UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA EDUARDO DOS SANTOS RAMOS KELVIN VARASCHIN AVALIAÇÃO IN VITRO DO SELAMENTO APICAL DE CANAIS RADICULARES PREPARADOS PARA PINOS INTRA-RADICULARES Itajaí (SC), 2006 2 EDUARDO DOS SANTOS RAMOS KELVIN VARASCHIN AVALIAÇÃO IN VITRO DO SELAMENTO APICAL DE CANAIS RADICULARES PREPARADOS PARA PINOS INTRA-RADICULARES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Prof. Osny Thadeu Schauffert Itajaí (SC), 2006 3 EDUARDO DOS SANTOS RAMOS KELVIN VARASCHIN AVALIAÇÃO IN VITRO DO SELAMENTO APICAL DE CANAIS RADICULARES PREPARADOS PARA PINOS INTRA-RADICULARES O presente trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí, aos dezenove dias do mês de setembro de dois mil e seis, é considerado aprovado. 1. Prof. MsC. Osny Thadeu Schauffert _________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI 2. Prof. MsC. Mabel Philipps ________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI 3. Prof. Msc. Mauro Uriarte Neto _____________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI 4 dedicatória 5 AGRADECIMENTOS 6 AVALIAÇÃO IN VITRO DO SELAMENTO APICAL DE CANAIS RADICULARES PREPARADOS PARA PINOS INTRA-RADICULARES Eduardo dos Santos RAMOS e Kelvin VARASCHIN Orientador: Prof. Osny Thadeu Schauffert Data da defesa: setembro de 2006 Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a infiltração apical em dentes tratados endodonticamente preparado para receberem pinos intra-radicular. Foram utilizados 40 pré-molares inferiores humanos anatomicamente semelhantes, que foram divididos em 4 grupos, contendo 10 dentes cada, sendo 3 experimentais e 1 controle. Os grupos experimentais foram caracterizados com níveis de material obturadores diferentes, o Grupo 1 com 3mm, o Grupo 2 com 5 mm e o Grupo 3 com 7mm. O Grupo Controle permaneceu com o canal radicular obturado completamente. Os dentes foram imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2% por 72 horas e lavados em água corrente por 12 horas, diafanizados e a infiltração foi medida em microscópio estereoscópico com auxílio de régua milimetrada. Foi realizada analíse estatistica de ANOVA (p>0,05). As médias de infiltração, em mm, dos grupos foi: 1 – 2,79; 2 – 2,67; 3 – 2,33 e Controle – 2,38. Os autores concluiram que as médias das infiltrações em diferentes níveis de material obturador não foram significantes estatisticamente, variações anatômicas no ápice radicular podem alterar na infiltração apical, materiais obturadores não impedem penetração de fluidos nos canais radiculares, a formação de barreira biológica auxilia na diminuição da infiltração de fluidos pelo canal cementário e o importante não é a extensão de material obturador, mas a realização de uma técnica satisfatória. Palavras-chave: infiltração apical, pino, material obturador. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................08 2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................10 2.1 Métodos de infiltração apical............................................................................10 2.2 Preparos para pinos intra-radiculares.............................................................19 2.3 Anatomia dental..................................................................................................26 3 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................28 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.................................................................34 5 DISCUSSÃO...........................................................................................................35 6 CONCLUSÃO..........................................................................................................38 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................39 8 1 INTRODUÇÃO A evolução da odontologia nos últimos anos tem buscado um avanço significativo em relação a novos conceitos, novas filosofias e também em relação a novos materiais e novas técnicas operatórias, e esses avanços permitiram alcançar um resultado estético satisfatório, fazendo com que a busca pela estética em relação à odontologia venha crescendo gradativamente, trazendo diversos benefícios, relacionados a fatores socioeconômicos e culturais, aos pacientes. A diversidade de materiais e técnicas disponíveis ao cirurgião-dentista permite amplas possibilidades para se realizar uma reabilitação oral, tanto funcional como estética, como por exemplo, o clareamento dental, a ortodontia, a implantodontia e a confecção de coroas protéticas sobre pinos intra-radiculares, entre tantas outras técnicas. Uma das indicações mais freqüentes para pinos intra-radiculares são os casos de elementos dentais que apresentam uma destruição coronária extensa onde não se observa tecido suficiente para a retenção de um trabalho protético ou restaurador. (BATISTA et al.,1999) Em 1770, Pierre Fauchard começou a utilizar pinos de madeira no interior do conduto para reter uma coroa onde era necessária a reconstrução da parte coronária destruída de um dente. Quando a madeira umedecia, ela se expandia contra as paredes do canal radicular aumentado a retenção do “pino intra-radicular”. A utilização de pinos intra-radiculares para restauração de dentes tratados endodonticamente tem como finalidade reforçar o remanescente dental, já que este se apresenta desvitalizado, e propiciar condições adequadas de retenção para a restauração definitiva a ser executada. 9 Para que esse procedimento não seja comprometido e possua uma longevidade, há a necessidade de um bom selamento cervical e apical, para que não ocorram infiltrações para dentro do conduto e não comprometa todo trabalho realizado tanto pelo cirurgião-dentista quanto pelo protético. O selamento apical está intimamente relacionado com a quantidade vertical de material obturador existente dentro do canal radicular preparado para pinos intracanais e a distância existente entre o final da obturação e o vértice apical, a qual a literatura preconiza ser de 1mm, para que ocorra a deposição de tecido mineralizado, chamado de selamento biológico. (SOARES; GOLDBERG, 2000) Estudos revelam a existência de diferentes níveis de infiltração apical em relação à quantidade de material obturador que existe no canal radicular, e muito deles divergem em relação à quantidade e à altura ideal do material obturador no interior do canal radicular, em relação ao preparo intra-radicular para pinos intracanais. Ante o exposto considera-se importante avaliar o selamento apical de canais radiculares preparados para pinos intra-radiculares em diferentes níveis de material obturador. 