento branco, p=0,65). O grupo NMDA passou menos tempo no lado
branco (2,03±0,77min) e apresentou maior velocidade angular (2605,83±182,67 º⁄s) do que o VEÍCULO (23,93±3,43min e
1711,33±161,28º⁄s, respectivamente). Enquanto que o grupo NMDA + L-NOARG (34,12±9,23min e 1720,81±342,39º⁄s,
respectivamente) manteve os níveis do VEÍCULO nos dois parâmetros. O L-NOARG não alterou o tempo no
compartimento branco (37,92±9,24min) em relação ao VEÍCULO. O tempo imóvel no grupo NMDA (126,98±55,03min) foi
maior do que o L-NOARG (5,44±5,24min), mas não diferiram do VEÍCULO (12,5±4,94min). Quanto à distância da parede,
o NMDA (1,16±0,21cm) foi menor que NMDA + L-NOARG (2,71±0,34cm) e ambos não apresentaram diferença com
relação ao VEÍCULO (2,27±0,31cm).
Conclusão
A ativação do receptor NMDA produz um claro efeito ansiogênico que é mediado pelo sistema nitrérgico. APOIO
FeSBE 2012
FINANCEIRO: CNPq, UFPA, CAPES.
FeSBE 2012
Resumo: 19.121
RAPID ESTROGEN SIGNALING VIA GPER-1 ACTIVATES MEK, ERK-1/2 AND P38-MAPK, BUT
NOT AKT, IN PRIMARY CORTICAL CULTURES
1
Autores
LOPES, D. C. F. 1, DUQUE, E. A. 1, NOVAES, L. S. 1, SCAVONE, C. 1, MUNHOZ, C. D. 1
Farmacologia - USP
Apoio Financeiro:
FAPESP, CNPq e CAPES.
Resumo
Objetivos
Estrogen (E2), the female sex hormone, it plays an important role in homeostasis, protection, and plasticity in the central
nervous system (CNS). Estrogens can trigger rapid signaling responses that are initiated at the plasma membrane and
mediated through activation of intracellular signaling cascades independent of nuclear translocation. The membraneinitiated, rapid E2 actions are believed to be mediated by the G-protein coupled membrane receptor newly discovered,
GPER-1. In this study we sought to analyze the rapid E2-effetcs on the activation of MEK, MAPK, p38-MAPK and AKT
(measured as phospho/total form ratio) in primary mixed (neuronal and glial cells) cortical cultures.
Métodos
Primary cortical cultures were obtained from newborn rats (P1-P4) as described previously (J Neurosci Methods 149:110,
2005) (CEUA protocol number 050). Mixed cultures were maintained in DMEM, phenol-red free, high glucose media
supplemented with 10% fetal bovine serum, 10% horse serum and penicillin/streptomycin. Experiments were performed on
8th day after culturing. Cultures were treated as follows: (a) not treated control group (vehicle DMSO); (b) E2 (10 nM); (c)
G1 (10 nM); (d) EGFR inhibitor AG1478 (10 uM); (e) E2 + AG1478; (f) G1 + AG1478 for 15 minutes. The content of phoshoMEK, phosho-ERK, phosho-p38 and phosho-Akt, an index of kinase activation, were addressed by Western blot. Statistical
analyses were performed using ANOVA followed by Tukey post-hoc test, with P < 0.05.
Resultados
Our results showed that only G1 treatment was able to active MEK signaling pathway in mixed cultures (2.68 fold vs.
control, n = 4) and this effect was reverted when EGF receptors (EGFR) were inhibited, suggesting that GPER-1 signaling
was EGF pathway activation-dependent. Downstream to MEK activation, E2 treatment activated ERK-1/2 after 15 minutes
(1.34 fold vs. control, n = 5) and this effect also was reverted when EGFR were inhibited by AG1478. Although G1 treatment
did not modulate ERK-1/2 phosphorylation, an increase in this kinase activity was observed when EGFR was inhibited
concomitant to G1 treatment (2.15 fold vs. control, n = 5), suggesting an inhibitory role for the EGFR pathway on GPER
signaling. Both E2 (1.50 fold vs. control, n = 7) and G1 (1.28 fold vs. control, n = 7) induced p38-MAPK activation, and
similar to MEK and ERK pathways, this effect was reverted by EGFR inhibitor, implying that like in the MEK-ERK pathway,
GPER-1 signaling was EGFR-dependent. On the other hand, neither E2 nor G1 was able to activate AKT in mixed cultures
(n = 4).
Conclusão
Our results suggest an EGFR-EGF role on the activation of MEK–ERK and p38 kinases GPER-1-dependent in cortical cells
primary cultures.
