RATINGS Fitch A+ pág. 05 Moody’s AA2 pág. 17 Austin Rating AA- pág. 29 07 Rating Nacional Bradesco AAA Itaú AAA Santander Brasil AAA ABN Amro Real AAA Unibanco AAA Votorantim AA+ Banco do Brasil AA+ Safra AA+ Brascan AA- Alfa Investimento A+ Sofisa A+ Daycoval A+ BBM A BMG A- Pine A- Fibra A- BicBanco A- Panamericano BBB+ Indusval Multstock BBB+ * Manutenção do Rating em Dezembro 2009 08 Ratings Perspectiva Ratings Atuais Moeda Estrangeira Perspectiva Rating Nacional de Longo Prazo Estável IDR* de Longo Prazo - IDR Soberano em Moeda Estrangeira Estável IDR de Curto Prazo - IDR Soberano em Moeda Local Estável IDR de Longo Prazo - Dados Financeiros IDR de Curto Prazo - Banco Sofisa S.A. (C.*) Moeda Local Nacional 31 Dez 08 31 Dez 07 Total de Ativos (USDmi) 1.930,5 2.279,1 4.510,1 4.035,6 858,5 854,3 75,7 Longo Prazo A+(bra) Total de Ativos (BRLmi) Curto Prazo F1(bra) Patrimônio Líquido (BRLmi) Individual - Lucro Líquido (BRLmi) 92,2 Suporte 5 ROA (%) 2,16 2,57 ROE (%) 10,77 12,86 Risco Soberano IDR de Longo Prazo em Moeda Estrangeira BBB- Patrimônio/Ativos(%) 19,04 21,17 IDR de Longo Prazo em Moeda Local BBB- Índice de Capitalização (%) 19,80 21,96 *Demonstrações Financeiras Consolidadas Fundamentos do Rating ............................................................................................................................................................................................ • Os Ratings Nacionais do Banco Sofisa S.A. (Sofisa) refletem a postura conservadora da administração, que possibilitou a construção de uma boa franquia no mercado local; os bons índices de qualidade de ativos, mesmo em períodos de deterioração do crédito; e a adequada liquidez e capitalização. Contudo, ainda retratam o fato de ser um banco de nicho, com concentrações típicas e mais suscetível às oscilações da economia. inferior à média dos pares, o que deve continuar em 2009 e 2010. No entanto, a Fitch Ratings considera tal performance satisfatória, visto a baixa alavancagem do banco e a postura conservadora dos negócios. A agência também entende que o banco será menos atingido pelo aumento dos custos de crédito, devido ao ambiente econômico estagnado, e a menor oferta de funding tem possibilitado repassar às operações, pelo menos, parte do maior custo de captação. • Com a crise financeira global, o Sofisa apresentou forte redução dos depósitos (57% entre meados de setembro e dez./2008), assim como outros bancos pequenos e médios. Por isso, reviu seu planejamento, anteriormente agressivo, devido à abertura de capital (IPO), em mai./2007, e reduziu bastante a produção de crédito, focando a liquidez, essencial nesse cenário turbulento. O caixa foi mantido em patamar elevado (55% do total de depósitos em dez./2008), beneficiado por cessões de crédito a grandes bancos e alterações nas regras dos depósitos compulsórios e outras medidas adotadas pelas autoridades federais. • A estruturação das operações e garantias tem conferido boa qualidade à carteira de crédito. Ainda assim, esta apresentou alguma deterioração (créditos nos ratings ‘D-H’ representavam 2,8% em dez./2008) em função da atuação em pessoa física (PF) a partir de 2007, o que já era esperado, e de um grande crédito problemático. No entanto, este índice permanece melhor do que o da média dos pares, o que, na visão da Fitch Ratings, deve continuar, e o maior risco tem sido parcialmente compensado pelo aumento das margens de crédito. • Com o menor volume de operações e o maior custo de funding e despesas de pessoal, o lucro do Sofisa decresceu 28% no 4T08 em relação ao 3T08 e 56% comparado ao 4T07. Em 2008, a rentabilidade permaneceu relativamente baixa e • A Fitch acredita na disposição dos acionistas em apoiar o banco, se necessário. Porém, não dispõe de informações para avaliar tal capacidade. Dado o porte do Sofisa, o apoio federal seria possível, mas não certo. Suporte Fatores de Evolução do Rating ............................................................................................................................................................................................ • A diversificação de atividades e a melhora da performance com a maior alavancagem, ainda moderada, mantendo a boa qualidade dos ativos e capitalização poderiam elevar os ratings ao longo do tempo. Por outro lado, a deterioração da qualidade do crédito poderia levar à redução dos ratings. 09 Perfil ............................................................................................................................................................................................ • Boa franquia entre os bancos pequenos e médios. • Administração conservadora, com estratégias claras e flexíveis, e controles adequados ao seu perfil de risco. entre o banco e o Sunstate Bank (Sunstate – ex-Sofisa Bank of Florida), um banco de pequeno porte em Miami. Já os outros três filhos de Varujan não trabalham nas empresas financeiras. Estabelecido em 1961, o Sofisa tornou-se banco múltiplo em 1990. É controlado pela família Burmaian, que detém 86,33% do capital total (100% do votante). Desvinculado do Sofisa, os acionistas têm um pequeno banco em Miami, EUA, com patrimônio líquido (PL) de USD22mi em dez./2008. Varujan Burmaian (espólio) também detém 100% do Sunstate, sem ligação com o Sofisa e estabelecido em 1999. A família detinha outro banco em Antígua, que encerrou suas atividades operacionais em 2006. Os acionistas do Sofisa ainda detêm investimentos como franqueados master em cadeia de lojas, com mais de duzentos pontos de venda no país, administrada por Ricardo Burmaian. A cadeia de lojas e o banco não têm negócios entre si. O Sofisa teve origem a partir de uma financeira fundada em 1961 e adquirida, em 1981, por Varujan Burmaian. Em 1990, foi transformado em banco múltiplo, crescendo lentamente até 1993, quando foi contratada uma equipe de executivos experientes, para ajudar a consolidar sua estratégia. Quadro 1: Capital Aberto – Controle Através de: Ações Ord. % Ações Totais % Hilda D. Burmaian 83,28 64,95 Alexandre Burmaian 8,36 7,41 Ricardo Burmaian 0,00 5,08 Valéria B. Kissajikian 4,18 4,46 Cláudia R. Burmaian Loeb 4,18 4,43 Demais acionistas 0,00 13,67 Agências: 20 Empregados: 509 (496 em 2007 e 215 em 2006). Fonte: Banco Sofisa S.A. Desde que foi fundado, o Sofisa tem focado o crédito, principalmente capital de giro, desconto e conta garantida de curto prazo, para pequenas e médias empresas com garantia de recebíveis (basicamente duplicatas). A partir do início de 2007, o banco também passou a operar no crédito pessoal consignado para funcionários públicos e aposentados (consignado) e voltou a atuar no financiamento de veículos (CDC veículo) novos e semi-novos. O Sofisa tem experiência na atividade de CDC veículo, uma vez que operou com este produto até 2001, quando vendeu a operação para outra instituição, devido ao fato do volume de crédito não ser representativo e não agregar resultado relevante naquela época. Já a atuação no consignado é recente, mas o banco contratou uma equipe experiente. Da mesma forma que o crédito para empresas com garantia de recebíveis, estas duas atividades são operadas com garantias relativamente fortes: o veículo e o desconto da prestação direto no salário dos funcionários públicos ou aposentados, respectivamente. Com o falecimento do principal acionista, em 2006, Varujan Burmaian, o Conselho de Administração, que se reúne quinzenalmente, passou a ser presidido por seu filho, Alexandre Burmaian. Além dele e do diretor-presidente, o Conselho é composto por mais três profissionais de mercado. A Diretoriaexecutiva, que determina as principais políticas e administra o dia-a-dia do banco, também foi modificada em 2006, passando a ser presidida por André Jafferian Neto, com o vice presidente Gilberto Meiches atuando com outros cinco diretores. No Sofisa desde 1989, Alexandre Burmaian divide seu tempo O processo de IPO do Sofisa consistiu em ofertas primária e secundária de ações preferenciais, entrando no Nível 1 da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O banco captou BRL504mi, sendo BRL497mi em oferta primária, elevando o capital para BRL821mi em mai./2007. O Sofisa aderiu ao Nível 2 da Bovespa, em dez./2008, visto já oferecer aos investidores todos os requisitos necessários desse nível, o segundo mais avançado de governança corporativa da bolsa. Em 2007, o banco estabeleceu os Conselhos Fiscal e de Auditoria, ambos com três membros independentes cada, fortalecendo suas boas regras de compliance e governança. Estratégia Com os planos de IPO, o Sofisa acelerou o crescimento de suas atividades, anteriormente modesto. A partir do início de 2007, fortaleceu a área comercial com a contratação de gerentes de negócios e inaugurou sete agências, em parte nas regiões que já atuava anteriormente. Também ampliou o risco máximo por cliente para BRL30mi, de BRL10mi, atingindo, dessa forma, empresas de maior porte (faturamento anual entre BRL5mi e BRL300mi), e passou a atuar com garantias de contratos e imóveis. Assim, o número de clientes pessoa jurídica (PJ) aumentou de 936 em dez./2006 para 1.430 em dez./2007 e 1.664 em jun./2008. Além disso, o banco estruturou uma área de varejo (consignado e financiamento de veículos) com a contratação de mais de trezentos funcionários. Também firmou parceria com uma empresa de previdência privada e adquiriu uma rede de correspondentes bancários no Estado de Pernambuco, que beneficiou o estabelecimento de sua rede de distribuição, essencial no segmento, além de ter instituído alavancagem adicional de 2,0 vezes (x) o PL para o varejo, somando 5,0x no total. Assim, a carteira de crédito aumentou 186,0% em 2007 e 23,0% no 1S08, mais que triplicando de valor em relação a 2006, principalmente no financiamento de veículos. Com a crise financeira global e a relevante perda de depósitos de meados de setembro a dez./2008, como ocorreu com outros bancos pequenos e médios, o Sofisa suspendeu as operações de varejo e passou a renovar apenas entre 60,0% e 80,0% das operações para empresas. Com isso, a carteira de crédito decresceu 19,9% no 4T08, sendo 27,7% em empresas (pois são operações de curto prazo) e 5,5% no varejo. Além disso, cedeu créditos de aproximadamente BRL700mi 10 aos grandes bancos varejistas entre meados de setembro e nov./2008 e foi beneficiado por alterações nas regras dos depósitos compulsórios e outras medidas adotadas pelas autoridades federais, aumentando o caixa para elevados patamares (55,0% do total de depósitos em dez./2008, de já satisfatórios 26,5% em set./2008). O banco voltou a operar no varejo a partir de dez./2008, mas ainda timidamente, e o agressivo planejamento de 2008 foi novamente refeito (já havia sido parcialmente reduzido no 1S08, devido à redução da liquidez na época) e antevê uma carteira praticamente estável em 2009, o que, na visão da Fitch, é uma atitude conservadora, mas também uma incógnita diante do ambiente econômico fortemente instável. Com isso, a estrutura física do banco foi reduzida para comportar a menor produção de crédito. O banco também reduziu a alavacagem máxima para 4,0x o PL e encerrou as atividades de seis agências, fechando fev./2008 com 15 unidades no país. Foi mantida a atuação em 580 pontos de venda de veículos, concentrados em apenas quatro grandes cidades, enquanto no consignado o banco reduziu o número de promotores e códigos ativos (licenças para atuar nas entidades públicas), para 196 (em cerca de quinhentos pontos de atendimento) e 13, respectivamente, em mar./2009, de 220 e 44 códigos em dez./2007 (era zero em 2006). Além disso, as atividades de cartão de crédito permaneceram em volume irrelevante e as de financiamento de bens de consumo em lojistas foram encerradas. A Fitch espera que o banco mantenha o rigor de sua política de crédito, comprovadamente boa, e o conservadorismo histórico, não incorrendo em maiores riscos para efetivar o planejamento ou melhorar o desempenho. Performance ............................................................................................................................................................................................ • Rentabilidade tem sido relativamente baixa e inferior à média dos