Análise de Investimentos Boletim Diário 28 de outubro de 2014 MERCADOS Índices, Câmbio e Commodities Bolsa Dia (%) Fech. * A Bovespa reagiu negativamente à vitória de Dilma Rousseff, mas o desempenho foi menos acentuado que o previsto. Mesmo com as quedas fortes de Petrobras, Banco do Brasil e empresas do setor elétrico, o índice caiu apenas 2,77%, fechando aos 50.504 pontos. No mês, a bolsa acumula perda de 6,67%. O giro financeiro foi o maior do ano numa sessão regular - sem vencimentos - e totalizou R$ 17,8 bilhões. A agenda econômica vem mais carregada hoje, com o IPC FIPE semanal mostrando alta de 0,37% e o custo de construção com 0,20%. Nos EUA, destaque para pedidos de bens duráveis e índice de confiança do consumidor. As bolsas internacionais mostram melhor desempenho com fechamento em alta na Ásia, exceto Nikkei, e na Europa praticamente todas as bolsas operam do lado positivo. A Bovespa poderá mostrar alguma reação hoje, depois de assimilar o resultado da eleição, entrando num período de expectativa em relação às primeiras medidas do governo. Câmbio Mês (%) Ano (%) Ibovespa 50,504 (2.8) (6.7) (1.9) Ibovespa Fut. 51,220 (1.5) (5.0) (6.6) 4,486 0.0 (0.2) 7.4 16,818 0.1 (1.3) 1.5 1,962 (0.2) (0.5) 6.1 Tóquio 15,330 (0.4) (5.2) (5.9) Xangai 2,338 2.1 (1.1) 10.5 Frankfurt 8,903 (0.9) (6.0) (6.8) Londres 6,363 (0.4) (3.9) (5.7) Mexico 43,811 0.3 (2.6) 2.5 India 26,753 (0.4) (36.1) 26.4 (97.5) (27.9) Nasdaq DJIA S&P 500 Rússia Dólar - vista 1,040 0.3 R$ 2.52 1.9 3.0 6.7 $1.27 0.2 0.5 (7.6) (1.3) Dólar/Euro Euro R$ 3.20 2.4 3.5 Ouro $1,226.55 (0.4) 1.5 Petróleo Brent $85.83 (0.3) (9.3) (22.5) Petróleo WTI $81.00 (0.0) (11.1) (17.7) 1.7 * Dia anterior, exceto Ásia Altas e Baixas do Ibovespa O dólar passou por ajuste ontem depois do resultado das eleições, com noticiário sinalizando mudanças no ministério da Fazenda para as próximas semanas. Mesmo assim a moeda terminou com alta consistente de 2,56%, cotada a R$ 2,5260. Este é o maior patamar de fechamento desde 29 de abril de 2005, ainda no primeiro governo Lula. No mercado futuro, o dólar para novembro subiu 1,59%, aos R$ 2,5265. Juros BTOW3 FIBR3 6.0% QUAL3 4.1% CIEL3 3.8% ALLL3 3.5% PETR4 ELET3 Ontem, os contratos com vencimentos curtos e intermediários terminaram em queda, enquanto os de prazo mais longo mantiveram o viés de alta, embora as taxas tenham sofrido um ajuste em relação aos níveis observados no início da sessão. A taxa DI para jan/15 encerrou o dia a 10,945%, de 10,98% no ajuste de sexta-feira e para jan/17 o DI marcava taxa de 12,07%, ante 12,16%. 6.5% PETR3 ELET6 -12.3% -11.7% -11.3% -9.6% Ibovespa x Dow Jones (em dólar) 120 Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 0,34% 05:00 IPC FIPE- Sema na l 23-out 0,37% 0,37% 08:00 FGV - Cus tos de Cons truçã o (m/m) Outubro 0,18% 0,20% 0,16% Apurado Anterior Estados Unidos 10:30 Referência Expectativa Pedi dos de bens durá vei s Setembro 0,50% -18,40% 12:00 Índi ce confi a nça cons umi dor Outubro 87 86 12:00 Fed de Ri chmond - Índi ce de ma nufa tura Outubro 11 China 00:00 Referência Expectativa Índi ce a ntecedente Setembro 100 80 14 Apurado Anterior 60 100,09 Dow Jones Ibovespa Página | 1 Análise de Investimentos Boletim Diário 28 de outubro de 2014 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES M Dias Branco (MDIA3) – Resultado do 3º trimestre de 2014. A companhia registrou no 3T14 um lucro líquido de R$ 148 milhões, 4,5% acima dos R$ 142 milhões do 3T13, e 1% acima do trimestre anterior, positivamente impactado pelo crescimento de 4,8% da Receita Líquida pelo incremento no preço médio de 5,5% que compensou a retração de 0,7% nos volumes vendidos, influenciado principalmente pelo segmento de biscoitos. O comportamento das despesas operacionais mais contigo (notadamente de vendas, gerais e administrativas), proporcionou um acréscimo na sua geração operacional de caixa medida pelo EBITDA, que aliado a sua baixa alavancagem, explica o crescimento do resultado na última linha, que só não foi maior em virtude do incremento na alíquota do IR/CS efetiva. M Dias Branco - principais indicadores R$ milhões Volume de vendas Biscoitos (mil ton) Ma rket Sha re Bi s coi tos (vol .) Volume de vendas Massas (mil ton) Ma rket Sha re Ma s s a s (vol .) Receita Oper. Líquida Lucro Bruto margem bruta EBITDA margem ebitda Res. Financeiro res fin/ROL Lucro Líquido margem líquida Dívida Líquida Dív.Líq./Ebitda 3T13 2T14 3T14 143,8 127,8 139,4 27,4% 28,0% 27,6% 92,6 87,1 93,1 28,5% 28,7% 29,7% 1.156,6 1.120,8 1.211,9 439,9 425,1 454,0 38,0% 37,9% 37,5% 194,0 193,0 209,0 16,8% 17,2% 17,2% -4,5 -1,9 -2,9 -0,4% -0,2% -0,2% 141,9 146,8 148,3 12,3% 13,1% 12,2% 253,2 235,7 153,1 0,4 0,3 0,2 var trim 9,1% -0,4 pp 6,9% 1,0 pp 8,1% 6,8% -0,5 pp 8,3% 0,0 pp 52,6% -0,1 pp 1,0% -0,9 pp -35,0% -0,1 x var 12m -3,1% 0,2 pp 0,5% 1,2 pp 4,8% 3,2% -0,6 pp 7,7% 0,5 pp -35,6% 0,1 pp 4,5% 0,0 pp -39,5% -0,2 x 9M13 9M14 var 395,5 391,9 -0,9% 27,4% 28,0% 0,6 pp 263,6 266,1 0,9% 28,5% 29,0% 0,5 pp 3.182,7 3.413,7 7,3% 1.204,1 1.274,7 5,9% 37,8% 37,3% -0,5 pp 526,6 583,5 10,8% 16,5% 17,1% 0,5 pp -14,0 -8,6 -38,6% -0,4% -0,3% 0,2 pp 392,6 427,3 8,8% 12,3% 12,5% 0,2 pp 253,2 153,1 -39,5% 0,4 0,2 -0,2 x Fonte: M Dias Branco/Planner Corretora. EBITDA cresceu 7,7% em 12 meses e 8,3% em base trimestral. Sua geração operacional de caixa medida pelo EBITDA no 3T14 cresceu 7,7% em base anual refletindo (i) o aumento de custos de 5,7%, notadamente pela elevação de preço do açúcar, farinha e gordura de terceiros, embalagens, mão de obra e gastos gerais de fabricação; parcialmente compensadas pela (ii) queda do preço médio do trigo; (iii) e menor evolução das despesas operacionais no período (+0,3%), notadamente de vendas, administrativas e gerais. Como resultado a margem EBITDA subiu de 16,8% no 3T13 para 17,2% no 3T14, reflexo também dos esforços da companhia objetivando a recomposição de margens. Acumulado dos 9 primeiros meses de 2014 versus 9M13. Em grandes números, a Receita Líquida cresceu 7,3% para R$ 3,41 bilhões, pelo aumento de 6,8% no preço médio e de 0,3% no volume total de vendas; EBITDA de R$ 583,5 milhões (+10,8%) com margem de Página | 2 Análise de Investimentos 28 de outubro de 2014 Boletim Diário 17,1% e Lucro Líquido de R$ 427,3 milhões, com incremento de 8,8% frente igual período do ano anterior. Dívida Líquida reduzida resulta em baixa alavancagem. O resultado financeiro líquido caiu de despesa líquida de R$ 4,5 milhões no 3T13 para despesa líquida de R$ 2,9 milhão no 3T14, refletindo na melhora da geração operacional de caixa e alavancagem financeira. Ao final de