FeSBE 2012
Resumo: 19.122
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO COM MICRODOSES DE LÍTIO PARA A MEMÓRIA ESPACIAL DE
CAMUNDONGOS TRANSGÊNICOS PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER (APPSwInd).
1
NUNES, M. A. 1, SILVA, K. C. 1, CAETANO, A. L. 1, AQUILA, L. P. 1, CAMARGO, M. M. 1,
Autores SOUZA, S. G. 1, BALTHAZAR, J. 1, DONG, K. E. 1, VIEL, T. A. 1, BARALDI-TORNESIELO, T. 1,
BUCK, H. D. S. 1 Ciências Fisiológicas - FCMSCSP
Apoio Financeiro:
CAPES e FAP-FCMSCSP
Resumo
Objetivos
A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva. Os tratamentos atuais não se mostram
eficazes para retardar a evolução da demência. Em estudo recente mostramos que o tratamento com microdoses de lítio
foi eficiente em impedir o declínio cognitivo de pacientes com diagnóstico clínico para a DA (patente depositada). O
objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento com lítio, desde a idade jovem, para a memória espacial de
camundongos transgênicos para a DA.
Métodos
Protocolo registrado sob nº 013/11 (CEUA–FCMSCSP). Camundongos C57/Bl6 (WT) e transgênicos (TG) machos, de 2
meses de idade (25 – 30g) foram tratados com 1,2 mg/kg/dia de carbonato de lítio (WTLi, n=12 e TGLi, n=9) ou água ad
libitum (WT, n = 11 e TG, n = 8) por 16 meses. Essa dose é cerca de 1000 vezes menor do que a usada para tratamento
de distúrbio bipolar. Um segundo grupo de TG machos (35 - 40 g) foi tratado a partir dos 10 meses de idade. A memória
espacial foi avaliada no labirinto terrestre de Barnes (5 blocos de dois testes), onde foram registrados a latência e o número
de erros para encontrar a caixa de escape. Os testes foram iniciados quando os animais completaram 6 meses de idade e
foram repetidos a cada 3 meses, até os animais completarem 18 meses. Os dados foram expressos como médias e errospadrão e analisados por ANOVA de duas vias seguida de Bonferroni.
Resultados
No primeiro teste realizado aos seis meses de idade foi observada redução significativa na latência para achar a caixa de
escape [87,21 ± 16,66 vs 44,83 ± 9,25 s, F(4,199)=2,80, P < 0,05] e no número de erros cometidos pelos animais [8,17 ±
2,67 vs 3,37 ± 0,51, F(4,199)=4,94, P < 0,001] ao longo dos 5 blocos de observação, sem diferença entre linhagens ou
tratamentos, mostrando que todos os grupos aprenderam a tarefa. Ao longo dos 16 meses de tratamento, animais WT e
WT-Li continuaram a lembrar da tarefa, não apresentando diferença na latência ou número de erros para encontrar a caixa
de escape, entre o teste realizado aos 6 meses e o realizado aos 18 meses de idade. Por outro lado, animais TG
apresentaram aumento significativo da latência (P < 0,05) e do número de erros (P < 0,001) a partir dos 12 meses de
idade, evidenciando a perda da memória. A memória espacial dos animais TG-Li, entretanto, foi mantida ao longo do
tratamento, pois a latência e o número de erros foi semelhante a dos animais WT e WTLi e significativamente menor que a
dos TG [F(3,145)=12,14, P < 0,001]. O tratamento a partir dos 10 meses de idade também foi efetivo em preservar a
memória espacial.
Conclusão
O tratamento de camundongos transgênicos para a DA desde os 2 meses ou aos 10 meses de idade foi efetivo em
preservar a memória espacial. Análises moleculares estão sendo conduzidas para se identificar os mecanismos
responsáveis pela neuroproteção.
FeSBE 2012
Resumo: 19.123
AVALIAÇÃO DO PAPEL DE RECEPTORES NICOTÍNICOS ALFA 7 NA MANUTENÇÃO DA
MEMÓRIA DE CAMUNDONGOS EM MODELO DE NEURODEGENERAÇÃO.
2
Autores
SCHÖWE, N. M. 1, TELLES, M. 3, BUCK, H. S. 1,2, VIEL, T. 1 Laboratório de Neurofarmacologia e
Envelhecimento - EACH - USP, 2 Farmacologia - ICB - USP, 3 Ciências Fisiológicas - FCMSCSP
Apoio Financeiro:
FAPESP
Resumo
Objetivos
Em trabalho recente, mostramos que ratos infundidos com o peptídeo β-amiloide e submetidos a treino de atenção
semanal em esquiva ativa (EA) apresentaram estabilização da memória e aumento da densidade de receptores nicotínicos
α7 no hipocampo, amígdala e córtex frontal, em comparação a animais semelhantes que não passaram pelo estímulo (Curr
Alzheimer Res 2012, Apr 19). O objetivo desse trabalho foi investigar a participação dos receptores alfa 7 na memória
relacionada a estímulo aversivo.