pares. Apesar do maior volume de crédito médio e receitas, o lucro operacional do Sofisa aumentou apenas 8,3% em 2008 em relação a 2007 (desconsiderando as participações no lucro de BRL17,8mi em 2008 e BRL1,9mi em 2007, e as despesas extraordinárias de BRL24,1mi em 2007, basicamente com o IPO). Isso ocorreu principalmente em função do maior custo de captação e também do maior volume de provisões para crédito, embora ainda baixo, e de despesas de pessoal e administrativas. Em 2007, o banco aumentou seu resultado em 116% (seguindo os mesmos parâmetros acima), devido ao maior volume de operações após o IPO. Embora continue beneficiado por baixas e/ou reversões de provisões para créditos e impostos, a rentabilidade do Sofisa continua abaixo da média dos pares, principalmente em função da baixa alavancagem (apenas 3,2x o PL em dez./2008 e inferior a 2,8x até o 3T07), além de perdas na posição estrutural em USD até 2006, devido à apreciação do BRL frente ao USD no período. Procurando eliminar as perdas cambiais, o banco encerrou a política de manter o PL em USD em mai./2007, o que a Fitch considera positivo, pois reduz os fatores extraordinários do resultado, inclusive alheios ao perfil de atuação do banco. Receitas operacionais O Sofisa apresenta resultado concentrado em receitas de crédito, além de tesouraria tradicional, apesar do grande aumento das receitas de serviços em 2008, devido à cobrança de tarifas nas operações de varejo. Após o forte crescimento em 2007, devido à ampliação da carteira de crédito e alavancagem, o resultado de intermediação voltou ao patamar histórico, com crescimento mais moderado (+24,1%). Assim, junto às maio- res despesas de pessoal e administrativas, devido aos custos do maior número de funcionários e áreas e, posteriormente, à redução da estrutura fixa devido à crise, a relação custo/receita do Sofisa aumentou para 56,4% em dez./2008, de 53,7% em 2007, permanecendo pior do que a média dos pares (49,6%). As despesas administrativas e as de pessoal apresentaram aumento significativo em 2007, devido à estruturação do crédito PF e ampliação das áreas de negócios. A provisão para impostos do Sofisa tem sido revertida ou baixa, devido principalmente às perdas na subsidiária de financiamento ao consumo em 2006; despesas dedutíveis com o IPO em 2007; e à depreciação acelerada das operações de leasing em 2008. Perspectiva O Sofisa superou a meta de rentabilidade em 2007 (era de 15%), o que a Fitch já antevia no relatório anterior, e tinha como objetivo atingir 25% em 2008 e 2009, mantido o crescimento econômico atual do país, o que a agência considerava otimista diante do histórico de rentabilidade do banco. Com a crise financeira global e a menor liquidez, a rentabilidade permaneceu relativamente baixa e inferior à média dos pares em 2008, o que deve continuar em 2009 e 2010. No entanto, a Fitch considera tal performance satisfatória, visto a baixa alavancagem do banco e a postura conservadora dos negócios. A agência também entende que o banco será menos atingido pelo aumento dos custos de crédito, devido ao ambiente econômico estagnado, e à menor oferta de funding tem possibilitado repassar às operações, pelo menos, parte do maior custo de captação. 11 Administração de Risco ............................................................................................................................................................................................ • Qualidade de crédito melhor do que a média dos pares, beneficiada por bons sistemas e controles e adequadas garantias. Risco de crédito Apesar de apresentar alguma deterioração em 2008, a qualidade de crédito do Sofisa permanece bem melhor do que a média dos pares. Os créditos nos ratings ‘DH’ (2,8% em dez./2007) e os levados a prejuízo (0,35% da média dos créditos) têm sido relativamente baixos. Isso ocorre principalmente devido ao eficiente sistema de garantia de recebíveis, que, na opinião da Fitch, está entre os melhores do sistema financeiro local. Este sistema é bastante automatizado, com um abrangente banco de dados dos clientes e sólidos controles. Além disso, as garantias cobrem a maior parte da carteira e a liquidez das duplicatas dadas em garantia está entre as mais altas dos bancos analisados pela Fitch. No crédito PF, que representava 80,5% do total de crédito no ratings ‘D-H’, a agência continua atenta ao alongamento dos prazos das operações de veículos, em alguns casos sem entrada, o que pode vir a elevar a inadimplência em épocas de menor atividade econômica, conforme verificado a partir de set./2008. Em dez./2008, a carteira era composta por 41% de capital de giro/desconto para pequenas e médias empresas (53% em 2007 e 83% em 2006); 29%, financiamento de veículos (23% e 0%, respectivamente); 10%, aquisição de crédito consignado cedido de outros bancos (12% e 14%); 11%, consignado (6% e 0%); e 9%, outros (6% e 3%). A carteira de veículos, basicamente veículos leves, era composta por 80%, semi-novos, 13%, novos; e 7%, usados, com idade média de 2,7 anos, plano médio de 43 meses e entrada de 36% do valor total do automóvel. Os créditos para pequenas e médias empresas e PF resultam numa carteira diversificada, com os vinte maiores clientes representando apenas 12% do total. Em função dos créditos PFs, de maior prazo, o banco tem alongado o prazo médio da carteira. Assim, a participação dos empréstimos que vencem em até três meses foi reduzida para 22% em dez./2008, ante 38% em 2007 e 68% em 2006. A partir de jan./2007, o Comitê de Crédito foi alterado, passando a ser dividido em três comitês, de acordo com o valor do empréstimo. No entanto, pelo menos um membro da diretoria participa, inclusive, em operações de menor valor. Os limites de todas as operações são revistos, no máximo, a cada 180 dias. Em relação às provisões para créditos, anteriormente acima do mínimo exigido pelo Banco Central (Bacen), o banco passou a seguir as regras prudenciais locais a partir de 2005. Mesmo assim, o Sofisa normalmente não mantinha operações para empresas nas categorias ‘D-G’, transferindo-as diretamente à categoria ‘H’, o que agilizava a baixa de créditos problemáticos e beneficiava o índice de cobertura para perdas de crédito. Em 2008, o banco também deixou de agir dessa forma e a cobertura para perdas de crédito decresceu para 72,8% dos créditos em ‘D-H’ em dez./2008 (146% em 2007), praticamente em linha com a média dos pares. Risco de mercado e Operacional Apesar da maior atuação desde 2007, a tesouraria do Sofisa permanece conservadora, operando principalmente na captação e no controle da liquidez e de descasamentos. Não há metas de resultados e os riscos de mercado e de liquidez são monitorados diariamente pela vice-presidência através de relatórios elaborados pela controladoria. O banco utiliza o Valor em Risco (VaR), com um limite global de apenas BRL10,5mi e intervalo de confiança de 99%. As posições prefixadas normalmente são feitas com os ativos de crédito, cujo descasamento era de apenas BRL767mi ou 89% do PL em dez./2008. Os demais descasamentos da tesouraria também não são relevantes. Os trabalhos de risco operacional estão de acordo com os requerimentos do Bacen, com alocação de capital de apenas BRL5,6mi (20% do total, segundo o cronograma das regras) em dez./2008. Captação e Capital ............................................................................................................................................................................................ • Apesar do relevante decréscimo dos depósitos, assim como outros bancos pequenos e médios, manteve forte liquidez. Captação e liquidez Para dar suporte às operações de crédito, o Sofisa vinha privilegiando a captação via depósitos, que aumentaram 105% em 2007, aproveitando a forte liquidez do mercado no período e o fato dos investidores terem aumentado os limites em função do maior porte do banco após o IPO. Com a crise financeira global, os depósitos decresceram altos 57% entre meados de setembro e dez./2008 (-48% em 2008), com resgastes principalmente nos fundos de investimento. Dessa forma, o Sofisa incrementou as cessões para os grandes bancos e o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que adquiriram cerca de BRL700mi entre meados de setembro a nov./2008, preservando sua liquidez, beneficiado por ter ativos líquidos como o CDC veículo e o consignado. Apesar do maior custo, as cessões de crédito permitem melhor casamento de prazos entre as operações, representando 22% da captação de terceiros em dez./2008 (zero em 2007). Por sua vez, a participação dos depósitos, constituídos especialmente por CDBs, decresceu para 36% da captação de terceiros em dez./2008, ante 79% em 2007. A concentração dos vinte maiores depositantes permaneceu praticamente estável (50,8% em dez./2008). Este percentual é elevado, mas inerente aos bancos de nicho. Os CDBs eram compostos por 36% de fundos de investimento; 23%, funda- 12 ções; 15%, pessoas físicas; 8%, empresas; 2%, instituições financeiras; e 16%, outros. Os recursos do grupo/acionistas aplicados em depósitos são irrelevantes. O banco também foi favorecido por duas captações internacionais pouco antes do agravamento da crise através de um empréstimo do International Finance Corporation (IFC) de USD185mi em fev./2008 (por até sete anos) e uma emissão de eurobônus de USD125mi em jul./2008 (por três anos), que elevaram a participação dos recursos externos para 20% do funding de terceiros, ante 4% em 2007. Apesar das turbulências globais e dos saques nos depósitos, a liquidez do Sofisa foi mantida em patamar adequado, representando 26,5% do total de depósitos em set./2008 e 55% em dez./2008, beneficiada pelas cessões e pela redução da carteira de crédito. A política do banco consiste em ter, no mínimo, 50% do PL em caixa, o que é satisfatório. Procurando uma metodologia com base mais técnica, os executivos estabeleceram o exercício do fluxo de caixa dos próximos três meses, ou seja, considerando que tais aplicações não serão renovadas, o que é adequado, mas a Fitch considera que poderia ser utilizado também algum cenário de estresse no crédito para a definição do limite de liquidez. Capital O índice de capitalização do Sofisa é um de seus pontos fortes (19,8% em dez./2008 e 22,0% em 2007). O banco mantém baixa alavancagem e forte base de capital, com baixa participação de ativos intangíveis, como créditos tributários. Em 2008, o PL decresceu em função da distribuição de dividendos de BRL41mi (altos 44,5% do lucro) e da recompra de ações de BRL44mi, beneficiando-se do baixo valor das ações, como fez a maioria dos bancos pequenos e médios de capital aberto. Quadro 2: Carteira de Crédito - Resolução 2.682 ............................................................................................................................................................................................ Risco Dias de Atraso ou Classificação Interna Provisão Mínima Exigida 31/12/2008 Sofisa 30/9/2008 Sistema Privado Sofisa 30/6/2008 Sistema Privado Sofisa 31/3/2008 Sistema Privado Sofisa Sistema Privado AA - - 9,95% 22,28% 9,03% 24,24% 9,35% 24,21% 9,60% 24,57% A Até 15 0.5% 63,18% 46,96% 48,17% 46,27% 49,32% 45,80% 52,43% 45,48% 14,67% B 15 > 30 1% 17,78% 14,91% 35,79% 14,72% 33,32% 14,73% 31,69% C 31 > 60 3% 6,26% 8,24% 5,04% 7,82% 6,42% 8,14% 4,90% 8,07% 97,20% 92,40% 98,00% 93,10% 98,40% 92,90% 98,60% 92,80% Somatório AA-C D 61 > 90 10% 1,01% 2,33% 0,49% 2,05% 0,59% 2,12% 0,56% 2,10% E 91 > 120 30% 0,45% 1,03% 0,31% 0,99% 0,19% 1,05% 0,22% 1,10% F 121 > 150 50% 0,31% 0,80% 0,27% 0,73% 0,14% 0,83% 0,31% 0,77% G 151 > 180 70% 0,21% 0,53% 0,25% 0,51% 0,14% 0,56% 0,07% 0,53% H 181 > 100% 0,81% 2,89% 0,59% 2,63% 0,49% 2,51% 0,19% 2,66% Ativos de Crédito Totais 2.761 778.325 3.446 758.692 3.224 698.525 2.804 652.913 (%) Participação no Setor Privado 0,35% - 0,45% - 0,46% - - - 56 37.715 62 33.956 50 31.276 35 29.956 Provisões Mínimas Exigidas Provisões Existentes (%) Superávit/Provisões Mínimas Exigidas Risco da Carteira de D-G 56 41.948 62 38.173 50 35.442 35 34.012 0,00% 11,22% 0,00% 12,41% 0,00% 13,31% 0,00% 13,53% 55 36.567 46 32.620 35 31.983 33 29.470 (%) Prov Mínimas Exigidas/Ativos de Créd Totais 2,04% 4,84% 1,80% 4,47% 1,55% 4,47% 1,25% 4,58% (%) Risco da Cart. de D-G/Risco do Sistema D-G 0,15% - 0,14% - 0,10% - - - (%) Risco Carteira de D-G/Ativos Créd. Totais 1,99% 4,69% 1,34% 4,29% 1,07% 4,57% 1,17% 4,51% 17.429 Risco da Carteira H 23 22.557 20 19.962 16 17.580 6 (%) Risco da Cart. de H/Risco do Sistema H 0,09% - 0,10% - 0,09% - - - (%) Risco Carteira de D-H / Ativos Créd Totais 2,81% 7,59% 1,93% 6,93% 1,57% 7,09% 1,37% 7,18% BRL Mi Fonte: Bacen 13 Estrutura do Balanço - Banco Sofisa S.A. (C.) ............................................................................................................................................................................................ 