PURIM SAMEACH! QUANTO CUSTA MANTER SEU CARRO? Adar I / Adar II 5774 1 OURO E MOEDAS ESTRANGEIRAS. Change Câmbio Exchange Transferências Internacionais Através do sistema MoneyGram, seu dinheiro chega ao destino em apenas 10 minutos Cartão Visa Travel Money Um cartão pré-pago onde se credita valores em dólares, euros ou libras para suas compras e gastos no exterior. É prático e seguro ! R UA A UGUSTA , 2254 • J ARDINS • SP 2 (11) 3085-7889 Adar I / Adar II 5774 Adar I / Adar II 5774 3 4 Adar I / Adar II 5774 Editorial Futuramente, com a vinda do Mashiach, os Neviim, (Profetas) e Ketuvim (escrituras) não serão mais lidos em público (vide Midrash, Rambam e Lêchem Mishnê), com exceção da Meguilat Ester. Vemos que há algo de muito especial na Meguilat Ester! “Um rei possuía um único filho que amava muito, mas que era rebelde. Sem outra alternativa, o rei expulsou-o do palácio até que ele corrigisse sua conduta. Então, repentinamente o príncipe se viu numa floresta escura e perigosa. Existem outros fatos curiosos na Meguilá. “Apesar do medo, o príncipe começou a Não consta o nome de D’us nela. Nossos sábios perceber que sempre que algum grande pe- dizem que a palavra “hamêlech” – o rei – é rigo o ameaçava, algo imprevisto ocorria sal- uma referência velada ao Todo-Poderoso. Por vando sua vida. Após várias destas misterio- que Mordechay, ao escrever a Meguilá, omitiu sas coincidências, o príncipe chegou à conclu- o nome de D’us? Outro fato interessante é que, são que aquilo não podia ser obra do acaso. aparentemente, não existe nenhum milagre Certamente o rei ordenara que seus soldados relatado na Meguilá; apenas uma sucessão protegessem-no. Esta constatação alegrou o de coincidências que inverteram o terrível príncipe imensamente, pois significava que decreto de Haman. Qual o sentido, então, do seu pai ainda o amava e não o abandonara.” trecho de “Al Hanissim – Sobre os Milagres”, As incríveis coincidências na história de acrescentados nas orações de Purim? Purim não poderiam ser consideradas como Uma visão mais aprofundada da história simples acaso. Nossos sábios perceberam a de Purim pode abrir uma nova perspectiva no mão Divina em todos os acontecimentos e entendimento de seu significado e responder que, apesar da terrível destruição do Templo, a essas perguntas. D’us continuava protegendo o Povo de Israel. Desde a Saída do Egito até a Destruição Mais do que isso, os fatos que fizeram com do Primeiro Templo, D’us governou Seu povo que o terrível decreto revertesse contra seus de forma revelada – pelos milagres realizados inimigos, deveriam ser reconhecidos e co- na saída do Egito, no deserto e durante a con- memorados como um grande milagre pelos quista da Terra de Israel. No Templo Sagrado judeus. também ocorriam constantemente dez mila- Esta conduta oculta de D’us permanece gres. Os judeus que iam visitar o Templo três até nossos dias. Futuramente, quando o go- vezes por ano na época das festas, podiam verno de D’us voltará a acontecer de forma constatar a influência Divina na condução do revelada, a Meguilá será um símbolo da nos- mundo. sa época, lembrando-nos de que D’us esteve Depois da destruição do Templo, D’us passou a governar o mundo de uma forma ocul- sempre ao nosso lado. É por isso que ela não será revogada. ta, raramente realizando milagres. Assim, A Meguilá nos ensina a encarar os acon- a constatação da Onipotência e Providência tecimentos do mundo de uma forma singular. Divinas ficou mais difícil de ser comprovada. Mesmo quando tudo nos parece escuro e sem A Meguilá representa esta época. De- respostas, precisamos ter em mente que é a monstra que, apesar de D’us não se mostrar Adar I / Adar II 5774 Uma pequena alegoria ilustra bem este conceito: mão Divina que guia tudo o que acontece. abertamente, continua guiando o mundo e Este sentimento de que “ên ôd mileva- protegendo o Povo de Israel. Por isso o Seu dô” – “não há outro além Dele” – de que não nome não é citado claramente na Meguilá, existe acaso e que D’us está sempre ao nosso ressaltando a forma oculta com que guiou lado protegendo-nos, é motivo de uma alegria aqueles fatos. imensa. Esta é a verdadeira alegria de Purim! 5 Nº 130 Nesta Edição Capa: PURIM SAMEACH! QUANTO CUSTA MANTER SEU CARRO? Adar I / Adar II 5774 Purim Sameach! Comemorando II, pág. 14. 1 Expediente A revista Nascente é um órgão bimestral de divulgação da Congregação Mekor Haim. Rua São Vicente de Paulo, 276 CEP 01229-010 - São Paulo - SP Tel.: 11 3822-1416 / 3660-0400 Fax: 11 3660-0404 e-mail: [email protected] 14 Comemorando II “Leis e Costumes de Purim”. supervisão: Rabino Isaac Dichi diretor de redação: Saul Menaged colaboraram nesta edição: Ivo e Geni Koschland e Silvia Boklis projeto gráfico e editoração: Equipe Nascente editora: Maguen Avraham tiragem: 11.500 exemplares O conteúdo dos anúncios e os conceitos emitidos nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da diretoria da Congregação Mekor Haim ou de seus associados. Os produtos e estabelecimentos casher anunciados não são de responsabilidade da Revista Nascente. Cabe aos leitores indagar sobre a supervisão rabínica. A Nascente contém termos sagrados. Por favor, trate-a com respeito. 6 49 22 De Criança para Criança Psicologia “Dissonância Cognitiva”. “Achados e Perdidos”. Chayim Walder 40 8 Aconteceu Seminário Mekor Haim. Comemorando I Um Detalhe da Meguilá. 45 Datas & Dados Datas e horários judaicos, parashiyot e haftarot para os meses de adar I e adar II. Adar I / Adar II 5774 30 Nossa Gente Acontecimentos que foram destaques na comunidade. 17 28 Dinheiro em Xeque Variedades “Gripe Suína”. A lei judaica sobre casos monetários polêmicos do dia a dia. “Quanto Custa Manter um Carro?”. 40 54 44 19 21 39 Histórias do Tanach “A Conquista da Terra de Israel”. Infantil “A Dança do Urso”. Adar I / Adar II 5774 Mussar “A Alegria de Purim”. Rabino Zvi Miller Pensando Pensando Bem I Bem II “Aconcágua”. “Pensamentos”. Visão Judaica “O Poder Não Está nas Mãos dos Homens”. Rabino I. Dichi 7 Comemorando I Um Detalhe da Meguilá Rabino Paysach J. Krohn Todo ano, em Purim, Rav Chayim Wolo djiner tinha o hábito de encher seus bolsos com moedas para caridade. Costumava andar pelas ruas e dar dinheiro para qualquer um que pedisse, sem perguntar nada. Isso por alguns minutos, respondeu: – Eu não sei. Por favor, diga-me onde está indicado! Então o homem respondeu: está de acordo com o ensinamento do Shulchan Aru- – Existe um ensinamento de que quando consta ch (Orach Chayim 694:3), o código de leis judaicas: a palavra “hamêlech” – o rei – na Meguilá, é pos- “Qualquer um que lhe estender a mão em Purim, sível interpretá-la como se referindo ao “Rei dos dê-lhe algo”. Reis”, o Todo-Poderoso. Daí, na Meguilá 3:9, consta Num determinado Purim, um homem se aproximou do rabino e falou: a seguinte declaração de Haman: “Im al hamêlech tov, yicatev leabedam – Se agradar ao rei, decrete- – Se eu lhe contasse ‘a gut vort’, um bonito pen- -se por escrito (no livro real) que eles (os judeus) samento, sobre Meguilat Ester, que lemos em Pu- sejam destruídos”. Neste versículo, a palavra “le- rim, o senhor me daria uma quantidade maior de abedam” – destruídos – pode ser lida em hebraico dinheiro?” como duas palavras: “lô bedam”, que significa “não Rav Chayim sorriu e concordou. O homem, então, começou sua explicação: – O Midrash declara (Yalcut Shim’oni Ester, 1057) que o Profeta Eliyáhu apareceu diante de Mordechay e revelou-lhe a seguinte mensagem: “É com sangue”. Assim, o versículo adquire um novo significado: “Se agradar ao Todo-Poderoso, decrete-se por escrito (no livro real), mas não com sangue.” Rav Chayim ficou muito admirado com o brilhantismo daquele pensamento. possível que D’us atenda as preces de Seu povo e Quando Rav Chayim se encontrou com seu rebe, que possam se salvar, pois o decreto de Haman para o Gaon de Vilna, contou-lhe o que aprendera do aniquilar os judeus não foi “assinado com sangue”, desconhecido. O Gaon ouviu e logo sorriu, dizen- mas com o “anel real”, de cerâmica. Isto implica que do: “Você sabe quem lhe deu esta explicação? Não um decreto assinado com sangue é irrevogável, mas foi ninguém senão aquele que a revelou ao próprio outro, “carimbado com o anel real”, ainda pode ser Mordechay – Eliyáhu Hanavi!” reavaliado. Minha pergunta é a seguinte: Onde isso está indicado na Meguilá? 8 Rav Chayim ficou perplexo. Depois de pensar Do livro “Around the Maggid’s Table” Adar I / Adar II 5774 Variedades QUANTO CUSTA MANTER UM CARRO? Todos sabemos que custa caro manter um automóvel. Mas muitos não imaginam que, na ponta do lápis, os custos com um carro podem revelar uma grande e desagradável... “SURPRESA!” A Nascente fez as contas dos gastos anuais com um automóvel, levando em consideração suposições de uso um pouco abaixo das médias constatadas na prática. Caso a sua utilização do automóvel esteja acima da média, certamente sua “surpresa!” será maior!... Suposições Não foram considerados gastos com: franquias para consertos de colisões, revisões em concessionárias, instalações e trocas de acessórios, financiamento do automóvel, estacionamento no local de trabalho, motoristas particulares, serviço de lacração, custos com despachantes, borracheiros, polimentos, enceramentos, renovação da carteira de motorista, chaveiros, guinchos e taxa da Controlar. Valor do automóvel - Foi calculado o custo anual para manter um automóvel no valor aproximado de R$30.000,00. Neste valor podem ser encontrados, por exemplo, os seguintes automóveis: Zafira Expression 2.0 ano 2008, Idea Adventure 1.8 ano 2008, Vectra 2.0 ano 2009, Fox 1.0 ano 2010, Saveiro 1.6 ano 2011, Fiesta 1.6 ano 2012 e Fox 1.0 ano 2013. A consideração de alguns gastos foi bastante conservadora. Dependendo do perfil do dono do carro, estes gastos podem ser muito mais altos. Os Gastos Consumo de gasolina - Considerando um automóvel que roda 12.000Km/ano com um desempenho de 10Km/l de gasolina, ao custo de R$3,00 por litro de gasolina, o custo anual com o combustível é de R$3.600,00. Troca de óleo e filtros - A cada 10.000KM. R$150,00 por ano. Troca de pneus, alinhamento e balanceamento - Considerando troca de 4 pneus, alinhamento e balanceamento a cada 50.000Km rodados, pneus que custam R$270,00 cada e R$50,00 de alinhamento e balanceamento, o custo anual é de R$270,00. IPVA - O valor do IPVA gira em torno de 4% do valor venal. No caso, R$1.200,00. DPVAT - O valor do seguro obrigatório DPVAT para a classe de seguro 1 (particular) está em torno de R$100,00. Licenciamento - R$80,00. Seguro particular - Em geral, o valor do seguro é em torno de 5% do valor do veículo. No caso, R$1.500,00. Manutenção - Trocas eventuais de peças, como pastilhas, disco de freio, velas, embreagem: R$500 por ano. Depreciação - Em geral, o carro perde 10% de seu valor por ano. Esse dinheiro é uma “despesa”, pois você terá que colocar a mesma quantia na aquisição de um modelo parecido no futuro. R$3.000,00. Multas - Considerando três infrações leves (R$53,20) e duas médias (R$85,13) em um ano: R$330,00. Veja alguns valores de multas cobradas por infrações de trânsito no quadro em destaque. Lavagens - Considerando uma lavagem completa no valor de R$30,00 a cada dois meses: R$180,00 por ano. Estacionamentos avulsos e valet service - Não há como escapar dos serviços de manobristas em festas e restaurantes, bem como de estacionamentos avulsos em algumas regiões da cidade. R$20,00 por semana. R$1.000,00 por ano. Zona Azul - Duas horas por semana – R$6,00. R$300,00 por ano. Garagem do prédio - Mesmo que você não pague nada para deixar seu carro estacionado na garagem de sua casa, deve considerar este estacionamento como uma despesa. Se não deixasse o seu carro na garagem, poderia estar alugando seu espaço para um vizinho. Além disso, o custo da garagem está incluído no aluguel do seu apartamento ou já foi pago na aquisição do apartamento. R$250,00 por mês. R$3.000,00 por ano. Pedágios - R$20,00 por mês. R$240,00 por ano. Surpresa! Somando todos os gastos com um carro que vale R$30.000,00, o total é de R$15.450,00 por ano. Um valor que representa 51,5% do valor do próprio carro! Portanto, neste caso, o dono do automóvel deve reservar R$1.287,50 de seu salário mensal para gastar com seu custoso bem. Gastos com seu automóvel Por ano Por mês Por dia Combustível - R$3.600,00 R$300,00 R$10,00 Depreciação - R$3.000,00 R$250,00 R$8,33 Garagem do prédio - R$3.000,00 R$250,00 R$8,33 Seguro - R$1.500,00 R$125,00 R$4,17 IPVA - R$1.200,00 R$100,00 R$3,33 Estacionamentos - R$1.000,00 R$83,33 R$2,78 Manutenção - R$500,00 R$41,67 R$1,39 Multas - R$330,00 R$27,50 R$0,92 Zona Azul - R$300,00 R$25,00 R$0,83 Pneus - R$270,00 R$22,50 R$0,75 Pedágios - R$240,00 R$20,00 R$0,67 Lavagens - R$180,00 R$15,00 R$0,50 Óleo e filtros - R$150,00 R$12,50 R$0,42 DPVAT - R$100,00 R$8,33 R$0,28 Licenciamento - R$80,00 R$6,67 R$0,22 R$1.287,50 R$42,92 R$15.450,00 O AT DPV LICENC IAMENT ROS FILT OE ÓLE NS AGE L AV ÁGIO S PED US PNE A AZ ZON MUL TAS UL ÇÃO UTEN MAN CION ESTA IPVA SEG U AME RO NTO S G AR A GE M O IAÇÃ REC DEP COM BUS TÍVE L TOTAL - INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS R$574,61 MAIS 7 PONTOS NA CNH •Velocidade excessiva (20% acima da máxima nas rodovias ou 50% nas ruas). •Circular sobre as calçadas, canteiros e acostamento. INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS R$191,54 MAIS 7 PONTOS NA CNH •Carro sem placa ou sem licenciamento. •Circular na contramão. •Cruzar com farol vermelho. •Dirigir com a carteira já vencida há mais de 30 dias. •Retorno em local proibido. •Ultrapassar pela contramão em linha dupla ou contínua. INFRAÇÕES GRAVES R$127,69 MAIS 5 PONTOS NA CNH •Deixar de sinalizar manobra de mudança de direção. •Deixar de sinalizar mudança de faixa. •Deixar de usar o limpador de pára-brisa na chuva. •Dirigir em marcha à ré (salvo em pequenas manobras). •Estacionar em calçada, canteiro, gramado ou jardim. •Estacionar em fila dupla. •Estacionar sobre viaduto, ponte ou dentro de túnel. •Fazer a conversão em local proibido por sinalização. •Não usar cinto de segurança. •Ultrapassar pelo acostamento. •Velocidade excessiva (menos de 20% acima da máxima nas rodovias ou 50% nas ruas). INFRAÇÕES MÉDIAS R$85,13 MAIS 4 PONTOS NA CNH •Desrespeitar o rodízio. •Dirigir com fones de ouvido ou aparelho celular. •Dirigir com o braço para fora da janela. •Estacionar nas esquinas a menos de 5 metros. •Jogar objetos ou lixo na via. •Parar na rua ou na estrada por falta de combustível. INFRAÇÕES LEVES R$ 53,20 MAIS 3 PONTOS NA CNH •Estacionar longe da calçada (entre 50cm e 1m). •Trafegar pela faixa exclusiva de ônibus. •Ultrapassar veículo que integre cortejo fúnebre. •Usar buzina insistentemente entre as 22h00m e 6h00m. •Usar farol alto em vias com poste de iluminação. Reflita! Comprar um automóvel deve ser uma decisão pensada cuidadosamente e avaliada em seus mínimos detalhes. Não deixe de fazer as contas antes de comprar ou trocar de carro. Um breve momento de irracionalidade, ou emoção desmedida no momento da aquisição, pode se tornar um drama por muito tempo. É inegável que o carro traz muitos benefícios, além de conforto e praticidade para muitos que dependem dele para trabalhar. Mas será que você precisa do último modelo? Ou daquele que tem um motor bastante potente – e que consome muito também? Ou ainda daquele que é mais bonito que o do seu vizinho? E será que seu padrão de vida comporta gastos com um automóvel luxuoso? Cuidado, pois status custa caro! É um dinheiro que pode fazer falta no final de cada mês. Muitos consumidores, animados com a possibilidade de comprar um modelo mais avançado, acabam se esquecendo que os gastos fatalmente serão maiores em termos de seguro, IPVA e manutenção. Diante disso, é preciso planejar bem os gastos para não acabar comprometendo mais do que se pode com o carro. A maioria das pessoas não percebe o tamanho da conta gerada por um automóvel, pois nunca calculou o custo mensal de todas as despesas envolvidas. Agora que você já tem os números, reflita! DR. CLAUDIO MAJOWKA CRM-SP 86.368 •Clínica Médica •Gastroenterologia •Endoscopia Atendemos particulares com reembolso R. Albuquerque Lins, 503 Cj. 51 l Higienópolis Tel. (11) 3661-7998 l Tel/Fax: 3666-7075 Cel. (11) 99211-3849 E-mail: [email protected] Dra. Eliana Monastersky Rovner Médica Pediatra – CRM 66.405 Agora também em Higienópolis. Atendimentos diferenciados em horários especiais. Rua São Vicente de Paula, 95 – Cj. 33 Fone: 3836-9800 / 2339-3652/ 94214-9600 draelianarovnerpediatria.bksites.net Léa Michaan PSICÓLOGA E PSICANALISTA MESTRE EM PSICOLOGIA CLÍNICA Especializada em crianças e adolescentes. R. Emílio de Menezes, 76 - Cj. 52 Higienópolis l Fone 2628-1439 Adar I / Adar II 5774 S&F Shimoni & Fink Law Offices Assessoria Jurídica em Israel - Transações Imobiliárias - Financiamentos e investimentos - Inventário e herança - Transações bancárias internacionais - Sociedades internacionais Gershon Fink, Adv. 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Em Purim deve-se ouvir a leitura Antes da leitura da Meguilá é ne- da Meguilat Ester, na qual consta a cessário desenrolá-la totalmente. Isso Mishlôach Manot história de Purim, duas vezes. A pri- por causa da passagem da Meguilá: É o envio de alimentos. No dia meira vez na noite de Purim – este ano “...por todos os ditos desta ‘carta’”. Já de Purim, entre o nascer e o pôr do sábado, 15 de março. A segunda leitu- que o normal ao ler uma carta é abri- Sol, devemos enviar pelo menos dois ra da Meguilá é realizada na manhã -la totalmente antes de começar a ler, alimentos a um amigo, símbolo da ir- seguinte, 16 de março, após a oração assim devemos proceder em relação à mandade e amizade entre os judeus. de Shachrit. Quem não ouvir a leitura Meguilat Ester. Não é necessário que os alimentos sejam de berachot diferentes. de manhã deverá cumprir esta mitsvá Antes e depois de proceder à leitu- ao longo do dia. Este é o motivo princi- ra da Meguilá, em um rolo de pergami- Os alimentos devem ser de consu- pal da celebração, conforme nos con- nho escrito à mão, o chazan profere as mo imediato e conter, no mínimo, 28g ta a própria Meguilá (9:28): “E esses berachot. Os demais presentes devem (sólidos) ou 86ml (líquidos). dias serão recordados e celebrados prestar atenção às berachot respon- Um homem deve enviar mishlôach de geração em geração, de família em dendo amen. É necessário ter inten- manot para outro homem e uma mu- família, de província em província, de ção de que as berachot valham tam- lher para outra mulher – de preferên- cidade em cidade.” bém para eles e, depois, acompanhar cia por intermédio de um mensageiro. Há algumas cidades que realizam atentamente a leitura em seus rolos a leitura da Meguilá no dia 15 de adar de pergaminho ou em seus livros. Ao e não no dia 14. São as cidades que ouvir a berachá de “Shehecheyánu”, Em Purim lembramo-nos dos po- estavam cercadas por muralhas na deve-se pensar também nas demais bres e necessitados com mais genero- época de Yehoshua bin Nun – mes- mitsvot do dia. sidade que em outros dias, oferecen- Matanot Laevyonim mo que hoje não mais estejam. Isso Deve-se observar o máximo de si- do-lhes presentes e donativos; é o que acontece em lembrança àqueles que lêncio durante a leitura da Meguilá, chamamos de “matanot laevyonim” em Shushan Habirá (a capital do Im- já que é necessário escutar todas as – presentes aos necessitados. pério Medo-Persa) não descansaram palavras, e é proibido conversar até o até esse dia (15 de adar). É por essa final da última berachá. razão que em Jerusalém, por exemplo, Adar I / Adar II 5774 Tanto homens como mulheres de- Os presentes devem ser dados a pelo menos duas pessoas diferentes e é melhor dar dinheiro ou comida já 15 Comemorando II preparada. Essa mitsvá é ainda mais Normalmente, costuma-se iniciar Devarim (25:17-19) nos quais se relata importante que mishlôach manot e a Seudat Purim no final do dia, esten- o preceito bíblico de lembrar (zachor Seudat Purim. Rambam – Maimônides dendo-se noite adentro. = lembra) o ódio do povo de Amalec A palavra “festividade” é a chave para com o nosso povo: “Recorda do que a de alegrar o coração dos pobres. de toda a história de Purim. A Rainha que te fez Amalec no caminho, quan- De uma forma geral, durante a Vashti foi condenada à morte em uma do saías do Egito... quando estavas festa de Purim devemos ser caridosos festividade e a derrota de Haman tam- cansado e debilitado. Mas quando o com o próximo e aumentar nossos atos bém resultou de uma festividade. Eterno teu D’us te fizer descansar de – diz que não existe maior felicidade A “festividade”, portanto, é uma todos os teus inimigos na terra que te Não se deve fazer nenhuma distin- das facetas importantes na celebração deu por herança, apagarás a memória de tsedacá. ção entre os pobres. Em Purim deve- de Purim. Festejar Purim é uma mitsvá de Amalec de debaixo dos Céus, não te -se dar as “matanot” a quem deseje tão significativa como a de acender as esquecerás.” recebê-las. velas de Chanucá. Este ano o Shabat anterior a Purim É obrigatório que os mais pobres As comemorações de Purim nos en- também dêem presentes a seus seme- sinam ainda a seguinte lição: além da lhantes, mesmo se eles próprios de- oração e do jejum – com o que se acre- Jejum de Ester pendem da caridade. Esse sentimento dita geralmente estar servindo a D’us Tal qual nos relata a Meguilat Es- de igualdade se manifesta por inter- – podemos também servir ao Criador ter, no dia em que o Povo de Israel de- médio da felicidade que sentimos na com “simchá” – alegria. Os alimentos veria ser aniquilado pelos seus inimi- festa de Purim. Quando Haman, o Per- e as bebidas habituais também podem gos, isto é, no dia 13 do mês de adar, os verso, planejou aniquilar os judeus e ser elevados a um nível especial. judeus conseguiram sua salvação ven- cai no dia 15 de março. cendo o adversário. O dia 13 de adar saquear suas riquezas, ricos e pobres Machatsit Hashêkel foi declarado, então, como sendo um riqueza não era um meio de salvação e Na época do Templo, todos os ho- dia de jejum, em memória da petição todos sentiam-se pobres. Experimen- mens com idade entre 20 e 60 anos do- que a Rainha Ester fez ao povo, para tavam o que era a humilhação, o temor avam, uma vez por ano, meio shêkel, que jejuassem e suplicassem a D’us constante pela morte e a opressão. sentiram-se igualmente atingidos. A que era destinado para a compra dos pela anulação da malvada sentença O que se distingue em Purim é a corbanot (oferendas, sacrifícios) públi- de Haman. fraternidade reinante entre os yehu- cos. Esta quantia era recolhida desde dim, que celebram essa festa da salva- o princípio do mês de adar. ção com a mesma alegria e felicidade. Este ano, o dia 13 de adar II cai no Shabat, dia 15 de março. Neste caso, Em nossos dias, costuma-se dar o jejum é antecipado para a quinta- Em Purim o pobre recebe mais ca- aos pobres três moedas no valor – -feira, dia 13 de março. Na cidade de ridade do que de costume e é tratado cada uma – de meio shêkel, ou três ve- São Paulo, o jejum deve ser realizado com mais bondade e cuidado. Ainda zes o valor de meia unidade da moeda das 04h55m às 18h55m. que o dinheiro seja algo tão material, circulante no país, ou o valor de meio Apesar da vitória, jejuamos para capaz até de corromper alguns indiví- shêkel da Torá (aproximadamente que a cada ano, através das gerações, duos, em Purim demonstramos quão 10g de prata) em recordação ao meio recordemos que nossos inimigos con- útil ele pode ser se empregado cor- shêkel que era doado na época do Tem- tinuam à nossa espreita. Apesar de retamente. Nessa festa, uma pessoa plo. Também em memória a que Ha- termos vencido naquela ocasião, não pode demonstrar muito amor, carinho man quis comprar, de Achashverosh, temos assegurada a vitória em com- e objetividade por meio dos mishlôach todo o Povo de Israel por 10.000 moe- bates vindouros. manot e matanot laevyonim. das de prata para aniquilá-los. Nossa É por isso que a alegria de Purim tsedacá é a resposta para a maldade não pode ser completa e deve ser pre- de Haman. cedida por um dia de jejum, de refle- Seudat Purim xão e de aflição, pois somente por meio Seudat Purim é a refeição festiva que fazemos no dia de Purim, entre o Parashat Zachor de nossas boas ações e do nosso ar- nascer e o pôr do Sol. Nesta refeição No Shabat anterior a Purim lê-se, rependimento sincero conseguiremos não deve faltar carne e vinho. 16 nas sinagogas, os versículos do livro de vencer sempre os nossos inimigos. Adar I / Adar II 5774 Dinheiro em xeque Gripe Suína Todas as dúvidas e divergências monetárias de nossos dias podem ser encontradas em nossos livros sagrados! Efráyim morava em Jerusalém com sua família. Em um dia de férias escolares ele passou o dia com seus três filhos num dos parques da região Norte de Israel. Eles fizeram várias trilhas, passando por rios e cachoeiras. Ao entardecer estavam exaustos. Subiram em um ônibus para voltar para casa. Para infeliz surpresa de Efráyim, todos os assentos do ônibus já estavam tomados. Sendo assim, ele e seus filhos teriam que aguentar duas horas de viagem em pé. As pessoas que estavam sentadas perceberam a situação desconfortável de Efráyim, mas ninguém ofereceu seu lugar. Ele então teve uma ideia.... Efráyim pegou seu celular e fingiu estar conversando com Sará, a sua esposa. No decorrer da conversa foi aumentando o tom da voz, como se a ligação estivesse ruim. Efráyim contou a Sará como havia sido o dia no parque, o que as crianças fizeram, que chegariam mais tarde em casa, etc. Antes de terminar a conversa, Efráyim disse: – Ah! Já ía me esquecendo de lhe contar algo importante! É sobre o resultado daquele exame. O médico disse que é muito provável que eu esteja com Adar I / Adar II 5774 17 PROPRIEDADES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Um excelente momento para investir e fazer grandes negócios imobiliários na Flórida! Dinheiro em xeque a gripe suína! Amanhã de manhã algo muito grave, respondeu o Rav precisarei passar em consulta nova- Zilberstein. Efráyim causou um dano indireto mente!”