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Métodos de infiltração apical Em 1990, Greene et al., realizaram um estudo comparando a infiltração apical utilizando 4 técnicas de obturação, utilizando 42 dentes ântero-inferiores e ânterosuperiores divididos em 6 grupos; sendo que os grupos 1, 2, 3 e 4 foram compostos por 8 dentes e os grupos 5 e 6 por 5 dentes cada; e corante de azul de metileno a 0,25%. O grupo 1 foi obturado pela técnica da condensação lateral por guta-percha e selador graduado tipo Roth 801 Elite. O segundo grupo foi obturado pelo sistema Ultrafil e selador Roth. O grupo 3 foi obturado pelo sistema Canal Finder e pasta seladora de canal Endo Technic. O grupo 4 foi obturado utilizando a técnica da gutapercha aquecida seccionada e o selador Roth. No grupo 5, controle positivo, os dentes não foram obturados e apresentavam seus ápices abertos e no grupo 6, controle negativo, os dentes não foram obturados e seus ápices foram fechados com Dycal. Este estudo não obteve resultados estatisticamente significantes entre as quatro técnicas de obturação. O grupo controle positivo mostrou uma penetração de tintura nos túbulos dentinários e no canal, em três dentes ocorreu uma infiltração que ultrapassou a junção amelocementária e nos outros dois dentes a infiltração ocorreu em aproximadamente ¾ do comprimento dos canais. No controle negativo não ocorreu penetração de tintura em nenhum dente. Nos grupos experimentais, no sistema de guta-percha com o sistema Canal Finder ocorreu a menor infiltração apical, sendo que o grupo 2 e o grupo 1, ficaram respectivamente em segundo e terceiro lugar e por fim o grupo 4 revelou a maior infiltração. 11 Ainda em 1990, Kuga et al., avaliaram a infiltração marginal apical em dentes obturados pela técnica do cone único. Foram utilizados 6 tipos diferentes de cimentos endodônticos, sendo eles: Endométhasone, AH26, N-Rickert, Endo Fill, Pró-Canal e Rickert-SP. A fim de evidenciar a infiltração, após serem obturados, os dentes foram imersos em solução de azul de metileno a 2% durante 7 dias. Por meio dos resultados obtidos, os autores concluíram que dentre os 6 cimentos endodônticos, os mais eficientes foram o cimento Endométhasone, AH26, N-Rickert e Endo Fill, e os cimentos que apresentaram maior infiltração apical foram os cimentos Pró-Canal e Rickert-SP. Para pesquisar a infiltração marginal apical em canais radiculares obturados com os cimentos endodônticos FillCanal , Pulp Canal Sealer, óxido de zinco e eugenol, AH26, Sealapex , CRCS, New B2 e um cimento experimental desenvolvido pela disciplina de Endodontia de Araçatuba-SP, Holland et al., em 1991, realizaram um estudo onde os dentes foram obturados pela técnica de condensação lateral, e cada um dos grupos experimentais foi dividido em dois subgrupos iguais. Metade dos dentes foram imersos, imediatamente depois de obturados, em solução de azul de metileno a 2% sob vácuo 24 horas após a obturação e a outra metade foi imersa no corante sob as mesmas condições 75 dias após os dentes terem sido obturados. Passado o tempo experimental, os dentes foram cortados no sentido longitudinal e foram mensuradas as infiltrações apicais com o auxílio de uma lupa estereoscópica dotada de ocular milimetrada. Os resultados evidenciaram diferenças estatisticamente significantes entre os cimentos testados, com os menores níveis de infiltração apical no grupo do Sealapex e os maiores no grupo do FillCanal. Os dentes que foram imersos no corante 75 dias após a obturação apresentaram níveis 12 de infiltração apical significativamente maiores do que aqueles imersos 24 horas após obturados. Santa-Cecília et al. (1999) estudaram, de modo comparativo, o selamento apical proporcionado por duas técnicas de obturação distintas, Thermafil e da condensação lateral da guta-percha, em canais radiculares retos e curvos. Depois de modelados e obturados, os dentes foram imersos em tinta nanquim sob vácuo por 10 minutos, e por mais 168 horas de modo passivo. Posteriormente, os dentes foram diafanizados e foram mensuradas as infiltrações por meio de microscopia óptica e ocular milimetrada. Os resultados evidenciaram que não havia diferenças estatisticamente significantes entre as técnicas utilizadas. Os autores observaram ainda, que as obturações dos canais radiculares retos apresentavam níveis de infiltração apical maiores do que as obturações dos canais radiculares curvos. Em 2000, Almeida et al. estudaram a capacidade de selamento apical dos cimentos endodônticos FillCanal, Ketac Endo e AH Plus em dentes obturados pela técnica da condensação lateral da guta-percha. Após a instrumentação e obturação dos canais com os cimentos obturadores os dentes foram colocados submersos no corante azul de metileno a 2%, para futura avaliação da infiltração apical, na qual os dentes ficaram imersos por 24 horas sob vácuo. A seguir, as amostras foram cortadas no sentido do longo eixo da raiz e os níveis de infiltração aferidos com o auxílio de um projetor de perfil. Os resultados mostraram superioridade do cimento AH Plus em relação aos demais cimentos testados, que apresentaram-se estatisticamente semelhantes entre si. Em 2001, Brandão et al. realizaram um estudo com o objetivo de comparar a infiltração apical de dois cimentos endodônticos ionoméricos, sendo eles o Ketac Endo e o Vidrion Endo, em relação ao Sealer 26. Para este experimento foram 13 utilizados 26 dentes unirradiculares, seccionados na região amelocementária, que apresentavam apenas um canal. Todos dentes tiveram seus ápices padronizados com uma lima Kerr no 30 e foram submersos após o preparo e obturação do canal radicular no corante azul de metileno a 1%. Os dentes foram separados em 3 grupos de 10; o primeiro grupo foi obturado com Ketac Endo, o segundo grupo foi obturado com o cimento endodôntico Vidrion Endo e no terceiro grupo foi utilizado o Sealer 26; ainda foram montados os grupos controle positivo e controle negativo, sendo que cada um deles possuía 3 elementos dentais. O Sealer 26 apresentou uma média de infiltração de 0,291mm (± 0,145), seguido pelo Ketac Endo com média de 1,242mm (± 0,364) e por final o Vidrion Endo teve uma infiltração de 2,034mm (± 0,549). Para analisar se existe correlação entre a infiltração apical de corante e o desempenho clínico da obturação realizada em dentes humanos, Oliver e Abbott, em 2001, realizaram um estudo in vitro para avaliar a infiltração apical do corante azul de metileno a 2% em 116 raízes de dentes humanos através da técnica a vácuo. O estudo apresentou como resultado uma infiltração significativamente maior nos casos mal-sucedidos, embora a diferença da infiltração foi pequena. Analisando os resultados