CA D E R N O ES PECIAL 2 012
logistica
52
4.000
Edição Especial
bilhões de Reais em
40 projetos no brasil
Os investimentos que vão mudar
a infraestrutura do país até 2016
dados sobre a logística de cargas e
passageiros, e a avaliação detalhada
de cinco modais de transporte
Desafios
estruturais
Uma reportagem especial aponta os principais
gargalos enfrentados pelo Brasil e as sugestões
dos especialistas para superá-los página 6
do
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www.analise.com
ário
GLOBAL
BRASIL
Índice
Anuário
logistica
04 Em busca de um
novo modelo
Os desafios da logística
brasileira e as maneiras de
enfrentá-los no futuro
03
Editorial
08
Portos e Hidrovias
Para especialistas, falta de
planejamento centralizado é o
principal desafio do setor
10
12
13
Movimentação nos terminais
14
aeroportos
Maiores portos por carga
e
16
Movimentação nos aeroportos
17
Principais aeroportos
2
logística
t
o
r
i
a
l
Eduardo Oinegue,
Silvana Quaglio e Alexandre Secco
18
rodovias
Investimentos na melhoria
das estradas públicas
e novas privatizações
21
22
Principais sistemas
rodoviários
Ferrovias
Novo marco regulatório e
concessões privadas podem
garantir reativação do setor
Diretora-presidente
Silvana Quaglio
Diretor de conteúdo
Alexandre Secco
Diretor comercial
Alexandre Raciskas
Rua Major Quedinho, 111, 16° andar
CEP 01050-904, São Paulo-SP
Tel. (55 11) 3201-2300
Fax (55 11) 3201-2310
contato@analisecom
www.analise.com
25
Principais sistemas
ferroviários
26
Dutos e Armazenagem
PUBLISHER Silvana Quaglio
EDITOR Alexandre Secco
Setor depende de plano de
expansão da malha para
atrair investidores privados
Editor executivo: Gabriel Attuy
Gerente de pesquisa e distribuição: Ligia Donatelli
Coordenadores de conteúdo: Vinicius Cherobino e
Vivian Stychnicki Coordenadora de pesquisa: Valquíria
Oliveira Coordenadora de distribuição: Juliane
Almeida Coordenador de arte: Cesar Habert Paciornik
Equipe de conteúdo: Abrahão de Oliveira, Bruna
Abjon, Carlos Larios, Patrícia Silva e Sumaya Oliveira
Equipe de pesquisa: Adrieli Garzim, Alberto Barbosa,
Ana Carolina Marquez, Ana Claudia Coelho, Anna
Carolina Romano, Bianca Barros, Claudia Barbosa,
Daniela Trindade, Danilo Souza, Ellen Lopes, Fernanda
Chiarato, Giulia Listo, Iuri Salles, Jessica Cidrao, Juliana
Colognesi, Lucas Rodrigues, Nathalia Bianchi, Paula
Moreira, Paulo Andrade, Raquel Aderne, Rebeca
Rodrigues, Ricardo Borges, Santiago Boyayan, Taiane
Silva, Tais Souza, Thaís Bueno, Vinícius Oliveira,
Yasmin Gomes e Yuri Damacena Designers: Bruna
Pais, Danilo Pasa e Régis Schwert Coordenador de TI:
Cristiano Carlos da Silva Equipe de TI: Felipe Cavalieri
e Leandro Akira Colaborador: Eduardo Belo Revisão:
Mary Ferrarini Tradução: Sogl Traduções
27
Gasodutos e polos
petroquímicos
Colaboradores
Albertino de Oliveira e Silva, superintendente da Administração das Hidrovias
da Amazônia Oriental (Ahimor); Carlos
D. Padovezi, diretor do Centro de Engenharia Naval e Oceânica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT); Fabio Castelo Branco, administração da
Hidrovia do Paraná (Ahrana); Frederico Bussinger, consultor do Instituto de
Desenvolvimento, Logística, Transporte
e Meio Ambiente (Idelt); Gilvan H. Ramos, diretor da Transportes da Amazônia
(TRA); Jorge Lúcio de Carvalho Pinto, assessor de comunicação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
i
Conselho editorial
Mapa hidroviário do Brasil
Brasil faz as primeiras
concessões e se prepara para
atender à demanda da Copa
d
(Antaq); Mauro Salgado, diretor da
Santos Brasil, presidente da Federação
Nacional dos Operadores Portuários
(Fenop); Paulo Tarso Vilela de Resende,
coordenador do núcleo de infraestrutura e logística da Fundação Dom Cabral
(FDC); Roberto Lacerda Oliva, diretor da TNT Espanha e atual diretor-geral da Press Log Brasil; Silvio Andrade,
assistente administrativo da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar);
Wagner Cardoso, secretário executivo
e gerente de infraestrutura da Unidade
de Competitividade Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Anuário
logistica
Publicidade/Gerentes de negócios: Alessandra Soares
e Márcia Pires Assistente: Felipe Ricelle
Atendimento e apoio administrativo: Fábio Lopes,
Giseli Monteiro
Tiragem: 1.100
Impressão: IBEP Gráfica
Impresso em julho de 2012
Operação em Bancas: Assessoria: EdiCase
www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas: FC
Comercial e Distribuidora S/A Manuseio: FG Press www.fgpress.
com.br Distribuição Dirigida: Door to Door www.d2d.com.br
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EDITORIAL
Apoio
Brasil desponta no entre-crises
N
a quinta edição do anuário ANÁLISE
De acordo com artigo do economista Marcos
Troyjo, diretor do BRICLab, da UniversidaBRASIL GLOBAL, em 2010, a Análise Editorial já chamava a atenção para
de de Columbia, publicado em maio no site
o fato de que o Brasil consolidara sua
da BBC, a produtividade brasileira cresceu
participação no mercado internacional
0,2% ao ano, enquanto na China o índice foi
BILHÕES DE REAIS EM
40 PROJETOS NO BRASIL
e que era chegada a hora de pensar no que viria
de 4%.
pela frente. Aquela edição tinha o ano de 2009
Produtividade deriva de custos e de investi4.000
como referência – período em que não só o
mentos. Os custos de produção no Brasil são
DESAFIOS
Brasil, mas o mundo, sentiu o impacto da crise
reconhecidamente altos e os investimentos,
ESTRUTURAIS
deflagrada no segmento subprime nos Estados
baixos. Com isso, o risco de os manufaturaUnidos. Como ressaltamos, também naquela
dos perderem cada vez mais espaço na pauedição, no nosso entender, o ano de 2009 fata de exportações é alto. E o Brasil precisa
lou mais sobre a força da economia brasileira
inverter essa equação, não só para aumentar
do que de suas fraquezas. Passado o pior da
sua participação no mercado internacional,
crise, o país se levantou e seguiu em frente.
mas também para simplesmente manter o
Os números do comércio exterior brasileique já conquistou. Uma parte da tarefa cabe
ro em 2011, que embasam a presente edição
ao governo, que tem demonstrado disposiParcEiros comErciais
do anuário ANÁLISE BRASIL GLOBAL, não
ção em desonerar a produção, em especial a
deixam dúvida de que nossa percepção estava
indústria, e promover os investimentos ne26
74
correta. Mesmo sendo o comércio exterior o
cessários para a melhoria da infraestrutura
segmento econômico mais vulnerável às crises
logística – além de manter os gastos públiinovacão na
internacionais, a inserção do Brasil no mercacos sob controle. Outra parte igualmente imindustria
do global é indiscutível. Um dado objetivo é a
portante cabe às empresas. Elas não podem
corrente de comércio, resultado de exportações
prescindir de investimentos, em especial em
mais importações em um período. Em 2011,
pesquisa e desenvolvimento – o chamado
essa conta somou 482 bilhões de dólares – recorde históri- P&D –, que é o motor da inovação.
co para o país. E, exceção feita ao ano de 2009, a corrente
Com o objetivo de olhar para a frente, a equipe da Análise
de comércio do Brasil vem registrando crescimento sólido Editorial se debruçou sobre os dois temas na edição 2012
desde 1999. Também, em 2011, o índice de participação do de ANÁLISE BRASIL GLOBAL. Além das tradicionais tapaís nas exportações mundiais foi de 1,6% – o melhor re- belas e rankings que caracterizam o anuário, a edição apresultado desde 1950, quando o comércio internacional era senta dois levantamentos especiais. Um deles demonstra a
dominado por Estados Unidos e Reino Unido.
importância da inovação para o ganho de produtividade e
Isso não quer dizer que o Brasil tenha vencido seus gran- de competitividade no Brasil. O outro apresenta um levandes desafios, tampouco que a crise internacional, agora des- tamento completo dos modais logísticos, apontando o que
locada para a zona do euro, não provocará solavancos para está sendo feito e o que ainda precisa melhorar em benefício
a atividade econômica no país. O ano de 2012 já produziu do comércio exterior brasileiro. Esse último é o objeto desta
indicadores suficientes para mostrar que os efeitos estão, reimpressão especial, de 28 páginas, de ANÁLISE LOGÍSsim, chegando por aqui. Mas, no que se refere ao posicio- TICA, cujo conteúdo é parte integrante do anuário ANÁLInamento do Brasil como player do mercado global, os re- SE BRASIL GLOBAL 2012.
sultados dependerão, no curtíssimo prazo, mais de fatores
Por fim, mas não menos importante, não poderíamos deiexternos e conjunturais – como o preço das commodities e o xar de agradecer aos nossos anunciantes, que, por meio do
câmbio – do que propriamente dos esforços que se possam seu apoio, permitem o financiamento da publicação. Eles
fazer internamente.
reconhecem a qualidade e a utilidade do trabalho da AnáE esse é um aspecto preocupante. A pauta de exportações lise Editorial e sua importância para o público que toma
do país continua diversificada, bem como os destinos co- decisão e forma opinião, no Brasil e no exterior. Por isso,
merciais. Mas a tendência de concentração em produtos dispõem-se a financiar a produção de um conteúdo difebásicos – as chamadas commodities – e submanufaturados renciado para que mais de 30 mil leitores possam receber
e o forte crescimento da China como principal parceiro o seu exemplar gratuitamente, na sua mesa de trabalho.
comercial do Brasil não são vistos com bons olhos pelos Agradecemos, também, aos especialistas e às empresas
especialistas. Não há problema algum em o Brasil ser um que nos ajudam a construir, a cada ano, uma edição me0
dos maiores exportadores de commodities do globo. Afinal, lhor. Esperamos que esta seja uma leitura boa e útil! o país tem enormes vantagens comparativas e deve, sim,
exercer sua vocação para conquistar mercados. O problema
SILVANA QUAGLIO Publisher
é o baixíssimo ganho de produtividade registrado no país.
CA D E RNO ES P ECIAL 201 2
LOGISTICA
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Edição Especial
Os investimentos que vão mudar
a infraestrutura do país até 2016
dados sobre a logística de cargas e
passageiros, e a avaliação detalhada
de cinco modais de transporte
Uma reportagem especial aponta os principais
gargalos enfrentados pelo Brasil e as sugestões
dos especialistas para superá-los página 6
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BRASIL
GLOBAL
Edição BilínguE inglês E português
BRASIL GLOBAL
57
7 a Edição
A análise detalhada do perfil, da pauta
e da relação do Brasil com seus
maiores clientes e fornecedores
Produtos
ExPortados
A lista dos setores que
mais vendem ao exterior
Estados
analisados
A fatia das unidades da
federação no comércio
Por que inovar é o caminho para ganhar o mundo
e os passos necessários para chegar lá pág. 20
www.analise.com
www.analise.com
L
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car gas
logística
3
Logística
o modelo para
um novo salto na
infraestrutura
A malha logística brasileira avançou de maneira fragmentada
para atender a demanda da última década. Agora, apontam os
especialistas, a hora é de definir um novo modelo de crescimento
VinIcius Cherobino
A
s deficiências da infraestrutura de logística brasileira são conhecidas e
amplamente divulgadas.
O famoso “custo Brasil”
inclui as filas – de caminhões e de navios – nos portos, os altos
preços dos fretes, as condições ruins
nas estradas, o estado de abandono de
muitas ferrovias e as poucas opções
de hidrovias no país. Os custos com
logística no Brasil foram estimados
em 11,6% do PIB em 2010, segundo a
Confederação Nacional do Transporte
(CNT). Nos Estados Unidos, que possuem uma matriz multimodal estabelecida, essa fatia foi de 8,7%.
O fato é que o Brasil deixou de fazer
os investimentos necessários. Nas décadas de 1980 e 1990, o aporte governamental em logística ficou ao redor
de 0,2% do PIB ao ano – países como
China e Tailândia mantiveram uma
média anual de 3,4% do PIB. A falta
de investimentos nesse período ainda
cobra o seu preço dos exportadores
brasileiros. Mas a percepção do mercado hoje – não obstante os obstáculos
e desafios mapeados nas próximas páginas – é que, aos trancos e barrancos,
4
logística
o Brasil chegou a um novo patamar.
Na última década, as vendas externas
nacionais de produtos agrícolas mais
que triplicaram, e o segmento de mineração embarcou 330 milhões de
toneladas em produtos em 2011, mais
que duas vezes o total em 2000.
11,6%
é a fatia do PIB brasileiro
que os custos com
transporte e logística
representam
Considerando apenas as vendas de
soja, por exemplo, houve crescimento de 16 mil toneladas em 2001 para
33 milhões de toneladas em 2011, enquanto o comércio de minério de ferro
chegou a 287 milhões de toneladas no
ano, o maior volume da história.
O fato é que portos, ferrovias e
estradas brasileiras deram conta do
significativo aumento da carga transportada e exportada na última década.
“Uma coisa é certa: os portos brasileiros conseguiram escoar o que tinha
de ser escoado para o exterior. Em nenhum momento, eles foram inibidores
do crescimento do comércio externo
brasileiro”, diz Mauro Salgado, diretor
administrativo e comercial da Santos
Brasil, a maior operadora de contêineres do país, com três terminais, em
Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do
Conde (PA). O caso do Porto de Santos é sintomático. A movimentação total de carga nos últimos 11 anos mais
que dobrou, saltando de 43 milhões de
toneladas em 2000 para 86 milhões de
toneladas em 2011.