. Assim que o ônibus chegou na àqueles passageiros. Em casos como parada seguinte, muitos passageiros este, o bêt din – o tribunal judaico – saíram, com medo de serem contami- não tem condições de obrigar o réu a nados. Com isso, Efráyim pôde sentar indenizar os prejudicados. confortavelmente com seus filhos e De qualquer forma, segundo o desfrutar o restante da viagem de “Tribunal Celestial”, Efráyim tem que forma confortável. reembolsá-los. Ao chegar em casa, Efráyim ficou Neste caso especificamente, o in- com remorso do que fizera e, na mesma frator está impossibilitado de reparar hora, escreveu uma carta para o Rav sua falha, já que não tem como encon- Zilberstein perguntando se havia agido trar os prejudicados. Sendo assim, ele de forma errada ou não. No caso de sua deve fazer teshuvá – arrepender-se e atitude ter sido errada, queria saber o decidir não mais cometer este tipo de que fazer para corrigir sua falha. pecado – e doar a quantia total das indenizações para uma instituição de Rua Baronesa de Itú, 336 Cj. 131 Higienópolis - São Paulo (11) 3826-0933 (Estacionamento com manobrista gratuito) Reserve seu espaço na edição de Pessach O veredicto caridade. No Talmud – Tratado de Peá – consta a seguinte passagem: “Todo aquele que não é aleijado, cego ou paralítico e age como se fosse, não morre antes de vir a ser como um deles.” No caso da atitude de Efráyim, havia um agravante, já que acarretou uma perda financeira e uma perda de tempo aos passageiros que desceram do ônibus. Isso além do susto e da Informações: 3822-1416 18 preocupação que lhes causou. Portanto, é óbvio que Efráyim fez Do semanário “Guefilte-mail” ([email protected]). Traduzido de aula ministrada pelo Rav Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita. Os esclarecimentos dos casos estudados no Shulchan Aruch Chôshen Mishpat são facilmente mal-entendidos. Qualquer detalhe omitido ou acrescentado pode alterar a sentença para o outro extremo. Estas respostas não devem ser utilizadas na prática sem o parecer de um rabino com grande experiência no assunto. Adar I / Adar II 5774 Pensando bem I ACONCÁGUA Você cortaria a corda? Narrado por Clement Aboulafia Apesar do frio intenso, um alpinista decidiu escalar sozinho o Monte Aconcágua – o ponto mais alto das Américas – uma perigosa montanha. Pegou todo o equipamento necessário e começou a subir. Sentia cada vez mais frio à medida que subia a montanha. Mas não desistiu. Em alguns momentos lhe deu frio na espinha, falta de ar, vontade de voltar... Mas, mesmo assim, prosseguiu. Já estava quase escuro, quando, de repente, ele escorregou e começou a cair... Naqueles poucos segundo, tudo lhe passa pela mente... Antes de se espatifar, no entanto, ele sente um puxão forte na barriga. Sente sua coluna se deslocar um pouco, mas logo volta ao normal. Era a corda de suporte que o mantinha suspenso no ar! A noite estava chegando, fria e assustadora. Uma ventania muito forte no seu rosto fazia com que a sua respiração ficasse cada vez mais fraca... Estava pendurado pela corda que o mantinha vivo, mas não conseguia alcançar a montanha para retomar suas forças e retornar ao solo. Adar I / Adar II 5774 19 VENDE-SE APTO DE 330m², RECÉM-REFORMADO, 20º ANDAR (COM ELEVADOR DE SHABAT), EM FRENTE À SINAGOGA MEKOR HAIM R. São Vicente de Paula, 329 DIRETO COM O PROPRIETÁRIO TEL. 3660 0333 MARIANE, HORÁRIO COMERCIAL Pensando bem I Torcia para que a corda se mantivesse firme... enquanto suas forças sim, seria seu fim! – Corte a corda!... Corte a corda! – insistia a voz de D’us. se esvaíam. Logo percebeu que, apesar de vivo, estava perdido... Sentia que seu fim estava próximo... As chances de ser encontrado E, em seu desespero, na escuridão da noite gelada, o alpinista não chegou a perceber que estava suspenso a apenas dois metros do solo. vivo eram poucas. * * * Como último recurso, resolve fazer uma breve oração: – Por favor, D’us, salve minha Por vezes chegamos a encarar nossas vidas como uma difícil e fria vida! E algo inusitado acontece. O alpi- escalada em meio a uma escuridão nista ouve a voz de D’us respondendo sem fim. Então recorremos a alguém sua prece: que nos ecoa uma voz celestial: – Pois bem, querido – diz D’us. – Mude seu c a m i n ho ! Reveja – Agora que você reconhece minha seus princípios! Corte a corda que o existência e meu poder, Eu salvarei mantém preso a conceitos errados! sua vida. Mas você precisa pegar sua faca e cortar esta corda que o sustém! Precisamos estar atentos a estas Mas o alpinista imaginava que vozes. Nem sempre a corda que nos aquela corda era sua salvação. Que sustém é o melhor amparo para o se a cortasse, continuaria a cair e, aí nosso futuro! Sim, eu quero receber, gratuitamente a Revista NASCENTE em São Paulo Para receber a revista NASCENTE gratuitamente em São Paulo, preencha esta ficha e envie para: Rua São Vicente de Paulo, 276 - CEP 01229-010 - São Paulo - SP ou pelo fax: (11) 3660-0404 Nome:__________________________________________________ República Dominicana Paradisíaco.... .... e KASHER. !!! All Inclusive K Pacote Aéreo & Terrestre (Duplo) - á Partir de U$2.990 p/p Mundo Kasher Mais de 30 Pacotes e 120 Hoteis K Passagens - Carros - Cruzeiros K Consulte sobre a supervisão Rabínica viagenskasher www.viagenskasher.com.br tel.(11)3337-3990 [email protected] 20 ____________________________________________São Paulo - SP CEP:_____________________Fones:_________________________ E-mail:__________________________________________________ Saídas Especiais Dez-Jan Viagens e Turismo Judaico com Excelência Endereço:_______________________________________________ Instituição judaica que frequenta:____________________________ _________________________________________________________ Adar I / Adar II 5774 Pensando bem II Pensamentos Muitos de nós falam duas vezes antes de pensar... Duas coisas que não se recupera: A pedra depois de atirada. A palavra depois de proferida. O pensamento é seu, A palavra é de todos. A realidade é antagônica à fisiologia: fale alto e ninguém o ouvirá, fale baixo para ser ouvido por todos! Com tantas câmeras por aí, quem ainda não acredita nas “câmeras celestiais”? GUP'S JEANS Malharia e Confecções Pol-Sar Ltda. “Quando te habituares com a virtude da modéstia, acanhando-te diante de todas as pessoas, temendo o Criador e o pecado, pairará sobre ti o espírito da Shechiná – a Presença Divina – e o esplendor de Sua glória no Mundo Vindouro.” Iguêret Haramban Alameda Dino Bueno, 492 • Campos Elísios • CEP 01122-021 Fone: 11 3331-7243 • Fax: 11 3222-5213 • São Paulo • SP Adar I / Adar II 5774 21 Psicologia Apesar de a informação ser “científica” e factualmente verdadeira, e de o intelecto poder usá-la e aceitá-la, ela gera uma dissonância cognitiva com uma reação puramente emocional frente à nova informação. Dissonância no sentido de “incompatibilidade” e cognitiva no sentido de “conhecimento”. 22 Leia, a seguir, trechos do melhor capítulo do livro “A Prova Evidente”, sobre este assunto, de autoria de Gershon Robinson e Mordechay Steinman. Na era moderna, desde os tempos do Iluminismo, muitas pessoas de todas as camadas sociais dedicaram suas vidas inteiras ao exame da questão de D’us. Por que a questão de o Este efeito foi descrito pela primeira vez Universo ser ou não criação de D’us causa tanta numa experiência realizada nos Estados Uni- perplexidade? Quando alguém diz “eu não sei” dos por Leon Festinger e Carl Smith em 1959. sobre a existência de D’us, esta resposta é do Por causa dessa dissonância, desta incom- “tipo I” ou do “tipo II”? Ou seja, está baseada na patibilidade, uma informação intelectualmente lógica e na razão, na falta de comprovação (tipo verdadeira pode até mesmo afetar fisicamente I), ou há indícios suficientes de D’us e a dúvida um indivíduo. resulta da dissonância cognitiva (tipo II)? A informação conflitante poderá ser sim- A mais conhecida abordagem dos que de- plesmente descartada, mesmo se a pessoa que fendem a existência de D’us é o clássico argu- está rejeitando a verdade é extremamente inte- mento do “relógio no deserto”, conhecido tam- ligente – como um mecanismo de defesa do ego. bém como “Teoria do Projeto”. O argumento diz: Adar I / Adar II 5774 Psicologia Dissonância Cognitiva Quando uma pessoa se depara com uma informação que: • contradiz visões populares que ela tinha como aceitas, • ou que indica que ela estava equivocada, • ou ainda, que é complicada e difícil de lidar, tal informação é encarada como um “ataque” ao seu ego. Em consequência, torna-se imediatamente algo “desconfortável” e até “irritante” para ela. Os psicólogos atribuem o motivo desta irritação a uma “dissonância cognitiva”. “Se você está andando sozinho num deserto, um luiu”, seria com razão considerado pouco são. lugar onde lhe disseram que ninguém jamais Vamos rever tal argumento recorrendo a pisou, e de repente encontra um relógio, ainda algo mais próximo do dia-a-dia. Na mercearia assim acreditaria que é o primeiro ser inteli- da vizinhança, todos os produtos semelhantes gente a ter estado ali? Você não concluiria que estão expostos ordenadamente em determina- alguém havia passado por ali antes?” Por quê? das prateleiras. As diversas marcas de extrato Porque é um absurdo patente imaginar de tomate estão em uma prateleira, as de milho que todas as intrincadas peças de um relógio em lata estão em outra, as frutas em conserva – engrenagens, cordas, ponteiros, números e estão numa terceira prateleira, os produtos de caixa – pudessem simplesmente ter se encai- panificação numa quarta, os laticínios numa xado, levadas pelo vento e reunidas de modo a quinta, e assim por diante. Certamente, todos formar um mecanismo perfeitamente harmo- concordam que uma organização desta não nioso. Ele obviamente foi fabricado por alguém pode surgir por acaso, por uma lufada da sor- que sabia a respeito da contagem do tempo e te. Todos sabem que uma ordem e um projeto sobre a engenharia de um instrumento para destes pode ser criado apenas por uma inteli- esta finalidade. Em outras palavras, o projeto gência. No mundo da natureza, que revela um de algo prova que ele teve um autor inteligente. projeto ainda maior do que as prateleiras de Qualquer um que sugerisse, de maneira séria, uma mercearia, não seria de se esperar que que um objeto evidentemente projetado “evo- houvesse também um autor? Adar I / Adar II 5774 23 Psicologia Purim Sameach O argumento é sólido. Contudo, consciente. Vamos precisar de uma ainda assim muitos indivíduos não se situação experimental em que haja convencem com a “prova” da Teoria do certo nível de planejamento e em que Projeto. Eles viram as costas sentin- nossos assuntos não estejam sujeitos do que lhes faltam informações para a nenhum tipo de pressão pessoal, so- uma decisão inteligente. A Teoria do cial, intelectual, metafísica ou outra Projeto é um dos muitos argumentos capaz de impedir a observação. Em em favor da existência de D’us. A opi- outras palavras, necessitamos de um nião prevalecente, entretanto, é que a ambiente controlado, isto é, de uma Teoria do Projeto e as outras não pro- situação sem nenhum fator capaz de porcionam dados suficientes. Assim, interferir no funcionamento normal o “eu não sei” a respeito da existência da intuição do homem. Por meio de um de D’us costuma ser considerado um gráfico podemos ilustrar com clareza “eu não sei” do tipo I. Por outro lado, o que queremos dizer com o termo talvez a dúvida surja não por causa “projeto mínimo”. da lógica e da razão, mas de um “não posso suportar isso” irracional e subconsciente. Talvez seja uma dúvida do 100 tipo II. O argumento clássico do “relógio no deserto” não consegue oferecer in- 75 C % de pessoas que reagem dizendo “projeto necessário”. B dícios suficientes para dar ao homem uma apreciação intuitiva de que uma 50 Inteligência criou o Universo. Se pu- PARABÉNS REVISTA NASCENTE! Acompanhamos de perto essa trajetória vitoriosa e desejamos muito sucesso também no futuro! dermos demonstrar que o argumento A 25 consegue fazer isso, se pudermos mostrar que ele é logicamente convincente, poderemos concluir que o fato de a pessoa não acreditar em D’us é causado apenas pela dissonância cognitiva. 1 2 3 Nível de complexidade estrutural (projeto) Neste gráfico, o eixo horizontal mostra níveis crescentes de complexi- Purim Sameach! e-mail: [email protected] Tel: (5511) 3167-0440 Celular/nextel 7821-6553 24 O Projeto Mínimo dade estrutural. O eixo vertical indica Antes de tudo, devemos determi- a porcentagem de pessoas num grupo nar o nível de planejamento necessá- hipotético que reconhece que os níveis rio para que o homem comum reco- no eixo horizontal não poderiam ter nheça automaticamente que “isso é surgido ao acaso. Aqui, apenas o nível um produto da inteligência”. Em ou- 3 seria considerado “projeto mínimo”. tras palavras, precisamos de um expe- O nível 3 representa a complexidade rimento que determine o nível de com- estrutural perante a qual 100% dos plexidade estrutural capaz de levar o participantes concordam que “isso homem comum a concluir de maneira não poderia ter ocorrido por acaso”. intuitiva que “tal objeto não surgiu No nível 2, menos de 75% dos partici- ao acaso”. Chamaremos este nível de pantes reagem desta forma e, no nível complexidade de “projeto mínimo”. 