História LIVRO 7 | Avaliação Capítulos 8 e 9 A Revolução Francesa e a Era Napoleônica | Ideias, tecnologia e revolução 1 Relacione a situação econômica da França às vésperas da Revolução Francesa, as condições do Terceiro Estado e a convocação da Assembleia dos Estados Gerais. 2 Leia atentamente o texto abaixo e em seguida organize a pirâmide da sociedade francesa à época da Revolução Francesa, apresentando uma síntese com as principais características de cada um dos estamentos. O Primeiro Estado era composto pelo clero, que detinha grande poder econômico, pois, além da cobrança do dízimo, era proprietário de 10% do território francês. Não formava um grupo homogêneo, mas dividia-se em alto clero (bispos e abades, praticamente todos nobres) e baixo clero (padres e monges, identificados ao povo). Em 1789, constituíam apenas 0,5% da população e tinham direito a importantes privilégios, como a isenção ao pagamento de impostos e o direito a tribunais especiais. O Segundo Estado era composto pela nobreza, proprietária das terras, isenta de impostos, detentora do monopólio de acesso aos cargos superiores do exército, da Igreja e da magistratura. Parte desta nobreza vivia na Corte, junto ao luxo real, sustentada pelas pensões ou rendas de cargos administrativos; outra parte vivia nas províncias, junto às suas propriedades no campo, cobrando taxas a seus camponeses; havia, também, um grupo novo: os nobres togados, ou seja, ricos burgueses que adquiriam um título de nobreza mediante pagamento. Representavam 1,5% da população francesa. O Terceiro Estado eram todos os outros: a alta burguesia (financistas, grandes comerciantes, industriais), a pequena burguesia (comerciantes, médicos, professores), artesãos, trabalhadores urbanos (os sans-culottes, pois usavam calças compridas e não os culotes, presos aos joelhos) e camponeses. Apesar de tão diferentes, algo os unia: o Terceiro Estado pagava os impostos que sustentavam a monarquia absoluta de Luís XVI e não tinham direitos políticos; eram a imensa maioria: 98% da população. 3 Em 1792 o calendário francês foi substituído por novo modelo baseado no clima e nas estações do ano. Apresente e explique como foi organizado este novo calendário. 4 Qual foi a estratégia adotada por Napoleão Bonaparte para divulgar sua imagem? Quais características ele buscava realçar? 5 O que foi o Bloqueio Continental? 6 Trabalhando com documento. Leia o trecho que segue e responda às questões A e B: “[...]Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação do alfinete; para fazer uma cabeça e alfinete, requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente e alvejar os alfinetes também constitui uma atividade independente[...]” SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 41 a) O que o autor está descrevendo? b) Qual característica do sistema fabril está exemplificada no texto? Como o autor demonstra essa característica? 7 De que forma a criação do motor a vapor favoreceu o sistema fabril e quais foram as consequências para os trabalhadores? 8 Que mudanças a industrialização trouxe para a sociedade europeia do final do século XVIII? 9 Com a Revolução Industrial, uma nova classe social surgiu: o proletariado. A partir das mudanças ocorridas neste período, analise o trabalho das mulheres e das crianças e a disciplina imposta neste novo contexto histórico. 10 Explique a relação entre o Ludismo e a reação dos trabalhadores contra as condições de trabalho nas fábricas do final do século XVIII. História LIVRO 7 | Avaliação Capítulos 8 e 9 Respostas 1 A situação econômica, em 1789, era complicada. A fome atingia impiedosamente as camadas populares do Terceiro Estado. O governo estava em péssimas condições financeiras, pois a arrecadação de impostos era inferior a seus gastos, altíssimos devido aos custos de manutenção da luxuosa corte e à recente participação da França na guerra de independência dos Estados Unidos. A insatisfação do Terceiro Estado era evidente e, apoiados pelas ideias iluministas, seus integrantes passaram a exigir o fim do Absolutismo, dos privilégios do clero e da nobreza, e da interferência do Estado na economia. Diante da crise, o rei viu-se forçado a convocar a Assembleia dos Estados Gerais, formada por representantes dos três Estados, que não se reunia desde 1641. 