em geral, 99,5% da infiltração apical de todos os espécimes mostrou que a presença de corante no canal é um pobre indicador de que a técnica ou o material obtiveram sucesso. Concluiu-se que a obturação de canais radiculares não fornece um selamento apical que previne a penetração de fluidos e que o resultado do tratamento não pode ser predito pelos dados de estudos de infiltração apical de corante. Em 2002, Bassili avaliou a influência da aplicação do laser Nd:YAG e do EDTA nas paredes dos canais em relação à capacidade seladora de obturações realizadas com dois cimentos obturadores (AH Plus e Endofill). Para este estudo 14 foram utilizados 68 pré-molares inferiores com canal único. Estes dentes tiveram suas coroas removidas no limite amelocementário e foi realizado a mensuração do dente introduzindo uma lima tipo K no 15. Os forames foram padronizados com uma lima tipo K no 25. Os dentes foram modelados pela técnica coroa-ápice com o comprimento de modelagem igual ao comprimento total do dente menos 1 mm. Todos os dentes tiveram seu diâmetro cirúrgico de instrumentação padronizados com uma lima ProFile 35.06. Durante a instrumentação os canais foram irrigados com solução de hipoclorito de sódio a 1%. Os dentes foram cobertos com uma camada de Araldite 24 horas e uma camada de esmalte para unha respeitando-se 1mm ao redor do forame apical. Após a secagem do agente impermeabilizante, as 60 raízes fora separadas em 5 grupos de 15 dentes cada de acordo com o tratamento que os canais iriam receber e o cimento obturador, sendo que o grupo 1 recebeu aplicação do laser Nd:YAG e obturação com cimento AH Plus, o grupo 2 recebeu aplicação do laser Nd:YAG e obturação com cimento Endofill, o grupo 3 recebeu aplicação de EDTA trissódico por 5 minutos e obturação com cimento AH Plus e o grupo 4 recebeu aplicação de EDTA trissódico por 5 minutos e obturação com cimento Endofill. A obturação de todos os canais foi realizada de acordo com a técnica do System B. Para os grupos controles duas raízes não foram obturadas sendo que uma recebeu total impermeabilização, sendo o controle negativo; e a outra não teve o seu forame e 1 mm ao redor dele impermeabilizado, sendo o controle positivo. As raízes foram submersas em azul de metileno a 2%. Após isso, as raízes tiveram uma das faces desgastadas até o aparecimento da obturação para leitura em microscópio óptico. Os 6 dentes que restaram foram instrumentados da mesma maneira que os outros espécimes e metade tiveram seus canais tratados com o laser Nd:YAG e a outra com EDTA para posterior análise em microscópio 15 eletrônico de varredura. Este estudo obteve como resultado uma diferença estatística significante (p < 0,05) tanto entre os tratamentos aplicados à parede do canal previamente à obturação quanto entre os cimentos obturadores, apontando valores significantes favoráveis ao laser Nd:YAG e ao cimento AH Plus. Em 2002, Gonçalves e Bramante realizaram um estudo para avaliar a capacidade de selamento apical de quatro técnicas de vedamento retrógrado, onde foi empregado o Super-EBA e o MTA como materiais, retroobturadores. Neste estudo foram utilizados 90 caninos superiores com raízes integras e retas cujas coroas foram removidas no limite amelocementário. O forame apical foi padronizado utilizando-se uma lima tipo Kerr no 20. O comprimento de modelagem foi determinado subtraindo 1mm do comprimento total da raiz. A técnica clássica de instrumentação foi empregada. Os canais foram irrigados, durante a instrumentação, com soro fisiológico. Os canais radiculares foram preenchidos com cimento de óxido de zinco e eugenol. Em seguida, o cone de guta-percha, previamente selecionado, foi posicionado no canal. As raízes foram seccionadas, a partir de 2mm do extremo apical, com uma angulação de 90 graus em relação ao longo eixo da raiz sob constante irrigação com solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%. Procedeu-se então, na seqüência, à impermeabilização de toda a superfície externa da raiz. Cuidados foram tomados para que o material impermeabilizante não envolvesse a superfície dentinária apical exposta pela apicectomia. Os 90 dentes foram separados em 9 grupos. No grupo 1 (Super-EBA) e no grupo 2 (MTA) foi realizada a técnica da obturação retrógrada. No grupo 3 (Super-EBA) e no grupo 4 (MTA) foi realizada a técnica de retroinstumentação com retrobturação. No grupo 5 (Super-EBA) e no grupo 6 (MTA) foi realizada a técnica de retroinstrumentação com obturação retrógrada. No grupo 7 (Super-EBA) e no grupo 8 (MTA) foi realizada a técnica de 16 canalização. O grupo 9 foi o grupo controle. Neste estudo observou-se que entre o material Super-EBA nas diferentes técnicas cirúrgicas não houve diferença significativa. Porém, com o material MTA foi observada diferença estatística significante (p < 0,05) entre a técnica de obturação retrógrada e a técnica da canalização e entre a técnica de obturação retrógrada e a técnica da canalização. Lucena-Martin et al., em 2002, avaliaram a infiltração apical usando 3 cimentos obturadores, realizando a técnica da condensação lateral em 50 dentes humanos. Estes dentes foram divididos em 5 grupos, 3 experimentais e 2 controles. Todos os dentes dos 3 grupos experimentais foram instrumentados e foram obturados pela técnica da condensação lateral, porém, utilizando cimentos obturadores diferentes, Endomethasone, Top Seal e Roeko Seal. O grupo controle positivo não foi obturado e o negativo não foi instrumentado. As superfícies radiculares foram impermeabilizadas e imersas em tinta nanquim por 7 dias em câmara úmida. A infiltração apical foi analisada através de 2 técnicas: corte transversal e diafanização. Os dentes do grupo controle positivo apresentaram penetração de corante nos canais e do grupo negativo não ocorreu infiltração. Nos dentes dos grupos experimentais ocorreu a penetração da tinta no canal radicular, concluindo-se que nenhum material obturador preveniu completamente a infiltração apical, embora a infiltração tenha sido pequena. Concluiu-se também que a técnica de diafanização permitiu uma determinação mais precisa de penetração de corante em comparação com a técnica de corte transversal. Também em 2002, Gadê-Neto et al. realizaram um estudo in vivo utilizando 2 materiais obturadores provisórios e 1 definitivo. Foram utilizados 7 pré-molares de um cão. O animal foi anestesiado e todos os dentes receberam tratamento endodôntico. Foram removidos 2mm de guta-percha da entrada dos canais 17 radiculares para se testar os selamentos: 1) Cavit nos 2mm da entrada dos canais e resina Z-250; 2) Cavit; 3) Coltosol; 4) Cavit apenas nos 2mm da entrada dos canais