1, a porcentagem é ainda menor. Para descobrir o mínimo, teremos Este gráfico poderia representar de estabelecer uma situação livre de os resultados de uma experiência con- fatores capazes de desencadear o trolada envolvendo estudantes univer- “mecanismo de alerta prévio” do sub- sitários e um jogo de cartas. Vamos Adar I / Adar II 5774 Psicologia considerar que os níveis l, 2 e 3 cor- mo arranjo, mas desta vez havia dois artísticas refinadas de que o homem respondem a três diferentes ocasiões, maços de cartas “arrumadas”, não evoluiu a partir do macaco. Um bando ou “rodadas”, em que são distribuídas apenas um. Dado este nível de com- de macacos vive ao lado de um poço cartas a mil estudantes. Após cada plexidade (nível 3), todos os estudan- de água, presumivelmente na Terra. “rodada”, pergunta-se a cada estudan- tes concordaram: “É necessário haver Graças ao extraordinário trabalho do te: “As cartas que você recebeu foram um autor”. diretor e do maquiador do filme, a pla- embaralhadas aleatoriamente antes Duas objeções costumam ser feitas teia acompanha de perto a sociedade de lhe serem dadas ou alguém as arru- a respeito de experiências deste tipo. de macacos. Diferentes relações “in- mou em determinada ordem?”. Na pri- Primeiro: não foi testado um número terpessoais” são retratadas. É possível meira rodada vamos supor que cada suficiente de pessoas. Segundo: os par- até reconhecer diferenças de caráter estudante tenha recebido 52 cartas ticipantes têm características peculiares entre um macaco e outro. e todas as cartas de copas e espadas e, portanto, não são representativos de Quando a plateia já está familiari- apareceram em ordem ascendente do todas as pessoas. Em outras palavras, os zada com o primeiro bando de maca- ás ao rei. Dado este nível de complexi- resultados do experimento com os estu- cos, este sofre o ataque de um segundo dade (nível 1), cerca de 35% dos estu- dantes e as cartas podem ser questiona- bando, o qual assume o controle do dantes (ponto A) concluíram: “Alguém dos porque havia apenas mil estudantes poço. A plateia acompanha o exílio do arrumou estas cartas”. e estes constituem um grupo especial, primeiro bando, que encontra uma ca- pouco característico. verna para se abrigar. Após uma ame- Na segunda rodada, vamos supor que cada estudante tenha recebido de Por sorte, uma experiência quali- drontadora noite em claro, os macacos novo um maço completo de 52 cartas ficada estabelecendo o nível de com- encontram um estranho objeto, com- e, depois de examiná-las, todos viram plexidade necessária para provocar a pletamente desconhecido para eles. É que as cartas de copas, espadas, ou- reação intuitiva “é necessário haver um monólito de 5 metros de altura, ros e paus estavam agrupadas sepa- um autor” já foi concluída em nossa uma rocha negra perfeitamente re- radamente e, em cada grupo, as treze geração. O ambiente controlado foi a tangular, com a forma de uma peça cartas apareciam em ordem ascen- sala de cinema comum e os sujeitos da de dominó ou a do Prédio das Nações dente do ás ao rei. Dado este nível de experiência foram os milhões de espec- Unidas, dotada de ângulos retos e complexidade (nível 2), quase 75% das tadores que viram o clássico filme cha- superfície polida e lisa. Após reunir pessoas concluíram: “Alguém arru- mado “2001, Uma Odisseia no Espaço”. coragem suficiente para se aproximar dele, e depois de bater na superfície mou estas cartas... Há um autor aqui”. Na terceira rodada, vamos supor que os estudantes encontraram o mes- O Monólito do 2001 lisa com medo e curiosidade, os ma- O filme começa com sugestões cacos seguem caminho. Bolsas Térmicas Adar I / Adar II 5774 25 Psicologia No cinema, comendo pipoca, livres de preconceitos pessoais, todos concordaram que uma rocha negra com ângulos retos e superfícies lisas é indício conclusivo de um autor inteligente. 26 láxia continha outras formas de vida inteligente. Qual é a prova? Escavando a superfície da Lua, exploradores humanos haviam encontrado um monólito exatamente igual àquele achado pelos macacos. Como não havia sido posto ali pelos terráqueos, tratava-se da “primeira prova objetiva de uma inteligência no Universo além da humana”. Antes de mais nada, repare que nenhum personagem do filme faz ob- Depois disso, um dos macacos faz jeções à conclusão, baseada na desco- uma importante descoberta. Enquan- berta da rocha retangular na Lua, de to brinca despreocupadamente com que se tratava de uma “prova objetiva um grande osso de um animal morto, de inteligência no Universo além da o macaco percebe que este osso pode humana”. E nenhum crítico ou analis- ser usado para quebrar outros ossos. ta contestou a lógica da história, con- Ele arma seus companheiros com os- siderando inverossímil a suposição sos e o primeiro bando retoma o poço básica do filme. Por acaso alguém, du- de água, expulsando os agressores. rante ou depois de ver o filme, criticou Não há nenhuma explicação a respei- a lógica por trás da conclusão? Não. to do monólito. Ali no cinema, comendo pipoca, livres De súbito, outra cena é apresenta- de preconceitos pessoais, sociais, inte- da. Entram em cena naves espaciais, lectuais ou de outros tipos, as pessoas um exemplo da sofisticada tecnologia concordaram unanimemente que uma do século XX. Agora os Estados Unidos rocha negra com ângulos retos e su- já têm uma colônia na Lua. A justapo- perfícies lisas é indício conclusivo de sição de cenas implica que a civiliza- um autor inteligente. No cinema, um ção na Terra fez grandes avanços no ambiente controlado, não houve inter- longo período desde o primeiro avanço ferência. A dissonância cognitiva esta- tecnológico com a descoberta do valor va ausente. Nenhum espectador argu- militar dos ossos. mentou: “Talvez a rocha tenha surgido De repente, a colônia de homens por acaso...”. Todos tiveram a mesma na Lua deixa de fazer contato com a reação visceral imediata e intuitiva, Terra. Segundo os rumores, ela teria considerando a rocha como indício da sido atingida por uma doença de pro- existência de uma inteligência. Não porções epidêmicas. Na realidade, os houve a menor dúvida a respeito. rumores são um disfarce. O verdadei- Ora, o filme 2001 foi visto por mi- ro motivo para a perda de contato é lhões de pessoas de todos os tipos, as- uma descoberta na Lua “com poten- sim, não se pode argumentar que um cial tão grande de chocar a sociedade, número muito pequeno de pessoas foi que o homem comum não seria capaz “testado” ou que os participantes do de suportá-la”. Era melhor que os ter- “experimento” não eram representa- ráqueos não ficassem sabendo que tivos. Portanto, que nível de complexi- os americanos haviam encontrado a dade é necessário para que se consi- primeira prova objetiva de que a ga- dere intuitivamente que algo foi criado Adar I / Adar II 5774 Psicologia de maneira proposital? É necessário pouco sobre isto. Um manual de em- achar um computador na Lua? Não. briologia, “From Conception to Birth” Um carro? Não. Um relógio? Não! (Da Concepção ao Nascimento) coloca Basta uma simples rocha negra. 2001 questões pertinentes sobre o cérebro serve como um experimento científi- humano e o sistema nervoso. co controlado estabelecendo o “projeto “Como surgiram os bilhões de cé- mínimo” exigido intuitivamente pelo lulas que formam este sistema?”, per- homem. No cinema, onde não há im- gunta o manual, “e como elas se ligam plicações sérias para a vida da pessoa, umas às outras para formar uma rede este nível mínimo é bem baixo. conectando o cérebro aos músculos, Este mínimo pode ser usado como órgãos e glândulas de todo o corpo? ponto de referência para estudarmos Como é possível que cromossomos mi- a verdadeira natureza da dúvida em croscópicos, cada um contendo toda relação a D’us. Podemos compará-lo a informação codificada necessária ao nível de projeto que se manifesta no para produzir e ‘interligar’ um ser Universo. Se este é inferior ao que há humano inteiro, tenham surgido sem na rocha, se está abaixo do mínimo, um criador?” seremos obrigados a concluir que tal Seria relativamente fácil de enten- argumentação oferece prova insufi- der se os neurônios estivessem conec- ciente de que o Universo foi projetado. tados ao cérebro como os aros de uma O “eu não sei” do homem moderno a roda, mas não é isso o que ocorre. A respeito de D’us seria então classifi- maioria destes neurônios está ligada a cado como uma expressão tipo I, de inúmeros outros neurônios; estima-se incerteza. A dúvida seria baseada na que, em média, cada neurônio esteja lógica e na razão. ligado a outros mil. Isto perfaz um to- Por outro lado, se o projeto no tal de 10 trilhões de conexões. É difícil Universo é superior ao encontrado imaginar um diagrama completo des- na rocha, se é maior do que o míni- ta rede. Todos os cabos telefônicos do mo, seremos forçados a concluir que mundo seriam apenas uma pequena há indícios suficientes de um Mestre fração dela. Autor. E, se não fosse por preconceito Um neurônio, como qualquer ou- pessoal, social e outros, ou, em uma tra célula, contém um núcleo com palavra, pela dissonância, as pesso- cromossomos idênticos aos do óvulo as reconheceriam isto intuitivamen- original fertilizado. Assim, o núcleo te. Neste caso, o “eu não sei” teria de de cada neurônio contém um catálogo ser classificado como uma resposta de potencialidades herdadas tanto do de tipo II. A dúvida seria baseada no pai como da mãe. De que modo uma irracional e no “não consigo suportar reunião de genes pode dar conta das isso” subconsciente. variadas conexões entre os neurônios VENDE- SE APARTAMENTO EM HIGIENÓPOLIS 2 suítes + 1 biblioteca + ampla sala + 2 vagas carro. Total 178m² recém-reformado e moderno. Rua Veiga Filho, 375 Agende uma visita com Ester Tel: 3661‐3844 Email: [email protected] Aguardamos sua visita!!! w w w. j oi a s e vo c e . c o m . b r ESTAMOS COMPLETOS! e o sistema nervoso humano? Ou do Conceber a Concepção relacionamento entre os neurônios e Mesmo aqueles que têm apenas os músculos e os órgãos do corpo? Há um conhecimento superficial de bio- apenas cerca de 40 mil genes em to- logia ou de outras ciências naturais dos os cromossomos, aparentemente sabem que o nível de complexidade insuficientes para trazer instruções da natureza ultrapassa de longe o exi- codificadas para a realização de 10 bido por um objeto de ângulos retos trilhões de conexões. e superfície lisa. Vamos pensar um Adar I / Adar II 5774 Mas se cada interconexão não está CAFÉ DA MANHÃ - 7:15 as 11:59 ALMOÇO - 12:00 as 15:00 delivery JANTA - 17:45 as 23:30 delivery 3494-0000 Rua Barão de Tatuí 115 - www.viababush.com.br 27 Psicologia prevista no cromossomo, então de que mais de 240 mil unidades de audição modo os neurônios se conectam? Eles para detectar as menores variações apenas se estendem aleatoriamente no som. até os outros? Certamente que não, Os olhos do bebê, que começam pois cada um cumpre funções defini- a se formar após dezenove dias, têm das e específicas, não aleatórias. As mais de 12 milhões de pontos sensí- conexões entre os nervos associados à veis por centímetro quadrado; a reti- audição e entre os que controlam, por na, ou a parte do olho sensível a luz, exemplo, os músculos do bíceps, não tem mais de 50 bilhões destes pontos. seriam lógicas ou eficazes e, acima de O manual de embriologia não men- tudo, o sistema nervoso efetivamente coordena tudo o que a pessoa faz ou pensa. “O desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso e seu domínio da O sistema nervoso, afinal, compre- integração de todos os sistemas per- ende o mais eficiente sistema de cabos manece um dos mais profundos mis- para a transmissão de mensagens que térios da embriologia.” se conhece. Basicamente, cada fibra Para que tudo isso funcione, o olho nervosa será recoberta por uma capa depende de muitas fontes externas. de células protetoras (às vezes 5 mil Por exemplo, precisa de energia, nutri- por fibra), e cada fibra poderá trans- ção, oxigênio e lubrificação. Também portar mensagens a uma velocidade a temperatura e pressão dentro da de 137 metros por segundo, ou 480 cabeça devem estar dentro de certos quilômetros por hora. A partir destas limites definidos. Numerosos fatores células primitivas, visíveis já no déci- devem ser absolutamente exatos. Em mo oitavo dia da concepção, o embrião suma, não fosse pelo funcionamento formará mais de 10 mil sensores de correto de milhares de outros siste- paladar em sua boca. mas no corpo, o olho não funcionaria Cerca de 12 milhões de nervos se 28 ciona a palavra ”D’us”, mas afirma: de forma alguma. formarão no nariz do bebê para ajudá- Encontra-se um número impres- -lo a detectar fragrâncias e odores no sionante de componentes interliga- ar. Mais de 100 mil células nervosas dos não apenas no olho, responsável serão devotadas a reagir à Quinta pela visão, mas também em outras Sinfonia de Beethoven ou ao bater de partes do corpo humano. E assim um relógio suíço. O piano tem apenas como o olho, o sistema empregado 240 cordas, mas o ouvido do bebê tem para desempenhar todas as tarefas Adar I / Adar II 5774 Psicologia vitais da vida dependem do funcio- Se a questão for