setembro de 2014 sua Dívida Líquida era de R$ 153,1 milhões com redução de 39,5% frente ao 3T13, representando 0,2x o EBITDA. Investimentos. O fluxo de caixa da atividade operacional da companhia nos 9M14 somou R$ 517,0 milhões, contribuindo para atingir R$ 500,3 milhões em caixa. No trimestre a companhia investiu R$ 79,7 milhões totalizando R$ 280,8 milhões nos 9M14, destinados a expansão orgânica em projetos de ampliação, modernização e manutenção do parque industrial, visando atender o crescimento da demanda nos seus mercados, entrada de novas linhas de produtos e a necessidade de matéria prima para consumo interno via verticalização. Os investimentos previstos para 2014 são de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões. Opinião: No geral tivemos Receita e EBITDA em linha, e o lucro líquido 6% abaixo do esperado. Destaque para o crescimento de market share (em base anual) nos seus dois principais segmentos de atuação, em biscoitos de 27,4% para 27,6% e em massas, de 28,5% para 29,7%, segundo dados da AC Nielsen. Em base trimestral, contudo, houve redução de participação de mercado em biscoitos (-0,4pp) e elevação em massas (+1,0pp). A companhia, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, segue expandindo suas atividades e continua com o processo de elevação de suas receitas e volumes de vendas em 2014. Seguimos com recomendação de MANUTENÇÃO com preço justo de R$ 104,00/ação. São Martinho (SMTO3) – Parceria com Alphaville Urbanismo S.A. em projeto imobiliário A São Martinho aprovou um consórcio imobiliário entre a Vale do Mogi Empreendimentos Imobiliários S/A, sua subsidiária integral, com a Alphaville Urbanismo S.A. para o desenvolvimento de projeto imobiliário no interior de São Paulo. A companhia Vale do Mogi contribuirá com 124,09 hectares (equivalentes a 1.240.928,05 m²) de terra nua e a Alphaville fará elaboração e aprovação do projeto, execução do empreendimento para implantação do loteamento, realização, coordenação, marketing e comercialização. O projeto, denominado de “Consórcio Alphaville Limeira” está localizado no município de Limeira-SP, na intersecção da Rodovia Bandeirantes (SP 348) com a Rodovia SP 151 (Limeira/Iracemápolis) e deverá ser lançado em 3 fases, sendo a primeira no ano de 2016. A companhia destaca que com base nos estudos realizados pela Alphaville, estima-se que o Página | 3 Análise de Investimentos 28 de outubro de 2014 Boletim Diário VGV do projeto some aproximadamente R$ 277 milhões, que resultará em um Valor Presente Liquido para a Vale do Mogi de R$ 67 milhões. Opinião: A São Martinho já havia sinalizado a possibilidade de monetização de parte de sua área de terras e o mercado aguardava alguma decisão nesse sentido. Em termos do parceiro, a Alphaville desenvolve ha mais de 40 anos empreendimentos horizontais, bairros planejados e núcleos urbanos, estando presente em 21 estados brasileiros. A Vale do Mogi gerencia e desenvolve os 52.636 hectares de terras detidos pelo Grupo nas regiões de Ribeirão Preto, Limeira e Piracicaba, nos quais se incluem 2.002 hectares (20.025.400 m²) próximos ao perímetro urbano e com grande potencial imobiliário. Segundo comunicado, “além da gestão desses ativos, a Vale do Mogi tem como meta a monetização das terras localizadas em centros