31 dez 2008 31 dez 2007 31 dez 2006 31 dez 2005 Exercício USD mi Original Exercício BRL mi Original % Ativo Original Médio BRL mi Original Exercício BRL mi Original % Ativo Original Exercício BRL mi Original % Ativo Original Exercício BRL mi Original % Ativo Original 1. Créditos - Curto Prazo 545,1 1.273,5 28,24 1.383,9 1.494,3 37,03 803,8 43,23 750,4 49,18 2. Créditos - Longo Prazo 359,0 838,8 18,60 726,1 613,3 15,20 101,3 5,45 43,7 2,86 3. Leasing 267,9 625,9 13,88 550,9 475,9 11,79 0,8 0,04 0,3 0,02 8,9 20,8 0,46 26,1 31,4 0,78 7,6 0,41 7,7 0,50 1.181,8 2.760,9 61,22 2.688,6 2.616,2 64,83 914,7 49,20 803,3 52,65 Créditos classificados D-H (memo) 33,2 77,6 1,72 49,2 20,8 0,52 12,4 0,67 8,5 0,56 5. (Provisão para Créditos) 24,2 56,5 1,25 43,5 30,4 0,75 20,1 1,08 15,4 1,01 1.156,8 2.702,5 59,92 2.643,5 2.584,5 64,04 893,4 48,05 786,7 51,56 14,6 34,0 0,75 30,0 25,9 0,64 124,4 6,69 96,5 6,32 5,7 13,3 0,29 74,4 135,5 3,36 14,4 0,77 12,6 0,83 3. Aplicações Mercado Aberto 143,4 335,0 7,43 303,5 272,0 6,74 164,1 8,83 266,4 17,46 4. Títulos e Valores Mobiliários 287,6 671,9 14,90 696,5 721,1 17,87 553,9 29,79 194,3 12,74 75,3 176,0 3,90 113,0 49,9 1,24 1,7 0,09 0,0 0,00 2,1 4,8 0,11 2,9 1,0 0,02 3,8 0,20 4,9 0,32 528,6 1.235,0 27,38 1.220,2 1.205,4 29,87 862,3 46,38 574,7 37,67 1.685,4 3.937,5 87,30 3.863,7 3.789,9 93,91 1.755,7 94,43 1.361,4 89,23 29,5 68,9 1,53 65,8 62,7 1,55 53,7 2,89 55,8 3,66 5,58 A. CRÉDITOS 4. Outros Créditos Créditos classificados AA-H (memo) TOTAL A B. OUTROS ATIVOS OPERACIONAIS 1. Aplicações Interfinanceiras 2. Aplicações Autoridades Monetárias 5. Instrumentos Derivativos 6. Investimentos/Participações TOTAL B C. TOTAL ATIVOS OPERACIONAIS (A+B) D. IMOBILIZADO/DIFERIDO E. ATIVOS NÃO OPERACIONAIS 1. Caixa/Disponibilidades 9,0 21,1 0,47 16,2 11,3 0,28 14,6 0,79 85,1 206,6 482,6 10,70 327,2 171,7 4,25 35,2 1,89 23,4 1,53 1.930,5 4.510,1 100,00 4.272,9 4.035,6 100,00 1.859,2 100,00 1.525,7 100,00 26,6 62,2 1,38 101,7 141,2 3,50 97,5 5,24 82,7 5,42 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 3. Depósitos a Prazo 380,1 887,9 19,69 1.371,8 1.855,6 45,98 1.029,5 55,37 871,7 57,13 4. Captação Interfinanceira 2. Outros F. TOTAL DO ATIVO G. CAPTAÇÃO 1. Depósitos à Vista 2. Depósitos de Poupança 155,6 363,6 8,06 445,9 528,2 13,09 108,0 5,81 97,8 6,41 5. Captação no Mercado Aberto 7,4 17,4 0,39 19,6 21,8 0,54 137,1 7,37 26,9 1,76 6. Instrumentos Derivativos 7,0 16,3 0,36 31,3 46,2 1,14 2,6 0,14 0,0 0,00 10,8 25,2 0,56 18,2 11,2 0,28 4,7 0,25 3,0 0,20 8. Moeda Estrangeira - CP 122,7 286,7 6,36 170,9 55,0 1,36 26,5 1,43 25,0 1,64 TOTAL G 710,3 1.659,3 36,79 2.159,3 2.659,2 65,89 1.405,9 75,62 1.107,1 72,56 1. Moeda Local - LP 144,8 338,3 7,50 177,8 17,2 0,43 2,2 0,12 1,9 0,12 2. Moeda Estrangeira - LP 185,0 432,1 9,58 255,0 77,9 1,93 42,7 2,30 70,2 4,60 3. Dívida Subordinada 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 4. Capital Híbrido 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 7. Moeda Local - CP H. OUTRAS CAPTAÇÕES TOTAL H 329,8 770,4 17,08 432,8 95,1 2,36 44,9 2,42 72,1 4,73 I. OUTROS SEM ENCARGO FINANCEIRO 523,0 1.221,9 27,09 824,5 427,0 10,58 85,8 4,61 61,4 4,02 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 K. OUTRAS PROVISÕES L. PATRIMÔNIO 1. Ações Preferenciais Cumulativas 2. Capital/Reservas TOTAL L M. TOTAL DO PASSIVO + PATRIMÔNIO Taxa de Câmbio 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 367,5 858,5 19,04 856,4 854,3 21,17 322,6 17,35 285,1 18,69 367,5 858,5 19,04 856,4 854,3 21,17 322,6 17,35 285,1 18,69 1.930,5 4.510,1 100,00 4.272,9 4.035,6 100,00 1.859,2 100,00 1.525,7 100,00 USD1 = BRL 2.3362 USD1 = BRL 1.7710 USD1 = BRL 2.1372 USD1 = BRL 2.3399 14 Resultados - Banco Sofisa S.A. (C.) ............................................................................................................................................................................................ 31 dez 2008 Receitas Despesas BRL mi Original 31 dez 2007 % Média dos Ativos Oper. Original 31 dez 2006 Receitas Despesas BRL mi Original % Média dos Ativos Oper. Original Receitas Despesas BRL mi Original 31 dez 2005 % Média dos Ativos Oper. Original Receitas Despesas BRL mi Original % Média dos Ativos Oper. Original 1. Receita de Intermediação Financeira 989,2 25,60 480,6 17,33 281,9 18,09 253,2 20,91 2. Despesa de Intermediação Financeira 658,4 17,04 227,0 8,19 161,0 10,33 147,9 12,21 3. Receita Financeira Líquida 330,8 8,56 253,6 9,15 120,9 7,76 105,3 8,70 4. Outros Resultados Operacionais -42,6 -1,10 -42,3 -1,53 9,2 0,59 7,0 0,58 5. Resultados de Participações 6. Despesa de Prov. para Créd. (líquida) 9,2 0,24 -6,5 -0,23 -3,3 -0,21 -5,1 -0,42 33,1 0,86 13,7 0,49 4,5 0,29 -1,9 -0,16 7. Despesa de Pessoal/Participações 99,0 2,56 54,4 1,96 32,2 2,07 29,3 2,42 8. Outras Despesas Administrativas 68,6 1,78 55,5 2,00 40,2 2,58 35,8 2,96 9. Resultado Operacional 96,7 2,50 81,2 2,93 49,9 3,20 44,0 3,63 10. Resultado Não Operacional 3,1 0,08 0,0 0,00 0,0 0,00 -0,5 -0,04 11. Lucro Antes De Impostos 99,8 2,58 81,2 2,93 49,9 3,20 43,5 3,59 7,6 0,20 5,5 0,20 4,8 0,31 -1,9 -0,16 92,2 2,39 75,7 2,73 45,1 2,89 45,4 3,75 12. Impostos 13. Lucro Líquido Indicadores de Desempenho - Banco Sofisa S.A. (C.) ............................................................................................................................................................................................ 31 dez 2008 Original 31 dez 2007 Original 31 dez 2006 Original 31 dez 2005 Original 16,74 I. RENTABILIDADE/EFICIÊNCIA 1. Lucro Líquido/Patrimônio (médio) % 10,77 12,86 14,84 2. Lucro Líquido/Total do Ativo (médio) % 2,16 2,57 2,66 3,38 3. Rec. Financeira Líq./Ativos Oper. (médio) % 8,56 9,15 7,76 8,70 4. Rec. Financeira Líq./Total do Ativo (médio) % 7,74 8,60 7,14 7,85 5. Resultado Oper./Total do Ativo (médio) % 2,26 2,75 2,95 3,28 6. Custo/Receita % 56,36 53,66 57,10 60,73 7. Despesa Adm. Total/Total do Ativo (médio) % 3,92 3,73 4,28 4,85 II. ADEQUAÇÃO DE CAPITAL 1. Geração Interna de Capital % 5,98 9,31 8,03 -0,18 2. Patrimônio/Total do Ativo % 19,04 21,17 17,35 18,69 3. Intangíveis/Patrimônio % 10,20 2,60 2,32 2,39 4. Capital Livre/Ativos Livres % 17,69 19,90 14,71 15,32 5. Créditos/Patrimônio % 314,79 302,53 276,94 275,94 6. Índice de Capitalização % 19,79 21,96 22,90 21,20 III. LIQUIDEZ 1. Ativos Liquidez Imediata/Captação - CP % 21,46 10,65 12,71 31,75 2. Ativos Líquidos Captação - CP % 75,41 45,72 62,10 59,15 3. Créditos/Total do Ativo % 59,92 64,04 48,05 51,56 -0,26 IV. QUALIDADE DE ATIVOS 1. Desp. Prov. Créd. (Líq.)/Créditos (médio) % 1,23 0,78 0,52 2. Baixas/Créditos (médio) % 0,35 0,19 0,93 1,05 3. Despesa de Provisão/Lucro antes de Impostos % 24,91 14,44 8,27 -4,57 4. Provisão para Créditos/Créditos classific. D-H % 72,81 146,15 162,10 181,18 5. Provisão para Créditos/Mínimo Requerido % 100,18 100,00 100,00 100,00 6. Provisão para Créditos/Créditos % 2,05 1,16 2,20 1,92 7. Créditos classificados D-H/Créditos % 2,81 0,80 1,36 1,06 8. Créditos classific. D-H/Créditos classific. AA-H % 2,81 0,80 1,36 1,06 Analistas Maria Laura Pessoa +55 11 4504 2600 [email protected] Pedro Gomes +55 11 4504 2600 [email protected] Rua Bela Cintra, 904, 4º andar 01415-000 Consolação São Paulo SP Tel 11 4504 2600 Fax 11 4504 2601 Avenida Rio Branco, 89 - sala 1.302 20040-004 Centro Rio de Janeiro RJ Tel 21 4503 2600 Fax 21 4503 2601 www.fitchratings.com.br 19 Rating Nacional Bradesco AAA Banco do Brasil AAA Itaú AAA Votorantim AAA Safra AAA Sofisa AA2 BBM AA2 Bic Banco AA2 BMG AA3 Mercantil do Brasil AA3 Cruzeiro do Sul A1 Fibra A1 Panamericano A1 Pine A1 Ribeirão Preto A1 Schahin A2 Industrial do Brasil A3 * Relatório de Monitoramento - Junho 2009 20 Ratings Categoria Rating da Moody’s Perspectiva Estável Depósitos Bancários - Moeda Estrangeira Ba2/NP Depósitos Bancários - Moeda Local Depósitos Bancários NSR - Moeda Local Força Financeira de Bancos Ba1/NP Aa2.br/BR-1 D+ Banco Sofisa S.A. [1] Dez-08 Jun-08 Dez-07 Jun-07 Dez-06 Média 5 anos 1,93 3,05 2,28 1,79 0,87 [2] 48,97 367 536 482 427 149 [2] 57,02 Lucro antes Provisão/ Média do total de ativos 3,14 4,97 3,19 0,93 3,47 3,14 ROAA 2,03 2,54 2,33 0,77 2,64 2,06 Margem financeira líquida 7,90 9,38 8,30 6,74 7,57 7,98 Desp. Oper/Rec Op Brutas 39,46 29,45 41,37 46,52 54,55 42,27 Ativos Totais (US$B) Patrimônio Líquido (US$M) Empréstimos não pagos (NPL)/ Empréstimos & Leasings Brutos Índice BIS 0,89 0,53 0,28 0,62 1,00 0,66 19,79 17,60 21,96 32,11 22,92 22,88 [1] Em 31 de dezembro. [2] Taxa de crescimento anual composta Resumo dos Fundamentos de Rating ............................................................................................................................................................................................ A Moody’s atribuiu um rating D+ (D mais) de força financeira de banco (BFSR) para o Banco Sofisa S.A., traduzindo-se em um perfil de risco de crédito individual (BCA) de Ba1. O rating deriva do longo histórico do banco na concessão de empréstimos ao segmento de “middle-market” e da rígida disciplina de risco seguida pela instituição. O Sofisa possui um modelo de negócios eficiente, estruturado sob ágeis processos de crédito e uma boa infra-estrutura de monitoramento de risco. Historicamente, o banco tem apresentado superiores níveis de qualidade de ativos. Além disso, uma cultura estabelecida de governança corporativa traz transparência e credibilidade para as operações do banco, principalmente quando comparado aos pares no mercado. Bons fundamentos financeiros, assim como a capacidade comprovada de gerar receitas recorrentes, também estão refletidas no rating. Ao mesmo tempo, o BFSR está limitado pela incerteza sobre a capacidade do banco de fortalecer sua franquia devido à intensa competição, e em tempos de restritivas condições de captação. Os riscos da transição do Sofisa para um modelo de negócios mais diversificado também estão incorporados ao rating, assim como a capacidade do banco de manter bons índices de qualidade de ativos e rentabilidade nos níveis esperados, enquanto diminui a velocidade de crescimento. Na opinião da Moody’s, o Sofisa não seria elegível a obter apoio sistêmico, considerando a modesta participação no total de depósito de varejo do sistema financeiro, sem mencionar que o Brasil é considerado pela Moody’s como sendo um país de baixo suporte. Assim, o rating em escala global em moeda local permanece Ba1, diretamente derivado o perfil de risco de crédito individual do Sofisa (BCA Ba1), e não incorpora nenhuma elevação provocada por apoio externo. Pontos Fortes de Crédito • Marca reconhecida no mercado de crédito para o segmento de “middle-market”; • Superior qualidade da carteira apoiada por uma base de clientes diversificada, operações de curto prazo e com garantias, em grande parte compostas de ativos auto-liquidáveis e veículos; • Adequados controles internos e gestão de risco, que suportam os indicadores de qualidade de ativos; • Práticas de governança corporativa bem estabelecidas desde 1993 e uma administração experiente, com menor influência de executivos ligados à família controladora, do que seus pares; • Política de alavancagem conservadora (carteira de crédito representava 3,2 vezes o PL em 2008), quando comparado aos concorrentes (geralmente cinco vezes); • Modelo de negócios participativo e ágil. Desafios de Crédito • Diversificar suas linhas de negócios enquanto mantém um nível de alavancagem conservador e sólida estrutura na qualidade de ativos; • Carteira de crédito ao consumidor ainda não testada em tempos de desaceleração