Métodos
Códigos de aprovação em comitê de ética nº 170 (CEUA-FCMSCSP) e 1/2011 (CEUA-EACH/USP). Camundongos
transgênicos machos que superexpressam a proteína precursora de amiloide, PDGFB – APPSwInd (TG, n=5) e seus
controles genéticos C57Bl/6 (WT, n=7) de 3 meses de idade e 30-40g foram submetidos a treino semanal em EA por 9
semanas. Adicionalmente foram formados 3 outros grupos de camundongos WT: βA (n= 3), infundido com βA 0,1 μg/μL;
βA+MLA (n= 5), infundido com βA e antagonista nicotínico α7 metilicaconitina 2,1 μg/μL e Controle (n=3), infundido com
veículo. Todos foram treinados semanalmente em EA durante o período de infusão. A porcentagem de respostas
condicionadas (RC) foi registrada. A densidade de receptores α7 foi avaliada por radioautografia, usando-se [ 125 I]-αbungarotoxina (5 nM, 90 min, 25°C). A ligação não-específica foi determinada com 2μM da toxina não marcada. Os dados
foram analisados por ANOVA de uma ou duas vias, seguida de Bonferroni. As diferenças entre os grupos foram
consideradas significativas quando Ρ < 0,05.
Resultados
Os animais TG submetidos à EA apresentaram desempenho significativamente inferior aos animais WT nas duas primeiras
semanas de teste F(1,95)=9,31, Ρ < 0,01]. Porém, nas 7 semanas subsequentes, o desempenho de WT e TG tornou-se
semelhante. Não houve diferença significativa na densidade de receptores α7 no hipocampo ou amígdala desses animais.
Da mesma forma, camundongos infundidos com βA apresentaram inicialmente redução significativa de 84,2% da memória
(Ρ < 0,01) em relação àquela observada antes do início da infusão (RC=50,7 ± 8,5%). Após o treino semanal, a memória
foi restabelecida (33, 3 ± 8,8%) e permaneceu semelhante à do grupo controle (RC=38,7 ± 9,0%). O grupo βA+MLA
também apresentou inicialmente redução significativa de 74,8% da memória (Ρ < 0,01) em relação à obtida antes da
infusão (RC=44,4±9,2%), porém não houve recuperação da memória com o treino semanal.
Conclusão
O treino semanal de atenção promoveu melhora da memória em dois modelos animais de neurodegeneração. Não houve
diferença na densidade de receptores α7 em animais TG, porém, o bloqueio dos mesmos em camundongos infundidos
com βA impediu a recuperação da memória promovida pelo treino semanal, o que sugere a participação desse receptor na
manutenção da memória de longo prazo. A expressão de receptores nesse modelo deverá ser ainda verificada.
FeSBE 2012
Resumo: 19.124
Conditioned place preference to methamphetamine in mice: a dose-effect study using "street"
drug.
1
SOEIRO, A. C. 1, QUADROS., I. M. 1,1,1,1, OLIVEIRA, M. G. M. D. 1 Departamento de Psicobiologia
Autores - UNIFESP, 2 Departamento de Psicobiologia - UNIFESP, 3 Departamento de Psicobiologia UNIFESP
Apoio Financeiro:
Fapesp
Resumo
Objetivos
Aim: The conditioned place preference is an animal model, dependent upon learning and memory,used to evaluate the
reinforcing properties of drugs of abuse. The aim was to investigate the parameters (dose-effect curve) to induce
conditioned place preference (CPP) to “street-methamphetamine” donated by the Federal Police and compare with
literature data on "high-purity level methamphetamine” usually used in laboratories.
Métodos
Material and methods: The experiment consisted of three phases: habituation (20 min), conditioning (30 min) and testing
sessions (20 min). The CPP apparatus consisted of an acrylic box divided in 3 compartments. The side compartments had
different patterns on the walls and floor: one had white walls and grid floors (methamphetamine-paired) ; the other had black
walls and had wire mesh floors (vehicle-paired). The central compartment had gray walls and a smooth floor (neutral
compartment). A biased protocol was used for the conditioning process, in which mice would receive the drug (or vehicle in
the control group) in the less-preferred compartment, as determined during the habituation session. The conditioning
sessions consisted of six sessions, in which Swiss male mice (age: 3 months, weight: 38-50 g) were confined in the vehicleand methamphetamine-paired compartment in alternating days after intraperitoneal injections of methamphetamine at the
doses 0.1 (n = 8); 0.5 (n = 9) and 1 mg/kg (n = 10) or vehicle (n = 9). The methamphetamine was obtained by a donation
from the Federal Police of Brazil (apprehended as a "street drug" of uncertain purity). In total, each mouse received 3
conditioning days with methamphetamine, and 3 conditioning days with vehicle. The vehicle group (control group) received
vehicle in both sides of the apparatus. The preference test was performed 24 h after the last day of conditioning. On the test
day animals did not receive any injections and were placed in the central compartment with free access to both
compartments for 20 min. The time spent in each compartment was recorded using software. (Ethics Research Committee
from the UNIFESP Nº 1892/11).
