Mar não é um "D. Sebastião salvador da economia" O A pesca, a riqueza dos oceanos ou a necessidade de preservação dos habitais estiveram em análise no Casino Figueira pelo investigador Ricardo Serrão Santos da Universidade dos Açores e de mão, com efeitos muito menos nocivos". que possam ser desenvolvidas forma sustentável" disse O pró-reitor da universidade açoreana manifestou alguma Mas desengane-se quem pensa que o mar pode ser o na imposição de quo- da pátria". "Não há um D. Sebastião que vai salvar a descrença tas, que considerou compromissos trumentos pesca de arrasto de profundidade é uma coisa horrível, futuro...ReDescobrir o mar'. docente da Universidade O dos tros que colhem tudo, não só Açores, considera esse tipo de pesca como "extremamente no- peixes como todo o habitat". Palavras de Ricardo Serrão Santos, civa" e defende que devemos "regressar a pescas mais tradi- académico cionais'', com redes de mais de cem me- e investigador que esteve no Casino Figueira a falar sobre 'Migração para o mar pro- uma vez que se trata de recursos "não renováveis", defendendo a pesca "de linha de que insem conhe- economia. políticos baseados Mesmo em recursos minerais, não sabemos a sua Aludiu à extensão", frisou, referindo-se existência de cobre, mas falando fazer sentir em águas menos profundas, que tem levado ao no desconhecimento aumento da pesca em águas sante". profundas, ¦ "A serem "mais "salvador falta de pescado que se começa a cimentos fundo. Exploração e conservação', no âmbito do ciclo 'Rotas do de fundo científicos". colocando-se agora de proporção à sobre se "a existente é interes- Neste debate, moderado por José Teixeira (director em causa, a sobrevivência António espécies que, até então, estavam a da SIC Notícias), esteve também salvo. Por isso, Ricardo Santos considera que a proposta de presente o vice-almirante Augusto Mourão Ezequiel, ele próprio um especialista e estudioso criação protegidas de áreas marinhas "deve continuar a ser implementada", mas não tem ilusões. "É lutar contra moinhos de do mar, que manifestou igualmente preocupações no que se refere aos stoks piscícolas e à se- vento pensar que se poderia proteger os oceanos todos e as áreas gurança da costa portuguesa, não são para proibir as actividades, antes permitir fazer", quanto a um enquadramento legislativo. I protegidas, defendendo que "há muito para