e 5) Coltosol apenas nos 2mm da entrada dos canais, e depois de um período de tempo médio de 92 dias o animal foi sacrificado e os dentes analisados in vitro. No estudo in vitro os dentes foram impermeabilizados e imersos em corante nanquim, submetidos ao vácuo por 30 minutos e deixados no corante por 7 dias. Em seguida foram diafanizados e analisados em lupa estereoscópica. Como resultado obteve-se que nenhum dente apresentou infiltração. Em 2003, Brosco et al. realizaram um estudo com o objetivo de analisar e comparar a infiltração apical de 4 diferentes técnicas de obturação. Foram utilizados 106 incisivos inferiores humanos instrumentados pela técnica escalonada regressiva. Após a instrumentação 100 dentes foram impermeabilizados, exceto nas proximidades do forame apical, e divididos em 5 grupos contendo 20 dentes cada, que foram obturados com diferentes técnicas. No grupo 1 foi utilizada a técnica da condensação lateral ativa realizada com lima tipo Kerr; no grupo 2 onda contínua de condensação realizada com o System B; no grupo 3 guta-percha termoplastificada injetável realizada com o sistema Ultrafil; no grupo 4 guta-percha termoplastificada mecanicamente realizada com o sistema JS Quick-Fill e no grupo 5 guta-percha termoplastificada associada a um cone principal realizada com o sistema Microseal. Os 6 dentes restantes foram utilizados para formarem o grupo controle positivo e negativo. Após a obturação, os dentes foram imersos em solução de azul de metileno a 2%, 72 horas, a 37º C. A seguir, os dentes foram seccionados longitudinalmente e a infiltração apical avaliada em um estereomicroscópio. O estudo não obteve diferenças estatísticas significantes nos grupos experimentais, sendo que a obturação com o sistema Microseal mostrou a menor infiltração apical, 18 0,47mm; seguido pelo Systema B, 0,82mm; JS Quick-Fill, 2,34mm, Ultrafil, 2,42mm e por último o grupo onde se utilizou a técnica da condensação lateral teve a maior infiltração apical, 2,81mm. No ano seguinte, em 2004, Gomes Filho et al. realizaram um estudo para avaliar a ação impermeabilizante do Super Bonder, do esmalte para unha, da resina epóxia de presa de 10 minutos e de 24h. Para tanto, foram utilizados 50 dentes bovinos unirradiculares com formação completa do ápice, que tiveram suas coroas removidas e os canais preparados com limas tipo Kerr e irrigação com hipoclorito de sódio a 1%. Os dentes foram divididos em 5 grupos de 10 dentes, para todos os grupos. No grupo 5, foi confeccionada uma barreira de guta-percha na região apical para evitar que o impermeabilizante escorresse para o interior do canal durante a sua aplicação. Realizou-se a aplicação do impermeabilizante de forma a cobrir toda a superfície externa da raiz, exceto a região coronária. Os dentes impermeabilizados foram deixados em temperatura ambiente pelo período de 24 horas para que ocorresse o endurecimento do agente impermeabilizante. No grupo 5 a impermeabilização ocorreu de forma semelhante com a diferença que o ápice radicular não foi selado para que se pudesse obturar o sistema de canais radiculares. A obturação do canal radicular foi realizada pela técnica de condensação lateral com cimento Sealapex e cones de guta-percha. Foi feita imersão dos espécimes na solução corante azul de metileno a 2% em um ambiente com vácuo de 0,002mmHg por 10 minutos. A seguir, com auxílio de brocas Carbide foi realizado um sulco longitudinal pela vestibular e lingual de todas as raízes. Logo após, utilizando um cinzel reto e um martelo, os dentes foram partidos em dois pedaços. Os espécimes foram então examinados em uma lupa estereoscópica com objetivas de aumento 2,5x, o que possibilitou mensurar as infiltrações marginais 19 lineares do ápice até o ponto mais coronário. Obteve-se como resultado que os quatro grupos que não receberam obturação (impermeabilizados com Super-Bonder, esmalte para unha, resina epóxica de presa de 10 minutos e de 24 horas) não obtiveram diferença significativa em relação à infiltração, possuindo 4 dentes com infiltração em diferentes níveis em cada grupo. Porém, no grupo 5 que teve seu sistema de canais obturado e impermeabilizado com esmalte de unha não ocorreu infiltração em nenhum espécime. 2.2. Preparos para pinos intra-radiculares Radien e Gendelman, em 1994, avaliaram o efeito do preparo para pino no selamento apical quando a guta-percha foi removida de forma convencional em nível apical. Em 67 blocos transparentes de resina acrílica, os canais foram preparados e obturados com guta-percha utilizando a técnica da condensação lateral e cimento Grossman. Após isso, os canais foram preparados para pino com broca Largo sem ponta. Em seguida, foi realizada a condensação vertical sobre o remanescente obturador que permaneceu com 1, 2, 3 ou 4mm de comprimento. Foram cimentados pinos de aço inoxidável no espaço preparado. Após a presa do cimento, os espécimes foram imersos em solução de azul de metileno a 2% por 72 horas. Os resultados obtidos mostraram que com 4mm o selamento apical foi superior aos demais. Ibrahim et al., em 1995, investigaram in vitro o efeito do preparo mediato e imediato de espaço para pino, bem como o efeito do comprimento de guta-percha remanescente sobre o selamento apical. Foram utilizados 45 dentes humanos anteriores superiores extraídos. Os canais foram instrumentados e obturados pela 20 técnica da condensação lateral e cimento Ketac Endo, sendo divididos nos grupos: preparo para pino imediato e mediato, deixando remanescente de material obturador 3, 5 e 7mm. O preparo foi feito com brocas de Gates-Glidden. O selamento apical foi avaliado através da mensuração da microinfiltração utilizando uma técnica eletroquímica e as medições foram realizadas em intervalos de 1, 7, 15, 20, 25 e 30 dias. No resultado constatou-se que não houve diferença na infiltração apical entre os dentes com espaços preparados imediatamente ou após uma semana. Foi observado que o nível da infiltração apical depende do comprimento de guta-percha remanescente e do tempo em que o preparo é realizado após a obturação do canal. As raízes com 7mm apicais de guta-percha remanescente não apresentaram qualquer diferença quando comparadas às do grupo controle quando o preparo foi retardado em 1 semana e assim, os autores concluíram que esta extensão de material obturador remanescente não provoca distúrbios severos no selamento apical. Para avaliar e comparar a capacidade selante de dois cimentos obturadores, e dois materias temporários, Cavit e coroas provisórias cimentadas com Temp Bond, em 1996, Zuolo et al. utilizaram dentes extraídos para realizarem o tratamento endodôntico, obturando pela