abordada com implicações para a vida das pesso- namento adequado de incontáveis objetividade plena, torna-se muito as, elas reconhecem com facilidade componentes. As possibilidades de claro que a natureza fornece provas a verdade, pois não há dissonância falhas são incrivelmente altas. É um indeléveis da existência de D’us. O emocional q ue as impeça de ver. grande milagre uma pessoa levantar nível de projeto em objetos vivos na Portanto, fica claro que aqueles que de manhã! natureza é muito mais sofisticado do não acreditam em D’us são os que Ninguém negará que a complexi- que o projeto da rocha do filme 2001 sofrem de dissonância cog nit iva. dade do corpo humano ultrapassa de e, como as pessoas reconhecem in- Essas pessoas reconheceriam intui- longe o nível mínimo fornecido pelo tuitivamente, até mesmo a rocha não tivamente que uma inteligência criou monólito negro do filme 2001. Portan- poderia ter surgido sem a intervenção os seres vivos, mas são impedidas to, a questão óbvia é a seguinte: se, da inteligência. por bloqueios subconscientes muito quando está no cinema, a intuição da Na sala de cinema, onde não há enraizados. pessoa lhe diz que uma rocha negra com ângulos retos e superfície lisa deve ter sido feita com um propósito, por que a intuição não lhe diz o mesmo quando olha para um recém-nascido ou para uma planta? Este é, sem a menor dúvida, um grande exemplo do princípio da dissonância cognitiva. A existência, no Universo, de criaturas obviamente projetadas implica um Criador inteligente – uma proposição incômoda para todos aqueles que fizeram grandes “investimentos” em outras coisas. Aqueles que duvidam ou negam D’us, afastam-se da verdade só porque a existência de D’us é subconscientemente incômoda. Em outras palavras, a dúvida ou a negação de D’us não se baseia na lógica, na razão ou na ausência de provas. Não estamos de fato lidando com um “eu não sei”, e sim com um “eu não posso suportar isso”. Por meio desta camuflagem, os esmagadores indícios de D’us na natureza são lançados ao esquecimento a fim de que os investimentos fiquem resguardados. Prova Empírica Desse modo, a reação da plateia ao filme 2001 contradiz aqueles que alegam ser D’us “uma invenção do homem”, um apoio imaginário que o homem precisa a fim de lidar com as dificuldades da vida. A verdade é bem diferente. Adar I / Adar II 5774 29 Nossa Gente Nascimentos • Mazal tov pelo berit milá para as famílias: R. Avraham Stiefelman, R. Shalom Benamor, Alberto Serur, Betsalel Sender, David Aboulafia, Daniel Isac, Fabio Knoploch, Gil Segre, Isaac Israel e Ivan Diamandi. • Mazal tov pelo nascimento da filhinha para as famílias: Alexandre Rabinovitch, Avraham Tzvi Lipceac, Ely Korik, Helio Mann, Samy Roizman e Moshe Frenkel. No berit milá do filho de David Aboulafia 30 Adar I / Adar II 5774 Veja 24 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br Nossa Gente No berit milá do filho de Isaac Israel Adar I / Adar II 5774 31 Veja 43 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br Nossa Gente No berit milá do filho de Alberto Serur Veja 17 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br 32 Adar I / Adar II 5774 Nossa Gente No berit milá do filho de David Friedlander Veja 16 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br Adar I / Adar II 5774 No berit milá do filho do R. Shalom Benamor 33 Bar Mitsvá • Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Abraham Itzhac Aboulafia, Alberto Dayan, Ariê David Apfelbaum, Beny Cohen, Joseph Hanono, Joseph Shayo, Mauricio Barzilai e Yaacov Alpern. No bar mitsvá Abraham Itzhac Aboulafia Veja 16 fotos e 3 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br No bar mitsvá de Joseph Shayo 34 Adar I / Adar II 5774 Veja 97 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br A Maior Livraria Judaica do Mundo na palma da sua mão Isso acabou de se tornar realidade Adar I / Adar II 5774 35 Casamentos • Mazal tov pelos noivados para as famílias: Shechter e Besser (Yossef Chaim e Miriam), Eskinazi e Portnoi (Yaakov e Malka). • Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Susyn e Alfassi (Alexandre e Fortuna), Savetman e Battat (Shniur e Guiga), Kacowicz e Magid (Moishe e Ester Nechama), Silberstein e Segal (Yoeli e Miri), Cohen e Carciente (Ovadia Yaacov e Sarah), zzzzSztokfisz e Schwarz (Cassio e Gabriela), Zejger e Markovitch (Shmuli e Malky), Ajzenberg e Millrod (Yossef Shlomo e Ayelet Miriam), Izaak e Lemberger (Avrumele e Reisy), Albilia e Zagury (Elhanan e Yael). No casamento de Henrique e Anie Gandelman No noivado de Yaakov Eskinazi e Malka Portnoi Adar I / Adar II 5774 Veja 23 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br Nossa Gente No casamento de Moishe e Ester Nechama Kacowicz Adar I / Adar II 5774 37 Veja 52 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br Nossa Gente No casamento de Abir e Natasha Magid Adar I / Adar II 5774 Veja 38 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br Visão judaica O Poder Não Está nas Mãos dos Homens O homem não tem poder para mudar o que foi decretado por D’us. A Vontade do Todo-Poderoso, após a Criação, foi que o mundo seguisse de modo natural. Rabino Isaac Dichi Por ordem do rei Achashverosh, Haman tinha que buscar Mordechay, vesti-lo com roupas imperiais e conduzi-lo pela cidade no cavalo do rei. Vayicrá 28:6): “Al tehi mitsvat haômer cala beenecha – Que não pareça a mitsvá do ômer pequena perante teus olhos”. Embora a quantidade dessa oferenda seja tão pouca, não de- Conforme o Midrash Rabá (Meguilat Ester vemos menosprezá-la. Ela nos ensina que o ser 10:4), Mordechay estava estudando Torá com as humano está impossibilitado de dar algo ao crianças, quando Haman chegou. Preocupado Todo-Poderoso – pequeno é o homem e pequena com as crianças, Mordechay pediu a elas que é sua oferenda. fugissem para não serem alvo das maldades O Rav Moshê Schwab zt”l diz em seu livro, de Haman. Naquele momento, Mordechay não Maarchê Lev, que o vínculo entre o milagre conhecia as intenções de Haman. As crianças de Purim e a oferenda do Ômer é que ambos lhe responderam que, caso Haman quisesse aparentam ser algo da natureza. Em Purim, os matá-lo, elas morreriam junto. Mordechay pe- acontecimentos aconteceram sem que houvesse diu então que elas começassem a rezar. qualquer “milagre explícito”. Ambos demons- Quando Haman chegou, perguntou a Mor- tram também, que o verdadeiro Condutor do dechay o que estava estudando com as crianças Universo é o Todo-Poderoso e que o homem não de Israel. Ele respondeu que estavam estudan- tem poder algum em suas mãos para mudar do sobre a oferenda do ômer que era trazida no alguma situação. Em Purim, no final, ficou evi- tempo do Bêt Hamicdash, porque aquele dia era dente que tudo aconteceu exatamente conforme 16 de Nissan. Na época do Bêt Hamicdash, na- a vontade de D’us. quele mesmo dia, oferecia-se o Corban Haômer. A Vontade do Todo-Poderoso, no entanto, Haman indagou se esta oferenda era de ouro após a Criação, foi que o mundo seguisse de ou prata. Mordechay respondeu que não era nem modo “natural”. D’us não quer que sua inter- de ouro, nem de prata, nem mesmo de trigo, mas venção nos acontecimentos seja constantemen- sim de cevada. Haman perguntou então qual era te tão explícita e evidente. Isso diminuiria o seu valor. Mordechay respondeu que era “assirit livre arbítrio dos homens. Por isso, D’us criou haefá” (um décimo de uma efá), que equivale a as “leis da natureza”. Mas, na realidade, essas aproximadamente um 1,7Kg de cevada. leis naturais estão totalmente sob o controle Haman retrucou que o décimo de efá ven- Divino. ceu os assêret alafim kicar kêssef (dez mil ta- Prova de que a natureza, tudo e todos são lentos de prata) que Haman havia oferecido aos conduzidos por Ele, é que o valor numérico da tesouros do rei Achashverosh, quando extermi- palavra “hateva” – a natureza (hê [5] + tet [9] + bêt nassem (hayô lô yihyê – que nunca aconteça) [2] + áyin [70] = 86) e da palavra Elokim (álef [1] o Povo Judeu. + lámed [30] + hê [5] + yud [10] + mem [40] = 86), Nossos sábios disseram (Midrash Rabá Adar I / Adar II 5774 é o mesmo! 39 Histórias do Tanach A Conquista da Terra de Israel Moshê Rabênu, o maior líder e profeta do Povo de Israel, foi impedido por D’us de entrar com o povo na Terra Santa. O escolhido para suceder Moshê foi Yehoshua bin Nun, seu principal discípulo. Yehoshua, o Novo Líder fortalecendo assim sua posição e a aceitação Enquanto Moshê liderou o povo, Yehoshua do novo líder perante o povo. Moshê Rabênu o acompanhou todo o tempo. Yehoshua recebeu pediu que trouxessem roupas especiais para de seu mestre a transmissão de toda a Torá, Yehoshua e, frente a todo o povo, ordenou: “Ve- sem perder uma única palavra. O midrash nham e escutem as palavras do novo profeta conta que, quando Moshê subiu no Monte Sinai que nos liderará a partir de hoje!”. para receber a Torá, Yehoshua ficou esperando Quando chegou o momento de Moshê dei- na base do monte até que seu mestre voltasse. xar este mundo e ocupar seu lugar no Gan Fez isso para não perder as palavras de Moshê Êden, o Paraíso, D’us ordenou que ele subisse nem mesmo por alguns instantes, o tempo que sozinho no monte de Nevô. Lá, o Todo-Poderoso duraria a caminhada de volta até o acampa- mostrou a Moshê a terra de Israel com todos mento. os seus detalhes. D’us exibiu também para Um dos méritos de Yehoshua para ser esco- Moshê tudo o que ocorreria com o Povo de Is- lhido por D’us como o líder do povo, foi o fato rael durante todas as gerações, até a época do de que ele se preocupava em arrumar a tenda Mashiach. Depois disso, sua alma foi tirada de de estudos, organizando-a para que o povo pu- seu corpo sem nenhum sofrimento. desse estudar com facilidade. A sua preocupa- A Torá relata que Moshê foi sepultado nas ção com o bem-estar do povo de Israel e o seu terras de Moav, no vale em frente a Bêt Peor. O amor às palavras da Torá não tinham limites. lugar exato onde o maior profeta de Israel foi D’us ordenou que Yehoshua começasse a li- enterrado, no entanto, permanece desconheci- derar o povo mesmo antes da morte de Moshê, do até nossos dias. ALUGA-SE APTO. AV. ANGÉLICA 3 DORMITÓRIOS, ÁREA ÚTIL 190M² REFORMADO Fone: 97351-6374 [email protected] 40 Adar I / Adar II 5774 Histórias do Tanach conquista de Israel. Conta-se que o rei de Moav queria morreram sem entrar na terra de Is- saber onde estava enterrado Moshê. rael. Os milagres que aconteciam pelo Pinechás também já havia se Para isso, subiu no monte de Nevô mérito deles – as nuvens que prote- destacado em outra oportunidade. junto com seus mais importantes mi- giam o povo e a água que saía da pe- Em certa ocasião, o rei Balac tentou nistros, chegando no lugar onde jul- dra – também desapareceram. No en- várias vezes, junto com o perverso gava estar a sepultura. Quando o rei tanto, um milagre fez com que o man Bil’ám, amaldiçoar o povo de Israel. chegou no alto do monte viu, para seu ajuntado antes da morte de Moshê Como todas as tentativas frustraram, espanto, que a sepultura se encontra- – que antes não podia ser guardado – usou as jovens de seu povo para tentar va na base do monte. Todos desceram durasse todo o tempo que o povo levou perverter os rapazes judeus. Com isso para o lugar onde tinham avistado o para conquistar a terra de Israel até tencionava fazer a ira de D’us se voltar túmulo, mas quando chegaram em- que puderam comer de seus frutos. contra Israel e poder vencê-lo neste momento de fraqueza espiritual. baixo não encontraram nada. Olhando para cima, novamente avistaram Os Espiões na Casa de Rachav o túmulo no cume do monte. Assim, Antes de atravessar o rio Jordão do povo foi persuadido por essas mu- o rei e seus ministros continuaram e entrar na Terra Santa, Yehoshua lheres e acabaram por adorar suas procurando o túmulo, que sempre enviou dois espiões para investigar a idolatrias. D’us enviou, então, uma parecia estar em um local diferente. cidade de Yerichô, a primeira cidade peste que matou milhares de pesso- que deveria ser conquistada pelo Povo as. Vendo isso, Pinechás agiu rápida de Israel. e corajosamente. Pegou uma lança e Moshê Rabênu morreu ao completar cento e vinte anos, no mesmo dia Uma pequena parte dos jovens em que nasceu, no dia sete de adar. Os escolhidos para tal função fo- matou Zimri ben Salu, um dos líderes O povo chorou a sua morte por trinta ram dois grandes tsadikim do povo: da tribo de Shim’on, junto com uma dias. Calev ben Yefunê e Pinechás ben Ela- moabita. Este ato pôs fim à peste que Durante os quarenta anos da tra- zar. Calev já conhecia a Terra de Is- se alastrava e salvou a assimilação do vessia do deserto, o povo de Israel se rael. Quarenta anos antes, junto com povo com as moabitas. Pinechás foi alimentava do man, uma comida que Yehoshua e com outros dez represen- abençoado e santificado por D’us e, caía diariamente do céu. Este mila- tantes do povo, ele tinha espionado tempos depois, tornou-se cohen gadol, gre acontecia graças aos méritos de Israel. Naquela oportunidade, Calev o sumo sacerdote, na terra de Israel. Moshê. Depois da morte de Moshê o e Yehoshua foram os únicos que não A cidade de Yerichô