PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Fundamentos sobre TV DIGITAL Prof. Alexandre A. P. Pohl Departamento de Eletrônica (DAELN) 1 Arquitetura Básica do Sistema Produção de Conteúdo Codif. dados Codif. Áudio Aplicações Interativas Codif. Vídeo Middleware Camada de Transporte Decodif. Áudio Decodif. Vídeo Camada de Transporte Canal de Radiodifusão Codificação de canal, Modulação e transmissão Descida Recepção, demodulação e decodificação de canal Retorno Transmissor Receptor Diagrama de Blocos do Sistema de TV Digital T R A N S M I S S ÂO Sinal •Filtragem •Conversão A / D •Codificação fonte Analógico •Codificação de canal • Modulação Digital • Conversão (up) • Amplificação Antena Canal (Ar) RECEPÇÃO Sinal • Decodificação fonte • Conversão D / A Analógico • Filtragem Demodulação Digital Decodificação e Estimação de canal Antena Desenvolvimento 1884: Paul Gottlieb Nipkow patenteou o primeiro sistema de TV eletromecânico de varredura. 4 Desenvolvimento John Logie Baird, inventor escocês, demonstrou, em Londres, um sistema monocromático de transmissão de imagens (1925) e de imagens em movimento (1926). Seu sistema de varredura (composto por um conjunto de lentes em espiral) produzia uma imagem com 30 linhas de resolução, suficiente para resolver uma face humana. Em 1928, Philo Farnsworth fez o primeiro sistema de TV operacional com varredura eletrônica e dispositivos de tomada de imagem e de recepção, que ele demonstrou para repórteres da mídia em 01-09-1928. Nessa ocasião foram transmitidas imagens de um filme 5 No Brasil A televisão no Brasil começou em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand, que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi. Decreto 4.901 de 26/11/2003 institui o projeto do Sistema Brasileiro de TV Digital. Entra em operação em dezembro de 2007 6 TV Analógica Fundamentos 7 Acuidade Visual A.V. medida como o ângulo subentendido pelo menor detalhe visível de um objeto Resolução: capacidade de um meio/dispositivo em reproduzir detalhes de um objeto. 8 Resolução em TV No. de linhas pretas e brancas alternadas que podem ser resolvidas verticalmente em toda a extensão de uma tela (LPH lines per picture height) 1 Nv n Nv: no. elementos da imagem que podem ser distinguidos, dada uma determinada altura e distância de visão. α ângulo mínimo que pode ser resolvido pelo olho humano. n = D/H (distância de visão dividido pela altura da imagem). Exemplo: D = 6 H = 6 x 0,3 = = 1,8 m 9 EXEMPLO α = 2,91.10-4 radianos (1 minuto de arco) n=6 1 Nv 572 linhas 4 2,91.10 6 Obs- HDTV, com 1125 ou 1250 linhas por quadro, requer menor distância de visão (n = 3) ou tamanhos maiores de tela para que o olho possa resolver os detalhes. 10 Persistência de Visão Habilidade humana em reter (ou “lembrar”) a impressão visual de uma imagem após ela ter sido retirada. Em média, persistência dura 0,1s. A apresentação de quadros sucessivos a uma taxa de 10 quadros/s já é suficiente para levar à ilusão de movimento percebida pelo cérebro. 11 Vídeo Composto contém informações sobre luminância (brilho da imagem) e crominância (matiz e saturação, que são características da cor). Além disso, carrega sinais de sincronismo que permitem o retraço do sinal no processo de varredura na direção horizontal e vertical. 12 Varredura No sistema de TV os elementos de um quadro são disponibilizados em uma tela um após o outro, através de um processo de varredura… …mas são percebidos ao mesmo tempo devido ao fenômeno de persistência de visão. Consiste em se “quebrar” a imagem em uma série de linhas horizontais e transmití-las em seqüência (525, NTSC ou 625, PAL). 13 Tipos de Varredura Intercalada (interlaced) e Progressiva Intercalada: imagem (quadro) é varrida e sintetizada em dois conjuntos de linhas espaçadas, conhecidos como CAMPOS. Cada um dos conjuntos compreende metade do no. total de linhas do quadro. 