CA D E R N O ES PECIAL 2 012 logistica 52 4.000 Edição Especial bilhões de Reais em 40 projetos no brasil Os investimentos que vão mudar a infraestrutura do país até 2016 dados sobre a logística de cargas e passageiros, e a avaliação detalhada de cinco modais de transporte Desafios estruturais Uma reportagem especial aponta os principais gargalos enfrentados pelo Brasil e as sugestões dos especialistas para superá-los página 6 do onteú Este c da edição rte faz pa Anu www.analise.com ário GLOBAL BRASIL Índice Anuário logistica 04 Em busca de um novo modelo Os desafios da logística brasileira e as maneiras de enfrentá-los no futuro 03 Editorial 08 Portos e Hidrovias Para especialistas, falta de planejamento centralizado é o principal desafio do setor 10 12 13 Movimentação nos terminais 14 aeroportos Maiores portos por carga e 16 Movimentação nos aeroportos 17 Principais aeroportos 2 logística t o r i a l Eduardo Oinegue, Silvana Quaglio e Alexandre Secco 18 rodovias Investimentos na melhoria das estradas públicas e novas privatizações 21 22 Principais sistemas rodoviários Ferrovias Novo marco regulatório e concessões privadas podem garantir reativação do setor Diretora-presidente Silvana Quaglio Diretor de conteúdo Alexandre Secco Diretor comercial Alexandre Raciskas Rua Major Quedinho, 111, 16° andar CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 Fax (55 11) 3201-2310 contato@analisecom www.analise.com 25 Principais sistemas ferroviários 26 Dutos e Armazenagem PUBLISHER Silvana Quaglio EDITOR Alexandre Secco Setor depende de plano de expansão da malha para atrair investidores privados Editor executivo: Gabriel Attuy Gerente de pesquisa e distribuição: Ligia Donatelli Coordenadores de conteúdo: Vinicius Cherobino e Vivian Stychnicki Coordenadora de pesquisa: Valquíria Oliveira Coordenadora de distribuição: Juliane Almeida Coordenador de arte: Cesar Habert Paciornik Equipe de conteúdo: Abrahão de Oliveira, Bruna Abjon, Carlos Larios, Patrícia Silva e Sumaya Oliveira Equipe de pesquisa: Adrieli Garzim, Alberto Barbosa, Ana Carolina Marquez, Ana Claudia Coelho, Anna Carolina Romano, Bianca Barros, Claudia Barbosa, Daniela Trindade, Danilo Souza, Ellen Lopes, Fernanda Chiarato, Giulia Listo, Iuri Salles, Jessica Cidrao, Juliana Colognesi, Lucas Rodrigues, Nathalia Bianchi, Paula Moreira, Paulo Andrade, Raquel Aderne, Rebeca Rodrigues, Ricardo Borges, Santiago Boyayan, Taiane Silva, Tais Souza, Thaís Bueno, Vinícius Oliveira, Yasmin Gomes e Yuri Damacena Designers: Bruna Pais, Danilo Pasa e Régis Schwert Coordenador de TI: Cristiano Carlos da Silva Equipe de TI: Felipe Cavalieri e Leandro Akira Colaborador: Eduardo Belo Revisão: Mary Ferrarini Tradução: Sogl Traduções 27 Gasodutos e polos petroquímicos Colaboradores Albertino de Oliveira e Silva, superintendente da Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (Ahimor); Carlos D. Padovezi, diretor do Centro de Engenharia Naval e Oceânica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT); Fabio Castelo Branco, administração da Hidrovia do Paraná (Ahrana); Frederico Bussinger, consultor do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente (Idelt); Gilvan H. Ramos, diretor da Transportes da Amazônia (TRA); Jorge Lúcio de Carvalho Pinto, assessor de comunicação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários i Conselho editorial Mapa hidroviário do Brasil Brasil faz as primeiras concessões e se prepara para atender à demanda da Copa d (Antaq); Mauro Salgado, diretor da Santos Brasil, presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop); Paulo Tarso Vilela de Resende, coordenador do núcleo de infraestrutura e logística da Fundação Dom Cabral (FDC); Roberto Lacerda Oliva, diretor da TNT Espanha e atual diretor-geral da Press Log Brasil; Silvio Andrade, assistente administrativo da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar); Wagner Cardoso, secretário executivo e gerente de infraestrutura da Unidade de Competitividade Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Anuário logistica Publicidade/Gerentes de negócios: Alessandra Soares e Márcia Pires Assistente: Felipe Ricelle Atendimento e apoio administrativo: Fábio Lopes, Giseli Monteiro Tiragem: 1.100 Impressão: IBEP Gráfica Impresso em julho de 2012 Operação em Bancas: Assessoria: EdiCase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas: FC Comercial e Distribuidora S/A Manuseio: FG Press www.fgpress. com.br Distribuição Dirigida: Door to Door www.d2d.com.br www.analise.com EDITORIAL Apoio Brasil desponta no entre-crises N a quinta edição do anuário ANÁLISE De acordo com artigo do economista Marcos Troyjo, diretor do BRICLab, da UniversidaBRASIL GLOBAL, em 2010, a Análise Editorial já chamava a atenção para de de Columbia, publicado em maio no site o fato de que o Brasil consolidara sua da BBC, a produtividade brasileira cresceu participação no mercado internacional 0,2% ao ano, enquanto na China o índice foi BILHÕES DE REAIS EM 40 PROJETOS NO BRASIL e que era chegada a hora de pensar no que viria de 4%. pela frente. Aquela edição tinha o ano de 2009 Produtividade deriva de custos e de investi4.000 como referência – período em que não só o mentos. Os custos de produção no Brasil são DESAFIOS Brasil, mas o mundo, sentiu o impacto da crise reconhecidamente altos e os investimentos, ESTRUTURAIS deflagrada no segmento subprime nos Estados baixos. Com isso, o risco de os manufaturaUnidos. Como ressaltamos, também naquela dos perderem cada vez mais espaço na pauedição, no nosso entender, o ano de 2009 fata de exportações é alto. E o Brasil precisa lou mais sobre a força da economia brasileira inverter essa equação, não só para aumentar do que de suas fraquezas. Passado o pior da sua participação no mercado internacional, crise, o país se levantou e seguiu em frente. mas também para simplesmente manter o Os números do comércio exterior brasileique já conquistou. Uma parte da tarefa cabe ro em 2011, que embasam a presente edição ao governo, que tem demonstrado disposiParcEiros comErciais do anuário ANÁLISE BRASIL GLOBAL, não ção em desonerar a produção, em especial a deixam dúvida de que nossa percepção estava indústria, e promover os investimentos ne26 74 correta. Mesmo sendo o comércio exterior o cessários para a melhoria da infraestrutura segmento econômico mais vulnerável às crises logística – além de manter os gastos públiinovacão na internacionais, a inserção do Brasil no mercacos sob controle. Outra parte igualmente imindustria do global é indiscutível. Um dado objetivo é a portante cabe às empresas. Elas não podem corrente de comércio, resultado de exportações prescindir de investimentos, em especial em mais importações em um período. Em 2011, pesquisa e desenvolvimento – o chamado essa conta somou 482 bilhões de dólares – recorde históri- P&D –, que é o motor da inovação. co para o país. E, exceção feita ao ano de 2009, a corrente Com o objetivo de olhar para a frente, a equipe da Análise de comércio do Brasil vem registrando crescimento sólido Editorial se debruçou sobre os dois temas na edição 2012 desde 1999. Também, em 2011, o índice de participação do de ANÁLISE BRASIL GLOBAL. Além das tradicionais tapaís nas exportações mundiais foi de 1,6% – o melhor re- belas e rankings que caracterizam o anuário, a edição apresultado desde 1950, quando o comércio internacional era senta dois levantamentos especiais. Um deles demonstra a dominado por Estados Unidos e Reino Unido. importância da inovação para o ganho de produtividade e Isso não quer dizer que o Brasil tenha vencido seus gran- de competitividade no Brasil. O outro apresenta um levandes desafios, tampouco que a crise internacional, agora des- tamento completo dos modais logísticos, apontando o que locada para a zona do euro, não provocará solavancos para está sendo feito e o que ainda precisa melhorar em benefício a atividade econômica no país. O ano de 2012 já produziu do comércio exterior brasileiro. Esse último é o objeto desta indicadores suficientes para mostrar que os efeitos estão, reimpressão especial, de 28 páginas, de ANÁLISE LOGÍSsim, chegando por aqui. Mas, no que se refere ao posicio- TICA, cujo conteúdo é parte integrante do anuário ANÁLInamento do Brasil como player do mercado global, os re- SE BRASIL GLOBAL 2012. sultados dependerão, no curtíssimo prazo, mais de fatores Por fim, mas não menos importante, não poderíamos deiexternos e conjunturais – como o preço das commodities e o xar de agradecer aos nossos anunciantes, que, por meio do câmbio – do que propriamente dos esforços que se possam seu apoio, permitem o financiamento da publicação. Eles fazer internamente. reconhecem a qualidade e a utilidade do trabalho da AnáE esse é um aspecto preocupante. A pauta de exportações lise Editorial e sua importância para o público que toma do país continua diversificada, bem como os destinos co- decisão e forma opinião, no Brasil e no exterior. Por isso, merciais. Mas a tendência de concentração em produtos dispõem-se a financiar a produção de um conteúdo difebásicos – as chamadas commodities – e submanufaturados renciado para que mais de 30 mil leitores possam receber e o forte crescimento da China como principal parceiro o seu exemplar gratuitamente, na sua mesa de trabalho. comercial do Brasil não são vistos com bons olhos pelos Agradecemos, também, aos especialistas e às empresas especialistas. Não há problema algum em o Brasil ser um que nos ajudam a construir, a cada ano, uma edição me0 dos maiores exportadores de commodities do globo. Afinal, lhor. Esperamos que esta seja uma leitura boa e útil! o país tem enormes vantagens comparativas e deve, sim, exercer sua vocação para conquistar mercados. O problema SILVANA QUAGLIO Publisher é o baixíssimo ganho de produtividade registrado no país. CA D E RNO ES P ECIAL 201 2 LOGISTICA 52 Edição Especial Os investimentos que vão mudar a infraestrutura do país até 2016 dados sobre a logística de cargas e passageiros, e a avaliação detalhada de cinco modais de transporte Uma reportagem especial aponta os principais gargalos enfrentados pelo Brasil e as sugestões dos especialistas para superá-los página 6 www.analise.com AN U Á r io 2 0 1 2 do con teú ão da ediç Este te faz par BRASIL GLOBAL Edição BilínguE inglês E português BRASIL GLOBAL 57 7 a Edição A análise detalhada do perfil, da pauta e da relação do Brasil com seus maiores clientes e fornecedores Produtos ExPortados A lista dos setores que mais vendem ao exterior Estados analisados A fatia das unidades da federação no comércio Por que inovar é o caminho para ganhar o mundo e os passos necessários para chegar lá pág. 20 www.analise.com www.analise.com L ES PE CIAic a st Lo gí sob re dad os 4.0 00 spo rte de o tran no paí s car gas logística 3 Logística o modelo para um novo salto na infraestrutura A malha logística brasileira avançou de maneira fragmentada para atender a demanda da última década. Agora, apontam os especialistas, a hora é de definir um novo modelo de crescimento VinIcius Cherobino A s deficiências da infraestrutura de logística brasileira são conhecidas e amplamente divulgadas. O famoso “custo Brasil” inclui as filas – de caminhões e de navios – nos portos, os altos preços dos fretes, as condições ruins nas estradas, o estado de abandono de muitas ferrovias e as poucas opções de hidrovias no país. Os custos com logística no Brasil foram estimados em 11,6% do PIB em 2010, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Nos Estados Unidos, que possuem uma matriz multimodal estabelecida, essa fatia foi de 8,7%. O fato é que o Brasil deixou de fazer os investimentos necessários. Nas décadas de 1980 e 1990, o aporte governamental em logística ficou ao redor de 0,2% do PIB ao ano – países como China e Tailândia mantiveram uma média anual de 3,4% do PIB. A falta de investimentos nesse período ainda cobra o seu preço dos exportadores brasileiros. Mas a percepção do mercado hoje – não obstante os obstáculos e desafios mapeados nas próximas páginas – é que, aos trancos e barrancos, 4 logística o Brasil chegou a um novo patamar. Na última década, as vendas externas nacionais de produtos agrícolas mais que triplicaram, e o segmento de mineração embarcou 330 milhões de toneladas em produtos em 2011, mais que duas vezes o total em 2000. 