Os especialistas ouvidos pela Análise Editorial apontam que a próxima
década deve ser positiva. A percepção
é que os programas de concessão que
foram colocados em prática desde o
início dos anos 1990 e os investimentos governamentais mais recentes sugerem um quadro em que o Brasil finalmente poderá “tirar o pé da lama”.
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STRINGER Brazil/Reuters
Apoio
Criança aguarda no Aeroporto de Guarulhos, estado de São Paulo: leilão do empreendimento, em 2012, arrematou 16,2 bilhões de reais
A partir de agora, é possível atacar as
deficiências da infraestrutura logística nacional de maneira mais focada,
buscando resolver obstáculos pontuais
que efetivamente resultarão em ganho
de eficiência para os exportadores. Na
próxima página estão listados quatro
desses gargalos, segundo os especialistas consultados.
Um dos exemplos em torno dos
quais existe mais otimismo é o atual
projeto de expansão das ferrovias do
Brasil. A percepção dos operadores logísticos é que, sendo cumpridas as metas pelos projetos em curso e aqueles
previstos até 2020, o Brasil terá uma
malha ferroviária satisfatória, pela primeira vez, em três décadas. Leia mais
na página 7.
Outro passo foi a realização das primeiras licitações para concessão da
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operação dos aeroportos brasileiros à
iniciativa privada no fim de 2011. O
projeto começou com o aeroporto de
Natal, no Rio Grande do Norte, e passou para alguns dos maiores do país:
Guarulhos e Campinas, no estado de
São Paulo, e o aeroporto de Brasília. A
partir de 2013, a expectativa é que outros locais sejam licitados. Leia mais
na página 14.
Edição especial Logística 2012
– Esta edição especial de ANÁLISE
LOGÍSTICA 2012 faz uma análise
pontual da situação dos cinco principais modais de transporte no Brasil e
lista as principais obras em andamento em cada área. Uma tabela com a
movimentação dos portos brasileiros
pode ser consultada na página 10, assim como a ficha completa dos oito
maiores portos e 14 maiores terminais
por carga total, incluindo os principais
produtos transportados e os pontos de
acesso. Além disso, a edição apresenta
o mapa das quatro mais relevantes hidrovias do país na página 13.
As principais obras em curso nos
aeroportos brasileiros podem ser consultadas na página 15, além de uma
tabela com a movimentação de carga
para importação e exportação, e uma
descrição detalhada dos sete principais
aeroportos que movimentaram mais
de 10 mil toneladas em 2011.
A análise das rodovias brasileiras e
sua participação no sistema logístico
nacional está na página 18, acompanhada do mapa dos principais sistemas
rodoviários do país. Além das ferrovias, na página 22, e o mapa da malha
dutoviária do Brasil. Boa leitura! 0
logística
5
Logística
Enfrentando os gargalos
A seguir, estão listados quatro gargalos logísticos e os exemplos práticos de como eles podem ser combatidos
1
desburocratizar os
projetos privados
E
xiste uma série de entraves que reduzem o investimento privado no
sistema logístico brasileiro. Um
exemplo notório são os portos secos –
áreas alfandegárias no interior do país
para armazenamento com o objetivo
de reduzir o acúmulo nos portos tradicionais. Os portos secos são simples
áreas de armazenamento alfandegário,
mas a legislação demanda que sejam
realizadas licitações para a criação de
novos locais pela Receita Federal. O
Brasil possui cerca de 80 portos secos
em funcionamento, três vezes menos
que o necessário, segundo estimativa
de especialistas.
O decreto de 2008, que regulamentou as atividades dos terminais portuários privativos brasileiros – previstos
na Lei dos Portos de 1993 – é outro
exemplo. Na prática, a regulamentação determina que as companhias que
operam os terminais privados não podem movimentar cargas de terceiros.
Ou seja, não podem oferecer o serviço portuário, apenas movimentar suas
próprias cargas. A norma reduz, drasticamente, o interesse do setor privado
em participar de licitações e construir
novos portos no país.
2
reformular normas
desatualizadas
O
s exportadores e importadores
brasileiros convivem com normas ultrapassadas, que reduzem
a eficiência dos seus negócios. Entre
os exemplos estão as regras de reserva
de carga que ainda existem nos acordos bilaterais firmados com parceiros
comerciais latino-americanos, como
a Argentina, o Chile e o Uruguai. Na
prática, isso significa que – excluindo minério de ferro, petróleo e trigo
– qualquer carga que seja transportada entre esses países por via marítima
precisa estar em um navio de bandeira
6
logística
brasileira ou do país parceiro. Isso limita o uso eficiente de embarcações,
já que navios estrangeiros, muitas vezes, navegam pela costa da América
do Sul com porões vazios porque não
podem transportar cargas da reserva.
Além disso, esse subsídio indireto aos
navios resulta na falta de incentivo
para modernizar as frotas das companhias de navegação locais.
Na terra, a regulamentação também
dificulta a renovação das frotas. Segundo estimativas de especialistas no
transporte rodoviário nacional, para
que um caminhão esteja apto a circular por todo o Brasil, em conformidade com a legislação, são necessárias
11 licenças estaduais com exigências
diferentes para sua emissão.
3
O
eleger problemas
pontuais para atacar
sistema logístico nacional tem
muitas deficiências, mas atacar
alguns pontos-chave e acelerar
algumas obras pontuais poderia trazer
grandes benefícios em pouco tempo.
O exemplo emblemático, nesse caso, é
o transporte da soja brasileira, o terceiro produto mais exportado pelo país
em 2011. Grande parte da soja produzida no Centro-Oeste brasileiro e em
alguns estados nordestinos é conduzida em caminhões para a exportação
via os portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR). O modelo resulta em altos custos de frete, maiores gastos com
combustível e gera fila nos portos.
Três projetos pontuais podem mudar drasticamente esse quadro. O mais
adiantado deles é a pavimentação do
trecho da BR-163 entre Cuiabá (MT) e
o Porto de Santarém (PA). Com previsão de conclusão para 2015, a expectativa é que a via irá transportar 40% da
produção de grãos do Centro-Oeste. A
nova rota, no entanto, precisa de aportes adicionais para funcionar. O porto
conta com um terminal em funcionamento e três em processo de licitação.
Mas a previsão para os novos terminais entrarem em operação é 2025, dez
anos após a conclusão da estrada.
Por fim, o desassoreamento da hidrovia do Rio Madeira, que liga Porto
Velho (RO) ao Porto de Itacoatiara, no
Rio Amazonas, poderia reduzir ainda
mais o custo do transporte de grãos de
Mato Grosso para a saída pelo Norte
do Brasil. Estimativas apontam que em
2011 foram transportados 8 milhões
de toneladas em cargas pela hidrovia,
valor que poderia chegar a 20 milhões
de toneladas, caso a capacidade da hidrovia estivesse próxima do ideal. Até
meados de 2012, o projeto de 2,7 bilhões de reais para o Rio Madeira e o
Rio Tocantins, aprovado em março de
2010, não havia sido iniciado.
4
centralizar o
planejamento
A
falta de integração e de planejamento conjunto dos órgãos oficiais que regulam e investem no
sistema logístico é uma deficiência
apontada de forma unânime por operadores privados de todos os modais
e membros de governo. Em 2001, foi
criado o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), com o objetivo de ser um fórum
de integração das políticas dos ministérios dos Transportes, da Defesa, da
Secretaria Especial de Portos, e das
agências ANTT, Antaq, Anac, DNIT,
Infraero, as companhias de Docas e
as administrações hidroviárias. Em 11
anos, o conselho se reuniu apenas duas
vezes, uma delas por determinação do
Tribunal de Contas de União (TCU).
Um exemplo prático da confusão é
a administração das hidrovias brasileiras. Desde 2008, por meio de um convênio firmado pelo DNIT, todas estão
vinculadas à Companhia Docas do
Maranhão. Ou seja, os recursos a ser
aportados na hidrovia do Rio Paraná,
por exemplo, na Região Sul, passam
primeiro pelo distante Maranhão.
www.analise.com
Apoio
papel da Iniciativa privada
As parcerias entre o governo e os operadores privados são o caminho para ampliar a infraestrutura logística
www.analise.com
outro indicativo de que o ganho de escala de concessionárias privadas com
contratos a longo prazo privilegiam
investimentos em negócios que gerariam prejuízo sob administração estatal. Mas nem tudo são flores. A espanhola OHL anunciou em abril de 2012
que vai vender as cinco concessões de
rodovias federais que controla no Brasil para a também espanhola Abertis.
A empresa foi a grande vencedora dos
leilões de 2007, arrematando trechos
da Fernão Dias e Régis Bittencourt,
entre outros, mas enfrentou dificuldades para realizar os investimentos.
Segundo analistas, os preços oferecidos pela empresa foram baixos demais
para garantir remuneração adequada.
A concessão à iniciativa privada
também é a principal estratégia governamental para atacar os gargalos nos
aeroportos. Por enquanto, a resposta
foi bastante positiva. Os cincos leilões
realizados até meados de 2012 arrecadaram 24,5 bilhões de reais com ágio
médio acima de 300%.
Por fim, especialistas ouvidos pela Análise Editorial defendem maior
agilidade para a construção de novos
terminais privativos nos portos brasileiros. De 2001 a 2011, apenas cinco
concessões para terminais portuários
privados foram emitidas. Está em tramitação no Congresso um projeto de
lei que altera dispositivos da Lei dos
Portos de 1993, permitindo que terminais de uso privativo misto movimentem cargas de terceiros, independente da quantidade de carga própria
que a empresa opera no porto. O setor privado argumenta que a mudança tornaria os empreendimentos mais
atrativos para investidores. Até o fechamento desta edição, o projeto estava em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. 0
Adriano Vizoni/Folhapress
O
avanço da infraestrutura logística
nacional é complexo e as opiniões a respeito dos caminhos a serem tomadas são muitas. Mas o que é
consenso entre todas as partes é que a
expansão da malha brasileira nas próximas décadas depende de uma forte
parceria entre o setor público e o privado, seja diretamente através da realização de PPPs ou em projetos complementares como a realização de licitações de concessão dos sistemas. O
exemplo em pauta em meados de 2012
é o sistema ferroviário. Os investimentos oficiais podem chegar a 40 bilhões
de reais para promover a expansão dos
atuais 29 mil quilômetros para 40 mil
quilômetros até 2020. Desde que foi
concluída a privatização o setor registrou forte aumento de produtividade:
a quantidade de carga transportada subiu de 253 milhões de toneladas em
1997 para 475 milhões de toneladas
em 2011, um aumento de 88%.
No setor rodoviário os estudos para
promover uma nova rodada de concessão de estradas federais, no total de
cerca de 9 mil quilômetros, estavam
em estágio avançado em meados de
2012, no fechamento desta edição. O
setor é um dos exemplos bem sucedidos de como a atuação privada possibilita a realização de projetos que seriam
de realização extremamente complexa
através de investimentos públicos. Um
dos principais exemplos foi a construção da pista descente da Rodovia dos
Imigrantes, ligando São Paulo a Santos. O projeto original do trajeto é de
1986, mas a iniciativa só saiu do papel
a partir de 1998 quando o sistema Anchieta-Imigrantes foi concedido para a
Ecovias. Foi elaborado um novo traçado e em 2002, mais de 15 anos após o
projeto inicial, a pista foi entregue.
Mais recentemente, a aquisição da
operação de barcas entre as cidades
do Rio de Janeiro e Niterói pela concessionária CCR – que já administra a
Ponte Rio-Niterói e a rodovia Dutra ligando o Rio de Janeiro a São Paulo – é
Fila de carros no pedágio do quilômetro 37 da Rodovia dos Bandeirantes, estado de São
Paulo: o governo estuda realizar uma nova rodada de licitações para rodovias federais
logística
7
Portos e Hidrovias
sem estratégia
para avançar
A carga que passa pelos portos brasileiros duplicou em dez anos.
Agora, o setor privado busca caminhos para continuar investindo
divulgação/Agência Vale
o
Navio no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, Pará: 105 milhões de reais para expansão
8
logística
s principais responsáveis
pelo escoamento das exportações brasileiras, com
mais de 90% da carga movimentada, os portos brasileiros duplicaram o volume transportado na última década.
A carga movimentada passou de 435
milhões de toneladas, em 1999, para
890 milhões de toneladas, em 2011,
segundo dados da Agência Nacional
de Transportes Aquaviários (Antaq).
Em 2011, os portos públicos do Brasil
transportaram 309 milhões de toneladas, alta de 7% ante o ano anterior.
Entre os maiores, o de Santos, em São
Paulo, registrou 86 milhões de toneladas, seguido pelo terminal de Itaguaí,
no Rio de Janeiro, com 58 milhões de
toneladas, e Paranaguá, no Paraná,
com 37 milhões de toneladas.
A infraestrutura portuária nacional
garantiu a ascensão do Brasil a uma
posição de destaque como fornecedor global de commodities agrícolas e
minerais, mas avançou de forma conturbada. Os especialistas consultados
pela Análise Editorial apontam que
entraves legais e de regulação, além
da morosidade dos investimentos das
companhias estatais de administração
portuária, impediram que os portos
avançassem em linha com o crescimento da demanda.
Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, o Brasil aparece em
130º lugar em qualidade portuária em
uma lista de 142 países, atrás de todos
www.analise.com
Apoio
os membros do bloco conhecido como
Brics (Rússia, Índia, China e África do crescimento da carga
Sul) e dos vizinhos latino-americanos
Evolução da carga total que passou pelos
Argentina e Chile, por exemplo.
portos brasileiros entre 1995 e 2011
O ponto central da questão, segundo
os operadores privados, é que não exis886
te uma política clara de investimentos, 886 886 mi ton
e a dezena de órgãos oficiais que regulam os portos e a navegação no país 761 761
não se entendem. Um dos principais
pontos citados é a dificuldade para a 636 636
obtenção de autorização para construir
e operar novos terminais privativos no 511
país, além de portos secos – entrepos- 511
tos alfandegários no interior que redu- 386
1995
2000
2005
2011
zem o tempo da carga nos portos.
Terminais privativos – Os terminais
de uso privado (TUPs) responderam
pela movimentação de 577 milhões de
toneladas em 2011, mais de 65% do
total de carga que passou pelos portos
nacionais. O maior terminal, o de Tubarão, no Espírito Santo, registrou carga total de 110 milhões de toneladas.
