ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ZENEIDE IGINO DE MOURA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA – PIBID SUBPROJETO PIBID DANÇA COORDENADORA: Prof.ª Dr.ª KARENINE DE OLIVEIRA PORPINO SUPERVISORA: Prof.ª Ma. RAPHAELLY SOUZA BEZERRA ROTEIRO DO MUSICAL NATAL – RN JUNHO / 2015 1 FICHA TÉCNICA Coordenação do PIBID Dança: Karenine de Oliveira Porpino Idealização do Projeto: Professora Supervisora e bolsistas do PIBID Dança (E.M. Prof.ª Zeneide Igino de Moura). Criação do Roteiro/Direção Geral: Raphaell Sonoplastia: Nilvânia Alves Iluminação: Heberth Gleydson Coreógrafos: Eduardo Viana, Eloise Tassila, Jéssica Cortés, Jéssica Larissa, Lívia Araújo, Nelita Castro, Nilvânia Alves, Raphaelly Souza e Silvia Priscila. PERSONAGENS Narradora Seu Januário idoso Seu Januário jovem Rosinha Neto Neta Filhos Lavadeiras Menino vendedor de cocadas Bailarina Mágico Palhaço Lampião Maria Bonita 2 CENAS DO MUSICAL CENA 1: PRÓLOGO.................................................................................................................................05 CENA 2: AS LAVADEIRAS/ FAZENDO COCADA...................................................................................05 CENA 3: A FEIRA.....................................................................................................................................06 CENA 4: O CIRCO....................................................................................................................................06 CENA 5: PROCISSÃO/SAÍDA DO SERTÃO............................................................................................07 CENA 6: NUMA SALA DE REBOCO........................................................................................................08 CENA 7: É DIA DE MISSA, HOJE TEM PASTORIL.................................................................................09 CENA 8: VIVA A SÃO JOÃO!...................................................................................................................09 CENA FINAL.............................................................................................................................................10 3 SOBRE O ENREDO A história se passará em dois planos diferentes: um atual e um em forma de flashback, o plano da memória. O personagem principal será um senhor de idade que saudoso de seu passado e preocupado com a fixação dos seus netos por uma tecnologia que acaba, muitas vezes, afastando-os do convívio familiar, decide contar a história de sua vida, relembrando de fatos importantes e de como ele fora parar ali, na chamada “cidade grande”. Seu Januário, nascido e criado numa cidade interiorana, crescido sob o sol quente do sertão, acostumado com as dificuldades da vida de quem vive numa região seca, onde o calor castiga e o solo árido mata quase o ano inteiro a possibilidade de a vegetação florescer. A seca traz a fome, a falta de trabalho e o desespero de vários Josés e de muitas Marias que choram pelas tantas vezes que se veem impossibilitados de alimentar os seus filhos. Mas apesar dos pesares, a vida difícil do sertanejo não lhe rouba a paixão por seus costumes e suas crendices, e ainda que a seca castigue, a fé e o orgulho de ser quem é, de fazer parte de uma cultura cheia de cores e belezas em sua paradoxal riqueza e simplicidade simultânea, faz com que aquele que por ventura deixe a sua cidade, nunca se esqueça e tampouco supere a saudade da sua terra natal. Em nossa encenação a realidade acima falada, juntamente com a triste perda de sua esposa quando ainda era jovem, faz com que Januário se mude junto com seus filhos para a capital, numa busca por um emprego e moradia. Anos depois, quando já avô, nosso protagonista certo dia começa a relembrar de seus tempos no interior, e do quanto sua via era feliz mesmo sem as tecnologias que hoje em dia “aprisionam” os jovens. A viagem pelas memórias de Seu Januário então começam com uma envolvente contação de histórias de um avô para seus queridos netos. 