econômica e inadimplência ocultada pelo rápido crescimento dos anos anteriores; • Sustentar uma estrutura diversificada de fontes de captação, em linha com planos de crescimento da carteira; 21 • Cenário de captação ainda difícil poderia resultar na deterioração da rentabilidade e pressão sobre no gerenciamento da liquidez. Perspectiva para o Rating Todos os ratings possuem perspectiva estável. O que poderia elevar o Rating Os fatores positivos derivam de um crescimento contínuo da franquia e rentabilidade do banco, bem como uma estrutura de captação equilibrada e sustentável com dependência reduzida de investidores institucionais. A implementação bem sucedida de sua plataforma de crédito ao consumidor, sem nenhuma deterioração, pode exercer pressão positiva sobre o rating de força financeira e sobre os ratings de depósito no médio e longo prazo. Além disso, a elevação do rating poderia derivar da melhora na eficiência, qualidade sustentável de ativos e dos índices de rentabilidade refletindo resultados recorrentes de uma operação mais pulverizada e de melhores margens. O que poderia rebaixar o Rating Os ratings poderiam ser rebaixados pela incapacidade do banco de enfrentar a potencial ameaça do aumento da concorrência, principalmente relacionada à sua nova plataforma de varejo, e se isso levar a uma significativa piora na posição de mercado e nos fundamentos financeiros. Um perfil de risco mais alto poderia ser o resultado. O rápido crescimento das operações de crédito também pode pressionar os ratings se derivar de qualquer flexibilização de procedimentos severos de crédito, afetando os indicadores de qualidade de ativos, e, em último caso, o capital. Uma redução significativa da liquidez ou uma relevante deterioração da qualidade de ativos seriam os principais determinantes negativos do rating. O BFSR também poderia ser prejudicado pela erosão dos indicadores de rentabilidade do banco pressionando a sustentabilidade do patrimônio líquido. Se as fontes de financiamento continuarem sem diversificação e se a administração continuar confiando em alternativas caras e voláteis, os ratings também poderão sofrer. Resultados e Acontecimentos Recentes No primeiro trimestre de 2009, o Banco Sofisa reportou um lucro líquido de R$10,6 milhões, uma redução de 64,9% em comparação com o mesmo período em 2008, com queda de 30,4% no trimestre. O fraco desempenho no período foi marcado pelo cenário de captação muito difícil e a necessidade do banco de utilizar cessões de crédito como alternativa, uma opção muito cara em tempos de elevada aversão ao risco. As vendas de crédito foram utilizadas para amenizar as pressões de liquidez e representaram 22,2% da captação total no trimestre. Adicionalmente, o lucro líquido foi impactado por R$40 milhões referente a despesas de provisiões o que indica que o forte crescimento da carteira nos anos anteriores deve maturar em um cenário econômico mais difícil. No primeiro trimestre de 2009, o Sofisa registrou retorno sobre ativos médios (ROAA) de 0,9% e retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE) de 5,9%, com a margem financeira líquida (NIM) caindo para 6,9%, impacto dos elevados custos de captação. Por outro lado, a estrutura de captação do banco permanece diversificada, com uma pequena melhora trazida pelo empréstimo de US$32,5 milhões com prazo de 6 anos recebido do FMO (Banco Holandês de Desenvolvimento) em fevereiro de 2009. A carteira de crédito diminuiu 3% no trimestre, mantendo uma alavancagem baixa de 3,2 vezes o PL. Após o rápido crescimento da plataforma de crédito de varejo e a redução da originação desde setembro de 2008, o mix da carteira do banco em março de 2009 foi composto 42% por crédito à pessoa física (36% em junho/08), principalmente veículos, e cerca de 58% por créditos comerciais de curto prazo para médias e pequenas empresas, predominantemente cobertos por garantias reais (64% em junho/08). O risco de crédito é mitigado pelas rígidas diretrizes do Sofisa baseadas em limite concentração de risco, rígido requerimento de colateralização das operações (98%), e atenção à pulverização que sustenta superiores níveis de qualidade de ativo – índice de inadimplência em 0,9% em março de 2009, bem abaixo da média do setor e dos seus pares para o período (4,8% e 3,8%, respectivamente). Contínuos esforços para ajustar o tamanho do banco às novas dinâmicas econômicas e ao apetite do risco fizeram com que o Banco Sofisa reduzisse as despesas pessoais em 21,5%. O banco mantém elevado índice de capital (BIS em 20,8% no primeiro semestre de 2009). Recentemente, os depósitos a prazo começaram a voltar, gradualmente melhorando custos e prazos, principalmente desde a criação do depósito a prazo com garantia especial do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em abril de 2009. Considerações Detalhadas do Rating ............................................................................................................................................................................................ A seguir, apresentamos considerações detalhadas para os ratings atribuídos para o Banco Sofisa. Rating de Força Financeira de Banco (BFSR) A Moody’s atribuiu um BFSR D+ (D mais) para o Banco Sofisa, refletindo seu longo histórico e experiência no segmento de crédito para o segmento de middle-market com apoio de garantias. Porém, o BFSR é limitado pelo tamanho relativamente pequeno do banco, com uma franquia ainda em desenvolvimento que dificulta as operações do banco em meio à crescente concorrência. O rating de BFSR implícito pelo Scorecard da Moody’s é C+ (C mais), ou dois níveis acima do BFSR atribuído. 22 Nos últimos 2 anos, a estratégia de negócios do Sofisa explorou outros segmentos atrativos de crédito – para pessoas físicas – procurando por pulverização de risco, assim como fluxo de resultados diversificado e recorrente. Porém, a Moody’s está ciente dos riscos relacionados à este processo de execução, principalmente em tempos de forte concorrência e difícil ambiente de captação, resultado da deterioração de liquidez internacional e incertezas gerais sobre a economia mundial. O resultado de BFSR do Scorecard da Moody’s foi positivamente afetado pela sólida estrutura de governança corporativa do banco, assim como pelos bons valores financeiros que vêm sendo apresentados nos últimos anos. Os indicadores de qualidade de ativos, historicamente em níveis baixos, serão monitorados, devido à esperada expansão do crédito. A falta de diversificação de captação, apesar da crescente base de depósitos, ainda é um fator limitante de crédito para suportar o crescimento. Fatores Qualitativos de Rating (peso 70%) Fator: Valor de franquia • Tendência: Neutra O valor de franquia do Sofisa fica em D+ com base em sua modesta participação no total de depósitos do sistema financeiro nacional, e em sua limitada cobertura geográfica. Com um foco tradicional no nicho de empréstimo às pequenas e médias empresas (PME), desenvolvido no decorrer de 17 anos de atividades, desde o começo de 2007, o Sofisa introduziu produtos de crédito ao consumidor, aproveitando a sua experiência bem sucedida no segmento de financiamento a veículos, que foi vendida em 2001 para o Banco BBA Creditanstalt (atualmente Banco Itau BBA). Embora mantenha uma forte capacidade de originação em seu principal nicho a composição da carteira ao final do ano já refletiu a nova plataforma de negócios. A limitada extensão através de filiais vem sendo resolvida por meio da aquisição de rede de bancos correspondentes em região de potencial de crescimento. Vemos um fator positivo de crédito nessa estratégia de diversificação iniciada em 2007, que pode aumentar o fluxo de receitas recorrentes. Porém, há desafios relacionados à capacidade, ainda não testada, de sustentar esses novos negócios em tempos sobre as atuais condições de liquidez e padrões competitivos ainda altos, principalmente em relação ao crédito de varejo. A nota C obtida em estabilidade de resultados considera o perfil comprovadamente estável das receitas de crédito comercial, tradicional linha de negócios do banco, mesmo em momentos de stress econômico no Brasil. O rápido crescimento da plataforma de pessoa física beneficiou as margens no geral, e melhora a estabilidade de resultados. No primeiro trimestre de 2009, o segmento de pequenas e médias empresas do Sofisa foi responsável por 58% da carteira total. Os resultados de PME do Sofisa são suportados pela natureza de curto prazo das operações e o apoio de garantias estruturadas sobre recebíveis auto-liquidáveis, rigidamente selecionados, com um alto índice de liquidez, atualmente preservados. Fator: Posicionamento de risco • Tendência: Neutra A pontuação de posicionamento de risco do Sofisa se beneficiou pela estrutura madura de governança corporativa: Desde 1993, os membros independentes representam pelo menos 60% do Conselho de Administração do banco. O banco foi pioneiro em alguns procedimentos de governança entre os bancos de médio porte, estabelecendo altos níveis de transparência e credibilidade às atividades diárias do banco. Como prova de seu compromisso com as melhores práticas de governança, recentemente o Sofisa estabeleceu um conselho fiscal e pretende fazer com que suas ações migrem para uma abordagem superior de governança corporativa na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Não obstante, a nota geral de governança continua sinalizando a estrutura de controle permanecendo em grande parte com a família Burmanian, e menos de 30% das ações totais distribuídas no mercado. O Sofisa tradicionalmente opera com uma abordagem disciplinada de risco, com políticas conservadoras de crédito estruturadas sob uma plataforma informatizada baseada em rede e totalmente integrada, o que permite o monitoramento on-line das exposições de crédito e a rígida administração das garantias. Essas vantagens têm sido essenciais para sustentar os níveis superiores de qualidade de ativos do banco. Em comparação com outros bancos no mesmo segmento, o Sofisa possui um indicador de liquidez nos recebíveis que lastreiam sua carteira de crédito que se mostram sustentáveis através dos ciclos. O Sofisa pode não ter uma infra-estrutura sofisticada o suficiente para monitorar a exposição ao risco de mercado, mas restringe suas operações de tesouraria à administração da liquidez do banco, e a Administração demonstra uma boa percepção dos riscos de mercado, com bom nível de abertura nas demonstrações financeiras semestrais. Assim, a gestão de risco está em linha com o perfil de risco do banco, caracterizado por um baixo apetite de risco de mercado, e sua pontuação é B. Além disso, nenhuma questão importante acerca dos controles foi encontrada nos últimos cinco anos que esteja diretamente relacionada ao Banco Sofisa. A pontuação C para transparência nas comunicações financeiras reflete o bom nível de divulgação de informações, inclusive o teste de stress das posições de tesouraria, as informações de VaR, a abertura completa de exposição de crédito, e abertura dos ativos ponderados por risco, com poucas informações ausentes. O nível de divulgação fornecido é superior ao encontrado em outros bancos de médio porte no Brasil. A política rígida de crédito seguida pela Administração limita a exposição máxima por grupo econômico em 3% do patrimônio líquido do banco, com limite máximo de aproximadamente US$15 milhões por cliente. A estratégia relativa à realocação de ativos de crédito somada ao crescimento significativo do crédito à pessoa física diminuiu o risco relacionado à concentração de crédito por cliente, beneficiando a pontuação geral para o posicionamento de risco. O Sofisa continua focando em 23 uma carteira comercial seletiva com limitada exposição por setor econômico. Fator: Ambiente Regulatório A Moody’s comentará sobre o ambiente regulatório brasileiro em um relatório à parte. Fator: Ambiente Operacional • Tendência: Neutro A Moody’s classifica o ambiente operacional brasileiro como D. O D deriva de uma pontuação E para estabilidade econômica (medida como volatilidade do PIB nominal sobre o período de 20 anos) e um rating D para integridade e corrupção, baseado em dados do Banco Mundial, que classifica