14 Varredura Intercalada 1 3 5 7 9 2 4 6 8 10 campo 1, linhas ímpares - esquerda para direita de cima para baixo - campo 2, linhas pares Sistema NTSC: 525 linhas e 262,5 linhas por campo Sistema PAL: 625 linhas e 312,5 linhas por campo15 Sincronismo Assim, em transmissão de sinais de vídeo analógico percebe-se a necessidade de sincronização da varredura do sinal da fonte com a varredura do sinal no destino. Ela é obtida através de sinais de sincronismo, horizontais e verticais, que são enviados pela fonte junto com o sinal de vídeo capturado. 16 17 Amostra de uma linha vista em analisador de forma de onda 18 Cor no Sistema de TV Analógico Um sistema de TV preto e branco preocupa-se com a captação do brilho médio da luz presente, transformando-a em sinal elétrico. Um sistema de transmissão a cores precisa captar e gerar o conjunto de cores básicas e transformar suas características em informações elétricas. Assim, o sistema de TV a cores possuirá um sinal de LUMINÂNCIA, que conterá informação sobre o brilho das cores, e um sinal de CROMINÂNCIA, que conterá informação sobre o matiz e a saturação das cores. 19 Cor no Sistema de TV Analógico Assim,é necessário somar quantidades bem definidas de vermelho, verde e azul (designados como R, G e B). A combinação linear dessas três cores fornece o sinal Y, dado por: Y = 0,30R + 0,59G + 0,11B (Volts) Um sinal Y normalizado para obter a cor branca padrão terá uma amplitude de 1 Volt, através da combinação de 0,3 Volts de vermelho (R), 0,59 Volts de verde (G) e 0,11 Volts de azul (B). 20 21 Largura de Banda do Canal NTSC (CCIR M) Limite inferior da banda limite superior da banda 22 Comparação NTSC e PAL Características PAL PALM / NTSC Largura total do canal 8 MHz 6 MHz Banda lateral vestigial 0,75 MHz 0,75 MHz Distância da portadora de vídeo em relação ao início da banda 1,25 MHz 1,25 MHz Distância entre a portadora de vídeo e a portadora de cor 4,43 MHz 3,58 MHz Distância entre a portadora de vídeo e a de áudio 5,5 MHz 4,5 MHz 23 Diagrama de Transmissão e Recepção 24 Modulação AM Portadoras servem como suporte para levar a informação até o destino. São compatíveis com com as dimensões do elemento irradiador e com as características do meio. Permitem multiplexação Tipos: AM, FM, Fase… st A1 am mt cosct Δam= B/A 25 Modulação do Sinal de Vídeo Sync tip Nível de apagamento Modulado em amplitude (AM / VSB) 27 Vantagens do Vídeo Digital Sinal digital é imune à degradação observada no sinal analógico (distorções lineares e não-lineares, ruído) Facilidade de processamento do sinal digital (compressão, armazenamento) É compatível com as técnicas de transmissão (digital) desenvolvidas. Padrões de Vídeo Digital Padrão NTSC 4 fsc Padrão PAL 4 fsc Permite escolha entre 8 e 10 bits Norma SMPTE 244M define as características do padrão NTSC digital e as respectivas conexões da interface paralela dos bits Padrão Digital de Vídeo Componente A utilização do sinal na forma digital também reduz as degradações (desde que a conversão seja realizada uma única vez) Padrão de digitalização de vídeo composto: 4fsc Padrão de digitalização de vídeo componente privilegia a qualidade para operação em estudios CCIR Recommendation 601 (Encoding Paramenters of Digital Television for Studios) permitiu uma abordagem comum para digitalização dos sinais 525/60 e 625/50 Quantização Geralmente, emprega-se quantização uniforme (níveis de igual valor) Amplitude do nível Q = 1/2n n é o no. de bits/amostra Erro: ± ½ Q Atualmente, n = 10 (1024 níveis) 31 Freqüências de Amostragem Para sinal NTSC (fref = 3,375 MHz) 4:1:1 sinal de luminância é amostrado em 13,5 MHz (4 x fref) e cada sinal diferença de cor em 1 x fref. 4:2:2 sinal de luminância é amostrado em 13,5 MHz (4 x fref) e cada sinal diferença de cor em 6,75 MHz (2 x fref) 4:4:4 sinal de luminância e sinais diferença de cor amostrados em 13,5 MHz (4 x fref) Taxas de Amostragem* As taxas correntes para o sinal de vídeo composto são: 4 fSC = 4 x 3, 58 = 14,3 MHz para NTSC 4 fSC = 4 x 4,43 = 17,7 MHz para PAL Para as componentes de vídeo (R-Y) e (BY) utiliza-se um múltiplo de fH = 15,73 KHz * SMPTE digital composite video standard (4fsc) 33 Exemplo Para o sistema de vídeo componente 4:2:2: Taxa serial = 27 Mpalavras/s x 10 bits/palavra = 270 Mbps Para o sistema de vídeo composto 4 fSC NTSC: Taxa serial = 14,3 Mpalavras/s x 10 bits/palavra = 143 Mbps PAL: Taxa serial = 17,7 Mpalavras/s x 10 bits/palavra = 177 Mbps 35 Áudio Digital Conversão A/D Amostragem Quantização Codificação Padronização AES/EBU (Audio Engineering Society / European Broadcast Union) Formatos de Áudio Digital 36 Freqüências de Amostragem Padrão 32 KHZ (sistemas iniciais). Em estaçõec que alimentavam transmissores de FM estéreo. 