Em seguida, destacam-se as operações
de Ponta da Madeira e Almirante Barroso, que somaram 102 milhões de toneladas e 46,6 milhões de toneladas,
respectivamente. As commodities dominam os TUPs, com mais de 90% do
total da carga de 2011.
Em meados de 2012, existiam 114
TUPs em operação no Brasil. Um projeto emblemático é o da Embraport, o
maior terminal privativo multiuso do
país, em construção no Porto de Santos. A concepção do empreendimento
é do início dos anos 2000, mas atrasos
na obtenção de licenças e dificuldades
para estruturar o financiamento atrasaram a conclusão. A expectativa da
atual controladora, a Odebrecht, é que
a operação comece em 2013 e que o
terminal esteja funcionando com capacidade total até 2020.
Investimento nas hidrovias e
navegação de cabotagem – A infraestrutura brasileira para transporte
interno aquaviário (que inclui as hidrovias e a navegação de cabotagem)
ensaia uma mudança com investimentos governamentais estimados em 5,1
bilhões de reais. O projeto do governo
é dobrar a participação hidroviária e
de cabotagem no transporte de carga,
saltando de 13% para 25% até 2020.
As metas mais agressivas são para
as hidrovias. Hoje, dos 50 mil quilômetros navegáveis de rios no Brasil,
apenas 26% são utilizados. Segundo
a Agência Nacional de Transporte
Aquaviário (Antaq), as hidrovias devem receber 2,7 bilhões de reais em 48
projetos que englobam a construção
de 34 terminais e sete corredores. Se
os planos derem certo, o país vai quase
triplicar suas vias navegáveis, para 40
mil quilômetros, até 2020.
Outra iniciativa importante é o Plano Geral de Outorgas Hidroviário
(PGOH), previsto para ficar pronto
ainda em 2012, que busca facilitar a
atuação da iniciativa privada no modal. Destinado a mapear as possíveis
novas hidrovias, o projeto pode abrir a
possibilidade de pedágio nas vias, mas
ainda não há posição do governo. 0
Projetos e obras de portos e hidrovias
O quadro lista os principais projetos e obras de portos e hidrovias em andamento no Brasil
Estado
Investimento
(em R$ mi)
Responsável
Previsão
Status
Modernização do trecho paulista da hidrovia, com dragagem de
canais e outras obras
SP
1.500
Governo do estado
2014
Em projeto
Porto de Paranaguá
Reforço da estrutura do cais e construção de dois berços de
atracação
PR
1.100
Appa
2014
Em projeto
Porto de Santos
Dragagem do canal de acesso e das bacias de evolução, com
15 metros de profundidade
SP
177
SEP/Consórcio
Draga Brasil
2011
Concluído
Porto de Vila do Conde
Ampliação do píer principal com a construção de dois berços e
alargamento do berço 302
PA
105
Companhia Docas
do Pará
Porto do Rio de Janeiro
Reforço estrutural do cais de Gamboa
RJ
200
CDRJ
Porto sem Papel
Projeto para integrar bancos de dados com o objetivo de
desburocratizar a estadia dos navios em 35 portos brasileiros
Nacional
114
SEP/Serpro
2013 Em andamento
Superporto do Açu
Terminal portuário privativo de uso misto
RJ
3.400
LLX
2013 Em andamento
Superporto Sudeste
Terminal portuário privativo de uso misto
RJ
2.400
MMX
2013 Em andamento
Terminal de múltiplo uso do Pecém
Nova expansão do terminal de Pecém
CE
609
Seinfra
Terminal Marítimo da Ultrafértil de Santos
Ampliação de pátios intermodais e construção de armazéns
portuários
SP
432
Obra
Descrição
Hidrovia Tietê-Paraná
www.analise.com
2012 Em andamento
2014
Em projeto
2014
Licitado
Vale Indefinida
Em projeto
logística
9
Portos e hidrovias Ports and riverways
movimentação nos portos ports's Flow
O quadro lista os principais portos brasileiros por volume de carga movimentada em 2011 e a variação em relação ao ano anterior
The table lists the main Brazilian ports by total cargo transported in 2011 and the change in comparison with the previous year
Por tipo de produto (1000 t)
Navegação por porto
By product type
Estado Administração Carga total Variação Participação
RK
State Administration
Total cargo
(1000 t)
Change
10/11
Share
Navigation by port
Sólidos Participação
Líquidos Participação Carga geral Participação Longo curso Cabotagem Outros
(1000 t)
(1000 t)
Solids
Share
Liquids
Share
Gen. cargo
(1000 t)
Share International
Local
Others
Participação Share (%)
1
TUBARÃO
ES Privada Private
110.143
+2%
12,4% 109.187
20,39%
956
0,46%
-
-
99
1
-
2
PONTA DA MADEIRA MA Privada Private
102.261
+6%
11,5% 102.261
19,08%
-
-
-
-
99
1
-
3
SANTOS
SP Pública Public
85.995
+1%
9,7%
37.770
7,05%
12.793
6,22%
3.820
10,41%
89
11
-
4
ITAGUAÍ
RJ Pública Public
58.131
+10%
6,6%
55.415
10,35%
0
-
243
0,66%
99
1
-
5
ALMTE. BARROSO
SP Privada Private
49.695
+6%
5,6%
-
-
243
24,17%
-
-
18
82
-
6
ALM. MAX. FONSECA RJ Privada Private
38.784
(-2%)
4,4%
-
- 38.784
18,86%
-
-
54
46
-
7
MBR
RJ Privada Private
37.526
(-1%)
4,2%
37.526
7,01%
-
-
-
-
100
-
-
8
PARANAGUÁ
PR Pública Public
37.419
+9%
4,2%
26.736
4,99%
2.447
1,19%
1.883
5,13%
94
6
-
9
PONTA DE UBU
ES Privada Private
23.704
+3%
2,7% 23.598
4,41%
59
0,03%
46
0,13%
97
3
-
10
MADRE DE DEUS
BA Privada Private
20.701
+2%
2,3%
-
- 20.701
10,07%
-
-
16
84
-
11
RIO GRANDE
RS Pública Public
17.933
+10%
2,0%
8.125
1,52%
2.711
1,32%
887
2,42%
76
12
12
12
TROMBETAS
PA Privada Private
17.893
+8%
2,0%
17.893
3,34%
-
-
-
-
36
64
-
13
VILA DO CONDE
PA Pública Public
16.614
+0%
1,9%
13.602
2,54%
1.851
0,90%
664
1,81%
54
46
-
14
ITAQUI
MA Pública Public
13.914
+11%
1,6%
6.732
1,26%
7.004
3,41%
158
0,43%
77
23
-
15
ALUMAR
MA Privada Private
12.718
+39%
1,4%
11.826
2,21%
892
0,43%
-
-
28
72
-
16
ILHA D´ÁGUA
RJ Privada Private
11.813
(-0%)
1,3%
-
-
11.813
5,75%
-
-
11
85
5
17
ALM. SOARES DUTRA RS Privada Private
11.241
(-1%)
1,3%
-
-
11.240
5,47%
-
-
58
41
1
18
SUAPE
PE Pública Public
11.004
+22%
1,2%
756
0,14%
5.181
2,52%
144
0,39%
45
55
-
19
S.FRAN. DO SUL
SC Pública Public
10.090
+6%
1,1%
5.369
1,00%
165
0,08%
2.366
6,45%
81
18
-
20
S.FRAN. DO SUL
SC Privada Private
10.000
+10%
1,1%
-
- 10.000
4,86%
-
-
35
65
-
21
CVRD PRAIA MOLE
ES Privada Private
9.590
(-9%)
1,1%
9.590
1,79%
-
-
-
-
99
1
-
22
PORTOCEL
ES Privada Private
8.862
+9%
1,0%
136
0,03%
-
-
8.699
23,70%
67
33
-
23
VITÓRIA
ES Pública Public
8.113
+24%
0,9%
2.467
0,46%
344
0,17%
1.839
5,01%
89
7
4
24
PRAIA MOLE
ES Privada Private
7.780
+14%
0,9%
908
0,17%
-
-
6.872
18,72%
91
9
-
25
RIO DE JANEIRO
RJ Pública Public
7.707
+11%
0,9%
1.346
0,25%
157
0,08%
1.449
3,95%
96
4
-
26
TERM. PORT. TKCSA RJ Privada Private
6.139 +358%
0,7%
3.105
0,58%
-
-
3.051
8,31%
98
2
-
27
MANAUS
AM Privada Private
5.940 (-10%)
0,7%
-
-
5.940
2,89%
-
-
16
43
41
28
PORTONAVE
SC Privada Private
5.726
+43%
0,6%
-
-
-
-
-
-
95
5
-
29
BIANCHINI
RS Privada Private
5.602
(-8%)
0,6%
5.242
0,98%
607
0,30%
-
-
85
-
15
30
USIMINAS
SP Privada Private
5.544
+19%
0,6%
4.881
0,91%
662
0,32%
-
-
59
41
-
31
MIN. E MET. AMAPÁ
AP Privada Private
5.295
+29%
0,6%
5.295
0,99%
-
-
-
-
100
-
-
32
ARATU
BA Pública Public
5.188
(-8%)
0,6%
1.798
0,34%
3.390
1,65%
267
0,73%
67
32
1
33
HERMASA GRAN.
AM Privada Private
4.694
+12%
0,5%
4.610
0,86%
84
0,04%
-
-
47
-
53
34
ITAJAÍ
SC Pública Public
4.332
+19%
0,5%
-
-
-
-
-
-
96
4
-
35
FORTALEZA
CE Pública Public
4.310
(-1%)
0,5%
1.198
0,22%
2.084
1,01%
312
0,85%
42
58
-
10
logística
www.analise.com
BILINGUAL CONTENT
Apoio
ENGLISH AND PORTUGUESE
Navegação por porto
Por tipo de produto (1000 t)
By product type
Estado Administração Carga total Variação Participação
RK
State Administration
Total cargo
(1000 t)
Change
10/11
Share
Navigation by port
Sólidos Participação
Líquidos Participação Carga geral Participação Longo curso Cabotagem Outros
(1000 t)
(1000 t)
Solids
Share
Liquids
Share
Gen. cargo
(1000 t)
Share International
Local
Others
Participação Share (%)
36
SUPER TERMINAIS
AM Privada Private
4.086
+28%
0,5%
-
-
-
-
-
-
79
21
-
37
OMNIA
PA Privada Private
3.877
+52%
0,4%
3.849
0,72%
-
-
-
-
3
91
6
38
PECÉM
CE Privada Private
3.750
+5%
0,4%
811
0,15%
387
0,19%
564
1,54%
79
21
-
39
SALVADOR
BA Pública Public
3.484
+1%
0,4%
409
0,08%
37
0,02%
264
0,72%
71
25
5
40
MACEIÓ
AL Pública Public
3.306
+11%
0,4%
2.408
0,45%
940
0,46%
41
0,11%
78
22
-
41
BELÉM
PA Pública Public
3.225
+1%
0,4%
713
0,13%
2.173
1,06%
119
0,32%
30
49
22
42
CARMÓPOLIS
SE Privada Private
3.207
(-3%)
0,4%
-
-
3.207
1,56%
-
-
12
88
-
43
GUAMARÉ
RN Privada Private
2.839
+14%
0,3%
-
-
2.838
1,38%
-
-
3
97
-
44
COTEGIPE
BA Privada Private
2.752
+15%
0,3%
2.752
0,51%
-
-
-
-
66
34
-
45
YARA BRASIL FERT.