técnica da condensação lateral com Ketac Endo ou AH 26. Logo após as obturações foi preparado o espaço para pino com brocas Largo n° 3 e o remanescente obturador adaptado com calcadores endodônticos, permanecendo 5mm de comprimento. Os espaços para pino foram selados com 3mm de Cavit ou com coroa provisória com pino cimentada com Temp Bond. Os espécimes foram armazenados em câmara úmida por 7 dias e posteriormente imersos em saliva artificial por mais 7 dias. Posteriormente, os espécimes foram imersos em tinta nanquim por 3 dias e diafanizados. As infiltrações 21 foram mais pronunciadas para o cimento AH 26 quando o Cavit foi o selador coronário. Não houve diferenças estatísticas significantes entre os demais grupos. Entretanto, a infiltração foi um pouco menor quando empregada à coroa com pino cimentada com Temp Bond. Realizando um experimento, Karapanou et al., em 1996, determinaram o efeito de cimentos na microinfiltração marginal apical de canais obturados, no preparo para pino mediato e imediato. A partir de uma amostra com 80 dentes preparados endodonticamente e obturados com guta-percha pela técnica da condensação lateral com os cimentos Roth 801 e AH 26, foram feitos preparos para pino imediatamente ou após 7 dias das obturações com broca Gates-Glidden, deixando um remanescente obturador de cerca de 5mm. Os dentes foram impermeabilizados, menos o forame apical, e imersos em azul de metileno a 2% sob ação do vácuo. Nos resultados foi evidenciado que o grupo obturado com cimento Roth e preparo para pino mediato apresentou resultados estatisticamente piores que os demais grupos. O objetivo do estudo de Barrieshi et al., em 1997, foi avaliar a infiltração bacteriana de uma comunidade anaeróbia de organismos em canais obturados após o preparo de espaço para pino. Foram utilizados 40 dentes humanos ânterosuperiores, instrumentados e obturados pela técnica da condensação lateral com cimento Roth e guta-percha, e armazenados por 2 semanas a 37° C para que o cimento tomasse presa. Após as 2 semanas foi realizado o preparo para pino com calcadores endodônticos aquecidos, deixando um remanescente de 5mm de material obturador. Os dentes foram mantidos em estufa a 37° C por 14 dias e, após os cuidados de isolamento e esterilização, a cultura mista bacteriana foi posta em contato com a parte coronária da obturação e a parte apical das raízes mergulhadas 22 em Solução Salina Balanceada de Hanks (HBSS). O conjunto foi incubado em ambiente anaeróbio a 37° C ao longo dos 90 dias do experimento. Os resultados apontaram que 8% dos dentes apresentaram infiltração coronária de F. nucleatum e C. rectus no intervalo de 90 dias. Concluíram que a penetração bacteriana ocorreu dos 48 aos 84 dias. O exame de microscopia eletrônica de varredura demonstrou um biofilme heterogêneo de cocos e bacilos colonizando as paredes da porção apical do canal. Concluíram que o fenômeno da infiltração coronária ocorreu após a perda de selamento coronário, ou seja o preparo para pino. Wu et al., em 1998, testaram a infiltração apical ao longo do material obturador remanescente após o preparo e cimentação dos pinos nos canais radiculares. Um total de 120 raízes de incisivos centrais humanos foram utilizados. Foi realizada a instrumentação das raízes e obturação pela técnica da condensação lateral com cones de guta-percha e cimento AH 26 livre de prata. As raízes foram divididas em 6 grupos: no grupo 1 foi realizada a obturação de todo comprimento radicular, 11mm para a realização do primeiro teste de infiltração e remoção dos 4mm apicais de material obturador, deixando os 7mm coronários para o segundo teste; no grupo 2 a obturação ocorreu em todo comprimento radicular, 11mm, para o primeiro teste de infiltração e 4mm apicais remanescentes de material obturador no segundo teste; já nos grupos 3, 4, 5 e 6 foram cimentados pinos com diferentes cimentos, fosfato de zinco, Ketac Cem, Fuji Duet e Panavia EX, respectivamente, deixando-se em todos os grupos um remanescente de 7mm de material obturador .A infiltração nos 4mm apicais de obturação remanescente após o preparo de espaço para pino foi comparada com a obturação de 11mm antes do preparo. Os resultados apontaram que a maior infiltração foi detectada nos 4mm apicais de obturação que ao longo de 11mm de obturação original. Os pinos ParaPost cimentados, 23 independente do cimento utilizado, não tiveram maior infiltração que os 7mm coronários de material obturador convencional. Concluíram que ocorre mais infiltração nos 4mm apicais remanescentes de material obturador após o preparo para pino que nos canais totalmente obturados. A infiltração criada pela remoção de parte coronal da obturação durante o preparo para pino pôde ser compensada pela sua cimentação. Fan et al., em 1999, fizeram a mensuração da microinfiltração através da obturação radicular apical na direção coroa-ápice após preparo mediato e imediato para pino usando aparelho de transporte e fluido modificado. Os dentes foram instrumentados e obturados pela técnica da condensação lateral. Um grupo foi obturado com cimento AH 26 livre de prata, no outro Pulp Canal Sealer (PCS). O preparo de espaço para pino foi confeccionado com broca Gates-Glidde, imediatamente após a obturação e uma semana após. A infiltração apical ao longo das obturações foi determinada por um aparelho de transporte de fluido submetido à pressão de 30 kPa (0,3 atm). Concluíram que, após o preparo de espaço para pino, nenhuma raiz obturada apresentou infiltração, independentemente do tipo de cimento utilizado. A infiltração foi maior quando da remoção mediata em relação ao preparo imediato. Abramovitz et al., em 2000, compararam a capacidade do selamento das obturações removendo o material obturador imediatamente após a obturação e após a presa do material obturador. Foram utilizados 33 dentes humanos unirradiculares, onde eles foram instrumentados e obturados através da técnica da condensação lateral utilizando o cimento AH 26. O preparo para os pinos radiculares foi realizado após a obturação e após 7 dias, onde foram utilizados condensadores aquecidos e brocas Gates-Glidden sendo deixados 5mm de remanescente obturador. Os dentes 24 foram divididos em 5: grupos, grupo 1, remoção imediata; grupo 2, remoção mediata; grupo 3, controle negativo, onde a obturação permaneceu intacta; grupo 4, controle positivo, preparo sem obturação, para representar o máximo de infiltração e grupo 5, canais radiculares intactos. Para análise foi realizado um mecanismo de rastreamento radioativo movido a pressão. Como resultado observou-se que esta análise foi mais sensível que a análise de infiltração passiva, que