11,6% é a fatia do PIB brasileiro que os custos com transporte e logística representam Considerando apenas as vendas de soja, por exemplo, houve crescimento de 16 mil toneladas em 2001 para 33 milhões de toneladas em 2011, enquanto o comércio de minério de ferro chegou a 287 milhões de toneladas no ano, o maior volume da história. O fato é que portos, ferrovias e estradas brasileiras deram conta do significativo aumento da carga transportada e exportada na última década. “Uma coisa é certa: os portos brasileiros conseguiram escoar o que tinha de ser escoado para o exterior. Em nenhum momento, eles foram inibidores do crescimento do comércio externo brasileiro”, diz Mauro Salgado, diretor administrativo e comercial da Santos Brasil, a maior operadora de contêineres do país, com três terminais, em Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA). O caso do Porto de Santos é sintomático. A movimentação total de carga nos últimos 11 anos mais que dobrou, saltando de 43 milhões de toneladas em 2000 para 86 milhões de toneladas em 2011. Os especialistas ouvidos pela Análise Editorial apontam que a próxima década deve ser positiva. A percepção é que os programas de concessão que foram colocados em prática desde o início dos anos 1990 e os investimentos governamentais mais recentes sugerem um quadro em que o Brasil finalmente poderá “tirar o pé da lama”. www.analise.com STRINGER Brazil/Reuters Apoio Criança aguarda no Aeroporto de Guarulhos, estado de São Paulo: leilão do empreendimento, em 2012, arrematou 16,2 bilhões de reais A partir de agora, é possível atacar as deficiências da infraestrutura logística nacional de maneira mais focada, buscando resolver obstáculos pontuais que efetivamente resultarão em ganho de eficiência para os exportadores. Na próxima página estão listados quatro desses gargalos, segundo os especialistas consultados. Um dos exemplos em torno dos quais existe mais otimismo é o atual projeto de expansão das ferrovias do Brasil. A percepção dos operadores logísticos é que, sendo cumpridas as metas pelos projetos em curso e aqueles previstos até 2020, o Brasil terá uma malha ferroviária satisfatória, pela primeira vez, em três décadas. Leia mais na página 7. Outro passo foi a realização das primeiras licitações para concessão da www.analise.com operação dos aeroportos brasileiros à iniciativa privada no fim de 2011. O projeto começou com o aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, e passou para alguns dos maiores do país: Guarulhos e Campinas, no estado de São Paulo, e o aeroporto de Brasília. A partir de 2013, a expectativa é que outros locais sejam licitados. Leia mais na página 14. Edição especial Logística 2012 – Esta edição especial de ANÁLISE LOGÍSTICA 2012 faz uma análise pontual da situação dos cinco principais modais de transporte no Brasil e lista as principais obras em andamento em cada área. Uma tabela com a movimentação dos portos brasileiros pode ser consultada na página 10, assim como a ficha completa dos oito maiores portos e 14 maiores terminais por carga total, incluindo os principais produtos transportados e os pontos de acesso. Além disso, a edição apresenta o mapa das quatro mais relevantes hidrovias do país na página 13. As principais obras em curso nos aeroportos brasileiros podem ser consultadas na página 15, além de uma tabela com a movimentação de carga para importação e exportação, e uma descrição detalhada dos sete principais aeroportos que movimentaram mais de 10 mil toneladas em 2011. A análise das rodovias brasileiras e sua participação no sistema logístico nacional está na página 18, acompanhada do mapa dos principais sistemas rodoviários do país. Além das ferrovias, na página 22, e o mapa da malha dutoviária do Brasil. Boa leitura! 0 logística 5 Logística Enfrentando os gargalos A seguir, estão listados quatro gargalos logísticos e os exemplos práticos de como eles podem ser combatidos 1 desburocratizar os projetos privados E xiste uma série de entraves que reduzem o investimento privado no sistema logístico brasileiro. Um exemplo notório são os portos secos – áreas alfandegárias no interior do país para armazenamento com o objetivo de reduzir o acúmulo nos portos tradicionais. Os portos secos são simples áreas de armazenamento alfandegário, mas a legislação demanda que sejam realizadas licitações para a criação de novos locais pela Receita Federal. O Brasil possui cerca de 80 portos secos em funcionamento, três vezes menos que o necessário, segundo estimativa de especialistas. O decreto de 2008, que regulamentou as atividades dos terminais portuários privativos brasileiros – previstos na Lei dos Portos de 1993 – é outro exemplo. Na prática, a regulamentação determina que as companhias que operam os terminais privados não podem movimentar cargas de terceiros. Ou seja, não podem oferecer o serviço portuário, apenas movimentar suas próprias cargas. A norma reduz, drasticamente, o interesse do setor privado em participar de licitações e construir novos portos no país. 2 reformular normas desatualizadas O s exportadores e importadores brasileiros convivem com normas ultrapassadas, que reduzem a eficiência dos seus negócios. Entre os exemplos estão as regras de reserva de carga que ainda existem nos acordos bilaterais firmados com parceiros comerciais latino-americanos, como a Argentina, o Chile e o Uruguai. Na prática, isso significa que – excluindo minério de ferro, petróleo e trigo – qualquer carga que seja transportada entre esses países por via marítima precisa estar em um navio de bandeira 6 logística brasileira ou do país parceiro. Isso limita o uso eficiente de embarcações, já que navios estrangeiros, muitas vezes, navegam pela costa da América do Sul com porões vazios porque não podem transportar cargas da reserva. Além disso, esse subsídio indireto aos navios resulta na falta de incentivo para modernizar as frotas das companhias de navegação locais. Na terra, a regulamentação também dificulta a renovação das frotas. Segundo estimativas de especialistas no transporte rodoviário nacional, para que um caminhão esteja apto a circular por todo o Brasil, em conformidade com a legislação, são necessárias 11 licenças estaduais com exigências diferentes para sua emissão. 3 O eleger problemas pontuais para atacar sistema logístico nacional tem muitas deficiências, mas atacar alguns pontos-chave e acelerar algumas obras pontuais poderia trazer grandes benefícios em pouco tempo. O exemplo emblemático, nesse caso, é o transporte da soja brasileira, o terceiro produto mais exportado pelo país em 2011. Grande parte da soja produzida no Centro-Oeste brasileiro e em alguns estados nordestinos é conduzida em caminhões para a exportação via os portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR). O modelo resulta em altos custos de frete, maiores gastos com combustível e gera fila nos portos. Três projetos pontuais podem mudar drasticamente esse quadro. O mais adiantado deles é a pavimentação do trecho da BR-163 entre Cuiabá (MT) e o Porto de Santarém (PA). Com previsão de conclusão para 2015, a expectativa é que a via irá transportar 40% da produção de grãos do Centro-Oeste. A nova rota, no entanto, precisa de aportes adicionais para funcionar. O porto conta com um terminal em funcionamento e três em processo de licitação. Mas a previsão para os novos terminais entrarem em operação é 2025, dez anos após a conclusão da estrada. Por fim, o desassoreamento da hidrovia do Rio Madeira, que liga Porto Velho (RO) ao Porto de Itacoatiara, no Rio Amazonas, poderia reduzir ainda mais o custo do transporte de grãos de Mato Grosso para a saída pelo Norte do Brasil. Estimativas apontam que em 2011 foram transportados 8 milhões de toneladas em cargas pela hidrovia, valor que poderia chegar a 20 milhões de toneladas, caso a capacidade da hidrovia estivesse próxima do ideal. Até meados de 2012, o projeto de 2,7 bilhões de reais para o Rio Madeira e o Rio Tocantins, aprovado em março de 2010, não havia sido iniciado. 4 centralizar o planejamento A falta de integração e de planejamento conjunto dos órgãos oficiais que regulam e investem no sistema logístico é uma deficiência apontada de forma unânime por operadores privados de todos os modais e membros de governo. Em 2001, foi criado o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), com o objetivo de ser um fórum de integração das políticas dos ministérios dos Transportes, da Defesa, da Secretaria Especial de Portos, e das agências ANTT, Antaq, Anac, DNIT, Infraero, as companhias de Docas e as administrações hidroviárias. Em 11 anos, o conselho se reuniu apenas duas vezes, uma delas por determinação do Tribunal de Contas de União (TCU). Um exemplo prático da confusão é a administração das hidrovias brasileiras. Desde 2008, por meio de um convênio firmado pelo DNIT, todas estão vinculadas à Companhia Docas do Maranhão. Ou seja, os recursos a ser aportados na hidrovia do Rio Paraná, por exemplo, na Região Sul, passam primeiro pelo distante Maranhão. www.analise.com Apoio papel da Iniciativa privada As parcerias entre o governo e os operadores privados são o caminho para ampliar a infraestrutura logística www.analise.com outro indicativo de que o ganho de escala de concessionárias privadas com contratos a longo prazo privilegiam investimentos em negócios que gerariam prejuízo sob administração estatal. Mas nem tudo são flores. A espanhola OHL anunciou em abril de 2012 que vai vender as cinco concessões de rodovias federais que controla no Brasil para a também espanhola Abertis. A empresa foi a grande vencedora dos leilões de 2007, arrematando trechos da Fernão Dias e Régis Bittencourt, entre outros, mas enfrentou dificuldades para realizar os investimentos. Segundo analistas, os preços oferecidos pela empresa foram baixos demais para garantir remuneração adequada. A concessão à iniciativa privada também é a principal estratégia governamental para atacar os gargalos nos aeroportos. Por enquanto, a resposta foi bastante positiva. Os cincos leilões realizados até meados de 2012 arrecadaram 24,5 bilhões de reais com ágio médio acima de 300%. Por fim, especialistas ouvidos pela Análise Editorial defendem maior agilidade para a construção de novos terminais privativos nos portos brasileiros. De 2001 a 2011, apenas cinco concessões para terminais portuários privados foram emitidas. Está em tramitação no Congresso um projeto de lei que altera dispositivos da Lei dos Portos de 1993, permitindo que terminais de uso privativo misto movimentem cargas de terceiros, independente da quantidade de carga própria que a empresa opera no porto. O setor privado argumenta que a mudança tornaria os empreendimentos mais atrativos para investidores. Até o fechamento desta edição, o projeto estava em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. 0 Adriano Vizoni/Folhapress O avanço da infraestrutura logística nacional é complexo e as opiniões a respeito dos caminhos a serem tomadas são muitas. Mas o que é consenso entre todas as partes é que a expansão da malha brasileira nas próximas décadas depende de uma forte parceria entre o setor público e o privado, seja diretamente através da realização de PPPs ou em projetos complementares como a realização de licitações de concessão dos sistemas. O exemplo em pauta em meados de 2012 é o sistema ferroviário. Os investimentos oficiais podem chegar a 40 bilhões de reais para promover a expansão dos atuais 29 mil quilômetros para 40 mil quilômetros até 2020. Desde que foi concluída a privatização o setor registrou forte aumento de produtividade: a quantidade de carga transportada subiu de 253 milhões de toneladas em 1997 para 475 milhões de toneladas em 2011, um aumento de 88%. No setor rodoviário os estudos para promover uma nova rodada de concessão de estradas federais, no total de cerca de 9 mil quilômetros, estavam em estágio avançado em meados de 2012, no fechamento desta edição. O setor é um dos exemplos bem sucedidos de como a atuação privada possibilita a realização de projetos que seriam de realização extremamente complexa através de investimentos públicos. Um dos principais exemplos foi a construção da pista descente da Rodovia dos Imigrantes, ligando São Paulo a Santos. O projeto original do trajeto é de 1986, mas a iniciativa só saiu do papel a partir de 1998 quando o sistema Anchieta-Imigrantes foi concedido para a Ecovias. Foi elaborado um novo traçado e em 2002, mais de 15 anos após o projeto inicial, a pista foi entregue. Mais recentemente, a aquisição da operação de barcas entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói pela concessionária CCR – que já administra a Ponte Rio-Niterói e a rodovia Dutra ligando o Rio de Janeiro a São Paulo – é Fila de carros no pedágio do quilômetro 37 da Rodovia dos Bandeirantes, estado de São Paulo: o governo estuda realizar uma nova rodada de licitações para rodovias federais logística 7 Portos e Hidrovias sem estratégia para avançar A carga que passa pelos portos brasileiros duplicou em dez anos. Agora, o setor privado busca caminhos para continuar investindo divulgação/Agência Vale o Navio no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, Pará: 105 milhões de reais para expansão 8 logística s principais responsáveis pelo escoamento das exportações brasileiras, com mais de 90% da carga movimentada, os portos brasileiros duplicaram o volume transportado na última década. A carga movimentada passou de 435 milhões de toneladas, em 1999, para 890 milhões de toneladas, em 2011, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em 2011, os portos públicos do Brasil transportaram 309 milhões de toneladas, alta de 7% ante o ano anterior. Entre os maiores, o de Santos, em São Paulo, registrou 86 milhões de toneladas, seguido pelo terminal de Itaguaí, no Rio de Janeiro, com 58 milhões de toneladas, e Paranaguá, no Paraná, com 37 milhões de toneladas. A infraestrutura portuária nacional garantiu a ascensão do Brasil a uma posição de destaque como fornecedor global de commodities agrícolas e minerais, mas avançou de forma conturbada. Os especialistas consultados pela Análise Editorial apontam que entraves legais e de regulação, além da morosidade dos investimentos das companhias estatais de administração portuária, impediram que os portos avançassem em linha com o crescimento da demanda. Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, o Brasil aparece em 130º lugar em qualidade portuária em uma lista de 142 países, atrás de todos www.analise.com Apoio os membros do bloco conhecido como Brics (Rússia, Índia, China e África do crescimento da carga Sul) e dos vizinhos latino-americanos Evolução da carga total que passou pelos Argentina e Chile, por exemplo. portos brasileiros entre 1995 e 2011 O ponto central da questão, segundo os operadores privados, é que não exis886 te uma política clara de investimentos, 886 886 mi ton e a dezena de órgãos oficiais que regulam os portos e a navegação no país 761 761 não se entendem. Um dos principais pontos citados é a dificuldade para a 636 636 obtenção de autorização para construir e operar novos terminais privativos no 511 país, além de portos secos – entrepos- 511 tos alfandegários no interior que redu- 386 1995 2000 2005 2011 zem o tempo da carga nos portos. Terminais privativos – Os terminais de uso privado (TUPs) responderam pela movimentação de 577 milhões de toneladas em 2011, mais de 65% do total de carga que passou pelos portos nacionais. O maior terminal, o de Tubarão, no Espírito Santo, registrou carga total de 110 milhões de toneladas. Em seguida, destacam-se as operações de Ponta da Madeira e Almirante Barroso, que somaram 102 milhões de toneladas e 46,6 milhões de toneladas, respectivamente. As commodities dominam os TUPs, com mais de 90% do total da carga de 2011. Em meados de 2012, existiam 114 TUPs em operação no Brasil. Um projeto emblemático é o da Embraport, o maior terminal privativo multiuso do país, em construção no Porto de Santos. A concepção do empreendimento é do início dos anos 2000, mas atrasos na obtenção de licenças e dificuldades para estruturar o financiamento atrasaram a conclusão. A expectativa da atual controladora, a Odebrecht, é que a operação comece em 2013 e que o terminal esteja funcionando com capacidade total até 2020. Investimento nas hidrovias e navegação de cabotagem – A infraestrutura brasileira para transporte interno aquaviário (que inclui as hidrovias e a navegação de cabotagem) ensaia uma mudança com investimentos governamentais estimados em 5,1 bilhões de reais. O projeto do governo é dobrar a participação hidroviária e de cabotagem no transporte de carga, saltando de 13% para 25% até 2020. As metas mais agressivas são para as hidrovias. Hoje, dos 50 mil quilômetros navegáveis de rios no Brasil, apenas 26% são utilizados. Segundo a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), as hidrovias devem receber 2,7 bilhões de reais em 48 projetos que englobam a construção de 34 terminais e sete corredores. Se os planos derem certo, o país vai quase triplicar suas vias navegáveis, para 40 mil quilômetros, até 2020. Outra iniciativa importante é o Plano Geral de Outorgas Hidroviário (PGOH), previsto para ficar pronto ainda em 2012, que busca facilitar a atuação da iniciativa privada no modal. Destinado a mapear as possíveis novas hidrovias, o projeto pode abrir a possibilidade de pedágio nas vias, mas ainda não há posição do governo. 0 Projetos e obras de portos e hidrovias O quadro lista os principais projetos e obras de portos e hidrovias em andamento no Brasil Estado Investimento (em R$ mi) Responsável Previsão Status Modernização do trecho paulista da hidrovia, com dragagem de canais e outras obras SP 1.500 Governo do estado 2014 Em projeto Porto de Paranaguá Reforço da estrutura do cais e construção de dois berços de atracação PR 1.100 Appa 2014 Em projeto Porto de Santos Dragagem do canal de acesso e das bacias de evolução, com 15 metros de profundidade SP 177 SEP/Consórcio Draga Brasil 2011 Concluído Porto de Vila do Conde Ampliação do píer principal com a construção de dois berços e alargamento do berço 302 PA 105 Companhia Docas do Pará Porto do Rio de Janeiro Reforço estrutural do cais de Gamboa RJ 200 CDRJ Porto sem Papel Projeto para integrar bancos de dados com o objetivo de desburocratizar a estadia dos navios em 35 portos brasileiros Nacional 114 SEP/Serpro 2013 Em andamento Superporto do Açu Terminal portuário privativo de uso misto RJ 3.400 LLX 2013 Em andamento Superporto Sudeste Terminal portuário privativo de uso misto RJ 2.400 MMX 2013 Em andamento Terminal de múltiplo uso do Pecém Nova expansão do terminal de Pecém CE 609 Seinfra Terminal Marítimo da Ultrafértil de Santos Ampliação de pátios intermodais e construção de armazéns portuários SP 432 Obra Descrição Hidrovia Tietê-Paraná www.analise.com 2012 Em andamento 2014 Em projeto 2014 Licitado Vale Indefinida Em projeto logística 9 Portos e hidrovias Ports and riverways movimentação nos portos ports's Flow O quadro lista os principais portos brasileiros por volume de carga movimentada em 2011 e a variação em relação ao ano anterior The table lists the main Brazilian ports by total cargo transported in 2011 and the change in comparison with the previous year Por tipo de produto (1000 t) Navegação por porto By product type Estado Administração Carga total Variação Participação RK State Administration Total cargo (1000 t) Change 10/11 Share Navigation by port Sólidos Participação Líquidos Participação Carga geral Participação Longo curso Cabotagem Outros (1000 t) (1000 t) Solids Share Liquids Share Gen. cargo (1000 t) Share International Local Others Participação Share (%) 1 TUBARÃO ES Privada Private 110.143 +2% 12,4% 109.187 20,39% 956 0,46% - - 99 1 - 2 PONTA DA MADEIRA MA Privada Private 102.261 +6% 11,5% 102.261 19,08% - - - - 99 1 - 3 SANTOS SP Pública Public 85.995 +1% 9,7% 37.770 7,05% 12.793 6,22% 3.820 10,41% 89 11 - 4 ITAGUAÍ RJ Pública Public 58.131 +10% 6,6% 55.415 10,35% 0 - 243 0,66% 99 1 - 5 ALMTE. BARROSO SP Privada Private 49.695 +6% 5,6% - - 243 24,17% - - 18 82 - 6 ALM. MAX. FONSECA RJ Privada Private 38.784 (-2%) 4,4% - - 38.784 18,86% - - 54 46 - 7 MBR RJ Privada Private 37.526 (-1%) 4,2% 37.526 7,01% - - - - 100 - - 8 PARANAGUÁ PR Pública Public 37.419 +9% 4,2% 26.736 4,99% 2.447 1,19% 1.883 5,13% 94 6 - 9 PONTA DE UBU ES Privada Private 23.704 +3% 2,7% 23.598 4,41% 59 0,03% 46 0,13% 97 3 - 10 MADRE DE DEUS BA Privada Private 20.701 +2% 2,3% - - 20.701 10,07% - - 16 84 - 11 RIO GRANDE RS Pública Public 17.933 +10% 2,0% 8.125 1,52% 2.711 1,32% 887 2,42% 76 12 12 12 TROMBETAS PA Privada Private 17.893 +8% 2,0% 17.893 3,34% - - - - 36 64 - 13 VILA DO CONDE PA Pública Public 16.614 +0% 1,9% 13.602 2,54% 1.851 0,90% 664 1,81% 54 46 - 14 ITAQUI MA Pública Public 13.914 +11% 1,6% 6.732 1,26% 7.004 3,41% 158 0,43% 77 23 - 15 ALUMAR MA Privada Private 12.718 +39% 1,4% 11.826 2,21% 892 0,43% - - 28 72 - 16 ILHA D´ÁGUA RJ Privada Private 11.813 (-0%) 1,3% - - 11.813 5,75% - - 11 85 5 17 ALM. SOARES DUTRA RS Privada Private 11.241 (-1%) 1,3% - - 11.240 5,47% - - 58 41 1 18 SUAPE PE Pública Public 11.004 +22% 1,2% 756 0,14% 5.181 2,52% 144 0,39% 45 55 - 19 S.FRAN. DO SUL SC Pública Public 10.090 +6% 1,1% 5.369 1,00% 165 0,08% 2.366 6,45% 81 18 - 20 S.FRAN. DO SUL SC Privada Private 10.000 +10% 1,1% - - 10.000 4,86% - - 35 65 - 21 CVRD PRAIA MOLE ES Privada Private 9.590 (-9%) 1,1% 9.590 1,79% - - - - 99 1 - 22 PORTOCEL ES Privada Private 8.862 +9% 1,0% 136 0,03% - - 8.699 23,70% 67 33 - 23 VITÓRIA ES Pública Public 8.113 +24% 0,9% 2.467 0,46% 344 0,17% 1.839 5,01% 89 7 4 24 PRAIA MOLE ES Privada Private 7.780 +14% 0,9% 908 0,17% - - 6.872 18,72% 91 9 - 25 RIO DE JANEIRO RJ Pública Public 7.707 +11% 0,9% 1.346 0,25% 157 0,08% 1.449 3,95% 96 4 - 26 TERM. PORT. TKCSA RJ Privada Private 6.139 +358% 0,7% 3.105 0,58% - - 3.051 8,31% 98 2 - 27 MANAUS AM Privada Private 5.940 (-10%) 0,7% - - 5.940 2,89% - - 16 43 41 28 PORTONAVE SC Privada Private 5.726 +43% 0,6% - - - - - - 95 5 - 29 BIANCHINI RS Privada Private 5.602 (-8%) 0,6% 5.242 0,98% 607 0,30% - - 85 - 15 30 USIMINAS SP Privada Private 5.544 +19% 0,6% 4.881 0,91% 662 0,32% - - 59 41 - 31 MIN. E MET. AMAPÁ AP Privada Private 5.295 +29% 0,6% 5.295 0,99% - - - - 100 - - 32 ARATU BA Pública Public 5.188 (-8%) 0,6% 1.798 0,34% 3.390 1,65% 267 0,73% 67 32 1 33 HERMASA GRAN. AM Privada Private 4.694 +12% 0,5% 4.610 0,86% 84 0,04% - - 47 - 53 34 ITAJAÍ SC Pública Public 4.332 +19% 0,5% - - - - - - 96 4 - 35 FORTALEZA CE Pública Public 4.310 (-1%) 0,5% 1.198 0,22% 2.084 1,01% 312 0,85% 42 58 - 10 logística www.analise.com BILINGUAL CONTENT Apoio ENGLISH AND PORTUGUESE Navegação por porto Por tipo de produto (1000 t) By product type Estado Administração Carga total Variação Participação RK State Administration Total cargo (1000 t) Change 10/11 Share Navigation by port Sólidos Participação Líquidos Participação Carga geral Participação Longo curso Cabotagem Outros (1000 t) (1000 t) Solids Share Liquids Share Gen. cargo (1000 t) Share International Local Others Participação Share (%) 36 SUPER TERMINAIS AM Privada Private 4.086 +28% 0,5% - - - - - - 79 21 - 37 OMNIA PA Privada Private 3.877 +52% 0,4% 3.849 0,72% - - - - 3 91 6 38 PECÉM CE Privada Private 3.750 +5% 0,4% 811 0,15% 387 0,19% 564 1,54% 79 21 - 39 SALVADOR BA Pública Public 3.484 +1% 0,4% 409 0,08% 37 0,02% 264 0,72% 71 25 5 40 MACEIÓ AL Pública Public 3.306 +11% 0,4% 2.408 0,45% 940 0,46% 41 0,11% 78 22 - 41 BELÉM PA Pública Public 3.225 +1% 0,4% 713 0,13% 2.173 1,06% 119 0,32% 30 49 22 42 CARMÓPOLIS SE Privada Private 3.207 (-3%) 0,4% - - 3.207 1,56% - - 12 88 - 43 GUAMARÉ RN Privada Private 2.839 +14% 0,3% - - 2.838 1,38% - - 3 97 - 44 COTEGIPE BA Privada Private 2.752 +15% 0,3% 2.752 0,51% - - - - 66 34 - 45 YARA BRASIL FERT. RS Privada Private 2.745 +33% 0,3% 2.569 0,48% 148 0,07% - - 73 - 27 46 ULTRAFÉRTIL SP Privada Private 2.620 +25% 0,3% 2.308 0,43% 312 0,15% - - 93 7 - 47 AREIA BRANCA RN Pública Public 2.524 (-19%) 0,3% 2.524 0,47% - - - - 15 36 49 48 GREGÓRIO CURVO MS Privada Private 2.449 +55% 0,3% 2.449 0,46% - - - - 1 - 99 49 SANTAREM PA Pública Public 2.345 +1.433% 0,3% 2.062 0,39% 138 0,07% 92 0,25% 58 - 42 50 IMBITUBA SC Pública Public 2.312 +22% 0,3% 1.868 0,35% 113 0,05% 130 0,35% 92 8 - 51 ARACRUZ BA Privada Private 2.234 +30% 0,3% - - - - 2.234 6,09% 1 99 - 52 SOLIMÕES AM Privada Private 2.135 +2% 0,2% - - 2.135 1,04% - - - 3 97 53 PORTO VELHO RO Pública Public 2.094 (-13%) 0,2% 1.982 0,37% - - 111 0,30% - - 100 54 RECIFE PE Pública Public 1.999 +7% 0,2% 1.587 0,30% 22 0,01% 295 0,80% 85 9 6 55 CEVAL RS Privada Private 1.793 +65% 0,2% 1.569 0,29% 223 0,11% - - 95 - 5 56 CABEDELO RS Pública Public 1.755 +34% 0,2% 980 0,18% 742 0,36% 33 0,09% 61 39 - 57 T. MAR. L. FOGLIATTO RS Privada Private 1.635 +13% 0,2% 1.635 0,31% - - - - 88 1 10 58 CHIBATÃO AM Privada Private 1.616 +2% 0,2% - - - - - - 26 74 - 59 CATTALINI PR Privada Private 1.588 (-6%) 0,2% - - 1.588 0,77% - - 97 3 - 60 GRANEL QUÍMICA MS Privada Private 1.573 +50% 0,2% 1.572 0,29% - - - - 1 - 99 61 PORTO SOBRAMIL MS Privada Private 1.461 +15% 0,2% 1.461 0,27% - - - - 4 - 96 62 MACAPÁ AP Pública Public 1.334 +22% 0,2% 833 0,16% 474 0,23% 26 0,07% 50 9 41 63 MURUCUPI PA Privada Private 1.265 (-17%) 0,1% 692 0,13% 573 0,28% - - 100 - - 64 BERTOLINI BELÉM PA Privada Private 1.229 +3% 0,1% - - - - - - - - 100 65 ANTONINA PR Pública Public 1.208 +383% 0,1% 1.103 0,21% 13 0,01% 93 0,25% 95 5 - 66 MAR. DE BELMONTE BA Privada Private 1.040 +28% 0,1% - - - - - - - 100 - 67 IBEPAR MANAUS AM Privada Private 1.011 +3% 0,1% - - - - - - - - 100 68 J.F. OLIVEIRA BELÉM AM Privada Private 1.005 +53% 0,1% - - - - - - 39 1 60 • A categoria Outros no item Navegação por porto indica navegação fluvial e lacustre. No caso do porto de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, a categoria também inclui navegação para o Porto-Ilha, uma plataforma de armazenamento de sal situada a 13 km da costa The category Others in the Navigation by port item includes river and lake navigation. In the case of the Areia Branca port in Rio Grande do Norte, the category also includes navigation to the Island-Port, a platform, situated 13 km off the coast used for salt storage www.analise.com logística 11 Portos e hidrovias Ports and riverways Maiores terminais por carga Largest terminals by cargo Os quadros apresentam os 14 portos que representam individualmente 1% ou mais da carga total movimentada no Brasil em 2011 The tables show the 14 ports which individually