2 Primeiro Estado. ••Composto pelo clero. ••Dividia-se em alto clero (bispos e abades, praticamente todos nobres) e baixo clero (padres e monges, identificados ao povo). Segundo Estado. ••Era composto pela nobreza, proprietária das terras. Parte desta nobreza vivia na Corte, junto ao luxo real, sustentada pelas pensões ou rendas de cargos administrativos; outra parte vivia nas províncias; a nobreza de toga. Representavam 1,5% da população francesa. Terceiro Estado. ••A alta burguesia, a pequena burguesia, artesãos, trabalhadores urbanos e camponeses. 3 Em 1792, com o objetivo de acabar com qualquer herança religiosa na França, os revolucionários instituíram um novo calendário que substituía o cristão, baseados no clima e nas estações do ano da França. O ano era dividido em doze meses, todos com trinta dias. Ao final do ano, sobravam cinco dias chamados dias de sans-culottes. 4 Napoleão encomendava obras de arte que o retratavam de forma positiva exaltando suas batalhas, conquistas e habilidades como general e administrador, transmitindo uma imagem heroica; doava presentes a quem o apoiasse; criou um serviço de imprensa que fabricava opiniões de apoio ao seu governo; por fim, chegou a criar um feriado em sua própria homenagem, o dia de São Napoleão. 5 O bloqueio continental foi a proibição imposta por Napoleão aos países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Essa medida tinha por finalidade derrubar a potência comercial da Inglaterra e tomar o seu lugar no abastecimento dos países europeus. 6 a) O autor está descrevendo o processo de produção de um alfinete. b) A divisão do trabalho, pois o texto mostra que cada trabalhador realiza uma etapa do trabalho para fabricar um simples alfinete. 7 A criação do motor a vapor foi essencial para o desenvolvimento das fábricas. A partir dele foram criadas máquinas que produziam em tempo muito menor que o das máquinas mecânicas. Portanto, produziam mais, em menos tempo, gerando mais lucros, favorecendo a expansão do sistema fabril. Como consequência para os trabalhadores, houve a diminuição da necessidade de mão de obra, levando muitos ao desemprego. 8 Com a industrialização se desenvolveram também novas relações sociais, as cidades cresceram, a burguesia ganhou mais poderes, tornando-se a classe dominante e uma nova classe surgiu: o proletariado. Por um lado, a industrialização trouxe mais conforto e, por outro, mais miséria e insalubridade. História LIVRO 7 | Avaliação Capítulos 8 e 9 Respostas 9 Com a introdução das máquinas, a força muscular deixou de ser um atributo necessário ao trabalhador das indústrias têxteis, sendo aproveitado em larga escala o trabalho de mulheres e crianças, cuja remuneração chegava a ser a metade, ou menos, do que a de um homem; os dedos finos das crianças eram úteis na manutenção das máquinas e seu porte físico adequado ao espaço apertado entre as instalações. A disciplina era rigorosa e as punições e multas de rigor extremado; quando julgava necessário, o capataz abusava das brutalidades. Os acidentes de trabalho eram muito frequentes, reflexos de má alimentação e fadiga: algumas crianças trabalhavam sobre pernas de paus, para alcançar os teares, e se adormecessem tinham seus dedos estraçalhados nas engrenagens. Nestes casos, não havia quaisquer formas de assistência ou indenização. Os homens adultos sofriam com o desemprego provocado pela introdução das máquinas, que prescindiam de mão de obra numerosa, e pelo trabalho de suas mulheres e filhos. 10 Em 1779, a Inglaterra foi palco de um movimento dos trabalhadores que viram nas máquinas introduzidas na indústria têxtil a causa de suas desgraças, já que estas economizavam mão de obra, levando-os ao desemprego. O movimento ficou conhecido por ludista, derivado da assinatura Ned Ludd usada em um manifesto. Os operários quebravam máquinas nas fábricas, em ações muitas vezes noturnas que chegavam a reunir 50 pessoas, levando o terror aos seus proprietários. O governo as reprimiu prontamente, punindo os envolvidos quando estes eram apanhados.