a capacidade de selamento de canais com 5mm de material obturador foi inferior à de obturações intactas e que não existiram diferenças entre o preparo imediato e o preparo mediato para pinos intra-radiculares. Um estudo realizado por Metzger et al., em 2000, utilizou 105 dentes unirradiculares através do mesmo mecanismo de rastreamento radioativo movido a pressão utilizado por Abramovitz et al., em 2000. Todos os dentes foram instrumentados e obturados pela técnica da condensação lateral utilizando o cimento obturador AH 26. Após a obturação os dentes foram preparados para receberem um pino intracanal, deixando remanescentes da obturação de 3, 5, 7 e 9mm e foram armazenados durante 7 dias em uma temperatura constante de 37ºC com uma umidade de 100% para que a presa do cimento ocorresse. Este estudo teve como conclusão que os dentes que apresentavam as obturações com níveis de 3, 5 e 7mm apresentaram um selamento inferior em relação às obturações intactas e que o selamento mostrou-se proporcional ao comprimento do material obturador. Mannocci et al., em 2001, avaliaram a microinfiltração de dentes tratados endodonticamente e restaurados com pinos de fibra de carbono e compósitos com 3 sistemas adesivos. Um total de 72 pré-molares humanos unirradiculares extraídos, foram preparados biomecanicamente e obturados pela técnica da condensação lateral e cimento AH 26 nos grupos 1, 3 e 5 e cimento de óxido de zinco e eugenol, 25 nos grupos 2, 4 e 6. Antes do teste de infiltração de corante, os dentes dos grupos 2, 4 e 6 foram restaurados provisoriamente com material a base de óxido de zinco e eugenol, enquanto os dentes dos grupos 1, 3 e 5 receberam restauração provisória de resina composta Z100 sem a utilização de qualquer procedimento adesivo. Após 7 dias as restaurações provisórias foram removidas. Foi preparado o espaço para pino em todos os grupos, removendo 9mm de guta-percha com brocas Peeso. Nos grupos 1, 2 e 6 o pino utilizado foi de fibra de carbono-quartzo (RDT); nos grupos 3, 4 e 5, de fibra de carbono 14 (Tech 2000). No grupo 1 o pino foi cimentado com fosfato de zinco e resina composta sem adesivo. Nos grupos 2 e 3 os pinos foram cimentados com adesivos All Bond 2 e Panavia 21, respectivamente. Os grupos 4, 5 e 6, receberam pinos cimentados com All Bond 2, Panavia 21 e Panavia Fluoro, respectivamente. Os dentes permaneceram intermitentemente a 2 ciclos/segundo num ambiente úmido e, depois a 300.000 ciclos imersos numa solução de corante Rhodamine B por 48 horas. A análise dos dentes foi realizada com microscópio confocal. Nos resultados, o controle positivo mostrou intensa infiltração e no controle negativo não houve infiltração. Em todos os grupos cimentados com resina, a infiltração foi significantemente menor que no grupo onde foi utilizado o cimento fosfato de zinco. Não houve diferença estatisticamente significante nos grupos tratados com materiais a base de óxido de zinco e eugenol em relação aos grupos que não foram tratados com materiais a base de óxido de zinco e eugenol. Os dentes restaurados com adesivo All Bond 2 (Grupos 1 e 2) tiveram infiltração significantemente menor que daqueles restaurados com cimento Panavia (Grupos 3, 4 e 5). Nos dentes do grupo 5, no cimento Panavia Fluoro houve significantemente menos infiltração que nos grupos 3 e 4 (Panavia 21). Concluíram que o uso de adesivos de 3 passos (All Bond 2) resulta num melhor selamento marginal que os 26 adesivos que já possuem primer na formulação (Panavia 21 e Panavia Fluoro). O uso de cimentos endodônticos e materiais restauradores provisórios contendo óxido de zinco e eugenol não provocam detrimento no selamento marginal de restaurações com pinos de carbono e resina composta. Silva e Habitante, em 2003, realizaram um estudo comparativo da infiltração linear marginal apical em dentes com preparo para retentores, utilizando dentes unirradiculares, entre caninos e pré-molares. Este trabalho que teve como objetivo avaliar a infiltração apical, medida do ápice para o interior do canal, quando do preparo para inserção de retentores intra-radicular realizado imediatamente, 24 horas e 48 horas após a obturação endodôntica. O espaço para o retentor foi preparado com o auxílio de dois aparelhos: Tauch´n Heat e Quantec. Obtiveram como resultados através da infiltração do corante azul de metileno um menor grau de infiltração apical quando se realizou o preparo para retentor intra-radicular com o sistema Quantec, imediatamente após a obturação endodôntica. 2.3 Anatomia Dental Para garantir o sucesso endodôntico é imperativo o conhecimento da anatomia interna dental e sua variações para a realização da abertura coronária, para a localização dos canais e para seu preparo (IMURA; ZUOLO, 1998; SOARES; GOLDBERG, 2000). A incompleta instrumentação e má obturação dos canais radiculares podem determinar o fracasso do tratamento endodôntico (IMURA; ZUOLO, 1998). 27 Conceitua-se a região periapical como um complexo de tecidos, estruturas e elementos anatômicos e é considerada a região mais complexa entre as regiões que compõem o campo de ação endodôntica (DE DEUS, 1992). A região periapical é composta pelo ápice radicular, ligamento periodontal apical e osso alveolar apical que mantêm uma íntima relação entre si (DE DEUS, 1992). Estudos da anatomia dos canais radiculares realizados através de cortes longitudinais, transversais com auxílio de microscopia óptica e eletrônica envolvendo histologia , radiografias entre outros têm demonstrado que o canal principal pode apresentar múltiplas ramificações (DE DEUS, 1992; IMURA; ZUOLO, 1998). Anatomicamente, o ápice radicular pode apresentar-se afilado, truncado ou espessado (IMURA; ZUOLO, 1998). A região apical do canal radicular variavelmente pode apresentar canais secundários, que se estendem do canal para o ligamento periodontal; canais acessórios, que derivam do canal secundário em direção ao ligamento periodontal; delta apical, que são diversas ramificações que originam o aparecimento de diversos forames (DE DEUS, 1992; IMURA; ZUOLO, 1998; SOARES; GOLDBERG, 2000). A importância dessas variações em relação ao insucesso endodôntico é evidente pela comunicação existente entre polpa canal radicular e ligamento periodontal (IMURA; ZUOLO, 1998). 