aproximadamente 200 países em todo o mundo. A pontuação C para o sistema legal indica o prazo médio necessário para executar garantias no Brasil, na ausência de referências confiáveis para execução judicial de hipoteca. Fatores Quantitativos de Rating (peso 30%) de depósitos de atacado. Os esforços continuam em direção à diversificação de fontes de captação, que tiveram início em 2008 quando o Sofisa obteve um empréstimo sindicalizado de US$185 milhões patrocinado pelo IFC (Banco Mundial) com prazo entre 5 e 7 anos, e emitiu um Eurobond de US$125 milhões em julho de 2008. A participação da captação externa nas obrigações do Sofisa representa aproximadamente 35% do total, favorecendo o perfil de liquidez e apoiando o crescimento da carteira de pessoa física, principalmente de operações com perfil de longo prazo. Em fevereiro de 2009, o Sofisa ainda recebeu um empréstimo com prazo de 6 anos de US$32,5 milhões do FMO (Banco Holandês de Desenvolvimento). A capacidade do banco de manter tal diversificação de captação e reduzir a vulnerabilidade às mudanças na dinâmica de custo, é de extrema importância para a operação. O total de depósitos reduziu 46,6% de setembro a dezembro de 2008, administrado através das vendas de ativos de crédito. Com isso, o banco foi capaz de manter a liquidez de caixa. Em março de 2009, o caixa livre era de R$721,1 milhões, cobrindo 56% dos depósitos totais (38% no primeiro trimestre de 2008). Fator: Adequação de Capital •Tendência: Neutra Média das métricas financeiras entre 2006 e 2008 Fator: Rentabilidade •Tendência: Piora Como esperado, a elevação dos custos de captação e a desaceleração das dinâmicas de crédito, em reposta à elevada volatilidade do mercado e contração da atividade econômica, reduziram os índices de rentabilidade do Sofisa no quarto trimestre de 2008 e no primeiro trimestre de 2009.As margens dos últimos anos foram mais altas beneficiando-se da volta do Sofisa ao crédito ao consumidor no final de 2006, especialmente com uma saudável plataforma de financiamento de veículos. Nos últimos dois trimestres, a redução da originação e a necessidade de cessão de crédito como alternativa para preservar a liquidez, comprometeu os resultados e a margem líquida. Os resultados do primeiro trimestre de 2009 sofreram impacto do aumento de custo de crédito, reflexo do rápido crescimento ocorrido nos anos de 2006/2007, que maturaram sob condições de mercado menos favoráveis. Isso significa que, embora o nível de inadimplência do banco esteja sob padrões históricos e a piora da carteira seja administrável, o banco decidiu reforçar conservadoramente as provisões para enfrentar tempos de incerteza, o que aumentou o custo de crédito e limitou os resultados. Fator: Liquidez •Tendência: Neutra Os altos níveis de caixa sustentam a nota B no fator de liquidez, a qual, inversamente, indica uma estrutura concentrada Os duradouros e altos níveis de capital do Sofisa, uma evidência de sua estratégia de alavancagem prudentemente baixa, tem sido gradualmente reduzidos em busca de rentabilidade e sensata alocação de capital. Até 2008, o consumo de capital respondeu prontamente ao rápido aumento de sua carteira, que deveria ser mais profundo em tempos de alternativas escassas de captação para atender as condições de ativos com prazos maiores. Ainda faz parte da cultura do Sofisa permanecer atento e com alavancagem inferior a de seus pares, mantendo o índice de alavancagem da carteira comercial (s/ patrimônio líquido) por volta de 3 vezes, e crédito à pessoa física representado não mais do que 2 vezes o patrimônio líquido. Ainda há espaço para crescimento no atual nível de capital. No entanto, o resultado modesto do primeiro trimestre de 2009 foi outro indicador de que a elevação do custo de crédito poderá ser um limitador para a geração de capital em 2009. Fator: Eficiência •Tendência: Neutra Melhoras evidentes no índice de eficiência desde 2007, impulsionadas por ganhos de escala originados pela estrutura de TI, que foi desenvolvida internamente, reduzindo portanto custos de expansão. Esforços direcionados ao controle de custos continuam sendo relevantes à sustentabilidade do banco. É de grande importância o fato de, nos últimos dois trimestres, o Sofisa ter se movido rapidamente para ajustar seu formato às novas perspectivas de redução no crescimento, diminuindo as despesas administrativas em 14,6% desde setembro de 2008. 24 Fator: Qualidade de Ativos •Tendência: Piora Um grande crescimento da carteira de pessoa física e mudança gradual no mix coloca uma pressão relativa sobre os bons indicadores de qualidade do banco, visto que a carteira contrai e amadurece em um cenário econômico menos favorável. Porém, o crédito com atraso superior a 90 dias foi responsável por 0,9 % da carteira total com provisões cobrindo 2,6% dos empréstimos totais, de 0,5% e 2%, respectivamente, em março de 2008. A carteira de crédito à PME tem tradicionalmente tido desempenho exemplar, garantido por uma disciplina seletiva de risco que prioriza a granularidade e a colaterização dos créditos. Porém, à medida que a carteira cresce, é necessário provisionamento adicional (que aumentou 14,9% no trimestre), embora a carteira tenha sido feita em termos mais rígidos do que a maioria de seus pares. A carteira de crédito de varejo do Sofisa é constituída em sua maioria por financiamento e leasings de veículos com um indicador médio de ‘Loan-to-value’ em 33,3%. A originação diminuiu nos dois primeiros trimestres, mas visto que a aversão ao risco aumentou desde o quarto trimestre de 2008, a nova carteira possui spreads e prazos melhores. No entando, o Sofisa tem sólidos colchões de capital contra problemas de qualidade de ativos – inadimplência % (patrimônio líquido+reservas – o que garante uma nota A. A Moody’s prevê ainda deterioração nas carteiras de crédito e tem preocupação especialmente com a carteira de financiamento de veículos, devido à direta correlação com o nível de emprego e renda, atualmente em queda, e à sua importância da operação no resutlado do banco. Rating Global de Depósito em Moeda Local (Análise de Joint-Default) A Moody’s atribui um rating global Ba1 de depósito em moeda local para o Sofisa. O rating deriva do perfil de risco de crédito individual (BCA) Ba1 do banco. A Moody’s prevê que não existe probabilidade de suporte sistêmico para o Sofisa em caso de problemas, porque o banco possui uma participação muito limitada no total de depósitos do sistema. Os ratings em moeda local, portanto, são um mapeamento direto do rating D+ de força financeira de banco do Sofisa. Considerações acerca de “Notching” Os ratings para as obrigações subordinadas do Sofisa devem ser deduzidos do rating Ba1 de depósito de suporte integral de depósito, porque a Moody’s acredita que não há mecanismos legais de imposição de perdas aos credores secundários em um cenário de liquidação. Rating em Escala Nacional A Moody’s atribuiu ratings Aa2.br/BR-1 de depósito em escala nacional para o Sofisa como resultado da sólida e tradicional operação no segmento de middle market, estruturada sob uma abordagem conservadora de alavancagem e a boa qualidade de crédito do banco. Rating de Depósito em Moeda Estrangeira A Moody’s atribui um rating Ba2 de depósito em moeda estrangeira para o Banco Sofisa. O rating está limitado pelo teto de depósito em moeda estrangeira de país para o Brasil. Sobre os Ratings Bancários da Moody’s ............................................................................................................................................................................................ Rating de força financeira de banco Os ratings de força financeira de bancos (BFSRs) da Moody’s representam sua opinião sobre a segurança e robustez intrínsecas de um banco, e, assim, exclui certos riscos de crédito externos e elementos de suporte de crédito que são tratados pelos Ratings de Depósito Bancário da Moody’s. Os ratings de força financeira de bancos não levam em consideração a probabilidade de que o banco receberá esse suporte externo, nem cobrem riscos que surjam de ações soberanas que possam interferir com a habilidade de um banco de honrar suas obrigações em moeda doméstica ou estrangeira. Os fatores considerados na atribuição dos ratings de força financeira de bancos incluem elementos específicos de banco, como fundamentos financeiros, valor de franquia e diversificação de negócios e ativos. Embora os ratings de força financeira de bancos excluam os fatores externos especificados acima, eles levam em consideração outros fatores de risco no ambiente operacional do banco, inclusive a força e desempenho futuro da economia, assim como a estrutura e relativa fragilidade do sistema financeiro, e a qualidade da regulamentação e supervisão bancárias. Rating de Depósito Global em Moeda Local Um rating de depósito, como uma opinião de risco de crédito relativo, incorpora o Rating de Força Financeira de Bancos, assim como a opinião da Moody’s sobre qualquer suporte externo. Especificamente, os Ratings de Depósito Bancário da Moody’s são opiniões sobre a capacidade de um banco em pagar pontualmente suas obrigações de depósito. Assim, seu objetivo é incorporar esses aspectos de risco de crédito relevantes ao desempenho esperado de pagamento dos bancos classificados em relação às obrigações de depósito, e inclui: força financeira intrínseca, risco soberano de transferência (no caso de ratings de depósito em moeda estrangeira) e elementos de suporte externo implícitos e explícitos. Os Ratings de Depósito Bancário da Moody’s não levam em consideração o 25 benefício de planos de seguro de depósito que fazem pagamentos aos depositantes, mas reconhecem o suporte potencial de planos que possam fornecer assistência diretamente aos bancos. Segundo a metodologia de análise de default conjunto (JDA) da Moody’s, o rating de depósito global em moeda local (GLC) de um banco é determinado pela incorporação de elementos externos de suporte à Avaliação de Risco Básico do banco. Ao calcular o rating global de depósito em moeda local para um banco, a metodologia JDA também inclui o rating do provedor do suporte, na forma do teto de depósito em moeda local para um país, a avaliação da Moody’s acerca da probabilidade de um suporte de governo para o banco, caso ocorra alguma situação de stress e o grau de dependência entre o rating do emissor e o teto de depósito em moeda local. Rating em Escala Nacional Os ratings na escala nacional são direcionados principalmente para o uso por investidores domésticos e não são comparáveis aos ratings da Moody’s que são aplicados globalmente; ao contrário, eles tratam do risco de crédito relativo dentro de um determinado país. Um rating Aaa na Escala Nacional da Moody’s indica um emissor ou emissão com a maior idoneidade creditícia e a menor probabilidade de perdas de crédito em comparação com outros emissores domésticos. Os ratings na escala nacional, portanto, classificam os emissores domésticos em relação uns aos outros e não em relação a riscos absolutos de default. Os ratings nacionais isolam riscos sistêmicos; não tratam da expectativa de perda associada a eventos sistêmicos que podem afetar todos os emissores, mesmo aqueles que recebem os ratings mais altos dentro da Escala Nacional. Rating de Depósito em Moeda Estrangeira Os ratings da Moody’s para obrigações bancárias em moeda estrangeira são derivados do rating em moeda local do banco para a mesma classe de obrigação. A implementação da JDA para bancos pode levar a ratings em moeda local altos para certos bancos, o que também pode produzir altos ratings em moeda estrangeira. Contudo, deve-se lembrar que os ratings de depósito em moeda estrangeira estão sempre limitados pelo teto do país para depósitos bancários em moeda estrangeira. Isso pode resultar na atribuição de um rating diferente, e geralmente inferior, para os depósitos em moeda estrangeira em relação ao rating do banco para suas obrigações em moeda local. Rating de Dívida em Moeda Estrangeira Os ratings de dívida em moeda estrangeira derivam do rating de dívida em moeda local do banco. De forma similar ao que ocorre com os ratings de depósito em moeda estrangeira, as obrigações de dívida em moeda estrangeira também podem ser determinadas pelo teto país para notas e títulos de dívida em moeda estrangeira; mas em alguns casos os ratings para obrigações de dívida em moeda estrangeira podem romper o teto em moeda estrangeira. Um determinado mix de fatores de rating é levado em consideração para avaliar se um rating de títulos de dívida em moeda estrangeira rompe o teto país. Entre eles, temos o rating em escala global — moeda local do emissor, seu rating do título da dívida pública em moeda estrangeira, o teto país para títulos e se a dívida é elegível para romper esse teto. Sobre o Scorecard de Rating de Força Financeira de Banco da Moody’s O modelo de rating de força financeira de banco da Moody’s (veja scorecard abaixo) é uma informação estratégica na avaliação da força financeira de um banco, usado como uma ferramenta chave pelos analistas da Moody’s para garantir a coerência da abordagem entre diversos bancos e regiões. O resultado do modelo e as pontuações individuais são discutidos em comitês de rating e podem ser ajustados para baixo ou para cima, de forma a refletir condições específicas para cada entidade classificada. 