4 CENA 1: PRÓLOGO NARRADORA - Introduz brevemente o enredo. [No palco, pequenos grupos representando as cenas que serão apresentadas no decorrer do espetáculo (imagens congeladas). Seu Januário entra em cena e conforme ele caminha os grupos vão “ganhando vida” e começam a desenvolver movimentações referentes às que apresentarão no decorrer da encenação. A trilha sonora envolve também músicas que estarão presentes nas cenas seguintes, elas vão sendo tocadas brevemente como numa espécie de rádio mal sintonizado]. SEU JANUÁRIO – Declama um poema ou a letra de uma música. [Seu Januário vê seus netos entretidos com o celular e chama-os, mas eles não o escutam. Ele chega perto dos dois pré-adolescentes e começa a conversar com eles. Os grupos vão se juntando e formando um só, depois congelam novamente]. DIÁLOGO ENTRE AVÔ E NETOS – O avô repreende a fixação dos netos pelo celular e começa a falar como era no seu tempo. Os netos ficam curiosos em saber como o avô conseguia se divertir sem internet e iniciam uma série de perguntas a respeito do passado de Seu Januário. O avô decide então contar sobre sua infância e adolescência, quando ainda vivia numa pequena cidade do interior. [Os grupos se espalham rapidamente pelo palco, como numa explosão, e depois saem de cena. Ficam em cena apenas duas lavadeiras e duas donas de casa]. CENA 2: AS LAVADEIRAS/ FAZENDO COCADA [As lavadeiras começam a estender roupas enquanto cantarolam. Simultaneamente uma mulher mexe um taxo de cocada enquanto outra já caminha com cocadas prontas e entrega para um garoto sinalizando para ele sair com os doces e levá-los para vender. Esta cena cotidiana aos poucos vai se tornando uma coreografia de Coco de Roda, ao mesmo tempo em que os atores/bailarinos cantam “Sertão de Caicó”]. Coreografia 1: Coco de Roda Música: Sertão de Caicó (Milton Nascimento) e (?) Coreógrafas: Jéssica Cortés e Silvia Priscila. Elenco: alunos do 5º ano B 5 CENA 3: A FEIRA [Os alunos participantes da coreografia anterior tiram os varais e as roupas usadas na cena anterior. O garoto que havia saído com as cocadas aparece vendendo os seus doces, ao mesmo tempo vão chegando outros vendedores ambulantes e as vozes vão se confundindo até que fique impossível compreender o que cada um está falando. Ao fundo uma trilha sonora dá ritmo à cena]. [Inicia uma música e aos poucos entram outros atores com objetos cênicos que transformarão o espaço numa feira. A cena terminará com uma embolada cantada ao vivo]. Coreografia 2: Um dia de feira Música: Xique Xique (Tom Zé) Coreógrafas: Raphaelly Souza Elenco: alunos do 5º ano A e B [Ao final da coreografia passam alguns artistas circenses chamando os moradores da cidade para prestigiarem o espetáculo deles]. [A encenação volta para o plano atual]. DIÁLOGO ENTRE AVÔ E NETOS - O avô conta aos netos que naquele dia foi ao circo e se encantou com os seus artistas, chegando até a pensar em deixar a cidade para acompanhá-los, não porque desgostasse de lá, mas porque queria percorrer outros lugares, conhecer as cidades vizinhas e “matar” a curiosidade tão comum às crianças da idade em que tinha nesta época. Seu Januário diz ainda que durante a apresentação se viu apaixonado pela primeira vez em sua vida, ao ver uma linda bailarina girando no meio do picadeiro. CENA 4: O CIRCO [A encenação volta para o plano da memória] [Entra um mágico carregando uma bailarina nos braços. O mágico dá corda na bailarina e ela começa a girar ao som de uma caixinha de música. Quando a música para um mágico e um palhaço apresentam o espetáculo]. PALHAÇO – Hoje tem marmelada? 6 PÚBLICO – Tem sim senhor! MÁGICO – Respeitável público, com vocês (...) Coreografia 3: O espetáculo não pode parar! Música: Piruetas (Chico Buarque) Coreógrafa: Raphaelly Souza Elenco: alunos do 3º ano A [Volta para o plano atual] DIÁLOGOS ENTRE AVÔ E NETOS – Seu Januário conta das dificuldades da vida do sertanejo e da fé que faz seu povo não desistir de acreditar que a chuva virá logo e fará florescer a vegetação e os dias do povo sertanejo. CENA 5: Procissão/Saída do Sertão [Esta cena acontecerá de forma simultânea, ou seja, nos dois planos ao mesmo tempo, o da memória e o atual]. [Avô levanta da cadeira em que estava sentado e vai caminhando lentamente até o centro do palco declamando um poema ou ao som de uma voz gravada recitando o mesmo poema]. [Vão entrando em cena um coro (turma do 5º ano C), um grupo de bailarinas dançando dança contemporânea e Rosinha, esposa de Seu Januário. Neste momento também será representada a morte, de maneira simbólica, de Rosinha]. [Logo após esta representação, entra em cena Seu Januário jovem e seus dois filhos. Quando uma das bailarinas entrega uma trouxa de roupas e outra um cantil de couro para Seu Januário mais novo, ele e seus filhos começam a caminhar lentamente simbolizando sua partida rumo a “cidade grande”. Aos poucos vão entrando em cena pessoas com matulões ao som de músicas cantadas ao vivo e depois um pot-pourri de canções gravadas]. 