28 3 MATERIAIS E MÉTODOS Foram selecionados para este experimento 40 dentes humanos extraídos (pré-molares inferiores), com raízes completamente formadas e isentos de tecidos moles e cálculos. Estes dentes foram doados pelo Banco de Dentes da Universidade do Vale do Itajaí. Para melhor operacionalização do experimento, os dentes foram divididos em 4 grupos: G1, G2, G3 = grupos experimentais e G4 = grupo controle. Todos os dentes foram radiografados no sentido mesio-distal com o objetivo de avaliar a forma, largura, morfologia do canal e dispensar os dentes que apresentavam canais curvos, atrésicos ou que apresentavam 2 canais. O acesso coronário foi realizado com pontas diamantadas esféricas número 1014 (KG Sorensen), ilustrado na fotografia 1, e a forma de contorno foi executada com brocas diamantadas de ponta inativa número 3082 (KG Sorensen) (Fotografia 2). Fotografia 1 – Acesso coronário realizado com broca diamantada esférica 1014. Fotografia 2 – Forma de contorno realizado com broca diamantada de pontas inativas 3082. 29 A odontometria foi realizada introduzindo-se uma lima do tipo Flexo-File n° 15 no canal radicular até o momento em que sua guia de penetração atingisse o forame apical (Fotografia 3). Fotografia 3 – Odontometria realizada com lima do tipo Flexo-File n° 15 com auxílio de régua milimetrada. A modelagem do canal foi executada de acordo com a técnica Coroa-Ápice sem pressão apical utilizando limas tipo Flexo-File calibradas no comprimento de trabalho de modelagem (CTM), que foi determinado subtraindo-se 1mm do comprimento total do dente. A instrumentação do canal foi iniciada com as brocas Gates-Glidden números V, IV e III até o terço médio do canal radicular e em seguida foram utilizadas as limas tipo Flexo-File para a modelagem do terço apical girando-as no sentido horário e sem pressão apical. Antes da iniciação da matriz apical os forames apicais foram todos padronizados, utilizando-se uma lima de no 25. A confecção da matriz foi realizada no limite do CTM até a lima de calibre no 45, independente do instrumento 30 anatômico, e após este passo, foi realizado o escalonamento na região do canal radicular que não foi modelada pela ação das brocas Gates-Glidden. Em todo o processo de modelagem dos canais radiculares foi efetuada a irrigação com soro fisiológico a 0,9% utilizando-se seringas descartáveis e cânulas de irrigação 24x4. Depois de realizada toda a modelagem do canal radicular uma lima de no 25 foi introduzida no comprimento total do dente com o objetivo de remover resíduos contidos no forame apical. Em seguida os canais foram irrigados com EDTA a 17% durante 4 min. neutralizados logo após por soluções fisiológicas e aspiradas por cânulas. Terminada toda a seqüência de modelagem dos canais radiculares foi realizada a prova do cone (Fotografia 4) e em seguida os canais foram obturados pela técnica da condensação lateral, com auxílio de espaçador digital utilizando cimento de óxido de zinco e eugenol na proporção pó/líquido indicada pelo fabricante (Fotografia 5). Em seguida foi removido todo o excesso de material obturador com calcadores de Paiva aquecidos, condensação vertical e limpeza da câmara pulpar. Os dentes foram mantidos em uma estufa a 37o C com umidade relativa por um período de 24 horas para que ocorresse a secagem do material obturador. Os canais radiculares foram preparados para receberem pinos intraradiculares utilizando-se brocas Largo que foram introduzidos nos canais com limitadores de penetração de modo a obter remanescentes de material obturador de 3, 5 e 7mm. Assim foram caracterizados os três grupos experimentais, sendo cada grupo representado por 10 raízes, mais o grupo controle contendo também 10 raízes nas quais não foram removidos os materiais obturadores. 31 Fotografia 4. Prova do cone principal de guta-percha no 45. Fotografia 5. Técnica da condensação lateral com cones acessórios B7 e B8 e cimento óxido de zinco e eugenol. Para impermeabilização das raízes os dentes foram fixados em um palito de madeira através da embocadura do canal e fixados em uma lâmina de cera utilidade. Foi aplicada inicialmente uma camada de araldite (Brascola S/A – Ciba Geigy S.A.) de presa rápida (Fotografia 7), e após 24 horas foram aplicadas duas camadas de esmalte de unha de cor vermelha (Fotografia 8), com um intervalo de 24 horas para secagem destas substâncias impermeabilizadoras, que se aproximaram cerca de 1mm do forame apical. Fotografia 7: camada de araldite (Brascola S/A – Ciba Geigy S.A.) de presa rápida. 32 Fotografia 8: duas camadas de esmalte de unha de cor vermelha. As raízes permaneceram em meio seco, na lâmina de cera utilidade, através dos palitos de madeiras. Finalizada essa fase, a abertura coronária foi selada com cera utilidade e impermeabilizada com araldite e esmalte para unha, de acordo com seqüência já descrita. As raízes devidamente impermeabilizadas, com exceção do forame apical, foram imersas em solução aquosa de azul de metileno a 2% em recipientes plásticos identificados, permanecendo no corante por 72 horas dentro de uma estufa a 37o C. Terminado este processo, os dentes foram lavados em água corrente durante 12 horas e raspados por instrumentos LeCron para remoção das camadas impermeabilizadoras. Foram feitos, com discos diamantados de dupla face, dois sulcos longitudinais, um nas superfícies vestibulares e outro nas superfícies linguais até que se aproximassem da obturação (Fotografia 9). Fotografia 9: sulcos longitudinais superfícies vestibular e lingual. nas As raízes foram fraturadas no seu longo eixo utilizando-se um cinzel obtendose, assim duas hemipartes para posterior avaliação da penetração apical do corante. 33 A hemiparte que apresentou microscopicamente maior infiltração foi utilizada para a mensuração, sendo fixada em cera utilidade e em uma lâmina de vidro. A infiltração foi avaliada na interface entre o material obturador e a parede do canal radicular, sendo que a medida da infiltração foi feita da ponta do cone principal até a porção mais coronária do corante (Fotografias 10, 11 e 12 em anexo). Os valores obtidos foram transformados em milímetros e foi feita uma média aritmética dos grupos. Essas medidas foram tabuladas e submetidas à análise estatística, aplicando o teste de Análise de Variância, com nível de significância de 5%. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em 17 de junho de 2005. 34 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Após a seleção da hemiparte do dente com maior infiltração, foi feita a análise em microscópio estereoscópico com ajuda de uma régua milimetrada, e os valores apresentados em milímetros estão no gráfico 1. Gráfico 1 – Média/desvio padrão da infiltração apical com corante Azul de Metileno a 2% dos Grupos I (3mm), II (5mm), III (7mm) e Controle. As medidas de infiltração de cada dente em individual estão apresentadas, em anexo, na Tabela 1. As médias e variâncias (ANOVA) de cada grupo estão representadas na Tabela 2, em anexo. 