Resultados
Results: A two-way Analysis of Variance with repeated measures detected a significant interaction between the percentage
of time spent in methamphetamine-paired compartment and methamphetamine treatment doses [F (3,31) = 4.06; p =
0.015]. Post hoc analysis with Dunnett’s test revealed that only the dose of 0.5 mg/kg methamphetamine induced significant
CPP. During the test session, mice conditioned with 0.5 mg/kg showed significantly higher percentage of time spent in the
drug-paired compartment (60.39 (± 3.85) %; means(± standard error)) when compared to the control group during the test
(35.4 (± 7.55)%; p < 0.05), or when compared to the own group’s preference to the paired compartment during the
habituation session (42.69 (± 3.43) %; p < 0.05). No other doses produced differences from vehicle groups in any of the
parameters analyzed.
Conclusão
Conclusion: The higher percentage of time spent in methamphetamine-paired compartment presented by mice conditioned
with the dose of 0.5 mg/kg indicates that “street-methamphetamine” can induce conditioned place preference in a similar
dose range as “high-purity level methamphetamine”, as presented in other studies.
FeSBE 2012
Resumo: 19.125
ATIVAÇÃO DE RECEPTOR CB1 NA SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL
DORSOLATERAL EM RATOS INDUZ EFEITO DO TIPO ANTI-PÂNICO NO LABIRINTO EM T
ELEVADO
Autores
1
BATISTA, L. A. C. S. B. 1, MOREIRA, F. A. 1, MOREIRA, F. D. A. 1 Farmacologia - UFMG
Apoio Financeiro:
FAPEMIG
Resumo
Objetivos
O medo e a ansiedade são dois estados emocionais associados a transtornos mentais. Em roedores, essas emoções
podem ser constatadas através da observação de comportamentos defensivos. A substância cinzenta periaquedutal é uma
região com funções na expressão desses comportamentos. Assim, este trabalho objetivou investigar o efeito de um
agonista seletivo para receptor CB1 injetado na substância cinzenta periaquedutal dorsolateral (SCPAdl) na expressão de
comportamentos defensivos gerados pela exposição ao labirinto em T elevado, considerando a hipótese de que uma maior
ativação do receptor CB1 relaciona-se com efeitos anti-aversivos.
Métodos
Foram utilizados ratos wistar, pesando entre 230 e 270g. Os procedimentos foram aprovados pelo comitê de ética em
experimentação animal da UFMG (CETEA, número do protocolo 059/11). Uma semana após cirurgia estereotáxica para a
implantação de cânulas na SCPAdl, os animais receberam injeções locais do agonista CB1 aracdonoil-2-cloroetilamida
(ACEA, 0,005 pmol n=9; 0,05 pmol n=5 e 0,5pmol n=5), veículo (salina n=8) e foram expostos ao labirinto em T elevado.
Este aparelho possui um braço fechado por paredes perpendicular ao encontro de dois braços abertos, onde o rato
executa duas tarefas: a primeira é a esquiva inibitória em que o animal é colocado no braço fechado e o tempo gasto para
ele atingir o centro do labirinto é medido em três sessões consecutivas. Esta tarefa relaciona-se ao transtorno da
ansiedade generalizada. A outra tarefa é a fuga em que o animal é colocado no braço aberto e o tempo gasto para ele
atingir o centro é medido em três sessões consecutivas. Essa tarefa relaciona-se ao transtorno do pânico. Após o
experimento comportamental os animais foram anestesiados e perfundidos e os cerébros retirados para a visualização dos
sítios de injeção. Os resultados foram analisados por meio da análise de variância de duas vias com medidas repetidas,
considerando os fatores tratamento e teste. O teste de Bonferroni foi utilizado para a análise post-hoc.