urbanos, através de parcerias semelhantes a essa”. Os R$ 67 milhões a valor presente correspondem a R$ 0,59/ação, 1,7% da cotação de R$ 34,53/ação de fechamento. Os papéis da companhia registraram alta de 1,9% ontem, após queda de 7,7% durante o pregão, o que de certa maneira já embute a expectativa positiva com o presente negócio. Acontece que a área atual representa apenas 6,2% do total passível de monetização, o que em tese, corresponde a um valor potencial líquido de R$ 1,01 bilhão. Vemos como positivo e seguimos com recomendação de manutenção para suas ações. Copel Energia S.A. (CPLE6) – Pagamento de Juros e dividendos O Conselho de Administração da Copel deliberou o pagamento em 21/nov/14 da antecipação da parcela de Dividendos e de Juros sobre o Capital Próprio (JCP). Serão consideradas as posições de ações em 06/nov/14 sendo os papéis negociados “ex” Dividendos e JCP a partir de 07/nov/14. O valor dos dividendos será de R$ 350,77 milhões, correspondentes a R$ 1,22416/ação ordinária, e R$ 1,34678 por ação PNA ou PNB. O valor bruto dos JCP será de R$ 30 milhões, correspondentes a R$ 0,10469/ação ordinária, e R$ 0,11519 por ação PNA ou PNB. Com base na cotação da PNB de R$ 30,30/ação o yield líquido é de 4,77%. Página | 4 Análise de Investimentos 28 de outubro de 2014 Boletim Diário Duratex (DTEX3) – Resultado fraco no 3T14 A Duratex encerrou o 3T14 com lucro líquido de R$ 83,5 milhões, uma queda de 50,9% em relação ao 3T13 e no acumulado do ano o resultado ficou e R$ 303,4 milhões contra R$ 449,8 milhões nos 9M13. A margem líquida caiu de 16,2% no 3T13 para 7,9% no 3T14. A empresa procura chamar a atenção para uma melhora em relação ao 2T14, que foi um período muito ruim, portanto não consideramos o período como referência. No consolidado, além do aumento de custo, pesaram ainda as despesas com vendas e o resultado financeiro líquido. A receita líquida do 3T14 somou R$ 1,06 bilhão uma evolução de 2,9% em relação ao 3T13 e no acumulado de 9 meses chegou a R$ 3,4 bilhões, alta de 2,8% sobre os R$ 2,86 bilhões dos 9M13. A margem bruta também reduziu nos dois períodos comparativos, ficando em 31,1% no 3T14 e em 32,1% nos 9M14 ante 38,2% nos 9M13. Na distribuição da receita a Divisão Madeira ficou com R$ 66,8% e a divisão Deca com 33,2%, no 3T14. O EBITDA também caiu de R$ 398,8 milhões no 3T13 para R$ 304,3 milhões no 3T14, acumulando R$ 925,4 milhões nos 9M14, contra R$ 1,08 bilhão nos 9M13, com margem de 28,8% no 3T14 e 38,8% no 3T13. O endividamento líquido da empresa chegou a R$ 1,85 bilhão, aumento de 18,5% sobre os R$ 1,56 bilhão registrado em set/13. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 1,87x em set/14 contra 1,27x em set/13. As despesas financeiras líquidas aumentaram substancialmente no 3T14 (45,0% sobre o 3T13) e 62,8% no comparativo de 9 meses, totalizando R$ 129,3 milhões em 2014. É importante destacar que R$ 1,0 bilhão da dívida atual tem vencimento para 2015. Em temos de volume vendido a empresa mostrou crescimento de 10,8% no volume total de madeira no 3T14 e de 4,8% no acumulado de 9 meses, atingindo 2,0 milhões de m³ no ano. O custo caixa da Divisão Madeira em R$/m³ expedido, aumentou 16,2% no acumulado de 9 meses enquanto a receita líquida subiu 4,4%. Na Divisão Deca, o volume de peças expedidas caiu 8,7% no