26 Fatores de Rating ............................................................................................................................................................................................ Banco Sofisa S.A. Fatores de Rating [1] A B C D E Fatores Qualitativos (70%) Pontuação Total Tendência C- Fator: Valor de Franquia Participação de Mercado e Sustentabilidade D+ Neutro C- Neutro D Neutro X Diversificação Geográfica X Estabilidade de Resultados X Diversificação de Resultados [2] Fator: Posicionamento de Risco Governança Corporativa [2] X - Composição Acionária e Complexidade Organizacional X - Risco de Homem Chave - Riscos de Insider e Partes Relacionadas Controles e Gestão de Risco X - Gestão de Risco X - Controles X Transparência nas Comunicações Financeiras X - Comparabilidade Global - Freqüência e Pontualidade X X - Qualidade das Informações Financeiras X Concentração de Risco de Crédito X - Concentração de Tomador - Concentração Setorial X X Gestão de Liquidez X Apetite de Risco de Mercado X Fator: Ambiente Operacional Estabilidade Econômica X Integridade e Corrupção X Sistema Legal X Fatores Financeiros (30%) B+ Fator: Rentabilidade LAIRPDD / AMPR 4,59% Lucro líquido / AMPR 3,28% Fator: Liquidez (Empréstimos e obrigações - Ativos líquidos) / Ativo total A Piora B Neutro A Neutro B Neutro A Piora -20,99% Gestão de Liquidez X Fator: Adequação de Capital Basiléia Nível 1 (%) 20,66% Patrimônio Comum Tangível / AMPR 19,36% Fator: Eficiência Índice Custo/Receita 45,13% Fator: Qualidade de Ativos Empréstimos vencidos / Total de Empréstimos 0,72% Empréstimos vencidos % (Patrimônio + Provisões para perdas) 2,08% Menor Pontuação Combinada (9%) B Substituição da Insolvência Econômica Neutro Total Agregado C+ BFSR Atribuído D+ [1] - Onde há hífens para um determinado fator (ou subfator), a pontuação baseada em informações não disponíveis ao público. [2] - Uma pontuação em branco sob a Diversificação de Resultados ou Governança Corporativa indica que o risco neutro. Contato Ceres Lisboa/São Paulo 55.11.3043.7300 Karina Baba/São Paulo M. Celina Vansetti/New York 1.212.553.1653 Alexandre Albuquerque/New York Av. Nações Unidas, 12.551 16º Andar cj.1601 04578-903 São Paulo SP Fone 11 3043-7300 Fax 011 3043-7311 www.moodys.com.br 31 Rating Nacional Bradesco AAA Alfa AA+ Safra AA Sofisa AA- Brascan AA- Daycoval AA- BMG A+ BicBanco A+ Banrisul A+ Panamericano A Bonsucesso A- Cruzeiro do Sul A- Banco Luso Brasileiro BBB Mercantil do Brasil BBB * Manutenção do Rating em Outubro 2009 32 Fundamentos do Rating ............................................................................................................................................................................................ O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião no dia 08 de outubro de2009, afirmou o rating de longo prazo AA- e a classificação A-1 para as obrigações de curto prazo (inferiores a 360 dias) emitidas pelo Banco Sofisa S.A.. A perspectiva permanece estável. O banco tem sua origem na Sofisa S/A Crédito, Financiamento e Investimentos, fundada em 1961, com atuação até 1990 no segmento de financiamento para pessoas físicas. Neste ano passa a denominar-se Banco Sofisa S/A, ingressando no segmento de pessoas jurídicas. Em 2001, decide desativar algumas linhas de negócios, deixando as atividades de crédito direto ao consumidor e de arrendamento mercantil de fazer parte das atividades do banco. Seu foco de atuação passou a ser o crédito comercial às pequenas e médias empresas, tendo nas linhas de capital de giro, conta garantida e títulos descontados, as principais modalidades de crédito concedidas. No início de 2007, retomou as atividades no segmento de pessoas físicas com as modalidades de crédito consignado, crédito pessoal e CDC - Veículos. Em maio de 2007,o banco realizou distribuição pública inicial de ações primárias e secundárias na Bolsa de Valores de São Paulo. A família Burmaian – fundadora do banco e com origem empresarial no ramo de varejo de calçados e forte presença no segmento, com a conhecida rede World Tennis – detinha em 31/07/2009, 100% das ações ordinárias e 59,6% das preferenciais. O Sofisa encerrou o primeiro semestre de 2009 com R$ 4.473 milhões de Ativo Total e Patrimônio Líquido de R$ 851 milhões e Carteira de Crédito de R$ 2.753 milhões. A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas pela Austin Rating obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias atuando no Brasil, e, eventualmente, com atividades no exterior. As escalas da Austin não levam em conta, e, tampouco se limitam, ao rating soberano do país, este empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos a instituição financeira em análise. A Austin Rating tomou como base para a análise, as demonstrações financeiras auditadas divulgadas na imprensa, do press release trimestral disponibilizado no site do banco e de informações gerenciais complementares detalhadas em due diligence, realizada com os principais executivos da instituição. O disclosure para a Austin Rating foi considerado ótimo com a presença de informações necessárias para uma adequada avaliação da estratégia, das políticas das áreas de negócios, da qualidade da carteira de crédito e da estrutura de captação. As demonstrações financeiras consolidadas para os exercícios findos em 30 de junho de 2009 e 2008, auditadas pela Terco Grant Thornton Auditores Independentes e publicadas sem ressalvas. A classificação de risco levou em conta a solidez financeira intrínseca da instituição manifestada nos elevados níveis de capitalização reportados, na gestão e preservação dos indicadores de liquidez e nos níveis de inadimplência tradicionalmente registrados. Considera em paralelo, as boas práticas de governança corporativa, o compromisso dos acionistas com a continuidades e solidez da instituição e adequação aos requerimentos de gestão e mensuração de risco requeridos pelo Banco Central do Brasil. O rating considera ao contrário, o impacto em seu desempenho pelo aumento nas provisões para créditos de liquidação duvidosa, a dependência de seu resultado da atividade de crédito, notadamente no segmento do Middle Market, sensível a reversões desfavoráveis na conjuntura econômica, alternativamente, sujeito a uma maior concorrência e queda nos spreads nos próximos semestres. Qualidade de Ativos A solidez financeira da instituição encontra-se respaldada pelo processo de crédito adotado no dia a dia de suas atividades. A política e as rotinas envolvidas na gestão do crédito se encontram em constante aperfeiçoamento, incorporando novos procedimentos e controles capazes de minimizar os riscos envolvidos nas operações com empresas do middle market e com pessoas físicas. Entendemos como adequadas as rotinas da área, desde a abertura da proposta comercial, passando pela análise, aprovação, formalização, cobrança e execução de garantias. O banco exibe sofisticado sistema informático de acompanhamento da exposição de crédito dos clientes, conciliando agilidade na transmissão das informações e nos mecanismos de cobrança com a qualidade e nível de liquidez das garantias exigidas, predominantemente duplicatas caucionadas e alienação fiduciária de veículos. Para as modalidades de financiamento para pessoas físicas, o banco tem se utilizado da mesma plataforma web utilizada para as atividades de crédito para pessoas jurídicas, além de contar com a experiência de profissionais nas áreas comercial e de suporte que outrora atuaram no Sofisa, quando o banco financiava no passado a compra de veículos. A instituição é tradicional compradora de carteiras de crédito consignado produzidas por outras instituições, tem familiaridade com a qualidade destes financiamentos, o que lhe tem garantido uma operação sustentada junto aos códigos onde concede diretamente os financiamentos. Como resultado da política e das rotinas envolvidas na gestão do crédito, bem como do monitoramento da qualidade e liquidez das garantias, a instituição tem reportado níveis reduzidos de inadimplência, inferiores à mediana estatística dos bancos que atuam em seu segmento de atuação calculados pela Austin a cada semestre. 33 No primeiro semestre de 2009, os indicadores de inadimplência do Sofisa apresentaram ligeira piora com relação a dezembro de 2008, mas à semelhança de semestres anteriores, permaneceu abaixo da mediana estatística calculada pela Austin Rating para seu segmento de atuação. O nível de inadimplência (vencidos > 60 dias/total da carteira) alcançou 1,5% em junho de 2009 e 0,9% em dezembro de 2008, contra uma mediana estatística de 2,0% e 1,9%. Embora o volume de atrasos tenha declinado de R$ 102,1 milhões no final de 2008 para R$ 88,9 milhões em jun/09, a ligeira retração no saldo da carteira no período de seis meses e o aumento no volume de créditos classificados entre as faixas D a H no período de comparação, de 2,82% no final do ano passado para 5,3% em junho passado. No final do primeiro semestre deste ano, as provisões constituídas cresceram em sintonia com o maior volume de créditos vincendos e vencidos classificados nas faixas de atraso mais baixas. O volume constituído montou R$ 87,2 milhões ante R$ 56,4 milhões em dezembro de 2008, passando a cobrir 98,1% dos créditos vencidos ante apenas 55% em dez./08. O indicador de provisionamento (provisões com relação ao total da carteira) ficou mais próximo da mediana de seu segmento de atuação (Sofisa: 3,2%; mediana: 3,0%) em junho de 2009. Cabe mencionar que, segundo press release do segundo trimestre de 2009 divulgado pela administração do banco, o incremento das provisões se deu notadamente na carteira de CDC Veículos não originada pelo Sofisa, mas adquirida de outra instituição financeira através de acordo operacional assinado entre as partes. Apesar de ter ocasionado uma provisão elevada (R$ 23,7 milhões) respondendo por 17,2% do total desta carteira especificamente, por força de uma cláusula de proteção de crédito gerou ativos ao banco no valor de R$ 16,6 milhões. O banco não tem apresentado, ao longo dos últimos anos, créditos renegociados e tem tratado clientes inadimplentes no âmbito da carteira comercial, com o reforço de garantias e aumento de spreads. No encerramento do primeiro semestre, cerca de 99,5% de suas operações era coberta com garantias e, apenas 0,5%, em notas promissórias, corforme apresentado em press release do segundo trimestre de 2009. No caso do financiamento de veículos, em que se observou maior inadimplência na carteira do banco no semestre a originação feita pelo próprio Sofisa, tem o bem como garantia, a entrada média tem permanecido em torno de 33% a 32% do valor financiado (36,1% em dez./08) e a produção tem sido retomada gradualmente na medida em que o mercado e as condições de pontualidade, medidas mês a mês pelas parcelas vencidas e não pagas, vem se alinhando aos indicadores de mercado. A carteira de consignado por outra parte apresenta baixo risco de crédito e tem a garantia da retenção da parcela da dívida pelo convênio com o órgão público. A composição da carteira