Resultados
Para a esquiva inibitória, a análise de variância de duas vias revelou que o fator sessão altera significativamente o
resultado [F(2,23) = 37,45; P < 0,01], indicando o aprendizado da esquiva inibitória. Não houve efeito do fator tratamento
[F(3,23) = 0,63; ns] e nem na interação entre os fatores [F(6,23) = 0,9; ns]. Na tarefa de fuga, não houve efeito na interação
entre o fator tratamento vs. fator sessão [F(6,23)=1,5; P > 0,05], contudo, houve efeito do tratamento [F(3,23)=4,0; P=0,01].
Além disso, o teste de bonferroni detectou diferenças estatisticamente significativas na terceira sessão da fuga entre as
doses de 0,005 pmol, 0,5pmol e o grupo controle ( P < 0,05).
Conclusão
Os resultados mostram um efeito anti-pânico do ACEA nas doses de 0,005 pmol e 0,5 pmol. Assim, a ativação de
receptores CB1 na SCPAdl está relacionada com efeitos anti-pânico no labirinto em T elevado.
FeSBE 2012
Resumo: 19.126
EXPRESSÃO GENICA DE PIGMENT-EPITELIUM DERIVED FACTOR (PEDF) NO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL DE ANIMAIS SUBMETIDOS À HIPÓXIA INTERMITENTE
1
Autores
JULIAN, G. S. 1, OLIVEIRA, R. W. D. 1, VISNIAUSKAS, B. 1, PERRY, J. C. 1, TUFIK, S. 2,1,
CHAGAS, J. R. 1 Psicobiologia - UNIFESP, 2 Ciencias da Saude - UNIFESP
Apoio Financeiro:
CNPq, FAPESP e AFIP
Resumo
Objetivos
: Pigment-Epitelium Derived Factor (PEDF) é uma proteína presente em praticamente todos tecidos, incluindo o sistema
nervoso central (SNC), onde é expressa em quase todas as regiões. PEDF apresenta uma série de funções no SNC, tais
como de fator anti-angiogênico, anti-permeabilidade vascular, neurotrófico e neuroprotetor. A hipóxia é uma condição que
se caracteriza por diminuição dos níveis de oxigênio tecidual a níveis inferiores aos necessários para o funcionamento
celular ideal. No homem, a hipóxia está presente em um grande número de doenças, entre elas a síndrome de apnéia
obstrutiva do sono e várias doenças respiratórias. As conseqüências da hipóxia são muito variadas, podendo afetar, os
sistemas respiratório, cardiovascular e o SNC, causando problemas de cognição. O objetivo deste trabalho é avaliar a
expressão gênica de PEDF no SNC de ratos submetidos à hipóxia intermitente, assim como avaliar os efeitos do retorno à
normóxia após 4 semanas de hipóxia.
Métodos
24 Ratos Wistar foram divididos em 3 grupos: 1) Grupo Controle ; 2) Animais submetidos à Hipóxia Intermitente (HI) em
ciclos de 3 min de 21% a 5% de O2 das 9 às 17h durante 6 semanas; 3) Animais submetidos a HI durante 6 semanas, em
seguida submetidos a 4 semanas de normóxia. A expressão gênica de PEDF de Hipocampo, Hipotálamo e Córtex Frontal
foi feita por RT-PCR, utilizando Beta-Actina e GAPDH como genes de controle endógeno. A análise estatística dos dados
foi feita utilizando os testes de Shapiro-Wilk para normalidade e ANOVA para comparação entre grupos. (Aprovação do
CEP/UNIFESP 2025/11 de 2011).
Resultados
Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas ( p < 0,05) na expressão de PEDF em Hipocampo,
Hipotálamo e Córtex Frontal de ambos os grupos comparados ao controle (n= 8 por grupo).
Conclusão
É possível concluir que a regulação de PEDF no SNC não é dada apenas pela expressão gênica, porém pode ser dada por
alterações pós-traducionais, como alteração na atividade do sistema enzimático responsável por sua degradação, como já
demonstrado em células da retina.
FeSBE 2012
Resumo: 19.127
Cannabinoid mechanism involved in PPI disruption induced by Alpha-amyrin
Autores
1
BESSA, M. M. 1, TAKAHASHI, R. N. 1 Departamento de Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
FAPESC, PRONEX, CNPq and CAPES
Resumo
Objetivos
Alpha-amyrin (αAMY) is a bioactive triterpen extract from the resin of Protium sp., well-known plants used in Brazilian folk
medicine to treat inflammatory diseases, among other purposes. Recently, Simão da Silva et al. (Pain, 152, 1872, 2011)
reported that anti-inflammatory effects of the mixture of α,β-AMY are related to its ability to interact with cannabinoid
receptors. Psychotomimetic drugs, such as cannabinoid 1 receptor (CB1R) agonists, reduce prepulse inhibition of startle
reflex (PPI) in laboratory animals, what indicates a compromise of the circuit responsible for filtering sensory and cognitive
information. The aim of this study was to evaluate the effect of αAMY on sensorimotor gating and its possible cannabinoid
mechanism of action.