35 5 DISCUSSÃO Analisando a tabela 1 pode-se observar uma diferença entre as medidas de infiltração dentro de cada grupo, o Grupo I apresentou 4mm como maior valor de infiltração e 2mm a menor infiltração; o Grupo II e o Grupo Controle apresentaram os seguintes valores, 4mm e 1mm; o Grupo III teve como maior infiltração 3,5mm e menor infiltração 1mm. Estas diferenças podem ser explicadas pelo fato de que os dentes, individualmente, apresentam algumas variações anatômicas, independente de serem todos pré-molares inferiores. As variações anatômicas podem ser deltas apicais, presença de canal acessório, canal secundário, diferenças na posição do forame apical entre outras variações (DE DEUS, 1992; IMURA; ZUOLO, 1998 e SOARES; GOLDBERG, 2000) que podem alterar a quantidade de azul de metileno infiltrado na interface material obturador/dente. Alguns dentes podem apresentar uma pequena curvatura no canal radicular na região do ápice que pode ser imperceptíveis radiograficamente, devido a sua incidência (mesiodistal), e de acordo com o estudo realizado por Santa-Cecília et al., em 1999, dentes com canais radiculares retos apresentam níveis de infiltração apical maiores que dentes com canais radiculares curvos. Neste experimento e de acordo com o gráfico 1, o Grupo I que apresentava menor quantidade de material obturador (3mm) obteve maior infiltração (2,79mm) em relação aos outros grupos. O grupo II apresentava um remanescente de material obturador maior (5mm) e obteve uma diminuição na sua infiltração apical (2,67mm). E por sua vez o grupo III e o grupo controle apresentaram níveis de material obturador maiores (7mm e todo canal radicular obturado, respectivamente) 36 apresentaram infiltrações próximas (2,33mm e 2,38mm, respectivamente). Resumindo, o gráfico mostra que quanto maior a quantidade de material obturador menor a infiltração. Tais achados estão de acordo com os resultados experimentais apresentados nos estudos de Radien; Gendelman (1994), Wu et al. (1998), Abramovitz et al. (2000) e Metzger et al. (2000). Todavia, os resultados colhidos nesses experimentos não apresentaram diferenças estatísticas nas médias das infiltrações apicais entre os Grupos I, II, III e Controle, indo ao encontro dos resultados colhidos por Ibrahim et al., em 1995 e Zuolo et al., em 1996. Isso vale dizer que deixando remanescentes de material obturador nas extensões de 3, 5 e 7mm, não haverá diferença, ou seja, não estaríamos contribuindo para o insucesso do tratamento endodôntico. Então é possível deduzir que o mais importante não é a extensão do material obturador, mas sim a sua condensação. Devemos destacar o estudo realizado por Gadê-Neto et al. (2002) que analisaram a infiltração apical in vivo e constataram que em nenhum dos 7 prémolares ocorreu infiltração, pois houve formação de barreira biológica no milímetro final do canal radicular, auxiliando no sucesso do tratamento endodôntico. Em nosso experimento a análise foi realizada in vitro, sem formação de barreira biológica, onde a única barreira impedindo a infiltração apical foi a obturação do canal radicular, e segundo estudo realizado por Oliver e Abbott, em 2001, a obturação de canais radiculares não impede a penetração de fluidos e que o resultado do tratamento não pode ser predito pelos estudos de infiltração apical. E Lucena-Martin et al. (2002) em outro estudo chegaram à conclusão de que nenhum material obturador previne a infiltração apical, embora a infiltração seja pequena. 37 Conforme a metodologia aplicada neste estudo, os dentes dos Grupos I, II e III tiveram seus condutos, depois de obturados, preparados para receberem pinos intra-radiculares, porém, não foram cimentados pinos neste espaço. Wu et al., em 1998, realizaram um estudo com o objetivo de analisar a infiltração em dentes preparados para pinos intra-radiculares que receberam a cimentação do pino em relação aos que não receberam cimentação, e concluiu que a infiltração criada pela remoção do material obturador durante o preparo para pino foi compensada pela sua cimentação. Como destaque final, devemos analisar que a média da maior infiltração entre os Grupos I, II, III e controle foi de 2,79mm, não ultrapassando o remanescente de material obturador mínimo, que foi de 3mm (Grupo I). Hipoteticamente, a infiltração de fluidos que penetrariam pelo ápice não atingiriam a interface material obturador/pino radicular. 38 6. CONCLUSÃO De acordo com o objetivo proposto, os resultados colhidos e a análise estatística, concluiu-se que: 1. Apesar de os grupos apresentarem infiltração apical em todos os dentes, as diferenças entre eles não foram significativas estatisticamente. 2. Variações anatômicas no ápice radicular podem alterar a infiltração 3. Materiais obturadões não impedem penetração de fluidos nos canais apical. radiculares. 4. A formação de barreira biológica auxilia na diminuição da infiltração de fluidos pelo canal cementário. 5. O importante não é a extensão de material obturador, mas a realização de uma técnica satisfatória. 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVITZ, I. et al. The effect of the immediate vs delayed post space preparation on the apical seal of a root canal filling: a study in an increased sensitivity pressure-driven system. 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J Prosthet Dent, Saint Louis, v.79, n.3, p.264-269, Mar. 1998. 42 APÊNDICE A Infiltração apical de um dente do Grupo 1 Fotografia 10 – Medição da infiltração apical através de microscópio estereoscópico de um dente com 3mm de material obturador. 43 APÊNDICE B Infiltração apical de um dente do Grupo 2 Fotografia 11 – Medição da infiltração apical através de microscópio estereoscópico de um dente com 5mm de material obturador. 44 APÊNDICE C Infiltração apical de um dente do Grupo 3 Fotografia 12 – Medição da infiltração apical através de microscópio estereoscópico de um dente com 7mm de material obturador. 45 APÊNDICE E Medidas da infiltração apical de cada dente dos Grupos I, II, III e Controle Tabela 1 – Medidas das infiltrações apicais, em milímetros, de cada dente em individual dos Grupos I, II, III e Controle. Dente 1 Dente 2 Dente 3 Dente 4 Dente 5 Dente 6 Dente 7 Dente 8 Dente 9 Dente 10 Grupo I Grupo II Grupo III 4 4 2,8 2,5 3,2 3 2 4 3,5 2,5 2,5 1 3,5 2 3 3 1,5 1 2,5 4 1,7 2 2,5 2,33 2,9 2 3 3 1 2 Grupo Controle 1,8 3,5 3 1 2 1,3 3,2 2,5 1,5 4 46 APÊNDICE F Médias/variâncias (Anova) dos Grupos I, II, III e Controle Tabela 2 – Média, soma das infiltrações de cada grupo e a variância de Anova dos Grupos I, II, III e Controle. Grupo Média Soma Variância Grupo I 2,79 27,9 0,396556 Grupo II 2,67 26,7 1,189 Grupo III Grupo Controle 2,333 23,33 0,775557 2,38 23,8 1,030667