do banco manteve seu adequado nível de pulverização setorial com a presença de um conjunto de 134.396 clientes pessoa física tomadores de financiamentos e crédito consignado, além daqueles que compõem as carteiras adquiridas de outras instituições financeiras e cujos tickets médios são bem mais baixos que os créditos concedidos para pessoas jurídicas. A carteira de empresas, em torno de 1803 clientes em junho de 2009, possui exposição máxima por grupo econômico de R$ 30 milhões ou 3,5% do PL no final de junho passado. O maior risco individual do banco montava R$ 28,7 milhões, em linha com o limite máximo de R$ 30 milhões por cliente, respondendo por 1,04% do total da carteira. Capitalização O Comitê levou em conta como elemento relevante para a afirmação do rating AA – ao Sofisa a regra prudencial de alavancagem das operações de crédito, há vários anos definida pelo Conselho de Administração do banco, que o impede de imprimir um crescimento mais acelerado de suas operações ativas via a captação de recursos de terceiros. Ao longo do extenso período de acompanhamento do Sofisa realizado pela Austin, atesta-se a aderência da administração a esta regra de alavancagem. A base patrimonial do banco é elevada proporcionalmente aos seus ativos remunerados, o que tem se manifestado em indicadores de adequação de capital (índice de Basileia) com boa folga ante o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil. O conservadorismo na gestão do crédito, da tesouraria e da liquidez, visando a manutenção da solvência do banco, não tem exigido assistência financeira externa do controlador. Com a abertura de capital e mantido o controle acionário nas mãos da família e a do quadro diretivo há vários anos na condução da instituição, fica preservado o compromisso profissional com a boa continuidade das atividades do banco, o suporte dos acionistas e a base patrimonial elevada, co a retenção de parcela destacada dos lucros apurados a cada exercício. Desde o primeiro semestre de 2008, o Conselho de Administração redefiniu o grau de alavancagem das operações de crédito do Sofisa de uma razão de 3x o PL para 5x, sendo 3x no crédito empresarial e 2x no varejo. O banco adotou postura preventiva ante o agravamento da qualidade de crédito do sistema bancário brasileiro, retraindo suas atividades de crédito no semestre. Em junho de 2009, esta razão alcançou 3,2x e o indicador de Basileia atingiu 20,7%. Liquidez A sustentabilidade de longo prazo das operações ativas do Sofisa tem se apoiado em uma permanente diversificação das fontes de financiamento com vistas à redução do custo médio de funding, em ajustar descasamentos de prazos e não incorrer na dependência de determinada modalidade de captação específica, segmento econômico aplicador, pessoa física ou jurídica individualmente. O banco conta com a captação doméstica de CDBs e CDIs e presença no mercado internacional, através de acordo com o International Finance Corporation, de emissões de Eurobônus dentro de um Programa de US$ 1 bilhão e, empréstimo junto ao banco de desenvolvimento a Holanda – FMO. Da mesma forma, inusitadamente, realizou por primeira vez no final do ano passado cessões de crédito com instituições financeiras de parte das carteiras de varejo e, a partir de abril deste ano, realizou emissões de depósitos com Ga- 34 rantia Especial do Fundo Garantidor de Crédito (DPGE). Fruto da elevada pontualidade dos clientes de varejo e de empresas, da qualidade das garantias obtidas nas operações de crédito, o elevado giro da carteira de crédito comercial, a capacidade de realizar cessões das carteiras de varejo, os ativos de crédito e de tesouraria do Sofisa detém grau de pontualidade e monetização suficientes, para honrar as obrigações do banco. Respaldando a qualidade de crédito dos ativos, a Tesouraria monitora diariamente e tempestivamente os gaps de ativos e passivos além de contar com plano de contingência aprovado pela Alta Administração enquadrando a gestão de liquidez a diferentes cenários e agravamento das condições de mercado. Tais aspectos conferem elevada previsibilidade de longo prazo na liquidez da instituição. Acresce-se a este aspecto o grau de alavancagem da carteira de crédito, definido pelo Conselho de Administração, que, estruturalmente, limita a captação de terceiros da instituição. O caixa livre do banco é controlado permanentemente com a manutenção de recursos de alta liquidez, e possui métricas de acompanhamento relacionadas com o tamanho do PL e o total de depósitos de curto prazo. Ante um cenário de pior qualidade creditícia para o primeiro semestre, o Sofisa reduziu a originação no segmento de Middle Market no primeiro semestre, e retomou com mais vigor a produção de crédito consignado e de financiamento de veículos no segundo trimestre, na medida em que as condições de mercado se apresentavam mais favoráveis e, estruturas de funding doméstico, tornaram viáveis operações de crédito mais longas. Em linha, o banco captou R$ 205,1 milhões de depósitos via a modalidade garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), tendo prazo médio ponderado de 742 dias. Decorrido o primeiro semestre de 2009, o mapa de prazos do Sofisa registrava no final de junho passado, uma cobertura de 1,77x o valor dos ativos de vencimento de 1 a 30 dias sobre passivos vencendo no mesmo prazo, de 1,48x para a faixa de 31 a 180 dias, de 1,02x para a faixa de 181 a 360 dias e, de 0,97x acima de 360 dias. Tais níveis de cobertura sintonizam com os reportados em dez./08. O caixa livre em junho de 2009 passou a representar 96% o PL e 53,1% dos depósitos totais na data ante 90,8x o PL e 55% dos depósitos totais em dezembro de 2008. A estrutura de funding do Sofisa encontrava-se em junho de 2009 menos dependente da modalidade dos depósitos a prazo dada a menor necessidade de captar recursos com uma menor originação de operações de crédito comerciais. Apesar disso, sua carteira exibia moderada concentração em torno dos maiores aplicadores, considerando tratar-se de instituição financeira sem a presença de rede de agências e número expressivo de clientes. Em junho de 2009 possuía 485 aplicadores de depósito a prazo ante um número em dezembro de 2008 de 515 e 677 em junho de 2008. O maior depositante a prazo individual respondia por 4,8% da posição captada em depósitos a prazo em junho de 2009 e os 20 maiores por 31,8%, nível este compatível com uma instituição com a ausência de uma rede pulverizada de captação de depósitos. Risco de Mercado No que toca ao risco de mercado são remotas as perdas associadas às operações realizadas pela Tesouraria, sendo alocado o capital de giro próprio da instituição e o excedente não destinado em operações de crédito, em uma gama diversificada de instrumentos financeiros. A Tesouraria do Sofisa opera de maneira conservadora fazendo uso de operações com derivativos com a finalidade de proteção de seus ativos e passivos ante a variação não desejada dos preços dos ativos financeiros, bem como para neutralizar os descasamentos oriundos nas suas operações. O histórico recente de insucesso em operações proprietárias de tesouraria e marcações a mercado negativas é reduzido no banco. Em junho de 2009, o banco possuía uma posição pré em aberto em seus livros, associado, essencialmente, à carteira de arrendamento mercantil, empréstimos e financiamentos, produzida pelo banco e naquela adquirida de terceiros, bem como em determinados títulos e valores mobiliários. O banco possui captação de CDB/CDI remunerada a taxas prefixadas embora predomine a remuneração pós-fixada. Como forma de mitigar parcialmente esta exposição, o banco fez uso de instrumentos derivativos (swaps). A posição líquida pré, em junho de 2009, montava R$ 991,3 milhões e correspondia a um VaR de um dia de apenas R$ 5,9 milhões. No mesmo período, a posição cambial líquida era muito reduzida (R$ 15 milhões) praticamente neutralizada integralmente com o emprego de derivativos. Risco Operacional Em conformidade com a Resolução 2554 do Bacen, as atividades de compliance dentro do banco contam com a presença de um Comitê e um gerente voltado especificamente para a execução destas rotinas. O banco conta com uma adequada estrutura e cultura de compliance disseminada ao longo das divisões da instituição, com a presença de Gerência de Controles Internos e Auditoria reportando-se aos Comitês de Compliance e Auditoria. Em linha com o estabelecido na Resolução 3380 do CMN, o Sofisa possui uma gerência específica para Riscos Operacionais, ligada à área de Controles Internos e subordinada à Presidência do banco, semelhante ao fluxo operacional adotado para a gestão do risco de mercado. O risco operacional encontra-se devidamente monitorado e em conformidade com a legislação em vigor, mais notadamente o calendário de adaptação das instituições financeiras brasileiras ao Novo Acordo de adequação de capital (Basiléia II). A parcela de capital para esta classe de risco respondeu por 3,38% do Patrimônio de Referência Exigido em junho de 2009, o que reflete a baixa incidência desta classe de risco, seu impacto reduzido no PRE da instituição, os adequados controles dentro da instituição, liberando capital para a preservação de um grau de alavancagem condizente com o perfil de risco almejado pela instituição. 35 Desempenho O desempenho econômico do Sofisa tem sido marcado pela baixa alavancagem, ótimos indicadores de inadimplência e comprovada gestão de custos, esta evidenciada em indicadores de eficiência melhores que a mediana de seu segmento de atuação. Com a abertura de capital realizada no primeiro semestre de 2007 e um maior volume de recursos disponíveis para financiar as operações ativas, a administração do banco expandiu em um primeiro momento os volumes de crédito concedidos, aumentou sua base de clientes e de depositantes. Seus indicadores de rentabilidade, entretanto, por conta de sua baixa alavancagem e por não fazer uso com recorrência de cessões de crédito - prática que antecipa os ganhos diferidos das instituições – tem ficado abaixo de seus pares o que tem limitando o crescimento orgânico de sua base patrimonial e expansão de sua base de ativos. Em junho de 2009, a rentabilidade anualizada sobre o PL final do banco foi de apenas 3%, bem abaixo da mediana estatística de seu segmento de 14,7%. Seu indicador de eficiência ficou em 33,8%, melhor que os 40,1% registrados em dezembro de 2008 O banco havia efetuado desde o final do ano passado, os necessários ajustes em sua estrutura operacional acomodando-a a uma realidade com menor atividade de crédito. O resultado líquido do banco no semestre, sentiu os efeitos da menor atividade de crédito, caindo 77,3% na comparação com junho de 2008 , totalizando R$ 12,6 milhões. A queda no resultado refletiu por outra parte, o aumento de 123,7% nas despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa e, os custos com cessões de crédito realizadas no quarto trimestre à reduzidas taxas de juros mais elevadas e que ocasionaram menor resultado econômico no total das receitas com operações de crédito. O Sofisa encerrou o semestre com uma queda em seis meses de 0,82% em seu total de ativos, montando R$ 4.473 milhões em junho de 2009. A carteira de crédito encerrou o semestre com queda de 0,3% na comparação com dez./08, totalizando R$ 2.753 milhões. O saldo da captação de depósitos – incluindo Letras de Crédito do Agronegócio – subiu 17% na comparação com dezembro de 2008, mas encontra-se aquém do total de R$ 2.018 milhões captado em setembro daquele ano. O banco encerrou junho passado com Patrimônio Líquido de R$ 851 milhões, ante R$ 858,6 milhões no final do ano 2008, e foi impactado pela aquisição em ações em tesouraria no valor de R$ 24,2 milhões. Gestão/Estratégia/Governança Corporativa A instituição manteve ao longo dos seus mais de 48 anos o foco no middle market, com incursões no segmento de varejo com operações de veículos e na originação própria de crédito consignado em um passado mais recente. A abertura de capital e uma maior base patrimonial, melhorou o posicionamento estratégico do Sofisa, abrindo-lhe espaço para expandir, ao longo dos próximos anos, sua carteira de crédito, não mais concentrada no segmento de pessoas jurídicas, atuar em