comparativo trimestral e 3,9% em 9 meses, com consequente queda na receita líquida de 5,6% no 3T14, ficando estável no período de 9 meses. Aqui também houve aumento do custo caixa, acima da receita líquida. Opinião: períodos elevação acumula Nos últimos trimestres a Duratex não conseguiu repetir a desempenho de anteriores, refletindo as dificuldades do setor, com margens mais apertadas, do endividamento, etc. Este fraco desempenho reflete na ação DTEX3 que já queda de 30,3% no ano, cotada ontem a R$ 8,15. O quarto trimestre Página | 5 Análise de Investimentos Boletim Diário 28 de outubro de 2014 historicamente é maior em termos de vendas para a empresa, mas este ano continua sendo atípico para diversos setores e a construção civil, mercado consumidor dos produtos Duratex segue com fraco desempenho. Estaremos revisando nossos números para a empresa. Petrobras PN (PETR4): Boatos de reajuste dos combustíveis A imprensa divulga hoje que na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que deve ser realizado na próxima sexta-feira, é possível que seja decidido um aumento nos preços dos combustíveis. Nos últimos três meses o petróleo e os derivados tiveram uma forte queda em suas cotações, fazendo com que o diferencial de preços acabasse, apesar da recente desvalorização do real. Conforme a tabela abaixo, no momento os preços do diesel e gasolina no mercado interno estão ligeiramente maiores que no exterior. No caso do diesel, o preço no Brasil e 2,7% maior que o do produto colocado nos Estados Unidos na região do Golfo do México e para gasolina a diferença positiva é de 1,9%. Vale lembrar que esta comparação é válida para o combustível produzido no Brasil. Quando a Petrobras importa gasolina e diesel, o que ocorre atualmente, o custo do combustível deve ser acrescido de frete, impostos, seguros e despesas de internação. Estas despesas de importação fazem com que o preço no mercado interno tenha de ser maior que no exterior. Neste ano, até agosto, as importações de diesel foram equivalentes a 17,5% das vendas no mercado interno e na gasolina este percentual foi de 5,9%. As despesas de importação para diesel e gasolina até agosto/14, líquidas de exportação, foram de US$6,2 bilhões (fonte: ANP). Petrobras - Paridade de Preços Preços ANP - R$/litro PIS + Confins - R$/litro Preços de Realização - (*) - R$/litro Preços nos EUA - US$cents/Galão - 27/Setembro/2014 (**) Galões/Litros Preço por litro - US$cents/litro Taxa de Câmbio - 27/Setembro/2014 Preço por litro - R$/litro Necessidade de aumentos Diesel S10 1,80990 0,14800 1,66190 Gasolina 1,67424 0,26200 1,41224 241,59 3,785 63,83 2,5341 1,61747 206,90 3,785 54,66 2,5341 1,38522 -2,7% -1,9% Fonte: ANP, EIA e Bloomberg (*) Preço efetivo recebido pela Petrobras (**) Diesel e Gasolina no Golfo do México - Bloomberg Página | 6 Análise de Investimentos 28 de outubro de 2014 Boletim Diário Apesar de hoje não haver mais diferença de preços, há uma enorme “dívida” para com a Petrobras, porque a empresa manteve os preços abaixo do mercado internacional nos últimos quatro anos. Esta medida trouxe dois impactos negativos para a empresa. No primeiro, a Petrobras deixou de ganhar com os combustíveis produzidos no Brasil com o petróleo nacional. A segunda perda, e mais relevante, foram os prejuízos