Métodos
Male Wistar rats (n = 7-9, 250-350 g, 80-100 days old) were habituated to chamber (5 min of 65 dB background noise) and
stimuli, with 10 pulse alone trials (P, 120 dB, for 50ms, inter-trial interval of 20s). PPI was tested via 60 trials with an intertrial interval of 20 s: 20 P trials, 10 prepulse alone trials (75 dB for 20 ms, 3000 Hz), 20 prepulse+pulse trials (PP, with 20
ms interval) and 10 no stimuli trials. PPI was measured by %PPI=100-[100x(PP/P)]. All drugs were dissolved in vehicle
(vhc, 1:2:7 Tween80:DMSO:PBS) and injected 1 μL/rat icv (stereotaxic surgery performed a week before experiment). In the
first test, the rats were treated with vhc or αAMY 0.1, 1.0 or 10.0 μg/μL before the PPI test. For the second test, rats
received vhc or AM251 1.0 μg/μL and, 5 min later, vhc or αAMY 0.1 μg/μL, then placed into PPI chamber. Statistical data
were analyzed with ANOVA and two-way ANOVA followed by Newman-Keuls post hoc test. Experimental procedures
approved by CEUA-UFSC, protocol: PP00645.
Resultados
All αAMY doses tested (0.1 μg/μL = 0,76±2,64; 1.0 μg/μL = -13,23±7,24; 10.0 μg/μL = -4,43±10,18) caused PPI deficit in
rats [vhc=29,38±5,62; F(3,21)=7.50, p=0,0014] and this effect was prevented by AM251 [33,50±6,39; F(1,29)=5.50,
p=0.026), suggesting a cannabinoid mechanism for αAMY result on PPI test. The CB1R inverse agonist had no effect per
se on PPI (26,85±7,78; p=0.575).
Conclusão
This data in rats suggests that a plant used in traditional medicine in Brazil has a cannabinoid component with effects on
central nervous system cannabinoid 1 receptor. This pre-attentive information processing disruption induced by alphaamyrin indicates behavioral change consistent with psychotomimetic action and corroborate the idea of a possible
pro/antipsychotic effect with central cannabinoid 1 receptor manipulation.
FeSBE 2012
Resumo: 19.128
Cenas Isoladas de Filmes São Capazes de Induzir Ansiedade? Barbosa, V.S.*, Teixeira-Silva, F.
Departamento de Fisiologia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão – SE.
1
Autores
BARBOSA, V. D. S. 1,1,1,1, TEIXEIRA-SILVA, F 1 DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFS, 2
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFS
Apoio Financeiro:
Não houve.
Resumo
Objetivos
A exibição de clipes de filmes é um método que tem se tornado cada vez mais popular entre os pesquisadores para eliciar
emoções em laboratório. Contudo, entre os estados emocionais investigados por este método, raramente encontra-se a
ansiedade. Além disso, quando o estado ansioso é avaliado, sua medida é feita através de escalas analógicas e não por
meio de questionários validados. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial efeito ansiogênico da exibição
de uma cena de filme, utilizando, como instrumento de verificação, o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE),
traduzido e validado para nosso meio (Manual para o IDATE. RJ: CEPA, 1979). Além disto, foram também avaliados
parâmetros fisiológicos relacionados à resposta de estresse.
Métodos
Protocolo de aprovação no comitê de ética – CAAE – 0031.0.107.000-07. Oito voluntários saudáveis, universitários, do
sexo masculino, entre 18 e 30 anos de idade foram selecionados. Todos compareceram ao laboratório de pesquisa,
individualmente, para assistirem a duas cenas de filme de cerca de 5 min., sendo uma de conteúdo emocional neutro e
outra de conteúdo potencialmente ansiogênico, extraídas do filme “O Último Imperador” e da série “Roma”,
respectivamente. Antes da apresentação das cenas, os sujeitos responderam ao IDATE e, em seguida, permaneceram em
repouso por 5 min., durante os quais foram realizadas as seguintes medidas fisiológicas: frequência cardíaca (FC),
eletromiograma de músculo frontal (EMG), condutância da pele (CP) e temperatura de extremidade (TEMP). Este conjunto
de dados foi denominado Linha de Base (LB). Subsequentemente, os voluntários assistiram à cena neutra (N), seguida da
cena ansiogênica (A). Antes de cada cena, foi dada uma descrição breve sobre o contexto da vinheta. Durante cada cena,
foram novamente registrados os parâmetros fisiológicos. Imediatamente após cada cena, o IDATE foi reaplicado. Os dados
obtidos, aqui representados por média e desvio padrão, foram analisados por ANOVA para medidas repetidas, seguida,
quando apropriado, de teste a posteriori de Tukey, com nível de significância de 5%.