represent 1% or more of the total cargo transported within Brazil in 2011 TERMINAL DE TUBARÃO TERMINAL PONTA UBU Porto Port: Vitória (ES) Porto Port: Anchieta (ES) Porto Port: Porto Alegre (RS) Administrador Administrator: Vale Administrador Administrator: Samarco Mineração Administrador Administrator: Petrobras • CARGA • CARGA • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 ALMIRANTE SOARES DUTRA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 110.143 mil toneladas (+2%) 23.704 mil toneladas (+3%) 11.241 mil toneladas (-1%) Principais produtos Main products: Minério de ferro Iron ore Principais produtos Main products: Minério de ferro Iron ore Principais produtos Main products: Petróleo e derivados Oil and derivatives PONTA DA MADEIRA MADRE DE DEUS PRAIA MOLE Porto Port: Itaqui (MA) Porto Port: Aratu (BA) Porto Port: Vitória (ES) Administrador Administrator: Vale Administrador Administrator: Petrobras • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 • CARGA Administrador Administrator: Vale, CST ArcelorMittal, Usiminas, Gerdau 102.261 mil toneladas (+6%) 20.701 mil toneladas (+2%) Principais produtos Main products: Minério de ferro Iron ore Principais produtos Main products: Petróleo e derivados Oil and derivatives ALMIRANTE BARROSO TERMINAL DO PORTO TROMBETAS MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 Porto Port: Belém (PA) Administrador Administrator: Petrobras Administrador Administrator: Mineração do Rio Grande do Norte MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 49.695 mil toneladas (+6%) Principais produtos Main products: Petróleo e derivados Oil and derivatives ALMIRANTE MAXIMIANO FONSECA • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED 1 17.893 mil toneladas (+ 8%) Principais produtos Main products: Bauxita Bauxite ALUMAR Porto Port: São Luís (MA) Administrador Administrator: Petrobras Administrador Administrator: Alcoa, BHP Billitoneladas e Rio Tinto Alcan MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 38.784 mil toneladas (-2%) Principais produtos Main products: Petróleo e derivados Oil and derivatives MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED 1 12.718 mil toneladas (+39%) Principais produtos Main products: Alumina, bauxita, carvão, coque, óleo combustível Alumina, bauxite, coal, coke, fuel oil MBR Porto Port: Itaguaí (RJ) Administrador Administrator: Vale • CARGA • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 37.526 mil toneladas (-1%) Principais produtos Main products: Minério de ferro Iron ore Principais produtos Main products: Carvão mineral, manganês, fertilizantes, enxofre e minério de ferro Coal, manganese, fertilizers, sulphur, iron ore PORTOCEL Porto Port: Vitória (ES) Administrador Administrator: Fibria, Cenibra • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 8.862 mil toneladas (+9%) Principais produtos Main products: Celulose, madeira Pulp, wood Porto Port: Angra dos Reis (RJ) • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 9.590 mil toneladas (-9%) Porto Port: São Sebastião (SP) • CARGA • CARGA ILHA D’ÁGUA Porto Port: Rio de Janeiro (RJ) TERMINAL SÃO FRANCISCO DO SUL Porto Port: São Francisco do Sul (SC) Administrador Administrator: Administração do Porto de São Francisco do Sul (APSFS) • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 10.000 mil toneladas (+10%) Principais produtos Main products: Soja e derivados, madeira, cerâmica, siderurgia, trigo, fertilizantes, máquinas e equipamentos Soybeans and derivatives, wood, ceramics, steel , wheat, fertilizers, machines and equipaments Administrador Administrator: Petrobras • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 11.813 mil toneladas Principais produtos Main products: Petróleo e derivados Oil and derivatives O valor entre parênteses indica a variação em relação ao ano anterior the value in parenthesis indicates change in relation to the former year 1 12 logística www.analise.com BILINGUAL CONTENT Apoio ENGLISH AND PORTUGUESE hidrovias Riverways Paraguai Porto Port Madeira Porto de Belém Porto de Manaus Tocantins-Araguaia São Luís MA PA Rio Madeira Cidade City Tietê-Paraná AM Rio Tocantins Rio Araguaia Madeira Tocantins-Araguaia PE Porto Velho BRASIL RO TO Rio das Mortes Palmas MT BA Paraguai Administrador Administrator: Administração das Hidrovias do Paraná (Ahrana) e Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo Rio Cuiabá Cuiabá Bacia Basin: Paraná Estados em que atua States reach: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás, Minas Gerais Brasília GO BOLÍVIA Extensão navegável Navigable length: 1.820 km Profundidade máxima Maximum depth: 3 metros Rio Paranaíba MG Paraná-Tietê Rio Grande MS Paraguai TIETÊ-PARANÁ Portos e terminais Ports and terminal: 41 Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 70 • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 5,7 mi toneladas (+ 24%) Rio Paraná SP Rio Ivaí PR Rio Tietê RJ São Paulo Rio Paranapanema Curitiba Argentina SC Principais produtos Main products: Soja em grãos e farelo, sorgo, milho, açúcar, areia, cascalho, pneus, máquinas, calcário, fertilizantes, sementes, trigo, carne, madeira, carvão, arroz, mandioca, algodão Soybeans and soy meal, sorghum, corn, sugar, sand, limestone, tires, machines, limestone, fertilizers, seed, wheat, meat, wood, coal, rice, manioc and cotton Conexões com portos marítimos Connections with sea ports: Paranaguá (PR), Santos (SP) Conexões com hidrovias de outros países Connections with riverways in other countries: Paraguai RS TOCANTINS-ARAGUAIA MADEIRA PARAGUAI Administrador Administrator: Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc) Administrador Administrator: Administração das Hidrovias do Paraguai (Ahipar) Administrador Administrator: Administração das Hidrovias do Tocantins - Araguaia (Ahitar) e Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (Ahimor) Bacia Basin: Amazônica Ocidental Estados em que atua States reach: Amazonas, Rondônia Bacia Basin: Paraguai Estados em que atua States reach: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul Bacia Basin: Tocantis-Araguaia Estados em que atua States reach: Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal Extensão navegável Navigable length: 1.270 km Profundidade máxima Maximum depth: 3 metros Extensão navegável Navigable length: 2.127 km Profundidade máxima Maximum depth: 2 metros Portos e terminais Ports and terminal: 7 Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 12 Portos e terminais Ports and terminal: 7 Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 12 6 mi toneladas (+77%) • CARGA • CARGA Principais produtos Main products : Soja, fertilizantes, milho, cimento, combustíveis, alimentos perecíveis e não perecíveis, contêineres, automóveis, cargas gerais Soybeans, fertilizers, fuel, perishable and 6 mi toneladas (+300%) 34,9 mi toneladas Principais produtos Main products : minério de ferro, manganês, trigo, malte e cevada, reatores e petróleo e derivados Iron ore, manganese, wheat, malt and barley, Principais produtos Main products : Soja em grãos e farelo, minério de ferro, milho, arroz, gado e madeira Soybeans and soymeal, iron ore, corn, rice, cattle reactors, oil and derivatives and wood Conexões com hidrovias de outros países Connections with riverways in other countries: Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai Conexões com hidrovias de outros países Connections with riverways in other countries: Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai Extensão navegável Navigable length: 1.056 km Profundidade máxima Maximum depth: 30 metros Portos e terminais Ports and terminal: 6 Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 1 • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 nonperishable foods, containers, cars, general cargo 1 O valor entre parênteses indica a variação em relação ao ano anterior The value in parenthesis indicates change in relation to the former year www.analise.com MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 logística 13 Diego Padgurschi/Folhapress aeroportos Reforma no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: infraestrutura da aviação civil vai receber aportes de 10 bilhões de reais até 2014 Preparação de olho na Copa Proximidade de grandes eventos mundiais impulsiona uma nova rodada de investimentos e as primeiras concessões de aeroportos O s aeroportos brasileiros vão receber quase dez bilhões de reais em investimentos até 2014, quando será realizada a Copa do Mundo no Brasil. Os recursos dizem respeito a aportes diretos do governo federal, somados aos investimentos realizados por grupos privados ganhadores de leilões de concessão em 14 logística 2012. Os projetos oficiais, em especial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), preveem 6,5 bilhões de reais. Entre 2003 e 2010, a média de aporte nos aeroportos brasileiros foi de 1,1 bilhão por ano, valor que vai triplicar nos próximos três anos. Além de aportes diretos, o governo apostou na mudança do modelo de exploração dos aeroportos em busca da iniciativa privada. A principal estratégia está nas concessões. As primeiras aconteceram em novembro de 2011, com a concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, vencida pelo Consórcio Inframérica (formado pela Engevix e a Corporación Argentina). O leilão teve ágio de 229%, com 170 milhões de reais para exploração de 25 anos. www.analise.com Apoio As concessões chegaram a alguns dos principais aeroportos brasileiros em 2012. Em fevereiro, foram realizados os leilões dos aeroportos em São Paulo, de Guarulhos e de Campinas, e Brasília. Juntos, concentram a movimentação de 30% dos passageiros nacionais, 57% da movimentação da carga e 19% das aeronaves do sistema aeroviário brasileiro. O vencedor do leilão para o aeroporto de Guarulhos foi o Consórcio Invepar (formado pelos fundos de pensão Previ, Funcef, Petros; a Construtora OAS e a sul-africana ACSA). O total pago foi de 16,1 bilhões de reais, ágio de 374%, para 20 anos. Viracopos, em Campinas, ficou com o Consórcio Aeroportos Brasil (formado pela Triunfo e a francesa Égis), com 3,8 bilhões de reais, 158% de ágio, para 30 anos. O aeroporto de Brasília ficou com o Consórcio Inframérica Aeroportos (da Infravix e da argentina Corporación América) por 4,5 bilhões de reais ou 673% acima do pedido pelo governo federal para 25 anos. No total, o governo conseguiu chegar a 24,5 bilhões de reais com os leilões. A Infraero terá participação de 49% nos projetos. Demanda não atendida – De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), terminais em 13 dos 25 maiores aeroportos brasileiros não conseguem atender à demanda atual de passageiros e do transporte de carga. O maior exemplo da delicada situação é o Aeroporto de Guarulhos, o maior do país. Durante o ano de 2011, ele operou 20% acima de sua capacidade, transportando 30 milhões de passageiros, quando o limite é de 25 milhões. Na prática, isso significou filas de passageiros e aviões, atrasos e uma série de problemas relacionados à falta de slots – horários de pousos e decolagens. Para desafogar o sistema, o governo prevê, além das concessões e ampliações dos principais aeroportos, a construção de terminais regionais, saltando dos atuais 130 para 210 até 2014. A meta é que nenhuma pessoa fique a mais de 100 quilômetros de distância de um voo regular. Transporte de carga – O transporte de carga aérea responde por 0,4% do total brasileiro. Em 2011, foram transportadas mais de 42 mil toneladas, alta de 13% ante 2010. Os principais produtos que passaram pelos terminais dos aeroportos foram eletroeletrônicos, peças automotivas e roupas. Em 2011, 179 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos brasileiros, aumento de 15% ante 2010, com a Região Metropolitana de São Paulo concentrando 31% desse total. 