História da Educação ILUMINISMO/ LIBERALISMO Regimes Absolutistas Revolução Francesa Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa História da Educação A palavra Iluminismo vem de luz e se refere à capacidade que a razão tem de tudo iluminar. A razão, dizia-se, é a luz natural do homem. História da Educação Antigo Regime ● setor político – poder absoluto dos reis. ● setor social – a divisão do povo em estamentos. ● setor econômico – as relações feudais em convivência e conflito com as relações capitalistas. ● setor cultural – a intolerância religiosa e filosófica. História da Educação Ideologia Burguesa • O Estado só é verdadeiramente rico se for internacionalmente poderoso; • para ser internacionalmente poderoso, precisa expandir as atividades capitalistas; • só expande as atividades capitalistas se der liberdade e poder social para a burguesia. Ideais iluministas História da Educação • IGUALDADE – no ato de comércio • TOLERÂNCIA RELIGIOSA OU FILOSÓFICA – no ato de comércio • LIBERDADE pessoal e social – o comércio só podia desenvolver-se numa sociedade de homens juridicamente livres para vender e comprar. • PROPRIEDADE PRIVADA – o comércio também só seria possível entre as pessoas que detivessem propriedade de bens ou de capitais. • EDUCAÇÃO CÍVICA, patriota e gratuita a todos, oferecida pelo Estado. História da Educação Educadores e Pensadores Iluministas • René Descartes (1596-1650) : o racionalismo - “Penso, logo existo” • Isaac Newton (1642-1727): o mecanismo. Lei da gravidade. • John Locke (1632-1704): o empirismo e o liberalismo político. • Adam Smith (1723-1790) – Obra: Ensaio sobre a riqueza das nações. • Montesquieu (Charles-Louis de Secondat) (1689-1755) : a separação dos poderes. Obra: “O espírito das leis”. 6 História da Educação Educadores e Pensadores Iluministas • Voltaire (François-Marie Arouet) (1694-1778) : as críticas à Igreja e aos poderosos. • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) : o bom selvagem e o contrato social. Obras: Contrato social e Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. • Immanuel Kant (1724-1804) : a crítica da razão e sua maioridade. Moral fundamentada na autonomia da razão humana. Educação e desenvolvimento da moral (autonomia). 7 História da Educação A pedagogia dos “filósofos” • Boa parte das expectativas e pressupostos positivos do reformismo ilustrado tinha como premissa a eficácia das práticas pedagógicas. • Instrumento ideal para a difusão das “Luzes” era a educação do príncipe pelos “filósofos”. • Fator-chave do progresso da razão, a pedagogia era para os iluministas o único caminho racionalmente possível no sentido da igualdade. 8 História da Educação A pedagogia dos “filósofos” • Só ela poderia proporcionar a eliminação, no futuro, do abismo que separava os espíritos bempensantes, moralmente bemformados e socialmente bem-educados, da plebe ignorante, supersticiosa, inclinada aos maus costumes e mal-educada. • A pedagogia iluminista envolve: a questão da natureza do processo educativo e a questão da reforma e difusão das instituições educacionais. 9 Processo Educativo História da Educação Claude Adrien HELVETIUS (1715-1771) Assim como boa parte dos demais “filósofos”, especialmente aqueles de tendências mais inclinadas ao materialismo, estava convencido de que “O homem não é senão o produto da sua educação”. A pedagogia era uma ciência tão exata quanto a geometria, e era ela que tornaria possível produzir bons cidadãos, ou seja, pessoas capazes de subordinarem seus interesses particulares ao bem público. Afinal, dizia-se, “todos os homens têm os mesmos interesses e os mesmos sentimentos” – cabe à educação 10 explorá-los. História da Educação Processo Educativo ROUSSEAU : Emílio é a negação das afirmações de Helvetius e dos pedagogos que se apoiavam na psicologia das sensações. Contraria aqueles que privilegiavam a influência do meio. Apela para a “verdadeira natureza do homem”. ● Relaciona educação e política. ● Trata da infância na educação. ● A criança nasce boa, o adulto, com sua falsa concepção da vida, é que perverte a criança; “é bom tudo o que sai das mãos do criador da Natureza e tudo degenera nas mãos dos homens”. 11 História da Educação Processo Educativo ROUSSEAU Ainda refuta Locke ao negar a importância da instrução, colocando em primeiro plano o desenvolvimento das potencialidades da criança e o pleno florescimento da sua personalidade. 12 Processo Educativo Johann Heinrich PESTALOZZI(1746-1827) História da Educação Obra: Leonardo e Gertrudes (reforma política, moral e social) Orfanato Internato de Yverdon Currículo Ênfase à atividade do aluno. Método Partia-se de objeto mais simples para os complexos; Do conhecido para o desconhecido; Do concreto para o abstrato; Do particular para o geral. Principais atividades: desenho, escrita, canto, educação física, modelagem, cartografia e excursões ao ar livre. Método adotado na Europa e na América. 13 Processo Educativo História da Educação Johann Friedrich HERBART (1776-1841) O ensino deve fundamentar-se na aplicação dos conhecimentos da psicologia. Propõe um ensino que, através de situações sucessivas e bem reguladas pelo mestre, fortalece a inteligência, forma a vontade e o caráter. Cada lição obedeceria a fases estabelecidas ou a passos formais: • Clareza da apresentação; • Associação; • Sistematização; • Aplicação. 14 História da Educação Difusão dos estabelecimentos educacionais •Opinião favorável dos “filósofos” a sistema controlado pelo Estado. um •Rousseau percebe as relações entre a consciência nacional e o patriotismo na formação do cidadão, e defende, em O contrato social, a educação pública, definindo a educação como “exigência pública e dever do Estado”. •Trata-se da cidadania, em oposição ao cosmopolitismo e ao vago sentimento de amor pela humanidade. 15 História da Educação Difusão dos estabelecimentos educacionais •Dessa forma, a cidadania só poderia ser construída com seus alicerces plantados na herança cultural particular de cada nação. •O amor da pátria depende de instituições nacionais, e dessas nenhuma mais importante do que um sistema estatal de instrução. •Pedagogos e reformadores iluministas tendiam, assim, a rejeitar em escala crescente todos os tipos de obstáculos capazes de impedir o cidadão de afirmar seus laços de obediência exclusivamente para com o Estado nacional. 16 Como classe dominante a burguesia assume de fato o papel de defensora de todos os homens, afirmando o ideal de igualdade e fraternidade. À classe dirigente a instrução para governar e à classe trabalhadora a educação para o trabalho. Dualismo sistematizado pela pedagogia positivista. 17