era total- man parou de cair. pecaram falando mal da terra, e por mente cercada por altas muralhas Aharon Hacohen e Miryam Ha- isso foram dos poucos que tiveram o intransponíveis para o exército. Este neviá, os irmãos de Moshê, também mérito de assistir à Saída do Egito e à era o maior trunfo de seus habitantes Lembretes Para Quando Estiver na Sinagoga O respeito pelo bêt hakenêsset é uma mitsvá da Torá. Conversas sobre negócios, mesmo não sendo conversas fúteis, também são proibidas no recinto da sinagoga. Ao entrar na sinagoga para chamar um amigo, deve-se primeiro ler um capítulo de Tehilim ou estudar Torá. Não se dorme nem se cochila no bêt hakenêsset. É proibido entrar por uma porta da sinagoga e sair pela outra para cortar caminho, exceto para realizar uma mitsvá. É preferível rezar em um bêt hakenêsset onde haja muitas pessoas (berov am) rezando. Adar I / Adar II 5774 Ben Ish Chay, Parashat Vayêshev ZARAPLAST 41 Histórias do Tanach Rachav parecendo assustada. – Eu ma forma que eu pratiquei um ato de Yehoshua mandou que Calev e Pi- dei comida para eles. Logo depois eles bondade com vocês, salvando-os dos nechás se disfarçassem de simples saíram de minha casa e seguiram seu guardas, façam também uma bon- comerciantes para que não fossem caminho. Parece que eles queriam dade comigo e com minha família. reconhecidos pelos habitantes de Ye- sair da cidade rapidamente, antes que Quando vocês invadirem a cidade, richô como espiões. Calev e Pinechás os portões se fechassem. Se vocês se protejam-me e a minha família para fizeram como Yehoshua lhes ordenou apressarem, talvez ainda consigam que nós possamos nos converter ao e conseguiram entrar pelos portões alcançá-los antes que eles voltem para judaísmo e nos juntar a seu povo. de Yerichô com o cair da noite. seu acampamento. contra o iminente ataque de Israel. Pinechás e Calev concordaram Os dois espiões, disfarçados de Os soldados do rei acreditaram com o pedido de Rachav e promete- vendedores de panelas, procuraram nas palavras de Rachav. Agradece- ram poupá-la e a sua família. Com- logo abrigo na casa de Rachav, que fi- ram e saíram rapidamente da cidade binaram, então, que antes da inva- cava encostada nas muralhas da cida- seguindo o caminho que “certamente” são ela colocaria uma fita vermelha de. A casa de Rachav funcionava como os espiões tinham tomado para voltar amarrada na parede externa de sua uma espécie de pensão. Lá, Pinechás a seu acampamento. Depois que os casa. Este seria um sinal para o povo e Calev poderiam ouvir as conversas soldados saíram, o portão foi rapida- de Israel não atacar aquela casa. Os dos habitantes do local e saber qual mente fechado, impedindo assim a espiões acrescentaram que somente era exatamente a situação da cidade. entrada e a saída de qualquer pessoa quem estivesse dentro da casa seria não autorizada. poupado e que a garantia de salvação Logo, no entanto, o rei de Yeri- só era válida se Rachav guardasse se- chô, que tinha guardas espalhados Rachav, que já tinha ouvido muito por toda a extensão das muralhas, sobre o povo judeu, era uma mulher ficou sabendo da chegada de dois temente a D’us. Ela sabia que os ju- Depois que seu pedido foi aceito, est ran hos e suspeitou q ue eram deus conseguiriam conquistar Yeri- Rachav passou a preocupar-se com espiões. Ele imediatamente enviou chô e toda a terra de Israel. Rachav a fuga dos espiões da cidade. Como guardas para a casa de Rachav com já tinha resolvido que, junto com sua a casa de Rachav era encostada nas a missão de capturar os dois supos- família, se uniria ao povo de Israel e muralhas de Yerichô, Pinechás e Ca- tos espiões. se converteria ao judaísmo. No entan- lev usaram uma grande corda e pu- Quando Rachav percebeu que os to, até então não sabia como fazê-lo. deram sair pelo telhado, alcançando guardas do rei estavam vindo para Sentindo que esta era a sua oportu- o lado de fora da cidade. Rachav sua casa prender os dois homens que nidade, subiu para o esconderijo dos aconselhou-os a se esconderem em haviam chegado, foi rapidamente avi- espiões e disse: uma montanha até que a patrulha gredo absoluto do combinado. sá-los. Rachav escondeu Calev no só- – Eu sei que vocês são espiões do enviada em seu encalço voltasse à tão. Pinechás, no entanto, não preci- povo de Israel e vieram saber qual é a cidade e o perigo de serem captura- sou ser escondido; D’us tinha lhe dado nossa situação. Pois saibam que todos dos passasse. o fabuloso poder de ver sem ser visto. os habitantes da terra estão paralisa- Os dois tsadikim aceitaram o Assim, quando os guardas invadiram dos pelo medo. Todos ouviram sobre conselho de Rachav e, depois de três a casa para agarrá-los, Pinechás pode os grandes milagres que D’us realizou dias refugiados nas montanhas, vol- ouvir toda a discussão entre Rachav e para vocês na saída do Egito e no de- taram para shitim, onde estava o os homens do rei sem que eles perce- serto. Todos sabem também das guer- acampamento de Benê Yisrael. Lá, bessem sua presença. ras contra os emorim e seu rei Sichon eles relataram as boas notícias para – Leve-nos até os dois hóspedes e contra o gigante Ôg, rei de Bashan. Yehoshua: que chegaram hoje em sua casa! – dis- Nós sabemos que D’us guerreia por – O medo se espalhou pela terra. se o chefe dos guardas. – Nós estamos vocês! O medo tirou de nós toda a for- Certamente, com a ajuda de D’us, po- certos de que eles são espiões do povo ça de guerrear e não existe um único deremos conquistar toda a terra de de Israel! homem que ainda tenha esperança de Israel! – Realmente, dois homens vieram vencer a guerra. à minha casa hoje, porém eu não sa- – Eu tenho um único pedido para bia de onde eles vinham – respondeu vocês – continuou Rachav. – Da mes- 42 A empreitada rumo à gloriosa conquista de Êrets Yisrael começaria no dia seguinte. Adar I / Adar II 5774 Aconteceu Seminário Mekor Haim Estudos e lazer no seminário de fim-de-semana coordenado pelo R. Yaakov Kassab Fotos de Isaac Kakon Adar I / Adar II 5774 43 Mussar A Alegria de Purim Seu crescimento pessoal depende dos maravilhosos ensinamentos do mussar Rabino Zvi Miller Purimc comemora a salvação milag rosa de todo o povo judeu do plano maligno de Haman, o ministro persa, que passou um édito real de “matar e destruir todos os judeus, jovens e velhos, crianças e mulheres num só dia”. -Poderoso quer que vivamos! Quanto mais refletirmos sobre a surpreendente verdade de que D’us infunde uma alma viva em nós a cada segundo, mais a nossa alegria se intensificará. Estamos vivos porque o Todo-Poderoso quer que vivamos! Enxergar o Normalmente, quando celebramos um milagre de Purim por este prisma ajuda-nos a milagre que salvou nossas vidas, nossa feli- vivenciar o amor maravilhoso e a bondade que cidade está centrada no seguinte sentimen- Ele verte em abundância sobre nós. Além do to: “Estamos vivos!”. Sermos salvos da morte mais, a alma que Ele nos concede é sagrada e por intervenção Divina é certamente uma muito próxima a Si. alegria contagiante. No entanto, há outra Em Purim celebramos a alegria de termos dimensão a se vivenciar num milagre desta sido salvos tanto física quanto espiritualmen- magnitude e que aumenta nossa alegria ex- te. Comemoramos a salvação de nossos corpos ponencialmente. com uma refeição festiva e celebramos a dádiva D’us é o nosso Criador e nos concede a dá- espiritual da vida lendo a Meguilá, que narra os diva preciosa da vida a cada segundo de nossa muitos milagres que o Todo-Poderoso realizou existência. Sob esta perspectiva, em Purim não a fim de nos dar esta dádiva maravilhosa! apenas comemoramos nosso resgate de um perigo mortal, mas mais ainda: esta libertação aumenta a nossa consciência de que o Todo- Baseado nos escritos do Rabino Israel Salanter Lituânia, 1810–1883 Daniel Isac Tel: (011) 3042-1881 Cel: (011) 97678-8888 Skype: daniel.isac E-mail: [email protected] Passagens Aéreas Pacotes 44 Hotéis Seguro Viagem Adar I / Adar II 5774 Datas & Dados Adar I 5774 1 de Fevereiro de 2014 a 2 de Março de 2014 ROSH CHÔDESH Sexta-feira e sábado, dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera. Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon. Acrescenta-se o Halel Bedilug em Shachrit. Acrescenta-se a oração de Mussaf. BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA Início (conforme costume sefaradi): quinta-feira, dia 6 de fevereiro, a partir das 22h26m (em São Paulo no horário de verão). Final: manhã de sexta-feira, 14 de fevereiro, até as 06h53m (em São Paulo no horário de verão). PURIM CATAN SHUSHAN PURIM CATAN 14 e 15 de adar I. Sexta-feira e sábado, 14 e 15 de fevereiro. Não se recita Tachanun no dia e em Minchá da véspera. Não se recita Tsidcatechá em Minchá de Shabat. Adar I / Adar II 5774 45 Datas & Dados Adar II 5774 3 de Março de 2014 a 31 de Março de 2014 ROSH CHÔDESH Domingo e segunda-feira, dias 2 e 3 de março. Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera. Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon. Acrescenta-se o Halel Bedilug em Shachrit. Acrescenta-se a oração de Mussaf. BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA Início (conforme costume sefaradi): sábado, dia 8 de março, a partir das 19h09m (em São Paulo). Final: toda a noite de sábado e madrugada de domingo, 16 de março, até as 04h32m (em São Paulo). TAANIT ESTER JEJUM DE ESTER ANTECIPADO Quinta-feira, 13 de março. Início: 4h55m. Término: 18h55m (em São Paulo). Esta data lembra os dias de jejum e orações solicitados pela Rainha Ester ao povo, quando foi pedir ao Rei Achashverosh que salvasse Benê Yisrael do extermínio, conforme ordenado por Haman, o Perverso. SHABAT ZACHOR Dia 15 de março. Faz-se uma leitura especial, “Parashat Zachor” (Devarim 25:17-19), no maftir da leitura da Torá. PURIM Domingo, 16 de março – não se diz Tachanun. Nossos sábios determinaram que a Meguilat Ester seja lida de um rolo de pergaminho no qual o texto é escrito à mão, para lembrarmos do milagre de Purim, quando D’us nos salvou do extermínio planejado por Haman durante o Império Medo-Persa. A leitura deve ser efetuada duas vezes: na noite (anterior ao dia) de Purim e de manhã. Além da mitsvá de escutar a leitura da Meguilá, deve-se enviar matanot laevyonim: presentes para pelo menos dois carentes. Outro preceito é o de enviar pelo menos duas espécies de alimentos prontos para o consumo a um amigo, denominados de mishlôach manot. A refeição festiva de Purim, na qual não deve faltar carne e vinho, é outro preceito. Os interessados podem adquirir gratuitamente um exemplar do livro publicado pela Congregação,“Purim – Leis, Comentários e Meguilat Ester”, na secretaria em horário comercial. SHUSHAN PURIM Segunda-feira, 17 de março. Não se recita Tachanun. 46 Adar I / Adar II 5774 Datas & Dados Horário de Acender as Velas de Shabat E Yom Tov em São Paulo 07 de fevereiro 14 de fevereiro 21 de fevereiro 28 de fevereiro 07 de março - 19h32m - 19h28m - 18h22m - 18h17m - 18h10m 14 de março 21 de março 28 de março 04 de abril 11 de abril Próximas Comemorações Judaicas Tu Bishvat (15/shevat/5774)..........................16/jan/14.......Sábado Jejum Taanit Ester (11/adar II /5774) ............13/mar/14........Quinta - 18h04m - 17h57m - 17h50m - 17h43m - 17h36m Purim (14/adar II /5774) ...............................16/mar/14 ......Domingo Shushan Purim (15/adar II /5774)..................17/mar/14......Segunda 1ª noite de Pêssach (15/nissan/5774) ...........14/abr/14.......Segunda 2ª noite de Pêssach (16/nissan/5774) ...........15/abr/14 .......Quarta 7º dia de Pêssach (21/nissan/5774)...............21/abr/14.......Segunda PARASHAT HASHAVUA 8º dia de Pêssach (22/nissan/5774)...............22/abr/14.......Terça 01 de fevereiro - 08 de fevereiro - 15 de fevereiro - 22 de fevereiro - 01 de março - 08 de março - 15 de março - 22 de março - 29 de março - 05 de abril - 12 de abril - 2º dia de Shavuot (7/sivan/5774) ..................5/jun/14 .........Quinta 1º dia de Shavuot (6/sivan/5774) ..................4/jun/14.........Quarta Parashat: Terumá Haftará: Vashem Natan Chochmá Lishlomô Parashat: Tetsavê Haftará: Atá Ven Adam Parashat: Ki Tissá Haftará: Vayishlach Ach’av (sefaradim) Parashat: Vayakhel Haftará: Vayishlach Hamêlech Shelomô (sefaradim) Parashat: Pecudê (Shecalim) Haftará: Vayichrot Yehoyadá (sefaradim) Parashat: Vayicrá Haftará: Am Zu Yatsárti Li Parashat: Tsav (Zachor) Haftará: Vayômer Shemuel el Shaul (sefaradim) Parashat: Shemini (Pará) Haftará: Ben Adam Bêt Yisrael (sefaradim) Parashat: Tazria (Shabat Hachôdesh) Haftará: Barishon Beechad Lachôdesh (sefaradim) Parashat: Metsorá Haftará: Vearbaá Anashim Parashat: Acharê Mot (Shabat Hagadol) Haftará: Vearevá Lashem (sefaradim) Jejum 17 de Tamuz (17/tamuz/5774) .............15/jul/14........Terça Jejum Tish’á Beav (9/av/5774).......................5/ago/14........Terça 1º dia de Rosh Hashaná (1/tishri/5775).........25/set/14.......Quinta 2º dia de Rosh Hashaná (2/tishri/5775).........26/set/14 .......Sexta Jejum Tsom Guedalyá (4/tishri/5775)............28/set/14.......Domingo Yom Kipur (10/tishri/5775).............................4/out/14.........Sábado 1º dia de Sucot (15/tishri/5775) .....................9/out/14 ........Quinta 2º dia de Sucot (16/tishri/5775) .....................10/out/14.......Sexta Hoshaná Rabá (21/tishri/5775).....................15/out/14 ......Quarta Shemini Atsêret (22/tishri/5775)....................16/out/14 ......Quinta Simchat Torá (23/tishri/5775)........................17/set/14........Sexta 1º dia de Chanucá (25/kislev/5775).............16/dez/14 .........Terça Jejum Assará Betevet (10/tevet/5775)..........1/jan/15............Quinta Tu Bishvat (15/shevat/5775).........................4/fev/15.......... Quarta HORÁRIO DAS TEFILOT Shachrit -De segunda a sexta-feira - 20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m (Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê). Aos sábados-08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil) e 08h45m (ashkenazim). Aos domingos e feriados-20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m. Minchá- De domingo a quinta - 17h40m e 18h00m. Arvit - De domingo a quinta - 18h20m, 19h00m e 20h00m. MINCHÁ DE ÊREV SHABAT 06 de dezembro 13 de dezembro 20 de dezembro 27 de dezembro 03 de janeiro 10 de janeiro 17 de janeiro 24 de janeiro 31 de janeiro 07 de fevereiro Adar I / Adar II 5774 - - - - - - - - - - 19h23m 19h28m 19h32m 19h35m 19h37m 19h39m 19h39m 19h38m 19h35m 19h32m Minchá de Shabat 08 de fevereiro 15 de fevereiro 22 de fevereiro 01 de março 08 de março 15 de março 22 de março 29 de março 05 de abril 12 de abril - - - - - - - - - - 19h05m 19h00m 18h00m 17h55m 17h45m 17h40m 17h35m 17h25m 17h20m 17h15m 47 Datas & Dados TABELA DE HORÁRIOS •ADAR I / ADAR II 5774 Acrescentar 1 hora na vigência do horário de verão Março Fevereiro Alot São Dia HasháPaulo char 48 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 4:32 4:33 4:34 4:34 4:35 4:36 4:37 4:38 4:39 4:40 4:40 4:41 4:42 4:43 4:44 4:44 4:45 4:46 4:47 4:47 4:48 4:49 4:50 4:50 4:51 4:52 4:52 4:53 4:54 4:55 4:55 4:56 4:57 4:57 4:58 4:58 4:59 4:59 5:00 5:00 5:01 5:01 5:02 5:02 5:03 5:03 5:03 5:04 5:04 5:05 5:05 5:06 5:06 5:06 5:07 5:07 5:07 5:08 5:08 Nets Sof Zeman Keriat Shemá Sof Zeman Amidá Zeman Hachamá Minchá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá Tefilin (nasc. Sol) de alot de alot a do nets de alot do nets Chatsot Guedolá de alot do nets do nets de alot (pôra tset tset (72m) à shekiá a tset à shekiá a tset à shekiá à shekiá a tset do-sol) 4:55 4:56 4:56 4:57 4:58 4:58 4:59 5:00 5:00 5:01 5:02 5:02 5:03 5:03 5:04 5:05 5:05 5:06 5:06 5:07 5:07 5:08 5:09 5:09 5:10 5:10 5:11 5:11 5:12 5:12 5:13 5:13 5:14 5:14 5:14 5:15 5:15 5:16 5:16 5:17 5:17 5:18 5:18 5:18 5:19 5:19 5:20 5:20 5:20 5:21 5:21 5:22 5:22 5:22 5:23 5:23 5:23 5:24 5:24 5:45 5:46 5:46 5:47 5:48 5:48 5:49 5:50 5:50 5:51 5:52 5:52 5:53 5:53 5:53 5:54 5:55 5:56 5:56 5:57 5:57 5:58 5:59 5:59 6:00 6:00 6:01 6:01 6:02 6:02 6:03 6:03 6:04 6:04 6:04 6:05 6:05 6:06 6:06 6:07 6:07 6:08 6:08 6:08 6:09 6:09 6:10 6:10 6:10 6:11 6:11 6:12 6:12 6:12 6:13 6:13 6:13 6:14 6:14 8:14 8:14 8:15 8:15 8:16 8:16 8:17 8:18 8:18 8:19 8:41 8:41 8:42 8:41 8:41 8:42 8:41 8:41 8:42 8:42 8:41 8:42 8:19 8:19 8:20 8:20 8:21 8:21 8:21 8:22 8:22 8:22 8:23 8:24 8:24 8:24 8:24 8:25 8:25 8:25 8:26 8:26 8:26 8:27 8:27 8:27 8:27 8:27 8:28 8:28 8:28 8:28 8:28 8:28 8:28 8:28 8:29 8:28 8:28 8:26 8:26 8:27 8:27 8:28 8:28 8:29 8:29 8:30 8:30 8:30 8:31 8:32 8:32 8:33 8:32 8:33 8:34 8:34 8:34 8:34 8:35 8:36 8:36 8:36 8:36 8:36 8:37 8:38 8:38 8:38 8:38 8:39 8:38 8:39 8:39 8:40 8:39 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:40 8:41 8:40 8:41 8:41 8:40 8:41 8:41 8:40 8:41 8:41 9:02 9:03 9:03 9:04 9:04 9:04 9:05 9:05 9:05 9:06 9:06 9:06 9:07 9:07 9:07 9:08 9:08 9:08 9:08 9:08 9:08 9:09 9:09 9:09 9:10 9:10 9:10 9:10 9:10 9:10 9:11 9:10 9:11 9:11 9:10 9:11 9:11 9:12 9:11 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:12 9:28 9:28 9:29 9:29 9:29 9:30 9:30 9:31 9:31 9:32 9:32 9:32 9:32 9:33 9:33 9:33 9:33 9:34 9:34 9:34 9:34 9:35 9:35 9:35 9:35 9:36 9:36 9:36 9:36 9:37 9:36 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:37 9:36 9:37 9:36 9:36 9:36 9:36 10:08 10:09 10:09 10:09 10:10 10:10 10:10 10:10 10:10 10:11 10:11 10:11 10:11 10:11 10:12 10:12 10:12 10:12 10:12 10:12 10:12 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:13 10:12 10:13 10:12 10:13 10:12 10:12 10:12 10:12 10:12 10:12 10:12 12:20 12:20 12:20 12:20 12:21 12:20 12:20 12:20 12:20 12:21 12:21 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:20 12:19 12:20 12:19 12:19 12:18 12:18 12:18 12:18 12:18 12:17 12:17 12:17 12:17 12:16 12:16 12:16 12:16 12:16 12:15 12:15 12:14 12:14 12:14 12:14 12:14 12:13 12:13 12:12 12:12 12:12 12:12 12:11 12:11 12:10 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:53 12:52 12:52 12:52 12:52 12:52 12:52 12:52 12:51 12:51 12:51 12:51 12:50 12:50 12:50 12:50 12:49 12:49 12:49 12:48 12:48 12:48 12:48 12:47 12:47 12:47 12:47 12:46 12:46 12:46 12:45 12:45 12:44 12:44 12:44 12:43 12:43 12:43 12:42 12:42 12:42 12:41 12:41 12:40 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:11 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:10 13:09 13:09 13:09 13:09 13:09 13:09 13:08 13:08 13:08 13:08 13:08 13:07 13:07 13:07 13:06 13:06 13:06 13:06 13:06 13:05 13:05 13:05 13:04 13:04 13:03 13:03 13:02 13:02 13:02 13:01 13:01 13:00 13:00 13:00 12:59 12:59 12:58 12:58 12:58 12:57 13:26 13:26 13:26 13:26 13:26 13:25 13:26 13:26 13:26 13:25 13:26 13:25 13:25 13:25 13:25 13:25 13:24 13:25 13:24 13:24 13:23 13:24 13:24 13:23 13:23 13:22 13:23 13:22 13:22 13:21 13:21 13:20 13:20 13:20 13:19 13:19 13:19 13:19 13:18 13:18 13:18 13:17 13:17 13:16 13:16 13:15 13:15 13:15 13:14 13:14 13:13 13:13 13:13 13:12 13:12 13:11 13:11 13:10 13:10 17:33 17:32 17:32 17:31 17:31 17:30 17:30 17:30 17:30 17:29 17:29 17:27 17:27 17:26 17:26 17:25 17:25 17:24 17:24 17:22 17:22 17:22 17:22 17:20 17:20 17:19 17:19 17:18 17:17 17:17 17:16 17:15 17:14 17:13 17:12 17:12 17:12 17:11 17:10 17:09 17:08 17:07 17:06 17:06 17:05 17:04 17:03 17:02 17:01 17:00 17:00 16:59 16:58 16:57 16:56 16:55 16:54 16:54 16:52 17:48 17:47 17:47 17:46 17:46 17:45 17:45 17:45 17:45 17:44 17:44 17:42 17:42 17:42 17:42 17:40 17:40 17:39 17:39 17:38 17:38 17:37 17:37 17:35 17:35 17:34 17:34 17:33 17:33 17:32 17:31 17:30 17:30 17:29 17:28 17:27 17:27 17:26 17:25 17:24 17:24 17:23 17:22 17:21 17:20 17:19 17:18 17:18 17:17 17:16 17:15 17:14 17:13 17:13 17:12 17:11 17:10 17:09 17:08 18:55 18:54 18:54 18:53 18:53 18:52 18:52 18:51 18:51 18:50 18:50 18:49 18:48 18:48 18:47 18:46 18:45 18:45 18:44 18:43 18:42 18:42 18:41 18:40 18:39 18:38 18:38 18:37 18:36 18:35 18:34 18:33 18:32 18:31 18:30 18:29 18:29 18:28 18:27 18:26 18:25 18:24 18:23 18:22 18:21 18:20 18:19 18:18 18:17 18:16 18:15 18:14 18:13 18:12 18:11 18:10 18:09 18:08 18:07 Adar I / Adar II 5774 De criança para criança “Achados e Perdidos” Chayim Walder Meu nome é Reuven. Estudo na quarta série e sou um garoto como os outros. A história que quero lhes contar aconteceu durante um longoz período. Na verdade, durou um ano inteiro. Um dia – é assim que a maioria das histórias começam – eu voltava da escola quando vi um estojo preto e grosso caído na rua. Fui descuidado. Não tive medo, por algum motivo, de que aquilo fosse alguma coisa perigosa, e abri-o. Dentro do estojo havia uma máquina fotográfica. Ela possuía um monte de lentes e botões. Não era uma máquina digital. Era do tipo das máquinas antigas. Cheguei em casa e contei para minha mãe sobre meu achado. Observamos bem a máquina e o estojo, mas não encontramos nenhum nome inscrito neles. Sentei em meu quarto e tentei encontrar algum sinal de identificação, sem sucesso. Eu queria muito fazer a mitsvá de devolver meu achado para seu dono. De repente, tive uma ideia. Corri para minha mãe e exclamei: – Há um sinal sim! Um bom sinal! Vamos revelar o filme de dentro da máquina e, analisando as fotografias, saberemos a quem ela pertence. Mamãe concordou que aquela era uma ideia excelente. Adar I / Adar II 5774 49 Corri imediatamente para a loja reveladora. Dei o filme e esperei, curioso e tenso, pelos resultados. Depois de uma hora, o atendente me comunicou, com tristeza, que todas as fotos saíram queimadas, exceto uma. Ele me mostrou a única fotografia que sobrara, na qual se via o seguinte: um enorme sapo, um árabe, um homem estranho que parecia ter fugido da prisão, um bebezinho fofinho, um homem vestido de chassid e mais um homem que eu também não conhecia. Parece-lhes estranho? Para mim também foi. Observei mais uma vez a foto, virei-a e revirei-a. Meu espanto crescia cada vez mais. Depois de meia hora de observação, o atendente disse-me impacientemente: – Garoto, estamos fechando e você ainda não pagou! Paguei-lhe pela revelação e corri para casa. Ao chegar em casa fui direto para o meu quarto. Peguei uma lente de aumento e passei a verificar cuidadosamente a fotografia. Vi, ao fundo da fotografia, uma mesa com docinhos, garrafas e pratos. – Parece que esta fotografia foi tirada em alguma festa – pensei comigo mesmo. O sapo não era verdadeiro e também não era um boneco de pelúcia – era uma pessoa fantasiada de sapo. Depois de olhar bem para o rosto do “presidiário”, percebi que era um garoto que desenhara um bigode em seu rosto e vestira pijamas listrados. O árabe com sua “cafia” era outro menino... Compreendi tudo! Aquela foto devia ter sido tirada em Purim. Todos os garotos da foto estavam fantasiados: um de sapo, outro de prisioneiro e o terceiro, de árabe. Quanto ao chassid, eu não sabia dizer se era “verdadeiro” ou se era uma fantasia. Já o homem e o bebê, eu não tinha dúvidas, eram verdadeiros! Depois de ter resolvido o mistério daquela fotografia estranha, só sobrou um enig- Reserve seu espaço na edição de Pessach Informações: 3822-1416 50 Desejamos Purim Sameach! Adar I / Adar II 5774 ma: quem eram as pessoas da foto? Relatei minhas descobertas a minha mãe. Ela ficou surpresa com minha investigação de detetive e surpreendeu-se com minhas conclusões detalhadas. Depois de olhar para a fotografia, ela disse: – Vamos pendurar cartazes na rua e telefonar para o jornal, pedindo para publicarem um aviso na seção de achados e perdidos. Assim fizemos. Mas ninguém telefonou. Os dias foram passando e a máquina fotográfica continuava em nossa casa, inútil. Mas eu não a esqueci, muito menos da mitsvá que eu tinha de cumprir: hashavat avedá – devolução de um objeto perdido. Às vezes, ficava observando a fotografia e imaginando como seria possível encontrar as pessoas que nela apareciam. Foi então que tive uma ideia: o dono da máquina, como toda pessoa, deveria ter dezenas de parentes e algumas centenas ou milhares de conhecidos. Resolvi mostrar a fotografia a todos aqueles que eu conhecia. Quem sabe um deles conhecesse alguma pessoa da foto... Meus parentes não conheciam; tampouco os garotos de minha classe. Comecei a Adar I / Adar II 5774 51 mostrar a fotografia para os alunos mais velhos e mais jovens da escola, mas ninguém conhecia. Durante um ano inteiro, mostrei a fotografia para todos aqueles com quem travava contato: aqueles que vinham em casa, aqueles que eu ia visitar, os rapazes da yeshivá próxima de minha casa, o vendedor de livros, o dono da mercearia, o funcionário do correio. Para minha tristeza, ninguém conhecia as pessoas da foto. Alguns faziam troça da estranha fotografia. Um disse que não tinha amigos presos nem sapos, o segundo apontou a espada do árabe e exclamou: “Você está me dando medo!”