Resultados
O nível de ansiedade-estado (escore do IDATE) dos voluntários apresentou-se significativamente maior após a exibição da
cena ansiogênica (A: 37,6 ± 7,1), em comparação com a cena neutra (N: 30,9 ± 5,5) e com a linha de base ( LB: 31,1 ±
4,9). Já em relação aos parâmetros fisiológicos, foram encontradas diferenças significativas somente para CP, a qual
apresentou-se maior durante a exibição das cenas (A: 15,2 ± 8,7 μS; N: 15,3 ± 8,5 μS) em comparação com a linha de
base (LB: 4,3 ± 2,4 μS). Os demais parâmetros, FC (LB: 74,0 ± 11,5 bpm; N: 72,5 ± 10,6 bpm; A: 72,4 ± 10,4 bpm), EMG
(LB: 4,3 ± 2,4 μV; N: 3,8 ± 2,2 μV; A: 4,0 ± 2,6μV) e TEMP (LB: 31,2 ± 3,6 o C; N: 31,4 ± 3,6 o C; A: 31,1 ± 3,5 o C não
apresentaram alterações significativas ao longo da sessão de teste.
Conclusão
Embora os resultados devam ser interpretados com cautela, devido ao pequeno tamanho da amostra, eles indicam que
cenas isoladas de filmes podem induzir ansiedade (subjetivamente avaliada), embora não acompanhada de resposta
fisiológica de estresse.
FeSBE 2012
Resumo: 19.129
Motor and non-motor signs of Parkinson´s disease reproduced by intragastic administration of
rotenone in mice
Autores
1
MORAIS, L. H. 1, HARA, D. B. 1, POLI, A. 1, TAKAHASHI, R. N. 1 Farmacologia - UFSC
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FAPESC
Resumo
Objetivos
Parkinson´s disease (PD) is traditionally known as a pathological process which mainly involves the dopaminergic neurons
neurodegeneration. Nevertheless, Braak and collegues (Braak et al., 2003) have suggested that the pathological process
starts in the Enteric Nervous System and the Olfactory bulb. Since then, many studies have used animal models in order to
reproduce the non-motor features of PD in animals. However, they fail to reproduce the complete spectrum of the PD´s
progression and provide little information on the risk of environmental exposure. Rotenone is a pesticide that reproduces
some pathological features of PD in rodents such as selective loss of TH-positive neurons, the presence of alpha-synuclein
aggregation and behavioural abnormalities. Considering this, the present study examines whether prolonged exposition of
rotenone could be a good model to study the early stage of parkinsonism and it´s progression. BRAAK, H. et al (2003).
Staging of brain pathology related to sporadic Parkinson´s disease. Neurobiol. Aging, 24: 197-211, 2003.
Métodos
In this study 77, 8 week-old (35- 40g), male Swiss mice received intragastrical injections of rotenone (10 mg/kg, 30 mg/kg
and 60 mg/kg) or vehicle (0.5% Carboxymetylcellulose) daily up to 7 days. All experiments were performed on the following
day after the last administration. The motor function was assessed by the open-field and the rotarod test. The spontaneous
activity in the open-field was recorded and the total distance travelled (m) and the number of crossings were analyzed by
the ANY-Maze software (Stoelting, USA). Rotarod test was performed with a fixed speed of 5 rpm and the time remaining in
the rotating rod was maximum of 60 s. Training sessions were carried out one day before the beginning of the treatment
until the animals were able to remain on the rod for at least a minute. Gastrointestinal motility was assessed by measuring
the percentage of gastrointestinal transit followed 6 hours of jejum and 20 minutes after receiving 0.1 ml of an Evans Blue
solution. All procedures were approved by the Ethical Committee of Animal Experiment of Federal University Santa Catarina
(protocol 0647).
Resultados
Rotenone at 60 mg/kg significantly reduced ( p < 0.01) the distance travelled (18±1) in comparison to the rotenone 10 mg/kg
(23±1.2), rotenone 30 mg/kg (19±0.81) and the control group (22±0.96). At the same time, rotenone at 60 mg/kg
significantly reduced ( p < 0.05) number of crossings (230.8±12.64) when compared to rotenone 10 mg/kg (287.1±13.49)
and to the control group (263.7±12.51). Moreover, Rotenone at 60 mg/kg significantly reduced ( p < 0.05) time in the
revolving rod (45.78±6.22) comparing with rotenone 10 mg/kg (60±0.0), rotenone 30 mg/kg (56.89±3.11) and the control
(60±0.0). Considering the gastrointestinal motility, rotenone at 30 mg/kg significantly reduced ( p < 0.01) the transit
comparing with rotenone 10 mg/kg (81.24±4.31), rotenone 60 mg/kg (73.56±4.5) and control (75.57±2.16).