44,1 KHz (padrão de eletrônica de consumo). CDs que usam PCM. 48 KHz (padrão de áudio de transmissão) 37 Padrão MPEG Codificação Razão Compressão Taxa PCM (CD-Quality) 1:1 e 32 a 448 Kbps MPEG-1 layer II 8:1 192 Kbps MPEG-1 layer III (MP3) 12:1 128 Kbps Padrão Taxa de Amostragem (KHZ) Taxa (Kbps) MPEG-1 32 ; 44,1 ; 48 32, 40, 48, 56,64, 80, 96, 112, 128, 160, 192, 224, 256, 320 MPEG-2 16 ; 22,05 ; 24 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 80, 96, 112, 128, 144, 160 4:1 Prof. Alexandre Pohl 38 Padrões de Áudio nos Sistemas de TVD ATSC: Dolby Digital AC-3 (renomeado para A/52) DVB: ISDB: Dolby Digital AC-3 e MPEG-2 AAC MPEG-2 AAC ISDB-Tb Prof. Alexandre Pohl (brasileiro): MPEG-4 AAC 2.0 39 Compressão de Vídeo Taxas muito altas (SDI, 270 Mbps) exigem grande banda Sistemas convencionais (NTSC, PAL, SECAM): redução da informação de crominância (< 1,5 MHz) Levam em conta o fato do Sistema Visual Humano (HVS) não ser tão sensível à informação de cor Compressão de Vídeo Imagens geralmente contem dados idênticos, que NÃO precisam ser repetidos durante a transmissão O processo de identificação de dados idênticos em um quadro (ou seqüência de quadros) é conhecido como decorrelação de dados. Entropia: caracteriza a medida do conteúdo médio de informação de uma imagem (que é amostrada e representada por um conjunto e bits. Técnicas de Compressão Video Sem Perdas DCT VLC Com Perdas RLC Remoção sincronização Subamostragem Quantização DPCM Isoladamente apresentam baixa RC. Combinadas aprsentam melhor eficiência Codificação de vídeo mpeg Codificação MPEG – Amostragem [3] Bloco 8x8 1 2 3 4 Macrobloco 5 6 CB CR 4:1:1 Y 1 2 3 4 5 6 1 …. Arquitetura de Data stream MPEG Fatia (“slice”) fatia Grupo de figuras - GOP Quadro Prof. Alexandre Pohl 46 Estrutura do Fluxo MPEG CAMADA final Sequência de vídeo 2 Sequência de vídeo 1 Sequence Elementary Stream Sequência de vídeo 3 Cabeçalho GOP GOP 1 GOP 2 GOP 3 GOP 4 …. Cabeçalho I Frame B B P …. Cabeçalho Slice …. MB MB MB MB MB MB Cabeçalho MB Atributos MB Vetores movimento Y Y Y Y CB CR MB DCT Block Coeficientes DCT EOB 8x8 Y pixels Prof. Alexandre Pohl 47 Quadros I, P e B Quadro-I: composto apenas por intrablocos (quadro sem referência a outros quadros). Usados apenas para reduzir redundância espacial. Quadro-P: contém intra macroblocos e macroblocos sobre compensação de movimento para frente. Referência a quadros B e futuros quadros P. Quadros-B: contém macroblocos que fazem referência a quadros para frente, para trás, intra macroblocos e compensação de movimento. Maior compressão. Não servem como referência. 2 quadros P e um quadro I devem ser decodificados primeiro. A sequência de quadros é chamada de GOP (group of pictures) e é determinada pelo algoritmo de compressão Prof.(MPEG) Alexandre Pohl 48 Composição do GOP I B I P I I B P I Tempo B B P B IBBPBBPBBI B P Prof. Alexandre Pohl 49 Estimação e Compensação de Movimento A estimação consiste em uma técnica que busca identificar a tendência de movimento de um objeto em uma sequência de cenas. O processo estabelece um eixo óptico, que representa um eixo de referência para identificar o deslocamento do objeto. A movimentação é então caracterizada por vetores de deslocamento. Portanto, pode-se transmitir apenas a informação de deslocamento para se localizar o objeto em sua nova posição. Prof. Alexandre Pohl 50 Exemplo Eixo óptico Quadro n Quadro n+k Quadro n+p (p > k) Objeto estático na sequência de quadros. Prof. Alexandre Pohl 51 Exemplo Objeto em movimento na sequência de quadros. Eixo óptico original Vetor de deslocamento Eixo óptico deslocado Quadro n Quadro n+k Prof. Alexandre Pohl Quadro n+p (p > k) 52 Razão de Compressão R.C = taxa da imagem original / taxa da