causados pela importação de petróleo e derivados que foram vendidos por longos períodos com defasagens superiores a 20%. Nossa recomendação para PETR4 é de Manutenção com Preço Justo de R$23/ação. Página | 7 Análise de Investimentos Boletim Diário 28 de outubro de 2014 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) Saldo 23/10/14 30 dias Mês Ano 621,765 295 (195,8) 21.584,5 Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto – Ibovespa Futuro 110.000 80.000 50.000 20.000 (10.000) (40.000) (70.000) (100.000) (130.000) (160.000) (190.000) Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro I. Não Residentes I. Institucionais Compra 248.083 84.747 Venda 139.024 187.405 Líquido 109.059 (102.658) Página | 8 Análise de Investimentos Boletim Diário 28 de outubro de 2014 AGENDA MACROECONÔMICA Data Quarta-feira 29/10/2014 Quinta-feira 30/10/2014 Sexta-feira 31/10/2014 Horário País / Região Indicador BR EUA EUA EUA EUA Ta xa Sel i c MBA - Sol i ci tações de emprés timos hi potecá ri os Ri tmo de compra tes oura ri a Fed Ri tmo de compra MBS Fed FOMC - Deci s ã o s obre a taxa de juros 10:30 10:30 10:30 10:30 08:00 08:00 08:00 08:00 08:00 BR BR BR BR BR BR BR EUA EUA EUA EUA EURO EURO EURO EURO EURO FGV - IGP-M (m/m) FGV - IGP-M (a /a ) Emprés timos pendentes (m/m) Total empres tado em a berto Ta xa de i na di mpl ênci a de emprés timos pes s oa i s Emprés timos Ba ncos pri va dos BC - Ba l a nça Comerci a l Novos pedi dos s eguro-des emprego PIB a nua l i za do (t/t) Seguro-des emprego Cons umo pes s oa l Confi a nça na economi a Confi a nça i ndus tri a l Confi a nça do cons umi dor Confi a nça em s ervi ços Indi ca dor de Cl i ma pa ra os Negóci os 09:00 09:00 10:30 10:30 10:30 10:30 10:30 10:30 10:30 10:30 10:30 10:30 11:00 11:45 BR BR BR BR BR EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA Fa bri ca çã o PPI (m/m) Fa bri ca çã o PPI (a /a ) Coefi ci ente % da dívi da /PIB Ba l a nça orça mentári a nomi na l Ba l a nça orça mentári a pri má ri a Índi ce de cus to de emprego Renda pes s oa l Ga s tos pes s oa i s Defl a tor DCP (m/m) Defl a tor DCP (a /a ) Pri nci pa l DCP (m/m) Pri nci pa l DCP (a /a ) ISM Mi l wa ukee PMI Chi ca go 09:00 16:00 16:00 16:00 08:00 08:00 10:30 10:30 10:30 10:30 Referência 29/out 24/out Outubro Outubro 29/out Outubro Outubro Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro 25/out 3T 18/out 3T Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro 3T Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro Outubro Outubro Expectativa 11,00% 0,25% 3,00% 99,7 -5,5 -11,1 3,1 0,05 0,50% 0,40% 0,10% 0,00% 0,10% 61 Anterior 11,00% 11,60% 10 bi . 5 bi . 0,25% 0,20% 3,54% 1,00% 2,864 bi . 6,60% 1,346 bi . -10,4 bi . 283 mi . 4,60% 2351 mi l 2,50% 99,9 -5,5 -11,1 3,2 0,07 0,48% 2,50% 35,90% -31,5 bi . -14,5 bi . 0,70% 0,30% 0,50% 0,00% 1,50% 0,10% 1,50% 63,18 60,5 Fonte: Bloomberg Página | 9 Análise de Investimentos 28 de outubro de 2014 Boletim Diário Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* [email protected] Cristiano de Barros Caris [email protected] Luiz Francisco Caetano, CNPI [email protected] Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI [email protected] Ricardo Tadeu Martins, CNPI [email protected] DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página | 10