7 Coreografia 4: Procissão Músicas: Súplica Cearense, Pau-de-Arara, Asa Branca (Luiz Gonzaga), etc. Coreógrafos: Nelita Castro e Raphaelly Souza Elenco: alunos 4ª ano A e do 4º ano B [Volta ao plano atual]. DIÁLOGO ENTRE AVÔ E NETOS – Seu Januário diz aos netos que mesmo ao perder Rosinha, por ter sido muito feliz ao lado dela não pode reclamar de sua vida, e que a mudança para a capital lhe trouxe saudades eternas da sua terra natal, mas explica que a vida é feita de mudanças e que devemos sempre buscar a felicidade, seja onde for. Os netos perguntam como ele conheceu Rosinha e o avô conta que foi num forró. CENA 6: NUMA SALA DE REBOCO [Volta ao plano da memória] [Esta cena mostrará o ambiente das casas de forró de antigamente, quando os rapazes aproveitavam este momento para paquerar as garotas da cidade, já que era uma das poucas oportunidades que tinham de ficarem mais próximos delas e longe dos olhares dos seus pais]. [Enquanto o avô narra como conheceu sua amada, as imagens encenadas são contrárias às palavras de Seu Januário, dando um ar cômico à cena. Por exemplo: O avô diz que naquele dia foi paquerado por muitas garotas, mas a cena mostra as moças da festa rejeitando-o e dizendo “não” quando ele as chamava para dançar]. Coreografia 5: Numa sala de Reboco Músicas: Pot-Pourri de forrós tradicionais Coreógrafa Raphaelly Souza Elenco: alunos do 5º ano A e do 5º ano B 8 CENA 7: É DIA DE MISSA, HOJE TEM PASTORIL NARRADORA- Conta que outro momento em que os jovens aproveitavam para paquerar e se divertirem, era durante as apresentações de dança que aconteciam após as missas da época natalina. O Pastoril era a dança mais esperada naquela ocasião. Coreografia 6: Pastoril Músicas: Entrada das pastoras, disputa entre os cordões e despedida Coreógrafa: Raphaelly Souza Elenco: alunas do Projeto Andanças CENA 8: VIVA SÃO JOÃO! [Volta ao plano atual] DIÁLOGO ENTRE AVÔ E NETOS – Seu Januário conta sobre os festejos juninos em sua cidade natal, e o quanto nesta época a fé dos sertanejos que pediam aos santos para que as chuvas viessem era renovada. DIÁLOGO ENTRE AVÔ E NETOS – Os netos contam que estavam estudando na escola sobre o ciclo junino e o rapaz diz que a professora de Arte dele pediu para que ele pesquisasse sobre uma dança nordestina típica desta época, o Xaxado. O avô pergunta o que o garoto encontrou sobre o tema e ele diz ter esquecido, pega o celular e fala que vai procurar no Google. O avô diz que não é necessário recorrer ao celular, que ele mesmo explicará esta dança. NARRADORA – Explica sobre o Xaxado. [Entra um dos participantes do Xaxado (Lampião) e dá um grito, surpreendendo o público. Maria Bonita entre com o fuzil para cima, apoiado no quadril e se põe ao lado de Lampião. Os demais dançarinos entram em cena bruscamente como se estivessem numa atitude de espreita. Começa a coreografia]. Coreografia 7: Xaxado Música: Oia eu aqui de novo (Luiz Gonzaga) Coreógrafos: Raphaelly Souza, Eduardo Vianna e Nilvânia Alves. Elenco: alunos do Projeto Andanças 9 CENA FINAL DIÁLOGO ENTRE AVÔ E NETOS – O avô conta que pediu Rosinha em casamento num São João, no meio de uma quadrilha matuta, e se casou com ela um ano depois, também durante uma festa junina. [Volta ao plano da memória] [Entra em cena uma quadrilha junina já dançando e soltando “chumbinhos”]. Coreografia 8: Quadrilha Música: Pot-Pourri de Pagode Russo (Versões de Luiz Gonzaga e Zeca Baleiro) Coreógrafas: Jéssica Larissa, Nelita Castro. Elenco: alunos do 5º ano A [Alunos da última coreografia vão saindo da “pose final” e começam a cantar, formando um coral] CORAL – “Olha pro céu meu amor, vê como ele está lindo. Olha praquele balão multicor, como no céu vai sumindo...”. [Seu Januário e Dona Rosinha jovens vão entrando lentamente e logo depois Seu Januário já idoso entra também, se posiciona atrás deles e os observa sorrindo. Surge a música “Olha pro céu” na versão gravada e o elenco vai entrando e ficando ao redor do casal jovem]. NARRADORA – Declama um poema e vai dizendo suas falas finais. O narrador entra em cena e revela ser a neta de Seu Januário. Ela diz que até hoje não cansa de contar aquela história que um dia, um ano atrás, ouvira do seu querido avô, que agora mora no céu. A Narradora fala ainda da importância das memórias em nossas vidas, e do quanto conhecer de onde viemos pode nos mostrar quem somos. [Todos do elenco abaixam e somente Seu Januário idoso fica de pé, sorrindo num plano mais alto do palco]. - FIM- 10