RS Privada Private
2.745
+33%
0,3%
2.569
0,48%
148
0,07%
-
-
73
-
27
46
ULTRAFÉRTIL
SP Privada Private
2.620
+25%
0,3%
2.308
0,43%
312
0,15%
-
-
93
7
-
47
AREIA BRANCA
RN Pública Public
2.524 (-19%)
0,3%
2.524
0,47%
-
-
-
-
15
36
49
48
GREGÓRIO CURVO
MS Privada Private
2.449
+55%
0,3%
2.449
0,46%
-
-
-
-
1
-
99
49
SANTAREM
PA Pública Public
2.345 +1.433%
0,3%
2.062
0,39%
138
0,07%
92
0,25%
58
-
42
50
IMBITUBA
SC Pública Public
2.312
+22%
0,3%
1.868
0,35%
113
0,05%
130
0,35%
92
8
-
51
ARACRUZ
BA Privada Private
2.234
+30%
0,3%
-
-
-
-
2.234
6,09%
1
99
-
52
SOLIMÕES
AM Privada Private
2.135
+2%
0,2%
-
-
2.135
1,04%
-
-
-
3
97
53
PORTO VELHO
RO Pública Public
2.094 (-13%)
0,2%
1.982
0,37%
-
-
111
0,30%
-
-
100
54
RECIFE
PE Pública Public
1.999
+7%
0,2%
1.587
0,30%
22
0,01%
295
0,80%
85
9
6
55
CEVAL
RS Privada Private
1.793
+65%
0,2%
1.569
0,29%
223
0,11%
-
-
95
-
5
56
CABEDELO
RS Pública Public
1.755
+34%
0,2%
980
0,18%
742
0,36%
33
0,09%
61
39
-
57
T. MAR. L. FOGLIATTO RS Privada Private
1.635
+13%
0,2%
1.635
0,31%
-
-
-
-
88
1
10
58
CHIBATÃO
AM Privada Private
1.616
+2%
0,2%
-
-
-
-
-
-
26
74
-
59
CATTALINI
PR Privada Private
1.588
(-6%)
0,2%
-
-
1.588
0,77%
-
-
97
3
-
60
GRANEL QUÍMICA
MS Privada Private
1.573
+50%
0,2%
1.572
0,29%
-
-
-
-
1
-
99
61
PORTO SOBRAMIL
MS Privada Private
1.461
+15%
0,2%
1.461
0,27%
-
-
-
-
4
-
96
62
MACAPÁ
AP Pública Public
1.334
+22%
0,2%
833
0,16%
474
0,23%
26
0,07%
50
9
41
63
MURUCUPI
PA Privada Private
1.265 (-17%)
0,1%
692
0,13%
573
0,28%
-
-
100
-
-
64
BERTOLINI BELÉM
PA Privada Private
1.229
+3%
0,1%
-
-
-
-
-
-
-
-
100
65
ANTONINA
PR Pública Public
1.208 +383%
0,1%
1.103
0,21%
13
0,01%
93
0,25%
95
5
-
66
MAR. DE BELMONTE BA Privada Private
1.040
+28%
0,1%
-
-
-
-
-
-
-
100
-
67
IBEPAR MANAUS
AM Privada Private
1.011
+3%
0,1%
-
-
-
-
-
-
-
-
100
68
J.F. OLIVEIRA BELÉM AM Privada Private
1.005
+53%
0,1%
-
-
-
-
-
-
39
1
60
• A categoria Outros no item Navegação por porto indica navegação fluvial e lacustre. No caso do porto de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, a categoria também inclui navegação para o Porto-Ilha, uma plataforma de armazenamento de sal situada a 13 km da costa The category Others in the Navigation by port item includes river and lake navigation. In the case of the Areia Branca port in Rio Grande do Norte, the category also includes navigation to the
Island-Port, a platform, situated 13 km off the coast used for salt storage
www.analise.com
logística
11
Portos e hidrovias Ports and riverways
Maiores terminais por carga Largest terminals by cargo
Os quadros apresentam os 14 portos que representam individualmente 1% ou mais da carga total movimentada no Brasil em 2011
The tables show the 14 ports which individually represent 1% or more of the total cargo transported within Brazil in 2011
TERMINAL DE TUBARÃO
TERMINAL PONTA UBU
Porto Port: Vitória (ES)
Porto Port: Anchieta (ES)
Porto Port: Porto Alegre (RS)
Administrador Administrator: Vale
Administrador Administrator: Samarco Mineração
Administrador Administrator: Petrobras
• CARGA
• CARGA
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
ALMIRANTE SOARES DUTRA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
110.143 mil toneladas (+2%)
23.704 mil toneladas (+3%)
11.241 mil toneladas (-1%)
Principais produtos Main products: Minério de
ferro Iron ore
Principais produtos Main products: Minério de
ferro Iron ore
Principais produtos Main products: Petróleo e
derivados Oil and derivatives
PONTA DA MADEIRA
MADRE DE DEUS
PRAIA MOLE
Porto Port: Itaqui (MA)
Porto Port: Aratu (BA)
Porto Port: Vitória (ES)
Administrador Administrator: Vale
Administrador Administrator: Petrobras
• CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
• CARGA
Administrador Administrator: Vale, CST ArcelorMittal,
Usiminas, Gerdau
102.261 mil toneladas (+6%)
20.701 mil toneladas (+2%)
Principais produtos Main products: Minério de
ferro Iron ore
Principais produtos Main products: Petróleo e
derivados Oil and derivatives
ALMIRANTE BARROSO
TERMINAL DO PORTO TROMBETAS
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
Porto Port: Belém (PA)
Administrador Administrator: Petrobras
Administrador Administrator: Mineração do Rio Grande
do Norte
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
49.695 mil toneladas (+6%)
Principais produtos Main products: Petróleo e
derivados Oil and derivatives
ALMIRANTE MAXIMIANO FONSECA
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED
1
17.893 mil toneladas (+ 8%)
Principais produtos Main products: Bauxita Bauxite
ALUMAR
Porto Port: São Luís (MA)
Administrador Administrator: Petrobras
Administrador Administrator: Alcoa, BHP Billitoneladas
e Rio Tinto Alcan
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
38.784 mil toneladas (-2%)
Principais produtos Main products: Petróleo e
derivados Oil and derivatives
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED
1
12.718 mil toneladas (+39%)
Principais produtos Main products: Alumina, bauxita,
carvão, coque, óleo combustível Alumina, bauxite, coal,
coke, fuel oil
MBR
Porto Port: Itaguaí (RJ)
Administrador Administrator: Vale
• CARGA
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
37.526 mil toneladas (-1%)
Principais produtos Main products: Minério de
ferro Iron ore
Principais produtos Main products: Carvão mineral,
manganês, fertilizantes, enxofre e minério de
ferro Coal, manganese, fertilizers, sulphur, iron ore
PORTOCEL
Porto Port: Vitória (ES)
Administrador Administrator: Fibria, Cenibra
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
8.862 mil toneladas (+9%)
Principais produtos Main products: Celulose,
madeira Pulp, wood
Porto Port: Angra dos Reis (RJ)
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
9.590 mil toneladas (-9%)
Porto Port: São Sebastião (SP)
• CARGA
• CARGA
ILHA D’ÁGUA
Porto Port: Rio de Janeiro (RJ)
TERMINAL SÃO FRANCISCO DO SUL
Porto Port: São Francisco do Sul (SC)
Administrador Administrator: Administração do Porto
de São Francisco do Sul (APSFS)
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
10.000 mil toneladas (+10%)
Principais produtos Main products: Soja e derivados,
madeira, cerâmica, siderurgia, trigo, fertilizantes,
máquinas e equipamentos Soybeans and derivatives,
wood, ceramics, steel , wheat, fertilizers, machines and
equipaments
Administrador Administrator: Petrobras
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
11.813 mil toneladas
Principais produtos Main products: Petróleo e
derivados Oil and derivatives
O valor entre parênteses indica a variação em relação ao ano anterior the value in parenthesis indicates change in relation to the former year
1
12
logística
www.analise.com
BILINGUAL CONTENT
Apoio
ENGLISH AND PORTUGUESE
hidrovias Riverways
Paraguai
Porto
Port
Madeira
Porto de Belém
Porto de Manaus
Tocantins-Araguaia
São Luís
MA
PA
Rio Madeira
Cidade
City
Tietê-Paraná
AM
Rio Tocantins
Rio Araguaia
Madeira
Tocantins-Araguaia
PE
Porto Velho
BRASIL
RO
TO
Rio das Mortes
Palmas
MT
BA
Paraguai
Administrador Administrator: Administração das
Hidrovias do Paraná (Ahrana) e Departamento
Hidroviário do Estado de São Paulo
Rio Cuiabá
Cuiabá
Bacia Basin: Paraná
Estados em que atua States reach: São Paulo, Mato
Grosso do Sul, Paraná, Goiás, Minas Gerais
Brasília
GO
BOLÍVIA
Extensão navegável Navigable length: 1.820 km
Profundidade máxima Maximum depth: 3 metros
Rio Paranaíba
MG
Paraná-Tietê
Rio Grande
MS
Paraguai
TIETÊ-PARANÁ
Portos e terminais Ports and terminal: 41
Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 70
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
5,7 mi toneladas (+ 24%)
Rio Paraná
SP
Rio Ivaí
PR
Rio Tietê
RJ
São Paulo
Rio
Paranapanema
Curitiba
Argentina
SC
Principais produtos Main products: Soja em grãos
e farelo, sorgo, milho, açúcar, areia, cascalho,
pneus, máquinas, calcário, fertilizantes, sementes,
trigo, carne, madeira, carvão, arroz, mandioca,
algodão Soybeans and soy meal, sorghum, corn, sugar,
sand, limestone, tires, machines, limestone, fertilizers, seed,
wheat, meat, wood, coal, rice, manioc and cotton
Conexões com portos marítimos Connections with sea
ports: Paranaguá (PR), Santos (SP)
Conexões com hidrovias de outros países Connections
with riverways in other countries: Paraguai
RS
TOCANTINS-ARAGUAIA
MADEIRA
PARAGUAI
Administrador Administrator: Administração das
Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc)
Administrador Administrator: Administração das
Hidrovias do Paraguai (Ahipar)
Administrador Administrator: Administração das
Hidrovias do Tocantins - Araguaia (Ahitar) e
Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental
(Ahimor)
Bacia Basin: Amazônica Ocidental
Estados em que atua States reach: Amazonas, Rondônia
Bacia Basin: Paraguai
Estados em que atua States reach: Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul
Bacia Basin: Tocantis-Araguaia
Estados em que atua States reach: Pará, Maranhão,
Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal
Extensão navegável Navigable length: 1.270 km
Profundidade máxima Maximum depth: 3 metros
Extensão navegável Navigable length: 2.127 km
Profundidade máxima Maximum depth: 2 metros
Portos e terminais Ports and terminal: 7
Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 12
Portos e terminais Ports and terminal: 7
Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 12
6 mi toneladas (+77%)
• CARGA
• CARGA
Principais produtos Main products : Soja, fertilizantes,
milho, cimento, combustíveis, alimentos perecíveis
e não perecíveis, contêineres, automóveis, cargas
gerais Soybeans, fertilizers, fuel, perishable and
6 mi toneladas (+300%)
34,9 mi toneladas
Principais produtos Main products : minério de ferro,
manganês, trigo, malte e cevada, reatores e petróleo
e derivados Iron ore, manganese, wheat, malt and barley,
Principais produtos Main products : Soja em grãos
e farelo, minério de ferro, milho, arroz, gado e
madeira Soybeans and soymeal, iron ore, corn, rice, cattle
reactors, oil and derivatives
and wood
Conexões com hidrovias de outros países Connections
with riverways in other countries: Argentina, Uruguai,
Bolívia e Paraguai
Conexões com hidrovias de outros países Connections
with riverways in other countries: Argentina, Uruguai,
Bolívia e Paraguai
Extensão navegável Navigable length: 1.056 km
Profundidade máxima Maximum depth: 30 metros
Portos e terminais Ports and terminal: 6
Flutuantes e atracadouros Small docking facilities: 1
• CARGA
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
nonperishable foods, containers, cars, general cargo
1
O valor entre parênteses indica a variação em relação ao ano anterior The value in parenthesis indicates change in relation to the former year
www.analise.com
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
logística
13
Diego Padgurschi/Folhapress
aeroportos
Reforma no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: infraestrutura da aviação civil vai receber aportes de 10 bilhões de reais até 2014
Preparação de
olho na Copa
Proximidade de grandes eventos mundiais impulsiona uma nova
rodada de investimentos e as primeiras concessões de aeroportos
O
s aeroportos brasileiros vão
receber quase dez bilhões
de reais em investimentos
até 2014, quando será realizada a Copa do Mundo no
Brasil. Os recursos dizem
respeito a aportes diretos do governo
federal, somados aos investimentos
realizados por grupos privados ganhadores de leilões de concessão em
14
logística
2012. Os projetos oficiais, em especial
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), preveem 6,5 bilhões
de reais. Entre 2003 e 2010, a média
de aporte nos aeroportos brasileiros
foi de 1,1 bilhão por ano, valor que vai
triplicar nos próximos três anos.
Além de aportes diretos, o governo
apostou na mudança do modelo de exploração dos aeroportos em busca da
iniciativa privada. A principal estratégia está nas concessões. As primeiras
aconteceram em novembro de 2011,
com a concessão do Aeroporto de São
Gonçalo do Amarante, no Rio Grande
do Norte, vencida pelo Consórcio Inframérica (formado pela Engevix e a
Corporación Argentina). O leilão teve
ágio de 229%, com 170 milhões de reais para exploração de 25 anos.
www.analise.com
Apoio
As concessões chegaram a alguns
dos principais aeroportos brasileiros
em 2012. Em fevereiro, foram realizados os leilões dos aeroportos em São
Paulo, de Guarulhos e de Campinas,
e Brasília. Juntos, concentram a movimentação de 30% dos passageiros
nacionais, 57% da movimentação da
carga e 19% das aeronaves do sistema
aeroviário brasileiro.
O vencedor do leilão para o aeroporto de Guarulhos foi o Consórcio Invepar (formado pelos fundos de pensão
Previ, Funcef, Petros; a Construtora
OAS e a sul-africana ACSA). O total
pago foi de 16,1 bilhões de reais, ágio
de 374%, para 20 anos. Viracopos, em
Campinas, ficou com o Consórcio Aeroportos Brasil (formado pela Triunfo
e a francesa Égis), com 3,8 bilhões
de reais, 158% de ágio, para 30 anos.
O aeroporto de Brasília ficou com o
Consórcio Inframérica Aeroportos (da
Infravix e da argentina Corporación
América) por 4,5 bilhões de reais ou
673% acima do pedido pelo governo
federal para 25 anos. No total, o governo conseguiu chegar a 24,5 bilhões
de reais com os leilões. A Infraero terá
participação de 49% nos projetos.
Demanda não atendida – De acordo com a Associação Internacional de
Transporte Aéreo (Iata), terminais em
13 dos 25 maiores aeroportos brasileiros não conseguem atender à demanda
atual de passageiros e do transporte
de carga. O maior exemplo da delicada situação é o Aeroporto de Guarulhos, o maior do país. Durante o ano
de 2011, ele operou 20% acima de sua
capacidade, transportando 30 milhões
de passageiros, quando o limite é de
25 milhões. Na prática, isso significou
filas de passageiros e aviões, atrasos e
uma série de problemas relacionados
à falta de slots – horários de pousos
e decolagens. Para desafogar o sistema, o governo prevê, além das concessões e ampliações dos principais
aeroportos, a construção de terminais
regionais, saltando dos atuais 130 para
210 até 2014. A meta é que nenhuma
pessoa fique a mais de 100 quilômetros de distância de um voo regular.
Transporte de carga – O transporte
de carga aérea responde por 0,4% do
total brasileiro. Em 2011, foram transportadas mais de 42 mil toneladas,
alta de 13% ante 2010. Os principais
produtos que passaram pelos terminais dos aeroportos foram eletroeletrônicos, peças automotivas e roupas.