Conclusão
The current results indicate that the rotenone at the highest dose caused motor deficits similar to PD like symptoms while
rotenone at 30 mg/kg induced non-motor alterations such as gastrointestinal motility disturbance. Further neurochemical
and histological studies will help us to understand how rotenone causes these behavioral disruptions.
FeSBE 2012
Resumo: 19.130
Effect of histone deacetylase inhibitor Trichostatin A on long-term memory formation of a onetrial inhibitory avoidance learning.
1,3,4
FEDI, A. C. 1,3, BLANK, M. 1,3, WERENICZ, A. 1,3,5, PINTO, D. F. 1,3,5, VELHO, L. A. 1,3,
DORNELLES, A. S. 1,2,3, ROESLER, R. 1 Department of Pharmacology, Institute for Basic Health
Autores Sciences - Lab of NNTB , 2 Unidade de Experimentação Animal - UEA - CPE-HCPA, 3 Department of
Pharmacology - INCT-TM, 4 Federal University of Health Sciences of Porto Alegre - UFCSPA, 5
Pontifical Catholic University - PUCRS
Apoio Financeiro:
INCT-TM; FIPE-HCPA; Capes; CNPq
Resumo
Objetivos
Long-term memory (LTM) formation and synaptic plasticity require transcriptional regulation and alterations in gene
expression. However, the precise mechanisms that regulate these transcriptional events remain poorly understood. Recent
research shows that transcriptional regulation involved in memory formation needs the synchronized interaction of several
transcription factors and transcriptional coactivators in the chromatin structure. Chromatin, which consists of DNA packaged
tightly around a core of eight histones, is known to be post-translationally regulated generally by acetylation, methylation
and phosphorilatyon of histones on their N-terminal tails. Histone acetylation occurs via histone acetyltransferases (HATs)
and causes chromatin structure to relax, leading to enhanced transcription. This process is reversible by enzymes known as
histone deacetylases (HDACs). In the present study, we examined the effects of intrahippocampal administration of the
nonspecific HDAC inhibitor (HDACi) Trichostatin A (TSA; 22mM) on the formation and extinction of inhibitory avoidance
LTM of male adult Wistar rats (age=2-3 months).
Métodos
To develop the experiences, we used the single-trial step-down IA conditioning as an established model of fear-motivated
memory. In step-down IA training, animals learn to associate a location in the training apparatus (a grid floor) with an
aversive stimulus (footshock). The IA apparatus was a 50 × 25 × 25-cm acrylic box whose floor consisted of parallel caliber
stainless steel bars (1 mm diameter) spaced 1 cm apart. A 10-cm wide, 2.5-cm high platform was placed on the floor of the
box against the left wall. On training trial, rats were placed on the platform and their latency to step down on the grid with all
four paws was measured with a digital chronometer. Immediately after stepping down on the grid, rats received a 0.4-mA,
3x1.0-s footshock and were removed from the apparatus immediately after the footshock. Retention test and extinction trials
took place at different time points (24h, 48h, 72h and 96h) after training by placing the rats on the platform and recording
their latencies to step down. No footshock was presented during retention test and extinction trials. Step-down latencies on
the retention test and extinction trials (maximum 300 s) were used as a measure of IA memory retention. CEA: 120068.
Resultados
Our results demonstrate that intrahippocampal infusion of TSA immediately after training resulted in an improvement of LTM
of rats that received TSA compared to rats that received vehicle (mean + S.E.M. time (s) was 56,35  14,28 in the vehicle
group (n=11) and was 127,27  29,96 in the TSA group (n=13); P ≤ 0,05 ). Furthermore, while the control group significantly
decreased latencies during the 4 day-extinction protocol, the TSA-treated group demonstrate a memory that is resistant to
extinction compared to the first day of extinction (mean + S.E.M. time (s) was 127,27  29,96 in the TSA group at the first
day of extinction and was 81,32  24,61 in the TSA group at the 4-day of extinction (n=13); P ≤ 0,05 ).
Conclusão
Studies using nonspecific HDACis, such as sodium butyrate or TSA, showed that treatment with HDACis enhances synaptic
plasticity and memory, suggesting that HDACs may serve as critical memory suppressor genes and that HDAC inhibition
may generate more persistent forms of long-term memory. Therefore, our data suggest a potential of TSA in promoting a
FeSBE 2012
memory that is more resistant to extinction.
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Neuropsicofarmacologia