0 Projetos e obras de aeroportos O quadro lista os principais projetos e obras de aeroportos em andamento no Brasil Estado Investimento (em R$ mi) Responsável Concessão e expansão DF 4.500 Cons. Inframérica Aeroporto de Goiânia Construção do novo terminal de passageiros, do sistema viário interno e outras obras GO 285 Infraero 2015 Em projeto Aeroporto de São Gonçalo do Amarante Construção do terminal de passageiros RN 650 Cons. Infra-América 2014 Em projeto Aeroporto de Vitória Construção do novo terminal de cargas ES 55 Infraero 2013 Em projeto Aeroporto de Vitória Construção do novo terminal de passageiros, torre de controle e outras obras ES 322 Infraero 2014 Em projeto Aeroporto Internacional Afonso Pena/ Curitiba Ampliação do terminal de cargas PR 18 Infraero 2012 Em andamento Aeroporto Internacional de Florianópolis Construção do novo terminal de passageiros, pátio de aeronaves, estacionamento e acesso viário SC 294 Infraero 2014 Em andamento Aeroporto Internacional de São Paulo/ Guarulhos Construção do terminal de passageiros 3 SP 753 Infraero 2013 Em andamento Aeroporto Internacional de São Paulo/ Guarulhos Ampliação e revitalização do sistema de pistas e pátio SP 308 Infraero 2013 Em andamento Aeroporto Internacional de Viracopos/ Campinas Projetos, desapropriação e obras do novo terminal de passageiros e pátio SP 665 Infraero 2013 Em andamento Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/ Galeão Conclusão da reforma do terminal de passageiros 1 RJ 254 Infraero 2013 Em andamento Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/ Galeão Conclusão da reforma do terminal de passageiros 2 RJ 317 Infraero 2012 Em andamento Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/ Galeão Reforma e revitalização do terminal de cargas 1 RJ 23 Infraero 2013 Em andamento Aeroporto Internacional Salgado Filho/ Porto Alegre Reforma e ampliação do terminal de passageiros 1 RS 346 Infraero 2013 Aeroporto Internacional Salgado Filho/ Porto Alegre Construção do novo terminal de carga RS 137 Infraero 2012 Em andamento Obra Descrição Aeroporto de Brasília www.analise.com Previsão Status 2013 Em andamento logística Em licitação 15 Aeroportos Airports movimentação nos aeroportos airports's Flow O quadro lista os 34 aeroportos brasileiros que atuam em transporte de carga ranqueados pelo volume total movimentado em 2011 The table shows the 34 Brazilian airports that transport cargo ranked by the total amount of goods shipped in 2011 Pista Carga movimentada em 2011 (t) Runway Cargo transported in 2011 RK Cidade Estado Nome City State Name Carga total Total cargo Variação Change 09/10 Exportação Export Variação Change 09/10 Importação Import Variação Change 09/10 TAT médio Comprimento x largura Average TAT Length x width (min.) Pista 1 Pista 2 1 Campinas SP Viracopos 292.393 +10% 109.229 +14% 183.164 +8% 45 3.240 x 45 - 2 Guarulhos SP Gov. André Franco Montoro 276.475 +2% 135.225 +4% 141.249 +0,4% 40 3.700 x 45 3.000 x 45 3 Galeão RJ Antonio Carlos Jobim 87.876 +10% 41.114 +20% 46.762 +2% 60 4.000 x 45 3.180 x 47 4 Manaus AM Eduardo Gomes 57.639 (-23%) 4.707 (-16%) 52.932 (-24%) 120 2.700 x 45 - 5 Curitiba PR Afonso Pena 34.648 +6% 10.588 (-7%) 24.060 +13% 30 2.215 x 45 1.800 x 45 6 Confins MG Tancredo Neves 27.163 +42% 10.900 +60% 16.263 +31% 20 3.000 x 45 - 7 Porto Alegre RS Salgado Filho 17.683 (-13%) 7.630 (-1%) 10.054 (-20%) 40 2.280 x 42 - 8 Salvador BA Deputado Luís E. Magalhães 8.971 (-2%) 5.240 (-5%) 3.731 +3% 40 3.005 x 45 1.520 x 45 9 Goiânia GO Santa Genoveva 6.561 (-63%) 47 (-46%) 6.514 (-63%) 30 2.500 x 45 - 10 Recife PE Gilberto Freyre 6.515 +9% 4.102 +31% 2.413 (-16%) 30 3.300 x 45 - 11 Vitória ES Eurico de Aguiar Salles 5.778 +26% 49 (-26%) 5.730 +27% 30 1.750 x 45 - 12 Brasília DF Pres. Juscelino Kubitschek 4.545 +37% 620 +94% 3.924 +31% 50 3.200 x 45 3.300 x 45 13 Navegantes SC Ministro Victor Konder 4.364 +6% 9 +222% 4.355 +6% 30 1.701 x 45 - 14 Fortaleza CE Pinto Martins 3.973 (-17%) 2.781 (-18%) 1.193 (-13%) 30 2.545 x 45 - 15 Petrolina PE Senador Nilo Coelho 2.346 +18% 2.346 +18% - - 30 3.250 x 45 - 16 S. J. dos Campos SP Prof. Urbano Ernesto Stumpf 2.117 (-1%) 1.308 +21% 809 (-23%) 30 2.676 x 45 - 17 Joinville SC Lauro Carneiro de Loyola 1.814 (-1%) 9 +2% 1.805 (-1%) 20 1.640 x 45 - 18 Natal RN Augusto Severo 1.606 (-34%) 1.397 (-32%) 209 (-44%) 40 2.600 x 45 1.800 x 45 19 Belém PA Belém 1.036 +32% 747 +31% 288 +34% 30 2.800 x 45 1.830 x 45 20 Florianópolis SC Hercílio Luz 990 +13% 45 (-8%) 945 +14% 60 2.300 x 45 1.500 x 45 21 Teresina PI Senador Petrônio Portella 470 +15% - - 470 +15% 30 2.200 x 45 - 22 Boa Vista RR Boa Vista 413 +23% - - 413 +23% 40 2.700 x 45 - 23 São Luis MA Marechal Cunha Machado 328 +170% 17 +74% 311 +178% 30 2.385 x 45 1.525 x 41 24 Campo Grande MS Campo Grande 280 (-5%) 14 - 266 (-10%) 30 2.600 x 45 2.500 x 23 25 Cuiabá MT Marechal Rondon 258 +34% 5 +281% 254 +33% 30 2.300 x 45 - 26 Foz do Iguaçú PR Foz do Iguaçú 221 (-4%) 78 +158% 143 (-29%) 30 2.195 x 45 - 27 Maceió AL Zumbi dos Palmares 87 +130% 2 (-39%) 85 +147% 30 2.600 x 45 - 28 João Pessoa PB Castro Pinto 60 (-85%) - - 60 (-85%) 80 2.515 x 45 - 29 Macapá AP Macapá 29 +35% - - 29 +35% 40 2.100 x 45 - 30 Londrina PR Governador José Richa 24 (-83%) 1 +36% 23 (-84%) 30 2.100 x 45 - 31 Aracaju SE Santa Maria 2 +2% - - 2 +2% 30 2.200 x 45 - 32 Campos RJ Bartolomeu Lysandro - - - - - - 60 1.544 x 45 - 33 Corumbá MS Corumbá - - - - - - 60 1.500 x 45 - 34 Porto Velho RO Gov. Jorge Teixeira de Oliveira - - - - - - 30 2.400 x 45 - • Os aeroportos operam 24 hs por dia. As exceções estão listadas a seguir. Navegantes: 18 hs, Joinville: 17 hs, Campos: 17 hs e Corumbá: 15 hs. TAT: Turnaround Time é o tempo médio em que a aeronave permanece no solo para reabastecer e realizar outras atividades necessárias. Os TATs apresentados referem-se a voôs de passageiros. Os aeroportos que possuem TATs para aviões cargueiros são: Campinas: 180 min, Manaus: 180 min, Curitiba: 100 min, Porto Alegre: 60 min, Natal: 120 min, Petrolina: 120 min, Belém: 240 min, Cuiabá: 50 min. The airports operate 24 hours a day. The exceptions are as follow. Navegantes: 18 hs, Joinville: 17 hs, Campos: 17 hs, Corumbá: 15 hs. TAT:The turnaround time is the average amount of time the aircraft stays on the ground for refueling and other necessary activities,the TATs shown refers to passenger flights. The airports that have TATs for cargo planes are: Campinas: 180 min, Manaus: 180 min, Curitiba: 100 min, Porto Alegre: 60 min, Natal: 120 min , Petrolina: 120 min, Belém: 240 min, Cuiabá: 50 min. 16 logística www.analise.com BILINGUAL CONTENT Apoio ENGLISH AND PORTUGUESE principais aeroportos Major airports Os quadros apresentam os 7 aeroportos que movimentaram mais de 10 mil toneladas de carga no Brasil em 2011 The tables show the seven airports that transported over 10 thousand tons of cargo in Brazil in 2011 AFONSO PENA • ACESSOS Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 07/1974 Cidade/Estado City/State: São José dos Pinhais (PR) Carga movimentada Cargo transported: 34.648 mil ton Rodoviários Highway: Avenida Torquato Tapajós e Avenida do Turismo • ARMAZENAGEM STORAGE Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 12mil m² Número de armazéns Number of warehouses: 2 Volume câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 486 m3 • ACESSOS ACCESS Rodoviários Highway: BR-277, BR-376, Avenida das Torres e Avenida José Paulo Lepinske • PRODUTOS Products Principais produtos Main products: equipamentos para informática e para eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, produtos químicos, veículos e peças IT equipment and for electronic, machinery and equipments, chemicals and autos and parts • EMPRESAS Principais empresas Main companies: Absa, A Arrow, Cargolux, Cielos Del Peru, Florida West, Lan Cargo, Lufthansa, Tampa ANTONIO CARLOS JOBIM Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 12/1978 Cidade/Estado City/State: Galeão (RJ) Carga movimentada Cargo transported: 87.876 mil ton STORAGE Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 33,2 m² Número de armazéns Number of warehouses: 2 Volume câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 7.801 m3 Área carga viva Area for live cargo: 290 m² Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 99 m² • ACESSOS ACCESS Rodoviários Highway: Avenida Brasil, Linha Amarela, Linha Vermelha, Via Expressa e Washington Luís • PRODUTOS • PRODUTOS Products Principais produtos Main products: equipamentos para informática e para eletroeletrônicos IT equipment and for electronics • EMPRESAS Companies Principais empresas Main companies: Absa, Air Cargo, Amazonaves, Amerijet, Atlas, Azul, Centurion, Lufthansa, Gol, Rio, Tam Cargo, Tampa Cargo, Total, Trip GOVernador ANDRÉ FRANCO MONTORO Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 08/1986 Cidade/Estado City/State: Guarulhos (SP) Carga movimentada Cargo transported: 276.,4 mil ton • ARMAZENAGEM Companies • ARMAZENAGEM ACCESS Products Principais produtos Main products: frutas, pescados, produtos químicos e farmacêuticos, têxteis, veículos e peças Fruit, fish, chemicals and pharmaceuticals, textiles STORAGE Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 92,5 m² Número de armazéns Number of warehouses: 8 Volume da câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 7.717 m3 Área carga viva Area for live cargo: 55m² Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 1.584m² • ACESSOS ACCESS Rodoviários Highway: Ayrton Senna e Presidente Dutra • PRODUTOS Products Principais produtos Main products: eletroeletrônicos, frutas, produtos químicos e farmacêuticos, têxteis, veículos e peças Electronics, fruit, chemicals and pharmaceuticals, textiles, autos and parts • EMPRESAS Companies Principais empresas Main companies: Absa, AeroMéxico, Air France, American Airlines, Iberia, KLM, Lan Chile, Tam Cargo, Tap, United Airlines SALGADO FILHO Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 10/1974 Cidade/Estado City/State: Porto Alegre (RS) Carga movimentada Cargo transported: 17.683 mil ton and autos and parts • ARMAZENAGEM • EMPRESAS Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 6.846m² Número de armazéns Number of warehouses: 3 Área carga ao ar livre Outdoor cargo area: 900 m² Volume câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 186 m3 Área carga viva Area for live cargo: 20 m² Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 59 m² Companies Principais empresas Main companies: Absa, American Airlines, Delta, Ibéria, Tam Cargo, Tap EDUARDO GOMES Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 03/1976 Cidade/Estado City/State: Manaus (AM) Carga movimentada Cargo transported: 57.639 mil ton • ARMAZENAGEM STORAGE Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 42 m² Número de armazéns Number of warehouses: 3 Volume câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 2.173 m3 Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 27 m² www.analise.com • ACESSOS STORAGE ACCESS Rodoviários Highway: Avenida Castelo Branco, Avenida dos Estados, Avenida Farrapos, Sertório • PRODUTOS Products Principais produtos Main products: equipamentos para informática, máquinas e equipamentos IT equipment, • EMPRESAS Companies Principais empresas Main companies: Aerolineas Argentinas, Avianca, Azul, Bringer, Copa, Gol, Lan Chile, NHT, Passaredo, Pluna, Taca, Tam Cargo, Tap, Total, Trip, Webjet TANCREDO NEVES Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 10/1984 Cidade/Estado City/State: Confins (MG) Carga movimentada Cargo transported: 27.163 mil ton • ARMAZENAGEM STORAGE Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 9.144 m² Número de armazéns Number of warehouses: 5 Volume câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 1.050 m3 Área carga viva Area for live cargo: 225 m² Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 40 m² • ACESSOS ACCESS Rodoviários Highway: MG-010 e MG-424 • PRODUTOS Products Principais produtos Main products: equipamentos para informática e para eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, produtos farmacêuticos, veículos e peças IT equipment and for electronics, machinery and equipments, pharmaceuticals, autos and parts • EMPRESAS Companies Principais empresas Main companies: American Airlines, Avianca, Azul, Copa Airlines, Gol, Pluna, Tam Cargo, Tap, Trip VIRACOPOS Administrador Administrator: Infraero Início de operação Start of operation: 01/1978 Cidade/Estado City/State: Campinas (SP) Carga movimentada Cargo transported: 292.393 mil ton • ARMAZENAGEM STORAGE Área do terminal de logística Area of logistics terminal: 77.424 m² Número de armazéns Number of warehouses: 4 Volume câmara frigorífica Volume of cold storage chamber: 11,5 mil m3 Área carga viva Area for live cargo: 1.671 m² Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 874 m² • ACESSOS ACCESS Rodoviários Highway: Anhanguera, Bandeirantes e Santos Dumont • PRODUTOS Products Principais produtos Main products: equipamentos para informática e para eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, produtos farmacêuticos, veículos e peças IT equipments and electronics, machinery and equipments, pharmaceuticals, autos and parts • EMPRESAS Companies Principais empresas Main companies: Absa, Air, Atlas, Cargo Lux, Cargo Lux Itália, Centurion, Emirates, Fedex, Florida West, Lan Cargo, Lan Colombia, Lufthansa, Martinair, Masair, Tampa, UPS machinery and equipments logística 17 RODOVIAS plano para USar menos e melhor Governo quer diminuir a participação das rodovias ao mesmo tempo em que investe em reformas para melhorar a malha A mas logísticos de alto padrão geridos pela iniciativa privada, como a Rodovia Anhanguera e a Castelo Branco, apontadas como as melhores do país, em 2011, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). No plano geral, dados da CNT dão conta que quase Paulo Whitaker/Reuters malha rodoviária nacional responde pela maior fatia de tudo o que é transportado no Brasil: 61%. E, no geral, a qualidade da malha é considerada baixa. As exceções ficam por conta de siste- Caminhões carregados