Em 2011, 179 milhões de passageiros
passaram pelos aeroportos brasileiros, aumento de 15% ante 2010, com
a Região Metropolitana de São Paulo concentrando 31% desse total. 0
Projetos e obras de aeroportos
O quadro lista os principais projetos e obras de aeroportos em andamento no Brasil
Estado
Investimento
(em R$ mi)
Responsável
Concessão e expansão
DF
4.500
Cons. Inframérica
Aeroporto de Goiânia
Construção do novo terminal de passageiros, do sistema viário
interno e outras obras
GO
285
Infraero
2015
Em projeto
Aeroporto de São Gonçalo do Amarante
Construção do terminal de passageiros
RN
650 Cons. Infra-América
2014
Em projeto
Aeroporto de Vitória
Construção do novo terminal de cargas
ES
55
Infraero
2013
Em projeto
Aeroporto de Vitória
Construção do novo terminal de passageiros, torre de controle
e outras obras
ES
322
Infraero
2014
Em projeto
Aeroporto Internacional Afonso Pena/
Curitiba
Ampliação do terminal de cargas
PR
18
Infraero
2012 Em andamento
Aeroporto Internacional de Florianópolis
Construção do novo terminal de passageiros, pátio de aeronaves, estacionamento e acesso viário
SC
294
Infraero
2014 Em andamento
Aeroporto Internacional de São Paulo/
Guarulhos
Construção do terminal de passageiros 3
SP
753
Infraero
2013 Em andamento
Aeroporto Internacional de São Paulo/
Guarulhos
Ampliação e revitalização do sistema de pistas e pátio
SP
308
Infraero
2013 Em andamento
Aeroporto Internacional de Viracopos/
Campinas
Projetos, desapropriação e obras do novo terminal de
passageiros e pátio
SP
665
Infraero
2013 Em andamento
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/
Galeão
Conclusão da reforma do terminal de passageiros 1
RJ
254
Infraero
2013 Em andamento
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/
Galeão
Conclusão da reforma do terminal de passageiros 2
RJ
317
Infraero
2012 Em andamento
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/
Galeão
Reforma e revitalização do terminal de cargas 1
RJ
23
Infraero
2013 Em andamento
Aeroporto Internacional Salgado Filho/
Porto Alegre
Reforma e ampliação do terminal de passageiros 1
RS
346
Infraero
2013
Aeroporto Internacional Salgado Filho/
Porto Alegre
Construção do novo terminal de carga
RS
137
Infraero
2012 Em andamento
Obra
Descrição
Aeroporto de Brasília
www.analise.com
Previsão
Status
2013 Em andamento
logística
Em licitação
15
Aeroportos Airports
movimentação nos aeroportos airports's Flow
O quadro lista os 34 aeroportos brasileiros que atuam em transporte de carga ranqueados pelo volume total movimentado em 2011
The table shows the 34 Brazilian airports that transport cargo ranked by the total amount of goods shipped in 2011
Pista
Carga movimentada em 2011 (t)
Runway
Cargo transported in 2011
RK
Cidade
Estado Nome
City
State
Name
Carga total
Total cargo
Variação
Change
09/10
Exportação
Export
Variação
Change
09/10
Importação
Import
Variação
Change
09/10
TAT médio Comprimento x largura
Average TAT
Length x width
(min.)
Pista 1
Pista 2
1 Campinas
SP
Viracopos
292.393
+10%
109.229
+14%
183.164
+8%
45
3.240 x 45
-
2 Guarulhos
SP
Gov. André Franco Montoro
276.475
+2%
135.225
+4%
141.249
+0,4%
40
3.700 x 45
3.000 x 45
3 Galeão
RJ
Antonio Carlos Jobim
87.876
+10%
41.114
+20%
46.762
+2%
60
4.000 x 45
3.180 x 47
4 Manaus
AM
Eduardo Gomes
57.639
(-23%)
4.707
(-16%)
52.932
(-24%)
120
2.700 x 45
-
5 Curitiba
PR
Afonso Pena
34.648
+6%
10.588
(-7%)
24.060
+13%
30
2.215 x 45
1.800 x 45
6 Confins
MG
Tancredo Neves
27.163
+42%
10.900
+60%
16.263
+31%
20
3.000 x 45
-
7 Porto Alegre
RS
Salgado Filho
17.683
(-13%)
7.630
(-1%)
10.054
(-20%)
40
2.280 x 42
-
8 Salvador
BA
Deputado Luís E. Magalhães
8.971
(-2%)
5.240
(-5%)
3.731
+3%
40
3.005 x 45
1.520 x 45
9 Goiânia
GO
Santa Genoveva
6.561
(-63%)
47
(-46%)
6.514
(-63%)
30
2.500 x 45
-
10 Recife
PE
Gilberto Freyre
6.515
+9%
4.102
+31%
2.413
(-16%)
30
3.300 x 45
-
11 Vitória
ES
Eurico de Aguiar Salles
5.778
+26%
49
(-26%)
5.730
+27%
30
1.750 x 45
-
12 Brasília
DF
Pres. Juscelino Kubitschek
4.545
+37%
620
+94%
3.924
+31%
50
3.200 x 45
3.300 x 45
13 Navegantes
SC
Ministro Victor Konder
4.364
+6%
9
+222%
4.355
+6%
30
1.701 x 45
-
14 Fortaleza
CE
Pinto Martins
3.973
(-17%)
2.781
(-18%)
1.193
(-13%)
30
2.545 x 45
-
15 Petrolina
PE
Senador Nilo Coelho
2.346
+18%
2.346
+18%
-
-
30
3.250 x 45
-
16 S. J. dos Campos
SP
Prof. Urbano Ernesto Stumpf
2.117
(-1%)
1.308
+21%
809
(-23%)
30
2.676 x 45
-
17 Joinville
SC
Lauro Carneiro de Loyola
1.814
(-1%)
9
+2%
1.805
(-1%)
20
1.640 x 45
-
18 Natal
RN
Augusto Severo
1.606
(-34%)
1.397
(-32%)
209
(-44%)
40
2.600 x 45
1.800 x 45
19 Belém
PA
Belém
1.036
+32%
747
+31%
288
+34%
30
2.800 x 45
1.830 x 45
20 Florianópolis
SC
Hercílio Luz
990
+13%
45
(-8%)
945
+14%
60
2.300 x 45
1.500 x 45
21 Teresina
PI
Senador Petrônio Portella
470
+15%
-
-
470
+15%
30
2.200 x 45
-
22 Boa Vista
RR
Boa Vista
413
+23%
-
-
413
+23%
40
2.700 x 45
-
23 São Luis
MA
Marechal Cunha Machado
328
+170%
17
+74%
311
+178%
30
2.385 x 45
1.525 x 41
24 Campo Grande
MS
Campo Grande
280
(-5%)
14
-
266
(-10%)
30
2.600 x 45
2.500 x 23
25 Cuiabá
MT
Marechal Rondon
258
+34%
5
+281%
254
+33%
30
2.300 x 45
-
26 Foz do Iguaçú
PR
Foz do Iguaçú
221
(-4%)
78
+158%
143
(-29%)
30
2.195 x 45
-
27 Maceió
AL
Zumbi dos Palmares
87
+130%
2
(-39%)
85
+147%
30
2.600 x 45
-
28 João Pessoa
PB
Castro Pinto
60
(-85%)
-
-
60
(-85%)
80
2.515 x 45
-
29 Macapá
AP
Macapá
29
+35%
-
-
29
+35%
40
2.100 x 45
-
30 Londrina
PR
Governador José Richa
24
(-83%)
1
+36%
23
(-84%)
30
2.100 x 45
-
31 Aracaju
SE
Santa Maria
2
+2%
-
-
2
+2%
30
2.200 x 45
-
32 Campos
RJ
Bartolomeu Lysandro
-
-
-
-
-
-
60
1.544 x 45
-
33 Corumbá
MS
Corumbá
-
-
-
-
-
-
60
1.500 x 45
-
34 Porto Velho
RO
Gov. Jorge Teixeira de Oliveira
-
-
-
-
-
-
30
2.400 x 45
-
• Os aeroportos operam 24 hs por dia. As exceções estão listadas a seguir. Navegantes: 18 hs, Joinville: 17 hs, Campos: 17 hs e Corumbá: 15 hs. TAT: Turnaround Time é o tempo médio em que a aeronave permanece no solo para
reabastecer e realizar outras atividades necessárias. Os TATs apresentados referem-se a voôs de passageiros. Os aeroportos que possuem TATs para aviões cargueiros são: Campinas: 180 min, Manaus: 180 min, Curitiba: 100 min,
Porto Alegre: 60 min, Natal: 120 min, Petrolina: 120 min, Belém: 240 min, Cuiabá: 50 min. The airports operate 24 hours a day. The exceptions are as follow. Navegantes: 18 hs, Joinville: 17 hs, Campos: 17 hs, Corumbá: 15 hs. TAT:The
turnaround time is the average amount of time the aircraft stays on the ground for refueling and other necessary activities,the TATs shown refers to passenger flights. The airports that have TATs for cargo planes are: Campinas: 180
min, Manaus: 180 min, Curitiba: 100 min, Porto Alegre: 60 min, Natal: 120 min , Petrolina: 120 min, Belém: 240 min, Cuiabá: 50 min.
16
logística
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BILINGUAL CONTENT
Apoio
ENGLISH AND PORTUGUESE
principais aeroportos Major airports
Os quadros apresentam os 7 aeroportos que movimentaram mais de 10 mil toneladas de carga no Brasil em 2011
The tables show the seven airports that transported over 10 thousand tons of cargo in Brazil in 2011
AFONSO PENA
• ACESSOS
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 07/1974
Cidade/Estado City/State: São José dos Pinhais (PR)
Carga movimentada Cargo transported: 34.648 mil ton
Rodoviários Highway: Avenida Torquato Tapajós e
Avenida do Turismo
• ARMAZENAGEM
STORAGE
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
12mil m²
Número de armazéns Number of warehouses: 2
Volume câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 486 m3
• ACESSOS
ACCESS
Rodoviários Highway: BR-277, BR-376, Avenida das
Torres e Avenida José Paulo Lepinske
• PRODUTOS
Products
Principais produtos Main products: equipamentos para
informática e para eletroeletrônicos, máquinas e
equipamentos, produtos químicos, veículos e peças IT
equipment and for electronic, machinery and equipments,
chemicals and autos and parts
• EMPRESAS
Principais empresas Main companies: Absa, A Arrow,
Cargolux, Cielos Del Peru, Florida West, Lan Cargo,
Lufthansa, Tampa
ANTONIO CARLOS JOBIM
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 12/1978
Cidade/Estado City/State: Galeão (RJ)
Carga movimentada Cargo transported: 87.876 mil ton
STORAGE
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
33,2 m²
Número de armazéns Number of warehouses: 2
Volume câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 7.801 m3
Área carga viva Area for live cargo: 290 m²
Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 99 m²
• ACESSOS
ACCESS
Rodoviários Highway: Avenida Brasil, Linha Amarela,
Linha Vermelha, Via Expressa e Washington Luís
• PRODUTOS
• PRODUTOS
Products
Principais produtos Main products: equipamentos para
informática e para eletroeletrônicos IT equipment and
for electronics
• EMPRESAS
Companies
Principais empresas Main companies: Absa, Air Cargo,
Amazonaves, Amerijet, Atlas, Azul, Centurion,
Lufthansa, Gol, Rio, Tam Cargo, Tampa Cargo, Total,
Trip
GOVernador ANDRÉ
FRANCO MONTORO
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 08/1986
Cidade/Estado City/State: Guarulhos (SP)
Carga movimentada Cargo transported: 276.,4 mil ton
• ARMAZENAGEM
Companies
• ARMAZENAGEM
ACCESS
Products
Principais produtos Main products: frutas, pescados,
produtos químicos e farmacêuticos, têxteis, veículos
e peças Fruit, fish, chemicals and pharmaceuticals, textiles
STORAGE
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
92,5 m²
Número de armazéns Number of warehouses: 8
Volume da câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 7.717 m3
Área carga viva Area for live cargo: 55m²
Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 1.584m²
• ACESSOS
ACCESS
Rodoviários Highway: Ayrton Senna e Presidente Dutra
• PRODUTOS
Products
Principais produtos Main products: eletroeletrônicos,
frutas, produtos químicos e farmacêuticos, têxteis,
veículos e peças Electronics, fruit, chemicals and
pharmaceuticals, textiles, autos and parts
• EMPRESAS
Companies
Principais empresas Main companies: Absa, AeroMéxico,
Air France, American Airlines, Iberia, KLM, Lan Chile,
Tam Cargo, Tap, United Airlines
SALGADO FILHO
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 10/1974
Cidade/Estado City/State: Porto Alegre (RS)
Carga movimentada Cargo transported: 17.683 mil ton
and autos and parts
• ARMAZENAGEM
• EMPRESAS
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
6.846m²
Número de armazéns Number of warehouses: 3
Área carga ao ar livre Outdoor cargo area: 900 m²
Volume câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 186 m3
Área carga viva Area for live cargo: 20 m²
Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 59 m²
Companies
Principais empresas Main companies: Absa, American
Airlines, Delta, Ibéria, Tam Cargo, Tap
EDUARDO GOMES
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 03/1976
Cidade/Estado City/State: Manaus (AM)
Carga movimentada Cargo transported: 57.639 mil ton
• ARMAZENAGEM
STORAGE
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
42 m²
Número de armazéns Number of warehouses: 3
Volume câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 2.173 m3
Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 27 m²
www.analise.com
• ACESSOS
STORAGE
ACCESS
Rodoviários Highway: Avenida Castelo Branco, Avenida
dos Estados, Avenida Farrapos, Sertório
• PRODUTOS
Products
Principais produtos Main products: equipamentos para
informática, máquinas e equipamentos IT equipment,
• EMPRESAS
Companies
Principais empresas Main companies: Aerolineas
Argentinas, Avianca, Azul, Bringer, Copa, Gol, Lan
Chile, NHT, Passaredo, Pluna, Taca, Tam Cargo, Tap,
Total, Trip, Webjet
TANCREDO NEVES
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 10/1984
Cidade/Estado City/State: Confins (MG)
Carga movimentada Cargo transported: 27.163 mil ton
• ARMAZENAGEM
STORAGE
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
9.144 m²
Número de armazéns Number of warehouses: 5
Volume câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 1.050 m3
Área carga viva Area for live cargo: 225 m²
Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 40 m²
• ACESSOS
ACCESS
Rodoviários Highway: MG-010 e MG-424
• PRODUTOS
Products
Principais produtos Main products: equipamentos
para informática e para eletroeletrônicos, máquinas
e equipamentos, produtos farmacêuticos, veículos
e peças IT equipment and for electronics, machinery and
equipments, pharmaceuticals, autos and parts
• EMPRESAS
Companies
Principais empresas Main companies: American Airlines,
Avianca, Azul, Copa Airlines, Gol, Pluna, Tam Cargo,
Tap, Trip
VIRACOPOS
Administrador Administrator: Infraero
Início de operação Start of operation: 01/1978
Cidade/Estado City/State: Campinas (SP)
Carga movimentada Cargo transported: 292.393 mil ton
• ARMAZENAGEM
STORAGE
Área do terminal de logística Area of logistics terminal:
77.424 m²
Número de armazéns Number of warehouses: 4
Volume câmara frigorífica Volume of cold storage
chamber: 11,5 mil m3
Área carga viva Area for live cargo: 1.671 m²
Área carga perigosa Area for dangerous cargo: 874 m²
• ACESSOS
ACCESS
Rodoviários Highway: Anhanguera, Bandeirantes e
Santos Dumont
• PRODUTOS
Products
Principais produtos Main products: equipamentos para
informática e para eletroeletrônicos, máquinas e
equipamentos, produtos farmacêuticos, veículos
e peças IT equipments and electronics, machinery and
equipments, pharmaceuticals, autos and parts
• EMPRESAS
Companies
Principais empresas Main companies: Absa, Air, Atlas,
Cargo Lux, Cargo Lux Itália, Centurion, Emirates,
Fedex, Florida West, Lan Cargo, Lan Colombia,
Lufthansa, Martinair, Masair, Tampa, UPS
machinery and equipments
logística
17
RODOVIAS
plano para USar
menos e melhor
Governo quer diminuir a participação das rodovias ao mesmo
tempo em que investe em reformas para melhorar a malha
A
mas logísticos de alto padrão geridos
pela iniciativa privada, como a Rodovia Anhanguera e a Castelo Branco,
apontadas como as melhores do país,
em 2011, pela Confederação Nacional
dos Transportes (CNT). No plano geral, dados da CNT dão conta que quase
Paulo Whitaker/Reuters
malha rodoviária nacional
responde pela maior fatia
de tudo o que é transportado no Brasil: 61%. E, no
geral, a qualidade da malha é considerada baixa.
