Genetic improvement and selection in shellfish:
A review based on oyster research and production
P. Boudry, M. Barré and A. Gérard
IFREMER- Laboratoire de Génétique, Aquaculture et Pathologie (GAP)
BP 133,17390 La Tremblade, France
Genética e Selecção
2009/2010
Ana Cristóvão, nº 24973
Susana Ferreira, nº 25009
Diego de la Cruz, nº 38391
Marta Gonçalves, nº 13916
Introdução
• O cultivo de bivalves é de grande importância em
aquacultura marinha.
• Tradicionalmente esta aquacultura tem como base as
espécies selvagens.
Introdução
• Para controlar doenças ou aumentar a produtividade, várias
abordagens podem ser seguidas.
- Introdução de novas espécies: Identificar espécies adequadas e avaliar o seu
impacto ecológico;
- Poliploides: Comparar o comportamento dos triploides em relação aos diploides;
- Hibridização: Apesar de ocorrer cruzamento entre espécies, há poucos dados
disponíveis sobre a sua performance ou fertilidade.
- Selecção: A variação da hereditariedade deve ser demonstrada para resistência a
doenças e crescimento.
Introdução de novas espécies
• A introdução de novas espécies de bivalves em aquacultura ocorreu
frequentemente no passado.
Introdução de novas espécies
• Ostra-Portuguesa: Crassostrea angulata
- Introduzida em França (1868) tornando-se a principal espécie de ostra na
Europa até aos anos 70.
- Esta foi afectada por uma doença viral (1967-1972);
- 1970 para combater a crise e manter a indústria foi introduzida a C. gigas,
provenientes do Japão e Canadá.
- C. angulata permaneceram apenas nas costas sul de Portugal e Espanha.
Introdução de novas espécies
•
PCR-amplified DNA mitocondrial, para verificar a diferenciação genética
entre as duas espécies.
•
C. angulata de Portugal e Espanha fazem cluster com as Taiwan.
• Estes resultados dão uma nova
perspectiva para o estudo dos
caracteres anteriormente descritos
como uma variação entre C. gigas
e C. angulata, tais como o
crescimento e a susceptibilidade a
doenças.
Poliploidização
• A introdução de triploidia foi registada em várias espécies, tais
como:
- Mexilhões, Ostra, Vieiras e Amêijoas.
• A triploidia é geralmente induzida em ovos fertilizados, durante a
Meiose I ou II, pela inibição da formação do corpo polar I ou II.
Poliploidização
• O método mais utilizado é o tratamento dos ovos
fertilizados com cytochalasin B.
• Outros métodos são baseados em: choque térmico, choque de
pressão e tratamento químico (6-dimethylaminopurine (6-DMAP).
• Um método alternativo é o cruzamento entre tetraploides e
diploides, para obter triploides.
• Casos de sucesso de triploidia: C. gigas e M. galloprovincialis.
Poliploidização
Triploides têm melhor performance que os diploides,
porquê?
• A triplodia induz a esterilidade e reduz a gemetogénese: A
energia gasta para a reprodução passa a ser utilizada para o
crescimento.
• A triploidia induz altos níveis de heterozigosidade: Caracter que se
relaciona com o crescimento em bivalves. Para O. edulis o
crescimento é mais rápido durante a meiose I dos triploides do
que na meiose II dos triploides ou dos diploides.
Poliploidização
• Comparação entre C. gigas Diploides e triploides.
IFREMER (1992)
Hibridização
• Os estudos entre hibridização de espécies divide-se em
dois grupos:
– Hibridização entre espécies com distribuição geográfica natural
adjacente. Neste caso, a maioria dos estudos lida com a
manutenção de zonas híbridas (ex: quantificação de fluxo genético
dos híbridos).
– Hibridização entre espécies bastante relacionadas com introdução
de espécies em novas áreas geográficas, ou cruzamentos
experimentais: estes casos são pouco estudados devido à falta de
marcadores genéticos. Quando tais marcadores existem, fornecem
uma forma de avaliar o estado dos híbridos
Hibridização
Selecção
•
Na maioria dos estudos, os resultados são baseados numa única
geração de selecção, e a variabilidade genética nas populações
seleccionadas é, por vezes, limitada. Além disso, na maioria dos
estudos, o controle inadequado da variação ambiental conduz a
valores de herditabilidade reduzidos.
•
A Selecção Natural ainda não nos leva a níveis de tolerância
economicamente significativos. Isto pode-se dever ao facto de que a
infestação espontânea só induzir a mortalidade em ostras com 3 a 4
anos de idade.
•
Os produtores reduzem as perdas pois vendem os seus stocks antes
dos 3 anos, e porque na França a semente vem de progenitores
cultivados, as infestações não levam a pressões de selecção fortes.
Selecção
• Em 1985, um programa foi iniciado para seleccionar a resistência à
bonamiose baseada:
– No facto que a bonamiose está presente em todos os locais de
produção enquanto que a marteliose só está presente nos estuários;
– A habilidade para purificar o parasita Bonamia e para infectar ostras
(ainda não está disponível para a marteliose), o que permite o ciclo de
selecção seja encurtado.
Figura: O Parasita bonamia provoca
o escurecimento das brânquias da
Ostra
Conclusões
•
Introduções passadas de espécies de ostra tiveram um importante impacte
económico. O seu impacte ecológico no ambiente ainda não foi avaliado
correctamente.
•
Algumas razões para que a introdução de espécies exóticas de interesse em
aquacultura possam vir a ser menos frequentes, passam ser citadas:
–
Crescimento da consciência ambiental.
–
Introdução acidental de pragas levou a impactes ambientais e económicos negativos
–
O risco de introdução de doenças exóticas com consequências catrastróficas em locais de
cultivo de ostras, por exemplo, o parasita Bonamia transferido da Nova Zelândia, T.
chilensis, para a ostra europeia Ostrea edulis através de stocks de O. edulis introduzidos
dos USA.
–
A introdução das espécies mais importantes em termos de crescimento (Crassostrea gigas,
ßudítapes philippinarum) já foi realizada intencionalmente ou acidentalmente. No entanto
ainda existe potencial para a introdução de espécies de crescimento rápido, espécies
Pectinideae como Argopecten irradians ou Patinopecten yessoensís, na Europa.
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