de soja na BR-277, em Curitiba: o segmento rodoviário vai receber 50,4 bilhões de reais em investimentos do governo federal no âmbito do programa PAC 2 18 logística metade das estradas brasileiras é considerada regular ou ruim, e 9% estão em estado péssimo, com problemas de sinalização, pavimentação ou na geometria da via – fatores que resultam em maior gasto com combustível e na manutenção de veículos. Para mudar esse quadro, o governo federal pretende agir em duas frentes. Primeiro, na melhoria da qualidade da malha existente e construção de rodovias em áreas às quais o asfalto ainda não chegou. Paralelamente, busca diminuir a dependência da malha logística das rodovias, em uma estratégia de diversificação. A participação de 61% das rodovias no transporte de carga no Brasil está estável desde a década de 1960, e é um dos índices mais altos do mundo, mesmo na comparação com países que também possuem extensão continental. Nos Estados Unidos, por exemplo, a participação das estradas representa 26% da carga transportada; na Austrália, 24%. As movimentações, que podem parecer contraditórias, em um primeiro momento, justificam-se por dois pontos. Historicamente, as rodovias são a principal maneira de escoamento de produtos no Brasil. Por isso, mesmo com o crescimento das outras opções logísticas, elas vão continuar a desempenhar um papel extremamente relevante. Aumentar a qualidade é, portanto, fundamental para reduzir custos e facilitar o escoamento da produção. Por outro lado, há interesse em desenvolver alternativas que, em méwww.analise.com Apoio dio e longo prazos, possam oferecer custos menores e melhores soluções logísticas. É por isso que, segundo projeção do Ministério dos Transportes, serão investidos 150 bilhões de reais até 2025 nos setores ferroviários e aquaviários com esse objetivo. Na outra ponta, as rodovias vão receber o equivalente a um terço desse montante no mesmo período. A meta é reduzir para 30% a fatia das estradas no transporte de carga brasileiro. Investimento oficial – Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o governo pretende investir 50,4 bilhões de reais na renovação de 55 mil quilômetros de rodovias, e na criação de 8 mil quilômetros de novas estradas. A maior parte do valor, 48,4 bilhões de reais, será empregada em obras de infraestrutura nas regiões do Brasil que receberão turistas na Copa do Mundo de 2014. Para o Nordeste, o órgão destinou 1,7 bilhão de reais para a duplicação dos 248,5 quilômetros da BR-101, no Alagoas. A via é um dos principais caminhos de escoamento da região. O trecho Norte-Sul e a BR-364 também vão receber 1 bilhão de reais do PAC 2. As travessias de Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Ponte Abunã, dentre outras, também vão passar por reformas e obras de modernização. As QUALIDADE DA MALHA O quadro mostra a condição das estradas do Brasil segundo sua administração 15 mil KM de rodovias privadas 212 mil KM de rodovias públicas Ótimo ou bom Regular ou ruim 85% Regular ou ruim 15% Ótimo ou bom 66% 34% melhorias vão facilitar o embarque de cargas para os terminais de Porto Velho e Itacoatiara, no Amazonas. A principal rodovia para exportação de soja das regiões Centro-Oeste e Sul, a BR-163 vai receber incentivos da ordem de 1,4 bilhão de reais. Mais de 1,5 mil quilômetros de vias serão pavimentadas entre Santarém (PA) e Guarantã do Norte (MT). No Sul, o governo também planeja construir uma ponte na BR-116 para interligar a fronteira brasileira com o Uruguai, facilitando o comércio entre os países vizinhos. Os investimentos são estimados em 3,4 bilhões de reais. Política de concessões – A principal estratégia do governo brasileiro para envolver o setor privado no setor são os programas de concessão iniciados em meados da década de 1990. Em 2012, o Brasil possui mais de 15 mil quilômetros concedidos de rodovias, o que representa 7,2% da malha rodoviária nacional pavimentada. Na avaliação feita pela CNT, em 2011, 85% delas estavam em ótimo ou bom estado, valor muito maior que o das estradas públicas, que foi de 34%. Está em estudo, pelo governo, nova rodada de leilões que, até 2014, daria a concessão de até 9 mil quilômetros de vias, em especial no Nordeste. Até junho de 2012, contudo, o plano oficial não havia sido divulgado. Para ir além das rodovias com possibilidade de lucro, o governo criou, em 2004, parcerias públicos-privadas (PPPs) para viabilizar rodovias de baixo retorno financeiro. O primeiro contrato de concessão de PPP foi fechado em 2007, para 372 quilômetros da MG-050, que liga o sudoeste de Minas Gerais ao noroeste de São Paulo. Até junho de 2012, esta era a única PPP para rodovias em vigor no Brasil. Existe a expectativa de lançamento de um novo projeto de parceria com maiores atrativos para o capital privado. Uma das opções cogitadas pelo governo é a de subsidiar diretamente a gestão de rodovias que não contam com grande tráfego e, portanto, não são propícias para a instalação de pedágios. 0 Projetos e obras rodoviárias O quadro lista os principais projetos e obras rodoviárias em andamento no Brasil Estado Investimento (em R$ mi) Responsável Previsão Status Construção do arco rodoviário do Rio de Janeiro (trecho da BR-493, com 97 km) RJ 1.239 DNIT 2014 Em andamento BR-101 Duplicação de trecho entre Palhoça e a divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul, com 249 km SC 2.242 DNIT 2015 Em andamento BR-101 Duplicação e modernização do trecho divisa PB/ PE-Palmares-divisa PE/AL, com 199 km PE 1.285 DNIT 2014 Em andamento BR-163 Pavimentação do trecho Guarantã do Norte (MT) e Santarém (PA), com 1.000 km PA - MT 1.513 DNIT/Exército 2013 Em andamento BR-365 Duplicação de trecho da BR-153, na altura do “Trevão” em Uberlândia, com 95 km MG 382 DNIT 2013 Em andamento Corredor Dom Pedro I Ampliação e melhoria (cinco rodovias, via perimetral de Itatiba) SP 1.233 Rota das Bandeiras 2015 Em andamento Duplicação da BR-222 Duplicação do trecho entre os municípios de Caucaia (km 11) e Pecém (km 35) CE 76 DNIT 2012 Em andamento Rodoanel (Trecho Leste) Construção de 42,3 km do trecho leste, que liga o Porto de Santos ao Aeroporto de Cumbica SP 4.000 SPMar 2014 Em andamento Obra Descrição Arco rodoviário (trecho BR-493) www.analise.com logística 19 Rodovias Highways Porto de Belém Porto de Fortaleza MA Marabá CE PA RN Porto de Natal PB PI PE Porto de Cabedelo Porto de Suape AL SE Porto de Maceió Porto Barra dos Coqueiros TO BA MT Porto de Salvador Vitória da Conquista Brasília GO MG ES São Mateus Belo Horizonte MS Porto de Vitória SP RJ Ourinhos São Paulo PR Porto do Rio de Janeiro Porto de Itaguaí Porto de Angra dos Reis Porto de Santos Porto de Paranaguá SC MG Porto de Itajaí Porto de Imbituba RS RJ SP Campinas Rio de Janeiro Porto de Porto Alegre São Paulo Aceguá Jaguarão Estreito Cubatão Guarujá Porto de Santos 20 BR 101 Belém-Brasília BR 153 Anchieta-Imigrantes BR 116 Via Dutra Conexão com outra ferrovia Connection with other railway Fernão Dias Anhangera-Bandeirantes Cidade City logística Conexão com porto Connection with port www.analise.com BILINGUAL CONTENT Apoio ENGLISH AND PORTUGUESE principais sistemas rodoviÁRIos Major Road Systems Os quadros apresentam as 8 principais rodovias do Brasil, que somadas percorrem mais de 16 mil km do país The table shows the eight main expressways of Brazil, which together total more than 16 thousand km ANCHIETA-IMIGRANTES BR-101 BELÉM-BRASÍLIA Administrador Administrator: Ecovias dos Imigrantes Extensão total Total length: 56 km (Anchieta), 59 km (Imigrantes) Extensão sob concessão privada Length under private administration: 56 km (Anchieta), 59 km (Imigrantes) Pedagiada Toll highway: Sim Yes Administrador Administrator: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Autopista Fluminense, Concessionária Ponte S.A, EcoRodovias Extensão total Total length: 4.551 km Extensão sob concessão privada Length under private administration: 808 km Pedagiada Toll highway: Sim Yes Administrador Administrator: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Extensão total Total length: 1.954 km Pedagiada Toll highway: Não No • INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • O sistema liga a cidade de São Paulo, maior centro produtor do Brasil, ao porto de Santos (SP). The system links the city of São Paulo, largest production center of Brazil to the port of Santos (SP). INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • Percorre grande parte do litoral brasileiro, passando por 12 estados e 12 portos. Spans most of the Brazilian coast line, covering 12 states and 15 ports. • O transporte inclui produtos agrícolas da região Centro-Oeste e do interior do estado de São Paulo. Além de produtos industrializados produzidos na cidade de São Paulo. The transport includes agricultural products • Possui trecho concessionado em 2008 no estado do Rio de Janeiro, entre a capital do estado e a divisa com o Espírito Santo, incluindo a Ponte Rio-Niterói. Has a from the midwest region and the interior of São Paulo state. In addition to the industrialized products from São Paulo city. stretch under concession since 2008 in Rio de Janeiro state, between the state’s capital and the border with Espírito Santo, including the Rio-Niterói bridge. • O sistema foi ranqueado em 12º entre as rodovias brasileiras em pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de 2011. The system was ranked 12th • A condição de asfalto da rodovia é boa, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de 2011. The condition of the asphalt of the roadway in the Brazilian roadway survey carried out in 2011 by the National Transport Confederation (Confederação Nacional do Transporte - CNT). Conexões com portos Connections with ports: Santos (SP) VIA DUTRA Administrador Administrator: Concessionária da Rodovia Presidente Dutra (NovaDutra) Extensão total Total length: 402 km Extensão sob concessão privada Length under private administration: 402 km Pedagiada Toll highway: Sim Yes INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • A rodovia inclui a parcela da BR-116 entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, ligando os dois maiores centros comerciais do Brasil. This highway includes the stretch of BR-116 between the cities of São Paulo and Rio de Janeiro, linking the two largest commercial centers of Brazil. ANHANGUERA-BANDEIRANTES Administrador Administrator: AutoBan Extensão total Total length: 147 km (Anhanguera), 160 km (Bandeirantes) Extensão sob concessão privada Length under private administration: 147 km (Anhanguera), 160 km (Bandeirantes) Pedagiada Toll highway: Sim Yes INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • O sistema liga o interior do estado à cidade de São Paulo, transportando, principalmente, produtos agrícolas até a capital para consumo ou para transporte posterior ao porto de Santos (SP). This system links the interior of the state to the city of São Paulo, transporting mostly agricultural products to the capital for consumption or for transport to the port of Santos (SP). • A rodovia Bandeirantes, no trecho que liga as cidades de São Paulo e Limeira, foi a segunda melhor do Brasil segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT) de 2011. The Bandeirantes expressway, in the stretch that is good according to the 2011 survey of the National Transport Confederation (Confederação Nacional do Transporte - CNT). • Em janeiro de 2012, um trecho de 475 km, que liga o Espírito Santo à Bahia, passou a ser administrado pela EcoRodovias. No entanto, por falta de quórum suficiente na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a assinatura do contrato de concessão ainda não foi efetivada. In January 2012, a 475-km stretch connecting Espirito Santo to Bahia began to be managed by EcoRodovias; however, due to an insufficient quorum at the National Land Transport Agency (ANTT), the concession agreement has not yet been executed. Conexões com portos Connections with ports: Natal (RN), Suape (PE), Salvador (BA), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) BR-116 Administrador Administrator: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Autopista Régis Bittencourt, Autopista Planalto Sul, Concessionária Rio-Teresópolis (CRT) Extensão total Total length: 4.561 km Extensão sob concessão privada Length under private administration: 957 km Pedagiada Toll highway: Sim Yes INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • Em fevereiro de 2008, dois trechos da rodovia foram concessionados à iniciativa privada. O trecho de 402 km, de São Paulo (SP) e Curitiba (PR), é administrado pela Autopista Régis Bittencourt; e o trecho de Curitiba (PR) até a divisa com o estado do Rio Grande do Sul (RS), de 413 km, é administrado pela Autopista Planalto Sul. In February 2008, the concession of two stretches of the INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • Rodovia relevante para o transporte de eletroeletrônicos produzidos na Zona