As exceções ficam por conta de siste-
Caminhões carregados de soja na BR-277, em Curitiba: o segmento rodoviário vai receber
50,4 bilhões de reais em investimentos do governo federal no âmbito do programa PAC 2
18
logística
metade das estradas brasileiras é considerada regular ou ruim, e 9% estão
em estado péssimo, com problemas de
sinalização, pavimentação ou na geometria da via – fatores que resultam
em maior gasto com combustível e na
manutenção de veículos.
Para mudar esse quadro, o governo
federal pretende agir em duas frentes.
Primeiro, na melhoria da qualidade da
malha existente e construção de rodovias em áreas às quais o asfalto ainda
não chegou. Paralelamente, busca diminuir a dependência da malha logística das rodovias, em uma estratégia de
diversificação. A participação de 61%
das rodovias no transporte de carga no
Brasil está estável desde a década de
1960, e é um dos índices mais altos do
mundo, mesmo na comparação com
países que também possuem extensão
continental. Nos Estados Unidos, por
exemplo, a participação das estradas
representa 26% da carga transportada;
na Austrália, 24%.
As movimentações, que podem parecer contraditórias, em um primeiro
momento, justificam-se por dois pontos. Historicamente, as rodovias são a
principal maneira de escoamento de
produtos no Brasil. Por isso, mesmo
com o crescimento das outras opções
logísticas, elas vão continuar a desempenhar um papel extremamente
relevante. Aumentar a qualidade é,
portanto, fundamental para reduzir
custos e facilitar o escoamento da produção. Por outro lado, há interesse em
desenvolver alternativas que, em méwww.analise.com
Apoio
dio e longo prazos, possam oferecer
custos menores e melhores soluções
logísticas. É por isso que, segundo
projeção do Ministério dos Transportes, serão investidos 150 bilhões de
reais até 2025 nos setores ferroviários e aquaviários com esse objetivo.
Na outra ponta, as rodovias vão receber o equivalente a um terço desse
montante no mesmo período. A meta
é reduzir para 30% a fatia das estradas no transporte de carga brasileiro.
Investimento oficial – Por meio
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o governo pretende
investir 50,4 bilhões de reais na renovação de 55 mil quilômetros de rodovias, e na criação de 8 mil quilômetros
de novas estradas. A maior parte do
valor, 48,4 bilhões de reais, será empregada em obras de infraestrutura nas
regiões do Brasil que receberão turistas na Copa do Mundo de 2014.
Para o Nordeste, o órgão destinou
1,7 bilhão de reais para a duplicação
dos 248,5 quilômetros da BR-101, no
Alagoas. A via é um dos principais
caminhos de escoamento da região.
O trecho Norte-Sul e a BR-364 também vão receber 1 bilhão de reais do
PAC 2. As travessias de Ouro Preto
do Oeste, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Ponte Abunã,
dentre outras, também vão passar por
reformas e obras de modernização. As
QUALIDADE DA MALHA
O quadro mostra a condição das estradas
do Brasil segundo sua administração
15 mil KM de
rodovias privadas
212 mil KM de
rodovias públicas
Ótimo
ou bom
Regular
ou ruim
85%
Regular
ou ruim
15%
Ótimo
ou bom
66%
34%
melhorias vão facilitar o embarque
de cargas para os terminais de Porto
Velho e Itacoatiara, no Amazonas. A
principal rodovia para exportação de
soja das regiões Centro-Oeste e Sul,
a BR-163 vai receber incentivos da
ordem de 1,4 bilhão de reais. Mais
de 1,5 mil quilômetros de vias serão
pavimentadas entre Santarém (PA)
e Guarantã do Norte (MT). No Sul,
o governo também planeja construir
uma ponte na BR-116 para interligar
a fronteira brasileira com o Uruguai,
facilitando o comércio entre os países
vizinhos. Os investimentos são estimados em 3,4 bilhões de reais.
Política de concessões – A principal estratégia do governo brasileiro
para envolver o setor privado no setor
são os programas de concessão iniciados em meados da década de 1990.
Em 2012, o Brasil possui mais de 15
mil quilômetros concedidos de rodovias, o que representa 7,2% da malha
rodoviária nacional pavimentada. Na
avaliação feita pela CNT, em 2011,
85% delas estavam em ótimo ou bom
estado, valor muito maior que o das
estradas públicas, que foi de 34%.
Está em estudo, pelo governo, nova
rodada de leilões que, até 2014, daria a
concessão de até 9 mil quilômetros de
vias, em especial no Nordeste. Até junho de 2012, contudo, o plano oficial
não havia sido divulgado.
Para ir além das rodovias com possibilidade de lucro, o governo criou,
em 2004, parcerias públicos-privadas
(PPPs) para viabilizar rodovias de baixo retorno financeiro. O primeiro contrato de concessão de PPP foi fechado em 2007, para 372 quilômetros da
MG-050, que liga o sudoeste de Minas
Gerais ao noroeste de São Paulo.
Até junho de 2012, esta era a única
PPP para rodovias em vigor no Brasil.
Existe a expectativa de lançamento de
um novo projeto de parceria com maiores atrativos para o capital privado.
Uma das opções cogitadas pelo governo é a de subsidiar diretamente a gestão
de rodovias que não contam com grande tráfego e, portanto, não são propícias para a instalação de pedágios. 0
Projetos e obras rodoviárias
O quadro lista os principais projetos e obras rodoviárias em andamento no Brasil
Estado
Investimento
(em R$ mi)
Responsável
Previsão
Status
Construção do arco rodoviário do Rio de Janeiro
(trecho da BR-493, com 97 km)
RJ
1.239
DNIT
2014
Em andamento BR-101
Duplicação de trecho entre Palhoça e a divisa de
Santa Catarina com Rio Grande do Sul, com 249 km
SC
2.242
DNIT
2015
Em andamento BR-101
Duplicação e modernização do trecho divisa PB/
PE-Palmares-divisa PE/AL, com 199 km
PE
1.285
DNIT
2014
Em andamento BR-163
Pavimentação do trecho Guarantã do Norte (MT) e
Santarém (PA), com 1.000 km
PA - MT
1.513
DNIT/Exército
2013
Em andamento BR-365
Duplicação de trecho da BR-153, na altura do
“Trevão” em Uberlândia, com 95 km
MG
382
DNIT
2013
Em andamento Corredor Dom Pedro I
Ampliação e melhoria (cinco rodovias,
via perimetral de Itatiba)
SP
1.233
Rota das Bandeiras
2015
Em andamento Duplicação da BR-222
Duplicação do trecho entre os municípios de
Caucaia (km 11) e Pecém (km 35)
CE
76
DNIT
2012
Em andamento Rodoanel (Trecho Leste)
Construção de 42,3 km do trecho leste, que liga o
Porto de Santos ao Aeroporto de Cumbica
SP
4.000
SPMar
2014
Em andamento Obra
Descrição
Arco rodoviário (trecho BR-493)
www.analise.com
logística
19
Rodovias Highways
Porto de Belém
Porto de Fortaleza
MA
Marabá
CE
PA
RN
Porto de Natal
PB
PI
PE
Porto de Cabedelo
Porto de Suape
AL
SE
Porto de Maceió
Porto Barra dos Coqueiros
TO
BA
MT
Porto de Salvador
Vitória da
Conquista
Brasília
GO
MG
ES
São Mateus
Belo
Horizonte
MS
Porto de Vitória
SP
RJ
Ourinhos
São
Paulo
PR
Porto do Rio de Janeiro
Porto de Itaguaí
Porto de Angra dos Reis
Porto de Santos
Porto de Paranaguá
SC
MG
Porto de Itajaí
Porto de Imbituba
RS
RJ
SP
Campinas
Rio de Janeiro
Porto de Porto Alegre
São
Paulo
Aceguá
Jaguarão
Estreito
Cubatão
Guarujá
Porto de Santos
20
BR 101
Belém-Brasília
BR 153
Anchieta-Imigrantes
BR 116
Via Dutra
Conexão com outra ferrovia
Connection with other railway
Fernão Dias
Anhangera-Bandeirantes
Cidade
City
logística
Conexão com porto
Connection with port
www.analise.com
BILINGUAL CONTENT
Apoio
ENGLISH AND PORTUGUESE
principais sistemas rodoviÁRIos Major Road Systems
Os quadros apresentam as 8 principais rodovias do Brasil, que somadas percorrem mais de 16 mil km do país
The table shows the eight main expressways of Brazil, which together total more than 16 thousand km
ANCHIETA-IMIGRANTES
BR-101
BELÉM-BRASÍLIA
Administrador Administrator: Ecovias dos Imigrantes
Extensão total Total length: 56 km (Anchieta), 59 km
(Imigrantes)
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 56 km (Anchieta), 59 km (Imigrantes)
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
Administrador Administrator: Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Autopista
Fluminense, Concessionária Ponte S.A, EcoRodovias
Extensão total Total length: 4.551 km
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 808 km
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
Administrador Administrator: Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
Extensão total Total length: 1.954 km
Pedagiada Toll highway: Não No
• INFORMAÇÕES
ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• O sistema liga a cidade de São Paulo, maior centro
produtor do Brasil, ao porto de Santos (SP). The system
links the city of São Paulo, largest production center of Brazil to
the port of Santos (SP). INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• Percorre grande parte do litoral brasileiro, passando
por 12 estados e 12 portos. Spans most of the Brazilian
coast line, covering 12 states and 15 ports. • O transporte inclui produtos agrícolas da região
Centro-Oeste e do interior do estado de São Paulo. Além
de produtos industrializados produzidos na cidade de
São Paulo. The transport includes agricultural products
• Possui trecho concessionado em 2008 no estado do
Rio de Janeiro, entre a capital do estado e a divisa com
o Espírito Santo, incluindo a Ponte Rio-Niterói. Has a
from the midwest region and the interior of São Paulo state. In
addition to the industrialized products from São Paulo city.
stretch under concession since 2008 in Rio de Janeiro state,
between the state’s capital and the border with Espírito Santo,
including the Rio-Niterói bridge.
• O sistema foi ranqueado em 12º entre as rodovias
brasileiras em pesquisa da Confederação Nacional do
Transporte (CNT) de 2011. The system was ranked 12th
• A condição de asfalto da rodovia é boa, de acordo
com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte
(CNT) de 2011. The condition of the asphalt of the roadway
in the Brazilian roadway survey carried out in 2011 by the
National Transport Confederation (Confederação Nacional do
Transporte - CNT). Conexões com portos Connections with ports: Santos (SP)
VIA DUTRA
Administrador Administrator: Concessionária da
Rodovia Presidente Dutra (NovaDutra)
Extensão total Total length: 402 km
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 402 km
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• A rodovia inclui a parcela da BR-116 entre as cidades
de São Paulo e Rio de Janeiro, ligando os dois maiores
centros comerciais do Brasil. This highway includes the
stretch of BR-116 between the cities of São Paulo and Rio de
Janeiro, linking the two largest commercial centers of Brazil.
ANHANGUERA-BANDEIRANTES
Administrador Administrator: AutoBan
Extensão total Total length: 147 km (Anhanguera), 160
km (Bandeirantes)
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 147 km (Anhanguera), 160 km
(Bandeirantes)
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• O sistema liga o interior do estado à cidade de São Paulo,
transportando, principalmente, produtos agrícolas até a
capital para consumo ou para transporte posterior ao
porto de Santos (SP). This system links the interior of the
state to the city of São Paulo, transporting mostly agricultural
products to the capital for consumption or for transport to the
port of Santos (SP). • A rodovia Bandeirantes, no trecho que liga as cidades
de São Paulo e Limeira, foi a segunda melhor do Brasil
segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT)
de 2011. The Bandeirantes expressway, in the stretch that
is good according to the 2011 survey of the National Transport
Confederation (Confederação Nacional do Transporte - CNT).
• Em janeiro de 2012, um trecho de 475 km, que liga o
Espírito Santo à Bahia, passou a ser administrado pela
EcoRodovias. No entanto, por falta de quórum suficiente
na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),
a assinatura do contrato de concessão ainda não foi
efetivada. In January 2012, a 475-km stretch connecting
Espirito Santo to Bahia began to be managed by EcoRodovias;
however, due to an insufficient quorum at the National Land
Transport Agency (ANTT), the concession agreement has not
yet been executed.