. Ninguém conhecia aquelas pessoas. Mas eu não perdi as esperanças. Um dia, bateram à porta. Era um estudante de yeshivá que queria saber onde morava a família Rachnileviz. Respondemos-lhe imediatamente: – No prédio ao lado. Ele estava quase indo embora, quando me lembrei, de repente, de algo e chamei-o. – Ei, você poderia esperar um minuto? Ele virou-se e esperou. Corri ao meu quarto e trouxe a famosa fotografia. – Por acaso você conhece alguma destas pessoas? – perguntei. O rapaz observou a foto e, para minha surpresa, disse: – Sim, este chassid chama-se Rav Mozes. Ele era professor de meu irmão na yeshivá. Com as mãos trêmulas, anotei o endereço do rabino e esperei pela minha mãe. Quando ela chegou, telefonou imediatamente para a casa da família Mozes. – Alô? – disse minha mãe. – Família Mozes? – Sim... – respondeu uma voz feminina. – Vocês por acaso perderam uma máquina fotográfica? – Não – respondeu a voz. Minha mãe pediu desculpas e retornou o telefone ao gancho. – Voltamos à estaca zero – disse ela. – Não pode ser! – eu disse. – O rapaz disse que tinha certeza de que o homem da fotografia era este Rav Mozes! Decidi, apesar de tudo, ir ao endereço que o rapaz me deu. Depois de vinte minutos de caminhada, cheguei à casa. Hesitante, bati à porta. Uma mulher apareceu. Provavelmente a mesma que atendera ao telefone. – Sim, garoto, o que deseja? – Eu... bem, o telefonema... minha mãe telefonou a respeito da máquina fotográfica... – gaguejei. – Mas a máquina não nos pertence – ela disse. – Mesmo assim, gostaria que desse uma olhada nesta foto e me dissesse se conhece quem está fotografado nela – eu disse, estendendo-lhe a foto. 52 Adar I / Adar II 5774 Ela observou a foto e disse: – De fato, este é meu marido. Este “árabe” é meu filho fantasiado. Meu marido com certeza sabe quem são as outras pessoas. Ele chegará dentro de quinze minutos. Esperei, muito nervoso. Passaram-se dez minutos e aquele chassid apareceu à minha frente. Sua esposa aproximou-se, mostrou-lhe a fotografa e perguntou: – Você conhece o resto das pessoas da foto? O homem pegou seus óculos e eu fiquei tenso como uma mola. – Sim. Este é o professor de Yossi, o Rav Landman. Fomos visitá-lo em Purim para levar-lhe mishlôah manot, lembra-se? Entrão a mulher virou para mim e disse: – Espere um pouco, por favor. Ela pegou uma lista telefônica, discou alguns números e então ouvi a seguinte conversa: – Família Landman? Seu marido está em casa?... Sei... Diga-me, vocês perderam uma máquina fotográfica? Sim? Quando? Em Purim? Ouça, tem um garoto que a encontrou. Ela me chamou ao telefone, mas eu tive vergonha de ir. No dia seguinte, levei a máquina para a família Mozes. Seu filho, David, levou-a ao professor Landman. De noite, recebi um telefonema. Com palavras emocionadas, o Rav Landman agradeceu-me pelos meus esforços: – Esta máquina de fato vale muito dinheiro, mas seus esforços desmedidos e sua vontade de cumprir a mitsvá de restituir algo perdido valem como ouro aos meus olhos! Você não imagina a recompensa que receberá dos Céus por ter se ocupado com uma mitsvá durante um ano inteiro! O Rav Landman agradeceu-me mais uma vez e desligou. Somente então senti a verdadeira felicidade que vem ao se fazer uma mitsvá com muito esforço. Acreditem, não há felicidade maior que esta! Tel Aviv Vai Viajar? Londres Nova York • Passagens aéreas • Pacotes • Cruzeiros •Hoteis •Aluguel de carro •Seguro viagem Em qualquer lugar do mundo! Buenos Aires Paris Miami Hong Kong Tókio Menores preços, melhores conexões Tel. (11) 3667-4402 (11) 97203-8111 [email protected] - Dani Cruzeiro Kasher Adar I / Adar II 5774 53 Infantil A Dança do Urso Uma das características marcantes do grande sábio, o Rebe Aryê Leib, que ficou conhecido como o Shpoler Zeide, ou o Saba (avô) de Shpole, era sua maneira de dançar. Frequentemente ele dançava de forma extraordinária. O público se aglomerava ao seu redor, cantando, e o rebe dançava numa velocidade incrível, com passos e movimentos precisos. Não era uma dança comum, mas uma das formas do grande tsadic servir ao Todo-Poderoso, e tinha o poder de atrair influências positivas dos Céus para o nosso mundo. 54 Adar I / Adar II 5774 Infantil O Adar I / Adar II 5774 g rande sábio chassídico Rabi Avraham “Hamal’ach” (Mezritch 1741 – Chavastov 1777) era filho do Rabi Dov Ber de Mezritch – o Maguid de Mezritch – que foi o discípulo mais próximo do Báal Shem Tov. tência, ele acabou conseguindo que o Certa vez, Rabi Avraham presen- perverso especial para os judeus que ciou as danças do Shpoler Zeide – possuíam dívidas e não as pagavam. Rabi Aryê Leib (Ucrânia 1725 – 1812) O condenado era preso e trancafiado – e ficou extremamente impressio- num calabouço, uma prisão subter- nado com o que viu. Rabi Avraham rânea úmida e sombria, que possuía ficou observando extasiado cada pas- um portão de ferro indevassável. so das danças do tsadic e percebeu Havia também um pequeno buraco logo que aquela não era uma dança no teto da prisão que servia para comum. Depois, quando os dois tsa- “alimentar” o prisioneiro. Somente dikim puderam conversar a sós, Rabi uma vez por semana faziam descer, Avraham perguntou ao Saba onde ele por meio de uma corda, um pouco de havia aprendido aquelas danças ad- pão e água que mal eram suficientes miráveis, que tanto o emocionaram. para sustentar uma pessoa por um patrão realizasse sua vontade. “Naquela época, o senhor das ter ras era como u m rei em suas propriedades. Ele tinha o direito de fazer viver ou morrer quem desejasse e seus decretos eram cumpridos à risca. Havia ainda um costume “Essas danças”, respondeu o tsa- dia. Essa era a comida do condenado dic com um sorriso, “aprendi com durante toda a semana. Lá, o pobre Eliyáhu Hanavi. Vou lhe contar como coitado ficava preso até o dia do ani- isto aconteceu: versário do nobre. “A ntes de eu ser recon hecido “No dia de seu aniversário, o no- como rabino”, começou a contar o bre preparava uma grande festa para Saba, “eu costumava viajar de cidade seus amigos e demais nobres das em cidade e de aldeia em aldeia, sem redondezas. Durante a festa, o judeu que ninguém soubesse quem eu era. condenado era trazido para divertir “Assim, certa vez, numa de mi- os convidados. Ele era vestido com nhas viagens, fiquei sabendo que um uma pele de urso especialmente con- pobre judeu, em certa aldeia, tinha feccionada para a ocasião. Qualquer sido preso pelo nobre que era o dono um que vestisse aquela fantasia real- daquelas terras. O judeu arrendava mente ficava muito parecido com um uma das propriedades do nobre, mas urso. O judeu, fantasiado de urso, era nos últimos meses não conseguira então trazido para dentro do palácio. pagar o que devia para o senhor. O Imediatamente ordenavam que ele senhor das terras, na realidade, não dançasse ao som de várias músicas era uma pessoa muito má, mas seu que a orquestra ia tocando. Um dos secretário de confiança, que cuidava ajudantes do nobre era convidado de seus negócios, este sim era um ho- a guiar o “urso” em suas danças. O mem perverso, que odiava os judeus ajudante amarrava uma corrente em com toda sua alma. volta do pescoço do “urso”, como se “O secretário aproveitou a opor- fosse um animal verdadeiro, e come- tunidade da dívida daqueles meses çava a dançar. O urso acorrentado para incitar o nobre a prender o era obrigado a dançar junto com seu pobre judeu. Depois de muita insis- guia de acordo com a música. 55 Infantil “As regras do jogo eram simples, o lugar do homem no dia do aniversá- nho. Portanto, eu não conseguiria mas injustas. A sentença do condena- rio do nobre e dançasse melhor que o trocar de lugar com o preso, poderia do era dada conforme sua atuação nas seu ajudante. apenas ficar lá junto com ele. danças. Se ele conseguisse acompa- “– Mas eu não sei dançar! – argu- “Na noite do aniversário do se- nhar o guia em todas as danças, era mentei prontamente. – E não conheço nhor eu me esgueirei até o poço onde libertado e podia voltar para sua casa. nem mesmo o nome dos ritmos e das o pobre judeu estava e desci com a Se dançasse ainda melhor que o guia, músicas! ajuda de uma corda. No princípio o podia cair sobre ele e atacá-lo como “– Não se preocupe – respondeu homem se assustou ao ver-me. Mas um urso que vence uma luta. Porém, Eliyáhu Hanavi. – Eu lhe ensinarei depois eu consegui acalmá-lo e expli- se o judeu não conseguisse acompa- todas as danças e seus nomes, e você car meu plano. nhar seu guia nas danças, o coitado poderá dançar melhor que qualquer era jogado no canil do senhor das ter- dançarino da região. ras, onde os cães ferozes o atacavam e destroçavam-no sem piedade. “É claro que o pobre e faminto judeu, que tinha ficado vários meses “– Nó s t r o c a r emo s de r ou pa – disse-lhe com segurança – e eu “Assim, conforme havia combina- tomarei seu lugar nas danças. Você do, Eliyáhu Hanavi se revelou várias deve ficar o mais escondido possível vezes para mim e ensinou-me todas aqui dentro até que me levem. Com as danças, passo por passo. a ajuda de D’us não perceberão que preso a pão e água, muitas vezes mal “Durante algum tempo, antes do somos dois aqui dentro e dará tudo conseguia andar, quanto mais dan- aniversário do nobre, eu fiquei mo- certo! Além disso, provavelmente çar com a pesada fantasia e a corren- rando numa das aldeias próximas de não trancarão o portão de ferro de- te no pescoço! Assim, os convidados seu palácio. Para que ninguém des- pois que me levarem, pois não há do nobre se divertiam enquanto o confiasse de meus verdadeiros propó- nenhum motivo para isso. Pouco de- “urso” tentava desesperadamente sitos, empreguei-me como professor pois que eu sair, você deverá correr dançar para salvar sua vida; uma na casa de um dos judeus do local. o mais rápido que puder para sua tentativa que, invariavelmente, ter- Assim, passei a investigar uma ma- casa. Não se preocupe! Com a aju- minava com o judeu desmaiando de neira de trocar de lugar com o judeu da de D’us eu conseguirei vencer o cansaço e fraqueza, sendo jogado condenado sem que ninguém desco- ajudante do nobre nas danças e você para os cachorros ferozes. brisse. Numa de minhas incursões não será mais incomodado. “Nesta oportunidade, quando o noturnas, descobri que era possível, “O homem mal tinha forças para judeu que não pagara suas dívidas através do buraco por onde se pas- falar, mas agradeceu-me várias vezes estava preso no calabouço esperando sava a comida do condenado, descer com lágrimas nos olhos. Então nós por sua terrível sentença, o Profeta com uma corda até o fundo do poço. trocamos de roupa; eu fiquei vestido Eliyáhu se revelou para mim e man- O grande problema, no entanto, seria com suas roupas sujas e rasgadas. dou que eu fosse até aquela aldeia para sair. O buraco era muito estrei- Eu trouxera um pouco de comida e salvar nosso irmão. Eliyáhu Hanavi to, tornando praticamente impossível bebida e, assim, o pobre judeu pôde queria que eu secretamente tomasse subir novamente pelo mesmo cami- recuperar um pouco de suas forças. Deseja Purim Sameach! 56 Adar I / Adar II 5774 Infantil “No meio da noite, um dos empre- seria libertado. Se pudesse dançar já estava meio bêbado, começou a gados do senhor, já meio bêbado, foi melhor que ele, poderia pular sobre ficar tonto com as voltas da dança e buscar o condenado. Ele nem entrou ele e atacá-lo, como fazem os ursos eu percebi que logo ele cairia. Assim, no calabouço; apenas abriu o portão com suas vítimas. Se, no entanto, eu continuei rodando e rodando, acom- de ferro e gritou, entre gargalhadas, não conseguisse acompanhá-lo nas panhando o ritmo da música, até que para que o condenado saísse. O judeu danças, seria jogado aos cachorros, e o perverso secretário caiu por terra. revelou-me que reconhecia, pela voz, eles me ‘ensinariam’ a dançar apro- Imediatamente eu pulei em cima dele que o empregado era o próprio se- priadamente. e comecei a atacá-lo e a enforcá-lo como fazem os ursos. cretário do senhor das terras, aquele “O escolhido para ser meu guia que havia se esforçado para que o foi o próprio secretário do senhor das “Nesse momento, u m t u mu lto condenassem. Eu saí pelo portão na terras, o mesmo que havia me levado irrompeu entre a platéia. Uns me in- noite escura, escondendo meu rosto acorrentado até o palácio. O nobre citavam a acabar logo com a vida do para que o empregado não percebes- deu o sinal para que a orquestra co- homem, pois apesar de ser um fato se que eu não era o verdadeiro preso. meçasse a tocar e as danças começa- inédito o ‘urso’ vencer seu guia, esta Logo que eu cruzei o portão, o ho- ram. Primeiramente o guia começou era uma das regras do jogo. No en- mem jogou em cima de mim a fanta- a dançar sozinho a dança dos cossa- tanto, alguns dos amigos do secretá- sia de urso e vestiu-me com ela. Uma cos, o famoso “Kasatchok”. Depois, rio imploraram para que eu poupasse corrente de ferro foi amarrada em deram-me o sinal para que eu tam- sua vida. O nobre, então, decretou meu pescoço e eu fui arrastado para bém começasse a dançar, acompa- que eu estava livre e deveria voltar dentro do salão, onde se reuniam o nhando seu passos. Esta dança exige para minha casa para alegrar mi- nobre e seus convidados. Como eu muito equilíbrio e força nas pernas. nha mulher e meus filhos. Enquanto havia previsto, o portão da prisão Graças às lições do Profeta Eliyáhu, os amigos do secretário tentavam não fora trancado. Assim, o pobre eu comecei a dançar e acompanhar reanimá-lo, eu corri ainda vestido condenado conseguiu fugir para sua meu guia cada vez melhor que ele. O com a fantasia de urso para a casa do casa sem que ninguém desse por sua público começou a aplaudir minha judeu condenado. Chegando lá, ele, presença. atuação e o secretário do nobre ficou sua família e eu alegramo-nos muito e agradecemos a D’us. “Quando eu entrei no salão, uma apavorado. Ele não podia imaginar imensa gargalhada explodiu entre que eu conseguisse acompanhá-lo “Foi assim q ue eu aprendi as os presentes e todos aplaudi ram nem sequer um passo, quanto mais danças que tanto impressionaram o com alegria. Os convidados esta- dançar melhor do que ele. rabino”, disse o Saba de Shpole para Rabi Avraham, Hamal’ach, encerran- vam ansiosos pelo início da grande “Depois, a orquestra começou a atração da noite. Formalmente, um tocar uma música para dançar Ma- homem leu as regras do jogo e a mi- zurca, uma dança tradicional popu- “Se é assim” – disse Rabi Avraham nha sentença: Se eu dançasse bem e lar polonesa, e novamente eu dancei – “suas danças são certamente me- conseguisse acompanhar meu guia, melhor que meu guia. O homem, que lhores que minhas orações!” Adar I / Adar II 5774 do seu incrível relato. 57 Leiluy Nishmat Israel Iossef ben Isser z ’’l Nathan Halevi ben Mercada z’’l Nissim ben Emilie z’’l Shmuel Mizan ben Olga z’’l Victor Haim ben Ester z’’l Adar I / Adar II 5774 Adar I / Adar II 5774 59 60 Adar I / Adar II 5774