imagem comprimida Área da região ativa de formato 4:2:2 com 8-bits de resolução: (720+360+360) no. pixels (Y, CB e CR) por linha 512 no. linhas por quadro 29,97 taxa exata de quadros/s (NTSC) (720+360+360)x512x29,97x8 = 176,77 Mbps Se a compressão for de 24 Mbps RC = 176,77 / 24 = 7,4 53 54 Diagrama de Blocos do Sistema de TV Digital T R A N S M I S S ÂO Sinal •Filtragem •Conversão A / D •Codificação fonte Analógico •Codificação de canal • Modulação Digital • Conversão (up) • Amplificação Antena Canal (Ar) RECEPÇÃO Sinal • Decodificação fonte • Conversão D / A Analógico • Filtragem Demodulação Digital Decodificação e Estimação de canal Antena BLOCO DE TRANSMISSÃO 1 2 3 Sinal comprimido A/D Sinal Analógico Compressor Digital H.264 ~ 1,2 Gbps ~20 Mbps Up Converter 4 Excitador 5 Sinal FI Modulador Amplificador de Potência 6 Antena Sinal UHF Bloco do modulador é diferente para cada padrão 57 HIERAQUIA DE CAMADAS H.264 / AVC VÍDEO PES* MPEG-2 AAC ÁUDIO PES TRANSPORTE TS PES MIDDLEWARE MULTIPLEXAÇÃO CODIFICAÇÃO DE FONTE * PES – Packetzied Elementary Stream MODULAÇÃO TRANSMISSÃO Conversão de freqüência Amplificação Filtragem/Antena 58 CODIFICAÇÃO DE CANAL E MODULAÇÃO TS Codificação de canal Modulação Antena Adequação ao Canal (“meio”) “ MODULADOR “ 59 QAM Quando realizada com sinais digitais, a modulação recebe o nome de QAM (quadrature amplitude modulation) s(t) = b(t) cos(ωct + φ) + d(t) sen(ωct + φ) b(t) = ∑ bn p(t – nTb) d(t) = ∑ dn p(t – nTb) Constelação depende do no. de símbolos Ex: 4-QAM (π/4 QPSK) bn = {A, -A} e dn = {A, -A} No. maior de símbolos torna a modulação mais eficiente 60 Modulação em Quadratura Utiliza as propriedades de ortogonalidade dos sinais Seno e cosseno. Permite dois sinais diferentes na mesma Portadora (mesma banda AM). Informação carregada tanto na variação 61 de fase como de amplitude OFDM Orthogonal Frequency Division Multiplexing Visa a transmissão de múltiplos sinais em diferentes freqüências Implementada com FFT OFDM em banda básica é o resultado da composição de várias subportadoras ortogonais Dados em cada subportadora são independentemente modulados (QAM ou PSK) Possui: elevada eficiência espectral, imunidade contra multipercursos e ruído de surto, resitência a desvanecimento. 62 Modulação OFDM Ortogonalidade garante que a interferência intersimbólica nas freqüências das subportadoras seja nula Subportadoras moduladas em QPSK, 16QAM ou 64M 63 Distribuição de Energia no Canal 64 Ensaios 65 Padrão ISDB 66 Características Principais ISDB-T Codificação de vídeo: H.264 Codificação de áudio: MPEG-2 AAC Modulação: CODFM (Coded Orthogonal Frequency Modulation): usa permutação pseudo-aleatória da carga entre as diversas portadoras Camada de Transporte: MPEG-TS Middleware Interatividade torna o terminal do assinante mais complexo Necessidade de garantir a interpretação e execução de instruções em uma diversidade de terminais heterogêneos, com diversos recursos e capacidades. Solução: criação de uma semântica em que os programas possam ser executados independentemente das peculiaridades do hardware de cada terminal. Carece de uma linguagem de programação e suas interfaces (APIs – Application Program Interfaces) Middleware Declarativo Criação de uma máquina virtual no terminal e acesso. Duas linguagens: declarativa e procedural Linguagens declarativas não exigem que o programador especifique cada passo a ser executado pelo programa. Basta o conjunto de tarefas a ser executado. Middleware declarativo suporta aplicações como o padrão HTML (que não é adequada para aplicações em TV digital interativa) Outras linguagens declarativas: SMIL, XMT-O, NCL. Bibliografia Televisão Digital, Princípios e Técnicas, Arnaldo Megrich, editora Erica, 2009. Televisão Digital, Marcelo Sampaio de Alencar, editora Erica, 2007. Digital Television Fundamentals, Michael Robin and Michel Poulin, McGraw-Hill, 2000. Standard Handbook of Video and Television Engineering, McGraw-Hill, ed. Jerry Whitaker and Blair Benson, 2003. The MPEG Handbook, John Watkinson, Elsevier, 2004. 71 Contato Professor Alexandre Pohl DAELN / CPGEI [email protected] 72