Conexões com portos Connections with ports: Natal
(RN), Suape (PE), Salvador (BA), Vitória (ES), Rio de
Janeiro (RJ) e Santos (SP)
BR-116
Administrador Administrator: Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT),
Autopista Régis Bittencourt, Autopista Planalto Sul,
Concessionária Rio-Teresópolis (CRT)
Extensão total Total length: 4.561 km
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 957 km
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• Em fevereiro de 2008, dois trechos da rodovia foram
concessionados à iniciativa privada. O trecho de 402
km, de São Paulo (SP) e Curitiba (PR), é administrado
pela Autopista Régis Bittencourt; e o trecho de Curitiba
(PR) até a divisa com o estado do Rio Grande do Sul
(RS), de 413 km, é administrado pela Autopista Planalto
Sul. In February 2008, the concession of two stretches of the
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• Rodovia relevante para o transporte de
eletroeletrônicos produzidos na Zona Franca de Manaus
(AM) e carga proveniente do porto de Belém (PA) para
os consumidores do Sudeste e Sul do Brasil. Após
chegar a Brasília (DF), os produtos seguem por outras
rodovias, que vão para o sul. This highway is important for
the transport of electrical and eletronic products manufactured
in the Manaus Free Trade Zone and the cargo deriving from the
port of Belém (Pará state) for consumers in the southeast and
the south regions of Brazil. After reaching Brasília (Federal
District), the products are forwarded to the roadways to be
sent south. Conexões com portos Connections with ports:
Belém (PA)
BR-153
Administrador Administrator: Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT),
Transbrasiliana Concessionária de Rodovias
Extensão total Total length: 3.565 km
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 322 km
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• A companhia BRVias venceu, no início de 2008, o
processo de concessão para administrar o trecho da
rodovia localizado dentro do estado de São Paulo. O
trecho conta com quatro praças de pedágio. BRVias
won, at the beginning of 2008, the concession to manage the
stretch located within the state of São Paulo. The stretch will
have four toll booth complexes. FERNÃO DIAS
Administrador Administrator: Autopista Fernão Dias
(OHL Brasil)
Extensão total Total length: 562 km
Extensão sob concessão privada Length under private
administration: 562 km
Pedagiada Toll highway: Sim Yes
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
• A companhia OHL Brasil venceu, no início de 2008,
o processo de concessão para administrar, por
intermédio da empresa Autopista Fernão Dias, o trecho
da rodovia localizado entre as cidades de São Paulo
(SP) e Belo Horizonte (MG). O trecho conta com oito
praças de pedágio. OHL Brasil won, at the beginning of
roadway were granted to private initiative. The 402 km stretch
from São Paulo (São Paulo state) to Curitiba (Paraná state) will
be managed by Autopista Régis Bittencourt and the Curitiba
(Paraná state) stretch up to the border of Rio Grande do Sul
state, spanning 413 km, will be managed by Autopista Planalto
Sul. 2008, the concession to manage, through Autopista Fernão
Dias, the stretch located within the state of São Paulo and Belo
Horizonte. The stretch have eight toll booth complexes. Conexões com portos Connections with ports: Fortaleza
(CE)
ranked 21th in the Brazilian roadway survey made by the
National Transport Confederation (Confederação Nacional do
Transporte - CNT).
• Em 2011, a rodovia foi ranqueada em 21º entre as
estradas brasileiras em pesquisa da Confederação
Nacional do Transporte (CNT). In 2011, the system was
links the cities São Paulo and Limeira, was considered the
second best in Brazil in a 2011 survey of the National Transport
Confederation (Confederação Nacional do Transporte - CNT).
www.analise.com
logística
21
ferrovias
uma nova onda
de investimentos
Forte desempenho das linhas privadas garante ganho de
produtividade; investimentos do governo podem reativar o setor
D
epois de décadas andando
de lado, o setor ferroviário
brasileiro parece próximo
de dar um salto de qualidade. As bases desse movimento foram estabelecidas
nas privatizações do fim da década
de 1990, que garantiram melhora de
qualidade e maior produtividade em
várias das linhas operadas por empresas privadas. Agora, essa movimentação ganha força por conta da série de
investimentos e projetos governamentais para garantir a expansão da malha
que, de acordo com o planejamento
divulgado pelo Ministério dos Transportes em 2011, deve sair dos atuais
29 mil quilômetros para chegar aos 40
mil quilômetros até 2020.
Entre as principais obras estão as
grandes ligações Norte-Sul e LesteOeste, e a conclusão da Transnordestina para escoar a produção mineral da
Região Nordeste para os portos. Além
disso, existem importantes iniciativas
menores como a Ferrovia do Frango,
ligando Chapecó ao Porto de Itajaí,
em Santa Catarina, para o transporte
de aves. As obras planejadas devem
consumir mais de 40 bilhões de reais.
E, combinadas com o modelo de concessão, são apontadas por especialistas
como um passo acertado para mudar o
cenário do transporte ferroviário.
A penetração das ferrovias no Brasil
é pequena, especialmente se comparada à de outros países de proporções
continentais. Os Estados Unidos têm
a maior malha ferroviária do mundo,
com 225 mil quilômetros, de acordo
com dados da CIA, seguido da Rússia,
com 87 mil quilômetros, e China, com
86 mil quilômetros. Nesta lista, o Brasil é o décimo colocado. Ao se analisar
a penetração ferroviária em porcentagem do território, o Brasil passar a ser
o 112º país no ranking, atrás de Belarus, Cuba e Ucrânia.
Dados da Confederação Nacional
do Transporte (CNT) dão conta que
apenas 20% da produção do país é
transportada pelas estradas de ferro. E
a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) aponta que das 475 milhões de toneladas
transportadas em 2011, quase 77%
eram compostas de minério de ferro e
Projetos e obras ferroviárias
O quadro lista os principais projetos e obras ferroviárias em andamento no Brasil
Estado
Investimento
(em R$ mi)
Responsável
Previsão
Status
SP
2.000
União/Governo do
Estado/MRS
2014
Em andamento
GO - MT - RO
80
Valec
2015
Em andamento
GO - SP
2.900
Valec
2014
Em andamento
Construção de 1.022 km de ferrovia em bitola larga
ligando Ilhéus a Barreiras
BA
5.300
Valec
2015
Em andamento
Ferrovia Carajás
Ampliação de 100 km da serra sul de Carajás, com
605 km de trilhos duplicados
PA - MA
4.460
Vale/Odebrecht
2015
Em andamento
Ferronorte
Construção de 260 km de ferrovia entre Cuiabá e
Rondonópolis
MT
780
Ferronorte
2012
Atrasado
Nova Ferrovia Transnordestina
Construção de 1.728 km para interligar Piauí, Ceará,
e Pernambuco aos portos de Pecém e Suape
CE - PE - PI
5.420
TLSA
2013
Em andamento
Obra
Descrição
Ferroanel de São Paulo
Construção de 211 km para interligar ferrovias que
cortam a Região Metropolitana de SP
Ferrovia Centro-Oeste
Construção de ferrovias entre Campinorte (GO), Lucas
do Rio Verde (MT) e Vilhena (RO)
Ferrovia Norte-Sul
Construção de ferrovias em bitola larga entre Ouro
Verde (GO) e Estrela d'Oeste (SP), com 680 km
Ferrovia Oeste-Leste
22
logística
www.analise.com
Apoio
Política de investimentos – A principal estratégia do governo para as
ferrovias está na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento.
O PAC 2 pretende construir mais de
3,4 mil quilômetros de ferrovias. Entre os principais projetos está a nova
Transnordestina, ligando o Piauí aos
portos de Suape (PE) e Pecém (CE),
com investimentos de 5,4 bilhões de
reais; a Ferrovia Oeste-Leste, ligando
Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO) por
5,3 bilhões de reais, a Ferrovia Carajás, que liga São Luís (MA) a Carajás
(PA) por 4,5 bilhões de reais e os 1,3
mil quilômetros da Ferrovia NorteSul, que vai ligar Belém (PA) a Porto
Murtinho (MS) e com aportes de 2,9
bilhões de reais.
Além dessas ferrovias de carga, o
projeto contempla também a implantação de um trem de alta velocidade
para passageiros entre o Rio de Janeiro
a São Paulo, passando por Campinas.
Com investimentos estimados em 34,6
bilhões de reais, o projeto está congelado desde julho de 2011 por conta do
fracasso do leilão. As empresas interessadas desistiram do certame alegando altos riscos no negócio, o baixo
retorno do investimento e pouca participação do governo, além de reclamarem do viés político e das alterações
de regras do projeto. Um edital e um
novo leilão do trem-bala estão previstos para acontecer apenas em 2013. Se
o plano atual for respeitado, o governo prevê que as obras devem começar
apenas em 2014.
Com objetivo de aproveitar o interesse renovado do governo pelas
ferrovias, o setor pede extensão dos
benefícios fiscais concedidos para
produtos como têxteis e eletroeletrônicos para aumentar as atuais 3 mil
www.analise.com
Samuel Vieira/Folhapress
carvão mineral, e os 13% restantes de
produtos agrícolas.
O setor pode avançar ainda mais
com o novo marco regulatório do
governo. Criada em julho de 2011, a
medida define com clareza os deveres
das concessionárias e cria o papel do
usuário investidor. Esse usuário poderá comprar capacidade de carga, trens
e vagões para transportar seus produtos, pagando o direito de passagem à
concessionária.
Estrada de ferro operada pela Vale no Espírito Santo: plano de expansão ferroviário
nacional pretende aumentar malha em mais de 30% para 40 mil quilômetros até 2020
locomotivas em operação para 6 mil,
e dobrar o número de vagões para 200
mil até 2020. A demanda pela isenção
fiscal também pode ser colocada como
um paliativo à valorização do real, que
prejudica o setor. Em 2011, os fabricantes de equipamentos ferroviários
viram suas exportações caírem 43%, o
que significou uma perda de receita de
341 milhões de dólares para o Brasil.
A Malha pelo mundo
O quadro mostra a extensão da malha
ferroviária de cada país em mil quilômetros
EStados
unidos
225
Rússia
China
87
86
Índia
64
Canadá
46
Brasil
30
O papel da iniciativa privada – As
ferrovias mais eficientes do país são,
hoje, operadas em regime de concessão à iniciativa privada. Dados da
ANTF indicam que as concessões são
as principais responsáveis pelo aumento de 20,1 bilhões de tonelagem
por quilômetro útil em 1996 para 39,4
bilhões em 2011. Desde 1997, as concessionárias investiram 28,6 bilhões de
reais nas malhas concedidas, enquanto
a União aportou 1,4 bilhão de reais.
A Vale é a principal empresa privada a utilizar ferrovias para escoar
sua produção. Atualmente, a mineradora opera 10 mil quilômetros de
trilhos no Brasil. Além dela, a MRS
também ganhou destaque pela gestão
das ferrovias adquiridas do governo
em 1996. Responsável pelas linhas
que ligam o Rio de Janeiro a São Paulo e Belo Horizonte, e pela ferrovia
do aço, também na Região Sudeste,
a empresa realizou, em 2010, investimentos de 130 milhões de reais
para aumentar a capacidade de transporte da malha que administra. 0
logística
23
ferrovias Railways
Porto Itaqui
São Luis
PI
MA
PA
Porto Pecém
Porto de Fortaleza
CE
Teresina
Crato
Trindade
Conceição
do Canindé
Eliseu
Martins
Ribeira
de Piauí
Salgueiro
TO
RN
Porto de de Areia Branca Macau
Porto de Natal
Missão Velha
Aurora
PE
AL
Propiá
PB
Porto de Cabedelo
Porto de Suape
Porto de Maceió
SE
BA
MT
GO
MG
MS
Corumbá
Campo Grande
Belo
Horizonte
Colômbia
Panorama
SP
Presidente
Epitácio
Ponta Porã
ES
Santa
Fé do Sul
Porto Ferreira
Bauru
RJ
Campinas
Porto do Rio de Janeiro
Porto de Sapetiba
Porto de Santos Porto de Angra dos Reis
Jundiaí
Cianorte
Harmonia
Marinque
Iperó
Rubião Junior
PR
Cajati
Apiaí
SC
Porto de Paranaguá
Porto de São Francisco do Sul
Santa Rosa
São Borja
Caxias do Sul
Santana do
Livramento
RS
Porto de Porto Alegre
Pelotas
Porto de Rio Grande
ALL Malha Sul
ALL Malha Paulista
Conexão com porto
Connection with port
MRS Logística
Transnordestina Logística
Conexão com outra ferrovia
Connection with other railway
ALL Malha Oeste
24
logística
Cidade
City
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BILINGUAL CONTENT
Apoio
ENGLISH AND PORTUGUESE
principais sistemas ferroviÁRIos Major Railway Networks
Os quadros apresentam os 5 principais sistemas ferroviários do Brasil, que transportam cerca de 182,6 mi de toneladas por ano
The tables show the five main railway networks in Brazil that transport around 182.6 million tons a year
AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA
MALHA PAULISTA (ALLMP)
Administrador Administrator: América Latina Logística
(ALL)
Concessão Concession: Privada Private
Estados em que atua State reach:São Paulo
Extensão total Total length: 1.989 km
•
CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
Conexões com outras ferrovias Connections with other
railways: Adm. de Ferrocariles del Estado (Uruguai),
América Latina Logística Malha Oeste (ALLMO), Est.
de Ferro do Paraná Oeste (Ferroeste), Ferrocaril Mespotamico General Orquiza (Argentina)
AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA
MALHA OESTE (ALLMO)
6,7 mi TU (+26%)
Administrador Administrator: América Latina Logística
(ALL)
Concessão Concession: Privada Private
Principais produtos Main products (% total): produção
agrícola (52%), combustíveis, derivados do petróleo
e álcool (33%)
Estados em que atua State reach: Mato Grosso do Sul,
São Paulo
Extensão total Total length: 1.945 km
4 bi TKU (+33%)
•
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
Possui forte peso de produtos agrícolas no transporte
em razão de ligar a região Centro-Oeste ao porto de
Santos (SP). Transports mostly agricultural products to link
the midwest region to the port of Santos (SP). Conexões com portos Connections with ports: Santos
(SP)
Conexões com outras ferrovias Connections with other
railways: América Latina Logística Malha Norte (ALLMN), América Latina Logística Malha Oeste (ALLMO),
Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Ferronorte, MRS Logística
AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA
MALHA SUL (ALLMS)
Administrador Administrator: América Latina Logística
(ALL)
Concessão Concession: Privada Private
Estados em que atua State reach: Paraná, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, São Paulo
Extensão total Total length: 7.265 km
•
CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
16,2 bi TKU (-7,3%)
CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
1,8 bi TKU (+36%)
4,4 mi TU (45%)
Principais produtos Main products (% total): minério de
ferro (60%), granéis minerais (19%)
•
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
Possui conexão com outras três importantes ferrovias,
entre elas a Empresa Ferroviária Orinetal, na Bolívia,
rede que cobre 37% da produção agro-industrial e 40%
da atividade comercial do país. Connected to another
Principais produtos Main products (% total): soja e farelo de soja (30,5%), produção agrícola (27%)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
Possui forte atuação em commodities agrícolas e
produtos de carne, principais produtos exportados
pela região Sul do Brasil. Transports mostly agricultural
commodities and meat products, main products exported by
the southern region of Brazil.