faixas de mercado e com clientes com spreads mais reduzidos e/ou em modalidades apresentando potencial de crescimento e baixo risco de crédito. O banco priorizará a manutenção de um nível confortável de liquidez e o adequado casamento de prazos de ativos e passivos em detrimento da expansão das atividades de crédito. O banco há vários anos é dirigido por um Conselho de Administração mesmo antes da abertura de capital, e foram preservados os princípios de conservadorismo e profissionalismo que nortearam sua trajetória até o presente. O IPO aprofundou o emprego de boas práticas de Governança Corporativa, fortalece os seus controles e processos internos da instituição, protegendo, dentre outros, os aplicadores do banco. Avaliamos a estratégia adotada no primeiro semestre como adequada para o momento porque passava o setor bancário naquele momento com uma nítida deterioração da qualidade de crédito das empresas e pessoas físicas. Entretanto consideramos que as melhores condições observadas na conjuntura desde meados do segundo semestre deste ano com a manutenção de um patamar de atividade do banco à semelhança do primeiro semestre, notadamente na carteira comercial, colocam a instituição em situação de desigualdade antes seus pares, com efeitos em sua posição de mercado se mantida por um prazo mais dilatado de tempo, adentrando-se pelo ano 2010. Variáveis Exógenas O banco sofre a ameaça de uma queda dos spreads a partir do ano 2010, mantida a trajetória de crescimento econômico doméstico e o aumento dos volumes de crédito concedidos, seja pelos bancos públicos, seja pelos estrangeiros e privados nacionais de porte maior e ou similar. Adicionalmente, no caso do consignado, a redução do teto de juros cobrados nos financiamentos a aposentados e pensionistas do INSS e o aumento das comissões cobradas pelos correspondentes bancários, podem reduzir as margens desta operação que, em junho de 2009, respondiam por 50% do volume originado pelo banco nesta modalidade. A qualidade de sua carteira de crédito foi afetada pelo aumento dos níveis de inadimplência na carteira de financiamento de veículos. Considerando o comprometimento de renda dos devedores com outras obrigações financeiras ( ex: financiamentos habitacionais) podem provocar uma maior impontualidade e dificuldade de pagamento dos devedores e requerer mais provisões às constituídas no primeiro semestre deste ano. Colabora para a expansão das atividades do banco, o amplo espaço que o crédito possui para crescer na economia brasileira, a baixa bancarização da sociedade, os projetos de investimento a ser realizados nos próximos anos e, o impacto destes fatores na contratação de novos empréstimos pelas pequenas e médias empresas - nicho do banco. Do ponto de vista regulatório, as mudanças na ponderação de risco para cessões de crédito com coobrigação que entrarão 36 em vigor em 2010, requerendo uma base patrimonial compatível com a absorção no balanço dos bancos, de operações de crédito consignado e de financiamento de veículos, bancadas ou cedidas com coobrigação. No caso tal aspecto não teria impactos substantivos na sua capitalização, dada a ausência da prática de cessões de crédito em sua atividade operacional. Com foco no Middle Market - respondendo por cerca de 60% do total de carteira do banco - e a habilidade comprovada do banco originar créditos neste segmento, a produção mensal tem sido integralmente bancada em seu balanço. tenha à sua disposição o limite de R$ 2,6 bilhões de utilização. O Banco utiliza essa operação visando alongar os prazos de sua captação e manter o casamento de ativos e passivos (prazo médio de 742 dias em junho de 2009). A conjuntura projetada pela Austin Rating para o ano 2010 não projeta uma elevação acentuada das taxas de juros e a desvalorização do Real frente à moeda americana, levando a reduzido impacto nas posições de Tesouraria em aberto no banco e, em sua solidez financeira e resultado econômico. Da mesma forma, o banco tem pouca dependência da captação via a modalidade com Garantias Especiais (DPGE) representando 13% dos depósitos totais em junho de 2009, embora Perpectiva ............................................................................................................................................................................................ A perspectiva do rating permanece estável. A Austin monitorará os níveis de provisionamento realizados pela instituição à luz do aumento observado no primeiro semestre de 2009, bem como a qualidade dos novos créditos originados guardando como referência, melhores/piores indicadores de pontualidade das empresas e dos consumidores. A perspectiva do rating encontra-se vinculada à manutenção de adequados indicadores de liquidez e de gestão de ativos e passivos. Merece ser avaliado o desempenho econômico da instituição, a retomada de suas atividades de crédito, capazes de lhe proporcionar melhores indicadores de lucratividade e rentabilidade ante os níveis observados mo primeiro semestre de 2009. Uma vez materializados, restabelecendo um fluxo sustentável de receitas de crédito e preservados os indicadores de eficiência e liquidez reportados, poder-se-ia sinalizar uma mudança de perspectiva de maneira positiva. Ao contrário, a retração do negócio, sensibilizando seu porte ante os demais bancos atuando em seus segmentos de atuação, sua penetração geral no sistema bancário e sua capacidade de fazer frente à tendência de queda mais acentuada dos spreads, poderia colocar a perspectiva do rating no sentido negativo. Extrato de Demonstrações Financeiras ............................................................................................................................................................................................ (Base: Demonstrações Financeiras consolidadas referentes a 31 de dezembro de 2008 e 2007, auditadas pela Therco Grant Thornton Auditores Independentes e publicadas sem ressalvas). R$ mil Extrato de Passivo Depósitos Captações no mercado aberto Empréstimos e repasses Obrigações de T.V.M. no exterior Patrimônio Líquido Passivo Total Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 1.234.966 2.525.108 1.313.738 1.484.336 137.130 21.846 17.368 35.195 10.817 161.281 1.029.012 894.720 65.356 0 0 0 318.573 854.231 858.563 851.044 1.859.192 4.035.625 4.510.095 4.473.044 R$ mil Extrato do Ativo Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 288.524 297.753 357.718 555.145 T.V.M. + Derivativos 554.854 793.721 840.726 678.467 Operações de crédito 914.738 2.616.232 2.760.975 2.752.736 Permanente Ativo Total 57.410 63.768 73.723 69.448 1.859.192 4.035.625 4.510.095 4.473.044 37 R$ mil Extrato do Demonstrativo de Resultados Dez/06 Dez/07 Jun/08 Jun/09 Receitas da intermediação financeira 520.503 1.222.684 482.537 474.753 Despesas da intermediação financeira 280.686 909.151 307.060 292.608 13.790 37.594 25.372 56.753 239.817 313.533 175.477 182.145 Provisões para créditos de liquidação duvidosa Resultado bruto da intermediação financeira Receitas de prestação de serviços 7.201 28.633 8.863 16.800 Despesas de pessoal 52.476 81.229 34.046 36.530 Outras despesas administrativas 48.163 55.929 21.575 30.731 -49.434 -87.007 -38.870 -114.227 83.125 117.539 79.666 1.283 -71 3.079 1.565 -1.864 75.634 92.201 55.782 12.646 Outras receitas/despesas operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Lucro Líquido INDICADORES DE DESEMPENHO ADEQUAÇÃO DO CAPITAL (%) Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 Capitalização 20,7 26,9 23,5 23,5 Concentração em Crédito 50,8 65,9 62,2 62,5 2,9 3,1 3,2 3,2 22,9 22,0 19,8 20,7 Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 15,0 8,0 33,9 18,0 Liquidez Corrente 124,1 95,3 147,9 146,8 Liquidez Imediata 63,4 32,6 69,4 78,9 QUALIDADE DO ATIVO (%) Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 Inadimplência (> 60 dias) 1,0 0,3 0,9 1,5 Provisionamento 2,2 1,2 2,0 3,2 Comprometimento do PL (> 60 dias) 2,7 0,8 2,7 4,4 Alavancagem em Crédito (x) Índice da Basiléia LIQUIDEZ (%) Encaixe CUSTO (%) Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 Intermediação 10,8 8,8 24,9 16,2 Eficiência 53,7 40,7 40,1 33,8 Custo Total 15,3 12,2 29,0 20,4 RENTABILIDADE (%) Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 Margem Bruta 40,1 45,5 25,1 37,1 Rentabilidade sobre PL final 14,2 8,9 10,7 3,0 2,4 1,9 2,0 0,6 Retorno sobre Ativo Carteira de Crédito ............................................................................................................................................................................................ R$ milhões Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 Total de Crédito 914.738 4.986.629 2.760.975 2.752.736 Risco nível AA 120.020 283.513 274.816 247.153 Risco nível A 247.374 1.302.609 1.744.487 1.330.139 Risco nível B 476.806 855.207 491.102 769.727 Risco nível C 58.123 154.135 172.899 261.015 Risco nível D 138 4.990 27.889 47.371 Risco nível E 10 6.052 12.634 36.050 38 R$ milhões Dez/06 Dez/07 Dez/08 Jun/09 12 1.919 8.782 15.946 Risco nível G 5 1.132 5.843 12.903 Risco nível H 12.250 6.675 22.523 32.432 Total de Créditos em Atraso 20.044 43.648 102.108 88.859 Provisão Constituída 20.026 30.430 56.403 87.166 0 0 0 0 20.026 30.430 56.403 87.166 0,99 0,70 0,55 0,98 1 a 30 dias 31 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias 8.927 - - - Aplicações interfinanceiras de liquidez 518.241 20.596 16.308 - Títulos e valores mobiliários 120.153 126.781 31.902 399.631 Risco nível F Provisão Adicional Provisão Total Cobertura: Provisão Total/ Créditos em Atraso R$ mil LIQUIDEZ – Balanço Patrimonial por Prazos 06/09 Disponibilidades Operações de crédito e arrendamento mercantil 289.540 797.186 361.979 1.197.627 1.122.211 1.019.487 459.761 1.802.137 202.256 524.658 306.81 450.612 Captação no mercado aberto 35.195 - - - Aceites e emissão de títulos 54.184 - - - Obrigações por empréstimos 42.129 21.869 7.365 213.774 TOTAL DO ATIVO Depósitos Obrigações por repasses 110.782 8.205 14.313 476.283 TOTAL DO PASSIVO 634.104 688.703 448.821 1.849.850 39 Classificação da Austin Rating - Solidez Financeira ............................................................................................................................................................................................ AAA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições, dotadas de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo. AA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório. A O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo. BBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial pode ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo. B O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que pode afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio. CCC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto. CC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto. C O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes; e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo. BB O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, mas vulneráveis às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio. Sinais de (+) mais e (-) menos são utilizados para identificar uma melhor ou pior posição dentro de uma mesma escala de rating. Rating é uma classificação de risco, por nota ou símbolo. Esta expressa a capacidade do emitente de título de dívida negociável ou inegociável em honrar seus compromissos de juros e amortização do principal até o vencimento final. O rating pode ser do emitente, refletindo sua capacidade em honrar qualquer compromisso de uma maneira geral, ou de uma emissão específica, onde é considerada apenas a capacidade do emitente em honrar aquela obrigação financeira determinada. As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas como adequadas e confiáveis. As opiniões e simulações realizadas neste relatório constituem-se no julgamento da Austin Rating acerca do emitente, não se configurando, no entanto, em recomendação de investimento para todos os efeitos. Para conhecer nossas escalas de rating e metodologias, acesse: www.austin.com.br ® Todos os direitos reservados. 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