Franca de Manaus (AM) e carga proveniente do porto de Belém (PA) para os consumidores do Sudeste e Sul do Brasil. Após chegar a Brasília (DF), os produtos seguem por outras rodovias, que vão para o sul. This highway is important for the transport of electrical and eletronic products manufactured in the Manaus Free Trade Zone and the cargo deriving from the port of Belém (Pará state) for consumers in the southeast and the south regions of Brazil. After reaching Brasília (Federal District), the products are forwarded to the roadways to be sent south. Conexões com portos Connections with ports: Belém (PA) BR-153 Administrador Administrator: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Transbrasiliana Concessionária de Rodovias Extensão total Total length: 3.565 km Extensão sob concessão privada Length under private administration: 322 km Pedagiada Toll highway: Sim Yes INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • A companhia BRVias venceu, no início de 2008, o processo de concessão para administrar o trecho da rodovia localizado dentro do estado de São Paulo. O trecho conta com quatro praças de pedágio. BRVias won, at the beginning of 2008, the concession to manage the stretch located within the state of São Paulo. The stretch will have four toll booth complexes. FERNÃO DIAS Administrador Administrator: Autopista Fernão Dias (OHL Brasil) Extensão total Total length: 562 km Extensão sob concessão privada Length under private administration: 562 km Pedagiada Toll highway: Sim Yes INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION • A companhia OHL Brasil venceu, no início de 2008, o processo de concessão para administrar, por intermédio da empresa Autopista Fernão Dias, o trecho da rodovia localizado entre as cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG). O trecho conta com oito praças de pedágio. OHL Brasil won, at the beginning of roadway were granted to private initiative. The 402 km stretch from São Paulo (São Paulo state) to Curitiba (Paraná state) will be managed by Autopista Régis Bittencourt and the Curitiba (Paraná state) stretch up to the border of Rio Grande do Sul state, spanning 413 km, will be managed by Autopista Planalto Sul. 2008, the concession to manage, through Autopista Fernão Dias, the stretch located within the state of São Paulo and Belo Horizonte. The stretch have eight toll booth complexes. Conexões com portos Connections with ports: Fortaleza (CE) ranked 21th in the Brazilian roadway survey made by the National Transport Confederation (Confederação Nacional do Transporte - CNT). • Em 2011, a rodovia foi ranqueada em 21º entre as estradas brasileiras em pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT). In 2011, the system was links the cities São Paulo and Limeira, was considered the second best in Brazil in a 2011 survey of the National Transport Confederation (Confederação Nacional do Transporte - CNT). www.analise.com logística 21 ferrovias uma nova onda de investimentos Forte desempenho das linhas privadas garante ganho de produtividade; investimentos do governo podem reativar o setor D epois de décadas andando de lado, o setor ferroviário brasileiro parece próximo de dar um salto de qualidade. As bases desse movimento foram estabelecidas nas privatizações do fim da década de 1990, que garantiram melhora de qualidade e maior produtividade em várias das linhas operadas por empresas privadas. Agora, essa movimentação ganha força por conta da série de investimentos e projetos governamentais para garantir a expansão da malha que, de acordo com o planejamento divulgado pelo Ministério dos Transportes em 2011, deve sair dos atuais 29 mil quilômetros para chegar aos 40 mil quilômetros até 2020. Entre as principais obras estão as grandes ligações Norte-Sul e LesteOeste, e a conclusão da Transnordestina para escoar a produção mineral da Região Nordeste para os portos. Além disso, existem importantes iniciativas menores como a Ferrovia do Frango, ligando Chapecó ao Porto de Itajaí, em Santa Catarina, para o transporte de aves. As obras planejadas devem consumir mais de 40 bilhões de reais. E, combinadas com o modelo de concessão, são apontadas por especialistas como um passo acertado para mudar o cenário do transporte ferroviário. A penetração das ferrovias no Brasil é pequena, especialmente se comparada à de outros países de proporções continentais. Os Estados Unidos têm a maior malha ferroviária do mundo, com 225 mil quilômetros, de acordo com dados da CIA, seguido da Rússia, com 87 mil quilômetros, e China, com 86 mil quilômetros. Nesta lista, o Brasil é o décimo colocado. Ao se analisar a penetração ferroviária em porcentagem do território, o Brasil passar a ser o 112º país no ranking, atrás de Belarus, Cuba e Ucrânia. Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) dão conta que apenas 20% da produção do país é transportada pelas estradas de ferro. E a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) aponta que das 475 milhões de toneladas transportadas em 2011, quase 77% eram compostas de minério de ferro e Projetos e obras ferroviárias O quadro lista os principais projetos e obras ferroviárias em andamento no Brasil Estado Investimento (em R$ mi) Responsável Previsão Status SP 2.000 União/Governo do Estado/MRS 2014 Em andamento GO - MT - RO 80 Valec 2015 Em andamento GO - SP 2.900 Valec 2014 Em andamento Construção de 1.022 km de ferrovia em bitola larga ligando Ilhéus a Barreiras BA 5.300 Valec 2015 Em andamento Ferrovia Carajás Ampliação de 100 km da serra sul de Carajás, com 605 km de trilhos duplicados PA - MA 4.460 Vale/Odebrecht 2015 Em andamento Ferronorte Construção de 260 km de ferrovia entre Cuiabá e Rondonópolis MT 780 Ferronorte 2012 Atrasado Nova Ferrovia Transnordestina Construção de 1.728 km para interligar Piauí, Ceará, e Pernambuco aos portos de Pecém e Suape CE - PE - PI 5.420 TLSA 2013 Em andamento Obra Descrição Ferroanel de São Paulo Construção de 211 km para interligar ferrovias que cortam a Região Metropolitana de SP Ferrovia Centro-Oeste Construção de ferrovias entre Campinorte (GO), Lucas do Rio Verde (MT) e Vilhena (RO) Ferrovia Norte-Sul Construção de ferrovias em bitola larga entre Ouro Verde (GO) e Estrela d'Oeste (SP), com 680 km Ferrovia Oeste-Leste 22 logística www.analise.com Apoio Política de investimentos – A principal estratégia do governo para as ferrovias está na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento. O PAC 2 pretende construir mais de 3,4 mil quilômetros de ferrovias. Entre os principais projetos está a nova Transnordestina, ligando o Piauí aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), com investimentos de 5,4 bilhões de reais; a Ferrovia Oeste-Leste, ligando Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO) por 5,3 bilhões de reais, a Ferrovia Carajás, que liga São Luís (MA) a Carajás (PA) por 4,5 bilhões de reais e os 1,3 mil quilômetros da Ferrovia NorteSul, que vai ligar Belém (PA) a Porto Murtinho (MS) e com aportes de 2,9 bilhões de reais. Além dessas ferrovias de carga, o projeto contempla também a implantação de um trem de alta velocidade para passageiros entre o Rio de Janeiro a São Paulo, passando por Campinas. Com investimentos estimados em 34,6 bilhões de reais, o projeto está congelado desde julho de 2011 por conta do fracasso do leilão. As empresas interessadas desistiram do certame alegando altos riscos no negócio, o baixo retorno do investimento e pouca participação do governo, além de reclamarem do viés político e das alterações de regras do projeto. Um edital e um novo leilão do trem-bala estão previstos para acontecer apenas em 2013. Se o plano atual for respeitado, o governo prevê que as obras devem começar apenas em 2014. Com objetivo de aproveitar o interesse renovado do governo pelas ferrovias, o setor pede extensão dos benefícios fiscais concedidos para produtos como têxteis e eletroeletrônicos para aumentar as atuais 3 mil www.analise.com Samuel Vieira/Folhapress carvão mineral, e os 13% restantes de produtos agrícolas. O setor pode avançar ainda mais com o novo marco regulatório do governo. Criada em julho de 2011, a medida define com clareza os deveres das concessionárias e cria o papel do usuário investidor. Esse usuário poderá comprar capacidade de carga, trens e vagões para transportar seus produtos, pagando o direito de passagem à concessionária. Estrada de ferro operada pela Vale no Espírito Santo: plano de expansão ferroviário nacional pretende aumentar malha em mais de 30% para 40 mil quilômetros até 2020 locomotivas em operação para 6 mil, e dobrar o número de vagões para 200 mil até 2020. A demanda pela isenção fiscal também pode ser colocada como um paliativo à valorização do real, que prejudica o setor. Em 2011, os fabricantes de equipamentos ferroviários viram suas exportações caírem 43%, o que significou uma perda de receita de 341 milhões de dólares para o Brasil. A Malha pelo mundo O quadro mostra a extensão da malha ferroviária de cada país em mil quilômetros EStados unidos 225 Rússia China 87 86 Índia 64 Canadá 46 Brasil 30 O papel da iniciativa privada – As ferrovias mais eficientes do país são, hoje, operadas em regime de concessão à iniciativa privada. Dados da ANTF indicam que as concessões são as principais responsáveis pelo aumento de 20,1 bilhões de tonelagem por quilômetro útil em 1996 para 39,4 bilhões em 2011. Desde 1997, as concessionárias investiram 28,6 bilhões de reais nas malhas concedidas, enquanto a União aportou 1,4 bilhão de reais. A Vale é a principal empresa privada a utilizar ferrovias para escoar sua produção. Atualmente, a mineradora opera 10 mil quilômetros de trilhos no Brasil. Além dela, a MRS também ganhou destaque pela gestão das ferrovias adquiridas do governo em 1996. Responsável pelas linhas que ligam o Rio de Janeiro a São Paulo e Belo Horizonte, e pela ferrovia do aço, também na Região Sudeste, a empresa realizou, em 2010, investimentos de 130 milhões de reais para aumentar a capacidade de transporte da malha que administra. 0 logística 23 ferrovias Railways Porto Itaqui São Luis PI MA PA Porto Pecém Porto de Fortaleza CE Teresina Crato Trindade Conceição do Canindé Eliseu Martins Ribeira de Piauí Salgueiro TO RN Porto de de Areia Branca Macau Porto de Natal Missão Velha Aurora PE AL Propiá PB Porto de Cabedelo Porto de Suape Porto de Maceió SE BA MT GO MG MS Corumbá Campo Grande Belo Horizonte Colômbia Panorama SP Presidente Epitácio Ponta Porã ES Santa Fé do Sul Porto Ferreira Bauru RJ Campinas Porto do Rio de Janeiro Porto de Sapetiba Porto de Santos Porto de Angra dos Reis Jundiaí Cianorte Harmonia Marinque Iperó Rubião Junior PR Cajati Apiaí SC Porto de Paranaguá Porto de São Francisco do Sul Santa Rosa São Borja Caxias do Sul Santana do Livramento RS Porto de Porto Alegre Pelotas Porto de Rio Grande ALL Malha Sul ALL Malha Paulista Conexão com porto Connection with port MRS Logística Transnordestina Logística Conexão com outra ferrovia Connection with other railway ALL Malha Oeste 24 logística Cidade City www.analise.com BILINGUAL CONTENT Apoio ENGLISH AND PORTUGUESE principais sistemas ferroviÁRIos Major Railway Networks Os quadros apresentam os 5 principais sistemas ferroviários do Brasil, que transportam cerca de 182,6 mi de toneladas por ano The tables show the five main railway networks in Brazil that transport around 182.6 million tons a year AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA MALHA PAULISTA (ALLMP) Administrador Administrator: América Latina Logística (ALL) Concessão Concession: Privada Private Estados em que atua State reach:São Paulo Extensão total Total length: 1.989 km • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 Conexões com outras ferrovias Connections with other railways: Adm. de Ferrocariles del Estado (Uruguai), América Latina Logística Malha Oeste (ALLMO), Est. de Ferro do Paraná Oeste (Ferroeste), Ferrocaril Mespotamico General Orquiza (Argentina) AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA MALHA OESTE (ALLMO) 6,7 mi TU (+26%) Administrador Administrator: América Latina Logística (ALL) Concessão Concession: Privada Private Principais produtos Main products (% total): produção agrícola (52%), combustíveis, derivados do petróleo e álcool (33%) Estados em que atua State reach: Mato Grosso do Sul, São Paulo Extensão total Total length: 1.945 km 4 bi TKU (+33%) • INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION Possui forte peso de produtos agrícolas no transporte em razão de ligar a região Centro-Oeste ao porto de Santos (SP). Transports mostly agricultural products to link the midwest region to the port of Santos (SP). Conexões com portos Connections with ports: Santos (SP) Conexões com outras ferrovias Connections with other railways: América Latina Logística Malha Norte (ALLMN), América Latina Logística Malha Oeste (ALLMO), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Ferronorte, MRS Logística AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA MALHA SUL (ALLMS) Administrador Administrator: América Latina Logística (ALL) Concessão Concession: Privada Private Estados em que atua State reach: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo Extensão total Total length: 7.265 km • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 16,2 bi TKU (-7,3%) CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 1,8 bi TKU (+36%) 4,4 mi TU (45%) Principais produtos Main products (% total): minério de ferro (60%), granéis minerais (19%) • INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION Possui conexão com outras três importantes ferrovias, entre elas a Empresa Ferroviária Orinetal, na Bolívia, rede que cobre 37% da produção agro-industrial e 40% da atividade comercial do país. Connected to another Principais produtos Main products (% total): soja e farelo de soja (30,5%), produção agrícola (27%) INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION Possui forte atuação em commodities agrícolas e produtos de carne, principais produtos exportados pela região Sul do Brasil. Transports mostly agricultural commodities and meat products, main products exported by the southern region of Brazil. A ferrovia é um relevante corredor de comércio com a Argentina, exportando principalmente produtos siderúrgicos e adubo, e importando soja e trigo. This railway is an important corridor for trade with Argentina, exporting mainly steel products and fertilizers and importing soybeans and wheat. developing a project to recover the stretch between Cabo (Pernambuco state) and Porto Real do Colégio ( Alagoas state) where it links to the Centro-Atlântica railway (FCA). The project, which does not yet have a forecast for conclusion, will enable the connection of the grid to the railway networks in the southeast and southern region of the country. Conexões com portos Connections with ports: Suape (PE), Recife (PE), Pecém (CE), Mucuripe (CE), Itaqui (MA), Cabedelo (PB), Maceió (AL) Conexões com outras ferrovias Connections with other railways: Estrada de Ferro Carajás (EFC), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) MRS LOGÍSTICA Administrador Administrator: MRS Logística Concessão Concession: Privada Private Estados em que atua State reach: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais Extensão total Total length: 1.643 km three important railways, among which the Bolivian railway (Empresa Ferroviária Orinetal), a network that covers 37% of agro-industrial production and 40% of the business activities of the country. • Conexões com portos Connections with ports: Porto Esperança (MS) Conexões com outras ferrovias Connections with other railways: América Latina Logística Malha Sul (ALLMS), América Latina Logística Malha Paulista (ALLMP), Empresa Ferroviária Oriental (Bolívia) Principais produtos Main products (% total): minério de ferro (83,3%) TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA Administrador Administrator: Transnordestina Logística Concessão Concession: Privada Private 26 mi TU (-0,4%) • • A concessionária Transnordestina, em meados de 2008, atuava em um projeto de recuperação do trecho entre Cabo (PE) e Porto Real do Colégio (AL), onde é feita a ligação com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O projeto, que ainda não tem previsão de conclusão, permitirá a ligação da malha com as ferrovias do Sudeste e Sul do país. The Transnordestina concessionaire, in mid 2008, was Estados em que atua State reach: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte Extensão total Total length: 4.207 km • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 728 mi TKU (-0,27%) 1,5 mi TU (12%) Principais produtos Main products (% total): combustíveis, derivados de petróleo e álcool (30%), cimento (24%), siderurgia (25%) • CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1 56,3 bi TKU (+ 10,2%) 144 mi TU (+11,8%) • INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION Atua nos três principais estados da região Sudeste do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A região concentra 54% do PIB do Brasil. A ferrovia faz conexão com alguns portos de maior capacidade para o tráfego de contêineres no Brasil: Santos (SP), Sepetiba (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). Operates in the three main states in the southeast region of Brazil, São Paulo, Rio de Janeiro and Minas Gerais. The region accounts for 54% of Brazilian GDP. The railway connects the higher-capacity ports for the traffic of containers in Brazil: Santos (SP), Sepetiba (RJ) and Rio de Janeiro (RJ). Conexões com portos Connections with ports: Itaguaí (RJ), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Guaíba (RJ) Conexões com outras ferrovias Connections with other railways: América Latina Logística Malha Norte (ALLMN), Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION A malha é bastante ramificada, refletindo a necessidade da produção agrícola pulverizada da região. The grid is A ferrovia liga os principais portos da região Nordeste do Brasil e passa por todos os estados, excluindo Sergipe e Bahia. This railway links the main ports of the northeast very broad which reflects the need to pulverize agricultural production in the region. region of Brazil and crosses all the states excluding Sergipe and Bahia. Conexões com portos Connections with ports: Paranaguá (PR), Porto Alegre (RS), Rio Grande (SC), São Francisco do Sul (SC) 1 O valor entre parênteses indica a variação em relação ao ano anterior. The value in parenthesis indicates change in relation to the former year. Dados de 2010. TKU: tonelada por quilômetro útil. TU: tonelada útil Data from 2010. TKU: ton per kilometer. TU: tons www.analise.com logística 25 DUTOS E ARMAZENAGEM faltam regras para investir Setor privado espera definição de regras para construir novos gasodutos O novo marco regulatório do gás natural no Brasil, que define regras para impulsionar o investimento do setor privado em gasodutos, levou cinco anos para ser regulamentado. Após tramitar por quatro anos no Congresso Nacional, a lei foi aprovada no início de 2009. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamentou os dispositivos previstos no texto apenas em dezembro de 2010. E, desde então, o mercado aguarda que o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgue os estudos necessários para que sejam conhecidos os gasodutos a ser licitados. Até junho de 2012, no fechamento desta edição, o Plano Decenal de Expansão da Malha Dutoviária de Transporte (Pemat) ainda não havia sido publicado. Com o Pemat em mãos, a expectativa é que os projetos de gasodutos identificados pelo governo como economicamente viáveis sejam licitados para a iniciativa privada com contratos de concessão para 30 anos. Na prática, a Lei do Gás quebrou o monopólio da Petrobras sobre a operação de gasodutos. Entretanto, mesmo após quase sete anos de discussão, os investidores privados apontam que o 26 logística setor continua extremamente instável, por duas principais razões. A primeira é que falta regulamentar uma parte fundamental da lei: as regras que vão valer, caso o governo determine que haja uma situação “emergencial” no fornecimento nacional de gás natural. Ainda não está claro que tipo de contingenciamento poderá ser realizado nessas situações. Por outro lado, essa preocupação do governo é justificada considerando que o Brasil ainda busca uma solução permanente para regularizar seu fornecimento do combustível. O plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016 já prevê uma redução significativa de investimentos no setor para 3,4 bilhões de dólares, ante 15 bilhões de dólares aportados no período de 2007 a 2011. Alcooldutos avançam – Os dutos para transporte de etanol viraram, em 2011, os principais atores no avanço da malha no Brasil. O maior projeto do setor, o Alcoolduto Senador Canedo (GO) – São Sebastião (SP), vai ter 1,3 mil quilômetros de extensão e capacidade para transportar 21 milhões de metros cúbicos do combustível por ano, o que deve tirar mais de mil caminhões das ruas. Construído pelo consórcio Logum, formado pela Camargo Corrêa, Copersucar, Raízen, Odebrecht, Petrobras e Uniduto Logística, o projeto deve consumir seis bilhões de reais e tem previsão de conclusão para 2015. Estrutura de armazenamento – Confira também, nas tabelas a seguir, a capacidade brasileira de armazenamento por estado, a estrutura dos polos petroquímicos, e dados dos principais sistemas dutoviários do país. 0 Capacidade dos armazéns ...Por estado RK Capacidade total Nº de armazéns 27.792 1º PARANÁ 3.570 2º MATO GROSSO 2.131 27.619 3º RIO G. DO SUL 4.788 26.642 4º SÃO PAULO 1.458 12.988 5º GOIÁS 934 12.988 6º MINAS GERAIS 1.200 8.269 7º MATO G. DO SUL 830 7.196 8º SANTA CATARINA 964 5.038 9º BAHIA 630 4.019 10º MARANHÃO 157 1.784 11º ESPÍRITO SANTO 236 1.382 12º TOCANTINS 123 1.169 13º PERNAMBUCO 107 1.006 14º PIAUÍ 143 953 15º RONDÔNIA 128 636 16º PARÁ 131 581 17º ALAGOAS 73 551 18º DISTRITO FEDERAL 90 464 19º AMAZONAS 20º CEARÁ 21º 22º 40 376 102 347 RIO DE JANEIRO 28 184 RORAIMA 27 148 23º PARAÍBA 25 94 24º RIO G. DO NORTE 20 58 25º ACRE 15 28 26º SERGIPE 1 3.221 27º AMAPÁ 1 816 Capacidade total Nº de armazéns ...Por região RK 1º SUL 9.322 59.472 2º CENTRO-OESTE 3.985 48.267 3º SUDESTE 2.922 22.824 4º NORDESTE 1.258 8.813 5º NORTE 465 2.940 www.analise.com Apoio Gasodutos e polos petroquímicos Pipeline and petrochemical complexes RR GASBOL Álcoolduto GASENE Polo Petroquímico Petrochemical Complex URUCU-COARI AP Cidade City Mineroduto Barcarena Manaus Pecém Paragominas Coari Urucu MA PA AM Ce PI Pe Pb AL BRASIL RO TO SE Ba Camaçari MT Goiânia POLO PETROQUÍMICO DE SÃO PAULO BOLÍVIA MG ES SP Paraguai RJ Porto de São Sebastião PR RS GASODUTO BRASIL-BOLÍVIA (GASBOL) Ligações Connections: Cabiúnas-Vitória (300 km); Cacimbas-Vitória (131 km); Cacimbas-Catu (940 km) Início de operação Operation startup: 1999 Extensão Length: 3.150 km Vazão Flow: 30 milhões m³/dia Ligações Connections: Rio Grande (Bolívia) a Paulínia (Trecho Norte - 1.264 km); Trecho Paulínia a Guararema (153 km); Campinas a Porto Alegre (Trecho Sul - 1.190 km) Ramais de Atendimento Service terminals: 136 Estações de compressão Compression stations: 15 Estações de entrega Delivery stations: 44 Ramais de Atendimento Service terminals: 46 Estações de compressão Compression stations: 8 Estações de entrega Delivery stations: 8 Início de operação Operation startup: 2010 Extensão Length: 1.371 km Vazão Flow: 20 milhões m³/dia www.analise.com POLO PETROQUÍMICO DE TRIUNFO Início de operação Operation startup: 1983 Localização Location: Triunfo (RS) Número de funcionários Number of employees: 6.300 Capacidade produtiva Productive capacity: 1.452 toneladas de eteno Tons of ethylene Principais produtos Main products: borracha, plástico, tintas e resinas rubber, plastic, paint and resins Triunfo GASODUTO da integração sudeste e nordeste (gasene) Início de operação Operation startup: 1954 Localização Location: Mauá, Santo André (SP) Número de funcionários Number of employees: 25.000 Capacidade produtiva Productive capacity: 700.000 ton/ ano de eteno Tons of ethylene Principais produtos Main products: borracha, plástico, tintas e resinas rubber, plastic, paint and resins Santo André SC Argentina Início de operação Operation startup: 1978 Localização Location: Camaçari (BA) Número de funcionários Number of employees: 15.000 Capacidade produtiva Productive capacity: 1.280 toneladas de eteno Tons of ethylene Principais produtos Main products: farmacêuticos, fertilizantes, resinas termoplásticas pharmaceuticals, fertilizers, thermoplastic resins GO MS POLO PETROQUÍMICO DE CAMAÇARI GASODUTO URUCUCOARI-MANAUS Início de operação Operation startup: 2009 Extensão Length: 661 km Vazão Flow: 5,5 milhões m³/dia Ligações Connections: Urucu-Coari (Trecho A - 279 km); Coari-Anamã (Trecho B1 - 196 km); Anamã-Manaus (Trecho B2 - 186km) Ramais de Atendimento Service terminals: 9 Estações de compressão Compression stations: 2 Estações de entrega Delivery stations: 1 MINERODUTO DE PARAGOMINAS Extensão Length: 244 km Trajeto Route: Paragominas, Barcarena, Tomé Açu Capacidade Capacity: 10 milhões m³/dia Controladores Controllers: Hydro (60%), Vale (40%) SISTEMA LOGÍSTICO DE ETANOL Extensão Length: 1.300 km Tancagem Tanks : 1.175 m³/dia m³/day Trajeto Route: Jataí a Quirinópolis (192 km); Quirinópolis a Itumbiara (135 km); Itumbiara a Uberaba (246 km); Uberaba a Ribeirão Preto (136 km); Ribeirão Preto a Paulínia (208 km); Paulínia a São José dos Campos (215 km) Início da obra Start of project: 2010 Previsão de conclusão Forecast for conclusion: 2015 Observação Note: Álcoolduto em construção Alcohol pipeline under construction logística 27 Anuário logistica e d i t o r i www.analise.com Rua Major Quedinho, 111, 16° andar - CEP 01050-904, São Paulo-SP Tel. (55 11) 3201-2300 - Fax (55 11) 3201-2310 www.analise.com • [email protected] a l