A ferrovia é um relevante corredor de comércio com
a Argentina, exportando principalmente produtos
siderúrgicos e adubo, e importando soja e trigo. This
railway is an important corridor for trade with Argentina,
exporting mainly steel products and fertilizers and importing
soybeans and wheat.
developing a project to recover the stretch between Cabo
(Pernambuco state) and Porto Real do Colégio ( Alagoas
state) where it links to the Centro-Atlântica railway (FCA). The
project, which does not yet have a forecast for conclusion, will
enable the connection of the grid to the railway networks in the
southeast and southern region of the country.
Conexões com portos Connections with ports: Suape
(PE), Recife (PE), Pecém (CE), Mucuripe (CE), Itaqui
(MA), Cabedelo (PB), Maceió (AL)
Conexões com outras ferrovias Connections with other
railways: Estrada de Ferro Carajás (EFC), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA)
MRS LOGÍSTICA
Administrador Administrator: MRS Logística
Concessão Concession: Privada Private
Estados em que atua State reach: São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais
Extensão total Total length: 1.643 km
three important railways, among which the Bolivian railway
(Empresa Ferroviária Orinetal), a network that covers 37% of
agro-industrial production and 40% of the business activities
of the country. •
Conexões com portos Connections with ports: Porto
Esperança (MS)
Conexões com outras ferrovias Connections with other
railways: América Latina Logística Malha Sul (ALLMS),
América Latina Logística Malha Paulista (ALLMP),
Empresa Ferroviária Oriental (Bolívia)
Principais produtos Main products (% total): minério de
ferro (83,3%)
TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA
Administrador Administrator: Transnordestina Logística
Concessão Concession: Privada Private
26 mi TU (-0,4%)
•
•
A concessionária Transnordestina, em meados de 2008,
atuava em um projeto de recuperação do trecho entre
Cabo (PE) e Porto Real do Colégio (AL), onde é feita a
ligação com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O projeto,
que ainda não tem previsão de conclusão, permitirá a
ligação da malha com as ferrovias do Sudeste e Sul do
país. The Transnordestina concessionaire, in mid 2008, was
Estados em que atua State reach: Alagoas, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande
do Norte
Extensão total Total length: 4.207 km
•
CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
728 mi TKU (-0,27%)
1,5 mi TU (12%)
Principais produtos Main products (% total): combustíveis, derivados de petróleo e álcool (30%), cimento
(24%), siderurgia (25%)
•
CARGA MOVIMENTADA CARGO TRANSPORTED1
56,3 bi TKU (+ 10,2%)
144 mi TU (+11,8%)
•
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
Atua nos três principais estados da região Sudeste do
Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A região
concentra 54% do PIB do Brasil. A ferrovia faz conexão
com alguns portos de maior capacidade para o tráfego
de contêineres no Brasil: Santos (SP), Sepetiba (RJ) e
Rio de Janeiro (RJ). Operates in the three main states in
the southeast region of Brazil, São Paulo, Rio de Janeiro and
Minas Gerais. The region accounts for 54% of Brazilian GDP.
The railway connects the higher-capacity ports for the traffic
of containers in Brazil: Santos (SP), Sepetiba (RJ) and Rio de
Janeiro (RJ). Conexões com portos Connections with ports: Itaguaí
(RJ), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Guaíba (RJ)
Conexões com outras ferrovias Connections with other
railways: América Latina Logística Malha Norte (ALLMN), Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), Ferrovia
Centro-Atlântica (FCA)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ADDITIONAL INFORMATION
A malha é bastante ramificada, refletindo a necessidade
da produção agrícola pulverizada da região. The grid is
A ferrovia liga os principais portos da região Nordeste do
Brasil e passa por todos os estados, excluindo Sergipe
e Bahia. This railway links the main ports of the northeast
very broad which reflects the need to pulverize agricultural
production in the region. region of Brazil and crosses all the states excluding Sergipe
and Bahia.
Conexões com portos Connections with ports: Paranaguá
(PR), Porto Alegre (RS), Rio Grande (SC), São
Francisco do Sul (SC)
1
O valor entre parênteses indica a variação em relação ao ano anterior. The value in parenthesis indicates change in relation to the former year.
Dados de 2010. TKU: tonelada por quilômetro útil. TU: tonelada útil Data from 2010. TKU: ton per kilometer. TU: tons
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logística
25
DUTOS E ARMAZENAGEM
faltam regras
para investir
Setor privado
espera definição
de regras para
construir novos
gasodutos
O
novo marco regulatório do
gás natural no Brasil, que
define regras para impulsionar o investimento do
setor privado em gasodutos, levou cinco anos para
ser regulamentado. Após tramitar por
quatro anos no Congresso Nacional,
a lei foi aprovada no início de 2009.
O então presidente Luiz Inácio Lula
da Silva assinou o decreto que regulamentou os dispositivos previstos no
texto apenas em dezembro de 2010. E,
desde então, o mercado aguarda que o
Ministério de Minas e Energia (MME)
divulgue os estudos necessários para
que sejam conhecidos os gasodutos a
ser licitados.
Até junho de 2012, no fechamento
desta edição, o Plano Decenal de Expansão da Malha Dutoviária de Transporte (Pemat) ainda não havia sido
publicado. Com o Pemat em mãos, a
expectativa é que os projetos de gasodutos identificados pelo governo
como economicamente viáveis sejam
licitados para a iniciativa privada com
contratos de concessão para 30 anos.
Na prática, a Lei do Gás quebrou o
monopólio da Petrobras sobre a operação de gasodutos. Entretanto, mesmo
após quase sete anos de discussão, os
investidores privados apontam que o
26
logística
setor continua extremamente instável,
por duas principais razões. A primeira é que falta regulamentar uma parte
fundamental da lei: as regras que vão
valer, caso o governo determine que
haja uma situação “emergencial” no
fornecimento nacional de gás natural.
Ainda não está claro que tipo de contingenciamento poderá ser realizado
nessas situações. Por outro lado, essa
preocupação do governo é justificada
considerando que o Brasil ainda busca
uma solução permanente para regularizar seu fornecimento do combustível.
O plano de negócios da Petrobras
para o período de 2012 a 2016 já prevê uma redução significativa de investimentos no setor para 3,4 bilhões
de dólares, ante 15 bilhões de dólares
aportados no período de 2007 a 2011.
Alcooldutos avançam – Os dutos
para transporte de etanol viraram, em
2011, os principais atores no avanço da
malha no Brasil. O maior projeto do setor, o Alcoolduto Senador Canedo (GO)
– São Sebastião (SP), vai ter 1,3 mil
quilômetros de extensão e capacidade
para transportar 21 milhões de metros
cúbicos do combustível por ano, o que
deve tirar mais de mil caminhões das
ruas. Construído pelo consórcio Logum, formado pela Camargo Corrêa,
Copersucar, Raízen, Odebrecht, Petrobras e Uniduto Logística, o projeto
deve consumir seis bilhões de reais e
tem previsão de conclusão para 2015.
Estrutura de armazenamento –
Confira também, nas tabelas a seguir,
a capacidade brasileira de armazenamento por estado, a estrutura dos polos petroquímicos, e dados dos principais sistemas dutoviários do país. 0
Capacidade
dos armazéns
...Por estado
RK
Capacidade
total
Nº de
armazéns
27.792
1º
PARANÁ
3.570
2º
MATO GROSSO
2.131
27.619
3º
RIO G. DO SUL
4.788
26.642
4º
SÃO PAULO
1.458
12.988
5º
GOIÁS
934
12.988
6º
MINAS GERAIS
1.200
8.269
7º
MATO G. DO SUL
830
7.196
8º
SANTA CATARINA
964
5.038
9º
BAHIA
630
4.019
10º
MARANHÃO
157
1.784
11º
ESPÍRITO SANTO
236
1.382
12º
TOCANTINS
123
1.169
13º
PERNAMBUCO
107
1.006
14º
PIAUÍ
143
953
15º
RONDÔNIA
128
636
16º
PARÁ
131
581
17º
ALAGOAS
73
551
18º
DISTRITO FEDERAL
90
464
19º
AMAZONAS
20º
CEARÁ
21º
22º
40
376
102
347
RIO DE JANEIRO
28
184
RORAIMA
27
148
23º
PARAÍBA
25
94
24º
RIO G. DO NORTE
20
58
25º
ACRE
15
28
26º
SERGIPE
1
3.221
27º
AMAPÁ
1
816
Capacidade
total
Nº de
armazéns
...Por região
RK
1º
SUL
9.322
59.472
2º
CENTRO-OESTE
3.985
48.267
3º
SUDESTE
2.922
22.824
4º
NORDESTE
1.258
8.813
5º
NORTE
465
2.940
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Apoio
Gasodutos e polos petroquímicos
Pipeline and petrochemical complexes
RR
GASBOL
Álcoolduto
GASENE
Polo Petroquímico
Petrochemical Complex
URUCU-COARI
AP
Cidade
City
Mineroduto
Barcarena
Manaus
Pecém
Paragominas
Coari
Urucu
MA
PA
AM
Ce
PI
Pe
Pb
AL
BRASIL
RO
TO
SE
Ba
Camaçari
MT
Goiânia
POLO PETROQUÍMICO
DE SÃO PAULO
BOLÍVIA
MG
ES
SP
Paraguai
RJ
Porto de São Sebastião
PR
RS
GASODUTO BRASIL-BOLÍVIA
(GASBOL)
Ligações Connections: Cabiúnas-Vitória (300 km);
Cacimbas-Vitória (131 km); Cacimbas-Catu (940 km)
Início de operação Operation startup: 1999
Extensão Length: 3.150 km
Vazão Flow: 30 milhões m³/dia
Ligações Connections: Rio Grande (Bolívia) a Paulínia
(Trecho Norte - 1.264 km); Trecho Paulínia a Guararema
(153 km); Campinas a Porto Alegre (Trecho Sul - 1.190
km)
Ramais de Atendimento Service terminals: 136
Estações de compressão Compression stations: 15
Estações de entrega Delivery stations: 44
Ramais de Atendimento Service terminals: 46
Estações de compressão Compression stations: 8
Estações de entrega Delivery stations: 8
Início de operação Operation startup: 2010
Extensão Length: 1.371 km
Vazão Flow: 20 milhões m³/dia
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POLO PETROQUÍMICO
DE TRIUNFO
Início de operação Operation startup: 1983
Localização Location: Triunfo (RS)
Número de funcionários Number of employees: 6.300
Capacidade produtiva Productive capacity: 1.452
toneladas de eteno Tons of ethylene
Principais produtos Main products: borracha, plástico,
tintas e resinas rubber, plastic, paint and resins
Triunfo
GASODUTO da integração
sudeste e nordeste (gasene)
Início de operação Operation startup: 1954
Localização Location: Mauá, Santo André (SP)
Número de funcionários Number of employees: 25.000
Capacidade produtiva Productive capacity: 700.000 ton/
ano de eteno Tons of ethylene
Principais produtos Main products: borracha, plástico,
tintas e resinas rubber, plastic, paint and resins
Santo André
SC
Argentina
Início de operação Operation startup: 1978
Localização Location: Camaçari (BA)
Número de funcionários Number of employees: 15.000
Capacidade produtiva Productive capacity: 1.280
toneladas de eteno Tons of ethylene
Principais produtos Main products: farmacêuticos,
fertilizantes, resinas termoplásticas pharmaceuticals,
fertilizers, thermoplastic resins
GO
MS
POLO PETROQUÍMICO
DE CAMAÇARI
GASODUTO URUCUCOARI-MANAUS
Início de operação Operation startup: 2009
Extensão Length: 661 km
Vazão Flow: 5,5 milhões m³/dia
Ligações Connections: Urucu-Coari (Trecho A - 279 km);
Coari-Anamã (Trecho B1 - 196 km); Anamã-Manaus
(Trecho B2 - 186km)
Ramais de Atendimento Service terminals: 9
Estações de compressão Compression stations: 2
Estações de entrega Delivery stations: 1
MINERODUTO DE PARAGOMINAS
Extensão Length: 244 km
Trajeto Route: Paragominas, Barcarena, Tomé Açu
Capacidade Capacity: 10 milhões m³/dia
Controladores Controllers: Hydro (60%), Vale (40%)
SISTEMA LOGÍSTICO DE ETANOL
Extensão Length: 1.300 km
Tancagem Tanks : 1.175 m³/dia m³/day
Trajeto Route: Jataí a Quirinópolis (192 km); Quirinópolis
a Itumbiara (135 km); Itumbiara a Uberaba (246 km);
Uberaba a Ribeirão Preto (136 km); Ribeirão Preto a
Paulínia (208 km); Paulínia a São José dos Campos
(215 km)
Início da obra Start of project: 2010
Previsão de conclusão Forecast for conclusion: 2015
Observação Note: Álcoolduto em construção
Alcohol pipeline under construction
logística
27
Anuário
logistica
e
d
i
t
o
r
i
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Rua Major Quedinho, 111, 16° andar - CEP 01050-904, São Paulo-SP
Tel. (55 11) 3201-2300 - Fax (55 11) 3201-2310
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l
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